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Dra. Priscila Ranéia Os animais apresentam um revestimento corporal cuja principal função é proteger o organismo contra a entrada de corpos estranhos: o tegumento (do latim tegumentum, cobertura, envoltório). A pele dos vertebrados é formada por dois tecidos distintos, firmemente unidos entre si. O tecido mais externo, epitelial, é a epiderme. O mais interno, conjuntivo, é a derme. É muito fina,tem a espessura de uma folha de papel. Sua espessura varia segundo a localização, a camada córnea determinando as variações de espessura. Espessura média: 0,06 a 1mm Espessura máxima: 1 a1,5mm nas palmas e nas plantas Espessura mínima: 0,04mm nas pálpebras Possui 2 faces: 1- face superficial: vários orificios (pilossebáceo, poros), rugas, impressões digitais 2- face profunda: forma a junção dermoepidérmica, zona de amarração da epiderme e derme e contém as papilas dérmicas. A epiderme é um epitélio multiestratificado, isto é, formado por várias camadas (estratos) de células justapostas. A camada epidérmica mais interna é denominada estrato germinativo, sendo formada por células que se multiplicam continuamente, de tal maneira que as novas células geradas empurram as mais velhas para cima, em direção à superfície do corpo. À medida que envelhecem, as células epidérmicas tornam-se achatadas e passam a fabricar e a acumular dentro de si uma proteína resistente, a queratina. As células mais superficiais, ao se tornar repletas de queratina, morrem e constituem um revestimento resistente ao atrito e altamente impermeável a perda de água. Queratinócitos: são estas células que formam o epitélio estratificado. Representam 80% do conjunto das células epidérmicas. Fabricam a queratina, que preenche as células mais superficiais da epiderme para formar a camada córnea Melanócitos: 13% da população da epiderme Produzem a melanina, que dá cor a pele Células de Langerhans 4% da população da pele Imunidade da pele Células de Merkel Receptores do sentido do tato Camada basal ou germinativa É a camada que dá suporte a epiderme e estabelece a união com a derme. A camada germinativa dá origem as camadas epidérmicas por reprodução continuada (queratinócitos, células espinhosas e células granulosas), mediante um processo que culmina na camada córnea. Entre os queratinócitos estão os melanócitos, células que formam a melanina. Os grãos de melanina são transferidos para os queratinócitos através das dendritas. Camada espinhosa Várias fileiras de células que se unem entre si, através de organoides chamados desmossomas. Os desmossomas são espessamentos da membrana celular e se unem, entre si, pelo cemento intercelular. Entre as células espinhosas, encontram-se as células de Langerhans, que apresentam em sua superfície receptores para IgE (imunoglobulina E) que captam antígenos exteriores. Camada granulosa É rica em enzimas. É constituída por grânulos de queratoialina. S uas células não têm capacidade de divisão e tem a função de sintetizar queratina. ***As três camadas, basal, espinhosa e granulosa, constituem juntas a chamada Camada de Malphigi. Estrato córneo Camada mais externa formada por fileiras de células mortas, anucleadas e constituída por queratina. As fileiras mais superficiais estão em processo de descamação contínua. Esta camada impede a entrada de microorganismos e agentes tóxicos, retém água e os eletrólitos. É a morte celular programada É um processo de diferenciação celular que leva a formação das células córneas O fenômeno de descamação que ocorre na camada córnea representa uma perda de 9 a 17 mg de células córneas por dia. A queratinização da epiderme compreende dois fenômenos simultâneos: migração vertical das células e diferenciação destas. O tempo de migração é em média de 21 dias A epiderme se espessa sob influência das radiações solares: os queratinócitos da camada basal se multiplicam mais ativamente, levando ao espessamento da camada córnea Massagem cutânea estimula atividade das células germinativas Psoríase diminui o tempo de renovação Cicatrização solicita processo de queratinização de forma complexa A síntese de melanina é teoricamente explicada pela presença de uma enzima - tirosinase - concentrada no aparelho de Golgi dos melanócitos. O pigmento é originado a partir da polimerização do aminoácido tirosina por intermédio da ação da tirosinase, a qual passa de aminoácido incolor a um pigmento castanho. A tirosina polimerizada deposita-se em vesículas denominadas melanossomas, as quais se deslocam pelos prolongamentos citoplasmáticos dos melanócitos, sendo transferidos para os queratinócitos através de um processo de secreção, denominado secreção citócrina (de célula para célula) Embora exista uma corrente que não concorda com esse processo e sim que os grãos de melanina saem dos melanócitos por , são depositados no liquido intersticial e capturados por receptores na membrana dos queratinócitos . Os grânulos de melanina permanecem no citoplasma dos queratinócitos e se depositam ao redor do núcleo onde realiza a proteção gênica dos mesmos. A superficie da epiderme não está em contato direto com o exterior, ela está recoberta por uma mistura complexa, a película cutânea de superficie. Encontram-se ai também microorganismos que constituem a flora cutânea. As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados. Os vasos sanguíneos da derme são responsáveis pela nutrição e oxigenação tanto das células dérmicas quanto das células epidérmicas. Nos mamíferos os vasos sanguíneos da derme desempenham um importante papel na manutenção da temperatura corporal. FIBROBLASTOS: GLICOSAMINOGLICANAS Sob a pele há uma camada de tecido conjuntivo frouxo – o tecido subcutâneo – rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas). A gordura armazenada no tecido subcutâneo constitui reserva de energia e atua como isolante térmico. Papel metabólico: reserva de energia e nutrientes Função plástica: modela a silhueta Proteção mecânica: pára-choque Termorregulação: a gordura é isolante Dra. Priscila Ranéia
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