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Dnd. Dayanna Joyce Marques Queiroz Alterações Anatômicas Fisiológicas Psicológicas Cada gestante vivencia essa fase de forma única 4 Aspectos Fisiológicos e Nutricionais da Gestação Período Gestacional: 37 a 41 semanas e 6 dias 1º. Trimestre: 12 semanas 2º. Trimestre: 13 a 27 semanas 3º. Trimestre: acima de 28 semanas A gravidez normal é acompanhada por alterações anatômicas, fisiológicas e psicológicas que afetam quase todas as funções orgânicas da gestante. (VITOLO, 2015) Primeiro trimestre gestacional (0 a 12 semanas): grandes modificações biológicas devido à intensa divisão celular. – A saúde do embrião: depende da condição nutricional pré– gestacional da mãe. Segundo (13 a 28 semanas) e terceiro (29 a 40 semanas) trimestres: condições ambientais vão exercer influência direta no estado nutricional do feto. - ganho de peso, ingestão de energia, nutrientes, estilo de vida e emocional Idade gestacional Tipo de crescimento velocidade Peso médio do feto 1º trimestre ( 12 semanas) Hiperplasia Lenta 12ª semana = 300 g 2º trimestre ( 13 a 27 semanas ) Hiperplasia e hipertofia Acelerada 27ª semanas = 1000 kg 3 º trimestre (≥ 28 semanas ) Hipertofia Máxima 38º semanas= 3,00 kg É uma estrutura esponjosa – parte do feto e parte do endométrio -, oval, com diâmetro de 15 a 17 cm e pesa aproximadamente 500 g na gestação a termo; Responsável pelo transporte de oxigênio e nutrientes da mãe para o feto; Eliminação dos produtos originários do metabolismo fetal; Produção de substâncias e hormônios necessários ao crescimento e desenvolvimento gestacional Difusão simples: meio mais concentrado (sangue materno) para o menos concentrado (sangue fetal) – oxigênio, gás carbônico, vitaminas lipossolúveis, CHO, eletrólitos, ácido graxos, água; Difusão facilitada: mesmo mecanismo da difusão simples mas com velocidade rápida de transporte – CHO; Transporte ativo: transportador de membrana – aminoácidos, ferro, cálcio, iodo, fosfato, vitaminas hidrossolúveis; Hormônios → modificações corporais → permite o desenvolvimento e amadurecimento fetal, preparo para o parto e a lactação; A produção é influenciada pela saúde geral e pelo estado nutricional da gestante GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (hCG) (algumas células e placenta): Detectado no sangue a partir de 8 dias após a fecundação e em 15 dias na urina. Impede a rejeição imunológica do embrião; estimula a produção ovariana da relaxina (peptídeo que junto com a progesterona inibe a contratilidade espontânea do útero); estimula produção de progesterona; PROGESTERONA (Placenta): Relaxa a musculatura lisa do útero, afetando outros órgãos (intestino, diminuindo sua motilidade - constipação intestinal). Favorece a deposição de gordura, ↑ a excreção de sódio, interfere no metabolismo do ácido fólico, estimula o apetite entre 2º e 3º trimestre ESTROGÊNIO (Placenta): Aumenta a elasticidade da parede uterina e do canal cervical; ↓ proteínas séricas; afeta a função tireoidiana; interfere no metabolismo do ácido fólico; ↓ o apetite materno, participa da mamogênese – desenvolvimento do tecido mamário - e hiperpigmentação cutânea. LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO HUMANO (hPL) (Placenta): Ação mamotrófica. Promove a mobilização das reservas de glicogênio – aumenta a glicemia materna; promove a lipólise – favorece a captação de glicose e aminoácido pelo feto. Hormônio do crescimento: Eleva a glicemia; estimula o crescimento dos ossos longos Taxa de metabolismo Basal - Aumento de 15 a 20 % a partir do terceiro mês - (peso, demanda de oxigênio, produção hormonal, ↑função renal e cardíaca); - De 50 a 70 % das calorias necessárias diariamente ao feto no último trimestre são derivados da glicose, e 20 % provenientes de aminoácidos Ajustes no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios para assegurar que o feto receba todos os suprimentos necessários ao seu crescimento. O feto requer glicose e aminoácidos para seu crescimento mesmo em situação de jejum materno; Com o consumo contínuo de glicose pelo feto, há diminuição fisiológica dos níveis de glicemia materna – cuidados com a alimentação; Regulação hormonal no organismo materno Ácidos graxos - principal fonte de energia em situações de hipoglicemia materna ou diminuição na taxa de transferência de glicose para o feto. Elevação dos níveis plasmáticos de colesterol em 50% e triglicerídeos podem até triplicar (acúmulo principalmente nas coxas e região subescapular - final da gestação). A insulina estimula a síntese protéica (facilitador do transporte de aminoácidos para célula); A hemodiluição provoca redução das proteínas plasmáticas, principalmente a albumina , o que pode levar ao desenvolvimento de edema. débito cardíaco aumenta de 30 a 40% por volta da 10 a 12 semanas; Aumento do volume sanguíneo a partir de 6 semanas com pico de 50% no final da gestação → o volume globular aumentado provoca menor taxa de hematócrito e hemoglobina (anemia fisiológica); O acréscimo total de água para gestante sem edema é de 7,5L, dos quais 1,7L estão nos tecidos – cerca de 70% do peso ganho corresponde a peso hídrico – sódio é essencial para o equilíbrio hidroeletrolítico; É observada uma queda na pressão arterial no 2º trimestre, retornando aos níveis pré-gravídicos no 3º trimestre. Aumenta a taxa de filtração glomerular e do fluxo renal desde o 2º mês (para facilitar a depuração da creatina, uréia e outros resíduos metabólicos); Fluxo da urina retardado devido a obstrução dos ureteres pela dilatação das veias ovarianas → predisposição às infecções urinárias . Primeiro trimestre: náuseas, vômitos e enjôos matinais (estrogênio) – observar quadros de anorexia; Paladar e olfato sensíveis → hiperêmese gravídica (vômitos); Redução do pH salivar – associada ao aumento da freqüência alimentar e higiene bucal inadequada - propicia o desenvolvimento de microrganismos causadores da cárie; Redução de secreções gástricas de ácidos; Hipotonia do sistema gastrintestinal devido à ação da progesterona - maior incidência de náuseas, pirose (azia), refluxo gastroesofágico e constipação intestinal e homorróidas; Hipotonia do intestino delgado – maior tempo de contato entre nutrientes e mucosa absortiva; Ptialismo ou sialorréia – produção excessiva de saliva. Os pulmões passam por uma hiperventilação para suprir o aumento de 20% da demanda de oxigênio (desconforto nasal); No final da gestação - maior movimentação do diafragma e do tórax, caracterizando a clássica respiração “ofegante” da gestante. . Tendência à lordose por alteração do centro de gravidade da gestante; Modificações psicológicas: O contexto social age sobre a gestante que reage sobre o contexto, que novamente reage sobre a gestante, num constante ciclo. ◦Progesterona – efeito depressivo; ◦Catecolaminas – regulador das emoções; ( depressão e euforia) Alterações fisiológicas: ↑volume plasmático ↑ rendimento cardíaco ↑Volume de células vermelhas ↑água corporal ↓motilidade gastrintestinal Alterações Nutricionais: ↓ status hematológico ↓ redução da albumina ↑ Maior Absorção de cálcio e ferro ↑ Àcidos graxos, triglicerídeos e colesterol Calculada a partir do primeiro dia do último período menstrual; Como a ovulação (período fértil) ocorre, supostamente, 14 dias após a menstruação, o início do desenvolvimento do embrião ocorre duas semanas após a DUM (Data da Última Menstruação) – simplesmente se estabelece um critério temporal, ou seja, faz-se contas do tempo transcorrido entre a DUM e a data atual DUM conhecida com certeza: quando a mulher conhece seu ciclo e não utiliza anticoncepcionais hormonais - Uso do calendário: somar o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas); - Ex.: DUM – 10/06/2012 consulta hoje = 16/08/2012 68/7 = (9,71) ≈ 10 semanas Quando a DUM é desconhecida: quando se sabe o período do mês, mas não o dia: Início do mês – 5; Meados do mês – 15; Final do mês – 25 •Proceder da mesma forma – uso do calendário ou Gestograma. Quando a data e o período da DUM são desconhecidos: a idade gestacional e a data do parto serão determinados por aproximação: - medida do fundo do útero; - toque vaginal; - inicio do movimento fetal – 16 e 20 semanas. Duração média da gestação - 280 dias ou 40 semanas a partir da DUM: obtida com utilização do calendário; gestograma – posicionar a seta; REGRA DE NÄEGELE (mulheres com ciclo de 28 dias): -somar 7 dias a DUM -subtrair 3 meses do mês em que ocorreu a DUM ou se esta ocorreu nos meses de janeiro, fevereiro ou março, adicionar 9 meses REGRA DE NÄEGELE (mulheres com ciclo de 28 dias): Ex.: DUM – 10/06/2012 DPP – 17/03/2013 cálculo do dia: 10 + 7 = 17 cálculo do mês: 6 - 3 = 3 REGRA DE NÄEGELE (mulheres com ciclo de 28 dias): Ex.: DUM – 10/02/2012 DPP – 17/11/2012 cálculo do dia: 10 + 7 = 17 cálculo do mês: 2 + 9 = 11 DUM – 08/05/2013 DIA: 08 + 07= 15 MÊS : 05 -3= 2 DATA PROVAVEL: 15/02/2014 DUM – 15/01/2016 DIA: 15 + 07= 22 MÊS : 01 + 9= 10 DATA PROVAVEL: 22/10/2016 REGRA DE NÄEGELE (mulheres com ciclo de 28 dias) Quando o número de dias for maior que o número de dias do mês, passar os dias excedentes para o mês seguinte, adicionando 1 ao final do cálculo de cada mês. Ex.: DUM – 28/06/2012 DPP – 04/04/2013 cálculo do dia: 28 + 7 = 35 (35 - 31 = 4) cálculo do mês: 6 – 3 = 3 + 1 = 4 1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação (captação precoce) 2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal. 3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em termo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré-natal. 4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de seus(suas) acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado biológico: "rodas de gestantes". 5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-natal, quando necessário. 6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso a informações) antes, durante e depois da gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)". 7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja necessário. 8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração do "Plano de Parto". 9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à luz (vinculação). 10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal. Bom estado nutricional materno, com monitoramento do ganho de peso adequado e a prevenção de carências nutricionais específicas Favorece condições satisfatórias de nascimento e de incentivo a amamentação Todas as consultas da assistência pré-natal Minimamente - uma consulta a cada trimestre gestacional Anamnese (clínica, dietética e sócio-econômica) Avaliação nutricional (antropométrica, dietética, bioquímica e clínica) Orientação nutricional Diagnóstico Nutricional Bioquímico Dietéticos Clinico antropométri co Primeira consulta 1.Idade gestacional; 2.Idade materna; 3.Atividade profissional; 4.Pareceres da equipe de saúde; 5.Identificação dos fatores de risco Idade materna < 17 anos e > 35 a. Tipo de ocupação (esforço físico, carga horária, stress, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos) Situação conjugal insegura .Baixa escolaridade (< 5 anos) E condições de saneamento ambiental desfavorável Altura < 1,45m e peso < 45 kg e > 75 kg Dependência de drogas lícitas e ilícitas; 6- História reprodutiva anterior desfavorável : 7- Situação obstétrica atual: 8- Intercorrências clínicas e enfermidades crônicas 9- Situação sócio-econômica (n° de pessoas na família, condições de saneamento ambiental, renda per capita); 10.Avaliação dos sinais, sintomas digestivos e função intestinal; 11.Avaliação das condições para o aleitamento materno: 12.Avaliação detalhada 13.Orientação nutricional individualizada e detalhada: 14.Orientações específicas para sinais e sintomas: 15.Esclarecimento de dúvidas da gestante Avaliação do ganho de peso Todas as consultas da assistência pré-natal, para orientar o cuidado nutricional. •Edema clinicamente evidente antropométrico GEMELA R Inquéritos Alimentares Alimentação diária habitual, inquérito recordatório de 24 horas, inquérito de freqüência, inquérito por registro) ▫ Refeições (Número e Composição), grupos de alimentos presentes, quantidade de alimentos (atenção especial alimentos fontes de ferro, cálcio e vitamina A); ▫ Avaliar a freqüência de consumo de refrigerantes, bebidas alcoólicas, infusões em geral (café, chá), alimentos ricos em gorduras, produtos de pastelaria, doces, chocolates, produtos dietéticos e edulcorantes (sucralose ou esteviosídeo); Dietéticos Sinais e sintomas digestivos (náuseas, vômitos, pirose) comuns durante a gestação ▫ Severidade do quadro - interferir na ingestão dos alimentos, bem como, no ganho de peso gestacional • Deve-se investigar ainda o funcionamento intestinal (constipação intestinal) e as patologias ou intercorrências associadas, além da presença de sinais sugestivos de carência nutricional. • Outras patologias: diabetes, hipertensão, hipovitaminoses, ... Clínico Bioquímico ACCIOLY, Elizabeth; SAUNDERS, Cláudia; LACERDA, Elisa Maria de Aquino. Nutrição em obstetrícia e pediatria. 2.ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan. 2009. 649p VITOLLO, Márcia Regina. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio. 2015. 628p. http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=p ublicacoes DEPENDE: Peso pré- gestacional Ganho de peso na gestação Estágio da gravidez Nível de atividade física Aumento do metabolismo basal GANHO DE PESO MATERNO DURANTE A GRAVIDEZ Feto 2,8 a 3,2 kg Placent a e cordão 0,5 kg útero 0,7 kg Liquido aminióti co 0,6 kg Estoqu e mater no 2,8 kg Mamas 0,4 kg • Avaliar o estado nutricional pré – gestacional • Determinar o ganho de peso 1º PASSO • Calcular o VET • TMB + ATIVIDADE FISICA 2 º PASSO • Acrescentar o adicional da gestação de acordo com o trimestre 3º PASSO Gestantes com IMC pré-gestacional normal – usar o próprio peso ou calcular a partir da mediana do IMC; •Gestantes com baixo peso – usar o peso aceitável – normalização do estado nutricional; •Gestantes com sobrepeso ou obesidade – usar o peso pré- gestacional – não fazer o ajuste para não ter perda de peso. IDADE ( ANOS) TMB ( KCAL/DIA) 10 A 18 13,384 X P (kg) + 692,06 18 a 30 14,818 x P ( kg) + 486,6 30 a 60 8,126 x P (kg) + 845,6 Peso utilizado : pré- gestacional CATEGORIA nível de atividade física NAF ( MÉDIA) Estilo de vida sedentário ou leve 1,40 – 1,69 ( 1,53) Estilo de vida moderado ou moderadamente ativo 1,70- 1,99 ( 1,76) Estilo de vida vigoroso ou moderadamente vigoroso 2,00-2,40 (2,25) PERÍODO GESTACIONAL ADICIONAL 1º trimestre ( IG < 14 semanas ) 85 kcal/dia 2º trimestre ( IG ≥ 14 < 28 semanas) 285 kcal/dia 3º trimestre ( IG ≥ 28 semanas) 475 kcal/dia Estilo de vida sedentário ou atividade leve: NAF = 1,40 – 1,69 (1,53) Pessoas com ocupações que não requerem esforço físico; usam veículos motorizados para transporte; não praticam esportes regularmente e gasta muito tempo sentado ou parado, com pequena movimentação (falando, lendo, ouvindo rádio, usando computador). •Estilo de Vida Ativo ou moderadamente ativo: NAF = 1,70 – 1,99(1,76) . Podem ser pessoas com ocupação sedentária e que fazem alguma atividade física moderada ou vigorosa durante a rotina diária. Exemplo ( praticam 1 hora de exercício moderado , ciclismo, corrida ) •Estilo de Vida muito ativo ou Atividades intensas: NAF = 2,00 – 2,40 (2,25) Pessoas com trabalhos que demandam muita energia e que realizam atividades de lazer, também gastando energia. 55 Método Simplificado, segundo RDA (RDA, 1989) *Peso ideal encontrado a partir do IMC ideal pré-gestacional * Se a gestante tiver com excesso de peso e algumas patologia associada , recomenda-se utilizar 25 a 30 kcal por kg. VET = 36 x Pi pré-gestacional* + 300 (2º e 3º trim) Adicional da gestação : 300 kcal a partir do 2º trimestre Nome: K.M.S. , Idade: 24 anos, Peso pré-gestacional: 57 Kg, Peso atual: 62 Kg, Altura: 1,65m, Semana Gestacional = 14a semana, Dona de casa. CALCULE O VET + ADICIONAL PELA FAO E PELA RDA TMB = 18 – 30 = 14,818 x P(Kg) + 486,6 GE =14,818 x 57 + 486,6 GE = 844,63 + 486,6 GE = 1331,23 Kcal GE = TMB x NAF = 1331,23 x 1,53 = 2036,78 Kcal 78 TMB + ADICIONAL = 2036,78 kcal + 285 = 2321,78 ou 2322 kcal/ dia RDA : 36 x 57 = 2052 + 300= 2352 kcal/dia Como calcular ? EER gestação = EER (pré-gestacional) + adicional de energia para o gasto durante a gestação + energia necessária para depósitos 1 trimestre - EER (pré-gestacional) + 0 + 0 2 e 3 trimestres – EER (pré-gestacional) + (8kcal x IG em semanas) + 180kcal Mulheres de 19 a 50 anos ( dados pré- gestacionais ) EER = 354 − (6.91 × idade [a]) + PA × (9.36 × peso pré-gestacional [kg] + 726 × altura [m]) •PA é o coeficiente de atividade física: ▫PA = 1.00 (sedentarismo) ▫PA = 1.12 (pouco ativa ) ▫PA = 1.27 (ativa) ▫PA = 1.45 (muito ativa) Nome: K.M.S. , Idade: 24 anos, Peso pré-gestacional: 57 Kg, Peso atual: 62 Kg, Altura: 1,65m, Semana Gestacional = 14a semana, Dona de casa. CALCULE O VET + ADICIONAL PELA DRIS EER = 354 − (6.91 × idade [a]) + PA × (9.36 × peso pré-gestacional [kg] + 726 × altura [m]) EER= 354- ( 6,91 x 24)+ 1,0 x ( 9,36 x 57 kg + 726 x 1,65 ) EER= 354 - 165,84 + 1,0 x ( 533,52 + 1197,9) EER= 354 – 165,84 + 1731,42 EER= 1919,58 KCAL EER + ADICIONAL = 1919,58 + 8 X 14 + 180 EER = 1919,58 + 292 = 2211,58 Kcal/dia 60 Contribuição calórica - DRI, 2005 Carboidratos = 45 – 65% do VET Lipídeos* = 20 – 35% do VET Proteínas** = 10 – 35% do VET *Lipídeos. ω6 = 13g/dia e ω3 = 1,4g/dia Gordura saturada < 10% e colesterol < 300mg 61 Adicional de proteínas para a síntese de tecidos maternos e fetais * usar peso pré-gestacional ou aceitável Recomendações para adolescentes (ADA, 1989) ≤ 15 anos → 1,7g/Kg peso e > 15 anos → 1,5g/Kg peso ESTÁGIO FISIOLÓGICO FAO (2007) DRI (2002) Mulheres ≥ 18 anos 1,0 g 0,8g/Kg Gestantes + 1 g ( 1º trimestre)) + 25g/dia ou 1,1g/Kg/dia OU 71 G + 9 g ( 2º trimestre) + 31 g ( 3º trimestre) VITAMINA A • Papel de destaque na visão, reprodução, no desenvolvimento fetal, função imune, regulação da proliferação e diferenciação celular, manutenção do tecido esquelético, formação de esperma e manutenção da placenta; • Deficiência: RCIU, morte fetal, defeitos congênitos. Maior necessidade na gestação Vitamina C • Ação antioxidante; necessário na síntese e manutenção do colágeno; atua na redução do ferro férrico a ferroso no TGI, contribuindo para a prevenção de anemia; • Deficiência: ruptura prematura da placenta, parto prematuro e maior risco de infecções.maior necessidade na gestação Àcido fólico • Envolvido na prevenção e patogênese dos Defeitos do Tubo Neural (anomalias mais comuns: anencefalia e espinha bífida); • Sua deficiência na gestação está associada com anemia megaloblástica, causada pela produção anormal de hemácias; aborto espontâneo; pré-eclâmpsia, RCIU e hemorragia; • Suplementação após a 20º semana ministério da saúde e farinhas de trigo e de milho enriquecidas VITAMINA D VITAMINA B1 VITAMINA B2 E B3 VITAMINA B6 VITAMINA B12 Cálcio • Cerca de 99% dele é encontrado nos ossos e dentes; ele media a contração e vasodilatação vascular, contração muscular, transmissão nervosa e secreção glandular • A sua deficiência pode prejudicar o crescimento e desenvolvimento fetal Ferro • Nutriente essencial para a síntese de hemoglobina, está envolvido com o transporte de oxigênio para a produção celular de energia; • Maior necessidade no último trimestre Zinco • É um importante nutriente em gestantes devido ao seu papel fundamental no crescimento e desenvolvimento normais, na integridade celular e várias funções bioquímicas; • Sua deficiência na gestação está associada com infertilidade, abortos, malformações congênitas; 65 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Café(180ml de café)- 300 mg/dia caféina Excesso: BPN (se, > 900ml/d) e teratogenicidade (se, 10 – 14 xíc/dia) *estudos controversos Recomendações (DRI): < 2 – 3 xícaras pequenas (100 – 150ml) Cuidado: chás, refrigerantes e chocolates Chás Estudos não conclusivos Investigar na anamnese alimentar esta prática, especialmente no 1º trimestre Hibisco: propriedade mutagênica 67 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Edulcorantes artificiais (ADA, 1998) Restringir o uso a gestantes diabéticas. Não há recomendações dietéticas oficiais na gestação e lactação. Sacarina: uso restrito *permeável à placenta, além de aparecer no leite humano **pouco excretado pelo feto ***associado a tumores malignos e prejuízo no crescimento Ciclamato: *efeitos teratogênicos **redução da fertilidade ***menor ganho de peso 68 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Edulcorantes artificiais (ADA, 1998) Aspartame: o uso não preocupa *níveis séricos de 600mol/L representam danos neurológicos ao feto **para atingir esses níveis, faz-se necessário consumir 1 lata de refrigerante a cada 8min. Sucralose: *não confere riscos carcinogênicos, reprodutivos ou nerológicos Esteviosídeo : * não tem nenhum risco comprovado NAUSEAS E VÔMITOS • Gengibre, camomila, vitamina B6 (25 mg) e/ou acupunctura são recomendados para aliviar as náuseas no início da gravidez, com base nas preferências da mulher e nas opções disponíveis • Refeições pequenas e frequentes • Alimentos com baixo teor de gordura e abrandados • Evitar longos períodos de jejum AZIA OU PIROSE • Fracionar a dieta em 6 a 8 refeições ao dia • Mastigar bem os alimentos • Evitar estresse durante as refeições • Elevar a cama e evitar deitar-se após as refeições • Ingerir líquidos entre as refeições • Evitar roupas apertadas • CONSTIPAÇÃO INTESTINAL • Aumentar a ingestão de fibras e frutas laxantes • Aumentar a ingestão de líquidos • Mastigar bem os alimentos • Criar o hábito de ir ao banheiro regularmente ( com liberação médica) GESTANTE : NOME: A.C.M IDADE: 33 ANOS ESTADO CIVIL: CASADA OCUPAÇÃO : PROFESSORA ATIVIDADE FÍSICA : Sedentária Queixas principais : Constipação intestinal Histórico familiar : diabetes ( pai e avó) Idade gestacional : 17 semanas Peso pré- gestacional : 56 kg Peso atual : 60 kg Altura : 1,54 m • Identificação do caso clinico • Calculo do estado pré –gestacional, atual e programação de ganho de peso • Cálculo da NEE OU EER; pela DRIS ou FAO • Distribuição Percentual Geral dos Nutrientes ( você deve escolher segundo as recomendações) • Calculo do vet. por refeição e distribuição de macronutrientes por refeição ( a sua escolha) • Cardápio Qualitativo; • Cardápio Quantitativo • Ficha de Análise , sendo uma por refeição • Adequação geral dos nutrientes e do VET (VET, PTN, HC, LIPÌDIO); • Adequação do EER e nutrientes por refeição • Ficha final de adequação; • Fracionamento – 6 refeições. COM OS PERCENTUAIS POR REFEIÇÃO SEGUNDO RECOMNEDADO • Orientações nutricionais USAR TABELA DA TACO TABELA DE MEDIDA CASEIRA ( ANA BEATRIZ OU UFPB) TRABALHO FEITO EM DUPLA ENTREGA: IMPRESSO ENTREGA : 06/04/2018
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