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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE ADRIANA PARENTE DE SOUZA COSTA DAIAN STÉPHANI R. DA FONSECA FABIANE S. TABORDA MAILZA DOS SANTOS DE JESUS MÔNICA DE LIMA RELATÓRIO: ABUTRE’S MOTO CLUBE ARIQUEMES - RO SETEMBRO/2019 2 ADRIANA PARENTE DE SOUZA COSTA DAIAN STÉPHANI R. DA FONSECA FABIANE S. TABORDA MAILZA DOS SANTOS DE JESUS MÔNICA DE LIMA RELATÓRIO: ABUTRE’S MOTO CLUBE Relatório Final de Atividade Prática Supervisionada, apresentado ao curso de graduação em Psicologia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente como requisito parcial a obtenção de créditos na disciplina de Psicologia Social II. Profº Orientador Esp. Hanns-M. M. Lopes. ARIQUEMES - RO SETEMBRO/2019 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 2. HISTÓRIA DO GRUPO ................................................................................................ 6 2.1. CLUBE DOS ABUTRE'S SEDE DE ARIQUEMES .............................................................. 6 3. SOCIAL APLICADO AO GRUPO ................................................................................... 7 4. DIÁRIO DE CAMPO .................................................................................................. 15 4.1 PRIMEIRA VISITA ................................................................................................... 16 4.2 SEGUNDA VISITA ................................................................................................... 18 4.3 TERCEIRA VISITA ..................................................................................................... 20 4.5 QUARTA VISITA ...................................................................................................... 21 4.6 QUINTA VISITA ....................................................................................................... 22 4.7 SEXTA VISITA .......................................................................................................... 23 5. DISCUSSÃO/RELATO DE EXPERIÊNCIA ..................................................................... 24 6. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 26 7. REFERÊNCIA ........................................................................................................... 28 8. ANEXOS.................................................................................................................. 29 4 1. INTRODUÇÃO Sabe-se que o conceito de INTERAÇÃO SOCIAL indica as relações desenvolvidas pelos indivíduos e pelos grupos, diante disto o comportamento se torna um papel crucial. Já que ao longo da história, é notória a necessidade de tal interação para que o sujeito possa ser constituído como um ser social. Contribuindo desta forma para a formação de grupos sociais, conforme Bock et al. (2006, p. 139) “os grupos sociais são pequenas organizações de indivíduos que possuindo objetivos comuns, desenvolvem ações na direção desses objetivos.” É por intermédio das RELAÇÕES SOCIAIS que se adquirem determinadas condutas como crenças, valores, regras, dentre outros. Cabecinhas (2004, p.2) diz que “as representações intervêm ainda em processos tão variados como a difusão e a assimilação de conhecimento, a construção de identidades pessoais e sociais, o comportamento intra e intergrupal, as ações de resistência e de mudança social”. Se falando de GRUPOS, compreende-se que as atitudes dos membros serão moldadas, reforçadas e até mesmo condicionadas, pelo grupo, uma característica marcante é como seus membros percebem a si mesmo como “nós”, por intermédio dessa interação social pode se adquirir uma identidade social. (MYERS, 2017). Deve-se lembrar de que cada grupo contém características e funcionamentos particulares, destacando também que cada grupo detém seus próprios conceitos de regras e normas. Na tentativa de ampliar a visão sobre tal assunto, é inegável a importância na atualidade, busca-se demonstrar como estas se organizam espacialmente e como se dá a sua dinâmica organizacional e inter-relação com o espaço, tomando-se o exemplo dos motos clubes da cidade de Ariquemes/RO. Acerca deste caso específico, a investigação foi realizada sobre os modos como os membros dos motos clubes ABUTRE’S se relacionam com as atividades de carácter social e lazer da cidade. Assim, notar-se-ão territórios que são firmados em códigos simbólicos, comportamentais e normalizados de cada tribo/moto clube no seu “pedaço” sede. A partir das primeiras entrevistas e conversas informais com os motociclistas que participaram da iniciação da Sub Sede regional de 5 Ariquemes/RO foi possível fazer o nosso recorte temporal a fins de detalhar conceitos da Psicologia Social no grupo. Por fim, que se torna necessário ressaltar o cuidado tomado para estabelecer o “protocolo” de visitações quanto da própria observação quantos das perguntas dirigidas ao grupo. Esse “cuidado” ocorre, por exemplo, quando os questionamentos referem-se à dualidade existente entre os conceitos de “motoqueiros” e “motociclistas”, pois se trata de um tema delicado para nosso “sujeito” em estudo (CALIXTO, 2015). 6 2. HISTÓRIA DO GRUPO Em meados de 1940, surgem os primeiros Motos Clubes do mundo, exatamente nos Estados Unidos, estando dentro dos ideais que posteriormente foram chamados de contracultura. Naquele período de inicialização moto clubes eram formados, por homens jovens, mas com idade e condições financeiras para possuir uma motocicleta e dedicava a viagens pelas rodovias do país, sendo conhecidos nas décadas seguintes como gangues de motociclistas. Outro contexto histórico para o início da formação de moto clube seria originária dos ex- combatentes que decidiram igualmente viajar de motocicletas na tentativa de esquecer os dias vividos em guerra (MESQUITA, MAIA, 2007). Em bibliografias a primeira associação fundada em 1927 foi o MOTO CLUB DO BRASIL sediada no estado de RIO DE JANEIRO, alguns anos depois em 1932 iniciou moto clube de campos (ALVES, 2011). Foi na década de 60 que os motociclistas viram temas de Hollywood e originando aí o mito do motociclista antissocial e da motocicleta como instrumento de liberdade, protesto e irreverência. No início da década de 70 houve um crescimento da massa de diversos moto clubes pelo mundo seguindo o princípio de hierarquia e irmandade. No Brasil se popularizou na década de 90 após a presidência de Collor. 2.1. CLUBE DOS ABUTRE'S SEDE DE ARIQUEMES O precursor dos ABUTRE’S do Município de Ariquemes foi Membro Russo que no ano de 2008 entrou em contato com o TELES (Atual NÔMADE), que já era membro dos ABUTRE’S da Capital de Porto Velho (PVH), por sua vez TELES entrou em contato com o presidente da época que conversou pessoalmente com o RUSSO, o Presidente manifestou a vontade de expandir e ter um representante desta circunscrição, e mediante as formalidades já narradas o RUSSO se tornou Membro junto com outros que demonstraram o mesmo animus. Deve ser evidenciar que o Clube dos ABUTRE’S de modo mundial se percebe como maior grupo por terem um construto hierárquico pré- fixado, composto por presidentes, diretores nacionais, regionais entre outros, que se diferencia de outros grupos que hoje se estendem como um hobby. 7 3. SOCIAL APLICADO AO GRUPO Ao evidenciar e examinar os fenômenos de grupo tornar-se norteador a conceituação do FENÔMENO GRUPO. De acordo com Myers (2014, p. 217) grupo é um conjunto de pessoas que se identificamumas com outras que se sente que estão interligadas a partir de uma organização. Porém o contexto de grupo se relaciona através hierarquia, bens em comum, vestimentas, sexo entre outras características. Ao limitar área de acesso os MOTOS CLUBES são organizações formadas, em sua maioria, por homens que possuem como bem comum a motocicleta (MESQUITA et al. 2008), que se entrelaçam por um mero sentido de locomoção e de um cultivo do ideal de liberdade e aventura que é proporcionado pelo veículo, costumeiramente se materializa em longas viagens, que são previamente agendadas. Em Psicologia Social o GRUPO se torna uma instância que remete a estabelecer ligações no coletivo e no individual, porém elementos centrais podem se destacar como interdependência funcional entre membros e a partilha do objetivo em comum e principalmente a existência de papéis e normas. Essas organizações são registradas em cartório, possuem estatuto e características diferenciadas entre si, de modo que, atualmente, têm-se contabilizado aproximadamente como oito mil membros em todo território do Brasil (MESQUITA et al. 2008). Acerca dos MOTOS CLUBES, a partir dessas observações, é nítido que eles surgiram em meio ao movimento de contracultura nos Estados Unidos e, atualmente, são incluídos como grupos urbanos. Max Weber já fazia observações sobre esses laços com a relação das comunidades de maneira afetuosa com ligações emocionais, ou seja, constitui nas “emoções compartilhadas” (MAFESSOLLI, 2004). Foi no entrelaço e na euforia dos movimentos de contracultura, que surgiram grupos específicos denominados de tribos urbanas se colocamos os grupos vindos dos movimentos de contracultura, e que atualmente são chamados de tribos urbanas, são manifestações passageiras, ou seja, englobam a faixa de transição para a vida adulta e esta, quando chega, força o pertencente a abandonar sua tribo, como confirma Coutinho: “a transitoriedade 8 e o imediatismo se congregam numa certa apologia do presente vivido na tribo, não há projetos futuros ou preocupações com o destino da tribo” (SOUZA et al. 2014). A ideia de que originou o mito do motociclista antissocial e da motocicleta como instrumento de liberdade, protesto e irreverência, partiu de milhares de filmes, séries, que utilizaram como simbolismo. A ideologia defendida pelos motociclistas, expressando-se por um sentimento quase personificado pelas suas motos e por um estilo de vida voltado para liberdade e companheirismo entre os “irmãos de colete” (CALIXTO, 2015). Não se pode esquecer a própria estética a partir da qual eles se apresentaram usando o brasão de um clube. Partindo desse princípio a sede dos ABUTRE’S do Município de Ariquemes recepcionou o grupo do 4º período de Psicologia da FAEMA com objetivo principal de destacar os conceitos de Psicologia Social a frente da organização normativa do grupo, destacando conceitos fixados pelos membros do clube ABUTRE’S: FAMÍLIA; IRMÃOS (IRMANDADE); RESPEITO; HIERARQUIA; ESTILO DE VIDA; PRECONCEITO; SOCIEDADE ALTERNATIVA. Atribuindo questões para a análise do senso comum, a ciência não é a únicas formas de conhecimento que o homem possui para descobrir e interpretar a realidade (BOCK, 2006, p.22). O que faz reunir conceituações onde de acordo com (BOCK, 2006, p.177) a Psicologia Social é a área da Psicologia que procura estudar a INTERAÇÃO SOCIAL. E se contextualiza como sendo o primeiro processo desencadeado a respeito da interação social e a da percepção social, onde se tem a possibilidade de interpretar uns aos outros, não só a presença do outro, mas o conjunto de características que apresenta. Em contato com Grupo, fora concatenada informações viabilizando compreender ou categorizar o novo fato, como por exemplo, o traje. Que nesse caso o vestuário pode ser enquadrado como FATO SOCIAL dentro do grupo, pois existem normas específicas, tais como o colete obrigatório, que somente pode ser utilizado debaixo de uma camisa oficial do clube que e comprado unicamente pela grife e nunca em locais terceirizadas, agora se o caso for um “prospero” que não possui a camisetas a uma liberação do uso de uma 9 camiseta preta, no entanto, caso o membro não tiver ambos e apenas liberado o colete fechado sem a camiseta em eventos internos do clube. Nesse diapasão, se tem uma questão CULTURAL, que de acordo com: Strey (2002, p. 58), “A cultura refere-se ao conjunto de hábitos, regras sociais, intuições, tipos de relacionamento interpessoal de um determinado grupo, aprendidos no contexto das atividades grupais”. Bock (2006) traz a respeito da COMUNICAÇÃO sendo um fator que não estabelece apenas por códigos verbais, como também agrega expressões de rosto, gestos, movimentos, desenhos e sinais. E neste sistema que ao observar o grupo em interação é perceptível desde o início a união e uma comunicação de respeito, pois, existe uma normativa do grupo dos Abutres até para o cumprindo, é possível observar que quando um membro chega à sede a hierarquia é respeitada, no sentido de saudar primeiramente o diretor regional de posteriormente os demais. Segundo Bock (2006, p. 137) “as ATITUDES possibilitam-nos certa regularidade na relação com o meio. Temos atitudes positivas em relação a determinados objetos ou pessoas, o que nos predispõe a uma ação favorável em relação a eles.” Pode se citar o comportamento ao não se sentar nas cadeiras caso não tenha uma autorização verbal. Outro exemplo pertinente onde se estava o Nômade RAEL, no qual o grupo apenas tirou a foto juntamente com a equipe quando este estava presente, sendo aguardado pelo diretor regional MINGAU. O fato de ter coerência em atitudes possibilita manter a atitudes de que podem ser modificados a partir de novas informações, novos afetos ou novos comportamentos ou situações. Diga-se de passagem, que a cada novo integrante antes de ser aceito passa por um período de experiência, onde se analisa e é analisado, durante um período de aproximadamente de três meses. O aspirante convive com o grupo ao passo compreende as normativas do clube, para só ao final ambos decidirem, se de fato este (aspirante) passará ser “próspero” e dessa maneira ir galgando espaço e títulos no moto clube. Torres (2011, p.248) conceituam o temo IDENTIDADE como uma maneira de identificar ou significar ainda separar distinguir de outros semelhantes a partir de características que tornam algo ou alguém diferente. 10 Nesse caso, traz o sentido de unicidade e refere-se a aspectos individuais que fazem cada pessoa sentir única, singular. Porém, Bock (2006, p.145) completa a verbalização afirmando que a IDENTIDADE é a síntese pessoal sobre o si mesmo, incluindo dados pessoais (cor, sexo, idade), biografia (trajetória pessoal), atributos que os outros lhe conferem, permitindo uma representação a respeito de si (BOCK, 2006, p.145) . “EU NÃO SEI O QUE É SER ABUTRE PORQUE EU SOU ABUTRE, NÃO PRECISEI DESCOBRIR EU NASCI” - ABUTRE’S. Myers (2017, p.225) traz o conceito de DESINDIVIDUAÇÃO “em situações de grupo, as pessoas são mais propensas a abandonar as restrições normais, a perder seu senso de identidade individual, a tornarem-se sensíveis as normas do grupo ou da multidão”, vislumbrando o instituto da desindividuação quando todos possuem suas respectivas profissões, como responsabilidades familiares (sanguíneos), quanto ao grupo, reunidos e de colete representam uma só identidade (ABUTRE’S). E tão latente a desindividuação dos membros que o comportamento de todos acontece de forma natural como de fato eles se revestissem de uma identidade uníssona (Única identidade). Daí se tira a sigla A.S.S.A que compõe o colete sendo um escudo, que carrega um significado importante sendo “Abutre’s Sempre, Sempre Abutre’s”. Portanto, para a Psicologia Social, diferentementedo senso comum, indivíduos não tomam certas atitudes, porém, desenvolvem crenças, valores, opiniões em relação aos objetos do meio social, o que se especifica com o conteúdo já mencionado onde os GRUPOS SOCIAIS se flexibiliza em pequenas organizações de indivíduos que, possuem objetivos comuns, desenvolvem ações na direção desses objetivos. E de maneira total todos desempenham PAPEIS SOCIAIS alguns determinados por um algum tipo de regra. Outro efeito congruente dentro de grupos são fatores de punição. Comportamentos severamente punidos desencadeiam respostas emocionais. OS EFEITOS DA PUNIÇÃO, até então relatados, enfraquece temporariamente o comportamento “indesejável”, a partir da reação emocional muitos destes envolvem em caso específico há a perda do colete, e 11 afastamento do grupo por tempo previamente determinado pelo diretor regional e o nômade. Mas vale lembrar que a punição não é a única via para gerar a culpa ou a vergonha, pois, ao ser parte do grupo e se sentir um só se desindividualizar o ato de perder, não frequentar, há uma ruptura que estabelece condições aversivas, evitadas pelo indivíduo, e esta é, por si só, reforçadora para uma mudança de atitude em um futuro. “NINGUÉM É OBRIGADO A GOSTAR DE NINGUÉM, MAS TEM UMA COISA QUE SE CHAMA RESPEITO” - ABUTRE’S. Em contato com o grupo fora notado os mecanismos de sustentação dos GRUPOS SOCIAIS que no caso específico pode ser definido com características bastante específicas de um agrupamento social. Dentro desse aspecto, tais mecanismos servem como elemento de apoio para que os Membros integrantes daquele meio permaneçam se expressando através de comportamentos coesos. Entre os mecanismos existentes temos: a LIDERANÇA, as normas e sanções sociais, os símbolos e os valores sociais. Torres (2011, p. 263) discute o surgimento de posições dos indivíduos que passam a representar papeis sociais dos membros, como aqueles representados por pais e filhos ou pelos líderes do grupo. A liderança é considerada, dentro da Sociologia, um dos principais aspectos que mobiliza o social. Sob a liderança de um indivíduo, os grupos sociais se organizam e atuam dentro das coordenadas indicadas por ele. Dentro dessa análise, a liderança se assemelha como burocrática se desenvolve dentro de uma organização institucional e depende de uma hierarquia já pré-estabelecida em um ambiente burocrático. FIGURA 1 FONTE: MOTOCLUBE ABUTRES, 2019. 12 “ABUTRE É NOSSA VIDA, É ESSA IRMANDADE QUE VOCÊS ESTÃO VENDO AQUI, SOCIEDADE LINDA, CHEIA DE IRMÃOS” – ABUTRE’S. Um GRUPO pode demostrar a ocorrência de interações que se mantem ao longo do tempo e pela percepção que seus componentes têm dele como algo real e de si mesmos como membros. Por fim, os GRUPOS são caracterizados pelas relações afetivas é pouco provável que os membros de um grupo sejam emocionalmente neutros ou indiferentes entre si, que leva sempre há emoções envolvidas quando falamos em grupos (TORRES, 2011.p.263). ABUTRE “É UMA COISA INEXPLICÁVEL” – ABUTRE’S. As ATITUDES e os valores estão relacionados, embora compreendam construtos opostos, o que se relaciona indiretamente quando referenciamos o termo preconceito. Em afirmativa o preconceito discriminação é uma manifestação que se classifica em diversos níveis sociais e educacionais da sociedade e seria no mínimo ingênuo acreditar que a sociedade não tenha resquícios que levam ao preconceito. A diferença talvez esteja em saber que ele existe, como se manifesta, os males que causa e estar atento para evitar e até transformar (TORRES, 2011). O que se torna persistente o contexto que os membros do clube ABUTRE’S não agregam sentimentos ao se falar de PRECONCEITO, preferem mostrar suas verdadeiras condições a frente de algum proposito de crescimento para o grupo e comunidade, iniciando esse comportamento dentro da sua sede, respeitando e mostrando habilidades em considerar a opinião de todos. “PRECONCEITO EXISTE, INDEPENDENTEMENTE DO LOCAL QUE ESTEJAMOS O IMPORTANTE É MOSTRAR O QUE REALMENTE SOMOS E ISSO INICIA AQUI DENTRO” – ABUTRE’S. 13 No trabalho para a estruturação de territórios são tomadas iniciativas individuais ou grupais (estratégias territoriais) para delimitar e produzir a manutenção do mesmo. De acordo com Mesquita e Maia (2007), a TERRITORIALIDADE corresponde às ações desenvolvidas por vários agentes sociais em uma determinada área geográfica e em um dado momento histórico. Essas ações são produzidas pelas diferentes relações estabelecidas entre os agentes em um específico recorte espaço-temporal. Olhando-se para o Moto clube ABUTRE’S a divergência entre esses conceitos para a ideologia marcada por eles leva para uma reflexão que ao invés de usarem a simbologia para marcarem a sua territorialidade no espaço urbano, com a “simples” presença corporal de um membro usando o colete, ou mesmo pela presença de seus símbolos, elevam seus respectivos comportamentos em preservar uma geografia solidaria montando uma estrutura social que é composta pelos próprios membros. Os fins da questão e manter preservado e em desenvolvimento aquilo que já se tem, ou inovar e proporcionar novas experiencia devolvendo a sociedade respeito e solidariedade, para aquilo que já deveria esta sendo produzido. “SO ESTAMOS FAZENDO OQUE TODOS DEVERIAM FAZER” – ABUTRE’S. É muito visível de ver que todo grupo se articulam simbolicamente com a presença de símbolos que explicam e agregam sua própria ideologia, basicamente essa conjuntura ideológica se fundamenta através de símbolos e com o símbolos se formam todo o mecanismo retrato como Estereótipo, porem os estereótipos são ideias , concepções a respeito das pessoas o do grupo que são fatos que simplesmente se repetem. Tendo esse dialogo e expresso que o símbolo 1% agregado ao colete dos abutres significa atitude, uma atitude que se estende além de uma linha tênue de lei, ou de um modismo, ou regras ditatoriais, o símbolo carrega uma afetividade e responsabilidade de não se instalar em uma zona de conforto e de não camuflar sua visão a frente de uma realidade, ele existe para tomar responsabilidade o fato que já deveria ser. 14 IMAGEM II: SIMBOLO 1% FONTE: CLUBE ABUTRE, 2019. Outro SÍMBOLO traçado como objeto supremo e a ave da família Cathartidae (URUBU), e possível intitular como uma ave de grade envergadura, desprovidas e penas na cabeça, e de aptos necrófilos cedeu seu nome para uns dos maiores clubes de motociclista do Brasil entre verbalizações foi argumentado que devido ser uma espécie frequentemente observadora, remete uma ideia de liberdade e de ser uma ave de voos altos, e por ser preta e remeter uma semelhança nas vestimentas de couro de seus membros. IMAGEM III: LOGOS FONTE: CLUBE ABUTRE, 2019. 15 4. DIÁRIO DE CAMPO Este diário de campo foi realizado com o propósito de observar o funcionamento do grupo de moto clube ABUTRE’S de forma busca entender o que une cada indivíduo que ali habita, tais como suas crenças, dogmas e costumes. Sem qualquer interferência do grupo observador. A Sede fica na Rua Maracanã, 9º rua, sub esquina com a Av. Jamari- St. 2 Ariquemes – RO. Apresentação: Nós somos acadêmicas do 4° período do curso de Bacharelado de Psicologia com formação em psicólogo da universidade FAEMA. Sobre a supervisão do Professor Esp. Hanns M. Lopes fora proposto a observação de um grupo a qual não teríamos contato em nosso cotidiano assim que elencamos o moto clube ABUTRE’S. O relato deste diário de campo refere-se a cinco dias de visitação ao grupo Abutre’s, para que tivéssemos na prática os conteúdos das aulas ministradas. Todavia deve ser ressaltado que o trabalho fosse revisado por eles antes da entrega e a apresentação.16 4.1 PRIMEIRA VISITA Data: 07/08/2019 Horária entrada: 15h00min Horário Saída: 16h00min No primeiro informes do grupo, o Diretor regional da sub sede (SS) de Ariquemes MINGAU repassou as informações a respeito da liberação dos superiores, mas que existia a probabilidade de que já estarmos iniciar nossas atividades. Assim que o primeiro encontro oficialmente foi realizado durante uma ação social ao quais os ABUTRE’S fazem parte realizada todas às quartas- feiras no Lar Fraterno 3º idade às 15h00min. Já no lar Fraterno, houve um pedido de liberação para a gestora Terezinha para que o grupo pudesse estar participando com a equipe dos ABUTRE’S, logo que a ação por partes deles já ocorre em torno de 90 dias, a liberação foi consentida. A ação realizada pelo grupo e pela equipe do Lar Fraterno é um bingo onde o principal objetivo é manter uma interação, entretenimento, onde OKAMI (Membro dos Abutre’s) relatou que o principal propósito é retirar os idosos de uma rotina diária. Os membros são responsáveis por levar os brindes como pipoca, bombons, paçocas, que são dados como gratificação aos ganhadores. Neste dia estavam três membros do grupo chamados RUSSO, OKAMI e DYLON. Ao início OKAMI (Membro dos Abutre’s) atribui algumas tarefas ao grupo observador, Adriana como narradora, Mônica, Daian, Fabiane, assim como os membros RUSSO e DYLON para auxiliarem aos senhores que dispõe de pouca movimentação motora. O bingo acontece em duas rodadas onde as pedras são cantadas com a finalidade de todos ganharem gratificações, e para dispuserem de um entretenimento. O bingo transita em torno de 30min para que os idosos não saiam da sua rotina, logo que antes das 14h30min eles tomam café da tarde, e após o bingo é oferecido àqueles que não comeram um lanche novamente. Após o término os Membros dos ABUTRE’S tendo o OKAMI como porta voz, repassaram informações sobre o Lar Fraterno e convidando o grupo para participar da contribuição dos brindes que eles arrecadam para ajudar o lar. Por 17 fim finalizou este primeiro contato com um segundo convite com proposito do grupo para ser recepcionado em sua subsede de forma habitual de recepcionar os seus convidados. No entanto os foi informado à indisponibilidade do grupo observador devido o calendário acadêmico, o grupo gentilmente se propôs a remarcar uma nova data que seria confirmada, mas estaria marcado para uma próxima terça-feira. Estariam recebendo todos do grupo para um jantar estilo motoqueiro. 18 4.2 SEGUNDA VISITA Data: 13/08/2019 Horário entrada: 19h30min Horário Saída: 22h40min Em uma terça-feira foi confirmado à realização do jantar para “prestigiar” a equipe, bem como para que o grupo observador pudesse está interagindo com os hábitos, e a dinâmica do grupo. A noite foi empolgante e recheadas de perguntas, as quais foram dirigidas pelo grupo para os Membros dos Abutre’s. Estavam presente os seguintes membros MINGAU (Diretor regional), RUSSO (Responsável de trazer os abutre’s para Ariquemes), OKAMI (Mídias sociais ) , DYLON( Mídias sociais) , BRUXO, BOLÍVAR, e demais membros. Logo que algo chamou atenção de uma integrante do grupo a presença de um jovem de mais ou menos 19 anos que estava com uma camisa de cor preta e sem colete. Ao qual o Diretor regional MINGAU foi indagado sobre “Motivo” dele não portar o colete. Foi informado de que ele era aspirante a fazer parte do grupo, onde um dos primeiros passos seria “observar e ser observado”. Já apresentou uns dos critérios necessários para se tornar. Para ingressar na irmandade o primeiro requisito é ser homem, ter mais de 18 anos e ter sido convidado por algum integrante, e carteira de habilitação. Após o convite o candidato passa por provações a fim de se verificar se encaixa na ideologia ABUTRE. Depois de admitido na irmandade, o novato passa por etapas para atingir “graduações” dentro. Após três meses de avaliação aproximadamente o novato atinge a graduação “Próspero” inicialmente ser comprometido afetivamente com o contexto do clube. Percebemos uma grande unidade de pensamentos e ideologias quando das respostas dos ABUTRE’S e algo que ficou marcante para nossa equipe foi o pensamento de “família”, “Irmandade” entre eles. Neste encontro foi mostrada a sede dos ABUTRE’S tendo a estrutura física de uma casa mobiliada, com murais na parede com as normas, fotografias dos membros, do sindicato, um mural de lembranças dos membros que faleceram, e frases de honra. Foi informado que o local era alugado e que 19 uma das rendas para provimento de despesas seria proveniente das mensalidades que todos os integrantes pagam para flexionar as despesas. Ainda foi elucidado sobre a trajetória do grupo que início no Brasil alcançando o status de mundial, sendo que no Brasil funcionam as sedes e Subsede como presidente e diretores para todas as Sedes. As subsede estão em nível de “Regionais”. Que fora falado que os ABUTRE’S praticam “obras sociais” dos mais diversos tipos, como visitas e apoio no Lar dos Idosos (Lar Fraterno), prestando apoio laboral em programas específicos (voluntariado) como na arrecadação beneficente conhecida por “QUEIMA DO ALHO”. Como regra geral os “ABUTRE'S” subsede Ariquemes se reúnem no período noturno uma vez por semana para se confraternizar e discutir pautas temáticas da mais diversa. Os membros programam passeios em todo o Estado de Rondônia e em outras Unidades da Federação, relatam mulheres e demais familiares são aceitos para participarem dos eventos e são muito bem tratadas/recepcionadas, no entanto mulheres não podem ser fazer parte do grupo como membros. 20 4.3 TERCEIRA VISITA Data: 14/08/2019 Horário entrada: 14h30min Horário Saída: 15h30min Em convite especial partindo da integrante do lar dos idosos, convidou o grupo ABUTRE’S para participar do aniversário de 78 anos da moradora chamada carinhosamente de Aninha, logo que a informação foi repassada para nós pelos ABUTRE’S. Com a comoção de estarmos sendo acolhidos pelo Lar, foi proposto ao grupo uma contribuição de 10 R$ para comprar uma lembrança, como forma de agradecimento, como também alguma contribuição para o aniversário. Notou-se que tanto o grupo observador quando os grupos dos Abutre’s se movimentaram individualmente para levar alguma contribuição para o Lar. A característica primária dos ABUTRE’S é a participação em eventos sociais e filantrópicos. O reconhecimento do trabalho realizado pela irmandade e está nos inúmeros certificados de gratidão expedidos pelos vários órgãos. Nesse mesmo dia, foi entregue uma contribuição por parte do grupo para os bingos de quartas-feiras, ao dia do aniversário, a Gestora Terezinha cancelou o bingo, de forma que seria apenas a comemoração do aniversário, para novamente não atrapalhe a rotina flexionada por eles para os idosos. A visita com os membros dos Abutres foi reduzida, logo que nesse dia teve restrições à própria interação. O Abutre's Moto Clube atua junto às comunidades carentes, entidades assistenciais, creches, escolas e onde for requerida sua presença, para qualquer tipo de apoio possível. Além da participação nas Campanhas de solidariedade, a irmandade também atua no auxílio em calamidades. 21 4.5 QUARTA VISITA Data: 28/08/2019 Horário entrada: 15h00min Horário Saída: 16h15mim Com a semana de prova, houve um pedido de desculpa por parte do grupo para os Membros dos ABUTRE'S por conta da nossa indisponibilidade como forma de esclarecimento. Eles entenderam e convidaram para nos participamos do bingo como também do evento na sexta-feira dia 30/08/2019, onde o Diretor da sede de Porto Velho/RO iria estar na presente na sede de Ariquemespara visitações e reuniões para discussão de políticas internas do grupo. Limitando ao Lar Fraterno, notou que a disciplina, e o comprometimento do grupo em participação do bingo, compareceram apenas dois membros do Abutre’s, foi justificado por eles o restante dos membros estavam com compromissos pessoais. OKAMI repassou informações convidando o grupo para participar da contribuição dos brindes que eles arrecadam para ajudar o lar novamente. Por fim finalizou este primeiro contato com um segundo convite com proposito do grupo para ser recepcionado em sua sede de forma habitual de para a apresentação do Diretor da Sede de Porto Velho/RO RAEL. Estariam recebendo a todos do grupo para um jantar estilo motoqueiro. O bingo ocorreu com o mesmo cronograma, em duas rodadas, com a mesma interação onde o objetivo principal o entretenimento, Os integrantes que marcaram presença foram OKAMI e DYLON. Logo que antes das 14h30min tomam café da tarde, e após o bingo é oferecido àqueles que não comeram um lanche novamente. Ao início OKAMI (Membro dos Abutre’s) atribui algumas tarefas ao grupo observador, Mônica, Daian, Fabiane, assim como o membro DYLON para auxiliarem aos senhores que dispõe de pouca movimentação motora. 22 4.6 QUINTA VISITA Data: 30/08/2019 Horária entrada: 21h30min Horário Saída: 23h00min A visita se flexionou em um período de tempo curto, o objetivo do convite a fim foi para breves apresentações para o diretor da sede de Porto Velho/ RO. Como já informado pelo Membro do Grupo, eles estariam em reuniões internas resolvendo políticas internas. A chegada à sede o grupo recepcionou e deixou o grupo em liberdade em confraternizar com os outros grupos visitantes de outros clubes. Foi reportado a existência de visitantes de outros motos clubes. Observou-se que a presença do Arroz (MOTOQUEIRO) em ocasiões especiais, logo que expondo um símbolo de família partilha. Na ocasião em Particular observou que uns dos Membros estavam com uma camisa de cor preta, mas sem o colete é que cerca de uns vinte minutos após a reunião este se retirou do recinto de maneira muito discreta. A equipe optou por não realizar qualquer pergunta ou observação sobre tal fato no mesmo momento considerando que no local havia outras pessoas de outros motos clubes. Cabe salientar que o colete de alguma forma deixa o ABUTRE representatividade e orgulho. 23 4.7 SEXTA VISITA Data:05/09/2019 Horário entrada: 19h00min Horário Saída:20h30min A visita se flexionou em um período de tempo curto, o objetivo do encontro foi mostrar as pré-escrita para o diretor regional MINGAU e aos demais do grupo. A chegada à sede o grupo nós recepcionou fomos convidadas para sentar a mesa, no lado interno da sede. Foi reportado que o diretor regional da subsede de Ji-paraná PAULISTA estava visitando eles e estaria em comunhão ali por uma semana. Na ocasião em particular, foi mencionado que eles estavam fazendo uma “ação social interna”, pois, naquele momento o Diretor regional “PAULISTA” estava passando por dificuldades, diagnosticado com depressão, e a partir disso o clube estava se solidarizando acolhendo o irmão, e cuidando para que ele se estabelecesse com a impossibilidade do membro pegar uma locomoção a só, a subsede com ordenamento do Diretor regional MINGAU, pediu para o membro DYLON para ir busca-lo. E como fechamento houve o esclarecimento de alguns questionamentos que ainda tinha ficado sem respostas ou com um sentido ambíguo, como também o pedido a liberação para esta utilizando fotos, logos, regulamento. 24 5. DISCUSSÃO/ RELATO DE EXPERIÊNCIA No estudo proposto em sala de aula, a atividade pratica supervisionada (APS) teve caráter desafiador para todos os grupos (sala), a princípio foram anotados os detalhes e protocolos que deveriam ser seguidos para a avaliação. Por intermédio de uma integrante do nosso grupo tomamos conhecimento do clube Abutre's, como também foram cogitados outros grupos como GNAAR (Grupo de Narcóticos Anônimos de Ariquemes-RO) e o clube de motociclista Zadoque MC da cidade de Ariquemes. Em consideração para a escolha foi encaminhado e-mails e mensagem antes de um primeiro contato logo que em ambos os grupos não tinha endereços de sua localidade confirmada. Em previa de resposta apenas dois grupos responderam. E a partir desse contato o grupo iniciou a montagem do protocolo para construir uma melhor abordagem, trazendo essa circunstância o grupo em uma votação escolheu o clube dos ABUTRE’S para iniciar o primeiro contato. Assim em primeira resposta o grupo entrou em contato com o ABUTRE’S na sua sede, para começar a montagem de um cronograma de visitações, porém a primeira visita ao grupo foi observada a necessidade de respeitar o processo de convite do clube, para dispusemos de uma interação natural. Então durante a reunião foi apresentado nossa proposta de interação aos membros do grupo, principalmente para o diretor regional e de forma positiva obtivemos o consentimento deles. Os protocolos de visita foram demarcados primeiramente pelo horário noturno ser entre 19h00min ate às 10h40min horário de funcionamento da faculdade, e a tarde pelo convite do grupo no lar fraterno no período de 15h00min até as 16h00min. As visitações foram feitas apenas pelo convite do grupo, como já mencionado. De modo simples, o grupo lidou com questões persistentes de horários logo, que havia umas das integrantes que trabalhava de maneira integral, a resolução proposta era estarmos conversando com o grupo ABUTRE’S para que eles marcassem reuniões no período noturno quando possível, logo a problematiza teve resolução partindo de uma iniciativa do clube ABUTRE’S em abrir espaço para agregar o grupo às reuniões noturnas. Questão de 25 locomoção do grupo foi articularizada de maneira que auxiliassem a colega que não tinha veiculo. A questão do grupo ABUTRE’S entre aspectos as expectativas e pré - conceitos transpassaram, deixando ilusões onde a vestimenta do grupo (observador) poderia ser um objeto influenciador na interação com o clube. O grupo mostrou uma face bastante prestativa e ágil e principalmente de eventuais solicitações se acarretam por via whatsapp. Método utilizado para facilitar a comunicação do grupo. De modo coletivo foi uma experiência enriquecedora e que contribuiu muito para o processo de maturidade com o a interação interna e principalmente nas questões externas de interação com a cultura, identidade hierarquia, normas e regras visualizadas do grupo, de forma social se quebrou o estereótipos de motocicletas devidas sua historicidade. Quanto à interação e por fim a experiência, e nítido uma harmonia, equivalente a pensamentos e comportamento similar, e incrível de troca de conhecimento que acontecem de modo coletivo quando as realidades e a premiações por parte de grupos acontecem. A participação na visitação trouxe uma visão enriquecedora. Usufruímos de uma excelente receptividade regada por uma boa dose de cortesia. O grupo preza por conhecimento, defende e valoriza o indivíduo como único principalmente preza diversidade e respeito como valores coletivos. 26 6. CONCLUSÃO Diante tudo que fora conceituado em relação aos fenômenos de grupo, comunicação, atitude, identidade, papéis sociais, interação social e cultural. Em virtude destes aspectos, é possível identificar no grupo ABUTRE’S o comportamento de irmandade, ao qual os membros se comportam como se fossem de uma mesma família. Ao que se trata de desafios presente em pratica, a maior parte deles foi à falta de experiência em lidar com o publico e na ocasião mais peculiar se restringiu a um publico totalmente masculino,cercado de regras e normas que dobrou os desafios de verbalização, logo que a principal preocupação era respeitar o grupo para que a fala não fosse interpretado de uma forma errôneo e ambíguo. Mesmo que se tenha tido umas situações desconfortantes, os pontos positivos sobrepuseram os negativos, pois foi enriquecedor no quesito de aprendizado de pratica e teórica da matéria de Psicologia Social. Em virtude dos fatos mencionados, percebe-se que existe uma equidade de afetos, a irmandade no grupo ABUTRE’S se expressa uns com os outros, como se fossem todos uma família, dando liberdade aos se sentirem no direito de aconselhar assim como também corrigir quando necessário o outro. E acima de tudo quando algum membro se encontra com algum problema, ocorre uma comoção onde os membros do clube ABUTRE’S se juntam em prol de ajudar. Nota-se que não existe nenhuma preocupação dos membros do clube ABUTRE’S com relação aos estereótipos que ainda hoje na contemporaneidade os indivíduos possuem com relação às vestimentas e o estilo de vida. Os Abutre’s não se importam com que as pessoas pensam e dizem ao seu respeito. Eles são oque são não importando na presença de quem se encontram. Constata-se por meio da fala do OKAMI (membro do Abutre’s) que eles começaram a participar de eventos sociais e filantrópicos, tendo como principal foco aliviar a carga dos indivíduos responsáveis por essas ações sócias. Portanto em decorrência da frase em que todos os membros relataram “eu já nasci ABUTRE, não sei ser outra coisa”, pode-se compreender que ser ABUTRE’S para eles, não é somente uma escolha de vida, mas sim a vida deles, caso acabace o clube ABUTRE’S eles já não conseguiriam se 27 reconhecer e não poderiam mais se encontrar, pois ser ABUTRE’S é só o que eles reconhecem como normalidade. Por fim deve ser ressaltado que a metodologia usada para executar a atividade pratica supervisionada (APS), foi protocolada totalmente pelo professor orientador, proposto desafios como também soluções para que houvesse um aprendizado e principalmente experiencia da pratica social, mostrando a realidade de estar em ambientes e culturas diferentes, e nítido o posicionamento onde a experiencia pratica da atividade se taxou como totalmente positiva logo que a aprendizagem se reuniu como essencial para a formação de um profissional da área de psicologia. 28 7. REFERÊNCIA BOCK. Ana Mercês Bahia; FUTARTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. 13ª edição reformulada e ampliada. 3ª tiragem – 2006. Editora Saraiva. CALIXTO. Rebeca Kramer da Fosenca. Forjados no calor do asfalto: constituição de subjetividades de motociclistas no espaço social de moto clubes no recife. 2015. Disponível em:< https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28822/1/DISSERTA%C3%87% C3%83O%20Rebeca%20Kramer%20da%20Fonseca%20Calixto.pdf> Acesso 11 de set. 2019. CEZAR,AiltonI. Conheça uma pouca da história dos motoclubes.2011. Disponível em: <https://web.archive.org/web/20130729145003/http://www.revistamotoclub es.com.br/2011_03/Materia_2011_03_17_Historia.htm#> Acesso 05 de Set. 2019. FERREIRA. Rita Campos. Psicologia social e comunitária : fundamentos, intervenções e transformações / Rita Campos Ferreira. -- 1. ed. -- São Paulo : Érica, 2014. MAFFESOLI, M. O tempo das tribos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. MESQUITA, Maria Elisabeth Alves et al. Moto Clubes de Goiânia-GO: Formadores de territórios e territorialidades urbanas. 2008. MYERS, David G. Psicologia social [recurso eletrônico]/ tradução: Daniel Bueno, Maria Cristina Monteiro, Roberto Cataldo Costa; revisão técnica: Elaine Rabelo Neiva, Fabio Iglesias. – 10. Ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: AMGH,2014. SOUZA. Alessandra et al. Contexto das tribos urbanas com enfoque na formação de identidade na adolescência: uma revisão integrativa e ilustrativa dos anos cinquenta. Ciências humanas e sociais, Maceió. v. 2, n.2, p. 165-184, Nov 2014. Disponível em:< periodicos.set.edu.br> Acesso 05 de Set. 2019. STREY, Marlene Neves (Org.). Psicologia Social Contemporânea. 7. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002 TORRES. Cláudio Vaz. Psicologia social [recurso eletrônico] : principais temas e vertentes / Cláudio Vaz Torres, Elaine Rabelo Neiva [organizadores]. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2011 https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28822/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Rebeca%20Kramer%20da%20Fonseca%20Calixto.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28822/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Rebeca%20Kramer%20da%20Fonseca%20Calixto.pdf https://web.archive.org/web/20130729145003/http:/www.revistamotoclubes.com.br/2011_03/Materia_2011_03_17_Historia.htm https://web.archive.org/web/20130729145003/http:/www.revistamotoclubes.com.br/2011_03/Materia_2011_03_17_Historia.htm 29 8. ANEXOS IMAGEM IV: CONVITE PARA O CLUBE ABUTRE FONTE AUTORA IMAGEM V: PRIMEIRA VISITA FONTE AUTORA 30 IMAGEM VI: SEGUNDA VISITA FONTE AUTORA IMAGEM VII: TERCEIRA VISITA FONTE AUTORA 31 IMAGEM VIII: ANIVERSARIO DA ANA (LAR FRATERNO) FONTE AUTORA IMAGEM IX: QUARTA VISITA FONTE AUTORA IMAGEM X: QUINTA VISITA FONTE AUTOURA 32 IMAGEM XI: LEMBRANÇA FONTE AUTORA IMAGEM XII: REGRAS DO GRUPO FONTE AUTOURA 33 LISTA DE PRESENÇA NAS VISITAÇÕES: Data: 07/08/2019 Horária entrada: 15h00min Horário Saída: 16h00min Membros Presentes: Adriana Parente, Daian Stéphani, Fabiane Sutil, Mônica Lima. Local: Lar Fraterno 3º Idade. Data: 13/08/2019 Horário entrada: 19h30min Horário Saída: 22h40min Membros Presentes: Adriana Parente, Daian Stéphani, Fabiane Sutil, Mailza de Jesus, Mônica Lima. Local: Subsede Abutre’s. Data: 14/08/2019 Horário entrada: 14h30min Horário Saída: 15h30min Membros Presentes: Daian Stéphani, Fabiane Sutil, Mailza de Jesus, Mônica Lima. Local: Lar Fraterno 3º Idade. Data: 28/08/2019 Horário entrada: 15h00min Horário Saída: 16h15mim Membros Presentes: Adriana Parente, Daian Stéphani, Fabiane Sutil, Mônica Lima. Local: Lar Fraterno 3º Idade. Data: 30/08/2019 Horária entrada: 21h30min Horário Saída: 23h00min Membros Presentes: Daian Stéphani, Fabiane Sutil, Mônica Lima, Mailza de Jesus, Adriana Parente. Local: Subsede Abutre’s. Data:05/09/2019 Horário entrada: 19h00min Horário Saída:20h30min Membros Presentes: Daian Stéphani, Fabiane Sutil, Mônica Lima. Local: Subsede Abutre’s.