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25/03/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/13
DIREITO CONSTITUCIONAL
            1.Conceito de Constituição
            O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público. Porém, distingue-se
dos demais ramos do Direito Público, por ser um Direito Público fundamental,
segundo José Afonso da Silva, por "referir-se diretamente à organização e
funcionamento do Estado, à articulação dos elementos primários do mesmo e ao
estabelecimento das bases da estrutura política." Numa conceituação mais aclarada:
"Podemos defini-lo como o ramo do Direito Público que expõe, interpreta e
sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado."  Portanto, o objeto de
estudo do Direito Constitucional "é constituído pelas normas fundamentais da
organização do Estado, forma de governo, modo de aquisição e exercício do
poder, estabelecimento dos seus órgãos, limites de sua atuação, direitos
fundamentais do homem e respectivas garantias e regras básicas da ordem
econômica e social".
                        Obviamente, como o próprio nome diz, a principal norma do Direito
Constitucional é a Constituição. A Constituição é a norma fundamental que funda e
organiza o Estado. Ou seja:
                        "A constituição do Estado, considerada sua Lei
fundamental, seria, então, a organização dos seus elementos essenciais:
um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a
forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e o
exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua
ação, os direitos fundamentais do homem e as respectivas garantias. Em
síntese, a constituição é o conjunto de normas que organiza os elementos
constitutivos do Estado." (SILVA, 2001, p. 38)
                        A Constituição Federal de 1988   é a norma fundamental do Direito
Positivo Brasileiro. Por normalizar a democracia e restabelecer o Estado Social e
Democrático de Direito, a CF/88 é diferente das constituições antecedentes. A CF/88
é organizada em nove títulos:
                        "(1) dos princípios fundamentais; (2) dos direitos e
garantias fundamentais, segundo uma perspectiva moderna e abrangente
dos direitos individuais e coletivos, dos direitos sociais dos trabalhadores,
da nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos; (3) da
organização do Estado, em que estrutura a federação com seus
componentes; (4) da organização dos poderes: Poder Legislativo, Poder
Executivo e Poder Judiciário, com a manutenção do sistema
presidencialista, seguindo-se um capítulo sobre as funções essenciais à
Justiça, com Ministério Público, Advocacia Pública (da União e dos
Estados), advocacia privada e defensoria pública; (5) da defesa do Estado
e das instituições democráticas, com mecanismos dos Estado de Defesa,
Estado de Sítio e da segurança pública; (6) da tributação e do orçamento;
25/03/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/13
(7) da ordem econômica e financeira; (8) da ordem social; (9) das
disposições gerais. Finalmente, o Ato das Disposições Transitórias."
(SILVA, 2001, p. 89-90)
            2.Importância da Constituição Federal de 1988 para o Profissional
                       No intuito de seguir as ordens da coordenação e a ementa deste curso,
enfocaremos os aspectos da CF/88 relacionados aos direitos e garantias
fundamentais (Título II – Dos Direitos e das Garantias Fundamentais, CF/88).
Alguns podem se perguntar: "O que a Constituição tem a ver com o meu
cotidiano profissional?" Tem tudo a ver. A CF/88 é a norma fundamental e
suprema do Estado Brasileiro. Portanto, todas as leis e atos infra-legais lhe devem
subordinação. Muito se diz sobre constitucionalidade ou inconstitucionalidade de
determinadas medidas. Pois bem, algo é constitucional se estiver segundo a
Constituição. É inconstitucional, se apresentar dispositivo contrário à Constituição.
Assim, o é com as Leis, com os atos infra-legais (decretos, portarias e demais atos
administrativos, entre outros) e com as normas de conduta impostas pelas empresas
aos seus funcionários.
            O empregador tem poderes para disciplinar e gerir a empresa e as relações
desta com os empregados. Porém, esses poderes são limitados. E não podem, de
maneira alguma, contrariar dispositivos contidos na Constituição e na legislação,
seja ela administrativa, trabalhista, financeira, tributária, penal, internacional, civil,
comercial, ambiental, entre outras. Quer dizer, mesmo sendo uma pessoa de
direito privado, a empresa não pode fazer o que quiser no seu âmbito interno,
devendo, inclusive, respeitar e implementar os Direitos Fundamentais,
naquilo que lhe couber, segundo a Constituição e as Leis. A liberdade, in casu, é
para agir segundo o que ordenam e o que permitem as Leis e a Constituição, esta a
norma fundamental que confere validade e norteia toda uma ordem jurídica
nacional.
 
2.1. Noções Básicas de Direito:
 
 
 
 O ordenamento jurídico possui uma responsabilidade compartilhada entre
o Estado e os cidadãos na proteção e preservação do desenvolvimento da
humanidade. Pensar sobre o desenvolvimento humano importa em refletir sobre a
vida em sociedade - o ambiente em seus infinitos ecossistemas e correlações, em
cuja totalidade insere-se a vida humana. É sobre a base da vida em sociedade que
o homem desenvolve sua atividade cultural, segundo certos valores, na busca de
múltiplos objetivos, cuja multiplicidade de fatos constitui a História.
 
 
 
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 O sucesso das ações que devem conduzir ao desenvolvimento social
dependerá em grande parte da influencia da opinião pública, do comportamento
das pessoas, e de suas decisões individuais. Mesmo considerando que existe certo
interesse pelas questões sociais, econômicas e políticas há que reconhecer a falta
de informação e conhecimento dos direitos básicos ou considerados fundamentais.
Logo, a educação que tenha por objetivo informar e sensibilizar as pessoas sobre
os deveres e direitos existentes em sua sociedade, buscando transformar essas
pessoas em indivíduos que participem das decisões sobre seus futuros, exercendo
desse modo o direito a cidadania torna-se instrumento indispensável no processo
de desenvolvimento social.
 
 
 
 Assim é necessário que se faça uma avaliação sob o ponto de vista
constitucional, diante da infinidade de novas situações jurídicas que se
apresentam, mesmo porque o direito não é estanque, mas sim a têm nos
costumes como um dos princípios do direito, e segundo os costumes e a
convivência entre os componentes certamente surgiram novas situações que
precisam ser regradas em alguns casos e protegida em outros.
 
 Declara a Constituição que a ordem econômica é fundada na valorização
do trabalho humano e na livre iniciativa, tendo por fim assegurar a todos a
existência digna, conforme os ditames da justiça social. São princípios da ordem
econômica: soberania nacional, propriedade privada, função social da
propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor, defesa do meio ambiente,
redução das desigualdades regionais e sociais, busca do pleno emprego e
tratamento favorecido às empresas brasileiras de capital nacional de pequeno
porte.
 
 
 
 Após esse panorama geral, a linha principal seguirá para uma análise
individual, da Constituição Federal, com maior ênfase nos Princípios
Constitucionais de Direito, pois baseados em conceitos antropológicos o homem é
fruto de meio, e mesmo que essa questão seja passível de discordância, ninguém
poderá afirmar que o homem sobreviveria sem apoiar-se no meio em que vive
rodeado pelos conceitos culturais e legais.
 
 
 
 E se o desenvolvimento da humanidadenão for sustentado por normas o
caos estará formado, seja no tocante a saúde, à igualdade das pessoas, à
liberdade, à segurança e também à propriedade privada.
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 A experiência jurídica é experiência histórico-cultural, em cuja realização
o homem altera aquilo que lhe é “dado”, alterando-se a si próprio.
 
 Existe a “Responsabilidade Conjunta do Estado e do Cidadão na busca de
uma sociedade “ideal”, onde todos trabalham contra a usurpação dos princípios e
dos direitos sociais em termos gerais, respeitam os direitos e zelam pela
preservação da lei, enfocando a importância para o mundo jurídico na proteção da
interrelação homem e sociedade.
 
 
 
 O tempo que levaremos para atingir essa nova era dependerá da
determinação de cada um de nós de conhecer, meditar a respeito, seguir
e disseminar os princípios fundamentais da nossa sociedade, assim como
de exigir a sua observância por parte de todos. 
 
 O estudo das normas de direito, pressupõe o conhecimento de certos
conceitos básicos que servem de pilares para todo o ordenamento de direitos e
deveres dentro de um Estado:
 
 
 
 I. Estado - é uma sociedade política dotada de algumas
características próprias, ou de elementos essenciais que a distinguem das
demais: povo, território e soberania. POVO: é o elemento humano do
Estado, o conjunto de pessoas que mantêm um vínculo jurídico-político com
o Estado, pelo qual se tornam parte integrante deste. SOBERANIA: poder
de império do Estado, caracterizando-o como o poder jurídico de que são
investidas as autoridades. TERRITÓRIO: é o elemento material do Estado,
o espaço dentro do qual este exerce a sua supremacia sobre pessoas e
bens. O conceito de território é jurídico e não meramente geográfico.
Abrange, além do espaço delimitado entre fronteiras do Estado, o mar
territorial, o respectivo espaço aéreo, navios e aeronaves em alto-mar e,
navios e aeronaves militares onde quer que estejam.
 
 
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 O Brasil caracteriza-se pela Federação como forma de organização
do Estado, formada pela união indissolúvel de seus estados e municípios,
cuja forma de governo instituída é uma República (coisa do povo), cujo
poder emana do povo.
 
 
 
 II. Lei – norma escrita, vigente em um país, elaborada pelo
Poder Legislativo; podemos definir a lei como uma norma aprovada pelo
povo de um país.
 
 
 
Em outras palavras, Lei é a regra escrita feita pelo legislador com a finalidade de
tornar expresso o comportamento considerado desejável ou indesejável (âmbito
penal) para a coletividade. O ordenamento jurídico brasileiro assenta-se
basicamente nas leis, ou seja, dispõe no Artigo 5º da Constituição da
República Federativa do Brasil (CRFB) que: “Ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
 
 
 
 III. Costume – é o conjunto de normas de comportamento
ao qual as pessoas obedecem de maneira uniforme e constante pela
convicção de sua obrigatoriedade. É criado espontaneamente pela
sociedade, sendo produzido por uma prática geral, constante e reiterada.
Exemplo: Fila, não há uma lei determinando à obediência a fila em locais
de atendimento, mas as pessoas por costume a respeitam, por ordem de
chegada.
 
 
 
 
 
2.2. Princípios Constitucionais Fundamentais de Direito:
 
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 A Constituição é a lei maior do país, o vértice do sistema jurídico. Contém
as normas fundamentais do Estado, estando todos sujeitos ao seu império,
inclusive os membros do governo. As regras do texto constitucional, sem exceção,
são revestidas de supralegalidade, ou seja, possuem eficácia superior às demais
normas.
 
 
 
 A estrutura do ordenamento jurídico é escalonada, sendo que todas as
normas abaixo da Constituição devem ser com ela compatíveis.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CF
 
 
 
 
 
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 Demais leis/normas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No ápice da pirâmide estão às normas constitucionais, logo, todas as
demais normas do ordenamento jurídico devem buscar seu fundamento de
validade no texto constitucional, sob pena de inconstitucionalidade. Basta que a
regra jurídica esteja na Constituição Federal para ela ser revestida de
supralegalidade, ou seja, a regra encontra-se em nível hierarquicamente
superior as demais regras.
 
 
 
 Diversos sinônimos de Constituição são utilizados pelos autores, sempre
realçando o caráter de superioridade das normas constitucionais em relação às
demais normas jurídicas. Destacamos os mais frequentes, como Carta Magna, Lei
Fundamental, Código Supremo, Lei Máxima, Lei Maior e Carta Política.
 
 
 
 Princípios são Direitos fundamentais s considerados indispensáveis à
pessoa humana, necessários para assegurar a todos uma existência digna, livre e
igual. Não basta ao Estado reconhecer direitos formalmente; deve buscar
concretizá-lo, incorporá-los no dia a dia dos cidadãos e de seus agentes.
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Direito à Vida:
 
 O direito à vida é o principal direito individual, o bem jurídico de maior
relevância tutelado pela ordem constitucional, pois o exercício dos demais direitos
depende de sua existência. Consiste no direito à existência do ser humano. O
Direito à Vida, basicamente se resume no DIREITO DE NÃO SER MORTO, mas
possui ampla interpretação, incluindo o Viver com Dignidade. Assim, não basta
garantir um simples direito á vida, mas assegurá-lo com o máximo de dignidade e
qualidade na existência do ser humano. A integridade física deve ser entendida
como o absoluto respeito à integridade corporal e psíquica de todo e qualquer ser
humano.
 
 
 
Direito de Liberdade:
 
 Liberdade é a faculdade que uma pessoa possui de fazer ou não fazer
alguma coisa, senão em virtude de lei. Um indivíduo é livre para fazer tudo o que
a lei não proíbe. Envolve sempre um direito de escolher entre duas ou mais
alternativas, de acordo com sua própria vontade.
 
 
 
Liberdade de Pensamento (art. 5.°, IV e V): O pensamento, em si, é
absolutamente livre. Está fora do poder social, pertence ao próprio indivíduo.
A tutela constitucional surge no momento em que ele é exteriorizado com a
sua manifestação. É importante que o Estado assegure a liberdade das
pessoas de manifestarem o seu pensamento. Contudo, foi vedado o
anonimato, as pessoas são obrigadas a assumir a responsabilidade do que
exteriorizam, caso haja danos materiais, morais ou à imagem. O direito de
manifestação de pensamento deve ser exercido de maneira responsável. O
limite na manifestação do pensamento se encontra no respeito à imagem e à
moral das outras pessoas.
 
 
 
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Liberdade de Consciência, de Crença e de Culto (art. 5.°, VI, VII e
VIII): A liberdade de consciência refere-se à visão que o indivíduo tem do
mundo, ou seja, são as tendências ideológicas, filosóficas, políticas etc., de
cada indivíduo. A liberdade de crença tem um significado decunho religioso.
É importante salientar que inclui o direito de professar ou não uma religião,
de acreditar ou não na existência de um ou diversos deuses, ou até mesmo,
na não existência de nenhum deus (ateísmo). A liberdade de culto é a
exteriorização da liberdade de crença, ou seja, as pessoas têm a liberdade de
cultuar o que elas acreditam. A liberdade de culto inclui o direito de honrar as
divindades preferidas, celebrar as cerimônias exigidas pelos rituais, à
construção de templos e o direito de recolher contribuições dos fiéis. A
Constituição Federal proíbe qualquer distinção ou privilégio entre as igrejas e
o Estado.
 
 
 
Liberdade de Atividade Intelectual, Artística, Científica e de
Comunicação (art. 5.°, IX): A Constituição Federal estabelece que a
expressão das atividades intelectual, artística, científica e de comunicação é
livre, não se admitindo a censura prévia. É uma liberdade, no entanto, com
responsabilidade, ou seja, se houver algum dano moral ou material a outrem,
haverá responsabilidade por indenização.
 
 
 
Liberdade de Locomoção (art. 5.°, XV): É a liberdade física de ir, vir, ficar
ou permanecer. Essa liberdade é considerada pela Constituição Federal como
um dos mais fundamentais direitos, visto que é requisito essencial para que
se exerça o direito das demais liberdades. No que diz respeito à liberdade de
sair, entrar e permanecer em território nacional. A lei pode estabelecer
exigências para sair, entrar ou permanecer no país, visando à proteção da
soberania nacional.
 
 
 
Liberdade de Reunião (art. 5.°, XVI): É a permissão constitucional para
um agrupamento transitório de pessoas com o objetivo de alcançar um fim
comum. O legislador exige que a reunião seja PACÍFICA (sem violência ou
armas), que tenha um FIM LÍCITO (legal) e que seja COMUNICADO AO
PODER PÚBLICO o dia, local e hora da referida reunião para evitar reuniões
conflitantes no mesmo local e, para que possa haver uma preparação com o
intuito de não atrapalhar os demais cidadãos. O direito de reunião pode ser
analisado sob dois enfoques: de um lado a liberdade de se reunir para decidir
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um interesse comum e de outro lado à liberdade de não se reunir, ou seja,
ninguém poderá ser obrigado a reunir-se.
 
 
 
Direito à Segurança:
 
 A Constituição Federal, no caput do artigo 5.°, quando fala de segurança,
está se referindo à segurança jurídica. Refere-se à segurança de que as agressões
a um direito não ocorrerão e, se ocorrerem, existirá uma eventual reparação pelo
dano que a pessoa tenha. Segurança é a tranquilidade do exercício dos direitos
fundamentais. Não basta ao Estado criar e reconhecer direitos ao indivíduo; tem o
dever de zelar por eles, assegurando a todos o exercício, com a devida
tranquilidade. O Estado deve atuar no sentido de preservar as prerrogativas
dispostas nas normas jurídicas.
 
 
 
A competência para dar a segurança jurídica é do Poder Judiciário. É por meio do
acesso ao Poder Judiciário que as pessoas conseguem a segurança jurídica. Diante
de uma agressão ou de ameaça de agressão a um direito, a pessoa poderá ir ao
Poder Judiciário e assegurá-lo. Para que o Judiciário tenha o dever de conceder a
segurança jurídica, não é necessário comprovar a efetiva lesão, ou seja, pode-se,
preventivamente, buscar essa segurança para impossibilitar a lesão ao direito.
 
 
 
Direito de Igualdade:
 
 O direito de Igualdade consiste em afirmar que “todos são iguais
perante a lei sem distinção de qualquer natureza”. Deve haver um
tratamento isonômico, de igualdade. Igualdade consiste em tratar igualmente os
iguais, com os mesmos direitos e obrigações, e desigualmente os desiguais, na
medida de sua desigualdade. Tratar igualmente os desiguais seria aumentar a
desigualdade existente. Todos os órgãos públicos deverão dar tratamento
isonômico para as partes. Responde por discriminação quem sem motivo justo
tratar de forma diferenciada qualquer pessoa independente de sexo, origem, cor,
raça, crença, posição social, filosófica, política ou cultural.
 
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 O artigo 03º da Constituição Federal estabelece entre as metas do Brasil a
erradicação da pobreza e da marginalização, a redução das desigualdades sociais
e regionais e a promoção do “bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
 
 
 
Direito de Propriedade:
 
 Estabelece a Constituição Federal/1988: “a casa é asilo inviolável do
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar ou permanecer, sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre,
ou para prestar socorro, ou ainda, durante o dia, por ordem judicial”.
 
 
 
 Considera-se “casa”, no sentido constitucional, todo local delimitado e
separado, que alguém ocupa com exclusividade, a qualquer título, inclusive
profissionalmente, desde que constitua um ambiente fechado ou de acesso
restrito ao público. Com relação ao dia e a noite, temos dois critérios: um
referente ao período das 06h00min da manhã às 18h00min, o outro chamado de
critério físico-astronômico, como o intervalo de tempo situado entre a aurora e o
crepúsculo. Entendemos que a aplicação conjunta de ambos os critérios alcança a
finalidade constitucional de maior proteção ao domicílio durante a noite (exemplo
– horário de verão).
 
 
 
 Exceção – DESAPROPRIAÇÃO: Ato pelo qual o Estado toma para si ou
transfere para terceiros bens de particulares, mediante o pagamento de justa e
prévia indenização. A Constituição prevê 03 hipóteses de desapropriação:
 
1º) Por necessidade pública – a Administração Pública defronta com
problemas de emergências, sendo a desapropriação indispensável para a
realização de uma atividade essencial do Estado.
 
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2º) Por utilidade pública – a desapropriação, embora não imprescindível,
é conveniente para a realização de uma atividade estatal.
 
3º) Por interesse social – a desapropriação é conveniente para o
progresso social, para o desenvolvimento da sociedade.
 
 
 
 Requisitos da Indenização: a) Justa – a indenização deve ser feita de
forma integral, reparando todo prejuízo sofrido pelo particular que teve seu bem
desapropriado. A indenização deve ser calculada de acordo com o valor de
mercado do bem no momento da transferência da propriedade. Devem ser
acrescidos os danos emergentes e os lucros cessantes, além do pagamento de
juros moratórios e compensatórios, despesas judiciais e correção monetária. b)
Prévia – o pagamento deve ser feito antes do ingresso na titularidade do
bem. c) Em dinheiro – o pagamento deve ser feito em moeda corrente.
 
 
 
 
 
OBS.: Na desapropriação para Reforma Urbana e Agrária, o pagamento pode ser
feito respectivamente, em títulos da dívida pública, resgatáveis em até 10 anos,
ou em títulos da dívida agrária, resgatáveis em até 20 anos.
 
 
 
 Por fim conclui-se que o homem tem o direito fundamental à liberdade, à
igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas, em um meio ambiente
de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem-estar, e é
portador solene da obrigação de proteger e melhorar o meio em que vive, para as
gerações presentes e futuras.
 
 
 
 
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