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BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA POLÍTICASSETORIAIS

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BACHARELADO EM serviço social
Benefício de Prestação Continuada: políticassetoriais, novas regras e atuação profissional do (a) Assistente SOCIAL.
Benefício de Prestação Continuada: políticassetoriais, novas regras e atuação profissional do (a) Assistente SOCIAL.
Produção textual em Grupo – PTG, apresentado à UNOPAR, como requisito parcial à aprovação no 5º semestre do Curso Graduação Bacharelado em de 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
O QUE É BPC? QUAIS OS REQUISITOS PARA SOLICITAR O BENEFÍCIO E a operacionalização do SUas.	4
a NOVA lei DO BPC 14.176/202 QUE dificultam acesso de pessoas com deficiência e idosas ao Benefício da Prestação Continuada	5
A FUNÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO DO ACESSO AO BPC	8
CONSIDERAÇÕES FINAIS	10
REFERÊNCIAS	11
INTRODUÇÃO
A Produção textual em grupo – PTG apresentada tem como o tema Benefício de Prestação Continuada – BPC: O Benefício de Prestação Continuada, que é um direito de cidadão legitimado pela Constituição Federal do Brasil no Art. 203 inciso V. A garantia de um salário mínimo ao idoso e ao portador de deficiência que comprovem não prover seu sustento e de não o ter provido pela sua família, sua concessão se dá através de alguns requisitos exigidos na Lei Orgânica de Assistência Social. 
Se pode entender através deste a legitimação desse benefício, requisitos para sua concessão, conceitos importantes como o de incapacidade, miserabilidade, idoso e portador de deficiência.
Dessa forma, o público alvo do Benefício de Prestação Continuada consubstancia - se em pessoas que não têm meios de prover sua própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família. Portanto, para ter direito ao benefício, o beneficiário terá de caracterizar seu estado de miserabilidade. Esta miserabilidade é aferida objetivamente, segundo a Lei Orgânica da Assistência Social, de acordo com o critério e econômico estabelecido no artigo 20, § 3º, considera-se incapaz de prover à manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.
Com a constituição de 1988, a assistência social é declarada como direito social sendo o campo da responsabilidade pública da garantia e da clareza da provisão. E anunciada com o direito sem contrapartida, para atender a necessidades sociais, as quais tem primazia sobre a rentabilidade econômica. O beneficio e prestação continuada, vem como um dos objetivos da Assistência Social e visa garantir os mínimos sociais para pessoas idosas e pessoas com deficiência que não tem como prover o seu sustento.
De posse da Legislação a pesquisa bibliográfica irá demonstrar que o BPC integra a Proteção Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, não sendo necessário a contribuição previdenciária para ter acesso, bem como um aprofundamento e reflexão sobre o direito sócio assistencial, discutindo o conceito de miserabilidade e os critérios para concessão do benefício. 
13
O QUE É BPC? QUAIS OS REQUISITOS PARA SOLICITAR O BENEFÍCIO E a operacionalização do SUas.
De acordo com as LOAS (Lei nº 8742 / 93), em seu art. 20, “o BPC- Benefício de Prestação Continuada é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 6 5 anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem detêm - lá provida por sua família”. Ainda de acordo com esta lei, a pessoa portadora de deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho. 
Para adequar-se aos critérios, a pessoa portadora de deficiência ou idosa deve possuir renda familiar mensal per capita inferior a ¼ de salário mínimo. Este é um beneficio de assistência social, integrante do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), pago pelo governo Federal através do INSS, e assegurado por lei. Segundo o material informativo do Ministério de desenvolvimento Social e Combate à fome, os beneficiários do BPC ganham autonomia, independência e passam a participar muito mais da vida comunitária. 
No entanto, para ser incluído no beneficio, as pessoas precisam se enquadrar aos critérios do programa, entre eles, como está disposto no art. 20, inciso 4º, o que determina que o benefício não possa ser acumulado pelo beneficiário e por pessoas de sua família, que vivam sob o mesmo teto, com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo o de assistência médica. 
Aos idosos é necessário comprovar que possui 65 anos ou mais, que não recebe nenhum beneficio previdenciário e que a renda familiar mensal é inferior a ¼ do salário mínimo. A pessoa com deficiência segue as mesmas exigências anteriores, com a diferença de que deve comprova a sua deficiência e o nível de incapacidade por meio de avaliação do Serviço de Perícia Médica do INSS.
Diferentes deficiências e incapacidades permitem o acesso ao BCP, como pessoas portadoras do vírus HIV, otimizadas, com autismo, paciente com doenças renais crônicas, entre outras. Para todos os casos, é importante frisar que deverá provar a insuficiência econômica, atendendo aos critérios de renda definido. 
Prevê a LOAS artigo- 21 A concessão do BCP deve ser revista a cada dois anos para avaliação de sua continuidade, podendo ser cessado quando superadas as condições que lhe deram origem, em caso de morte do beneficiário ou de irregularidades na sua utilização, e se o beneficiário ingressar no mercado de trabalho, o BCP será cessado. Por outro lado, caso perca o emprego por qualquer razão, não há impedimento para nova concessão do beneficio, desde que atendidos os requisitos exigidos para sua concessão, conforme disposto no Decreto 6.614, de 26 de setembro de 2007. 
A miserabilidade caracteriza-se pela inexistência de condições mínimas econômicas para prover o próprio sustento, e de não possuir um mínimo para poder ter uma boa qualidade de vida com dignidade, como: acesso à saúde, moradia, medicação, higiene e lazer, conforme garantido na Constituição de 1988. 
O BPC não pode ser acumulado com outro benefício n o âmbito da Seguridade Social (como, por exemplo, o seguro desemprego, a aposentadoria e a pensão) ou de outro regime, exceto com benefícios da assistência médica, pensões especiais de natureza indenizatória e a remuneração advinda de contrato de aprendizagem.
Para solicitar o BPC, O cidadão pode procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de seu município para receber as informações sobre o BPC e os apoios necessários para requerê-lo. É importante destacar que, para receber o BPC, não é necessário pagar intermediários.
a NOVA lei DO BPC 14.176/202 QUE dificultam acesso de pessoas com deficiência e idosas ao Benefício da Prestação Continuada
 
LEI Nº 14.176, DE 22 DE JUNHO DE 2021 altera a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, para estabelecer o critério de renda familiar per capita para acesso ao benefício de prestação continuada, estipular parâmetros adicionais de caracterização da situação de miserabilidade e de vulnerabilidade social e dispor sobre o auxílio-inclusão de que trata a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência); autoriza, em caráter excepcional, a realização de avaliação social mediada por meio de videoconferência; e dá outras providências.
No dia 22 de junho, o Presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei nº 14.176/2021 que, entre outras mudanças, estabelece novos critérios para acesso ao Benefício da Prestação Continuada (BPC). a nova lei dificulta e limita o acesso de pessoas idosas e deficientes ao BPC, pois propõe formas e critérios excludentes, que vão na contramão do Estatuto do Idoso, da Convenção Internacional da Pessoa com Deficiência e de todos os parâmetros amparados no modelo biopsicossocial para fins de avaliação da deficiência”, assistente social do INSS. Com esta nova lei do BPC tira a possibilidade de milhões de pessoas terem direito ao BPC que, pelas novas regras, somente será acessadopelas pessoas em miséria absoluta. Assim, é importante alertar a sociedade e, em especial, a população usuária do Serviço Social, sobre os perigos e prejuízos trazidos pela nova lei.
 As mudanças da nova lei fazem com que o benefício seja garantindo todo mês um salário mínimo (atualmente R$ 1.100) para idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade que comprovem não ter meios próprios de se sustentar nem auxílio da família. Atualmente, para ter direito ao BPC, a pessoa precisa que a renda per capita máxima da família precisa ser inferior a um quarto de salário mínimo (R$ 275). Com a nova lei, o rendimento pode ser igual a um quarto do salário mínimo. Há ainda a abertura para casos excepcionais, em que a renda por pessoa na família pode chegar a meio salário mínimo (atualmente R$ 550).
As novas regras passam a valer em 01 de janeiro de 2022, o acesso ao benefício ao BPC passará a ser dessa forma:
· A renda familiar per capita máxima poderá ser de até um quarto de salário mínimo (hoje, R$ 275);
· A partir de 2022, a renda per capita máxima da família poderá chegar a até meio salário mínimo (R$ 550) para casos excepcionais.
· Isso significa que, além da renda, serão analisados fatores como a condição social. Os casos excepcionais levarão em conta os seguintes aspectos:
· o grau da deficiência;
· a dependência de terceiros para o desempenho de atividades básicas da vida diária; e
· o comprometimento do orçamento do núcleo familiar exclusivamente com gastos médicos, com tratamentos de saúde, com fraldas, com alimentos especiais e com medicamentos do idoso ou da pessoa com deficiência não disponibilizados gratuitamente pelo SUS, ou com serviços não prestados pelo Suas, desde que comprovadamente necessários à preservação da saúde e da vida.
Além da renda, as pessoas com deficiência também passam por avaliação médica e social no INSS. O beneficiário do BPC e a família dele devem estar inscritos no Cadastro Único antes de o pedido ser feito.
Vários riscos podem acontecer e não estando mais amparado em norma legal, a concessão do BPC pode ser interrompida pois o preceito constitucional (art. 203, inciso V), não é autoaplicável e depende de regulamentação legal. Contudo, a hipótese de que critérios de concessão poderiam ser regulados discricionariamente pelo Executivo Federal tem sido considerada possível, tendo como assento o § 11 do artigo 20 da LOAS, incluído em 2015 Lei nº 13.146, de 2015.  Segundo o texto, “Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento”. 
Desta forma, parece aberto o caminho para que o governo adote medida discricionária, que poderia atuar na escolha de critérios de modo a alterar significativamente a cobertura do BPC, com sérios prejuízos para a população beneficiária. A utilização de critério de renda poderia ser mantida, mas com outra linha, como por exemplo a utilizada no Programa Bolsa Família. Outros critérios poderiam ser adotados, integrados ou não a um critério de renda, como miserabilidade associado ao patrimônio (já sugerido na proposta de reforma da previdência enviada pelo executivo do Congresso Nacional em 2019) ou vulnerabilidade associada às circunstâncias pessoais e ambientais.
Qualquer alternativa amparada em decreto do Poder Executivo, sujeito, pois, a alterações ao longo do tempo, traria instabilidade à garantia do direito constitucional ao BPC. A adoção de critérios complexos e/ou instáveis sinalizaria ainda para ampliação das situações passíveis de judicialização, cujos impactos negativos em termos de equidade no tratamento das pessoas idosas e com deficiência são conhecidos. Isto decorre, de um lado, da situação de iniquidade na capacidade de acesso à justiça por parte deste público, e de outro, da discricionariedade judicial observada nas decisões sobre o tema.
A FUNÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO DO ACESSO AO BPC
E de exclusiva do Assistente Social o preenchimento do formulário a ser enviado ao INSS, devendo ser por este assinado, atestando a real adequação aos critérios estabelecidos. O INSS só aceitava os pedidos que já viessem com este pré- requisito. Neste contexto, o profissional Assistente Social afiançava este direito garantido às Podas (perfil profissiográfico previdenciário) e idosos com idade igual ou superior há 60 anos.
Hoje, o formulário pode ser preenchido por qualquer pessoa e assinado pelo responsável pelo sujeito de direito. Conforme a cartilha informativa do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social) sobre o BPC, se a pessoa tem direito ao benefício, “não é necessário nenhum intermediário”, sendo o bastante dirigir-se a agência do INSS mais próxima, munido dos documentos necessários.  Mas ainda assim, os usuários mantem uma grande referência para com o profissional Assistente Social e com as instituições onde a política de assistência social é operacionalizada.
O Serviço Social continua sendo uma grande referência no encaminhamento deste beneficio, sendo ainda procurado para este tipo de preenchimento. Neste encaminhamento cabe ao profissional anexar um “parecer” referenciando a confirmação das condições sócio econômicas do núcleo sócio- familiar da PPD, sob pena de indeferimento pelo INSS.
 Os idosos, as pessoas portadoras de deficiência e suas famílias sentem-se destituídas de condições para o trabalho formal que possibilite a sobrevivência de sua família, e ainda excluídas do BPC, que seria uma forma de contribuir na solução das necessidades cotidianas.
As famílias que possuem Podas sentem-se inteiramente responsáveis pelo sustento e apoio a estas pessoas, sendo que expressam constantemente uma grande preocupação com o futuro destes, uma vez que não vê em possibilidade de uma vida independente frente a dinâmica atual da sociedade.
O BPC, na ótica de proteção aos idosos e Podas determina representação majoritária no sistema de proteção social e assume participação expressiva no orçamento da Assistência. Contudo, é insuficiente para atender as demandas e necessidades básicas das famílias. Nas palavras de Sposati (1991), verificamos uma dupla interpretação deste direito, “uma que é restrita e minimalista e outra que é ampla e cidadã; a primeira se funda na pobreza e no similar da sobrevivência e a segunda em um padrão básico de inclusão”.
Ou seja, por um lado trata-se de um incremento fundamental na renda familiar, mas por outro, não satisfaz todas as necessidades sociais compreendidas nas determinações de uma sociedade, quanto à educação, trabalho, cultura, que permitiriam na inclusão social, propriamente dita, deste segmento.
Cabe aferir que na sociedade brasileira, a garantia formal dos direitos não significa automaticamente poder acessá-los (Gomes, 2001). Nesta perspectiva, o fio conector compreende o exercício da cidadania subentendido na consciência crítica dos cidadãos, elevando-se a condição de sujeitos de sua própria história.
Não obstante, o BPC é um exemplo perfeito desta situação, pois seguindo a ótica capitalista confere um número relevante de excluídos. Como sua própria natureza determina, esse beneficia destina-se a uma população de baixo nível sócio – econômico e cultural, sem peso político, o que aborta as iniciativas de organização coletivas para reivindicação de direitos.
Evidentemente, a atuação do Serviço Social com relação a idosos e a pessoas com deficiência em nenhum momento se restringem ao encaminhamento do BPC, que é apenas uma das formas de inclusão social destes segmentos na sociedade. As ações quanto a este público alvo devem estar articuladas dentro dos processos de trabalho do Serviço Social, no sentido de promover a ampliação da cidadania destas pessoas.
O assistente social é proprietário de sua força de trabalho especializada. Ela é produto da formação universitária que o capacita a realizar um "trabalho complexo", nos termos de Marx. Essa mercadoria, força de trabalho, é uma potência, que só se transforma ematividade — em trabalho, quando aliada aos meios necessários à sua realização, grande parte dos quais se encontra monopolizado pelos empregadores: recursos financeiros, materiais e humanos necessários à realização deste trabalho concreto, que supõe programas, projetos e atendimentos diretos previstos pelas políticas institucionais (Iamamoto, 2007, p. 421).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realiza a proposta de produção textual, foi possível notar que o trabalho em grupo, nos traz uma interação maior quanto ao conteúdo, pois, realizamos pesquisas e debates quanto ao assunto proposto e assim, podermos chegar à conclusão efetiva do mesmo. 
O BPC é um dos mais relevantes benefícios da proteção social brasileira, operando a inclusão de idosos e pessoas com deficiência dentro de um patamar de bem-estar associado ao acesso a renda no valor de um Salário Mínimo. É ainda uma transferência progressiva, contribuindo para a redução da desigualdade e da pobreza, conforme já demonstrado por diversos estudos. Contudo, o BPC vem enfrentando crescente empenho reformista por parte do governo federal. Em que pese infrutífero em 2017 e em 2019, quando das votações das reformas da previdência, o objetivo de constranger o acesso ao BPC parece ter avançado com a promulgação da Lei 13.982/20.
 A meta de reduzir o acesso ao BPC resulta não somente da política de ajuste fiscal, mas principalmente do esforço de reduzir às garantias sociais que dão conteúdo a cidadania social no país. Os impactos da reforma da previdência resultarão em progressiva desproteção previdenciária e ampliação de demandas ao BPC. A reforma conservadora busca tolher este processo, restringindo o acesso ao BPC. O aumento no grau de desproteção social dos idosos, PCDs e suas famílias parece se consolidar como horizonte na vigência da nova lei, promovendo ainda maiores iniquidades num país ainda marcado por patamares inaceitáveis de desigualdade.
A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão (CARVALHO e IAMAMOTO, 1983, p.77).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acessado em 06/09/2021
_______. Benefício Assistencial Ao Idoso E À Pessoa Com Deficiência (Bpc). Disponível em: http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/beneficios-assistenciais/bpc Acessado em 06/09/2021.
_______. LEI Nº 14.176, DE 22 DE JUNHO DE 2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.176-de-22-de-junho-de-2021-327647403 Acessado em 06/09/2021.
_______. LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993. Disponível em http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:U9AvtxoTeoQJ:www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742compilado.htm+&cd=12&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-d Acessado em 06/09/2021
_______. Lei 12.435 Altera a Lei no8.742, de 7 de dezembro de 1993, Que Dispõe Sobre A Organização Da Assistência Social. Diário Oficial Da União. Brasília, 6 de julho de 2011; 190o da Independência e 123o da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12435.htm. acessado em 09/09/2021. 
ASSISTÊNCIA SOCIAL E BENEFICIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (EM TEMPOS DE REVISÃO) – UM DIREITO GARANTIDO? Disponível em: https://periodicos.ufsc.br Acessado em 08/09/2021.
BPC - Governo Federal aprimora as regras do Benefício de Prestação Continuada e cria o auxílio-inclusão. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2021/junho/governo-federal-aprimora-as-regras-do-beneficio-de-prestacao-continuada-e-cria-o-auxilio-inclusao. Acesso em 05/09/2021
BPC: Guia para Técnicos e Gestores da Assistência Social. Publicado em 2018. Disponível em http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Guia/G uia_BPC_2018.pdf . Acesso em 05/09/2021
CFESS lança série sobre prejuízos da nova lei do BPC Disponível em: http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1822 Acessado em 07/09/2021.
CFESS – Série “Assistente Social, explica pra gente! Será mesmo que a nova lei do BPC amplia o benefício?”. Disponível em http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1822 . Acessado em 07/09/2021.
machado, Lucas. Governo divulga alterações no BPC/LOAS. Saiba o que muda Disponível em: https://www.jornalcontabil.com.br/governo-divulga-alteracoes-no-bpc-loas-saiba-o-que-muda/ Acessado em 07/09/2021.
Machado, Ednéia Mari. Questão Social: Objeto do Serviço Social? Disponível em: https://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v2n1_quest.htm. Acessado em 09/09/2021.
MATÉRIA Publicada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, com a explicação sobre a nova legislação. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2021/junho/governofederal-aprimora-as-regras-do-beneficio-de-prestacao-continuada-e-cria-oauxilio-inclusao . Acesso em 09/09/2021.
NOTA Técnica CFESS – Considerações sobre a dimensão social presente no processo de reconhecimento de direito ao Benefícios de Prestação Continuada e a atuação do/a assistente social. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/CFESS-NotaTecnicaMarineteMoreira-BPC.pdf . Acesso em 05/09/2021.
O PAPEL Do Serviço Social Na Concessão Do Beneficio Deprestação Continuada Na Justiça Federal Disponível em: https://cpee.unifesspa.edu.br Acessado em 07/09/2021.
O Trabalho Do/A Assistente Social Na Concessão Do BPC – Benefício De Prestação Continuada Disponível em: https://www.poteresocial.com.br/o-trabalho-doa-assistente-social-na-concessao-do-bpc-beneficio-de-prestacao-continuada/ Acessado em 06/09/2021.
REDE SUAS – Informe BPC. Disponível em: http://blog.mds.gov.br/redesuas/informe-bpc/ . Acesso em 13 de julho de 2021.

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