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Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br ARTIGO ORIGINAL FREITAS, Alessandra Osório [1], SILVA, Rubens Alves da [2] FREITAS, Alessandra Osório. SILVA, Rubens Alves da. A Responsabilidade no abandono afetivo: À luz principiológica da responsabilidade civil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 02, Vol. 01, pp. 61-77. Fevereiro de 2020. ISSN: 2448-0959 Contents RESUMO INTRODUÇÃO 1. RESPONSABILIDADE CIVIL 2. RESPONSABILIDADE DOS PAIS EM DIMENSÃO CONSTITUCIONAL 2.1 DIREITO A VIDA 2.2 DIREITOS SOCIAIS 3. FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL 3.1 DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 3.2 ISONOMIA 3.3 SOLIDARIEDADE SOCIAL 4. PRINCÍPIOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL 4.1 PRINCÍPIO DO NEMINEM LAEDERE E DA REPARAÇÃO INTEGRAL 4.2 PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO PRIORITÁRIA À VÍTIMA DO DANO 4.3 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO 5. ABANDONO NO CÓDIGO PENAL 6. O DANO MATERIAL E MORAL E O ABANDONO AFETIVO 7. RESSARCIMENTO DO DANO NO ABANDONO PATERNAL CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICE – REFERÊNCIAS DE NOTA DE RODAPÉ https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br RESUMO O assunto apresentado diz respeito ao tema enfrentado no cotidiano brasileiro, mais precisamente, no âmbito do direito familiar, qual seja, a relação entre ascendentes e seus descendentes e eventual responsabilização, em decorrência ao desamparo afetivo do(s) genitor(es). Tendo como estudos os institutos do direito civil, responsabilidade civil e famílias, no âmbito da filiação. Dada a constante evolução que vem ocorrendo na responsabilidade civil, é que se faz necessária à sua análise, no campo familiar. Para tanto, essa pesquisa permeia-se aos elementos e pressupostos teóricos, bem como, breves linhas da tutela jurídica pelo ordenamento penal e sua cominação legal. Analisar-se-á, ainda, os estudos das práticas que caracterizam o abandono dos filhos, sobre a iluminação da nossa Constituição Federal, suas determinações, como normas de várias densidades, que ensejam os deveres e atribuições a serem observados, pelos pais. Bem como, a imputação da responsabilidade em caso de não observância aos postulados e os efeitos da responsabilidade, sob o tratamento constitucional, legal e o entendimento em nossos Tribunais pátrios. Palavras-chave: Indenização, responsabilidade civil, dano moral, dignidade humana. INTRODUÇÃO O gênero responsabilidade jurídica, assim, claro, como a responsabilidade civil, espécie, ganha construções evolucionárias, em nossos tempos e por conseguinte, é compreensível a modulação sobre a sua perspectiva no direito, em busca do aprimoramento de sua aplicação na sociedade. Assim, para Netto[3], aquilo que seria prática comum, outrora, já não é mais visto com mesmos olhares, atualmente. Indubitavelmente, dessa forma, é a responsabilidade – repita-se, não só a civil – do fato, frente ao desvinculo social entre genitores e seus descendentes. O tema apresentado tem como objetivo o exame da responsabilidade civil, no âmbito do direito das famílias, por parte dos pais. Ao turno específico, propõe-se, a analisar os fundamentos pertencentes ao direito civil, tombo responsabilidade, buscando, no teor legal esculpido em nosso Código Civil, sem se descuidar, sobretudo, da Constituição Federal, com https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br amplo realce dos princípios que lhe orbitam. Isso sobre a análise das Leis pátrias, doutrinas especializadas e os julgados dos Tribunais Superiores. Levanta-se a Constituição Federal, como sendo, a lei maior brasileira e deverás é a sua importância. Indaga-se, se estaria na Carta Constitucional o tratamento da responsabilidade dos pais para com filhos, ou a tutela seria infraconstitucional e, ainda, sobre o tratamento da responsabilidade dos pais que, por lógico, há de ter algum efeito, em razão, do neoconstitucionalismo que abraça as famílias e quebra paradigmas – incidindo em evolução – privilegiando não a família como uma entidade, mas os agentes que lhe formam, conforme Carnacchioni[4]. Para tanto, a presente pesquisa, buscou olhar para a responsabilidade civil e para o direito das famílias, sobre o tratamento dado ao abandono afetivo, que em outrora (décadas), não se vislumbraria de aspectos responsáveis. Os mencionados institutos do direito civil, atualmente, ganham olhares, no campo do dano injusto, dada a evolução, espacial e temporal. Ao ganho de atenção do abandono afetivo, tem-se debatido em nosso ordenamento, tal conduta. Não por menos, que tais práticas, carecem de tutela legislativa, e as práticas de abandono paternal, em nossa sociedade, são constantes. Faz-se, assim, mister a importância, legislativa e conscientizadora/educacional, para o amparo a um dos membros mais vulneráveis da sociedade familiar, quais sejam, os filhos. 1. RESPONSABILIDADE CIVIL O instituto da Responsabilidade Civil, esculpido em nosso código civil, surge elencando em duas balizas para o instituto, quais sejam, o princípio do nemiem laedere, orientação herdada do Romanos, que recomenda agir sem lesar os direitos de outros, estabelecendo, que a conduta (ação ou omissão) do agente, deverá respeitar a esfera jurídica alheia. Essa máxima está esculpida no Art. 927, do Código Civil. Assim, o dever de não causar dano a outrem, caso violado, surgirá o dever de a ser enfrentado, em razão do dano causado injustamente. Outro princípio norteador da responsabilidade civil é o do restitutio in integro, que estabelece, o viés compensatório. Assim, a vítima deverá ser ressarcida pelos danos suportados. O Art. 944, do Código Civil, é claro, ao estabelecer que a indenização será medida pela extensão do dano causado, consolida-se, assim, que a responsabilidade em caráter de proporcionalidade indenizatória. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Apresentado os princípios basilares da responsabilidade civil, insta destacar, brevemente, a relação entre regras e princípios, como sendo espécies, do gênero norma. As normas jurídicas surgem no ordenamento jurídico como uma das fontes mais importantes ao regime democrático de direito, manifestando-se de acordo com a estrutura dada, assim: São regras quando estabelecem simples normas de conduta, determinando ou proibindo que se faça algo concreto, de modo que serão observadas ou infringidas, não havendo meio-termo.[…] São Princípios quando indicam valores a serem promovidos, de modo que impõem a identificação da conduta devida em cada caso concreto, conforme suas circunstâncias peculiares.[5] Dessarte, percebe-se, que os princípios basilares, não obstante, estarem esculpidos como regras, possuem a sua força principiológica, aumentado assim o amparo que todos nós, como titulares e viventes de um Estado democrático de direito, esperamos ter. 2. RESPONSABILIDADE DOS PAIS EM DIMENSÃO CONSTITUCIONAL A Constituição Federal com o seu poderio normativo e fonte de nutrição para todo o ordenamento jurídico, possui em seu corpo o dever e responsabilidade dos pais, visto que, há sobre a pessoa da prole, direitos, que não se limitam ao da dignidade da pessoa humana, de forma genérica. Há um viés mais específico, como o mínimo existencial, as necessidades básicas, afetividade e demais proteções, decorrentes desses institutos. É certo, que a tutela que a pessoa possuí contra a violação de seus direitos, vem fundamentada na dignidade da pessoa humana. Não por menos, é que consta como um dos fundamentosdo nosso Estado Democrático de Direito, maneira pela qual, a Constituição Federal em seu Art. 1º, III, preconiza a dignidade da pessoa humana. Nessa baila, são os ensinamentos: […] a incidência da dignidade da pessoa humana, pode ser invocada a tão comentada tese de abandono paterno filial. Em mais de um julgado, a jurisprudência pátria condenou pais a pagarem indenização aos filhos, pelo abandono afetivo, por clara lesão à dignidade da pessoa humana […].[6] https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br 2.1 DIREITO A VIDA A condição de dignidade humana é indissociável da vida, por isso, devem as duas receberem tratamentos conjuntas. Postulado em nosso, amparável, art. 5º, Caput, CRFB, o Direito à vida, é que temos as lições doutrinárias de que, “O direito à vida é a premissa dos direitos proclamados pelo constituinte; não faria sentido declarar qualquer outro se, não fosse assegurado o próprio direito de estar vivo para usufruí-lo.”[7], O direito mencionado surge como uma consequência lógica do direito da prestação dos pais, ora, não bastaria apenas ser assegurado a vida e afastar a sua devida prestação paterna, e mesmo econômica, assim, continuam os autores, “O preceito enfatiza a importância do direito à vida e o dever do Estado de agir para preservá-la em si mesma e com determinado grau de qualidade”.[8] 2.2 DIREITOS SOCIAIS Consta ainda, em nossa Carta Política, aquilo que conhecemos por direitos sociais, elencados no art. 6º, da Constituição. Acentua-se em lições da doutrina constitucionalista: Os direitos sociais constituem-se no segundo grupo integrador do conceito de Direitos Fundamentais, que, por mais que adicionem ao catálogo anterior (direitos individuais), são responsáveis por empreender uma leitura completa e radical, inclusive produzindo alterações no significado destes (direitos individuais). Ou seja, os direitos sociais não só alargam a tábua de direitos fundamentais, mas também redefinem os próprios direitos individuais.[9] Repisa-se o reconhecimento constitucional de tutela aos filhos, sem embargos, de se tratar de “direitos sociais” e dessa forma se exigir apenas do Estado a sua prestação positiva, a norma constitucional do art. 227, que reza: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br opressão.[10] (grifo nosso). Percebe-se, que o próprio legislador constitucional deu importância a figura dos pais na responsabilidade, com o seu filho, dado o alicerce da vida social. De certo, há um dever, moral e legal, ao qual a criança, não possuí discernimento para por si só de arcar, como a educação e ensinamentos sociais, que se fazem necessário, ao início vital, a figura dos pais, sem excluir um, ou o outro. 3. FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Como explanado no tópico anterior, a Constituição Federal, normativamente, enriquece a tutela filial. Dessa maneira, é que a responsabilidade, aqui tratada, deve ter a aplicação e operação, sobre tais ditames. Nesse sentido: […] devemos harmonizar as regras de Direito Civil (que normatiza a atuação de particulares) com as regras gerais da Constituição Federal (que, além de normatizar a função estatal, estabelece regras entre particulares). […]Por esse motivo, a responsabilidade civil deverá ser interpretada à luz dos princípios constitucionais[…].[11] 3.1 DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA Nessa toada, temos o fundamento constitucional, estampado no art. 1, III, qual seja, a dignidade da pessoa humana. Sem exageros e por óbvio, na pessoa humana encontra-se a forte titularidade dos direitos fundamentais. Advindo com toda a marca que, tristemente, encontramos na historicidade, [Os Estados Democráticos de Direito] não toleram qualquer tentativa de coisificar a pessoa humana. […] a dignidade humana, como princípio normativo, projeta múltiplas dimensões horizontais e verticais, no direito público e privado, impondo não só abstenções (não violar a dignidade) mas também, cada vez mais, ações (no sentido de promovê-la).[12] https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Com esse postulado a Constituição Federal fulminou a ideia patrimonialista, em desfavor da dignidade das pessoas. 3.2 ISONOMIA A isonomia, que encontramos em preconizada no art. 5º, caput, da Constituição, é outro fundamento da responsabilidade, que ilumina todo o ordenamento jurídico brasileiro. Incorre, essa isonomia com o aspecto geral, – geral, pois, há diversas formas de igualdade, como exemplo, a igualdade tributária, nos termos do art. 150, II, CRFB –. Conforme escreveu Rui Barbosa, segundo o qual devemos tratar os iguais de maneira igual e os desiguais de maneira desigual, à medida que se desigualam, pois, lembrando Chaim Perelman, a igualdade absoluta é fonte de injustiças, pois se devem respeitar as desigualdades.[13] 3.3 SOLIDARIEDADE SOCIAL A solidariedade social, consta normatizada no art. 3º, I da CRFB, que busca a construção de uma sociedade justa, livre, humana e solidária. Em linhas doutrinárias, temos que, “[a] Exemplo disso [da solidariedade social] é a tese da responsabilidade civil por abandono paterno-filial para o genitor ou genitora que não dá afeto aos seus filhos, mesmo que pague pensão alimentícia (assistência material).”[14]. Segue na mesma linha, os ensinamentos de que: A grande metanarrativa do direito atual é a solidariedade e a realização dos direitos fundamentais dentro (também) do direito privado. Já se percebeu, ademais, que à luz do princípio da solidariedade dever ser lidas não apenas as normas constitucionais, mas todo o ordenamento jurídico. Devemos por exemplo, em relação à família – mas não só em relação a ela – buscar construções hermenêuticas que melhor realizem os valores constitucionais.[15] Pode-se afirmar, destarte, que a operacionalidade dos fundamentos apresentados, incorrem na responsabilidade civil, sob as luzes da Constituição, comunicando-se, entre si, com https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br despejo, não apenas no direito civil, mas em todo o ordenamento jurídico, todos caminhando ao norte, que é a de resolução de controvérsias, da responsabilidade civil. 4. PRINCÍPIOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Já mencionado as linhas introdutórias da relação das normas, regras e princípios, como sendo, a norma o gênero que abarca regra e princípio, como espécies. Temos a lição de que “a positivação de um princípio é sempre benéfica e desejável, sobretudo por produzir um efeito irradiante, de abertura sistemática, de elevadíssimo cunho didático-pedagógico, ao dar relevo e nitidez aos valores e fins que porta”[16]. Em nosso ordenamento é encontrada essa positivação, com o rico diálogo. 4.1 PRINCÍPIO DO NEMINEM LAEDERE E DA REPARAÇÃO INTEGRAL Como citado, alhures, a responsabilidade civil é pautada no princípio do neminem laedere, que possui a sua força normativa, na observância em não violar o direito de outros, consequentemente. Quando o dano ocorre – seja moral, material, ou estético – busca-se compensar, ainda que parcialmente, o equilíbrioperdido. […] eventual lesão ao neminem laedere não ocorre penas em situações subjetivas patrimoniais, mas também em situações subjetivas existenciais.[17] Nota-se, então o nascimento da responsabilidade civil do agente causador do dano. Sem embargos, temos ainda, o também mencionado, princípio da reparação integral, também, conhecida como restitutio in integro. Ambos já citados. Insta apresentar, outros princípios de grande valia ao campo da responsabilidade civil, nos itens, que segue. 4.2 PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO PRIORITÁRIA À VÍTIMA DO DANO A relevância que ostenta, esse princípio nos moldes atuais da responsabilidade civil, é sem dúvidas, consubstanciação de todos os institutos citados, que condensam a responsabilidade. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Boa parte dos problemas ou encruzilhadas que a responsabilidade civil enfrenta, em nossos dias, exige que o intérprete convide para o diálogo o princípio da proteção (ou preocupação) prioritária com a vítima dos danos. É preciso lembrar sempre disso, é preciso saber que esse é o norte que nos orienta.[…] Convém centrar o olhar na vítima do dano. Não é propriamente nova a percepção de que o direito dos danos centra suas preocupações prioritárias, hoje, na vítima. Para ela, as diferenças jurídico-conceituais não fazem muita diferença. Aliás, é bem provável que ela nem as conheça.[18] A característica evolutiva, desse princípio é notado no conteúdo histórico do Superior Tribunal de Justiça, na qual, olvidando do princípio mencionado, foi afastada, a indenização por abandono afetivo, confere-se, a ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL. ABANDONO MORAL. REPARAÇÃO. DANOS MORAIS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A indenização por dano moral pressupõe a prática de ato ilícito, não rendendo ensejo à aplicabilidade da norma do art. 159 do Código Civil de 1916 o abandono afetivo, incapaz de reparação pecuniária. 2. Recurso especial conhecido e provido.[19] Posteriormente, o mesmo Tribunal, considerou, que “A separação do casal – passando os filhos a residir com a mãe – não constitui, em regra fator de isenção da responsabilidade paterna pela criação e orientação dos filhos.”[20]. Nota-se, a proteção prioritária, dos mais vulneráveis, em eventual não convivência entre os pais, aos seus filhos, vítimas, isso não é extensivo, devendo ainda, haver o amparo ao(s) filho(s). Sendo esse, o escopo de: servir à proteção integral menorista, com o propósito de preservar a integridade fisiopsíquica de crianças e adolescentes, assegurando-lhes seu crescimento e desenvolvimento completo, à salvo de ingerências negativas que possam ser proporcionadas no âmbito patrimonial ou pessoal pela ausência, omissão, abuso ou negligência dos genitores ou responsáveis.[21] O explanado princípio, no atual estado da responsabilidade, traz, com coerência, em seu teor, os aspectos dos fundamentos, como a dignidade da pessoa humana, igualdade e solidariedade social, na medida em que, ampara a pessoa lesada, cuidando com https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br proporcionalidade, daquele que se encontra minimizado de suas condições ordinárias, em decorrência do dano injusto. 4.3 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO A responsabilidade civil por participar da evolução normativa, está sendo adaptada aos princípios que antes eram estranhos à seara privada. Essa estranheza é ofuscada pelos fundamentos – centralização da pessoa humana, solidariedade e igualdade – citados e pela evolução social. Engaja-se, dessa forma o princípio da prevenção, como, “o cerne da responsabilidade civil contemporânea. O que se deu à reparação de danos em termos de protagonismo nos últimos dois séculos, necessariamente se concederá à prevenção daqui por diante. Em outras palavras, se o século XX foi devotado à reparação de danos, o século atual será consagrado à prevenção”.[22] De fato, ainda que se tenha no direito a máxima ideia que de cunho indenizável, agir “sem lesionar o direito de outrem”, seria melhor, do que a tentativa de buscar a compensação ou reparação, que dificilmente, repõe o status quo ante, na sua exatidão anterior. 5. ABANDONO NO CÓDIGO PENAL Como foi citado no princípio do restitutio in integro, que tem seu cunho compensatório, valendo dessa máxima pelo nosso Código Civil, com as suas normas abertas, para interpretações. A seara penal possui cunho diverso do compensatório, haja vista, que o sistema jurídico brasileiro no âmbito da responsabilidade civil busca-se a compensação, não obstante a sua multifuncionalidade. Em outro giro, no âmbito penal, buscar-se-á a punição do agente causador do ilícito e possui seus tipos penais fechados. Explanando com precisão os dois institutos, que regam as responsabilidades em suas searas: Com efeito o direito penal direciona as suas lentes para a pessoa do ofensor; já o direito civil desvia o olhar para a vítima, assim temos que: https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br […] As sanções criminais incidem principalmente sobre o bem da liberdade pessoal, enquanto as civis observam a transferência de um quantum do ofensor ao ofendido. A responsabilidade civil representa uma reação contra o dano injusto mediante a sua reparação; a responsabilidade penal mira a punir uma conduta ilícita e a educar o ofensor, garantindo a tutela da coletividade e removendo a ofensa causada pelo crime.[23] A indiferença por parte dos pais é tratada no Código Penal, sob a nomenclatura de abandono. Trazidos no título VII, capítulo III, ao tratar DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR, dos temas diversos tutelados, pela lei penal, encontram-se a tipificação do Abandono material (Art. 244) e do Abandono intelectual (Art. 246). Ao que tange ao abandono material, ocorre quando o sujeito, sem justa causa, descumpre o dever legal de prover a subsistência ou deixar de socorrer o descendente ou ascendente, sendo agentes do polo passivo o cônjuge, o ascendente inválido ou maior de 60 anos, e o filho, menor de 18 anos ou inapto para o trabalho. Por vedação a analogia in malam parte , não se inclu i o convivente/companheiro “A expressão cônjuge é exclusiva da família constituída pelo casamento, não abrangendo o companheiro, que é o termo designado para o homem ou mulher que constituíram família pela via da união estável.”[24] Quanto ao abandono intelectual, o Código Penal cuida, em seu art. 246, o aspecto “[…] sancionatório, complementando a tutela ao ensino elementar, com o escopo de inibir o crescimento do analfabetismo. […] tutela-se o direito do menor à assistência familiar no aspecto relacionado à educação primária.”[25] Percebe-se que o Código Penal não advoga a responsabilidade por descuido dos genitores ou o abandono afetivo, por falta de taxatividade e/ou relevância, esta decorrente de seu “caráter fragmentário, no sentido de que apresenta a última ratio, do sistema para a proteção daqueles bens e interesses de maior importância para o indivíduo e a sociedade à qual pertence”.[26] Não obstante, o Código penal, não tratar do tema, é certo que este possui inegável relevância. No entanto, o assunto da responsabilidade é um dos institutos com mais movimento no mundo jurídico, somado com a relevância que tem o descumprimento dos genitores, que poderá ostentar em outros ramos do direito, em momentos próximos. Não há https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br como se olvidar totalmente da normatização em um caráter sancionatório,mas, notório é a tutela que do reflexo das luzes trazidas pelos fundamentos constitucionais, à tutela penal. 6. O DANO MATERIAL E MORAL E O ABANDONO AFETIVO Um vínculo conjugal pode durar uma vida toda, uma família nunca se dissolver, mas, há a hipótese disso não se prolongar, ou mesmo, de nunca ter havido vivência entre genitores. Em decorrência desse fato, chegam a serem olvidados, deveres da sociedade familiar/filial, afetando, todos os seus membros. Não raro, conhecermos ou participarmos de relações familiares das quais há algum indivíduo, sem a figura de um dos pais, ou, de ambos, por motivo de abandono/descumprimento, por parte dos genitores. A doutrina e nossos Tribunais, vêm galgando a responsabilização dos transgressores, visto ser, claro que há nessa indiferença entre o genitor e seu filho, a figura do dano. A responsabilidade civil ao que se refere ao campo do direito das famílias, em específico, ao abandono por ascendente (s) ao (s) descendente (s, é caracterizado, pelo descumprimento de valores inerentes ao instituto familiar, ensejando ao dano moral, e mesmo ao dano material. Nessa toada, verifica-se que a vítima, desabraçada, por seu causador, tem a pretensão que o responsabilize-o. Ao dano injusto, temos a classificação do dano patrimonial (ou material), conforme, ensinamentos, de que é, “a lesão a interesse econômico concretamente merecedor de tutela. Quando o dano ofende a relação entre a pessoa e bens economicamente avaliáveis, surge a responsabilidade patrimonial”.[27] Na figura lesiva ao bem patrimonial, decorrem figuras como o dano emergente (dano positivo), sendo, aquele que decorre do dano material direto dado a conduta do agente causador e o lucro cessante (dano negativo), sendo, aquele auferimento patrimonial provável, que a vítima deixou de auferir. Há ainda, a figura da perda de chance que, “está configurada quando a pessoa vê frustrada uma expectativa, uma oportunidade futura, que, dentro da lógica razoável, ocorreria se as coisas seguissem seu curso normal.”[28] Sem embargos, há ainda o dano moral, resultante da evolução de valores no campo jurídico, sendo: https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br A lesão de direitos cujo conteúdo não é pecuniário, nem comercialmente redutível a dinheiro. Em outras palavras, podemos afirmar que o dano moral é aquele que lesiona a esfera personalíssima da pessoa (seus direitos da personalidade), violando, por exemplo, sua intimidade, vida privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados constitucionalmente.[29] Vislumbra-se a diferença entre os danos mencionados por vários aspectos, tais como, a impossibilidade de volta ao status quo ante o grau de mensura ao dano causado, entre outros. Sendo, a impossível a volta ao estado anterior ao dano, é que, ao falarmos de dano moral, não susta, a consequência indenização, visto que, a nomenclatura indenização, surge do latim “in dene”, que significa, ter restaurado o seu estado anterior, que ao campo do dano moral, claramente, se torna inviável, essa restauração. Para tanto, é negativo o uso do termo indenização, mas, afirmativo, a figura da compensação. 7. RESSARCIMENTO DO DANO NO ABANDONO PATERNAL Sendo o ressarcimento a buscado pela imputação da responsabilidade ao transgressor e o afeto como elemento da sociedade familiar e amparada por nosso ordenamento jurídico, é inafastável o carácter elementar e ensejador obrigacional. Em várias passagens de nosso Estado democrático de direto, já houve ocasiões em que, por busca suplementar, os Tribunais Superiores tiveram que nos nortear, se o abandono afetivo seria passível de responsabilidade. Em primórdio, o STJ, como o alhures mencionado o REsp nº 757411, julgado em 2005, que afastou a incidência de indenização ao abandono afetivo. Com a mudança da jurisprudência da respeitável Corte, adveio uma nova perspectiva. Decidindo a 3a Turma, ser possível a indenização que o abandono afetivo, em decorrência ao dever de cuidado, julgando: Civil e processual civil. Família. Abandono afetivo. Compensação por dano moral. Possibilidade. 1. Inexistem restrições legais à aplicação das regras concernentes à responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar no Direito de Família. 2. O cuidado como valor jurídico objetivo está incorporado no ordenamento jurídico brasileiro não com essa expressão, mas com locuções e https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br termos que manifestam suas diversas desinências, como se observa do art. 227 da CF/88. 3. Comprovar que a imposição legal de cuidar da prole foi descumprida implica em se reconhecer a ocorrência de ilicitude civil, sob a forma de omissão. Isso porque o non facere, que atinge um bem juridicamente tutelado, leia-se, o necessário dever de criação, educação e companhia – de cuidado – importa em vulneração da imposição legal, exsurgindo, daí, a possibilidade de se pleitear compensação por danos morais por abandono psicológico. 4. Apesar das inúmeras hipóteses que minimizam a possibilidade de pleno cuidado de um dos genitores em relação à sua prole, existe um núcleo mínimo de cuidados parentais que, para além do mero cumprimento da lei, garantam aos filhos, ao menos quanto à afetividade, condições para uma adequada formação psicológica e inserção social. 5. A caracterização do abandono afetivo, a existência de excludentes ou, ainda, fatores atenuantes – por demandarem revolvimento de matéria fática – não podem ser objeto de reavaliação na estreita via do recurso especial. 6. A alteração do valor fixado a título de compensação por danos morais é possível, em recurso especial, nas hipóteses em que a quantia estipulada pelo Tribunal de origem revela-se irrisória ou exagerada. 7. Recurso especial parcialmente provido.”[30]. Ao analisar esse julgado, o professor Cassettari, extrai, que: 1) que existe responsabilidade civil em questões que versem sobre Direito de Família; 2) que o cuidado é um valor jurídico; 3) que o dano moral, nesse caso é in re ipsa (presumido); 4) que o afeto gera uma obrigação de fazer, por ser importante para a formação psicológica do ser humano; 5) que amar é faculdade e cuidar é dever.[31] Se coaduna com o mencionado julgado e com as lições doutrinárias o Enunciado 08, carregado de coerência, do IBDFAM[32], na qual temos, que “O abandono afetivo pode gerar direito à reparação pelo dano causado.” Em análise aos dois julgados citados, mesmo a doutrina que assevera, que não merece vigorar a indenização por de vínculo entre pais e filhos, na negativa de afeto. Concordam, que a indiferença obrigacional dos pais, ensejam indenização por dano moral, nesse sentido: https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Somente quando uma determinada conduta se caracterizar como ilícita é que será possível indenizar os danos morais e materiais dela decorrentes. Nessa ordem de ideias, não entendemos razoável a afirmação de que a pura e simples negativa de afeto entre pai e filho (ou mesmo entre outros parentes, como avô e neto) implicaria indenização por dano moral.[…] Conquanto em visão inicial possam parecer divergentes as decisões das turmas julgadoras de Direito privado do Superior Tribunal de Justiça, não há qualquer antinomia, contradição, entre elas. Com efeito, o entendimento da jurisprudência superior, não é conflituoso. Afirma- se que (i) não se admite indenização pelo abandono afetivo puro e simples, uma vez que o afeto não é um valor jurídico exigível; mas (ii)é possível uma indenização por dano moral, em razãoda violação do dever de cuidado.[33] Posteriormente, o Superior Tribunal de Justiça, voltou a julgar tema correlato envolvendo um pai e um filho desamparado, no caso a não assistência seria material. Sendo, O descumprimento da obrigação pelo pai, que, apesar de dispor de recursos, deixa de prestar assistência MATERIAL ao filho, não proporcionando a este condições dignas de sobrevivência e causando danos à sua integridade física, moral, intelectual e psicológica, configura ilícito civil, nos termos do art. 186 do Código Civil.[34] Seguindo sobre o tema o STJ, no ano de 2017, julgou, A indenização por dano moral, no âmbito das relações familiares, pressupõe a prática de ato3. ilícito. 3. O dever de cuidado compreende o dever de sustento, guarda e educação dos filhos. Não há dever jurídico de cuidar afetuosamente, de modo que o abandono afetivo, se cumpridos os deveres de sustento, guarda e educação da prole, ou de prover as necessidades de filhos maiores e pais, em situação de vulnerabilidade, não configura dano moral indenizável.[35] Nota-se, que com o mencionado julgado, ocorreu a restrição de elementos para a que se obtenha a indenização, como, exigindo de maneira detalhada a demonstração do ilícito civil. As mudanças/variantes no entendimento do Superior Tribunal de Justiça, ainda que neguem de um lado a indenização como resultado da responsabilidade civil, não se deve ter essa como único, resultado possível. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Por certo o Tribunal, tem se afastado da ideia da figura afetiva e colocando olhares nos deveres a serem cumprimentos dos pais, isso, todavia, não deixa de tutelar e observar a solidariedade, a igualdade e a dignidade humana. É bem verdade, que não há em nosso texto constitucional, de forma expressa, a orientação que enseja o elemento estrutural da afetividade. No entanto, sustenta a doutrina majoritária, que está, resulta da dignidade da pessoa humana. Nas lições: […] a importância do afeto para a compreensão da própria pessoa humana, integrando o seu ‘eu’, sendo fundamental compreender a possibilidade de que dele (do afeto) decorram efeitos jurídicos, dos mais diversos possíveis.[36] Não obstante, a ausência, do afeto, de forma expressa em nosso ordenamento jurídico, este é postulado inerente ao direito das famílias. Seu cunho jurídico é inexorável, em nossos tempos, por demais, haja vista, a importância que paira sobre a entidade familiar, ainda, que nos afastemos da dita afetividade, como visto, na jurisprudência do STJ. CONCLUSÃO Por este trabalho, procurou-se expor a pesquisa do abandono paternal e consequente a sua responsabilidade, visto, ser um tema de grande relevância ao cotidiano, com o crescente número de casos como os deste trabalho. Com o escopo de mostrar a importância gerada pela conduta de abandonar um descendente, é algo que precisa ser posto em patamar visível em nossa sociedade contemporânea e possui um teor agressivo à vida dos filhos. Pelo tudo que foi exposto, percebe-se que os institutos, das famílias e responsabilidade civil, passaram por modificações, que buscaram o aprimoramento, perante a sociedade e incansável estudo jurídico, por seus operadores, bem como a segurança jurídica, amenização e inibição a prática de tais atos, buscando obter aquilo estabelecido em nossa Constituição Federal. Buscou-se, ainda, expor o instituto da responsabilidade civil, as suas perspectivas dado o direito civil em movimento, esmiuçando os institutos impregnáveis ao direito das famílias e a responsabilidade contemporânea, que se constrói, bem como a importância, ora, da indenização, ora, da compensação. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Quanto a figura dos pais, notou-se a máxima importância de seu papel na criação de seus filhos, a sua educação, que gerará de seus atos, precedentes que sua prole levará em seu caminho de vida, respeito com terceiros, corolários do princípio da dignidade da pessoa, sendo, este o norteador que ampara os descendentes, frente, aos deveres e atribuições dos ascendentes. Desta feita, mesclando todos os institutos, em relatos e a visão jurisdicional, condensados pela doutrina e pela jurisprudência, no silêncio legislativo. Visto que por vezes, os descendentes que buscaram a devida tutela jurisdicional, dada a omissão de seu(s) genitor(es) se deparavam com a divergência forense. Ao decorrer dos estudos, pôde-se perceber, que mesmo, o ato de abandono de um filho, tornou-se repudiado aos olhos do Estado-Juiz. Sem embargos, em princípio a jurisprudência envergar para o não reconhecimento de dano suficiente para gerar a indenização, atualmente, os tribunais comungam da razão que leva um descendente abandonado a procurar a tutela estatal, como única forma eficaz de manifestar o ascendente. Por fim, ao que foi apresentado, brevemente, neste trabalho acadêmico, vimos que os deveres constitucional, morais e sociais, dos pais, é baliza que pressupõe a indenização. Por mais que a doutrina e a jurisprudência, ao fixar a incidência de responsabilização, partindo do cuidado, como obrigação com os filhos e/ou a figura do afeto, inerente à base principiológica do direito das famílias, é nesse fator (deveres dos pais), que se paira a essência para o cabimento responsabilidade. Por cento que em nosso ordenamento, para pacificar, aguardar-se pela intervenção do poder legislativo, visto a sua força de fonte de direito, direta, para apaziguar eventuais casos de abandono paternal, de forma contundente. REFERÊNCIAS BARROS, Flávio Monteiro, Manual de direito penal, 1ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019. BITENCOURT, Cezar Roberto, Tratado de direito penal, 20ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br BRASIL. CONGRESSO NACIONAL. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em 17 de dezembro de 2019 CARNACCHIONI, Daniel, Manual de direito civil, 3ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2020. CHRISTIANO, Cassettari. Elementos de direito civil. 7ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2019. BRASIL. Constituição (1988). Disponível em: Acesso em: 16, nov. 2019. FARIAS, Cristiano; NETTO, Felipe; ROSENVALD, Nelson, Curso de Direito civil, V. 3. 3ª ed. Salvador: Juspodivm, 2016. FARIAS, Cristiano; NETTO, Felipe; ROSENVALD, Nelson, Manual de direito civil, V. único. 1ª ed. Salvador, 2017. FERNANDES, Bernardo Gonçalves, Curso de direito constitucional, 10ª ed. Salvador, juspodivm, 2018. GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona, Curso de direito civil, V. 3. 10ª ed. São Paulo: Saraiva. 2012. GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona, Curso de direito civil, V. 6. 4ª ed. São Paulo: Saraiva. 2014. IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família). Acesso em: 11 nov. 2019. NETTO, Felipe Braga. Novo manual de responsabilidade civil. 1. ed. Salvador: Juspodivm, 2019. MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet Branco, Curso de direito constitucional. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014. PAULSEN, Leandro, Curso de direito tributário completo, 9ª ed. Porto alegre: Saraiva, 2018. TARTUCE, Flávio, Direito Civil, V. 5, 12ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br TARTUCE, Flávio, Manual de direito Civil, V. único, 7ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. APÊNDICE – REFERÊNCIAS DE NOTA DE RODAPÉ 3. NETTO,Felipe Braga. Novo manual de responsabilidade civil. 1. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 663. 4. CARNACCHIONI, Daniel, Manual de direito civil. 3ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2020, p. 1701. 5. PAULSEN, Leandro, Curso de direito tributário completo, 9ª ed. Porto alegre: Saraiva, 2018, p. 71. 6. TARTUCE, Flávio, Direito Civil, V. 5, 12ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017, p. 19. 7. MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet Branco, Curso de direito constitucional. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 255. 8. Idem. 9. FERNANDES, Bernardo Gonçalves, Curso de direito constitucional, 10ª ed. Salvador, juspodivm, 2018, p. 739. 10. BRASIL, Congresso Nacional. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988. Disponível em <www.planalto.gov.br>. Acesso em 17 dez. 2019. 11. CASSETTARI, christiano. Elementos de direito civil. 7ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2019, p. 381. 12. NETTO, Felipe Braga. Novo manual de responsabilidade civil. 1. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 36-37. 13. CASSETTARI, christiano. Elementos de direito civil. 7ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2019, p. 382. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br 14. Idem. 15. NETTO, op. cit., p. 39. 16. MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet Branco, Curso de direito constitucional. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 50. 17. NETTO, op. cit., p. 78. 18. NETTO, op. cit., p. 82. 19. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp nº 757411 MG 2005/0085464-3. Relator: Min. Fernando Gonçalves. Quarta Turma. Data do julgamento: 29/11/2005. Data da publicação: 27/03/2006. 20. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp nº 299.048 SP. Relator. Min. Aldir Passarinho Júnior. Julgamento em 21/06/2001. 21. FARIAS, Cristiano; NETTO, Felipe; ROSENVALD, Nelson, Manual de direito civil, V. único. 1ª ed. Salvador, 2017, p. 1839. 22. NETTO, op. cit., p. 84. 23. FARIAS, Cristiano; NETTO, Felipe; ROSENVALD, Nelson, op. cit., p. 1839. 24. BARROS, Flávio Monteiro, Manual de direito penal, 1ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 1221. 25. BARROS, op. cit., p. 1230. 26. BITENCOURT, Cezar Roberto, Tratado de direito penal, 20ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 37. 27. FARIAS, Cristiano; NETTO, Felipe; ROSENVALD, Nelson, Curso de Direito civil, V. 3. 3ª ed. Salvador: Juspodivm, 2016, p. 253. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br 28. TARTUCE, Flávio, Manual de direito Civil, V. único, 7ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017, p. 369. 29. GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona, Curso de direito civil, V. 3. 10ª ed. São Paulo: Saraiva. 2012, p. 111. 30. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp nº 1.159.242/SP. Relatora: Min. Nancy Andrighi. Terceira Turma. Data do julgamento: 24/04/2012. Data da publicação: 10/05/2012. 31. CASSETTARI, christiano, op. cit., p. 383. 32. IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família). Acesso em: 11 nov. 2019. 33. FARIAS, Cristiano; NETTO, Felipe; ROSENVALD, Nelson, Manual de direito civil, V. único. 1ª ed. Salvador, 2017, p. 1667. 34. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp nº 1087561/RS. Relator: Min. Raul Araújo. Quarta Turma. Data do julgamento: 13/06/2017. Data da publicação: 18/08/2017. 35. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp nº 1579021 RS. Relatora: Min. Maria Isabel Gallotti. Quarta Turma. Data do julgamento: 19/10/2017. Data da publicação: 29/11/2017. 36. FARIAS, Cristiano; NETTO, Felipe; ROSENVALD, Nelson, Manual de direito civil, V. único. 1ª ed. Salvador, 2017, p. 1648. [1] Acadêmica de direito no Centro Universitário Luterano de Manaus – ULBRA. [2] Mestre em direito pela Faculdade do Sul de Minas e Professor do Centro Universitário Luterano de Manaus. Enviado: Janeiro, 2020. Aprovado: Fevereiro, 2020. REVISÃO INTEGRATIVA https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br COSTA, Glênia Santos [1], BRASILEIRO, Marislei Espíndula [2] COSTA, Glênia Santos. BRASILEIRO, Marislei Espíndula. Percepção dos profissionais da saúde sobre a higienização das mãos no Pronto Socorro. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 01, Vol. 10, pp. 71-82. Janeiro de 2020. ISSN: 2448-0959 Contents RESUMO 1. INTRODUÇÃO 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3. METODOLOGIA 3.1 ETAPAS DA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA 4. RESULTADO E DISCUSSÃO 5. DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS RESUMO A higienização das mãos é uma prática que possui dimensões que asseguram a prevenção da infecção ocasionada pela assistência à saúde, configurando-se como um dos problemas de saúde pública. Assim, faz-se necessário questionar a figura dos profissionais da saúde diante da problemática. Tem-se como objetivo analisar a percepção desses profissionais atuantes no Pronto Socorro, identificando, para isso, o conhecimento e as práticas assistenciais deste profissional em relação à higienização das mãos. Os artigos foram obtidos a partir da pesquisa nas bases de dados da BIREME. Para isso, foi feito o acesso aos materiais da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), indexados na base de dados LILACS e SCIELO, no período de 2010 a 2017. A partir dos critérios de inclusão e exclusão, 16 (dezesseis) publicações foram incluídas no estudo. Os resultados apontam que a prática de higienização das mãos, em alguns estudos, é executada de forma ineficaz pelos profissionais, sendo que eles são https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br conscientes da sua atuação. Observou-se que a educação em saúde é um fator primordial para garantir a segurança do paciente, pois o previne de infecções relacionadas à saúde. Palavras-chave: Lavagem das mãos, higienização, enfermagem. 1. INTRODUÇÃO A higienização das mãos é um dos métodos de grande importância para o controle de infecções que surgem em razão da prestação de serviços de saúde. O contato direto com o paciente requer a adesão de um método eficaz para prevenção das infecções relacionadas à saúde (IRAS). Na assistência à saúde, os pacientes e os cuidados referentes a ele, consequentemente, necessitam de uma intervenção dos profissionais no intuito de não disseminar os microrganismos patogênicos existentes nas mãos (SANTOS et al, 2014). Os profissionais estão expostos a vários riscos ocupacionais, pois, os enfermeiros, estão em contato constante com riscos diversos. Desde 2004 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) uniram esforços para intensificar a segurança do paciente. Uma das metas dessa aliança é a redução das Infecções Relacionadas à Assistência Saúde (IRAS) (SANTOS et al, 2014). A partir das evidências relacionadas aos estudos sobre a higienização das mãos, verificamos que há um fator primordial: os profissionais da saúde estão ligados diretamente com a segurança do paciente e precisam, então, tomar alguns cuidados. Considerando as dificuldades que temos para atender os pacientes em uma Unidade de Pronto Atendimento, a técnica de higienização das mãos é um método com um custo baixo e prático diante da segurança do paciente (BATHKE et al, 2013). Segundo Prado (2013), a higienização das mãos é um indicador de qualidade de serviços de saúde, pois proporcionará uma assistência com prevenção bem como é um método simples e eficaz. Durante a formação acadêmica dos profissionais da enfermagem e da medicina, aprendem que antes e após o contato com paciente deve-se lavar as mãos.Com isso, alguns estudos mostraram que devido à abordagem teórica de biossegurança ser antes da prática, requer uma dedicação maior da fiscalização do próprio estudante para que não haja uma má conduta ao ter contato direto com o paciente (CAIRES et al, 2016). A https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br exposição aos riscos de assistência em que os profissionais têm juntamente com o paciente, revela que as infecções são decorrentes do mesmo e que isso torna um problema de saúde pública, porém os pacientes ficam por mais tempo internados, a resistência a antibióticos podem aumentar e o custo para o sistema público fica mais caro (DOURADO, 2016). Segundo Oliveira e Paula (2013), um indicador voltado à redução dos danos a saúde pública aponta que os profissionais devem aderir às medidas de prevenções, visando tanto a qualidade no serviço e segurança do paciente quanto a segurança dele mesmo. Mediante este contexto, percebe-se que os atendimentos em Pronto Socorro bem como o crescimento das demandas exigidas pelos usuários requerem medidas básicas para evitar a disseminação de agentes patogênicos. Assim sendo, durante a formação dos profissionais da saúde, acredita-se que incentivar a higienização influenciará o desempenho dessa prática no cotidiano de trabalho desses alunos ainda em formação (TRANNIN et al, 2016). Os atendimentos pediátricos, consequentemente, necessitam de uma proximidade maior dos profissionais com esses cuidados, sobretudo com a higienização das mãos, visto que é o método mais seguro para garantia de prevenção de infecção quando realizado corretamente e nos momentos adequados (BOTENE; PEDRO, 2014). A OMS preconizou 5 momentos para higienização das mãos, são eles: 1: antes do contato com o paciente, 2: antes da realização de procedimentos assépticos, 3: após o risco de exposição a fluídos corporais, 4: após o contato com paciente e 5: após contato com áreas próximas ao paciente. Dentre esses segmentos, os profissionais precisam se atentar que a infecção disseminada pode ocorrer de forma ativa, e, assim, não devemos nos preocupar somente com o paciente, mais sim com o contexto geral e com a própria saúde dos profissionais que estão, também, expostos constantemente a tais riscos. Precisa-se, então, de meios que possam evitar a aquisição de agentes patogênicos prejudiciais a saúde. (DOURADO, 2016). Segundo Paula e Oliveira (2012), a preocupação de manter uma assistência adequada é algo antigo, iniciado por volta de 1847. Semmelweiss tem um grande impacto no cuidado, porém ele mostra os cuidados relacionados aos pacientes e a sua relação com as infecções; Semmelweiss observa a partir de um método dedutivo que a mortalidade das puérperas era maior quando os pacientes eram atendidos pelos estudantes de medicina que saíam da sala de autópsia e iam para sala de parto, quando se comparava essa prática com os cuidados https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br tomados pelas parteiras. Diante disso, com o passar dos anos, as bases de cuidados estavam se consolidando pois se prezava pela segurança dos pacientes. Assim, surgiram métodos para minimizar a disseminação e a propagação de microrganismos patogênicos. Pode-se citar como exemplo a assepsia, a antissepsia, desinfecção, a esterilização e a antibioticoterapia. A partir de 1960 foram criadas as comissões voltadas ao controle da infecção hospitalar para auxiliar na elaboração de métodos educativos capazes de prevenir as infecções relacionadas à saúde (OLIVEIRA; PAULA, 2012). A enfermagem abrange toda área hospitalar. Nota-se, também, que alguns profissionais se sentem com mais afinidade em trabalhar em alguns setores. Alguns estudos mostraram que a motivação profissional leva o profissional a exercer sua função com dedicação e eficácia, não deixando, portanto, a negligência interferir na execução de suas ações (GIORDANI et al, 2014). São vários os motivos que podem levar um profissional a não realizar suas funções adequadas. A insatisfação é um desses fatores que os induz a praticar atos negligentes. A falta de uso da técnica de higienizar as mãos leva a diferentes motivos para se chegar a uma infração de negligência assim como crenças, mitos, falta de motivação profissional, falta de pias, tempo, preparo e consciência sobre a importância das mãos para uma transmissão. (PRIMO et al, 2010). Dentre os atributos individuais de motivação profissional, o esforço em aderir às práticas de higienização das mãos contribui para com as possíveis dificuldades encontradas que interferem na ação de controle de infecção (GIORDANI et al, 2014). A pele das mãos abriga duas populações de microrganismos: uma microbiota residente e a outra microbiota transitória, sendo que a residente possui um microrganismo de baixa virulência. A forma de remoção mais fácil e recomendada é a utilização da água e sabão durante a higienização das mãos. Segundo Dotto et al (2015), uma vez que o profissional irá entrar em contato com o paciente, esse contato deve se dar de forma adequada e tudo dependerá de qual método ele irá adotar para a higienização, podendo esse ser a: higienização antisséptica das mãos; higienização simples das mãos; antissepsia cirúrgica ou preparo pré-cirúrgico das mãos e fricção direta de antisséptico nas mãos. A partir do contexto apresentado, o estudo busca refletir sobre a literatura voltada às práticas dos profissionais da saúde. Tem-se como objetivo analisar a percepção dos profissionais da saúde atuantes no Pronto Socorro. Visa-se verificar o conhecimento e as práticas assistenciais deste profissional em relação à higienização das mãos. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar a percepção dos profissionais da saúde atuantes no Pronto Socorro, tendo-se como objetivo identificar o conhecimento e as práticas assistenciais deste profissional em relação à higienização das mãos. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar e analisar o a percepção dos profissionais do Pronto Socorro; Identificar o conhecimento dos profissionais quanto às técnicas de higienização das mãos; Identificar as relações existentes entre ensino-serviço-comunidade para viabilizar as práticas de promoção da saúde; Identificar e analisar as práticas de educação continuada no Pronto Socorro; Apresentar a importância da atuação dos enfermeiros quanto ao ensinamento da importância de higienizar as mãos; Identificar os fatores que indicam comprometimento (ou não) dos profissionais da saúde na educação e prevenção das infecções relacionadas à saúde. 3. METODOLOGIA Para atingir aos objetivos, utilizou-se a revisão integrativa da literatura baseando nas vivências dos autores escolhidos para o estudo integrativo. A análise será constituída a partir de seis etapas a fim de obter um melhor entendimento sobre a temática nos estudos publicados. 3.1 ETAPAS DA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA 1º Etapa: Identificação do tema e a questão de pesquisa para elaboração da pesquisa integrativa https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Diante das assistências prestadas pelos profissionais nas unidades de Pronto Socorro, nota-se que a agilidade é primordial para o atendimento e que o conhecimento e as práticas de higienização das mãos, em muitas das vezes, são realizados de forma ineficaz. Assim, a partir da delimitação da temática, optou-se por verificara literatura relacionada e analisar as formas citadas quanto a percepção das práticas e conhecimentos dos profissionais da saúde. 2º Etapa: Estabelecendo os critérios para inclusão e exclusão de busca da literatura As publicações científicas brasileiras foram pesquisadas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), na base de dados LILACS e SCIELO, com os seguintes descritores: higienização, lavagem das mãos e profissionais da saúde. Os critérios de utilizados foram os seguintes: artigos disponíveis no idioma português e com ano de publicação de 2010 a 2016. Como critério de exclusão optou-se por não utilizar textos incompletos e artigos que não estivessem disponíveis na íntegra on-line. A partir dos três descritores bem como dos critérios de inclusão, foram encontradas 5.561 pesquisas em português e em línguas estrangeiras. Dentre eles, foram selecionados 16 artigos em língua portuguesa. 3º Etapa: Identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados A busca inicial dos artigos selecionados iniciou pelos resumos, seus descritores, títulos das publicações, e, a partir disso, foram escolhidos os que mencionavam a linha de pesquisa adotada na revisão integrativa. Após isso, organizou-se os materiais escolhidos. 4º Etapa: Categorização dos estudos selecionados Os artigos pesquisados foram incluídos na pesquisa de revisão integrativa, sobretudo os itens relacionados à: ano de publicação, título da pesquisa, descritores, identificação do tema. Foram analisados os resultados das pesquisas, suas metodologias, linhas de pesquisas e conclusões acerca das temáticas mencionadas. 5º Etapa: Análise e interpretação dos dados A partir da leitura e análise dos artigos, notamos que foram mencionados vários estudos que se pautaram nos ambientes da área da saúde bem como que os profissionais da saúde estão sendo avaliados quanto à sua percepção, quanto seu conhecimento e quanto às suas práticas em relação à higienização das mãos, pois é um método simples e preventivo de https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br infecções relacionadas à saúde. 6º Etapa: Apresentação da revisão /síntese do conhecimento Com a avaliação dos artigos expostos, percebeu-se importância da técnica de higienização das mãos, pois diminui os índices de infecções relacionadas à saúde bem como identificou-se que a prática não tem sido tão frequente e/ou feita de maneira correta. 4. RESULTADO E DISCUSSÃO Analisou-se um total de dezesseis artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Eles estão representados no Quadro 1. Quadro 1: Distribuição dos artigos analisados NÚMERO, AUTOR E ANO OBJETIVO RESULTADO CONCLUSÃO Estudo 1 Santos et al (2014) Estudo Descritivo Exploratório Avaliar, por meio de indicadores a frequência e a infraestrutura para a higienização das mãos, além do conhecimento da equipe de enfermagem sobre o tema. Os profissionais relataram alta frequência de higienização das mãos, demonstrando conhecimento acerca da sua importância, porém contrariando os achados da observação. Concluiu-se que, apesar da infraestrutura adequada, a higienização das mãos esteve aquém do esperado, sendo necessárias ações e estratégias de superação dessas barreiras e ampliação do uso de solução alcoólica. Estudo 2 Prado et al (2013) Estudo Observacional transversal Avaliar estrutura física para a prática da higienização das mãos em um serviço de assistência à saúde hospitalar. Utilizou-se para a coleta de dados um instrumento estruturado e, para a análise, a estatística descritiva. Existem falhas na infraestrutura para a prática da higienização das mãos, o que pode comprometer a qualidade da assistência e a segurança do paciente. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Estudo 3 Caires MS (2016) Estudo Transversal Avaliar a conduta e o conhecimento dos estudantes de Medicina do quinto e sexto anos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, os quais já frequentam estágios permanentes, que usam as técnicas de assepsia e antissepsia tanto para as mãos quanto para os instrumentos de rotina, na prática clínica, cirúrgica e obstétrica. Resultados divergentes quanto ao conhecimento dos estudantes sobre as normas de higiene e à sua conduta na prática médica. Alguns fatores que levam a não adesão à técnica asséptica pelos estudantes são a abordagem teórica sobre higienização e biossegurança em período diferente do da prática, falta de fiscalização, carência de inumo e materiais, e má conduta de alguns profissionais de saúde. Estudo 4 Dourado SBPB (2016) Estudo Exploratório de desenho quase experimental com abordagem quantitativa Analisar a relação entre o conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre a higienização das mãos com preparação alcoólica e os efeitos desta nas taxas de infecção e custo hospitalar na UTI de um hospital privado. Revelaram que os profissionais têm conhecimentos adequados sobre higienização, mesmo antes das intervenções educativas, porém, somente as infecções de corrente sanguínea associadas ao cateter central reduziram significativamente. Os profissionais de enfermagem têm conhecimento adequado sobre a higienização das mãos, no entanto, não houve relação positiva entre este e as taxas de infecção do trato urinário, pneumonia associada à ventilação mecânica e custo hospitalar após a intervenção educativa. Estudo 5 Botene DZA, Pedro ENR (2014) Estudo Qualitativo descritivo Analisar como a formação acadêmica sobre a higienização das mãos (HM) contribui para a segurança do paciente pediátrico. Constatou-se que a formação acadêmica de forma pouca efetiva para a criação de uma cultura de segurança do paciente. Existem lacunas, sob a ótica dos profissionais durante o processo formativo quanto a temática da higienização das mãos. Recomenda-se que para tal introjeção dos futuros profissionais, seja importante uma abordagem de forma transversal, contínua, sistemática e foco de avaliações sobre a durante toda a formação, assim como tema de reflexões para os formadores em saúde. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Estudo 6 Araújo DD de et al (2016) Estudo Descritivo transversal Identificar a quantidade de unidades formadoras de colônias das mãos de componentes da equipe de enfermagem antes e após de lavá-las com água e sabão e antisséptico. A utilização de água e sabão pode reduzir a população microbiana presente nas mãos em até 88,7% e a aplicação de produtos antissépticos, em especial de agentes com base alcoólica, pode intensificar a redução microbiana em até 97%. A higienização das mãos é de suma importância na prevenção e controle das infecções em serviços de saúde. Estudo 7 Oliveira AC, Paula AO (2013) Estudo Ensaio teórico Buscou-se discutir os marcos históricos na área da infecção relacionada à assistência em saúde (IRAS), contextualizando a interface entre a infecção relacionada ao cuidar em saúde e a segurança do paciente, além de apontar os desafios e as perspectivas para área de segurança do paciente. A abordagem multifatorial para o controle das IRAS pode ser favorecida por meio da vigilância contínua e efetiva da infecção da monitoração da higienização de mãos e de recursos para adesão às precauções, enfatizando o comportamento individual e coletivo. Reflexão dos profissionais sobre a corresponsabilização na qualidade das práticas individuais, coletivas e institucionais, bem como para um “novo olhar” sobre o fazer, o pensar e o agir. Estudo 8 Primo GB et al (2010) Estudo Descritiva do tipo quantitativa Avaliara adesão dos profissionais da área de saúde quanto à prática de higienização das mãos. A análise foi realizada por meio do programa SPSS versão 16.0, foi analisada 1316 oportunidades de HM dessas 951 (72,3%) não ocorreram à adesão a essa prática. Segundo as normas regulamentadas pelos órgãos competentes, não se apresenta incorporada à prática diária dos profissionais da saúde dessa instituição e desta forma, ações educativas com vistas a orientar e motivar esses profissionais à prática correta e frequente de HM devem ser discutidas e implementadas. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Estudo 9 Giordani AT et al (2014) Estudo Descritivo Verificar fatores motivacionais à adesão na higienização das mãos por equipe de enfermagem de hospital público de Londrina PR, Brasil em 2012, e de propor estratégias para sua melhoria. Os fatores motivacionais influenciadores na adesão à prática de higienização das mãos foram: desenvolvimento / crescimento profissional, interesse pelo trabalho, flexibilidade para priorizar as ações de cuidado, autonomia e participação nas decisões. No planejamento da educação permanente para melhoria da adesão à higienização das mãos, bem como a qualidade da assistência prestada. Estudo 10 Dotto PP et al (2015) Estudo Ensaio clínico randomizado Este trabalho avaliou a eficácia da lavagem das mãos cirúrgica das mãos e antebraços com escova impregnada com clorexidina a 2%, comparando com o método de fricção das mãos e antebraço com sabonete líquido contendo clorexidina a 2%. Os mostraram que o método de fricção com sabonetes contendo clorexidina a 2% apresentou melhores resultados. A higienização das mãos pelo método de fricção com sabonete contendo clorexidina a 2% foi mais eficaz quando comparada à realizada com escova impregnada com clorexidina a 2%, sugerindo um método de preparo pé- cirúrgico das mãos mais rápido, eficaz e menos oneroso. Estudo 11 Bathke J et al (2013) Estudo Observacional A infraestrutura material e a adesão à higienização das mãos em unidade de terapia intensiva do sul do Brasil, em 2010. A infraestrutura apresentou-se deficiente em funcionalidade. Os resultados implicam risco para a segurança dos pacientes, sendo relevante o planejamento de ações corretivas e que promovam essa prática. Estudo 12 Trannin KPP et al (2016) Estudo Pesquisa Quantitativa Observar a adesão à higiene das mãos por profissionais de saúde de um Serviço de Emergência de Hospital Universitário, no estado de São Paulo e verificar se houve modificação na adesão após a realização de intervenção educativa entre julho de 2012 e de dezembro de 2013. Na fase pós-intervenção, todos os profissionais apresentaram maior adesão à higiene das mãos quando comparado ao período pré-intervenção e a adesão foi significativamente maior após a realização de procedimentos assépticos. Higienização das mãos esteve aquém do esperado e que estratégias educativas favoreceram a adesão. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Estudo 13 Oliveira AC, Paula AC (2017) Estudo transversal Verificar os aspectos relacionados à percepção dos profissionais de saúde no que diz respeito à higienização das mãos, em uma unidade de pronto- atendimento. Os profissionais de saúde atribuem como alto o impacto das infecções na evolução clínica dos pacientes e a eficácia da higiene de mãos no controle destas. Os profissionais percebem a HM como uma medida eficaz de controle de infecção e reconhecem que as taxas de adesão das equipes de saúde em geral, são baixas. Estudo 14 Prado MF, Maran E (2014) Estudo Reflexão teórica Propor uma reflexão teórica sobre os aspectos relacionados ao uso das preparações alcoólicas para higienização das mãos, no contexto dos serviços de saúde na perspectiva das recomendações internacionais e nacionais. A comprovação da eficácia antimicrobiana das preparações alcoólicas por métodos rigorosos que simulam condições práticas de uso é fundamental para a utilização destes produtos nos serviços de saúde. Identificam-se lacunas nas normativas oficiais, referentes aos aspectos supracitados que podem comprometer um dos componentes mais importantes do controle de infecções e a segurança do paciente. Estudo 15 Skodova M et al (2015) Estudo descritivo Assim como as mãos dos profissionais de saúde, as mãos dos estudantes de enfermagem e medicina durante os estágios clínicos podem funcionar como veículos de transmissão das infecções hospitalares. Avaliaram-se 546 alunos, 73,8% da Graduação em Medicina e 26,2% da Enfermagem. A técnica de higiene de mãos não foi realizada de modo eficaz. O papel educativo é fundamental para sedimentar as bases de boas práticas na higienização das mãos, em conhecimentos teóricos e no desenvolvimento de habilidades e reforço de boas práticas. Estudo 16 Souza LM et al (2015) Estudo transversal analítico com abordagem quantitativa Identificar a adesão dos profissionais de saúde de uma Unidade de Terapia Intensiva aos cinco momentos de higienização das mãos. Em 446(6,2%) observações não ocorreu a higienização das mãos, ficando a taxa de adesão em 43,7%. A prática de higienização das mãos está distante das diretrizes nacionais e internacionais, principalmente frente ao cenário atual de aumento de infecções por microrganismos multirresistentes. Fonte: Elaborado pelo autor (2020) https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br 5. DISCUSSÃO O processo de higienização das mãos deve ser realizado conforme alguns parâmetros antes de se optar pela escolha ideal para executar a ação. Quando as mãos estão visivelmente sujas, deve-se lavar com água e sabão, já em outro momento, quando não estão visivelmente sujas, pode-se utilizar a fricção com preparação alcoólica (DOURADO, 2016; ARAÚJO et al, 2016). O tema “higienização das mãos” é um dos grandes desafios da saúde para se chegar a uma assistência adequada, e, para haver higiene, precisa-se de tempo, pois no pronto socorro o tempo é primordial para os profissionais, devido à sobrecarga de trabalho, o que pode fazer com que não haja a execução da ação assistencial como prevenção de infecção (ARAÚJO et al, 2016). A preocupação com a segurança do paciente é visível nos artigos mencionados na pesquisa, diante da assistência prestada ao paciente de forma direta ou indireta. Notou-se, ainda, que os profissionais são insuficientes ao realizar, em sua prática, a higienização das mãos (BOTENE; PEDRO, 2014). Na avaliação literária, notou-se que alguns fatores podem interferir para que higienização das mãos não se conclua como, por exemplo, as pias inadequadas, falta de papel toalha, sabonetes etc. É fundamental que se tenha infraestrutura para que um método simples e prático contribua para com a eficácia da assistência, visto que tal prática acarreta a segurança do paciente (PRADO et al, 2013). Em algumas áreas que são potencialmente críticas à educação profissional, o incentivo à higienização das mãos deve ser ainda mais trabalho e impulsionado, sobretudo para que haja uma maior percepção profissional. Para isso, discutir sobre os padrões de comportamento e motivações no ambiente de trabalho e sobre as infecções especificamente adquiridas em serviços de emergência que acabam sendo favorecidas nas situações existentes nos pronto socorro devido à realização rápida dos procedimentos é importante, para, depois, demonstrar que a medida mais simples e eficaz é a higienização das mãos, visto que é um método de maior praticidade para controlar efetivamente as infecções (TRANNINet al, 2016). Conforme Oliveira e Paula (2017), os estudos mostram que os profissionais estão informados em relação ao controle de infecção e que a falta de higienização pode levar o paciente e eles mesmos a se contaminarem ao entrar em contato com os objetos utilizados em pacientes. No entanto, no Brasil há poucos relatos sobre a higienização das mãos e como os profissionais https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br se mostram em relação à importância desta prática. A preocupação com as IRAS é, atualmente, uma forma de melhorar a assistência, porém os profissionais precisam ser incentivados a não desprezar a higienização das mãos, pois tanto o contato direto quanto o indireto com paciente a partir de objetos revela a capacidade e a fragilidade dos profissionais ao não fazerem uso da higienização (PRIMO et al, 2010). CONSIDERAÇÕES FINAIS O uso de indicadores para avaliação de higienização das mãos demonstra que estes momentos devem ocorrer sequencialmente para se chegar na prevenção de microrganismos, o que é primordial no contato direto e indireto com o paciente. Há uma série de cuidados que precisam ser tomados, principalmente quando se trata de crianças. As reflexões sobre a higienização das mãos devem ser incentivadas, de forma que os profissionais se adequem a essa prática nos momentos antes e após a assistência prestada. A educação continuada da técnica de higienização das mãos para os profissionais da saúde mostra-se uma ferramenta de prevenção. Porém, estudos enfocaram que estes, por vezes, realizam a técnica de forma ineficaz, e, portanto, é necessário realizar uma constante abordagem sobre o assunto, visto que esta garantirá a segurança do paciente por meio da educação em saúde. REFERÊNCIAS ARAÚJO, D. D. de .et al. A importância da higienização das mãos no controle das infecções em serviços de saúde. Rev. enferm. UFPE, p. 4880-4884, 2016. BATHKE, J. et al. Infraestrutura e adesão à higienização das mãos: desafios à segurança do paciente. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 34, n. 2, p. 78-85, 2013. BOTENE, D. Z. de. A; PEDRO, E. N. R. Os profissionais da saúde e a higienização das mãos: uma questão de segurança do paciente pediátrico. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 35, n. 3, p. 124-129, 2014. CAIRES, M. S. et al. Avaliação das práticas de higienização por estudantes de medicina da Universidade Federal da Bahia (Brasil) durante atendimento clínico. Revista Brasileira de https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Educação Médica, v. 40, n. 3, p. 411-422, 2016. DOTTO, P. P. et al. Eficácia de dois métodos de degermação das mãos. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, v. 15, n. 3, p. 07-14, 2015. DOURADO, S. B. P. B. Higienização das mãos: seus efeitos nos índices de infecção e custos hospitalares. Rev. enferm. UFPE, p. 3585-3592, 2016. GIORDANI, A. T. et al. Adesão da equipe de enfermagem à higienização das mãos: fatores motivacionais. 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[2] Doutora em Ciências da Saúde – FM-UFG, Doutora – PUC-Go, Mestre em Enfermagem UFMG, Enfermeira. Enviado: Maio, 2019. Aprovado: Janeiro, 2020. ARTIGO ORIGINAL BATISTA, Carlos [1] BATISTA, Carlos. Desafios em adequar o ensino a distância em um aprendizado sem “distância”. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 01, Vol. 10, pp. 83-95. Janeiro de 2020. ISSN: 2448-0959 Contents https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br RESUMO 1. INTRODUÇÃO 2. OS CONCEITOS E GERAÇÕES DA MODALIDADE DE ENSINO EAD 2.1 AS GERAÇÕES DO ENSINO EAD 2.2 EDUCAÇÃO 3.0 3. AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS ALUNOS 3.1 PROFESSORES QUE EXPLICAM BEM E PROFESSORES QUE NÃO “EXPLICAM NADA” 3.2 AVALIAÇÕES SEM JUSTIFICATIVAS SUFICIENTES OU CONVINCENTES 3.3 NÃO ENTENDIMENTO DOS OBJETIVOS PROPOSTOS E METAS A SEREM OBSERVADAS NA DISCIPLINA E NA GRADUAÇÃO 3.4 FALTA DE ENGAJAMENTO APÓS O INÍCIO DOS ESTUDOS CULMINANDO INCLUSIVE EM EVASÕES NOS PRIMEIROS SEMESTRES DOS CURSOS (ESPECIALMENTE OS DE LONGA DURAÇÃO) 4. AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS DOCENTES E TUTORES EAD CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS RESUMO O presente estudo visa discutir, de forma breve, sobre o panorama atual da modalidade de ensino a distância, sua história, desafios e propostas tanto sob à ótica do professor como também a partir da do aluno, com o objetivo de obter aprimoramentos nos métodos de ensino atuais. O artigo também aborda as gerações do Ensino EAD e suas principais características e finaliza relatando as dificuldades tantos dos alunos que optam por este tipo de ensino como também dos docentes e tutores que aceitam o desafio de ensinar conceitos por meio de plataformas de ensino a distância. É cada vez mais presente docentes e discentes que optam por quebrar e desmistificar o paradigma tradicional da sala presencial migrando para à sala virtual com contatos pedagógicos remotos. As considerações finais chamam atenção acerca das necessidades do aluno em buscar, incessantemente, a motivação, a disciplina e o engajamento nos estudos o qual está vinculado, as mesmas qualidades devem servir de estímulo para os docentes e tutores EAD, cujo papel é importantíssimo para com seus alunos e fundamental para continuidade e aprimoramento deste modelo de ensino. https://www.nucleodoconhecimento.com.br Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais www.nucleodoconhecimento.com.br Palavras-chaves: Ensino, EAD, aluno, professor, educação. 1. INTRODUÇÃO É consenso que o sistema de Ensino EAD para cursos de graduação, extensão, pós- graduação e muitas disciplinas
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