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Prof. Silvio Ribeiro Consultoria em Serviço Social UNIDADE II Relação entre o Serviço Social e a sua atuação na assessoria/consultoria. Resgate histórico da profissão no Brasil. O Serviço Social na assessoria e na consultoria: O Serviço Social surgiu no Brasil nos anos 1930; Formação técnica especializada; Auge na Revolução Industrial e Urbana; Primeira escola de Serviço Social: 1936 (SP); 1ª turma: formou-se em 1938 (composta somente por mulheres). Influência dos valores da Igreja Católica: Educação não admitia a formação conjunta entre os sexos; Condição da mulher na época; A qualificação em Serviço Social nem sempre era a condição suficiente para o exercício da profissão. Introdução – o Serviço Social na assessoria e na consultoria Algumas atividades: apropriadas às assistentes sociais – femininas. Outros setores se constituiriam apropriados ao masculino. Relações de gênero: constituiu o campo profissional. 1938 na cidade de São Paulo: Formação das primeiras assistentes sociais do país; Inicia-se a primeira turma mista da Escola de Serviço Social – ESS/SP; Cursos mistos: criados para atender ao Departamento de Serviço Social do Estado de São Paulo. Durante a formação dos assistentes sociais na ESS/SP: Constituiu-se um espaço de formação exclusivamente masculino; Instituto de Serviço Social de SP, fundado em março de 1940, foi a 1ª unidade de ensino masculina da América Latina. O Serviço Social na assessoria e na consultoria Inserção dos homens: compor a categoria profissional sem preconceitos. Distanciava-se da ideologia católica: formar ambos os sexos. Permanência: profissão formada, em sua maioria, por mulheres. Tradicional: prática burocratizada, empirista e paliativa. A categoria começa a questionar as bases tradicionais. Inicia-se o processo de renovação crítica da profissão: Apoiada na conjuntura sócio-histórica. Desperta para a teoria e para a prática do método dialético de Marx. Processo de renovação crítica da profissão: Décadas de 1960 e 1980; Sob a influência do Movimento da Reconceituação Latino-americana; Serviço Social denuncia o conservadorismo tradicionalista. O Serviço Social na assessoria e na consultoria Movimento de Reconceituação (Brasil): Compromisso com os interesses dos sujeitos sociais; Intervenção por meio de pesquisas; Qualificação na formação acadêmica; Interlocução com outros saberes das ciências; Ruptura com o modelo tradicional; Consolidação e ampliação: cidadania e democracia. Atuação dos assistentes sociais nos 1º, 2º e 3º setores: Prestadores de serviços; Função: formular, gestar e intervir nas políticas públicas. Consultores e assessores: Auxilia os gestores; Derruba o mito: caridade e paternalismo. O Serviço Social na assessoria e na consultoria O profissional de Serviço Social é um estrategista social. Principais áreas de atuação: Prestação de assessoria/consultoria; Sustentabilidade pública; Formulação de políticas sociais e na gestão de pessoas (poder público); Corporações: formulações de política de gestão das pessoas. Ambos os setores auxiliam nas decisões estratégicas. Compreende o profissional com habilidades: identifica os condicionantes internos e externos. Ações em rede apoiadas na transdisciplinaridade: Transpassar e transitar pelas fronteiras disciplinares; Conexão dos conhecimentos já produzidos; Articulação dialógica produzindo novos conhecimentos; Necessidade de estar sempre atualizado. O Serviço Social na assessoria e na consultoria Últimas décadas: as organizações para a cidadania empresarial têm despertado para a gestão social. Empresas privadas e as ONGs: equipe profissional composta pelo Serviço Social. Categoria profissional: responsável pela atuação com o público interno e externo. Iamamoto (2001): No processo de refilantropização: as empresas privadas e as ONGs passam a atuar em projetos sociais. Nova configuração das empresas: novo espaço laboral (assessoria e consultoria). Desde a década de 1990: Consultoria e assessoria vêm sendo estudadas e praticadas; Objetivo: melhorar as políticas públicas e aperfeiçoar a profissão; Serviço Social assume o papel de executor, de gestor e de elaborador de políticas sociais. O Serviço Social na assessoria e na consultoria Para compreender a inserção do papel da profissão na consultoria e na assessoria, é preciso resgatar a história do Serviço Social: Década de 1980: surge, na literatura do Serviço Social, o tema da assessoria; Vieira (1981) escreveu o primeiro artigo (retratava a supervisão). Artigo: apresentava as experiências dos cursos de Serviço Social do Brasil e a importância da assessoria para os profissionais; Após a Constituição Federal de 1988: cresceu o interesse pelo tema; Atualmente, a temática continua presente: pouco problematizada; O exercício de assessoria/consultoria: status de reconhecimento intelectual (assessor/consultor); As ações exigem o conhecimento na área em que atuam. O Serviço Social na assessoria e na consultoria Assessoria: Objetiva a preparação da equipe para a construção do seu projeto de prática; Não atua como interventor (propõe caminhos); Não é sinônimo de supervisão; Ação que auxilia tecnicamente; Especializado em determinado assunto; Processo que necessita de maior tempo, devido à complexidade de assuntos e de ações; Proporcionar a autonomia (liberdade do assessorado em aceitar ou não as indicações do assessor). O Serviço Social na assessoria e na consultoria Consultoria: Consultoria é mais pontual; Quem recebe a consultoria já tem, supostamente algum acúmulo no assunto. Realizar um diagnóstico sobre os condicionantes internos e externos. As demandas de assessoria/consultoria abrangem: Pesquisa; Planejamento; Capacitação; Treinamentos; Gerenciamento de recursos; Projetos, assessorias e consultorias (IAMAMOTO, 2002). O Serviço Social na assessoria e na consultoria Assessoria/consultoria do Serviço Social: Consideradas as atividades indiretas nas prestações de serviços; Profissional responsável normalmente não tem vínculo empregatício; Assistente social: como prestador de serviço. Assessoria, e consultoria e demandas: Amplia o espaço de trabalho e de ação profissional; Expansão das parcerias institucionais: movimentos sociais e as organizações sindicais. O Serviço Social na assessoria e na consultoria Desde a década de 1990, nota-se que a questão da consultoria e da assessoria vem sendo estudada e praticada, tendo como objetivo melhorar as políticas públicas e aperfeiçoar a profissão do Serviço Social. Neste contexto, assinale, a seguir, a resposta correta do papel que o assistente social assume na consultoria/assessoria. a) Empresário autônomo. b) Executor, gestor e elaborador de políticas sociais. c) Conselheiro de conflitos sociais. d) Elaborador de planilha administrativo-financeira. e) Gestor de grupos de empresas privadas. Interatividade Desde a década de 1990, nota-se que a questão da consultoria e da assessoria vem sendo estudada e praticada, tendo como objetivo melhorar as políticas públicas e aperfeiçoar a profissão do Serviço Social. Neste contexto, assinale, a seguir, a resposta correta do papel que o assistente social assume na consultoria/assessoria. a) Empresário autônomo. b) Executor, gestor e elaborador de políticas sociais. c) Conselheiro de conflitos sociais. d) Elaborador de planilha administrativo-financeira. e) Gestor de grupos de empresas privadas. Resposta Área de atuação: Universidades; Conselhos tutelares; Conselhos municipais; Conselhos de fiscalização; Empresas; ONGs; Órgãos públicos, entre outros. As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria Atuação CONSELHOS EMPRESAS ORGÃOS PÚBLICOS ONGs As ações deassessoria/consultoria: Desenvolvidas com um conjunto das atribuições; Base na Lei de Regulamentação da Profissão: Exercício da assessoria/consultoria; Atribuição privativa; Competência profissional. As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria Art. 4º Constituem competência do assistente social VIII – Prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo; IX – Prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade. Campo das competências: Desenvolvendo mais assessoria à gestão das políticas sociais; Assessoria à organização política dos usuários. As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria Art. 5º Constituem atribuições privativas do assistente social III – Assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social (BRASIL, 1993). Campo das atribuições privativas: Importante reforçar e ampliar a assessoria dos assistentes sociais aos profissionais da mesma profissão; Busca qualificar a intervenção profissional; Traz o compromisso da universidade com a formação profissional continuada dos assistentes sociais. Vasconcelos (1998) – assessoria/consultoria (estágio): Relação entre a academia e o campo profissional; Disciplina “estágio supervisionado”; Trabalho de supervisão dos docentes: contato com a realidade institucional; Relação que possibilita pensá-la e problematizar a realidade; Estágio supervisionado: permite que o assistente social do campo tenha contato com o debate da universidade. As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria Almeida (2010) – assessoria (estágio): Disciplina “estágio supervisionado”; Articulada ao projeto de extensão; Experiência: os alunos de Serviço Social integram junto com a equipe de assessoria. Assessoria: Deve privilegiar os usuários dos serviços; Fortalecer os usuários; Viabilizar os direitos dos usuários; Intermediar o acesso dos usuários aos serviços e às políticas sociais. Demandas de assessoria nas políticas sociais: Solicitada por um representante do Estado; Representantes: poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, conselheiros de direitos e de política, gestores empresariais, profissionais que atuam nos setores público e privado. As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria Netto (1996), afirma: Reflexo: atuação terminal das políticas sociais para uma atuação na gestão da totalidade do processo da política social; Dimensões de formulação, de gestão e de sua operacionalização. Espaços de atuação de assessoria/consultoria do Serviço Social: Profissão regulamentada como liberal e que tem autonomia; Atuação de assessoria/consultoria existente para os profissionais no 1º, 2º e 3º setores; Espaços de assessoria/consultoria: não são de exclusividade do Serviço Social. Atuação nas universidades: Lugar: reflexões e discussões que possibilitam o aprofundamento da teoria-prática; Acesso a esses debates: oferece oportunidade à implementação de assessoria/consultoria (atividades de pesquisa, ensino e extensão). As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria A assessoria/consultoria acontece como forma de articulação teoria/prática. Por meio das atividades de pesquisa, de ensino e de extensão. Atuação em espaços públicos como os conselhos de direitos e as secretarias: Ligada aos movimentos sociais; Nova demanda: luta pela defesa e pela efetivação dos direitos de cidadania e da democracia; Formas de enfrentamento da questão social; Campo contraditório de interesses e necessidades de classes sociais; Necessidade de ter conhecimento desse espaço de controle. Atuação em movimentos sociais: Movimentos populares enfrentam dificuldades de mobilização, mas resistem; Esclarecer os movimentos populares sobre os direitos, os serviços e os mecanismos de acesso. As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria Atuação em empresas privadas: Ter leitura crítica da lógica capitalista e dos parâmetros institucionais; Atenção para não reproduzir a exclusão; Espaço empresarial: espaços institucionais mais complexos de intervenção; O profissional dispõe do poder atribuído institucionalmente e, por isso, deve apropriar-se do rigoroso trato teórico-metodológico; Intervenção voltada para atender às necessidades dos vulneráveis; Dar visibilidade às demandas desses grupos. Atuação em organizações não governamentais: Surge para sanar a falência do Estado, desde a década de 1990; Novos desafios para a concretização do projeto ético-político e profissional; Conhecimento de políticas sociais e administrativo- financeiras. As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria Atuação em organizações não governamentais Os conhecimentos nas políticas sociais e administrativo-financeiras: Explicam a cobrança crescente de profissionais para gestar e coordenar esses espaços; Atuar em equipe multidisciplinar; Analisar os orçamentos públicos; Identificar os alvos e as metas; Captar os recursos; Realizar a prestação de contas; Elaborar, planejar, executar, monitorar e avaliar as ações e os projetos; Ter a visão crítica da realidade. As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria Nas ações de assessoria/consultoria percebe-se que o assistente social desenvolve um conjunto das atribuições que estão pautadas na Lei de Regulamentação da Profissão, no que tange ao exercício da assessoria/consultoria. A seguir, assinale a alternativa correta que define a assessoria/consultoria no campo das atribuições privativas do assistente social: a) Prestar assessoria aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais. b) Prestar consultoria aos órgãos públicos, no que se refere aos conteúdos e a visitas sociais. c) Assessorar as empresas privadas e outras entidades, no que diz respeito à matéria de assistência social. d) Prestar consultoria às ONGs e à empresa privada em matéria de Serviço Social. e) Prestar assistência ao Terceiro Setor, na questão de recursos humanos e de projetos sociais. Interatividade Nas ações de assessoria/consultoria percebe-se que o assistente social desenvolve um conjunto das atribuições que estão pautadas na Lei de Regulamentação da Profissão, no que tange ao exercício da assessoria/consultoria. A seguir, assinale a alternativa correta que define a assessoria/consultoria no campo das atribuições privativas do assistente social: a) Prestar assessoria aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais. b) Prestar consultoria aos órgãos públicos, no que se refere aos conteúdos e a visitas sociais. c) Assessorar as empresas privadas e outras entidades, no que diz respeito à matéria de assistência social. d) Prestar consultoria às ONGs e à empresa privada em matéria de Serviço Social. e) Prestar assistência ao Terceiro Setor, na questão de recursos humanos e de projetos sociais. Resposta Apresentar algumas estratégias para as assessorias/consultorias. Solicitação de uma assessoria: necessidade de alguma mudança.0 O assessor propõe a solução de problemas. A assessoria pode ser entendida como um processo que gera a mudança. Motivação das demandas: Adesão dos trabalhadores à mudança; Empresas: implantação de novos projetos ou de reestruturações; Cursos de capacitação. Assistente social assessor: Contribuir para o favorecimento dos interesses dos trabalhadores; Levantamentodas informações e a análise institucional; O assessor não é um sujeito neutro. Estratégias para a atuação do assistente social na área de assessoria/consultoria Assistente social assessor: Garantir a liberdade de expressão (Constituição Federal); Estimular o debate entre o assessor e o assessorado; Atualmente: responsabilidade social empresarial. Responsabilidade social: Brasil: surge por meio de movimentos empresariais; Buscava estudar as atividades econômicas e sociais do meio empresarial (década de 1960 e 1970). Década de 1990 (atuais) – responsabilidade social: Fortalecendo por meio de movimentos de grupos e instituições; Objetivo: transformar o interesse empresarial em investimento social privado. Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como assessor/consultor do assistente social Brasil vivenciou inúmeras crises – destaque para o período de 1980 a 1994: Crescimento do endividamento externo; Dependência financeira; Maior espaço para as ações reivindicatórias por parte da sociedade; Perda de credibilidade dos governantes, dos partidos políticos e das instituições estatais; Aumento da marginalidade por ineficiência das intervenções estatais. 1997 – consequência das crises: Sociólogo Betinho: lançou o modelo de balanço social; Parceria com a empresa de mídia Gazeta Mercantil; Criação do “selo do balanço social”, com a “Campanha nacional de ação da cidadania contra a fome e a miséria e pela vida”; Apoio do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE). Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como assessor/consultor do assistente social Depois desse evento surgem outros selos e institutos. Responsabilidade social: 1998 – surge a responsabilidade social; Promover a responsabilidade social (empresas privadas); Compromisso que a empresa deve ter para com a sociedade; Ações que afetam a sociedade ou alguma comunidade; Prestação de contas para a sociedade; Passa a ser usada pelas empresas “cidadãs” e ”socialmente responsáveis”; Ações para a comunidade: assistência social, educação, saúde e meio ambiente; Serviço Social: desafio desse novo espaço de atuação; Final da década de 1990 e 2004: crescimento das empresas, para realizarem algum tipo de ação social para a comunidade. Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como assessor/consultor do assistente social Ipea – fatores de motivação dos empresários (ressaltando o lado filantrópico); Motivos humanitários; Razões religiosas; Aumento da produtividade e da qualidade no trabalho; Visibilidade da marca; Clientelismos. Ações sociais: Possibilidade de aumentar a sua lucratividade; Colaboram com os neoliberais (ocupam o espaço que é dever do Estado); Estratégia de sobrevivência (globalização); Busca, junto à sociedade, a aprovação de seus consumidores. Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como assessor/consultor do assistente social A responsabilidade social nos espaços organizacionais: Primeiro Setor: As ações (Estado): Recursos arrecadados; Impostos e contribuições; Três princípios das ações. Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como assessor/consultor do assistente social • Ações realizadas entre ministérios, instituições, autarquias. 1. Integração • “Divide” com o 3º Setor as ações (por todo o território nacional). 2. Descentralização • União entre o 1º e o 3° Setores (busca de eficiência e abrangência de sua política social). 3. Interação A responsabilidade social nos espaços organizacionais: Primeiro Setor; As ações do Estado são realizadas com os recursos financeiros arrecadados (impostos e contribuições). Segundo Setor – organizações privadas: Empresa: ambiente organizacional interno e passa a perceber o ambiente externo; conceito de sustentabilidade: facilitou o acesso à informação aos cidadãos; Consumidores mais conscientes (impactos sociais). Práticas no 2º Setor: Política de doações – mantém a organização distante do objetivo filantrópico; Financiamento de projetos – recursos para a implementação de extraprojetos da empresa. Investimento – aplicação de recursos em projetos próprios. Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como assessor/consultor do assistente social Objetivo principal das empresas: Lucro; Mas as atividades de responsabilidade social: cidadania e a sustentabilidade em prol das causas sociais, investimentos realizados: necessitam ser transparentes. Terceiro Setor – ONGs e Oscip: “Terceiro setor” formado por dois blocos; Histórico, tradicional e conservador; Atuam, ainda, nas formas tradicionais de ajuda mútua; 1999 – aprovada a Lei n. 9.790 – Lei das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como assessor/consultor do assistente social Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip): Pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos; Lei que transforma a filantropia numa nova concepção da esfera pública social; Possibilidade de parcerias entre o 1º Setor e a sociedade civil. Oscip e as ONGs: Ambas promovem a: assistência social, cultura, educação. Oscip: possuem objetivos de lucro e geram benefícios privados. ONGs: são organizações sem fins econômicos e têm como missão gerar o social. Balanço social: Espaço de atuação de consultoria e assessoria do Serviço Social; Instrumento de avaliação da empresa para a humanização do trabalho. Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como assessor/consultor do assistente social Prestação de contas (comunidade). Divulgar os recursos destinados à área social e ambiental. A empresa não é obrigada a fazer essas divulgações. O Brasil surge junto com as transformações do capitalismo. Visão de um “capitalismo de cunho mais social”. Atua no âmbito social relacionado à sobrevivência da empresa. A atuação profissional (assessoria/consultoria) deve ser norteada pelas principais legislações. Empresas buscam os certificados sociais e os certificados de ISO 9000 e ISO 14000. Certificados sociais: compromisso das empresas que atuam no social. Certificados: garantem os controles de qualidade e de qualidade ambiental. Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como assessor/consultor do assistente social No final da década de 1990 e 2004, nota-se um crescimento das empresas na realização de algum tipo de ação social para a comunidade; esta ação denominou-se como responsabilidade social. Entre as alternativas a seguir, todas estão corretas no que se refere à responsabilidade social, exceto: a) Instrumento da empresa para humanizar a exploração do trabalho. b) Promover a responsabilidade social (empresas privadas). c) Utilizada pelas empresas consideradas “cidadãs”. d) Compromisso que a empresa deve ter para com a sociedade. e) Ações que afetem a sociedade ou alguma comunidade. Interatividade No final da década de 1990 e 2004, nota-se um crescimento das empresas na realização de algum tipo de ação social para a comunidade; esta ação denominou-se como responsabilidade social. Entre as alternativas a seguir, todas estão corretas no que se refere à responsabilidade social, exceto: a) Instrumento da empresa para humanizar a exploração do trabalho. b) Promover a responsabilidade social (empresas privadas). c) Utilizada pelas empresas consideradas “cidadãs”. d) Compromisso que a empresa deve ter para com a sociedade. e) Ações que afetem a sociedade ou alguma comunidade. Resposta 1. Empresariado & Social 1.1 Social é considerado um fenômeno: Aparece a partir da desagregação do Estado Novo e no final da 2ª Guerra Mundial. Este período refere-se à intensificaçãodo capitalismo. Período em que o populismo e o desenvolvimentismo são ineficazes. O empresário diante da questão social era imobilista. Destacam-se dois aspectos da prática social do empresariado (implantação do Serviço Social): 1º) Refere-se à crítica do empresariado à inexistência de mecanismos de socialização do proletariado: Eliminar o desnível entre a disciplina da fábrica e a liberdade do meio operário; Compreende que a sociedade atue como uma extensão da fábrica; Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social Empresariado adverte o governo que, ao permitir o aumento do tempo livre, estaria atentando contra a base de sua própria dominação; Necessário o disciplinamento do tempo livre (conquistado); Tempo livre contra o capital (IAMAMOTO, 1999). 2º) Refere-se ao conteúdo da política assistencialista: Desenvolvida pelo empresariado no âmbito da empresa; Esta política não reconhece as organizações sindicais e a não aceitação do operariado como um ser capaz de participar das decisões que lhe dizem respeito; Prática normal: repressão; Esse foi o comportamento dos empresários na Primeira República; A partir do primeiro pós-guerra: existência de uma política assistencialista, impulsionada pelos movimentos sociais. Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social Ganância do capital: Extrair cada vez mais lucro da força de trabalho; Não se choca com a implantação de mecanismos assistenciais nas empresas. Mecanismos assistenciais: Vilas operárias; Ambulatórios; Creches; Escolas; Não descontar o tempo das operárias amamentarem os seus filhos etc; Equipamentos: cedidos pelos empresários de forma gratuita ou a preços reduzidos. Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social Benefícios: Condicionados ao bom comportamento (não adesão às greves e a uma vida pessoal regrada); Aparecerem sob uma aura paternalista e benemerente (controle social, e aumentar a produtividade e a exploração); Diferente do assistencialismo das elites tradicionais da Primeira República (buscava a salvação por meio da caridade). Constituição de 1988: reivindicações anteriores tornam-se direitos: Direito ao trabalho; Direito à auto-organização; Direito à saúde; Direito à educação; Direito da criança e do adolescente; Direito à terra; Direito a uma velhice digna e respeitada. Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social Cenário atual: As empresas vêm discursando sobre a responsabilidade; Surge para o Serviço Social uma nova forma de gestão; Gestão social que tem como função social o desenvolvimento humano; Responsabilidade social: aparece em duas dimensões de atuação profissional na área de Recursos Humanos. Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social Foca no público interno da empresa Foca na comunidade regional e/ou local Dimensão interna Dimensão externa Empresas com programas de qualidade de vida: O assistente social atuará: Implementação e desenvolvimento (ações de mensurar a satisfação do trabalhador); Monitorar todo o programa; Garantirá a veracidade do balanço social (fornecendo informações transparentes); Contribuirá para difundir o conceito de responsabilidade social. Exigem profissionais que: Realizem capacitações; Não se satisfazem com profissionais que tenham apenas a formação acadêmica de graduação. Profissional consultor/assessor social: Exercício profissional pauta-se no(a): Planejamento; Investigação. Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social 2.1. Exercício profissional pauta-se: Comunicação sistemática para elevar o nível de entendimento e de colaboração; Compreender a responsabilidade social: incide na soma de atitudes assumidas pelos agentes sociais cidadãos e pelas organizações privadas; Necessário do profissional: atitudes éticas e saber realizar o planejamento; A partir desses elementos os objetivos das organizações (públicas ou privadas) se cruzam com os objetivos dos cidadãos. Assistente social deve: Saber reordenar as ações de responsabilidade social, utilizando o planejamento estratégico; Apoiar o profissional a desenvolver uma atuação inter e, até mesmo, transdisciplinar; Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social Estabelecer um bom relacionamento entre a organização e o público, atuando como mediador e promovendo a comunicação. Importante: Identidade profissional está em constante construção; Temos que construir a imagem profissional na prática do Serviço Social com a assessoria ou a consultoria; A qualidade do serviço prestado pelo assistente social: mostrar a profissão como a prestadora de assessoria e de consultoria; O assistente social tem a formação necessária para o desempenho dessas funções; Precisa aprimorar os conhecimentos para atuar com a assessoria e com a consultoria. Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social No resgate sócio-histórico identifica-se a intervenção do empresariado no social, que surge a partir da desagregação do Estado Novo e no final da 2ª Guerra Mundial. Assinale a alternativa correta que apresenta outro fator que contribuiu para esta intervenção: a) Compromisso do Estado com a sociedade civil. b) Diminuição da expressão da questão social. c) Articulação entre o 2º e 3º Setores em prol do compromisso social. d) Intensificação do capitalismo. e) Desenvolvimento do Bem-estar Social. Interatividade No resgate sócio-histórico identifica-se a intervenção do empresariado no social, que surge a partir da desagregação do Estado Novo e no final da 2ª Guerra Mundial. Assinale a alternativa correta que apresenta outro fator que contribuiu para esta intervenção: a) Compromisso do Estado com a sociedade civil. b) Diminuição da expressão da questão social. c) Articulação entre o 2º e 3º Setores em prol do compromisso social. d) Intensificação do capitalismo. e) Desenvolvimento do Bem-estar Social. Resposta ALMEIDA, N. L. T. de. Assessoria e extensão universitária. In: BRAVO, M. I. S.; MATOS, M. C. (Org.). Assessoria, consultoria & Serviço Social. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Cortez, 2010. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão do assistente social e dá outras providências. Brasília, 1993. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.html. IAMAMOTO, M. O trabalho do assistente social frente às mudanças do padrão de acumulação e de regulação social. In: Capacitação em Serviço Social e política social. Módulo 1. Brasília: UnB, CFESS, 1999. IAMAMOTO, M. Renovação e conservadorismo no Serviço Social. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2000. IAMAMOTO, M. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. Referências bibliográficas NETTO, J. P. Transformações societárias e Serviço Social: notas para uma análise prospectiva da profissão no Brasil. Serviço Social e sociedade. São Paulo, n. 50, 1996. VASCONCELOS, A. M. Relação teoria-prática: o processo de assessoria/consultoria e o Serviço Social. Separata de Serviço Social & sociedade. São Paulo, n. 56, mar. 1998. VIEIRA, B. O. Serviço social: processos e técnicas do Serviço Social. 5. ed., São Paulo: Agir, 1981. ATÉ A PRÓXIMA!