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DIREITO PENAL I - CASO CONCRETO 4 CCJ0366

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TEORIA DO DIREITO PENAL I CASO CONCRETO 4 CCJ0366 
ALUNO : PAULO PIRAN 
Estácio Nova Friburgo – Curso Direito – Data : 07.04.2020 
 
Esta aula apresenta ATIVIDADE DE CAMPO. 
Desta forma, você deverá ler o caso concreto constante no 
roteiro de estudos e responder às questões formuladas sobre 
ele. O seu professor estabelecerá a data de entrega deste 
caso concreto. Leia a notícia abaixo e responda, de forma 
objetiva e fundamentada às questões formuladas Feminicídio 
também abrange mulheres transexuais, decide Justiça do DF 
Determinação se deu a partir de caso de vítima agredida em 
lanchonete, em Taguatinga, no ano passado. Suspeitos ainda 
serão julgados. Por Pedro Alves, G1 DF. Disponível em: 
Atualizado em: 09/08/2019. Determinação se deu a partir de 
caso de vítima agredida em lanchonete, em Taguatinga, no 
ano passado. Suspeitos ainda serão julgados. 
A 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito 
Federal (TDJFT) rejeitou recurso e manteve como tentativa 
de feminicídio um crime cometido contra uma mulher 
transexual. A decisão foi unânime. Os suspeitos ainda serão 
julgados pelo crime. Ao analisar o caso, o desembargador 
Waldir Leôncio Lopes Júnior entendeu que ?a imputação do 
feminicídio se deveu ao menosprezo ou discriminação à 
condição de mulher trans da ofendida?. O caso A decisão foi 
tomada no caso da estudante Jéssica Oliveira, vítima de 
tentativa de homicídio em abril do ano passado. Ela foi 
agredida por quatro pessoas dentro de uma lanchonete, em 
Taguatinga.O crime foi registrado por câmeras de segurança 
(veja acima). As imagens mostram que a transexual foi 
atingida com socos e pontapés. Os suspeitos também usaram 
cadeiras e uma pedra de 3 quilos para agredir a vítima. À 
época, a Polícia Civil decidiu indiciar os criminosos por 
tentativa de feminicídio. Foi o primeiro caso envolvendo 
uma transexual a ser tipificado dessa forma no DF. 
Discussão na Justiça O Ministério Público do Distrito 
Federal (MPDFT) também denunciou os acusados pelo crime e a 
acusação foi aceita pela Justiça. Os agressores recorreram 
da decisão, sob o argumento de que não poderiam ser 
acusados de tentativa de feminicídio, já que a vítima não é 
"biologicamente do sexo feminino". O MP, por sua vez, 
argumentou pela manutenção da denúncia, já que ?o crime foi 
praticado contra mulher por razões da condição de sexo 
feminino, em menosprezo e discriminação à condição de 
mulher?. "Dupla vulnerabilidade" Ao decidir sobre o caso, o 
desembargador Waldir Leôncio Lopes Júnior diz estar ciente 
da ?polêmica que envolve a questão?. No entanto, segundo o 
magistrado, ?não se pode deixar de considerar a situação de 
dupla vulnerabilidade a que as pessoas transgêneros 
femininas, grupo ao qual pertence a ofendida, são 
expostas?. ?Por um lado, em virtude da discriminação 
existente em relação ao gênero feminino, e de outro, pelo 
preconceito de parte da sociedade ao buscarem o 
reconhecimento de sua identidade de gênero?, diz o 
relatório. Lei Maria da Penha Em maio do ano passado, o 
TJDFT já havia entendido que a Lei Maria da Penha também é 
válida para transexuais. Polícia registra sete casos graves 
de violência doméstica durante o fim de semana, em 
Rondônia. À ocasião, o tribunal julgou o caso de uma mulher 
trans que foi agredida pelo ex-namorado após passeio com as 
amigas. O ataque teria sido motivado por ciúmes. Segundo o 
entendimento dos desembargadores, "uma vez que se apresenta 
dessa forma, a vítima também carrega consigo todos os 
estereótipos de vulnerabilidade e sujeição voltados ao 
gênero feminino, combatidos pela Lei Maria da Penha." Ante 
o exposto, com base nos estudos realizados nas aulas 1 a 4, 
responda de forma objetiva e fundamentada às questões 
formuladas: 
A)Os desembargadores, ao considerarem uma mulher transexual 
como vítima de feminicídio se utilizaram de um recurso 
interpretativo ou integrativo? Diferencie interpretação 
analógica e analogia. 
Resposta : Foi aplicado ao caso o recurso integrativo, pois 
no ordenamento juridico atual ainda não há lei para 
feminicídio de transexuais. 
Trata-se de uma medida analógica, pois essa é a adaptação 
das lacunas da lei, onde é feita uma comparação de casos 
concretos diferentes mas com uma problemática semelhante, 
de que possa extrair o mesmo efeito para uma mesma 
resposta , em que a sua interpretação , é derivada da lei 
que regula o caso concreto de modo tácito , mas de forma 
lato, ou seja mais abrangente. 
B)A matéria trata de feminicídio tentado praticado por 
quatro jovens menores de 18 anos. Caso a vítima viesse a 
falecer três meses após em decorrência das agressões 
sofridas, seria possível imputar tal delito aos envolvidos 
que tenham completado 18 anos antes do falecimento da 
vítima? 
RESPOSTA: Sim , devido as agressões a que foi submetida 
através das ações dos acusados. 
C)Caso a vítima viesse a falecer a caminho do hospital em 
decorrência da colisão da ambulância na qual se encontrava 
com um ônibus, o resultado morte seria imputado aos 
adolescentes? 
RESPOSTA: Sim, pois se a vítima não fosse acometida ao 
infortúnio das agressões , essa não estaria presente no 
veículo no momento do acidente. 
d)Caso um policial estivesse presente no momento do crime 
e, por livre e espontânea vontade, decidisse não intervir 
na defesa da vítima, sua conduta teria relevância penal? 
RESPOSTA: Sim, seria omissão de socorro conforme art. 135 
C.C (deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo 
sem risco pessoal).Pois o policial tem por lei a obrigação 
da proteção, cuidado, o dever de agir, conforme art .3 § 
2º. Do C.C 
Ainda, com base no roteiro de estudos desta aula e dos 
estudos realizados, solucione a questão abaixo: (XXVIII 
EXAME DE ORDEM UNIFICADO) David, em dia de sol, levou sua 
filha, Vivi, de 03 anos, para a piscina do clube. Enquanto 
a filha brincava na piscina infantil, David precisou ir ao 
banheiro, solicitando, então, que sua amiga Carla, que 
estava no local, ficasse atenta para que nada de mal 
ocorresse com Vivi. Carla se comprometeu a cuidar da filha 
de David. Naquele momento, Vitor assumiu o posto de salva-
vidas da piscina. Carla, que sempre fora apaixonada por 
Vitor, começou a conversar com ele e ambos ficam de costas 
para a piscina, não atentando para as crianças que lá 
estavam. Vivi começa a brincar com o filtro da piscina e 
acaba sofrendo uma sucção que a deixa embaixo da água por 
tempo suficiente para causar seu afogamento. David vê 
quando o ato acontece através de pequena janela no banheiro 
do local, mas o fecho da porta fica emperrado e ele não 
consegue sair. Vitor e Carla não veem o ato de afogamento 
da criança porque estavam de costas para a piscina 
conversando. Diante do resultado morte, David, Carla e 
Vitor ficam preocupados com sua responsabilização penal e 
procuram um advogado, esclarecendo que nenhum deles adotou 
comportamento positivo para gerar o resultado. Considerando 
as informações narradas, o advogado deverá esclarecer que: 
RESPOSTA : A) Carla e Vitor, apenas, poderão responder por 
homicídio culposo, já que podiam atuar e possuíam obrigação 
de agir na situação. 
B) David, apenas, poderá responder por homicídio culposo, 
já que era o único com dever legal de agir por ser pai da 
criança. 
C) David, Carla, Vitor poderão responder por homicídio 
culposo, já que os três tinham o dever de agir. D) Vitor, 
apenas, poderá responder pelo crime de omissão de socorro.

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