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Slides CONSULTORIA EM SERVIÇO SOCIAL -Unidade II


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Prof. Silvio Ribeiro
Consultoria em
Serviço Social
UNIDADE II
 Relação entre o Serviço Social e a sua atuação na assessoria/consultoria. 
 Resgate histórico da profissão no Brasil. 
O Serviço Social na assessoria e na consultoria:
 O Serviço Social surgiu no Brasil nos anos 1930;
 Formação técnica especializada;
 Auge na Revolução Industrial e Urbana;
 Primeira escola de Serviço Social: 1936 (SP);
 1ª turma: formou-se em 1938 (composta somente por mulheres).
Influência dos valores da Igreja Católica:
 Educação não admitia a formação conjunta entre os sexos;
 Condição da mulher na época;
 A qualificação em Serviço Social nem sempre era a condição 
suficiente para o exercício da profissão.
Introdução – o Serviço Social na assessoria e na consultoria
 Algumas atividades: apropriadas às assistentes sociais – femininas. 
 Outros setores se constituiriam apropriados ao masculino. 
 Relações de gênero: constituiu o campo profissional.
1938 na cidade de São Paulo:
 Formação das primeiras assistentes sociais do país;
 Inicia-se a primeira turma mista da Escola de Serviço Social – ESS/SP; 
 Cursos mistos: criados para atender ao Departamento de Serviço Social do Estado 
de São Paulo.
Durante a formação dos assistentes sociais na ESS/SP:
 Constituiu-se um espaço de formação exclusivamente 
masculino;
 Instituto de Serviço Social de SP, fundado em março de 1940, 
foi a 1ª unidade de ensino masculina da América Latina.
O Serviço Social na assessoria e na consultoria
 Inserção dos homens: compor a categoria profissional sem preconceitos.
 Distanciava-se da ideologia católica: formar ambos os sexos.
 Permanência: profissão formada, em sua maioria, por mulheres.
 Tradicional: prática burocratizada, empirista e paliativa. 
 A categoria começa a questionar as bases tradicionais.
Inicia-se o processo de renovação crítica da profissão:
 Apoiada na conjuntura sócio-histórica.
 Desperta para a teoria e para a prática do método dialético de Marx.
Processo de renovação crítica da profissão:
 Décadas de 1960 e 1980;
 Sob a influência do Movimento da Reconceituação 
Latino-americana;
 Serviço Social denuncia o conservadorismo tradicionalista.
O Serviço Social na assessoria e na consultoria
Movimento de Reconceituação (Brasil):
 Compromisso com os interesses dos sujeitos sociais;
 Intervenção por meio de pesquisas;
 Qualificação na formação acadêmica;
 Interlocução com outros saberes das ciências;
 Ruptura com o modelo tradicional;
 Consolidação e ampliação: cidadania e democracia.
Atuação dos assistentes sociais nos 1º, 2º e 3º setores:
 Prestadores de serviços;
 Função: formular, gestar e intervir nas políticas públicas.
Consultores e assessores:
 Auxilia os gestores;
 Derruba o mito: caridade e paternalismo.
O Serviço Social na assessoria e na consultoria
 O profissional de Serviço Social é um estrategista social.
Principais áreas de atuação:
 Prestação de assessoria/consultoria;
 Sustentabilidade pública;
 Formulação de políticas sociais e na gestão de pessoas (poder público);
 Corporações: formulações de política de gestão das pessoas.
 Ambos os setores auxiliam nas decisões estratégicas.
 Compreende o profissional com habilidades: identifica os condicionantes internos e externos. 
Ações em rede apoiadas na transdisciplinaridade:
 Transpassar e transitar pelas fronteiras disciplinares;
 Conexão dos conhecimentos já produzidos; 
 Articulação dialógica produzindo novos conhecimentos;
 Necessidade de estar sempre atualizado.
O Serviço Social na assessoria e na consultoria
 Últimas décadas: as organizações para a cidadania empresarial têm despertado 
para a gestão social.
 Empresas privadas e as ONGs: equipe profissional composta pelo Serviço Social.
 Categoria profissional: responsável pela atuação com o público interno e externo.
 Iamamoto (2001):
No processo de refilantropização: as empresas privadas e as ONGs passam a atuar 
em projetos sociais. 
 Nova configuração das empresas: novo espaço laboral (assessoria e consultoria).
Desde a década de 1990:
 Consultoria e assessoria vêm sendo estudadas e praticadas;
 Objetivo: melhorar as políticas públicas e aperfeiçoar 
a profissão;
 Serviço Social assume o papel de executor, de gestor 
e de elaborador de políticas sociais.
O Serviço Social na assessoria e na consultoria
Para compreender a inserção do papel da profissão na consultoria e na assessoria, é preciso 
resgatar a história do Serviço Social:
 Década de 1980: surge, na literatura do Serviço Social, o tema da assessoria;
 Vieira (1981) escreveu o primeiro artigo (retratava a supervisão).
 Artigo: apresentava as experiências dos cursos de Serviço Social do Brasil e a importância 
da assessoria para os profissionais;
 Após a Constituição Federal de 1988: cresceu o interesse pelo tema;
 Atualmente, a temática continua presente: pouco problematizada;
 O exercício de assessoria/consultoria: status de 
reconhecimento intelectual (assessor/consultor);
 As ações exigem o conhecimento na área em que atuam.
O Serviço Social na assessoria e na consultoria
Assessoria:
 Objetiva a preparação da equipe para a construção do seu projeto de prática;
 Não atua como interventor (propõe caminhos);
 Não é sinônimo de supervisão;
 Ação que auxilia tecnicamente;
 Especializado em determinado assunto;
 Processo que necessita de maior tempo, devido à complexidade de assuntos e de ações;
 Proporcionar a autonomia (liberdade do assessorado em 
aceitar ou não as indicações do assessor).
O Serviço Social na assessoria e na consultoria
Consultoria:
 Consultoria é mais pontual;
 Quem recebe a consultoria já tem, supostamente algum acúmulo no assunto.
 Realizar um diagnóstico sobre os condicionantes internos e externos. 
As demandas de assessoria/consultoria abrangem:
 Pesquisa;
 Planejamento;
 Capacitação;
 Treinamentos;
 Gerenciamento de recursos;
 Projetos, assessorias e consultorias (IAMAMOTO, 2002).
O Serviço Social na assessoria e na consultoria
Assessoria/consultoria do Serviço Social:
 Consideradas as atividades indiretas nas prestações de serviços;
 Profissional responsável normalmente não tem vínculo empregatício;
 Assistente social: como prestador de serviço.
Assessoria, e consultoria e demandas:
 Amplia o espaço de trabalho e de ação profissional;
 Expansão das parcerias institucionais: movimentos sociais 
e as organizações sindicais.
O Serviço Social na assessoria e na consultoria
Desde a década de 1990, nota-se que a questão da consultoria e da assessoria vem sendo 
estudada e praticada, tendo como objetivo melhorar as políticas públicas e aperfeiçoar a 
profissão do Serviço Social. Neste contexto, assinale, a seguir, a resposta correta do papel que 
o assistente social assume na consultoria/assessoria.
a) Empresário autônomo.
b) Executor, gestor e elaborador de políticas sociais.
c) Conselheiro de conflitos sociais.
d) Elaborador de planilha administrativo-financeira.
e) Gestor de grupos de empresas privadas.
Interatividade
Desde a década de 1990, nota-se que a questão da consultoria e da assessoria vem sendo 
estudada e praticada, tendo como objetivo melhorar as políticas públicas e aperfeiçoar a 
profissão do Serviço Social. Neste contexto, assinale, a seguir, a resposta correta do papel que 
o assistente social assume na consultoria/assessoria.
a) Empresário autônomo.
b) Executor, gestor e elaborador de políticas sociais.
c) Conselheiro de conflitos sociais.
d) Elaborador de planilha administrativo-financeira.
e) Gestor de grupos de empresas privadas.
Resposta
Área de atuação:
 Universidades;
 Conselhos tutelares;
 Conselhos municipais;
 Conselhos de fiscalização;
 Empresas;
 ONGs;
 Órgãos públicos, entre outros.
As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria
Atuação
CONSELHOS
EMPRESAS
ORGÃOS 
PÚBLICOS
ONGs
As ações deassessoria/consultoria:
 Desenvolvidas com um conjunto das atribuições;
Base na Lei de Regulamentação da Profissão: 
 Exercício da assessoria/consultoria;
 Atribuição privativa;
 Competência profissional.
As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria
Art. 4º Constituem competência do assistente social
 VIII – Prestar assessoria e consultoria a órgãos da 
administração pública direta e indireta, empresas 
privadas e outras entidades, com relação às matérias 
relacionadas no inciso II deste artigo;
 IX – Prestar assessoria e apoio aos movimentos 
sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no 
exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e 
sociais da coletividade.
Campo das competências:
 Desenvolvendo mais assessoria à gestão das políticas sociais;
 Assessoria à organização política dos usuários.
As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria
Art. 5º Constituem atribuições 
privativas do assistente social
 III – Assessoria e consultoria a órgãos da 
administração pública direta e indireta, empresas 
privadas e outras entidades, em matéria de Serviço 
Social (BRASIL, 1993).
Campo das atribuições privativas:
 Importante reforçar e ampliar a assessoria dos assistentes sociais aos profissionais 
da mesma profissão;
 Busca qualificar a intervenção profissional;
 Traz o compromisso da universidade com a formação profissional continuada 
dos assistentes sociais.
Vasconcelos (1998) – assessoria/consultoria (estágio):
 Relação entre a academia e o campo profissional;
 Disciplina “estágio supervisionado”;
 Trabalho de supervisão dos docentes: contato 
com a realidade institucional;
 Relação que possibilita pensá-la e problematizar a realidade;
 Estágio supervisionado: permite que o assistente social do 
campo tenha contato com o debate da universidade.
As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria
Almeida (2010) – assessoria (estágio):
 Disciplina “estágio supervisionado”;
 Articulada ao projeto de extensão;
 Experiência: os alunos de Serviço Social integram junto com a equipe de assessoria.
Assessoria:
 Deve privilegiar os usuários dos serviços;
 Fortalecer os usuários;
 Viabilizar os direitos dos usuários;
 Intermediar o acesso dos usuários aos serviços e às políticas sociais.
Demandas de assessoria nas políticas sociais:
 Solicitada por um representante do Estado;
 Representantes: poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, 
conselheiros de direitos e de política, gestores empresariais, 
profissionais que atuam nos setores público e privado.
As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria
Netto (1996), afirma:
 Reflexo: atuação terminal das políticas sociais para uma atuação na gestão da totalidade 
do processo da política social;
 Dimensões de formulação, de gestão e de sua operacionalização.
Espaços de atuação de assessoria/consultoria do Serviço Social:
 Profissão regulamentada como liberal e que tem autonomia;
 Atuação de assessoria/consultoria existente para os profissionais no 1º, 2º e 3º setores;
 Espaços de assessoria/consultoria: não são de exclusividade do Serviço Social.
Atuação nas universidades:
 Lugar: reflexões e discussões que possibilitam o 
aprofundamento da teoria-prática;
 Acesso a esses debates: oferece oportunidade à 
implementação de assessoria/consultoria (atividades de 
pesquisa, ensino e extensão).
As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria
 A assessoria/consultoria acontece como forma de articulação teoria/prática.
 Por meio das atividades de pesquisa, de ensino e de extensão.
Atuação em espaços públicos como os conselhos de direitos e as secretarias:
 Ligada aos movimentos sociais;
 Nova demanda: luta pela defesa e pela efetivação dos direitos de cidadania e da democracia;
 Formas de enfrentamento da questão social;
 Campo contraditório de interesses e necessidades de classes sociais;
 Necessidade de ter conhecimento desse espaço de controle.
Atuação em movimentos sociais:
 Movimentos populares enfrentam dificuldades de mobilização, 
mas resistem;
 Esclarecer os movimentos populares sobre os direitos, os 
serviços e os mecanismos de acesso.
As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria
Atuação em empresas privadas:
 Ter leitura crítica da lógica capitalista e dos parâmetros institucionais;
 Atenção para não reproduzir a exclusão;
 Espaço empresarial: espaços institucionais mais complexos de intervenção; 
 O profissional dispõe do poder atribuído institucionalmente e, por isso, deve apropriar-se 
do rigoroso trato teórico-metodológico;
 Intervenção voltada para atender às necessidades dos vulneráveis;
 Dar visibilidade às demandas desses grupos.
Atuação em organizações não governamentais:
 Surge para sanar a falência do Estado, desde a década 
de 1990;
 Novos desafios para a concretização do projeto ético-político 
e profissional;
 Conhecimento de políticas sociais e administrativo-
financeiras.
As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria
Atuação em organizações não governamentais
Os conhecimentos nas políticas sociais e administrativo-financeiras:
 Explicam a cobrança crescente de profissionais para gestar e coordenar esses espaços;
 Atuar em equipe multidisciplinar;
 Analisar os orçamentos públicos;
 Identificar os alvos e as metas;
 Captar os recursos;
 Realizar a prestação de contas;
 Elaborar, planejar, executar, monitorar e avaliar as ações 
e os projetos;
 Ter a visão crítica da realidade.
As possibilidades da atuação profissional na área da assessoria/consultoria
Nas ações de assessoria/consultoria percebe-se que o assistente social desenvolve um 
conjunto das atribuições que estão pautadas na Lei de Regulamentação da Profissão, no que 
tange ao exercício da assessoria/consultoria. A seguir, assinale a alternativa correta que define 
a assessoria/consultoria no campo das atribuições privativas do assistente social:
a) Prestar assessoria aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais.
b) Prestar consultoria aos órgãos públicos, no que se refere aos conteúdos e a visitas sociais.
c) Assessorar as empresas privadas e outras entidades, no que diz respeito à matéria de 
assistência social.
d) Prestar consultoria às ONGs e à empresa privada em matéria de Serviço Social.
e) Prestar assistência ao Terceiro Setor, na questão de recursos 
humanos e de projetos sociais.
Interatividade
Nas ações de assessoria/consultoria percebe-se que o assistente social desenvolve um 
conjunto das atribuições que estão pautadas na Lei de Regulamentação da Profissão, no que 
tange ao exercício da assessoria/consultoria. A seguir, assinale a alternativa correta que define 
a assessoria/consultoria no campo das atribuições privativas do assistente social:
a) Prestar assessoria aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais.
b) Prestar consultoria aos órgãos públicos, no que se refere aos conteúdos e a visitas sociais.
c) Assessorar as empresas privadas e outras entidades, no que diz respeito à matéria de 
assistência social.
d) Prestar consultoria às ONGs e à empresa privada em matéria de Serviço Social.
e) Prestar assistência ao Terceiro Setor, na questão de recursos 
humanos e de projetos sociais.
Resposta
 Apresentar algumas estratégias para as assessorias/consultorias.
 Solicitação de uma assessoria: necessidade de alguma mudança.0
 O assessor propõe a solução de problemas.
 A assessoria pode ser entendida como um processo que gera a mudança.
Motivação das demandas:
 Adesão dos trabalhadores à mudança;
 Empresas: implantação de novos projetos ou de reestruturações;
 Cursos de capacitação.
Assistente social assessor:
 Contribuir para o favorecimento dos interesses 
dos trabalhadores;
 Levantamentodas informações e a análise institucional;
 O assessor não é um sujeito neutro.
Estratégias para a atuação do assistente social na área de 
assessoria/consultoria
Assistente social assessor:
 Garantir a liberdade de expressão (Constituição Federal);
 Estimular o debate entre o assessor e o assessorado;
 Atualmente: responsabilidade social empresarial.
Responsabilidade social:
 Brasil: surge por meio de movimentos empresariais;
 Buscava estudar as atividades econômicas e sociais do meio empresarial (década de 1960 
e 1970).
Década de 1990 (atuais) – responsabilidade social: 
 Fortalecendo por meio de movimentos de grupos e 
instituições; 
 Objetivo: transformar o interesse empresarial em investimento 
social privado.
Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como 
assessor/consultor do assistente social
Brasil vivenciou inúmeras crises – destaque para o período de 1980 a 1994:
 Crescimento do endividamento externo;
 Dependência financeira;
 Maior espaço para as ações reivindicatórias por parte da sociedade;
 Perda de credibilidade dos governantes, dos partidos políticos e das instituições estatais;
 Aumento da marginalidade por ineficiência das intervenções estatais.
1997 – consequência das crises:
 Sociólogo Betinho: lançou o modelo de balanço social;
 Parceria com a empresa de mídia Gazeta Mercantil;
 Criação do “selo do balanço social”, com a “Campanha 
nacional de ação da cidadania contra a fome e a miséria e 
pela vida”;
 Apoio do Pensamento Nacional das Bases 
Empresariais (PNBE).
Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como 
assessor/consultor do assistente social
 Depois desse evento surgem outros selos e institutos.
Responsabilidade social:
 1998 – surge a responsabilidade social;
 Promover a responsabilidade social (empresas privadas);
 Compromisso que a empresa deve ter para com a sociedade;
 Ações que afetam a sociedade ou alguma comunidade;
 Prestação de contas para a sociedade;
 Passa a ser usada pelas empresas “cidadãs” e ”socialmente responsáveis”; 
 Ações para a comunidade: assistência social, educação, 
saúde e meio ambiente;
 Serviço Social: desafio desse novo espaço de atuação;
 Final da década de 1990 e 2004: crescimento das empresas, 
para realizarem algum tipo de ação social para a comunidade.
Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como 
assessor/consultor do assistente social
 Ipea – fatores de motivação dos empresários (ressaltando o lado filantrópico);
 Motivos humanitários;
 Razões religiosas;
 Aumento da produtividade e da qualidade no trabalho;
 Visibilidade da marca;
 Clientelismos.
Ações sociais:
 Possibilidade de aumentar a sua lucratividade;
 Colaboram com os neoliberais 
(ocupam o espaço que é dever do Estado);
 Estratégia de sobrevivência (globalização);
 Busca, junto à sociedade, a aprovação de seus 
consumidores.
Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como 
assessor/consultor do assistente social
A responsabilidade social nos espaços organizacionais:
Primeiro Setor:
As ações (Estado): 
 Recursos arrecadados; 
 Impostos e contribuições;
 Três princípios das ações.
Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como 
assessor/consultor do assistente social
• Ações realizadas entre ministérios, 
instituições, autarquias.
1.
Integração
• “Divide” com o 3º Setor as ações 
(por todo o território nacional).
2. 
Descentralização
• União entre o 1º e o 3° Setores 
(busca de eficiência e abrangência 
de sua política social).
3. 
Interação
A responsabilidade social nos espaços organizacionais:
 Primeiro Setor;
 As ações do Estado são realizadas com os recursos financeiros arrecadados 
(impostos e contribuições).
Segundo Setor – organizações privadas:
 Empresa: ambiente organizacional interno e passa a perceber o ambiente externo; conceito 
de sustentabilidade: facilitou o acesso à informação aos cidadãos;
 Consumidores mais conscientes (impactos sociais).
Práticas no 2º Setor:
 Política de doações – mantém a organização distante do 
objetivo filantrópico;
 Financiamento de projetos – recursos para a implementação 
de extraprojetos da empresa.
 Investimento – aplicação de recursos em projetos próprios.
Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como 
assessor/consultor do assistente social
Objetivo principal das empresas:
 Lucro;
 Mas as atividades de responsabilidade social: cidadania e a sustentabilidade em prol das 
causas sociais, investimentos realizados: necessitam ser transparentes.
Terceiro Setor – ONGs e Oscip:
 “Terceiro setor” formado por dois blocos;
 Histórico, tradicional e conservador;
 Atuam, ainda, nas formas tradicionais de ajuda mútua;
 1999 – aprovada a Lei n. 9.790 – Lei das Organizações da 
Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).
Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como 
assessor/consultor do assistente social
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip):
 Pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos;
 Lei que transforma a filantropia numa nova concepção da esfera pública social; 
 Possibilidade de parcerias entre o 1º Setor e a sociedade civil. 
Oscip e as ONGs:
 Ambas promovem a: assistência social, cultura, educação.
 Oscip: possuem objetivos de lucro e geram benefícios privados.
 ONGs: são organizações sem fins econômicos e têm como missão gerar o social.
Balanço social:
 Espaço de atuação de consultoria e assessoria
do Serviço Social;
 Instrumento de avaliação da empresa para a humanização 
do trabalho. 
Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como 
assessor/consultor do assistente social
 Prestação de contas (comunidade).
 Divulgar os recursos destinados à área social e ambiental.
 A empresa não é obrigada a fazer essas divulgações.
 O Brasil surge junto com as transformações do capitalismo.
 Visão de um “capitalismo de cunho mais social”.
 Atua no âmbito social relacionado à sobrevivência da empresa.
 A atuação profissional (assessoria/consultoria) deve ser norteada pelas
principais legislações.
 Empresas buscam os certificados sociais e os certificados de 
ISO 9000 e ISO 14000.
 Certificados sociais: compromisso das empresas que atuam 
no social.
 Certificados: garantem os controles de qualidade e de 
qualidade ambiental.
Responsabilidade social como um condicionante para o trabalho como 
assessor/consultor do assistente social
No final da década de 1990 e 2004, nota-se um crescimento das empresas na realização de 
algum tipo de ação social para a comunidade; esta ação denominou-se como responsabilidade 
social. Entre as alternativas a seguir, todas estão corretas no que se refere à responsabilidade 
social, exceto:
a) Instrumento da empresa para humanizar a exploração 
do trabalho.
b) Promover a responsabilidade social (empresas privadas).
c) Utilizada pelas empresas consideradas “cidadãs”.
d) Compromisso que a empresa deve ter para com a sociedade.
e) Ações que afetem a sociedade ou alguma comunidade.
Interatividade
No final da década de 1990 e 2004, nota-se um crescimento das empresas na realização de 
algum tipo de ação social para a comunidade; esta ação denominou-se como responsabilidade 
social. Entre as alternativas a seguir, todas estão corretas no que se refere à responsabilidade 
social, exceto:
a) Instrumento da empresa para humanizar a exploração 
do trabalho.
b) Promover a responsabilidade social (empresas privadas).
c) Utilizada pelas empresas consideradas “cidadãs”.
d) Compromisso que a empresa deve ter para com a sociedade.
e) Ações que afetem a sociedade ou alguma comunidade.
Resposta
1. Empresariado & Social
1.1 Social é considerado um fenômeno:
 Aparece a partir da desagregação do Estado Novo e no final da 2ª Guerra Mundial.
 Este período refere-se à intensificaçãodo capitalismo.
 Período em que o populismo e o desenvolvimentismo são ineficazes.
 O empresário diante da questão social era imobilista.
Destacam-se dois aspectos da prática social do empresariado (implantação do Serviço Social):
1º) Refere-se à crítica do empresariado à inexistência de 
mecanismos de socialização do proletariado:
 Eliminar o desnível entre a disciplina da fábrica e a liberdade 
do meio operário;
 Compreende que a sociedade atue como uma extensão da 
fábrica;
Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social
 Empresariado adverte o governo que, ao permitir o aumento do tempo livre, estaria 
atentando contra a base de sua própria dominação;
 Necessário o disciplinamento do tempo livre (conquistado);
 Tempo livre contra o capital (IAMAMOTO, 1999).
2º) Refere-se ao conteúdo da política assistencialista:
 Desenvolvida pelo empresariado no âmbito da empresa;
 Esta política não reconhece as organizações sindicais e a não aceitação do operariado como 
um ser capaz de participar das decisões que lhe dizem respeito;
 Prática normal: repressão;
 Esse foi o comportamento dos empresários na 
Primeira República;
 A partir do primeiro pós-guerra: existência de uma política 
assistencialista, impulsionada pelos movimentos sociais.
Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social
Ganância do capital:
 Extrair cada vez mais lucro da força de trabalho;
 Não se choca com a implantação de mecanismos assistenciais nas empresas.
Mecanismos assistenciais:
 Vilas operárias; 
 Ambulatórios;
 Creches;
 Escolas; 
 Não descontar o tempo das operárias amamentarem os seus 
filhos etc; 
 Equipamentos: cedidos pelos empresários de forma gratuita 
ou a preços reduzidos.
Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social
Benefícios:
 Condicionados ao bom comportamento (não adesão às greves e a uma vida pessoal 
regrada);
 Aparecerem sob uma aura paternalista e benemerente (controle social, e aumentar a 
produtividade e a exploração);
 Diferente do assistencialismo das elites tradicionais da Primeira República (buscava a 
salvação por meio da caridade).
Constituição de 1988: reivindicações anteriores tornam-se direitos:
 Direito ao trabalho; 
Direito à auto-organização;
 Direito à saúde;
 Direito à educação;
 Direito da criança e do adolescente;
 Direito à terra;
 Direito a uma velhice digna e respeitada.
Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social
Cenário atual:
 As empresas vêm discursando sobre a responsabilidade;
 Surge para o Serviço Social uma nova forma de gestão;
 Gestão social que tem como função social o desenvolvimento humano;
 Responsabilidade social: aparece em duas dimensões de atuação profissional na área de 
Recursos Humanos.
Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social
Foca no público 
interno da empresa
Foca na comunidade 
regional e/ou local
Dimensão 
interna
Dimensão 
externa
Empresas com programas de qualidade de vida:
O assistente social atuará:
 Implementação e desenvolvimento (ações de mensurar a satisfação do trabalhador);
 Monitorar todo o programa;
 Garantirá a veracidade do balanço social (fornecendo informações transparentes);
 Contribuirá para difundir o conceito de responsabilidade social.
Exigem profissionais que:
 Realizem capacitações;
 Não se satisfazem com profissionais que tenham apenas a 
formação acadêmica de graduação.
Profissional consultor/assessor social:
Exercício profissional pauta-se no(a): 
 Planejamento; 
 Investigação.
Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social
2.1. Exercício profissional pauta-se: 
 Comunicação sistemática para elevar o nível de entendimento e de colaboração;
 Compreender a responsabilidade social: incide na soma de atitudes assumidas pelos 
agentes sociais cidadãos e pelas organizações privadas;
 Necessário do profissional: atitudes éticas e saber realizar o planejamento;
 A partir desses elementos os objetivos das organizações (públicas ou privadas) se cruzam 
com os objetivos dos cidadãos.
Assistente social deve: 
 Saber reordenar as ações de responsabilidade social, 
utilizando o planejamento estratégico;
 Apoiar o profissional a desenvolver uma atuação inter e, até 
mesmo, transdisciplinar;
Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social
 Estabelecer um bom relacionamento entre a organização e o público, atuando como 
mediador e promovendo a comunicação.
Importante:
 Identidade profissional está em constante construção; 
 Temos que construir a imagem profissional na prática do Serviço Social com a assessoria ou 
a consultoria;
 A qualidade do serviço prestado pelo assistente social: mostrar a profissão como a 
prestadora de assessoria e de consultoria;
 O assistente social tem a formação necessária para o 
desempenho dessas funções;
 Precisa aprimorar os conhecimentos para atuar com a 
assessoria e com a consultoria.
Responsabilidade social sob a ótica do Serviço Social
No resgate sócio-histórico identifica-se a intervenção do empresariado no social, que surge a 
partir da desagregação do Estado Novo e no final da 2ª Guerra Mundial. Assinale a alternativa 
correta que apresenta outro fator que contribuiu para esta intervenção:
a) Compromisso do Estado com a sociedade civil.
b) Diminuição da expressão da questão social. 
c) Articulação entre o 2º e 3º Setores em prol do compromisso social.
d) Intensificação do capitalismo. 
e) Desenvolvimento do Bem-estar Social.
Interatividade
No resgate sócio-histórico identifica-se a intervenção do empresariado no social, que surge a 
partir da desagregação do Estado Novo e no final da 2ª Guerra Mundial. Assinale a alternativa 
correta que apresenta outro fator que contribuiu para esta intervenção:
a) Compromisso do Estado com a sociedade civil.
b) Diminuição da expressão da questão social. 
c) Articulação entre o 2º e 3º Setores em prol do compromisso social.
d) Intensificação do capitalismo. 
e) Desenvolvimento do Bem-estar Social.
Resposta
 ALMEIDA, N. L. T. de. Assessoria e extensão universitária. In: BRAVO, M. I. S.; MATOS, M. 
C. (Org.). Assessoria, consultoria & Serviço Social. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Cortez, 
2010.
 BRASIL. Casa Civil. Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão do 
assistente social e dá outras providências. Brasília, 1993. Disponível em: 
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 IAMAMOTO, M. Renovação e conservadorismo no Serviço 
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ATÉ A PRÓXIMA!