Prova Online TEORIA DA LITERATURA II

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Disciplina: 100941 - TEORIA DA LITERATURA II
Abaixo estão as questões e as alternativas que você selecionou:
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QUESTÃO 1
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
(1-11)
GULLAR, Ferreira. NÃO HÁ VAGAS. In: Ferreira Gullar: melhores poemas [recurso eletrônico]. Disponível em: http://cabana-on.com/Ler/wp-content/uploads/2017/09/Ferreira-Gullar-Melhores-Poemas-Ferreira-Gullar.pdf. Acesso em: 4 dez. 2018.
No poema, Ferreira Gullar escreve sobre como coisas cotidianas não cabem no poema. Entretanto, a definição do que é poema ou poesia nem sempre é clara para o leitor. De acordo com os conceitos apresentados por Costa (2018), é possível admitir que:
 
a )
 O poema se distingue de outros textos por apresentar padrões verbais específicos e modos elaborados de figuras de linguagem, sendo um conceito mais fluído; o poema é a parte material do texto, podendo existir poema sem poesia e poesia fora do poema.
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QUESTÃO 2
"Como sentir prazer em um prazer relatado (enfado das narrativas de sonhos, de festas)? Como ler a crítica? Um único meio: visto que sou aqui um leitor em segundo grau, cumpre-me deslocar minha posição: esse prazer crítico, em vez de aceitar ser o seu confidente - meio seguro de perdê-lo - posso tornar-me o seu voyeur: observo clandestinamente o prazer do outro, entro na perversão; o comentário faz-se então a meus olhos um texto, uma ficção, um envoltório fendido. Perversidade do escritor (seu prazer de escrever não tem função), dupla e tripla perversidade do crítico e do seu leitor, até ao infinito."
BARTHES, R. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 1987, p. 26.
A partir do trecho da obra de Barthes é possível destacar as principais características de um texto ensaístico. Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso nas afirmações a seguir:
( ) Há presença de metáforas.
( ) Texto objetivo.
( ) Intercala objetividade com subjetividade.
( ) Reflete na linguagem sobre o prazer de ler um livro.
( ) Trata de modo científico o ato de ler.
a )
 V - F - V - V - F
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QUESTÃO 3
"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
[...]"
MORAES, Vinicius de. Soneto de separação. In: Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 177.
Inania verba
Ah! quem há de exprimir, alma impotente e escrava,
O que a boca não diz, o que a mão não escreve?
- Ardes, sangras, pregada a' tua cruz, e, em breve,
Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...
O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava:
A Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...
E a Palavra pesada abafa a Ideia leve,
Que, perfume e dano, refulgia e voava.
BILAC apud MOISÉS. A Literatura Brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 2012, p. 297.
Sabendo que um poema pode ser rotulado pelo uso da vogal tônica - o que determina seu estilo de rima - e que existem rimas ricas e rimas pobres, indique a alternativa correta quanto aos poemas expostos acima:
e )
 O poema de Olavo Bilac tem rima rica, pois seus versos são mais longos se comparados ao de Vinicius de Moraes. Para classificar um poema, é preciso analisar sua extensão, comparando-o com um segundo.
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QUESTÃO 4
Desde os primórdios da Antiguidade Clássica a literatura é vista com pouco valor, se comparada às áreas de exatas e às ciências. Isso se dá porque procura-se uma finalidade útil em sua existência. Para muitos, a arte da palavra era considerada apenas por seus critérios formais, pesando a discriminação de que as obras não apresentavam qualidade artística ou expressiva. A fim de diminuir esse preconceito, Aristóteles, em sua obra Poética, procurou sistematizar as formas literárias. Dentre diversas formas, o filósofo priorizou três delas, que são:
 
a )
 Epopeia, tragédia e comédia.
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QUESTÃO 5
Alma minha gentil, que te partiste
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
CAMÕES apud MOISÉS. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, p. 75-76.
Analise o poema de Luís Vaz de Camões e assinale características presentes no texto:
I.Forma fixa denominada soneto.
II.Apresenta rima emparelhada (ABBA ABBA) nos quartetos e rimas interpoladas nos tercetos (CDE CDE).
III.Versos decassílabos.
IV.Pode ser classificado como redondilha maior.
V.As rimas do poema são tidas como pobres.
 
b )
 Alternativas I, II e III são verdadeiras.
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QUESTÃO 6
Guillaume Apollinaire, Reconnais Toi. Disponível em: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/apollinaire.html. Acesso em: 2 dez. 2018.
Guillaume Apollinaire foi o artista que cunhou o termo caligrama para os textos que utilizam o recurso visual como forma de expressar o objeto a que se referem, como se pode ver na figura acima. A respeito das composições do autor, se pode afirmar: 
d )
 Apollinaire se inspirou no cubismo e acreditava na força da imagem, denominando seus textos como lirismo visual, o que veio a influenciar muitos artistas que o sucederam a incorporar a palavra, o visual, o som e o espaço em suas obras.
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QUESTÃO 7
No foco narrativo é analisada não só a perspectiva do autor perante seu texto, mas também a do leitor. Porém, muitos confundem narrador e autor ao estudar uma obra.
Analise as afirmações seguintes e as classifique indicando (A) para autor e (N) para narrador:
( ) Pessoa física com biografia
( ) Contador da história.
( ) Existe somente no papel.
( ) Cria e narra histórias.
( ) Está fora do discurso.
( ) Atua no discurso como personagem.
c )
 A - N - N - A - A - N
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QUESTÃO 8
Com base no trecho a seguir, de Íliada, analise e identifique características presentes na epopeia.
"Deuses e campeões a noite os lia;
Só vela o Padre, a ruminar de que arte
Levante Aquiles e escarmente os Gregos.
A Agamemnon soltar por fim resolve
Um maléfico Sonho, e o chama e apressa:
"Voa, Sonho falaz, do Atrida às popas;
Quanto prescrevo, exato lho anuncia:
Que arme os crinitos Graios e as falanges,
De extensas ruas a cidade expugne;
Que, intercedendo Juno, o Céu concorde
Ameaça de ruína a excelsa Tróia."
HOMERO, Ilíada, p. 81. Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/iliadap.pdf. Acesso em: 28 nov. 2018. 
e )
 A epopeia é constituída pelo tom elevado da dicção poética, por mitologia, pela referência ao povo grego e pela presença do herói.
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