Buscar

Análise "O FINANCIAMENTO DO INVESTIMENTO PÚBLICO NO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA DE ÁGUAS PLUVIAIS NO BRASIL"

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE CRÍTICA DO ARTIGO “O FINANCIAMENTO DO INVESTIMENTO 
PÚBLICO NO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA DE ÁGUAS PLUVIAIS NO 
BRASIL” DE CRISTINA LENGLER E CARLOS ANDRÉ BULHÕES MENDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: SANEAMENTO BÁSICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pato Branco 
2019 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3 
2 OBJETIVOS ................................................................................................... 5 
3 ANÁLISE CRÍTICA DO ARTIGO ................................................................... 5 
4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................................ 7 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 9 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Durante duas décadas a agenda do saneamento básico no Brasil ficou parada, 
não houve praticamente nenhum investimento significativo nos anos 80 e 90, o que 
acarretou um enorme déficit em praticamente todas as cidades brasileiras. 
Um estudo divulgado recentemente pelo Instituto Trata Brasil, uma organização 
da sociedade civil de interesse público, mostrou que todos os dias são despejados 
no meio ambiente 5,9 bilhões de litros de esgoto sem tratamento algum gerados nas 
81 maiores cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Situação que causa 
a contaminação de solos, rios, mananciais e praias, com impactos diretos na saúde 
da população. 
O Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB, promulgado em 2014 
pela Presidência da República, apontou a necessidade de 304 bilhões de reais para 
que o Brasil tivesse os serviços de água tratada, coleta e tratamento de esgotos 
universalizados até 2033. 
Assim, considerando os valores do PAC - Programa de Aceleração do 
Crescimento destinados ao saneamento no período de 2007 a 2010, de 40 bilhões 
de reais, seriam necessários pelo menos sete PAC´s para a meta até 2033 ser 
alcançada. Ou seja, sete governos priorizando os investimentos em saneamento. 
Para suprir a carência de saneamento no Brasil, a receita genérica de impostos 
(IPTU) não é suficiente. Conforme Lengler e Mendes, a taxa de drenagem somente 
pode financiar serviços de operação e manutenção do sistema. Isso significa que 
são necessárias outros meios de arrecadação de verbas para o planejamento de 
serviços de drenagem urbana a longo prazo. 
Assim, não há dúvidas de que o financiamento próprio do setor de drenagem 
urbana é fundamental para permitir a definitiva estruturação e prestação do serviço, 
visando em última análise, o controle de enchentes e a melhoria da saúde pública. 
Dentre as formas de financiamento, há as medidas de recuperação total ou parcial 
do investimento em saneamento de obras públicas. Dentre elas, cita-se a 
contribuição de melhoria e a mais-valia. 
De acordo com os artigos 81º, 82º e 145º da Lei 5.172 de 25 de outubro de 
1966, a contribuição de melhoria é o tributo cobrado pelo Estado em decorrência de 
obra pública que proporciona valorização do imóvel do indivíduo tributado, sendo 
4 
 
totalmente custeado pelos beneficiários das melhorias. Isso significa que a 
contribuição pode ser cobrada na construção de obras com cunho de preservação 
ambiental como praças, parques e arborização de logradouros, desde que 
comprovada a valorização imobiliária. 
Quanto à mais-valia, a mesma pode ser definida como o aumento do valor de 
um bem em razão de melhoria ou benfeitoria que lhe foi introduzida. Ou seja, 
quando há um investimento público e dele resultar valorização imobiliária ao 
particular, há a possibilidade de recuperar a mais-valia imobiliária auferida pelo 
proprietário do imóvel. Esta recuperação se dá através de um processo mediante o 
qual o total ou parte de um aumento no valor da terra, é recuperado pelo setor 
público através de sua conversão em receita fiscal mediante a cobrança de 
impostos, contribuições, exações ou outros mecanismos fiscais. 
Neste contexto, o artigo em análise retrata o estudo de caso da aplicação da 
contribuição de melhoria sobre a área de abrangência da bacia hidrográfica 
Almirante Tamandaré, onde foi executado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, 
no período de maio de 2005 a março de 2008, o Conduto Forçado Álvaro Chaves. 
 
 
5 
 
2 OBJETIVOS 
Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise crítica sobre o tema “O 
financiamento do investimento público no sistema de drenagem urbana de águas 
pluviais no Brasil”. 
 
 
3 ANÁLISE CRÍTICA DO ARTIGO 
O artigo em análise apresenta a mais-valia decorrente da obra pública como 
uma sugestão para recuperação do investimento em drenagem urbana, além de 
discutir a contribuição de melhoria e apresentar uma forma de cálculo para sua 
instituição, por lei complementar. Sendo a contribuição de melhoria decorrente de 
obras públicas introduzidas em certa área geográfica que levem a uma valorização 
dos imóveis nela situados. 
A contribuição de melhoria como forma de financiamento da drenagem urbana 
possui três grandes empecilhos. O primeiro, e mais crítico, é de que a população de 
grandes centros, independente da demanda pluvial, será mais taxada simplesmente 
pela localização geográfica de seu imóvel. 
O segundo se dá ao fato de que embates jurídicos frequentemente acontecem 
em razão da avaliação da mais-valia, que são atribuições de competência técnica de 
engenheiros e arquitetos em suas áreas de especialização. E o terceiro é de que, de 
acordo com o artigo 113 da Lei 5.175 (1966), a contribuição de melhoria só pode ser 
cobrada quando a obra em questão estiver pronta. Assim, após a conclusão da obra 
inicia-se a contagem do prazo de cinco anos para a publicação do edital de 
lançamento tributário da contribuição. 
Por estes motivos, o grupo buscou outras fontes que solucionassem o 
problema da recuperação do investimento em drenagem urbana de outra maneira. 
Assim, constatou-se que a cobrança pelo serviço de drenagem de águas 
pluviais é uma maneira eficaz de cobrança (NASCIMENTO et al., 2003; GOMES, 
2005). O objetivo desta cobrança é que o município possa responder aos problemas 
ambientais causados pela urbanização na bacia e incentive internamente os 
6 
 
proprietários a promover o manejo e controle das águas pluviais no perímetro 
urbano, além de sinalizar à população a existência de valor nos serviços de 
drenagem urbana. 
A implantação de uma taxa de drenagem é uma forma de sinalizar ao usuário 
que os serviços de drenagem urbana possuem valor, com custos que variam 
principalmente em função da parcela de solo impermeabilizada (GOMES, BAPTISTA 
e NASCIMENTO, 2008). A cobrança possibilita uma distribuição socialmente mais 
justa dos custos com o sistema, onerando mais aos usuários que mais o utilizam. 
Assim, a implementação de uma taxa de drenagem não significa um aumento 
de impostos na população. Significa que o custo da drenagem é individualizado para 
cada contribuinte por meio de uma taxa, o que deve desonerar a cobrança realizada 
por meio do IPTU. 
Em alguns casos, como em áreas não ocupadas, o valor de impostos, incluindo 
o IPTU, pode baixar. Em contrapartida, propriedades com maior demanda pluvial 
escoada à rede pública poderão pagar mais caro. 
Desta forma, a cobrança pelo uso da água na drenagem, além de atuar como 
um instrumento econômico de incitação à mudança do comportamento do usuário 
frente ao meio ambiente, pode contribuir para o financiamento de investimentos do 
sistema (FORGIARINI et al., 2007). 
A análise de experiências existentes, principalmente em nível internacional, 
forneceu subsídios para um modelo legal de taxa para municípios de pequeno porte 
(Tasca, F. A, 2016). Nos Estados Unidos, por exemplo, existemtaxas em quase 
80% dos Estados (Tasca, F. A, 2016). Cobranças por meio de taxas também são 
encontradas na Alemanha, Canadá, Dinamarca, França, Inglaterra, Polônia, Suécia 
e Suíça. 
A maneira mais usual de taxação nos países citados é através dos utilitários de 
águas pluviais (stormwater utilities), os quais podem ser entendidos como empresas 
privadas que realizam um serviço público estando sujeitas a regulamentação 
governamental especial (POMPÊO, 2000). Os utilitários são um mecanismo de 
financiamento sustentável dedicadas a recuperar os custos de gestão das águas 
pluviais, incluindo o planejamento, a manutenção, infraestruturas de controle de 
enchentes, melhorias de capital, custos administrativos, programas educacionais, 
benfeitorias e programas de qualidade da água (LINDSEY e DOLL, 1998; 
KASPERSEN, 2000). 
7 
 
 
 
4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
Diante de todos os pontos expostos, não há como negar que o país ainda não 
alcançou a universalização do saneamento por falta de vontade política e má 
gestão. Pesquisas estão sendo divulgadas regularmente para comprovar que o 
investimento em saneamento é, antes de mais nada, uma ação de saúde preventiva. 
Com a coleta e tratamento dos esgotos os governantes estariam 
economizando em saúde, preservando o meio ambiente, aumentando a qualidade 
de vida da população e melhorando a educação. 
A solução de financiamento do investimento público em drenagem urbana 
trazida pelo artigo não é vista, pelo grupo, como a mais viável visto que para 
resolver este problema, diversos trabalhos defendem a cobrança pelo serviço de 
drenagem de águas pluviais (TUCCI, 2002; NASCIMENTO et al., 2003; GOMES, 
2005). 
 Com a cobrança, os cidadãos, que pensavam que estavam recebendo os 
serviços das águas pluviais de graça, esperam um nível de serviço melhor do que 
antes (DEBO e REESE, 1995). 
Por fim, é importante ressaltar que a cobrança de águas pluviais, seja 
administrada pelo município ou por um utilitário, ou mesmo a utilização da 
contribuição de melhoria (através da valorização imobiliária), não são soluções para 
os problemas, mas meios de garantir os recursos financeiros adequados para uma 
gestão eficaz das águas pluviais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
9 
 
REFERÊNCIAS1 
http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/de-olho-no-pac/2015/De-Olho-no-PAC.pdf 
 
BILAC PINTO. Contribuição de Melhoria. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009. 
212p. 
 
BRASIL. Lei Federal no 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema 
Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, 
Estados e Municípios. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 31 out. 1966. Disponível 
em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Leis/ L5172.htm>. Acesso em: 21 nov. 
2019. 
 
DEBO, T.; REESE, A. Municipal stormwater management. 2. ed. New York: Lewis 
Publishers, 1995. 1153 p. 
 
Tasca, F. A. et. al. International experiences in stormwater fee. Revista Water 
Science & Technology. Bonus Issue 1, 2017. IWA Publishing 2017. Disponível em: < 
https://iwaponline.com/wst/article/2017/1/287/38769/International-experiences-in-
stormwater-fee>. Acesso em 03 dez. 2019. 
 
Tasca, F. A. Simulação de uma Taxa para Manutenção e Operação de 
Drenagem Urbana para Municípios de Pequeno Porte. Tese (Pós Graduação em 
Engenharia Ambiental) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 
2016b. Disponível em: 
<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/167590/339438.pdf?se
quence=1&isAllowed=y>. Acesso em 21 de nov. 2016. 
 
TUCCI, C. E. M. ; MELLER, A. Regulação das águas pluviais urbanas. Rega – 
Revista de Gestão da América Latina, Porto Alegre: Vol.4 – Nº1 - Jan./Jun. 2007. 
 
NASCIMENTO, N. O. et al. Drenagem Urbana – Características econômicas e 
definição de uma taxa sobre os serviços. Belo Horizonte: Financiamento de 
Estudos e Projetos – FINEP, 2003, 308 p. Relatório. 
 
FORGIARINI, F. R. et al. Avaliação de cenários de cobrança pela drenagem 
urbana de águas pluviais. In: XVII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, 2007, 
São Paulo. XVII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, 2007. 
 
GOMES, C. A. B. de M. Drenagem urbana – Análise e proposição de modelos de 
gestão e financiamento. Tese (Doutorado em Saneamento, Meio ambiente e 
Recursos Hídricos) – Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, 
Belo Horizonte, 290 f., 2005. 
 
 
1 De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 6023). 
 
http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/de-olho-no-pac/2015/De-Olho-no-PAC.pdf
10 
 
GOMES, C.A.B.M.; BAPTISTA, M. B.; NASCIMENTO, N.O. Financiamento da 
Drenagem Urbana: uma reflexão. RBRH: Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 
Porto Alegre, v.13, n.3, p.93-104, jul./set. 2008. 
 
POMPÊO, C.A. Development of a State policy for sustainable urban drainage. 
Urban Water. Elsevier Science, Londres, 2000.

Continue navegando