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29 -Petição inicial LOAS

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Qualificação
CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ASSISTÊNCIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
O Autor, compareceu ao FAS fez seu cadastro no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, junto a Secretaria Nacional de Renda o qual passou por entrevista com Assistente social dia 03/05/2017, para poder receber bolsa família bem com alguma assistência do governo caso este que não ocorreu.
DO DIREITO AO ESTRANGEIRO
O autor é estrangeiro e reside no Brasil desde 2012, (como demonstra registro de matricula em anexo) para fins de estudo, ocorre que depende totalmente de bolsa para habitar e terras brasileiras, todavia seu país de origem a Angola, suspendeu a bolsa de R$800,00 a cerca de 9 meses, caso este que gerou o atual estado de miserabilidade do parte autora. 
Note que o Autor compõe grupo familiar somente em Angola, aqui reside com amigos e sem parentes no Brasil. 
Todavia, os estrangeiros também tem direito aos benefícios do INSS, haja vista a CF/88:
“Os estrangeiros residentes no país são beneficiários da assistência social prevista no artigo 203, inciso V da Constituição Federal (CF) uma vez atendidos os requisitos constitucionais e legais.
STF - REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO RG RE 587970 SP SÃO PAULO (STF)
Data de publicação: 02/10/2009
Ementa: ASSISTÊNCIA SOCIAL - GARANTIA DE SALÁRIO MÍNIMO A MENOS AFORTUNADO - ESTRANGEIRO RESIDENTE NO PAÍS - DIREITO RECONHECIDO NA ORIGEM - Possui repercussão geral a controvérsia sobre a possibilidade de conceder a estrangeiros residentes no país o benefício assistencial previsto no artigo 203, inciso V, da Carta da República.
DO REQUISITO SOCIOECONÔMICO 
Inicialmente, cumpre referir que o sistema de proteção aos benefícios assistenciais é bem mais sensível do que os de benefício previdenciário, pois visa justamente dar o amparo fundamental, para que uma pessoa possa existir naquele corpo social, buscar sua autorrealização e, se não for possível deixar, pelo menos ter diminuída sua situação de total marginalização social.
 A Constituição Federal de 1988 é clara ao garantir prestações assistenciais, protegendo, principalmente, à família, à infância, à adolescência e à velhice. Além disso, a Carta Política contempla situações inesperadas, como o desemprego e a invalidez. Nesse contexto, foi editada a Lei nº 8.742/93 a qual versa sobre a organização da Assistência Social e, em seu art. 2º, inciso I, alínea ‘e’, garante o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo à pessoa idosa que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. Consoante o art. 20, § 3°, da Lei 8.742/93, o critério definidor da capacidade de prover a manutenção da família é a renda per capita do grupo familiar. 
A Lei Orgânica da Assistência Social positivou, inclusive, limite objetivo, qual seja, a renda per capita dos membros da entidade familiar não deve ser superior a ¼ do salário-mínimo. Todavia, o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do referido critério objetivo, nos julgamentos da Reclamação nº 4.374, do RE nº 567.985 e do RE nº 580.963. Perceba-se:   Benefício assistencial de prestação continuada ao idoso e ao deficiente. Art. 203, V, da Constituição. 
A Lei de Organização da Assistência Social (LOAS), ao regulamentar o art. 203, V, da Constituição da República, estabeleceu critérios para que o benefício mensal de um salário mínimo fosse concedido aos portadores de deficiência e aos idosos que comprovassem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. 2. Art. 20, § 3º da Lei 8.742/1993 e a declaração de constitucionalidade da norma pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 1.232. Dispõe o art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 que “considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo”. O requisito financeiro estabelecido pela lei teve sua constitucionalidade contestada, ao fundamento de que permitiria que situações de patente miserabilidade social fossem consideradas fora do alcance do benefício assistencial previsto constitucionalmente. 
Caso este o qual o Autor se enquadra haja vista que não tem renda, e vive atualmente de doações de seus amigos brasileiros, como demonstram documentos em anexo. 
2. FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
 Constituição Federal e a Lei Orgânica da Assistência Social garantem um benefício no valor de um salário mínimo para as pessoas idosas, com mais de 65 anos, e para os portadores de deficiência.
Entretanto, há casos em que a deficiência não é causada por alterações genéticas ou por determinada doença física propriamente dita, mas sim por barreiras sociais, tais como a pobreza, o analfabetismo, o ambiente em que esse indivíduo vive, o que culmina na dificuldade ou até mesmo na impossibilidade de reinserção no mercado de trabalho, caso este que está subsumido ao caso concreto.
Atento a essa realidade, o presente trabalho tem como objetivo analisar a possibilidade jurídica de considerar as barreiras sociais como agente causador da incapacidade nos casos de requerimento de benefício assistencial à pessoa portadora de deficiência.O art. 84, inciso IV, da Constituição, considerando que o Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, conforme o procedimento do § 3º do art. 5º da Constituição, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007;
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
Preâmbulo  
Reconhecendo que a deficiência é um conceito em evolução e que a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas; Preocupados com o fato de que, não obstante esses diversos instrumentos e compromissos, as pessoas com deficiência continuam a enfrentar barreiras contra sua participação como membros iguais da sociedade e violações de seus direitos humanos em todas as partes do mundo;
Artigo 1º O propósito da presente Convenção é promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente.  
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. 
Artigo 9 - A fim de possibilitar às pessoas com deficiência viver de forma independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida, os Estados Partes tomarão as medidas apropriadas para assegurar às pessoas com deficiência o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na zona urbana como na rural. Essas medidas, que incluirão a identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras à acessibilidade, serão aplicadas, entre outros.
ART 10
Os Estados Partes reafirmam que todo ser humano tem o inerente direito à vida e tomarão todas as medidas necessárias para assegurar o efetivo exercício desse direito pelas pessoas com deficiência, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
O benefício assistencial, na forma de prestação continuada, está previsto no art. 203,
inc. V, da Constituição Federal de 1988, in verbis:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição, a seguridade social, e tem por objetivos:
[...]
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal a pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovemnão possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Sua regulamentação se deu por meio da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (Lei
Orgânica da Assistência Social), que exige, além da comprovação da idade ou da deficiência, que a renda familiar mensal per capita seja inferior a 1/4 do salário mínimo.
Vejamos seus artigos 2º e 20:
Art. 2º A assistência social tem por objetivos:
I – a proteção a família, a maternidade, a infância, a adolescência e a velhice;
[...]
V – a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal a pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.
[...]
Art. 20. O benefício de prestação continuada e a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal a pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 70 (setenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família. § 1º. Para os efeitos do disposto no caput, entendesse como família o conjunto de pessoas elencadas no art. 16 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, desde que vivam sob o mesmo teto. (Redação dada pela Lei nº 9.720, de 30.11.1998)
§ 2º Para efeito de concessão deste benefício, a pessoa portadora de deficiência e aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho.
§ 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.
Neste liame, deve ser considerada a barreira social como um agente incapacitante para fins de concessão do benefício assistencial ao portador de deficiência, vez que comprovada a documentação anexa, a autora é incapaz, devidamente atestada sua incapacidade por profissional médico especialista, fato este que poderá ser comprovado mediante a realização de perícia judicial, restando, portanto, cumprido o primeiro requisito para a concessão do benefício assistencial no presente caso.
De acordo com a Súmula nº 29 da TNU: “Para os efeitos do art. 20, § 2º, da Lei nº 8.742, de 1993, incapacidade para a vida independente não só é aquela que impede as
atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento”.
Quanto ao segundo requisito, ou seja, a renda familiar per capita inferior a 1/4 de SM, a Parte Autora também cumpre tal requisito haja vista que não tem renda atualmente, inexistindo motivos que justifiquem o indeferimento do benefício requerido.
Porem, o critério da miserabilidade é conceituado de forma taxativa pelo § 3º do art. 20 da Lei 8.742/1993, adotando como critério a renda per capta de ¼ do salário mínimo. Entretanto, a definição de miserabilidade agregada a critérios rígidos e taxativos por vezes acaba impedindo o benefício de prestação continuada de atingir o seu objetivo, qual seja proporcionar dignidade.
Nesse sentido o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o REsp 1.112.557, relativizou o critério econômico previsto no art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93, admitindo a aferição da miserabilidade da pessoa deficiente ou idosa por outros meios de prova que não a renda per capita, consagrando os princípios da dignidade da pessoa humana e do livre convencimento do juiz.
Por outro lado, o STF reconheceu, em regime de repercussão geral, inconstitucionalidade do § 3º do art. 20 da Lei 8.742/93 (LOAS), que estabelece critério econômico objetivo, admitindo a possibilidade de utilização de outros meios de prova para verificação da hipossuficiência familiar autorizador ou não da concessão do benefício assistencial. Assim, verifica-se que o critério da miserabilidade não deve ser aferido de forma taxativa, mas sim analisado caso conforme a situação do grupo familiar no caso em concreto.
A concessão do benefício assistencial à pessoa portadora de deficiência e a problemática da barreira social:
O texto da Lei 8.742/1993 traz a previsão da concessão do benefício assistencial à pessoa portadora de deficiência, a qual é definida como aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais em interação com diversas barreiras podem obstruir a sua participação na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Entretanto, a grande problemática surge na necessidade de definição do conceito e ainda do grau e natureza da deficiência, bem como na necessidade de comprovação se essa deficiência é incapacitante apenas para o trabalho ou para todos os atos da vida independente.
No que se refere à necessidade da comprovação de que a deficiência incapacita para os atos da vida civil, importante destacar a Súmula 29 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, segundo a qual “Para os efeitos do art. 20, § 2º, da Lei n. 8.742, de 1993, incapacidade para a vida independente não é só aquela que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento.”.
Dessa forma, verifica-se que a necessidade de comprovação de tal critério resta superada, visto que o entendimento já está uniformizado nos nossos tribunais.
Outra questão problemática para fins de concessão do benefício de prestação continuada para as pessoas com deficiência é a barreira social, a qual embora não seja considerada muitas vezes no momento da análise requerimento do benefício, é o maior agente incapacitante.
Barreiras sociais são os diversos fatores culturais, econômicos, tecnológicos, dentre outros, que geram uma impossibilidade plena e efetiva de participação dessas pessoas na sociedade. Nesse caso não é pessoa que possui uma deficiência propriamente dita, mas sim a sociedade que impede a sua participação no mercado de trabalho. (FONSECA, 2012)
Assim, para a concessão do beneficio da prestação continuada ao portador de deficiência deve utilizar outros critérios subjetivos em face do caso concreto a fim de evitar distorções que conduzam a situações desprovidas de razoabilidade.
4. REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência:
a) A realização de Justificação Administrativa para para efeitos pretéritos.
b) O deferimento do pedido de LOAS, diante dos fatos aduzidos anteriormente;
Nesses Termos,
PEDE DEFERIMENTO.
Curitiba, 03 de outubro de 2017.

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