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2020-1 INTRODUÇÃO AO SANEAMENTO E QUALIDADE DAS ÁGUAS

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Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
Profª: Me. Ana Cláudia O. Sérvulo
SANEAMENTO
 
 
Os processos de consumo de água geram vazões de 
devem ser coletadas e transportadas para locais afastados da comunidade de modo 
rápido e seguro, onde deverão passar por processos de depuração adequados antes de 
serem lançadas no seu destino final (FERNANDES, 1997). A drenagem pluvial, a 
coleta e o tratamento de resíduos sólidos, paralelamente à coleta e tratamento de 
efluentes, são práticas fundamentais para a preservação do bem estar de toda uma 
comunidade humana. Por definição, esse conjunto de serviços compõe o denominado 
Saneamento Básico. 
O destino final de qualquer efluente urbanoé o encaminhamento a um corpo 
hídrico. Em consequência desse lançamento surgem maus odores, sabor estranho na 
água potável, mortandade de peixes e outros impactos ambientais. A contaminação das 
águas de abastecimento é uma ameaça à saúde pública. Ainda, num determinado grau 
de contaminação, as águas podem se tornar impróprias também para o aproveitamento 
agrícola e industrial. Dessa forma, a finalidade do tratamento do efluente é manter os 
corpos hídricos livres de inconvenientes deste gênero (
A preocupação com a coleta de esgoto é relatada desde 
construção das primeiras galerias de esgotos pluviais (FERNANDES, 1997).A
construção da Cloaca Máxima de Roma 
sistema de esgoto planejado e implantado no mundo 
Todavia, devido às limitações
até mesmo ausência), a humanidade não se isentou de sofrer grandes epidemia
Somente no fim do século XIX surgiram os primeiros levantamentos e projetos voltados 
para o tratamento de esgotos 
No Brasil, em 1933 foi apresentado um estudo da situação de degradação das 
águas do Rio Tietê no estado de S
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
. Ana Cláudia O. Sérvulo 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
APRESENTAÇÃO 
Os processos de consumo de água geram vazões de efluente urbano(esgoto) 
devem ser coletadas e transportadas para locais afastados da comunidade de modo 
rápido e seguro, onde deverão passar por processos de depuração adequados antes de 
serem lançadas no seu destino final (FERNANDES, 1997). A drenagem pluvial, a 
ratamento de resíduos sólidos, paralelamente à coleta e tratamento de 
, são práticas fundamentais para a preservação do bem estar de toda uma 
Por definição, esse conjunto de serviços compõe o denominado 
destino final de qualquer efluente urbanoé o encaminhamento a um corpo 
cia desse lançamento surgem maus odores, sabor estranho na 
água potável, mortandade de peixes e outros impactos ambientais. A contaminação das 
o é uma ameaça à saúde pública. Ainda, num determinado grau 
de contaminação, as águas podem se tornar impróprias também para o aproveitamento 
agrícola e industrial. Dessa forma, a finalidade do tratamento do efluente é manter os 
nconvenientes deste gênero (IMHOFF e IMHOFF, 1985).
A preocupação com a coleta de esgoto é relatada desde 3750 a.C.
construção das primeiras galerias de esgotos pluviais (FERNANDES, 1997).A
da Cloaca Máxima de Roma (514 a.C) é referenciada como o primeiro 
sistema de esgoto planejado e implantado no mundo (TSUTIYA & SOBRINHO, 1999)
ões tecnológicase no conhecimento sobre a microbiologia
, a humanidade não se isentou de sofrer grandes epidemia
o fim do século XIX surgiram os primeiros levantamentos e projetos voltados 
para o tratamento de esgotos nos grandes centros urbanos (NUVOLARI et al., 2003)
No Brasil, em 1933 foi apresentado um estudo da situação de degradação das 
estado de São Paulo, com propostas mitigadoras e corretivas.
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 1 
E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
efluente urbano(esgoto) que 
devem ser coletadas e transportadas para locais afastados da comunidade de modo 
rápido e seguro, onde deverão passar por processos de depuração adequados antes de 
serem lançadas no seu destino final (FERNANDES, 1997). A drenagem pluvial, a 
ratamento de resíduos sólidos, paralelamente à coleta e tratamento de 
, são práticas fundamentais para a preservação do bem estar de toda uma 
Por definição, esse conjunto de serviços compõe o denominado 
destino final de qualquer efluente urbanoé o encaminhamento a um corpo 
cia desse lançamento surgem maus odores, sabor estranho na 
água potável, mortandade de peixes e outros impactos ambientais. A contaminação das 
o é uma ameaça à saúde pública. Ainda, num determinado grau 
de contaminação, as águas podem se tornar impróprias também para o aproveitamento 
agrícola e industrial. Dessa forma, a finalidade do tratamento do efluente é manter os 
e IMHOFF, 1985). 
3750 a.C. com a 
construção das primeiras galerias de esgotos pluviais (FERNANDES, 1997).A 
como o primeiro 
(TSUTIYA & SOBRINHO, 1999). 
conhecimento sobre a microbiologia (ou 
, a humanidade não se isentou de sofrer grandes epidemias. 
o fim do século XIX surgiram os primeiros levantamentos e projetos voltados 
(NUVOLARI et al., 2003). 
No Brasil, em 1933 foi apresentado um estudo da situação de degradação das 
ão Paulo, com propostas mitigadoras e corretivas. Em 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
nível nacional, porém, somente a partir da década de 70 é que se avançou 
expressivamente na área do saneamento.
Deve-se compreender que uma estação de tratame
um detalhe no extenso campo do planejamento do uso múltiplo da água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
somente a partir da década de 70 é que se avançou 
expressivamente na área do saneamento. 
se compreender que uma estação de tratamento de esgotos constitui apenas 
um detalhe no extenso campo do planejamento do uso múltiplo da água. 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 2 
somente a partir da década de 70 é que se avançou 
nto de esgotos constitui apenas 
um detalhe no extenso campo do planejamento do uso múltiplo da água. 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
1. SANEAMENTO BÁSICO
 
Saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que 
exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem 
seja, o saneamento se caracteriza como o conjunto de ações sócio econômicas que tem 
por objetivo alcançar Salubridade Ambiental.
 
Salubridade 
 
O Saneamento associa sistemas constituídos por uma infraestrutura física e 
estrutura educacional, legal e institucional, que abrange:
 
 Abastecimento de água de 
qualidade. 
 Acondicionamento, coleta, 
transporte e/ou destino final de 
resíduos sólidos. 
 
 Controle de vetores de doenças 
transmissíveis. 
 
 Saneamento e planejamento 
territorial 
 Controle da poluição 
ambiental. 
 
 
O Saneamento Básico
(abastecimento), esgoto (coleta, tratamento, disposição final)
tratamento, disposição final) 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
SANEAMENTO BÁSICO 
Saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que 
exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. Ou 
seja, o saneamento se caracteriza como o conjunto de ações sócio econômicas que tem 
por objetivo alcançar Salubridade Ambiental. 
Salubridade  requisitos adequados à saúde pública.
associa sistemas constituídos por uma infraestrutura física e 
estrutura educacional, legal e institucional, que abrange: 
Abastecimento de água de  Coleta, tratamento e disposição 
adequada do esgoto. 
Acondicionamento, coleta, 
destino final de 
 Coleta de águas pluviais, controle 
de empoçamento e inundações.
Controle de vetores de doenças  Saneamento de alimentos.
Saneamento e planejamento  Saneamento habitacional e 
comunitário. 
Controle da poluição 
Saneamento Básico é, todavia, restrito às questões que relacionadas à 
(coleta, tratamento, disposição final), resíduos sólidos
tratamento, disposição final) e águas pluviais (coleta, alagações e inundações).
SANEAMENTO E TRATAMENTODE RESÍDUOS 
 3 
Saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que 
estar físico, mental e social. Ou 
seja, o saneamento se caracteriza como o conjunto de ações sócio econômicas que tem 
requisitos adequados à saúde pública. 
associa sistemas constituídos por uma infraestrutura física e 
Coleta, tratamento e disposição 
Coleta de águas pluviais, controle 
de empoçamento e inundações. 
Saneamento de alimentos. 
Saneamento habitacional e 
restrito às questões que relacionadas à água 
resíduos sólidos(coleta, 
(coleta, alagações e inundações). 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
 
 
O uso do Saneamento como instrumento de promoção da saúde pressupõe a 
superação de entraves tecnológicos, políticos e gerenciais que têm dificultado a 
extensão dos seus benefícios aos residentes em áreas rurais, muni
pequeno porte (RIBEIRO & ROOKE, 2010). 
afetam a população mundial est
Com o desenvolvimento científico e tecnológico surgiram várias técnicas para 
resolver os problemas sanitários. Porém, 
ao crescimento da população e de suas demandas, acarretando em maior custo de 
implantação e manutenção da infraestrutura de serviços.
 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
O uso do Saneamento como instrumento de promoção da saúde pressupõe a 
superação de entraves tecnológicos, políticos e gerenciais que têm dificultado a 
extensão dos seus benefícios aos residentes em áreas rurais, municípios e localidades de 
pequeno porte (RIBEIRO & ROOKE, 2010). A maioria dos problemas sanitários que 
afetam a população mundial está intrinsecamente relacionada com o meio ambiente.
Com o desenvolvimento científico e tecnológico surgiram várias técnicas para 
resolver os problemas sanitários. Porém, a poluição ambiental ocorre proporcionalmente 
ao crescimento da população e de suas demandas, acarretando em maior custo de 
manutenção da infraestrutura de serviços. 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 4 
 
O uso do Saneamento como instrumento de promoção da saúde pressupõe a 
superação de entraves tecnológicos, políticos e gerenciais que têm dificultado a 
cípios e localidades de 
A maioria dos problemas sanitários que 
com o meio ambiente. 
Com o desenvolvimento científico e tecnológico surgiram várias técnicas para 
a poluição ambiental ocorre proporcionalmente 
ao crescimento da população e de suas demandas, acarretando em maior custo de 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
2. 
 
A água é uma substância com propriedades de solvente e capacidade de 
transporte de partículas, incorpora a si diversas impurezas, as quais definem a 
da água. Sua qualidade resulta de ações naturais e antrópicas, associadas ao uso e 
ocupação do solo da bacia hidrográfica em questão.
A qualidade existente da água nem sempre é a qualidade desejada para o uso 
previsto desta água. O estudo da qualidade da água é f
consequências de uma determinada atividade poluidora e para se estabelecer os meios 
para que se satisfaça determinado uso da água.
Figura 1. Exemplos de interrelação entre uso e ocupação do solo e agentes alteradores 
da qualidade da água. 
 
 
 
A água se movimenta de um meio para outro na Terra pelo processo chamado 
“Ciclo Hidrológico”. Este ciclo, de forma simplificada, distinguem
de transferência da água pela precipitação, escoamento 
evaporação e transpiração. 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
 QUALIDADE DA ÁGUA 
A água é uma substância com propriedades de solvente e capacidade de 
transporte de partículas, incorpora a si diversas impurezas, as quais definem a 
. Sua qualidade resulta de ações naturais e antrópicas, associadas ao uso e 
da bacia hidrográfica em questão. 
A qualidade existente da água nem sempre é a qualidade desejada para o uso 
previsto desta água. O estudo da qualidade da água é fundamental para caracterizar as 
consequências de uma determinada atividade poluidora e para se estabelecer os meios 
para que se satisfaça determinado uso da água. 
Figura 1. Exemplos de interrelação entre uso e ocupação do solo e agentes alteradores 
2.1 CICLOS DA ÁGUA 
A água se movimenta de um meio para outro na Terra pelo processo chamado 
“Ciclo Hidrológico”. Este ciclo, de forma simplificada, distinguem-se os mecanismos 
de transferência da água pela precipitação, escoamento superficial, infiltração, 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 5 
A água é uma substância com propriedades de solvente e capacidade de 
transporte de partículas, incorpora a si diversas impurezas, as quais definem a qualidade 
. Sua qualidade resulta de ações naturais e antrópicas, associadas ao uso e 
A qualidade existente da água nem sempre é a qualidade desejada para o uso 
undamental para caracterizar as 
consequências de uma determinada atividade poluidora e para se estabelecer os meios 
 
Figura 1. Exemplos de interrelação entre uso e ocupação do solo e agentes alteradores 
A água se movimenta de um meio para outro na Terra pelo processo chamado 
se os mecanismos 
superficial, infiltração, 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
O uso da água pelo homem estende
 
Abastecimento doméstico
Irrigação 
Aquicultura 
Recreação e lazer
Geração de energia elétrica
 
 
Os primeiros usos citados implicam a retirada de água das coleções hídricas, 
requerendo ou não um tratamento prévio da água. Os demais usos são desempenhados 
no próprio corpo hídrico. Deve
possuem usos múltiplos, requerendo a manutenção da qualidade da água suficiente para 
atender aos diversos níveis de exigências dos usos.
Dentro deste contexto surge o conceito de “
ciclo interno, em que a água permanece na sua forma líqu
características alteradas em virtude da sua utilização. Sobre este conceito, a água se 
apresenta como: 
 
Água bruta: Água retirada do lago ou lençol freático, possuindo determinada 
qualidade.
Água tratada: Submetida ao tratamento para 
previstos.
Água usada: Esgoto bruto. Qualidade alterada devido ao uso, constituindo
em um despejo líquido.
Esgoto tratado: Água usada submetida à remoção de principais poluentes, antes 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
O uso da água pelo homem estende-se por diversas atividades, tais como:
Abastecimento doméstico Abastecimento industrial
Dessedentação de animais
 Preservação de flora e 
fauna 
Recreação e lazer Harmonia paisagística 
Geração de energia elétrica Navegação 
Diluição de despejos 
Os primeiros usos citados implicam a retirada de água das coleções hídricas, 
requerendo ou não um tratamento prévio da água. Os demais usos são desempenhados 
no próprio corpo hídrico. Deve-se atentar ao fato de que diversos 
, requerendo a manutenção da qualidade da água suficiente para 
atender aos diversos níveis de exigências dos usos. 
Dentro deste contexto surge o conceito de “Ciclo do Uso da Água
ciclo interno, em que a água permanece na sua forma líquida, mas tem suas 
características alteradas em virtude da sua utilização. Sobre este conceito, a água se 
Água retirada do lago ou lençol freático, possuindo determinada 
qualidade. 
Submetida ao tratamento para adequação da qualidade aos usos 
previstos. 
Esgoto bruto. Qualidade alterada devido ao uso, constituindo
em um despejo líquido. 
Água usada submetida à remoção de principais poluentes, antes 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 6 
se por diversas atividades, tais como: 
Abastecimento industrial 
Dessedentação de animais 
Preservação de flora e 
Os primeiros usos citados implicam a retirada de água das coleções hídricas, 
requerendo ou não um tratamento prévio da água. Os demais usos são desempenhados 
se atentar ao fato de que diversos corpos hídricos 
, requerendo a manutenção da qualidade da água suficiente para 
Ciclo do Uso da Água”, referente ao 
ida, mas tem suas 
características alteradas em virtude da sua utilização. Sobre este conceito,a água se 
Água retirada do lago ou lençol freático, possuindo determinada 
adequação da qualidade aos usos 
Esgoto bruto. Qualidade alterada devido ao uso, constituindo-se 
Água usada submetida à remoção de principais poluentes, antes 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
do lançamento do corpo receptor.
Corpo receptor: O efluente do tratamento do esgoto atinge o corpo receptor, onde, 
face à diluição e mecanismos de autodepuração, altera novamente 
a qualidade da água.
Figura 2. Ciclo do uso da água.
 
 
2.2 IMPUREZAS
 
Do ponto de vista ambiental, o conceito de qualidade da água é muito mais 
amplo do que a simples caracterização da água pela fórmula molecular H
porque a água, devido às suas propriedades de solvente e à sua capacidade de 
transportar partículas, incor
qualidade. 
As impurezas encontradas na água podem ser de natureza física, química e 
biológica. As impurezas de natureza física associam
seja em suspensão, coloidal ou dis
se em orgânicas e inorgânicas. Por fim, as impurezas biológicas referem
presentes na água (vivos ou mortos) e englobam seres no reino animal, vegetal e 
protista. 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
do lançamento do corpo receptor. 
O efluente do tratamento do esgoto atinge o corpo receptor, onde, 
face à diluição e mecanismos de autodepuração, altera novamente 
a qualidade da água. 
Figura 2. Ciclo do uso da água. 
IMPUREZAS E PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
ponto de vista ambiental, o conceito de qualidade da água é muito mais 
amplo do que a simples caracterização da água pela fórmula molecular H
porque a água, devido às suas propriedades de solvente e à sua capacidade de 
transportar partículas, incorpora a si impurezas, as quais definem a sua própria 
As impurezas encontradas na água podem ser de natureza física, química e 
biológica. As impurezas de natureza física associam-se aos sólidos presentes na água, 
seja em suspensão, coloidal ou dissolvido. As impurezas de natureza química dividem
se em orgânicas e inorgânicas. Por fim, as impurezas biológicas referem
presentes na água (vivos ou mortos) e englobam seres no reino animal, vegetal e 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 7 
O efluente do tratamento do esgoto atinge o corpo receptor, onde, 
face à diluição e mecanismos de autodepuração, altera novamente 
 
E PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA 
ponto de vista ambiental, o conceito de qualidade da água é muito mais 
amplo do que a simples caracterização da água pela fórmula molecular H2O. Isso 
porque a água, devido às suas propriedades de solvente e à sua capacidade de 
pora a si impurezas, as quais definem a sua própria 
As impurezas encontradas na água podem ser de natureza física, química e 
se aos sólidos presentes na água, 
solvido. As impurezas de natureza química dividem-
se em orgânicas e inorgânicas. Por fim, as impurezas biológicas referem-se aos seres 
presentes na água (vivos ou mortos) e englobam seres no reino animal, vegetal e 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
Figura 2. Impurezas contidas
 
Em se tratando de organismos presentes na água, além dos animais e vegetais, os 
microorganismos (pertencentes ao reino protista) despertam interesse. Tais como 
bactérias, algas, fungos, protozoários, vírus e 
desempenham a estabilização da matéria orgânica, causam doenças, renovam o oxigênio 
nos corpos hídricos e no tratamento do esgoto, realizam o tratamento biológico e 
alimentam-se de outros microorganismos.
A qualidade da água é parametrizada em relação 
turbidez, sabor e odor, temperatura), químicos (
manganês, cloretos, nitrogênio, fósforo, oxigênio dissolvido, matéria orgânica, 
micropoluentes inorgânicos, micropoluentes orgânicos
Os requisitos generalizados de qualidade da água vão desde a isenção total de 
substâncias e organismos prejudiciais, estética agradável (abastecimento doméstico, 
dessedentação), baixo teor de sólidos
recreação, navegação), até mesmo nenhum requisito (diluição de dejetos).
 
 
 
 
Sólidos
Suspensos
Coloidais
Dissolvidos
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
Figura 2. Impurezas contidas na água (Fonte: VON SPERLING, 1996).
Em se tratando de organismos presentes na água, além dos animais e vegetais, os 
microorganismos (pertencentes ao reino protista) despertam interesse. Tais como 
bactérias, algas, fungos, protozoários, vírus e helmintos. Estes microorganismos são 
desempenham a estabilização da matéria orgânica, causam doenças, renovam o oxigênio 
nos corpos hídricos e no tratamento do esgoto, realizam o tratamento biológico e 
se de outros microorganismos. 
água é parametrizada em relação aos parâmetros físicos (
idez, sabor e odor, temperatura), químicos (pH, alcalinidade, acidez, dureza, ferro e 
manganês, cloretos, nitrogênio, fósforo, oxigênio dissolvido, matéria orgânica, 
os, micropoluentes orgânicos) e biológicos (coliformes
Os requisitos generalizados de qualidade da água vão desde a isenção total de 
substâncias e organismos prejudiciais, estética agradável (abastecimento doméstico, 
dessedentação), baixo teor de sólidos em suspensão ou de material grosseiro (irrigação, 
recreação, navegação), até mesmo nenhum requisito (diluição de dejetos).
Impurezas
Características 
físicas
Sólidos
Suspensos
Coloidais
Dissolvidos
Gases
Características 
químicas
Inorgânicos
Orgânicos
Características 
biológicas
Ser vivo
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 8 
 
na água (Fonte: VON SPERLING, 1996). 
Em se tratando de organismos presentes na água, além dos animais e vegetais, os 
microorganismos (pertencentes ao reino protista) despertam interesse. Tais como 
helmintos. Estes microorganismos são 
desempenham a estabilização da matéria orgânica, causam doenças, renovam o oxigênio 
nos corpos hídricos e no tratamento do esgoto, realizam o tratamento biológico e 
aos parâmetros físicos (cor, 
pH, alcalinidade, acidez, dureza, ferro e 
manganês, cloretos, nitrogênio, fósforo, oxigênio dissolvido, matéria orgânica, 
coliformes). 
Os requisitos generalizados de qualidade da água vão desde a isenção total de 
substâncias e organismos prejudiciais, estética agradável (abastecimento doméstico, 
em suspensão ou de material grosseiro (irrigação, 
recreação, navegação), até mesmo nenhum requisito (diluição de dejetos). 
Características 
biológicas
Ser vivo
Animais
Vegetais
Protistas
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
No que tange à qualidade da água e aos padrões de interesse, tem
 
Padrão de qualidade 
do corpo receptor 
CONAMA 
corpos de água
Padrão de lançamento 
no corpo receptor 
CONAMA 430 
efluentes no solo e em corpos hídricos.
“O lançamento de efluentes em corpos de água, com exceção 
daqueles enquad
as condições e padrões de qualidade de água estabelecidos 
para as respectivas classes, nas condições da vazão de 
referência ou volume disponível, além de atender outras 
exigências aplicáveis
Padrão de qualidade 
para uso 
Padrões estabelecidos por normativas e resoluções 
(CONAMA, IBAMA, MS, MAM, MAPA, entre outros) 
requeridos para uma determinada atividade.
2.3 DEMANDA
 
A matéria orgânica presente nos corpos d’água e nos 
característica importante, sendo a causadora do principal de poluição das águas: o 
consumo do oxigênio dissolvido (OD) pelos microorganismos nos seus processos 
metabólicos de uso e estabilização da matéria orgânica (VON SPERLING, 1996).
Há uma grande dificuldade na determinação dos diversos componentes da 
matéria orgânica no esgoto, em decorrência da multiplicidade de formas e compostos 
que ele pode apresentar. 
 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
No que tange à qualidade da água e aos padrões de interesse, tem
CONAMA 357 – Classificação e padrões de qualidade dos 
corpos de água. 
CONAMA 430 – Condições e padrões de lançamento de 
efluentes no solo e em corpos hídricos.O lançamento de efluentes em corpos de água, com exceção 
daqueles enquadrados na classe especial, não poderá exceder 
as condições e padrões de qualidade de água estabelecidos 
para as respectivas classes, nas condições da vazão de 
referência ou volume disponível, além de atender outras 
exigências aplicáveis”. 
Padrões estabelecidos por normativas e resoluções 
(CONAMA, IBAMA, MS, MAM, MAPA, entre outros) 
requeridos para uma determinada atividade. 
 
 
DEMANDAS BIOQUÍMICA E QUÍMICA DE OXIGÊNIO
A matéria orgânica presente nos corpos d’água e nos 
característica importante, sendo a causadora do principal de poluição das águas: o 
consumo do oxigênio dissolvido (OD) pelos microorganismos nos seus processos 
metabólicos de uso e estabilização da matéria orgânica (VON SPERLING, 1996).
a grande dificuldade na determinação dos diversos componentes da 
matéria orgânica no esgoto, em decorrência da multiplicidade de formas e compostos 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 9 
No que tange à qualidade da água e aos padrões de interesse, tem-se: 
ificação e padrões de qualidade dos 
Condições e padrões de lançamento de 
O lançamento de efluentes em corpos de água, com exceção 
rados na classe especial, não poderá exceder 
as condições e padrões de qualidade de água estabelecidos 
para as respectivas classes, nas condições da vazão de 
referência ou volume disponível, além de atender outras 
Padrões estabelecidos por normativas e resoluções 
(CONAMA, IBAMA, MS, MAM, MAPA, entre outros) 
DE OXIGÊNIO 
A matéria orgânica presente nos corpos d’água e nos esgotos é uma 
característica importante, sendo a causadora do principal de poluição das águas: o 
consumo do oxigênio dissolvido (OD) pelos microorganismos nos seus processos 
metabólicos de uso e estabilização da matéria orgânica (VON SPERLING, 1996). 
a grande dificuldade na determinação dos diversos componentes da 
matéria orgânica no esgoto, em decorrência da multiplicidade de formas e compostos 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
 
O conceito de Demanda Bioquímica de Oxigê
necessidade de se quantificar o teor da matéria orgânica biodegradável diluída, e é 
definido como a quantidade de oxigênio livre necessária para estabilizar 
bioquimicamente a matéria orgânica através da ação de bactérias 
parâmetro tradicionalmente mais utilizado.
As vantagens do teste da DBO, e ainda não igualadas por nenhum outro teste, 
são relacionadas ao fato de que se permite a indicação aproximada da fração 
biodegradável do esgoto, da taxa de degra
tempo, a determinação aproximada da quantidade de oxigênio requerido para a 
estabilização biológica da matéria orgânica presente. No entanto, o teste é limitado pelas 
interferências dos microorganismos presentes, 
de estabilização do consumo de oxigênio.
 
 
Os ensaios de determinação da DBO são realizados a temperatura de 20 °C e 
com a incubação da amostra durante 5 dias.
A DBO dos esgotos domést
esgoto consome aproximadamente 300 mg de oxigênio, em 5 dias, no processo de 
estabilização da matéria orgânica. Enquanto que a DBO dos esgotos industriais varia de 
acordo com o processo industrial. Da m
função do nível e do processo de tratamento a que ele é submetido.
 
Demanda Química de Oxigênio (DQO)
 
A Demanda Química de Oxigênio (DQO) representa a quantidade de oxigênio 
requerida para estabilizar quimicament
palavras, a DQO corresponde ao consumo de oxigênio ocorrido na oxidação da matéria 
orgânica. O teste de DQO tem como vantagem o tempo de realização (2 a 3 horas), 
indicação do oxigênio requerido para estabilização
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) 
O conceito de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) surgiu a partir da 
necessidade de se quantificar o teor da matéria orgânica biodegradável diluída, e é 
quantidade de oxigênio livre necessária para estabilizar 
bioquimicamente a matéria orgânica através da ação de bactérias aeróbias
parâmetro tradicionalmente mais utilizado. 
As vantagens do teste da DBO, e ainda não igualadas por nenhum outro teste, 
são relacionadas ao fato de que se permite a indicação aproximada da fração 
biodegradável do esgoto, da taxa de degradação, do consumo de oxigênio em função do 
tempo, a determinação aproximada da quantidade de oxigênio requerido para a 
estabilização biológica da matéria orgânica presente. No entanto, o teste é limitado pelas 
interferências dos microorganismos presentes, metais pesados e a variabilidade na taxa 
de estabilização do consumo de oxigênio. 
DBO  expresso em mg de O2 L
-1 
Os ensaios de determinação da DBO são realizados a temperatura de 20 °C e 
com a incubação da amostra durante 5 dias. 
A DBO dos esgotos domésticos está em torno de 300 mg L-1, ou seja, 1 litro de 
esgoto consome aproximadamente 300 mg de oxigênio, em 5 dias, no processo de 
estabilização da matéria orgânica. Enquanto que a DBO dos esgotos industriais varia de 
acordo com o processo industrial. Da mesma forma, a DBO efluente do tratamento é 
função do nível e do processo de tratamento a que ele é submetido. 
Demanda Química de Oxigênio (DQO) 
A Demanda Química de Oxigênio (DQO) representa a quantidade de oxigênio 
requerida para estabilizar quimicamente a matéria orgânica carbonácea. Em outras 
palavras, a DQO corresponde ao consumo de oxigênio ocorrido na oxidação da matéria 
orgânica. O teste de DQO tem como vantagem o tempo de realização (2 a 3 horas), 
indicação do oxigênio requerido para estabilização da matéria orgânica, o teste não é 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 10 
nio (DBO) surgiu a partir da 
necessidade de se quantificar o teor da matéria orgânica biodegradável diluída, e é 
quantidade de oxigênio livre necessária para estabilizar 
aeróbias. O DBO é o 
As vantagens do teste da DBO, e ainda não igualadas por nenhum outro teste, 
são relacionadas ao fato de que se permite a indicação aproximada da fração 
dação, do consumo de oxigênio em função do 
tempo, a determinação aproximada da quantidade de oxigênio requerido para a 
estabilização biológica da matéria orgânica presente. No entanto, o teste é limitado pelas 
metais pesados e a variabilidade na taxa 
Os ensaios de determinação da DBO são realizados a temperatura de 20 °C e 
, ou seja, 1 litro de 
esgoto consome aproximadamente 300 mg de oxigênio, em 5 dias, no processo de 
estabilização da matéria orgânica. Enquanto que a DBO dos esgotos industriais varia de 
esma forma, a DBO efluente do tratamento é 
A Demanda Química de Oxigênio (DQO) representa a quantidade de oxigênio 
e a matéria orgânica carbonácea. Em outras 
palavras, a DQO corresponde ao consumo de oxigênio ocorrido na oxidação da matéria 
orgânica. O teste de DQO tem como vantagem o tempo de realização (2 a 3 horas), 
da matéria orgânica, o teste não é 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
afetado pela nitrificação. Entretanto, o teste e DQO é limitado devido a oxidação da 
fração biodegradável e inerte do esgoto, não fornecer informações sobre a taxa de 
consumo da matéria orgânica ao longo do tempo, e pela
constituintes inorgânicos. 
 
 
 
Relação DQO/DBO
 
Relação DQO/DBO
para tratamento biológico. 
 
Relação DQO/DBO
biológico caso a fração inerte não for importante em termos de poluição; indicação de 
tratamento físico-químico caso a fração inerte seja importante em termos de poluição do 
corpo receptor. 
 
O efluente final do tratamento biológico possui valores de DQO/DBO 
usualmente superiores a 3,0.
 
 
2.4 POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
 
PoluiçãoConsiste na adição de substâncias ou de formas de energia que, 
direta ou indiretamente, alterem a natureza
prejudique os legítimos usos que dele são feitos.
 
A poluição e a contaminação dos recursos hídricos ocorrem em função da 
aglomeração humana ao longo da superfície terrestre onde a disponibilidade de águaé 
maior. Os cursos d’água são ao mesmo tempo a fonte para o abastecimento de água e o 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
afetado pela nitrificação. Entretanto, o teste e DQO é limitado devido a oxidação da 
fração biodegradável e inerte do esgoto, não fornecer informações sobre a taxa de 
consumo da matéria orgânica ao longo do tempo, e pela interferência de certos 
DQO  expresso em mg de O2 L
-1 
Relação DQO/DBO entre 1,7 e 2,4 (esgoto doméstico bruto). 
Relação DQO/DBO baixa  fração biodegradável elevada, provável indicação 
 
DQO/DBO alta  fração inerte elevada, indicação de tratamento 
biológico caso a fração inerte não for importante em termos de poluição; indicação de 
químico caso a fração inerte seja importante em termos de poluição do 
fluente final do tratamento biológico possui valores de DQO/DBO 
usualmente superiores a 3,0. 
POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
Consiste na adição de substâncias ou de formas de energia que, 
direta ou indiretamente, alterem a natureza do corpo d’água de tal forma que 
prejudique os legítimos usos que dele são feitos. 
contaminação dos recursos hídricos ocorrem em função da 
aglomeração humana ao longo da superfície terrestre onde a disponibilidade de água é 
maior. Os cursos d’água são ao mesmo tempo a fonte para o abastecimento de água e o 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 11 
afetado pela nitrificação. Entretanto, o teste e DQO é limitado devido a oxidação da 
fração biodegradável e inerte do esgoto, não fornecer informações sobre a taxa de 
interferência de certos 
 
fração biodegradável elevada, provável indicação 
fração inerte elevada, indicação de tratamento 
biológico caso a fração inerte não for importante em termos de poluição; indicação de 
químico caso a fração inerte seja importante em termos de poluição do 
fluente final do tratamento biológico possui valores de DQO/DBO 
POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 
Consiste na adição de substâncias ou de formas de energia que, 
do corpo d’água de tal forma que 
contaminação dos recursos hídricos ocorrem em função da 
aglomeração humana ao longo da superfície terrestre onde a disponibilidade de água é 
maior. Os cursos d’água são ao mesmo tempo a fonte para o abastecimento de água e o 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
veículo natural de escoamento d
agrícolas geradas pelo homem.
Existem dois aspectos fundamentais relacionados com o lançamento de esgotos 
e águas residuárias nos rios: a) 
da poluição; b) a proteção do manancial (bacteriológica da água) contra os efeitos da 
contaminação, causando inclusive problemas de saúde pública. Segundo BRANCO 
(1986) atualmente a única solução existente para a questão da poluição e contaminação 
é o tratamento do esgoto e das águas residuárias.
 
Efeitos da poluição e da contaminação dos recursos hídricos:
 
-Redução do padrão de qualidade da 
água. 
-Redução do poder de diluição e 
depuração do corpo hídrico.
-Limitação das atividades recreativas.
-Redução do potencial de assentamento 
urbano e industrial. 
 
A poluição e contaminação da água, 
alterações estéticas, deposição de lodo, adsorção de poluentes, favorecimento para 
ocorrência de patógenos e doenças
e mortandade da fauna e 
problemas com salinidade e permeabilidade do solo, e até mesmo a inibição de 
determinados tipos de tratamento de água.
Segundo AZEVEDO NETTO & ALVAREZ (1985) a construção de sistemas de 
esgotamento sanitário tem como principais
locais, proteger e conservar os recursos hídricos, coletar e afastar o esgoto de forma 
rápida e segura, eliminar focos de poluição e contaminação, melhorar o potencial 
produtivo humano, melhorar a saúde pública,
para o abastecimento público.
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
veículo natural de escoamento do esgoto doméstico e das águas residuárias industriais e 
agrícolas geradas pelo homem. 
Existem dois aspectos fundamentais relacionados com o lançamento de esgotos 
e águas residuárias nos rios: a) a proteção do manancial (fauna e flora) contra os efeitos 
; b) a proteção do manancial (bacteriológica da água) contra os efeitos da 
contaminação, causando inclusive problemas de saúde pública. Segundo BRANCO 
(1986) atualmente a única solução existente para a questão da poluição e contaminação 
ento do esgoto e das águas residuárias. 
Efeitos da poluição e da contaminação dos recursos hídricos:
Redução do padrão de qualidade da -Destruição da fauna e flora aquática.
Redução do poder de diluição e 
depuração do corpo hídrico. 
-Redução do potencial hidráulico.
Limitação das atividades recreativas. -Perigo para a saúde pública.
Redução do potencial de assentamento -Exigência de tratamento mais 
sofisticado e de custo mais elevado.
A poluição e contaminação da água, além das limitações de uso, trazem 
alterações estéticas, deposição de lodo, adsorção de poluentes, favorecimento para 
e doenças, consumo do oxigênio dissolvido, condições sépticas 
e aquática, desenvolvimento de algas, espumas, toxicidade, 
problemas com salinidade e permeabilidade do solo, e até mesmo a inibição de 
determinados tipos de tratamento de água. 
Segundo AZEVEDO NETTO & ALVAREZ (1985) a construção de sistemas de 
esgotamento sanitário tem como principais objetivos: melhorar as condições sanitárias 
locais, proteger e conservar os recursos hídricos, coletar e afastar o esgoto de forma 
rápida e segura, eliminar focos de poluição e contaminação, melhorar o potencial 
produtivo humano, melhorar a saúde pública, e reduzir custos com tratamento de água 
para o abastecimento público. 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 12 
o esgoto doméstico e das águas residuárias industriais e 
Existem dois aspectos fundamentais relacionados com o lançamento de esgotos 
ção do manancial (fauna e flora) contra os efeitos 
; b) a proteção do manancial (bacteriológica da água) contra os efeitos da 
contaminação, causando inclusive problemas de saúde pública. Segundo BRANCO 
(1986) atualmente a única solução existente para a questão da poluição e contaminação 
Efeitos da poluição e da contaminação dos recursos hídricos: 
Destruição da fauna e flora aquática. 
potencial hidráulico. 
Perigo para a saúde pública. 
Exigência de tratamento mais 
sofisticado e de custo mais elevado. 
além das limitações de uso, trazem 
alterações estéticas, deposição de lodo, adsorção de poluentes, favorecimento para 
, consumo do oxigênio dissolvido, condições sépticas 
algas, espumas, toxicidade, 
problemas com salinidade e permeabilidade do solo, e até mesmo a inibição de 
Segundo AZEVEDO NETTO & ALVAREZ (1985) a construção de sistemas de 
objetivos: melhorar as condições sanitárias 
locais, proteger e conservar os recursos hídricos, coletar e afastar o esgoto de forma 
rápida e segura, eliminar focos de poluição e contaminação, melhorar o potencial 
e reduzir custos com tratamento de água 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
 
 
Existem basicamente duas formas em que a fonte de poluentes pode atingir o 
corpo d’água: 
 
Poluição pontual Os poluentes atingem o corpo hídrico de forma concentrada
espaço. Ex: descarga de um emissário transportando esgoto de 
uma comunidade.
Poluição difusa Os poluentes adentram o corpo hídrico 
de parte da sua extensão. Ex: poluição veiculada pela 
pluvial.
 
A quantificação da carga poluidora é fundamental para avaliação dos impactos e 
eficácia das medidas de controle.
levantamento sanitário de uma bacia hidrográfica são:
 
 Dados físicos da bacia:
escoamento, variações climáticas, temperatura, evaporação;
 Comportamento hidráulico dos corpos d’água:
volumes de reservatórios, velocidades de escoamento, profundidade;
 Uso e ocupação do solo: 
distritos industriais;
 Caracterização sócio econômica:
econômico; 
 Usos múltiplos das águas
 Requisitos de qualidade para o corpo d’água
 Localização, quantificaçãoe tendência das principais fontes poluidoras
 Diagnóstico da situação atual da qualidade da água: 
química e bacteriológica.
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
Tipos de poluição 
Existem basicamente duas formas em que a fonte de poluentes pode atingir o 
Os poluentes atingem o corpo hídrico de forma concentrada
espaço. Ex: descarga de um emissário transportando esgoto de 
uma comunidade. 
Os poluentes adentram o corpo hídrico distribuindo
de parte da sua extensão. Ex: poluição veiculada pela 
pluvial. 
carga poluidora é fundamental para avaliação dos impactos e 
eficácia das medidas de controle. As informações típicas a serem obtidas em um 
levantamento sanitário de uma bacia hidrográfica são: 
Dados físicos da bacia: geologia, precipitação pluviométrica e
escoamento, variações climáticas, temperatura, evaporação;
Comportamento hidráulico dos corpos d’água: vazões (máx, méd, mín), 
volumes de reservatórios, velocidades de escoamento, profundidade;
Uso e ocupação do solo: tipos, densidades, perspectivas de cr
distritos industriais; 
Caracterização sócio econômica: demografia, desenvolvimento 
 
Usos múltiplos das águas; 
Requisitos de qualidade para o corpo d’água; 
Localização, quantificação e tendência das principais fontes poluidoras
Diagnóstico da situação atual da qualidade da água: 
química e bacteriológica. 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 13 
Existem basicamente duas formas em que a fonte de poluentes pode atingir o 
Os poluentes atingem o corpo hídrico de forma concentrada no 
espaço. Ex: descarga de um emissário transportando esgoto de 
distribuindo-se ao longo 
de parte da sua extensão. Ex: poluição veiculada pela drenagem 
carga poluidora é fundamental para avaliação dos impactos e 
As informações típicas a serem obtidas em um 
geologia, precipitação pluviométrica e 
escoamento, variações climáticas, temperatura, evaporação; 
vazões (máx, méd, mín), 
volumes de reservatórios, velocidades de escoamento, profundidade; 
tipos, densidades, perspectivas de crescimento, 
demografia, desenvolvimento 
Localização, quantificação e tendência das principais fontes poluidoras; 
Diagnóstico da situação atual da qualidade da água: análise física 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
3. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
 
O suprimento de água a um centro habitado tem influência decisiva sobre:
 Controle e prevenção de doenças;
 Práticas que promovem o 
práticas esportivas/recreativas);
 Estabelecimento de dispositivos de conforto e segurança coletiva 
(combate a incêndios, climatização);
 Desenvolvimento industrial e conseqüente elevação do padrão de vida.
 
À medida que se aperfeiçoam os serviços de abastecimento de água e o sistema 
de esgotos de uma comunidade, diminui sensivelmente a incidência de doenças 
veiculadas pela água (cólera, disenteria, febre tifóide, amebíase, esquistossomose, 
hepatite infecciosa, cáries e outras infecções).
 
 
A questão da água tem ocupado papel central nas mesas de discussões em 
função da qualidade e/ou quantidade, notadamente em função da “crise” gerada pelo
períodos de baixa disponibilidade hídrica
setores usuários e expõe problemas 
falta de planejamento e gestão dos usos. 
Entre as estruturas e sistemas de gestão com responsabilidades sobre as questões 
ligadas às águas, destacam-
Recursos Hídricos, sistemas distintos, mas que de forma integrada, são responsáveis de 
forma geral por organizar, planejar, regular, controlar e fiscalizar esses usos e 
interferências. 
Gestão Ambiental:
utilizar os recursos naturais de maneira racional e sustentável.
Gestão dos Recursos Hídricos:
regular o uso, controle e preserva
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
O suprimento de água a um centro habitado tem influência decisiva sobre:
Controle e prevenção de doenças; 
Práticas que promovem o aprimoramento da saúde (higiene, limpeza e 
práticas esportivas/recreativas); 
Estabelecimento de dispositivos de conforto e segurança coletiva 
(combate a incêndios, climatização); 
Desenvolvimento industrial e conseqüente elevação do padrão de vida.
a que se aperfeiçoam os serviços de abastecimento de água e o sistema 
de esgotos de uma comunidade, diminui sensivelmente a incidência de doenças 
veiculadas pela água (cólera, disenteria, febre tifóide, amebíase, esquistossomose, 
s e outras infecções). 
3.1 GESTÃO DAS ÁGUAS 
A questão da água tem ocupado papel central nas mesas de discussões em 
ou quantidade, notadamente em função da “crise” gerada pelo
de baixa disponibilidade hídrica. A crise hídrica promove 
problemas associados às condições ambientais das bacias e a 
falta de planejamento e gestão dos usos. 
Entre as estruturas e sistemas de gestão com responsabilidades sobre as questões 
-se o Sistema de Gestão Ambiental e o Sistema de Gestão de 
Recursos Hídricos, sistemas distintos, mas que de forma integrada, são responsáveis de 
forma geral por organizar, planejar, regular, controlar e fiscalizar esses usos e 
Gestão Ambiental: exercício de atividades econômicas e sociais de forma a 
utilizar os recursos naturais de maneira racional e sustentável. 
Gestão dos Recursos Hídricos: conjunto de ações governamentais destinado a 
regular o uso, controle e preservação da água. 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 14 
 
O suprimento de água a um centro habitado tem influência decisiva sobre: 
aprimoramento da saúde (higiene, limpeza e 
Estabelecimento de dispositivos de conforto e segurança coletiva 
Desenvolvimento industrial e conseqüente elevação do padrão de vida. 
a que se aperfeiçoam os serviços de abastecimento de água e o sistema 
de esgotos de uma comunidade, diminui sensivelmente a incidência de doenças 
veiculadas pela água (cólera, disenteria, febre tifóide, amebíase, esquistossomose, 
A questão da água tem ocupado papel central nas mesas de discussões em 
ou quantidade, notadamente em função da “crise” gerada pelos 
. A crise hídrica promove conflitos entre 
condições ambientais das bacias e a 
Entre as estruturas e sistemas de gestão com responsabilidades sobre as questões 
se o Sistema de Gestão Ambiental e o Sistema de Gestão de 
Recursos Hídricos, sistemas distintos, mas que de forma integrada, são responsáveis de 
forma geral por organizar, planejar, regular, controlar e fiscalizar esses usos e 
rcício de atividades econômicas e sociais de forma a 
conjunto de ações governamentais destinado a 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
 
3.2 SETORES BÁSICOS DE ATIVIDADES HUMANAS
 
o Abastecimento público, captação e diluição de efluentes urbanos;
o Indústria e mineração, captação e diluição de efluentes industriais;
o Irrigação e uso agropecuário;
o Geração de hidroeletricidade;
o Transporte hidroviário; e
o Pesca, turismo, lazer e outros usos não consuntivos.
 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
SETORES BÁSICOS DE ATIVIDADES HUMANAS
Abastecimento público, captação e diluição de efluentes urbanos;
Indústria e mineração, captação e diluição de efluentes industriais;
Irrigação e uso agropecuário; 
Geração de hidroeletricidade; 
Transporte hidroviário; e 
Pesca, turismo, lazer e outros usos não consuntivos. 
3.3 EM GOIÁS 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 15 
SETORES BÁSICOS DE ATIVIDADES HUMANAS 
Abastecimento público, captação e diluição de efluentes urbanos; 
Indústria e mineração, captação e diluição de efluentes industriais; 
 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
SITUAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM 
 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
SITUAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM GOIÁS - 
 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 16 
 2012 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
SITUAÇÃO DA COLETA E DO TRATAMENTO DE EFLUENTES EM GOIÁS 
2012 
Segundo o levantamento do SistemaNacional de Informações sobre Saneamento 
(SNIS) para o ano de 2016, todos os municípios do estado de Goiás possuem 
abastecimento de água na zona urbana
disponível para 79% da população
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
SITUAÇÃO DA COLETA E DO TRATAMENTO DE EFLUENTES EM GOIÁS 
 
Segundo o levantamento do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 
(SNIS) para o ano de 2016, todos os municípios do estado de Goiás possuem 
na zona urbana. O serviço de esgotamento sanitário está 
79% da população. 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 17 
SITUAÇÃO DA COLETA E DO TRATAMENTO DE EFLUENTES EM GOIÁS -
Segundo o levantamento do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 
(SNIS) para o ano de 2016, todos os municípios do estado de Goiás possuem 
serviço de esgotamento sanitário está 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
 
Fonte: Diagnóstico 
Cidades. 
 
 
3.4 ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D’ÁGUA
 
Consiste em um dos 5 (cinco) instrumen
Recursos Hídricos (Plano de recursos hídricos, Outorga, Enquadramento dos corpos d’ 
água, Cobrança pelo uso e Sistema de informações). O Enquadramento dos corpos 
d’água é estabelecido em função do nível de qualidade (c
mantido em um segmento de corpo d’água ao longo do tempo, e estabelece metas de 
qualidade das águas e prazos a serem cumpridos.
Metas gerais:
 Assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes 
a que forem destinadas e diminuir os custos de combate à poluição das águas, 
mediante ações preventivas permanentes.
 
Os usos da água numa Bacia são coordenados e acompanhados pelo Comitê 
Bacia Hidrográfica. O comitê é responsável por deliberar, propor e consultar questões e 
problemas relacionados a todos os usos de recursos hídricos da bacia. Dentre as 
atribuições, tem-se a proposição do Enquadramento dos corpos d’água.
Simples desinfecção
Tratada em ETA(s)
Total de abastecimento
E
sg
ot
o
Á
gu
a 
de
 
ab
as
te
ci
m
en
to
Volumes de água e esgoto 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
Fonte: Diagnóstico anual dos serviços de água e esgotos - 2016
ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D’ÁGUA 
Consiste em um dos 5 (cinco) instrumentos definidos em lei para a Gestão de 
Recursos Hídricos (Plano de recursos hídricos, Outorga, Enquadramento dos corpos d’ 
água, Cobrança pelo uso e Sistema de informações). O Enquadramento dos corpos 
d’água é estabelecido em função do nível de qualidade (classe) a ser alcançado ou 
mantido em um segmento de corpo d’água ao longo do tempo, e estabelece metas de 
qualidade das águas e prazos a serem cumpridos. 
Metas gerais: 
Assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes 
a que forem destinadas e diminuir os custos de combate à poluição das águas, 
mediante ações preventivas permanentes. 
Os usos da água numa Bacia são coordenados e acompanhados pelo Comitê 
Bacia Hidrográfica. O comitê é responsável por deliberar, propor e consultar questões e 
problemas relacionados a todos os usos de recursos hídricos da bacia. Dentre as 
se a proposição do Enquadramento dos corpos d’água. 
0 150.000.000 300.000.000
Tratado
Coletado
Outros
Simples desinfecção
Fluoretada
Tratada em ETA(s)
Total de abastecimento
m3
Volumes de água e esgoto - GO
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 18 
 
2016. Ministério das 
 
tos definidos em lei para a Gestão de 
Recursos Hídricos (Plano de recursos hídricos, Outorga, Enquadramento dos corpos d’ 
água, Cobrança pelo uso e Sistema de informações). O Enquadramento dos corpos 
lasse) a ser alcançado ou 
mantido em um segmento de corpo d’água ao longo do tempo, e estabelece metas de 
Assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes 
a que forem destinadas e diminuir os custos de combate à poluição das águas, 
Os usos da água numa Bacia são coordenados e acompanhados pelo Comitê de 
Bacia Hidrográfica. O comitê é responsável por deliberar, propor e consultar questões e 
problemas relacionados a todos os usos de recursos hídricos da bacia. Dentre as 
 
300.000.000 450.000.000
GO
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
Dentre os principais problemas para a implantação do enquadramento, 
destacam-se a falta de capacidade técnica, de metodologia e de ações de gestão. Até o 
ano de 2014, somente três estados em todo o país realizaram o enquadramento dos 
corpos d’água de seu domínio, baseando
(substituída pela nº 357/05); enquanto que outros três estados fizeram o enquadramento 
conforme a Portaria do Ministério do Interior nº13/76 (substituída pela CONAMA nº 
20/86); enquanto que os demais estados não ha
Obviamente, para promover tal ação, são necessários recursos financeiros e 
técnicos, bem como a definição da rede de monitoramento.
 
Definição 
Água doce 
Água salobra 
Água salina 
 
Classe 
Especial - Abastecimento para consumo humano, com desinfecção
- Preservação ao equilíbrio natural das comunidades aquáticas
- Preservação dos ambientes aquáticos
1 - Abastecimento para consumo humano, com tratamento simplificado
- Proteção das comunidades aquáticas
- Recreação de contato primário (natação, esqui aquático, mergulho)
2 - Abastecimento para consumo humano, com tratamento simplificado
- Proteção das co
- Recreação de contato primário (natação, esqui aquático, mergulho)
- Irrigação de hortaliças, frutíferas, parques, jardins, etc.
- Aquicultura e pesca
3 - Abastecimento para consumo humano, com tratamento convencional ou 
avançado 
- Irrigação de arbóreas, cerealíferas e forrageiras.
- Pesca amadora
- Recreação de contato secundário
- Dessedentação de animais
4 - Navegação 
- Harmonia paisagística
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
pais problemas para a implantação do enquadramento, 
se a falta de capacidade técnica, de metodologia e de ações de gestão. Até o 
ano de 2014, somente três estados em todo o país realizaram o enquadramento dos 
corpos d’água de seu domínio, baseando-se na obsoleta Resolução CONAMA nº 20/86 
(substituída pela nº 357/05); enquanto que outros três estados fizeram o enquadramento 
conforme a Portaria do Ministério do Interior nº13/76 (substituída pela CONAMA nº 
20/86); enquanto que os demais estados não haviam realizado tal enquadramento.
Obviamente, para promover tal ação, são necessários recursos financeiros e 
técnicos, bem como a definição da rede de monitoramento. 
Salinidade 
Igual ou inferior a 0,5% 
Superior a 0,5% e inferior a 30% 
Salinidade superior a 30% 
Classes de águas 
Destinação 
Abastecimento para consumo humano, com desinfecção 
Preservação ao equilíbrio natural das comunidades aquáticas
Preservação dos ambientes aquáticos 
Abastecimento para consumo humano, com tratamento simplificado
Proteção das comunidades aquáticas 
Recreação de contato primário (natação, esqui aquático, mergulho)
Abastecimento para consumo humano, com tratamento simplificado
Proteção das comunidades aquáticas 
Recreação de contato primário (natação, esqui aquático, mergulho)
Irrigação de hortaliças, frutíferas, parques, jardins, etc. 
Aquicultura e pesca 
Abastecimento para consumo humano, com tratamento convencional ou 
rigação de arbóreas, cerealíferas e forrageiras. 
Pesca amadora 
Recreação de contato secundário 
Dessedentação de animais 
Harmonia paisagística 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 19 
pais problemas para a implantação do enquadramento, 
se a falta de capacidade técnica, de metodologia e de ações de gestão. Até o 
ano de 2014, somente três estados em todo o país realizaram o enquadramento dos 
se na obsoleta Resolução CONAMA nº 20/86 
(substituída pela nº 357/05); enquanto que outros três estados fizeram o enquadramento 
conforme a Portaria do Ministério do Interior nº13/76 (substituída pela CONAMA nº 
viam realizado tal enquadramento. 
Obviamente, para promover tal ação, são necessários recursos financeiros e 
Preservação ao equilíbrio natural das comunidadesaquáticas 
Abastecimento para consumo humano, com tratamento simplificado 
Recreação de contato primário (natação, esqui aquático, mergulho) 
Abastecimento para consumo humano, com tratamento simplificado 
Recreação de contato primário (natação, esqui aquático, mergulho) 
Abastecimento para consumo humano, com tratamento convencional ou 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
 
O volume de água necessário para atender às necessidades humanas de 
alimentação, higiene e outras, é funç
 
Diferentes usos de água de acordo com a atividade
Domicílio 
Público 
 
Consumo médio diário de água por pessoa
População (nº de habitantes)
Até 6.000 
De 6.000 a 30.000
De 30.000 a 100.000
Acima de 100.000
 
 
Fatores que influenciam o 
 
Tamanho da cidade 
 
Atividade principal 
(residencial  menor consumo
industrial  maior consumo)
 
Hábitos sócio econômicos 
 
Pressão na rede de distribuição
(alimentação direta de pontos via rede 
pública de abastecimento 
consumo devido a maior pressão)
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
3.5 QUANTIDADE DE ÁGUA 
O volume de água necessário para atender às necessidades humanas de 
alimentação, higiene e outras, é função de aspectos tais como: 
Diferentes usos de água de acordo com a atividade
Comércio Hospital
Industrial Segurança
Consumo médio diário de água por pessoa 
População (nº de habitantes) Consumo (L.hab
 100 a 150 
De 6.000 a 30.000 150 a 200 
De 30.000 a 100.000 200 a 250 
Acima de 100.000 250 a 300 
Fatores que influenciam o consumo de água em uma cidade
 
menor consumo 
maior consumo) 
Clima 
(clima quente e seco  maior consumo
clima frio e úmido  menor consumo)
 Qualidade da água 
Pressão na rede de distribuição 
(alimentação direta de pontos via rede 
pública de abastecimento  maior 
consumo devido a maior pressão) 
População 
(maior população  maior demanda 
industrial, comercial, infraestrutura 
pública) 
 
 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 20 
O volume de água necessário para atender às necessidades humanas de 
Diferentes usos de água de acordo com a atividade 
Hospital 
Segurança 
(L.hab-1.d-1) 
 
 
 
 
onsumo de água em uma cidade 
maior consumo 
menor consumo) 
maior demanda 
industrial, comercial, infraestrutura 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
DINÂMICA: Discussão em sala de
Interprete os parâmetros 
físico-químicos apresentados 
na Tabela a seguir e justifique 
os maiores valores de Ca, Mg, 
Na, N-total, P-total, Dureza 
total, HCO3, DBO, DQO e 
CT. 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
ATIVIDADES 
DINÂMICA: Discussão em sala de aula. 
Interprete os parâmetros 
químicos apresentados 
na Tabela a seguir e justifique 
os maiores valores de Ca, Mg, 
total, Dureza 
, DBO, DQO e 
Tabela. Características físico-químicas médias de 
efluente de esgoto doméstico tratado (EET) e de água 
do poço artesiano (AP). 
Fonte: RIBEIRO et al., 2012. RBEAA, v 16, n.6, p. 
639-646. 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 21 
químicas médias de 
co tratado (EET) e de água 
 
Fonte: RIBEIRO et al., 2012. RBEAA, v 16, n.6, p. 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
4.
 
Os sistemas de medição constituem um instrumento indispensável às 
companhias públicas de abastecimento de água, pois além de proporcionar o 
conhecimento das diversas variáveis envolvidas nos processos, subsidia a definição das 
melhores formas de operação dos 
A medição é essencial para que o saneamento se processe com qualidade 
requerida legalmente, a custo compatível, sendo utilizada como um importante 
parâmetro no dimensionamento da unidade de tratamento de esgoto e na tomada
decisão do tratamento do efluente.
Segundo a NBR 12209 (ABNT, 1992), deve ser previsto pelo menos o 
dispositivo e medição da vazão afluente à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). 
Os sistemas de medição se classificam em Micromedição e Macromedição.
 
Micromedição quantificação do consumo no ponto de abastecimento de um 
determinado usuário, independente de sua categoria ou faixa de consumo, basicamente 
compreende a medida periódica do consumo em hidrômetros.
Macromedição 
abastecimento de água, desde a captação bruta até as extremidades da rede de 
distribuição, como por exemplo, as medições na entrada de setores de distribuição ou 
recebimento. 
 
Em se tratando de saneamento, a macromedição é mais 
utilizada. 
 
Ao chegar à Estação de Tratamento de Esgoto, a água tem 
acesso a um vertedor, onde, por meio da altura da l
possível medir a vazão. 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
4. MEDIÇÕES DE VAZÃO 
sistemas de medição constituem um instrumento indispensável às 
companhias públicas de abastecimento de água, pois além de proporcionar o 
conhecimento das diversas variáveis envolvidas nos processos, subsidia a definição das 
melhores formas de operação dos sistemas (GOMES e BEZERRA, 2009).
A medição é essencial para que o saneamento se processe com qualidade 
requerida legalmente, a custo compatível, sendo utilizada como um importante 
parâmetro no dimensionamento da unidade de tratamento de esgoto e na tomada
decisão do tratamento do efluente. 
Segundo a NBR 12209 (ABNT, 1992), deve ser previsto pelo menos o 
dispositivo e medição da vazão afluente à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). 
Os sistemas de medição se classificam em Micromedição e Macromedição.
quantificação do consumo no ponto de abastecimento de um 
determinado usuário, independente de sua categoria ou faixa de consumo, basicamente 
compreende a medida periódica do consumo em hidrômetros. 
 conjunto de medições realizado nos sistemas de 
abastecimento de água, desde a captação bruta até as extremidades da rede de 
distribuição, como por exemplo, as medições na entrada de setores de distribuição ou 
Em se tratando de saneamento, a macromedição é mais 
Ao chegar à Estação de Tratamento de Esgoto, a água tem 
acesso a um vertedor, onde, por meio da altura da lâmina d’água, é 
 
Como medir: frequência? 
utilizar?Qual procedimento 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 22 
 
sistemas de medição constituem um instrumento indispensável às 
companhias públicas de abastecimento de água, pois além de proporcionar o 
conhecimento das diversas variáveis envolvidas nos processos, subsidia a definição das 
sistemas (GOMES e BEZERRA, 2009). 
A medição é essencial para que o saneamento se processe com qualidade 
requerida legalmente, a custo compatível, sendo utilizada como um importante 
parâmetro no dimensionamento da unidade de tratamento de esgoto e na tomada de 
Segundo a NBR 12209 (ABNT, 1992), deve ser previsto pelo menos o 
dispositivo e medição da vazão afluente à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). 
Os sistemas de medição se classificam em Micromedição e Macromedição. 
quantificação do consumo no ponto de abastecimento de um 
determinado usuário, independente de sua categoria ou faixa de consumo, basicamente 
o nos sistemas de 
abastecimento de água, desde a captação bruta até as extremidades da rede de 
distribuição, como por exemplo, as medições na entrada de setores de distribuição ou 
Porque medir? 
O que medir? 
Como medir: frequência? 
Quais equipamentos 
utilizar?Qual procedimento 
operacional aplicar? 
Qual modelo de análise? 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
4.1 MEDIDORES DE VAZÃO
 
Figura 1. Tecnologias de medição de vazão, com destaque em cinza para os 
medidores utilizados na indústria da água e saneamento básico.
 
Vazão  quantidade de matéria que atravessa uma dada seção transversal no 
tempo. 
 
MEDIDOR
VOLUMÉTRIC
INSTANTÂNEA
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
MEDIDORES DE VAZÃO 
Figura 1. Tecnologias de medição de vazão, com destaque em cinza para os 
medidores utilizados na indústria da água e saneamento básico. 
quantidade de matériaque atravessa uma dada seção transversal no 
T
Vol
tempo
volume
Q  
AVáreavelocidadeQ  
VOLUMÉTRIC
O
Indústria do 
petróleo e 
derivados
VAZÃO 
INSTANTÂNEA
Força
Vórtice
Térmico
Diferencial de 
pressão
Área variável
Velocidade
Coriollis
A precisão do medidor de 
vazão depende diretamente 
da precisão com a qual se 
determina volume, tempo, 
velocidade e área.
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 23 
 
Figura 1. Tecnologias de medição de vazão, com destaque em cinza para os 
quantidade de matéria que atravessa uma dada seção transversal no 
Resistência linear
Tubo de Pitot
Placa de orifício
Tubo de Venturi
Bocal
Tubo multifuros
Turbina
Eletromagnético
Ultrassônico
A precisão do medidor de 
vazão depende diretamente 
da precisão com a qual se 
determina volume, tempo, 
velocidade e área. 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
Os medidores possuem dois elementos distintos:
Elemento primário
transformar a vazão em outra grandeza física mensurável).
 Elemento secundário (dispositivo que transforma a grandeza física obtida 
numa informação adequada).
 
a) Medidor velocimétrico:
Equipamento capaz de perceber a vazão em termos de velocidade, por meio de 
hélices e engrenagens. Expressa a velocidade em pulsos no tempo. Ex: Turbinas, 
Woltman, molinete. 
 
b) Medidor deprimogêneo: 
Equipamento capaz de perceber a vazão em termo de diferencial de 
diferencial é associado à velocidade segundo a equação de Bernoulli. Ex: Tubo de Pitot, 
Tubo de Venturi, placa de orifício.
 
c) Medidor eletrônico:
Equipamento que converte a vazão em impulsos elétricos. Ex: Medidor 
magnético, ultrassônico, vórt
 
d) Medidor volumétrico:
Equipamento no qual a vazão é determinada pelo número de vezes em que é 
preenchida uma câmara de volume conhecido.
 
e) Medidor de canal aberto:
Equipamento que relaciona a vazão com o ressalto hidráulico (perda de energia), 
expresso em altura de coluna de água. Ex: calha Parshal, vertedores.
 
Os Quadros 2 e 3 apresentam orientações na escolha dos métodos de medição 
(ABNT, 1995): 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
Os medidores possuem dois elementos distintos: 
primário (dispositivo em contato direto com o fluido, capaz de 
transformar a vazão em outra grandeza física mensurável). 
Elemento secundário (dispositivo que transforma a grandeza física obtida 
numa informação adequada). 
Medidor velocimétrico: 
to capaz de perceber a vazão em termos de velocidade, por meio de 
hélices e engrenagens. Expressa a velocidade em pulsos no tempo. Ex: Turbinas, 
Medidor deprimogêneo: 
Equipamento capaz de perceber a vazão em termo de diferencial de 
diferencial é associado à velocidade segundo a equação de Bernoulli. Ex: Tubo de Pitot, 
Tubo de Venturi, placa de orifício. 
Medidor eletrônico: 
Equipamento que converte a vazão em impulsos elétricos. Ex: Medidor 
magnético, ultrassônico, vórtice. 
Medidor volumétrico: 
Equipamento no qual a vazão é determinada pelo número de vezes em que é 
preenchida uma câmara de volume conhecido. 
Medidor de canal aberto: 
Equipamento que relaciona a vazão com o ressalto hidráulico (perda de energia), 
em altura de coluna de água. Ex: calha Parshal, vertedores. 
Os Quadros 2 e 3 apresentam orientações na escolha dos métodos de medição 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 24 
(dispositivo em contato direto com o fluido, capaz de 
Elemento secundário (dispositivo que transforma a grandeza física obtida 
to capaz de perceber a vazão em termos de velocidade, por meio de 
hélices e engrenagens. Expressa a velocidade em pulsos no tempo. Ex: Turbinas, 
Equipamento capaz de perceber a vazão em termo de diferencial de pressão. Este 
diferencial é associado à velocidade segundo a equação de Bernoulli. Ex: Tubo de Pitot, 
Equipamento que converte a vazão em impulsos elétricos. Ex: Medidor 
Equipamento no qual a vazão é determinada pelo número de vezes em que é 
Equipamento que relaciona a vazão com o ressalto hidráulico (perda de energia), 
Os Quadros 2 e 3 apresentam orientações na escolha dos métodos de medição 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
Quadro 2. Vazão esperada e métodos recomendados para escoamento livre.
Métodos 
Até 1
Volumétrico X 
Flutuador X 
Vertedor triangular 
Vertedor retangular 
Calha Parshall X 
Molinete 
Traçadores X 
Ultrassônico 
Eletromagnético 
Calha Palmer-Bowlus 
 
Quadro 3. Principais vantagens e desvantagens dos métodos de medição.
M
ét
od
os
 
E
rr
o 
(%
) 
Volumétrico ≤ 2 
Vertedor ≤ 3 
Calha Parshall ≤ 3 
Molinete ≤ 5 
Flutuador ≤ 20 
Orifícios, bocais e tubos 
curtos 
Traçadores ≤ 5 
Ultrassônico 2 – 5 
Eletromagnético 
2 – 
5 
Tubos horizontais ≤ 3 
Calha Palmer-Bowlus ≤ 3 
 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
Quadro 2. Vazão esperada e métodos recomendados para escoamento livre.
Vazão (L s-1) 
Até 1 1 a 5 5 a 30 30 a 300 300 a 
1000 
 X 
 X X X X 
 X X X 
 X X X 
 X X X X 
 X X 
 X X X X 
 X X 
 X X 
 X X X X 
Quadro 3. Principais vantagens e desvantagens dos métodos de medição.
Itens 
C
us
to
 
O
pe
ra
çã
o 
T
ip
o 
de
 
m
ed
iç
ão
 
In
te
rf
er
en
t
es
 n
a 
op
er
aç
ão
 
baixo Simples Descontínuo Não 
baixo Simples Descontínuo Sim 
médio Simples Descontínuo Não 
alto Especializada Descontínuo Sim 
baixo Simples Descontínuo Sim 
baixo Simples Descontínuo Sim 
variável Especializada Descontínuo Sim 
alto Especializada Descontínuo Sim 
alto Especializada Descontínuo Sim 
baixo Simples Descontínuo Sim 
médio Simples Descontínuo Não 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 25 
Quadro 2. Vazão esperada e métodos recomendados para escoamento livre. 
1000 a 
5000 
Acima 
de 5000 
 
X X 
 
 
X X 
X X 
X 
X X 
X X 
X X 
Quadro 3. Principais vantagens e desvantagens dos métodos de medição. 
op
er
aç
ão
 
C
al
ib
ra
çã
o 
pe
ri
ód
ic
a 
T
ip
o 
de
 
va
zã
o 
m
ed
id
a 
Não Média 
Não Instantânea 
Não Instantânea 
Sim Média 
Não Média 
Sim Instantânea 
Sim Média 
Sim Média 
Sim Média 
Sim Instantânea 
Não Instantânea 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
CALHA PARSHALL
 
As calhas são estruturas hidráulicas de medição de vazão em canais abertos. Sua 
operação se dá a partir de contrações laterais e/ou elevações de fundo, formando 
propositalmente ondas de refluxo. Devido à esta última característica, as calha
são eficientes misturadores de soluções químicas nas estações de tratamento.
A calha Parshall foi desenvolvida pelo engenheiro Ralph Leroy Parshall e é o 
dispositivo de medição de vazão em estação de tratamento mais utilizado atualmente. 
Sua classificação é dada em função da largura de sua garganta (W), sendo suas 
dimensões padronizadas. A seleção da calha Parshall deve ser de acordo com as 
dimensões do canal existente e as variações de vazão previstas em projeto (AZEVEDO 
NETO et al., 1998). 
A calha Parshall é composta por uma seção convergente, uma seção 
estrangulada e uma seção divergente
forçada pela seção de largura W e o nível de água à montante desta seção é o indicativo 
da vazão a ser medida. É importante garantir que o nível de água à jusante da calha seja 
suficientemente baixo para evitar o seu “afogamento”.
Figura. Esquema de uma calha Parshall convencional
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
CALHA PARSHALL 
As calhas são estruturas hidráulicas de medição de vazão em canais abertos. Sua 
operação se dá a partir de contrações laterais e/ou elevações de fundo, formando 
propositalmente ondas de refluxo. Devido à esta última característica, as calha
são eficientes misturadores de soluções químicas nas estações de tratamento.
foi desenvolvida pelo engenheiro Ralph Leroy Parshall e é o 
dispositivo de medição de vazão em estação de tratamento mais utilizado atualmente. 
ificação é dadaem função da largura de sua garganta (W), sendo suas 
dimensões padronizadas. A seleção da calha Parshall deve ser de acordo com as 
dimensões do canal existente e as variações de vazão previstas em projeto (AZEVEDO 
a Parshall é composta por uma seção convergente, uma seção 
estrangulada e uma seção divergente (Figura). Quando passa pela calha, a água é 
de largura W e o nível de água à montante desta seção é o indicativo 
importante garantir que o nível de água à jusante da calha seja 
suficientemente baixo para evitar o seu “afogamento”. 
Figura. Esquema de uma calha Parshall convencional 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 26 
As calhas são estruturas hidráulicas de medição de vazão em canais abertos. Sua 
operação se dá a partir de contrações laterais e/ou elevações de fundo, formando 
propositalmente ondas de refluxo. Devido à esta última característica, as calhas também 
são eficientes misturadores de soluções químicas nas estações de tratamento. 
foi desenvolvida pelo engenheiro Ralph Leroy Parshall e é o 
dispositivo de medição de vazão em estação de tratamento mais utilizado atualmente. 
ificação é dada em função da largura de sua garganta (W), sendo suas 
dimensões padronizadas. A seleção da calha Parshall deve ser de acordo com as 
dimensões do canal existente e as variações de vazão previstas em projeto (AZEVEDO 
a Parshall é composta por uma seção convergente, uma seção 
. Quando passa pela calha, a água é 
de largura W e o nível de água à montante desta seção é o indicativo 
importante garantir que o nível de água à jusante da calha seja 
 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
 
Tabela. Dimensões de garganta (W), vazões máxima e mínima, e coeficientes 
específicos da calha Parshall. Fonte: Norma ASTM 1941/1975.
Largura da 
Garganta 
W (inch) 
1" 
2" 
3" 
6" 
9" 
12" 
18" 
24" 
36" 
48" 
60" 
72" 
84" 
96" 
 
 
 
 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
Dimensões de garganta (W), vazões máxima e mínima, e coeficientes 
específicos da calha Parshall. Fonte: Norma ASTM 1941/1975. 
Capacidade de vazão 
(m3/h) 
Coeficientes 
Mín Máx n K 
1,02 19,4 1,550 217,29
2,04 47,9 1,550 434,58
3,06 115 1,547 633,60
5,10 398 1,580 1371,60
9,17 907 1,530 1926,00
11,2 1641 1,522 2484,00
15,3 2508 1,538 3794,40
42,8 3374 1,550 5133,60
62,2 5138 1,556 7855,20
132 6922 1,578 10566,00
163 8726 1,587 13420,80
265 10551 1,595 16254,00
306 12376 1,601 19101,60
357 14221 1,606 21963,60
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 27 
 
Dimensões de garganta (W), vazões máxima e mínima, e coeficientes 
 
 
217,29 
434,58 
633,60 
1371,60 
1926,00 
2484,00 
3794,40 
5133,60 
7855,20 
10566,00 
13420,80 
16254,00 
19101,60 
21963,60 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
 
1- ATIVIDADE INDIVIDUAL
Valor: 5 pontos 
 
Dimensionamento de calha Parshall.
Dados necessários para dimensionamento serão apresentados em 
Atividade deverá ser realizada EM SALA DE AULA.
 
 
2- ATIVIDADE EM GRUPO
Valor: ___ pontos. 
Nº de grupos: 6 grupos de no máximo 4 integrantes.
 
 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
ATIVIDADES 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
Dimensionamento de calha Parshall. 
Dados necessários para dimensionamento serão apresentados em 
Atividade deverá ser realizada EM SALA DE AULA. 
ATIVIDADE EM GRUPO 
 
Nº de grupos: 6 grupos de no máximo 4 integrantes. 
 
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 28 
Dados necessários para dimensionamento serão apresentados em sala de aula. 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
 
5.1 DEFINIÇÕES
 
A expansão demográfica e o desenvolvimento tecnológico trazem como 
consequência imediata o aumento do consumo de água e a ampliação do volume de 
efluentes não reaproveitáveis. Esses efluentes, conjuntamente com o escoamento 
superficial e drenagens subterrâ
simplesmente esgotos. 
 
De acordo com a NBR 9648
 
ESGOTO SANITÁRIO
de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição
parasitária. 
 
ESGOTO DOMÉSTICO 
higiene e necessidades fisiológicas humanas.
 
ESGOTO INDUSTRIAL 
líquido resultante dos processos industriais, 
respeitados os padrões de lançamento 
estabelecidos. 
 
ÁGUA DE INFILTRAÇÃO 
proveniente do subsolo, indesejável ao sistema 
separador e que penetra nas canalizações.
de esgoto às falhas de vedação nas juntas de tubulações e nas estruturas de transiçã
rede predial para a rede pública.
 
CONTRIBUIÇÃO PLUVIAL PARASITÁRIA 
superficial inevitavelmente absorvida pela rede de esgoto sanitário.
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
5. ESGOTO 
DEFINIÇÕES 
A expansão demográfica e o desenvolvimento tecnológico trazem como 
consequência imediata o aumento do consumo de água e a ampliação do volume de 
efluentes não reaproveitáveis. Esses efluentes, conjuntamente com o escoamento 
superficial e drenagens subterrâneas, formam as vazões de esgotamento
NBR 9648 (ABNT, 1986), define-se: 
ESGOTO SANITÁRIOOu somente “esgoto”, é o despejo líquido constituído 
de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição
ESGOTO DOMÉSTICO  despejo líquido resultante do uso da água para 
higiene e necessidades fisiológicas humanas. 
ESGOTO INDUSTRIAL  despejo 
líquido resultante dos processos industriais, 
respeitados os padrões de lançamento 
ÁGUA DE INFILTRAÇÃO  toda água 
proveniente do subsolo, indesejável ao sistema 
separador e que penetra nas canalizações.Atribui-se a ocorrência de infiltração na rede 
de esgoto às falhas de vedação nas juntas de tubulações e nas estruturas de transiçã
rede predial para a rede pública. 
CONTRIBUIÇÃO PLUVIAL PARASITÁRIA  parcela do deflúvio 
superficial inevitavelmente absorvida pela rede de esgoto sanitário. A rigor, as águas 
Esgoto resulta do 
habitual de água. 
85% da água consumida 
retornem via esgoto.
Este consumo varia
a finalidade (doméstica, industrial, 
hospital, escola, irrigação de 
jardins, quartéis, etc.).
(Consulta: TOMAZ, 2000)
SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
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A expansão demográfica e o desenvolvimento tecnológico trazem como 
consequência imediata o aumento do consumo de água e a ampliação do volume de 
efluentes não reaproveitáveis. Esses efluentes, conjuntamente com o escoamento 
vazões de esgotamento ou 
espejo líquido constituído 
de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição pluvial 
despejo líquido resultante do uso da água para 
se a ocorrência de infiltração na rede 
de esgoto às falhas de vedação nas juntas de tubulações e nas estruturas de transição da 
parcela do deflúvio 
A rigor, as águas 
Esgoto resulta do consumo 
 Estima-se que 
85% da água consumida 
retornem via esgoto. 
Este consumo varia de acordo com 
a finalidade (doméstica, industrial, 
hospital, escola, irrigação de 
jardins, quartéis, etc.). 
(Consulta: TOMAZ, 2000) 
 
 
Saneamento e Tratamento de Resíduos
 
pluviais não deveriam chegar aos coletores, 
consequência de defeitos nas instalações, ações clandestinas, fiscalização 
negligência. 
 
 
A composição do esgoto doméstico é formada por constituintes físicos, químicos 
e biológicos, e varia conforme o uso e hábitos da 
população que o produz. 
Os constituintes do
poluição e contaminação dos cursos d’água, resultando na 
necessidade de tratamento. 
 
CARACTERIZAÇÃO GENÉRICA DO ESGOTO DE ACORDO COM A 
 
Residencial e Comercial 
 
Indústria 
 
 
 SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Saneamento e Tratamento de Resíduos 
pluviais não deveriam chegar aos coletores, mas na realidade sempre chegam
de defeitos nas instalações, ações clandestinas, fiscalização 
5.2 CARACTERIZAÇÃO DO ESGOTO
A composição do esgoto doméstico é formada por constituintes físicos, químicos 
e biológicos, e varia conforme o uso e hábitos da 
Os constituintes do esgoto são responsáveis pela 
poluição e contaminação dos cursos d’água, resultando na

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