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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PARA AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA THASSIANE RIBEIRO DA SILVA NATAL/RN 2021 THASSIANE RIBEIRO DA SILVA PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PARA AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para a obtenção do grau de Nutricionista. Orientador(a): Profª. Dra. Lúcia Leite Lais Coorientador(a): Profª. Dra. Sancha Helena de Lima Vale NATAL/RN 2021 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263 Silva, Thassiane Ribeiro da. Procedimentos operacionais padrão para avaliação antropométrica e de composição corporal de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica / Thassiane Ribeiro da Silva. - 2021. 47f.: il. Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Nutrição) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição. Natal, RN, 2021. Orientador: Lúcia Leite Lais. 1. Doença dos neurônios motores - TCC. 2. Esclerose Lateral Amiotrófica - TCC. 3. Métodos - TCC. 4. Avaliação nutricional - TCC. 5. Avaliação antropométrica - TCC. I. Lais, Lúcia Leite. II. Título. RN/UF/BS-CCS CDU 616.8-003.99 THASSIANE RIBEIRO DA SILVA PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PARA AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de Nutricionista. BANCA EXAMINADORA Orientadora: Profª. Drª. Lúcia Leite Lais Profª. Drª. Marcia Marília Gomes Dantas Lopes Nut. Ma. Evellyn Câmara Grilo Nata, 26 de Agosto de 2021 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho primeiramente a DEUS, autor do meu destino, companheiro de todos os momentos. Ele alimentou a minha alma com calma e esperança, foi um verdadeiro guia durante toda a jornada, sem a sua infinita sabedoria, jamais teria conseguido. AGRADECIMENTOS A Deus, por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades, minha imensa gratidão. Aos meus pais, José Cassiano da Silva e Maria das Graças Ribeiro da Silva pelo amor, incentivo em todas as áreas da minha vida e apoio incondicional ao longo de toda minha trajetória. Ao meu esposo, Pedro Henrique Xavier, por estar ao meu lado em todos os momentos. Ele, que acima de tudo é um grande amigo sempre com uma palavra de incentivo. Às minhas queridas irmãs, Thaísa Ribeiro e Janaina Karla, pelo apoio emocional, pela amizade e atenção dedicadas quando sempre precisei. À nutricionista, Profª. Drª. e orientadora Lúcia Leite Lais, pelo apoio, orientação, dedicação e paciência durante o desenvolvimento do estudo aqui apresentado. Seus conhecimentos fizeram grande diferença no resultado final deste trabalho. À minha coorientadora, Profª. Dra. Sancha Helena de Lima Vale. Aos professores participantes da banca examinadora, Profª. Drª. Marcia Marília Gomes Dantas Lopes e Nut. Ma. Evellyn Câmara Grilo, pela solicitude e contribuições neste momento tão importante e esperado. Às minhas colegas do curso de Nutrição, Isabelle Madruga, Tatiana Pais e Vanessa Cristina pelas trocas de ideias e ajuda mútua. Juntos conseguimos avançar e ultrapassar todos os obstáculos. A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração. Enfim, a todos que de forma direta ou indireta fizeram parte desta conquista, a todos que me incentivaram e torceram por mim, o meu muito obrigado. “Tenha sempre como meta muita força, muita determinação, e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá!” Ayrton Senna Silva, Thassiane Ribeiro da. Procedimentos Operacionais Padrão para Avaliação Antr opométrica e de Composição Corporal de Pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófi ca. 2021. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutr ição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021. RESUMO Introdução: O Procedimento Operacional Padrão (POP) tem a finalidade de otimizar um procedimento, para que seja realizado sempre de maneira adequada, diminuindo os erros e garantindo uma uniformidade da rotina operacional e a segurança do paciente. Objetivo: elaborar procedimentos operacionais padrão (POPs) para avaliação antropométrica e de composição corporal de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) assistidos no Ambulatório de ELA do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Método: o período de elaboração dos POPs ocorreu entre os meses de junho e agosto de 2020. Para subsidiar o estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica no banco de dados da Pubmed e do Google Acadêmico em artigos publicados entre os anos de 2005 e 2020, foi feito o levantamento de artigos sobre a população com ELA e sobre a população saudável. A construção desses POPs foi baseada no método de aferição das medidas recomendadas pela literatura adaptadas à realidade dos pacientes com ELA, quando necessário. Resultados: foram elaborados 10 POPs, sendo 9 referentes a avaliação antropométrica e 1 sobre a realização da bioimpedância para avaliação da composição corporal. Conclusão: os POPs serão úteis para orientar a realização adequada da avaliação antropométrica e de composição corporal em pacientes com ELA assistidos no Ambulatório ELA/HUOL, possibilitando uma assistência mais segura e confiável. Palavras-chave: doença dos neurônios motores, métodos, avaliação nutricional. Silva, Thassiane Ribeiro da. Standard Operating Procedures for Anthropometric and Bod Composition Assessment of Patients with Amyotrophic Lateral Sclerosis. 2021. 47 f. Final Paper (Graduate in Nutrition) – Nutrition Course, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021. ABSTRACT Introduction: The Standard Operating Procedure (SOP) is intended to optimize a procedure, to it will be realized always performed properly, reducing errors and ensuring uniformity in the operating routine and patient safety. Objective: to develop Standard Operating Procedures (SOPs) for anthropometric and body composition assessment of patients with Amyotrophic Lateral Sclerosis (ALS) assisted at the ALS Outpatiet Clinic of Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Method: the period of elaboration of the SOPs took place between the months of June and August 2020. To support the study, a search was carried out in the databases of Pubmed and Google Scholar in articles published between 2005 and 2020, and a survey of articles about the population with ALS and about the health population was carried out. The construction of these SOPs was based on the measurement method recommended by the literature described in the study, as well as being adapted to the reality of patients with ALS, when necessary. Results: 10 SOPs were elaborated, 9 for anthropometric assessment and 1 for body composition throughbioimpedance. Conclusion: SOPs will be useful to guide the proper performance of anthropometric and body composition assessment in ALS patients assisted at the ELA/HUOL Outpatient Clinic, enabling safer and more reliable care. Keywords: motor neuron disease, methods, nutritional assessment. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9 2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 11 2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 11 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 11 3 REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................... 12 3.1 ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA ................................................................... 12 3.2 ASPECTOS NUTRICIONAIS NA ELA ........................................................................ 14 3.3 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO .................................................... 16 4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 17 5 RESULTADOS ............................................................................................................... 18 6 DISCUSSÃO ................................................................................................................... 19 7 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 21 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 22 APÊNDICE A: POP 1 – Aferição de peso de pacientes que deambulam............................. 28 APÊNDICE B: POP 2 – Aferição de peso de pacientes que não deambulam ...................... 29 APÊNDICE C: POP 3 – Aferição da altura de pacientes que deambulam ........................... 31 APÊNDICE D: POP 4 – Estimava da altura de pacientes que não deambulam ................... 32 APÊNDICE E: POP 5 – Cálculo do índice de massa corporal (IMC) ................................. 34 APÊNDICE F: POP 6 – Cálculo do percentual de perda de peso (% PP) ............................ 36 APÊNDICE G: POP 7 – Aferição da circunferência da panturrilha (CP) ............................ 37 APÊNDICE H: POP 8 – Aferição da dobra cutânea tricipital (DCT) .................................. 39 APÊNDICE I: POP 9 – Aferição da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) ...... 41 APÊNDICE J: POP 10 – Realização do exame da bioimpedância (BIA) ............................ 43 9 1 INTRODUÇÃO A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela degeneração dos neurônios motores superiores (NMS) e inferiores (NMI) ocasionando atrofia muscular progressiva (WIJESEKERA; LEIGH, 2009). Pesquisas mostram a relação entre a incidência de ELA e variações geográficas, mostrando uma diferença entre os índices encontrados na Ilha de Guam (3,9/100.000 habitantes) e a China (0,3/100.000 habitantes) (KURTZKE, 1982 apud FGA; LIMA; ALVARENGA, 2009; DIETRICH-NETO et al., 2000). O atendimento multidisciplinar e o suporte nutricional desses pacientes já é recomendado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2021). A avaliação do estado nutricional desses pacientes deve fazer parte de qualquer protocolo assistencial e sua relevância é corroborada pelo fato de que a piora do estado nutricional tem implicações diretas no tempo de evolução da doença e sobrevida (LÓPEZ-GOMÉZ et al., 2021). Características fenotípicas são observadas no paciente com ELA, como por exemplo, a desnutrição, caquexia e sarcopenia, podendo ser mais bem tratadas diante de uma avaliação nutricional bem conduzida. Segundo Aquino (2005), existem vários métodos de avaliação do estado nutricional, todos eles são importantes e se complementam entre si. Dentre eles, a antropometria e a composição corporal se destacam devido a perda de peso e a atrofia muscular comumente encontrada em pacientes com ELA. Parâmetros antropométricos que merecem destaque na avaliação nutricional destes indivíduos incluem peso, altura, índice de massa corporal (IMC), percentual de perda de peso (%PP), dobra cutânea tricipital (DCT), espessura do músculo adutor do polegar (MAP) e perímetro da panturrilha (PP) (BRITO et al., 2014). A composição corporal destes pacientes pode ser analisada pela bioimpedância (JÉSUS et. al, 2020). Esta avaliação apresenta inúmeras vantagens, uma vez que se trata de um método não invasivo, de fácil aplicabilidade, baixo custo, rápida obtenção e boa reprodutibilidade (KYLE et al., 2004). O método se baseia na passagem de uma corrente elétrica de baixa intensidade pelo corpo gerando diferentes resistências teciduais. Quanto maior o volume de água e eletrólitos, menor será a resistência à passagem da corrente elétrica, fato observado em tecidos magros. Já em tecido com grande teor lipídico, há maior resistência à passagem dessa corrente (BAUMGARTNER et al., 1988; KYLE et al., 2004). Com os parâmetros bioelétricos, resistência (R) e reactância (Xc) é possível calcular o percentual de gordura (%G) e o percentual da massa livre de gordura (%MLG). 10 As avaliações antropométrica e de composição corporal devem ser realizados corretamente para que não haja comprometimento dos seus resultados e para que a terapia nutricional a ser empregada seja a mais específica possível. Os POPs são um conjunto de instruções, semelhante a um protocolo contendo o passo a passo e que visam prestar cuidados de forma eficiente e reduzir o risco de um evento indesejável. Em outras palavras, são instrumentos que contêm informações detalhadas sobre a realização de dado procedimento (BERGER et al., 2019). Em um serviço de assistência nutricional se fazem necessários tanto a padronização desses métodos como também o treinamento dos avaliadores, garantindo a qualidade do serviço e a fidedignidade dos dados coletados, assim como a segurança do paciente. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo elaborar procedimentos operacionais padrão (POPs) para a avaliação nutricional de pacientes com esclerose lateral amiotrófica, assistidos no ambulatório de ELA do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). 11 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Elaborar procedimentos operacionais padrão (POPs) para avaliação antropométrica e de composição corporal de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Desenvolver protocolos para padronização da avaliação antropométrica em pacientes com ELA; Desenvolver protocolo para padronização da avaliação da composição corporal pela bioimpedância em pacientes com ELA. 12 3 REVISÃO DA LITERATURA 3.1 ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), também nomeada como doença de Lou Gehrig, é a mais comum das doenças do neurônio motor, tendo como primeiro descritor o médico francês Jean Martin Charcot, em 1869. No entanto, antes de Charcot, nomes como Bell (1824), Aran (1850), Duchenne e Cruveilher (1851), foram importantes estudiosos que contribuíram para o entendimento dessa doença (WIJESEKERA; LEIGH, 2009). A ELA é uma doença neurodegenerativa que se caracteriza pela paralisia muscular progressiva decorrente de uma degeneração dos neurônios motores superiores (NMS) e inferiores (NMI) no córtex cerebral, tronco cerebral e medula espinal, afetando também o músculo bulbar e músculo respiratório do indivíduo (WIJESEKERA; LEIGH, 2009). Conforme Cronin, Hardiman e Traynor (2007), a incidência deELA tem uma grande variabilidade dependendo da região analisada, apresentando maior número de casos em caucasianos da América e da Europa. Estudos realizados internacionalmente afirmam que a ocorrência da doença é de 1 a 2 casos por 100.000 habitantes, sendo maior na oitava década de vida. A nível mundial a prevalência calculada é de 4 a 6 casos/100.000 habitantes. No Brasil, os pacientes com ELA têm idade média de 62,7 ± 13,2 anos, com leve predomínio do sexo masculino (1,3:1) (MOURA et al., 2016). As ocorrências de ELA sem causa conhecida, denominadas como esporádicas, são em torno de 90% a 95% dos casos. Já os casos de ELA familiar que envolvem mutações genéticas hereditárias, variam entre 5% a 10%. A mutação no gene que codifica a enzima antioxidante superóxido dismutase tipo 1 (SOD1) relaciona-se a 20% dos casos de ELA familiar (ROTHSTEIN, 2009). Tal enzima possui a função de proteger as células contra radicais livres e espécies reativas de oxigênio (EROs), que têm ação citotóxica (KAUR et al., 2016). Presume- se que há mais de 180 mutações no gene SOD1 associadas a ELA, sendo a ELA por mutação da SOD1 a forma autossômica mais herdada (HAYASHI et al., 2016). Vários fatores de risco podem estar associados a etiologia e a fisiopatologia da ELA tais como: alterações da imunidade, traumas físicos, infecções virais persistentes (poliovírus, enterovírus, retrovírus murino), processo de envelhecimento com deficiência relativa de vitamina E, exposição a neurotoxinas (semelhante àquela sofrida por veteranos da Guerra do Golfo), atividade física extenuante, prolongado uso de cigarro e fatores ambientais químicos 13 (como contato com inseticidas na lavoura) ou físicos (como radiações resultantes de explosões nucleares) (SILVA, 2006; ALONSO et al., 2010; AHMED; WICKLUND, 2011). Também são diversos os processos correlacionados com a fisiopatologia da ELA. Vale ressaltar como exemplos o estresse oxidativo, excitotoxicidade do glutamato, disfunção mitocondrial, neuroinflamação, interrupção do transporte axonal, agregação de proteínas e apoptose. Contudo, as vias moleculares específicas que causam a morte de neurônios motores na ELA ainda não são totalmente esclarecidas. Acredita-se que haja a ocorrência de um conjunto desses processos patológicos levando a degeneração dos neurônios motores e ao surgimento da doença (LASIENE; YAMANAKA, 2011). Em média 2/3 dos pacientes que desenvolvem ELA com início típico espinhal apresentam sintomas de fraqueza muscular nos membros superiores e inferiores, cãibras, fasciculações, dificuldade de destreza manual e de marcha. Já os pacientes que desenvolvem ELA com início bulbar, apresentam sintomas de disartria e disfagia. Em ambos os casos a paralisia é de caráter progressivo e pode ser fatal em consequência do desenvolvimento de insuficiência respiratória (WIJESEKERA, 2009). Em consenso da Federação Mundial de Neurologia, revisados em 1998, o EI Escorial, apresenta os critérios de diagnóstico da ELA. Dados referentes à história clínica, exame físico, exame laboratorial, eletroneuromiografia e neuroimagem auxiliam na exclusão de outras patologias e a confirmação do diagnóstico de ELA (BROOKS et al., 2000; ALVAREZ-URÍA TEJERO et al., 2011). Segundo o EI Escorial 1998, a ELA é classificada como suspeita, possível, provável ou definitiva. O estágio da doença também poder ser amparado por escalas funcionais. Apesar de todas essas ferramentas o diagnóstico de ELA é clínico, com a identificação de sinais evolutivos de fraqueza muscular envolvendo a musculatura inervada pelos neurônios NMS e NMI, independentemente de ser ELA familiar ou esporádica (PHUKAN; HARDIMAN, 2009). Ainda não há cura para a ELA. O único medicamento com indicação para doença atualmente aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) e pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o Riluzol. A forma de ação do medicamento é bloquear a liberação pré- sináptica de glutamato, suprimindo assim sua excitotoxicidade, promovendo um razoável benefício com aumento da sobrevida do paciente em torno de 2 a 3 meses, sem variação na deterioração funcional (JENKINS et al., 2014). O tratamento de pessoas com ELA exige um cuidado assistencial multidisciplinar, incluindo também a parte psicossocial (RADUNOVIC; MITSUMOTO; LEIGH, 2007). 14 Assuntos relevantes como suporte nutricional e respiratório, assim como cuidados paliativos devem ser tratados com pacientes e cuidadores o mais cedo possível, no intuito de que ambos consigam conviver com a condição de forma mais aceitável. Embora a esta doença não tenha cura, existe tratamento para vários sintomas que aparecem no decorrer da doença. Assim, a qualidade de vida e a manutenção da autonomia do paciente por tempo prolongado devem ser prioridades de todos da equipe multidisciplinar (WIJESEKERA; LEIGH, 2009). O objetivo terapêutico na ELA é apoiado no tratamento da sintomatologia e em cuidados paliativos (NICOLETTI et al.,2016). Um mecanismo terapêutico que tem se mostrado de fundamental importância é a terapia nutricional na assistência aos pacientes com ELA (KING, 2011). Intervenções nutricionais adequadas minimizam a ocorrência de desnutrição e contribuem para melhor qualidade de vida e maior sobrevida nesses pacientes (PATEL; HAMADEH, 2009). O prognóstico da ELA inclui evolução progressiva da doença, sem intervalos de remissões, recidivas ou estabilização, ou seja, acarreta uma deficiência evolutiva, resultando em óbito. Entre os pacientes diagnosticados com ELA, verifica-se uma sobrevida média de 3 a 5 anos, entretanto 10% a 20% dos casos apresentam sobrevida de 10 anos ou mais (TURNER et al., 2003). 3.2 ASPECTOS NUTRICIONAIS NA ELA Com a progressão da ELA são observadas mudanças no perfil nutricional caracterizadas pela perda de peso e alterações da composição corporal. Essas mudanças são decorrentes da disfagia, inapetência, dificuldade de autoalimentação, depressão, baixa ingestão de energia e nutrientes e hipermetabolismo (GARCÍA et al., 2018). Esses fatores são as principais causas da desnutrição na ELA afetando de forma negativa a qualidade de vida e o prognóstico do paciente (MUSCARITOLI et al., 2012). Entre esses fatores, a disfagia se destaca por resultar em quadro de fadiga durante as refeições, escape de alimentos e/ou saliva pela boca, bem como episódios de broncoaspiração (ROCHA et al., 2005). A Academia Americana de Neurologia recomenda que a via de alimentação pela gastrostomia ocorra antes que a capacidade vital do paciente caia abaixo de 50% para se evitar danos respiratórios durante o procedimento (ROSENFELD; ELLIS, 2008; GOLASZEWSKI et al., 2007). Assim sendo, um conjunto de condutas nutricionais deve fazer parte da intervenção nutricional na ELA, incluindo mudança da consistência da dieta, uso de 15 espessantes, uso de suplementos nutricionais e indicação da gastrostomia (CHIAPPETTA, 2005; ROCHA et al., 2005; ANDERSEN et al., 2012). A menor sobrevida em pacientes com ELA possui estreita relação com fatores associados à perda de peso, redução do IMC e do percentual de massa livre de gordura (% MLG). Nos pacientes com ELA, a presença de desnutrição aumenta o risco de morte em 7,7 vezes, ou ainda, a cada 5% de perda de peso o risco de morte aumenta em 30% (MARIN et al., 2011). Estima-se ainda que a diminuição de 10% do peso corporal aumente o risco de morte nessa população em 45%. Ademais, a redução de 1kg/m² do IMC parece aumentar o risco de morte em 20% (SALVIONE, 2019). Portanto, a assistência nutricional precoce e sistemática tem grande relevância, uma vez que a manutenção de um estado nutricional adequado é capaz de modular positivamente o prognóstico do paciente com ELA. Recomenda-se uma avaliação trimestral dos pacientes com ELA para nortear a intervenção nutricional. É válido ressaltar que a avaliaçãodo estado nutricional deve preceder uma prescrição dietética de qualidade, em que se deve contemplar métodos objetivos e subjetivos, incluindo história clínica e alimentar, avaliação laboratorial, antropometria e composição corporal e outros fatores. Juntos possibilitam um diagnóstico nutricional mais preciso com reconhecimento precoce de distúrbios nutricionais auxiliando na recuperação e/ou manutenção do estado nutricional do paciente (SAVIONE, 2019). A assistência nutricional deve fazer parte da assistência multidisciplinar composta por neurologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo e assistente social. O trabalho em equipe desses profissionais fornecerá as condições necessárias de suporte tanto para o paciente quanto para o cuidador. Além disso, a assistência multidisciplinar na ELA contribui para o aumento da sobrevida e redução da mortalidade (VAN DEN BERG et al., 2005; KIRNAN et al., 2011). Parâmetros de avaliação nutricional como o aumento de percentual de perda de peso (%PP), a redução do índice de massa corporal (IMC) e a redução de massa muscular observados pelo exame de bioimpedância são importantes, uma vez que a piora do estado nutricional acelera o tempo de evolução da doença e contribui para uma menor sobrevida dos pacientes com ELA (MARIN et. al, 2011). 16 3.3 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO O Procedimento Operacional Padrão (POP) tem a finalidade de otimizar um procedimento independente da área, possibilitando que um dado procedimento seja realizado sempre de maneira adequada, diminuindo os erros e permitindo que, de forma clara e detalhada, qualquer operador possa verificar o passo a passo das etapas, garantindo uma uniformidade da rotina operacional (LOUSANA, 2005). Os POPs descrevem passo a passo como determinada atividade deve ser realizada. Para que essas sejam desempenhadas de forma correta é essencial ter a contribuição dos operadores na construção desse documento com a finalidade de verificar quais instruções são mais fáceis e eficientes para ser seguidas (WOODIN, 2004). Também é importante que haja a implantação do POP piloto e que ajustes sejam feitos no POP final garantindo a adequabilidade de sua implantação no serviço. Cada POP deve conter os seguintes itens: cabeçalho contendo o tipo do documento, título, código, logotipo da empresa ou instituição, área responsável, responsáveis pela elaboração, aprovação e autorização, objetivos, abrangência ou aplicabilidade, responsabilidades, abreviações e definições, descrição dos procedimentos, referências e anexos, paginação, versão e número da última revisão podem estar no rodapé (LOUSANA, 2005). Os POPs podem ser assimilados a protocolos que auxiliam os profissionais na realização de operações rotineiras complexas com eficiência e qualidade, pois promovem um entendimento comum do papel de cada profissional no processo a ser realizado. Os POPs são particularmente importantes na assistência nutricional e devem ser adaptados às possibilidades locais seguidos e auditados pelo departamento responsável por sua elaboração (BERGER et al., 2019). 17 4 METODOLOGIA Esse estudo foi realizado juntamente com a Equipe de Nutrição envolvida na assistência nutricional aos pacientes com ELA atendidos no Ambulatório da Neurologia do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). O período da construção dos POPs se deu entre junho e agosto de 2020. Para subsidiar este estudo foi realizada uma pesquisa nos bancos de dados da Pubmed e do Google Acadêmico em artigos publicados entre os anos 2005 e 2020. Para a elaboração dos POPs relacionados a avaliação antropométrica foram utilizados os seguintes parâmetros: aferição do peso (pacientes que deambulam e os pacientes que não deambulam), da altura, da dobra cutânea tricipital (DCT), da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) e da circunferência da panturrilha (CP), cálculo do índice de massa corporal (IMC) e do percentual de perda de peso (%PP). Para a avaliação da composição corporal utilizou-se o exame de bioimpedância, o qual fornecerá valores de resistência e reactância para a estimativa do percentual de gordura (%G) e do percentual da massa livre de gordura (%MLG). Os instrumentos e equipamentos usados nas atividades referidas pelos protocolos foram: fita métrica inelástica de 100 cm, com marcação milimétrica; estadiômetro de parede da marca Medjet®; balança digital de plataforma com capacidade máxima de 500kg da marca Knwaagen®; adipômetro fabricado pela Lange®; e aparelho de bioimpedância Quantum II da marca RJL Systems®. Todos esses equipamentos tiveram sua calibragem conferida antes da realização deste trabalho. Para a construção destes POPs foi necessário conhecer os equipamentos, os pontos anatômicos de referência para a tomada das medidas e as técnicas corretas de medição recomendados pela literatura (CHUMLEA, et al., 1985; LOHMAN et al., 1988; CHUMLEA, et al., 1994; WHO, 1995; KYLE et al., 2004). Quando necessário, algumas técnicas foram adaptadas à realidade dos pacientes com ELA, como por exemplo, as técnicas para aferição do peso, mensuração da altura e da espessura do músculo adutor do polegar. Na estrutura dos POPs foram contemplados itens como: cabeçalho, contendo logo institucional, título, identificação numérica, data de elaboração, responsáveis pela elaboração e execução, materiais e equipamentos necessários; descrição dos procedimentos; e referências, quando necessárias. Eles foram disponibilizados em formato digital e impresso ao Ambulatório ELA/HUOL para acesso de todos que compõem a equipe de nutrição, a qual foi responsável por revisá-los. 18 5 RESULTADOS Foram elaborados 10 POPs, sendo 9 referentes a avaliação antropométrica e 1 relacionado à avaliação da composição corporal (Quadro 1). Todos esses POPs estão descritos nos APÊNDICES A-J. Quadro 1. Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) elaborados para avaliação antropométrica e de composição corporal de pacientes com ELA – Natal/RN, 2020. Número POP 1 Aferição de peso de pacientes que deambulam 2 Aferição de peso de pacientes que não deambulam 3 Aferição da altura de pacientes que deambulam 4 Estimativa da altura de pacientes que não deambulam 5 Cálculo do índice de massa corporal (IMC) 6 Cálculo do percentual de perda de peso (% PP) 7 Aferição da circunferência da panturrilha (CP) 8 Aferição da dobra cutânea tricipital (DCT) 9 Aferição da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) 10 Realização do exame da bioimpedância (BIA) 19 6 DISCUSSÃO A assistência nutricional aos pacientes com ELA deve ser sistematizada e garantir o atendimento global do indivíduo. A avaliação nutricional é parte primordial desta assistência e a inclusão de métodos como antropometria e composição corporal são importantes para monitoramento da perda de peso e da massa magra, fatores que influenciam no prognóstico da doença. Várias são as causas da depleção muscular como: ingestão inadequada de nutrientes, principalmente pelo quadro de disfagia, inapetência, dificuldade de alimentar-se, depressão e hipermetabolismo (ANDERSEN et al., 2012). Existem evidências que relacionam a perda de peso, redução do IMC e da massa muscular com a menor sobrevida em pacientes com ELA. Em estudo realizado por Jawaid et al. (2010), foi observado que a diminuição de 10% do peso corporal aumentaria em 45% o risco de óbito nessa população. Para o IMC a redução de 1 kg/m² estaria associada a um aumento de 20% no risco de mortalidade trazendo assim a extrema importância de realizar uma correta avaliação nutricional (MARIN et al., 2011). Estudo sobre avaliação nutricional de pacientes neurológicos submetidos à terapia nutricional enteral em uma unidade de terapia intensiva (acamados), reforça a importância de adaptar diferentes tipos de protocolosde aferição da estatura e do peso (LIMA; OLIVEIRA, 2016). No atendimento ambulatorial grande parte dos pacientes portadores de ELA não deambulam, o que impossibilita a aferição de peso e altura utilizando o método convencional. Na elaboração destes POPs tais medidas serão obtidas por meio de equações de estimativas. O peso será obtido mediante pesagem em balança de plataforma digital, a qual é específica para pesar pessoas cadeirantes, em que primeiramente é subtraído o peso da cadeira. Em um estudo realizado por Lee e Gallagher (2008) que revisa os métodos de avaliação da composição corporal, a bioimpedância elétrica se destaca por ser de baixo custo, portabilidade, fácil manuseio e segurança. Com essas características aliadas a rapidez do método a bioimpedância pode ser facilmente aplicada em pacientes com ELA não necessitando de grandes esforços por parte do indivíduo. Considerando a importância desses métodos de avaliação nutricional nos pacientes com ELA, destaca-se a necessidade de padronização adequada, conforme à literatura, na realização dos mesmos afim de garantir uma maior otimização dos procedimentos a serem realizados. A padronização de procedimentos é uma ferramenta gerencial aplicada na melhoria da qualidade de serviços. Segundo Pereira et al. (2017) as práticas profissionais devem ser direcionadas por 20 evidências científicas seguras. A implantação dos POPs também tem sido empregada em diferentes cenários na área da saúde como forma de gerar uniformização, confiabilidade, educação, otimização do tempo, satisfação e segurança do paciente e do profissional de saúde, proporcionando em longo prazo redução de riscos e dos danos, melhoria da qualidade e benefícios ao indivíduo assistido (SALES et al., 2018). Nesse processo de sistematização a equipe de pessoas envolvidas deve participar ativamente da elaboração dos POPs, cujos quais precisam ser redigidos com linguagem simples, de fácil compreensão e minuciosos em suas descrições para que sejam facilmente seguidas e aplicadas no cotidiano (PEREIRA et al., 2017). Dessa forma, destaca-se o impacto positivo que os POPs elaborados nesse trabalho irão trazer na qualidade do serviço prestado, uma vez que diminuem os riscos de falhas processuais na avaliação nutricional dos pacientes, etapa primordial da assistência nutricional. No presente estudo, os POPs foram realizados com a participação da equipe de nutrição do Ambulatório ELA/HUOL. Sua elaboração será primordial na organização e gestão de qualidade do serviço (assistência nutricional) prestado aos pacientes com ELA. Apesar de ser uma doença rara, o ambulatório de ELA/HUOL tem uma demanda significativa visto que é um centro de referência para o tratamento no estado do Rio Grande do Norte, recebendo também, pacientes de outros estados brasileiros. Além disso, como este ambulatório está inserido em um hospital universitário, abarca não só a extensão, mas as outras ações acadêmicas de ensino e pesquisa. Portanto, há uma alta rotatividade de alunos, estagiários, bolsistas, monitores e pós-graduandos no nosso serviço, incluindo a subárea da Nutrição. Dessa forma, todos devem ser sensibilizados a seguir as orientações escritas, a fim de garantir a qualidade e a uniformidade da assistência. Instrumentos como os POPs ou os manuais que contenham processos de trabalho e técnicas em serviços de saúde, além de agregarem qualidade ao serviço, contribuem para o processo de formação dos futuros profissionais da área (BERTOLO et al., 2013). 21 7 CONCLUSÃO Os POPs elaborados nesse trabalho fornecerão orientações claras e detalhadas quanto à realização da avaliação antropométrica e de composição corporal pela bioimpedância em pacientes com ELA assistidos no ambulatório ELA/HUOL, visando uniformização da conduta e redução de falhas. Desse modo, recomenda-se o uso dos POPs elaborados a fim de possibilitar uma assistência mais segura e confiável. 22 REFERÊNCIAS AHMED, Aesha; WICKLUND, Matthew P. Amyotrophic Lateral Sclerosis: What role does environment play? Neurologic Clinics, vol. 29, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ncl.2011.06.001. Acesso em: 19 nov. 2020. ALONSO, Alvaro et al. 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Antes da chegada do paciente na sala: Passo 1 Higienizar a plataforma da balança com papel toalha e álcool a 70%. Conectar o cabo da balança ao visor e este a tomada. Passo 2: Ligar o aparelho. Esperar pelo menos 15 minutos para fazer a primeira pesagem. Passo 3: Subir no centro da balança para verificar se seu peso está adequado, servindo como controle de calibração. Estando tudo certo, prosseguir para o próximo passo. Caso a balança não esteja calibrada, não a usar para pesagem do paciente. Após chegada do paciente na sala: Passo 4: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. Passo 5: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. Passo 6: Verificar se o paciente dispõe de algum objeto (órtese, chave, celular, etc.) e pedir que retire. Além da roupa, o paciente pode ficar calçado. Passo 7: Conduzir o paciente até a balança de plataforma e orientá-lo para ficar no centro da balança. Verificar o peso e considerar aquele observado no momento em que o paciente não estiver se apoiando em alguém ou na parede. Passo 8: Registrar o peso do paciente no prontuário. Passo 9: Auxiliar o paciente para sair da balança com segurança, levando-o até a cadeira onde ficará sentado durante a consulta. Passo 10: Após a última pesagem do dia, higienizar a plataforma da balança com papel toalha e álcool a 70%. Desconectar o cabo da balança ao visor e guardar este no armário. 29 APÊNDICE B: POP 2 – Aferição de peso de pacientes que não deambulam UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP Nº 2 Data: 26/08/2021 TÍTULO: Aferição de peso de pacientes que não deambulam Área de aplicação: Nutrição Clínica Setor: Ambulatório ELA/HUOL Responsáveis Nome Cargo Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e balança digital de plataforma. Antes da chegada do paciente na sala: Passo 1 Higienizar a plataforma da balança com papel toalha e álcool a 70%. Conectar o cabo da balança ao visor e este a tomada. Passo 2: Ligar o aparelho. Esperar pelo menos 15 minutos para fazer a primeira pesagem. Passo 3: Subir no centro da balança para verificar se seu peso está adequado, servindo como controle de calibração. Estando tudo certo, prosseguir para o próximo passo. Caso a balança não esteja calibrada, não a usar para pesagem do paciente. Após chegada do paciente na sala: Passo 4: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. Passo 5: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. Passo 6: Verificar se o paciente dispõe de algum objeto nele (órtese, chave, celular, etc.) ou na cadeira de rodas (toalha, fralda, sacolas, bolsas, etc.), e pedir que retire. Passo 7: Perguntar ao paciente e/ou acompanhante se a cadeira de rodas é do paciente ou se pertence ao hospital. Perguntar também se a cadeira já foi ou não pesada. Verificar se a cadeira já tem a etiqueta com o peso dela. Passo 8: Proceder a pesagem do paciente na cadeira de rodas. Auxiliar a colocação de ambos no centro da plataforma da balança. Verificar o peso estável que aparecer no visor. Passo 9: Registrar o peso da cadeira com paciente em papel. Passo 10: Auxiliar a retirada da cadeira com o paciente da balança, com segurança, posicionando a cadeira em frente à mesa do profissional. Passo 11: Caso saiba o peso da cadeira de rodas, fazer subtração para achar o peso do paciente. Registrar o peso do paciente no prontuário. Passo 12: Caso não se saiba o peso da cadeira de rodas, pedir ao cuidador que segura o paciente em pé ou o coloque em cadeira normal. Enquanto isso, colocar a cadeira de rodas no centro da plataforma da balança. Averiguar seu peso e 30 anotar no prontuário. Posteriormente, transferir o paciente de volta para cadeira de rodas com segurança, e posicioná-la em frente à mesa do profissional. Por fim, colocar etiqueta na balança com seu respectivo peso, em local visível, mas que não seja tocado com frequência. Passo 13: Agora, sabendo o peso da cadeira de rodas, fazer subtração para achar o peso do paciente. Registrar tanto o peso do paciente, como o peso da cadeira de rodas no prontuário. Passo 14: Após a última pesagem do dia, higienizar a plataforma da balança com papel toalha e álcool a 70%. Desconectaro cabo da balança ao visor e guardar este no armário. Algumas observações: Todos os objetos a serem pesados devem ser colocados no centro da balança; As cargas a serem pesadas não devem exceder em hipótese alguma a carga máxima da balança; Não deixar objetos sobre a plataforma de pesagem. 31 APÊNDICE C: POP 3 – Aferição da altura de pacientes que deambulam UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP Nº 3 Data: 26/08/2021 TÍTULO: Aferição de altura de pacientes que deambulam Área de aplicação: Nutrição Clínica Setor: Ambulatório ELA/HUOL Responsáveis Nome Cargo Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e estadiômetro de parede. Antes da chegada do paciente na sala: Passo 1 Higienizar o estadiômetro de parede com papel toalha e álcool a 70%. Após chegada do paciente na sala: Passo 2: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. Passo 3: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. Passo 4: Verificar se o paciente dispõe de algum objeto (órtese, chave, celular, adereços de cabelo etc.) e pedir que o retire. É importante que o paciente retire o calçado. Passo 5: Conduzir o paciente até o estadiômetro de parede e orientá-lo para posicionar-se em pé e de forma mais ereta possível, com calcanhar o mais próximo possível à parede. De preferência, com os calcanhares se tocando e as pontas dos pés afastadas em 60o. Orientar o paciente a deixar os braços estendidos ao longo do corpo, posicionar a cabeça em Plano de Frankfurt e a olhar para um ponto fixo na altura dos olhos, em linha horizontal. Passo 6: Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. Retirar o paciente quando o profissional tiver a certeza que o mesmo não se moveu. Passo 7: Realizar a leitura da altura sem soltar a parte móvel do equipamento. Passo 8: Registrar a altura do paciente no prontuário. Passo 9: Conduzir o paciente até a cadeira onde ficará sentado durante a consulta. Passo 10: Após a última aferição do dia, higienizar o estadiômetro de parede com papel toalha e álcool a 70%. Algumas observações: O Passo 7 descreve a posição ideal, mas conhecendo a realidade dos pacientes com ELA, procurar, a medida do possível, posicioná-lo o mais próximo possível ao ideal. Caso seja difícil, trabalhar com a altura estimada pela altura do joelho (POP 4). Se necessário, ajudar na retirada dos calçados do paciente, isso dará uma maior agilidade nas aferições. 32 APÊNDICE D: POP 4 – Estimava da altura de pacientes que não deambulam UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP Nº 4 Data: 26/08/2021 TÍTULO: Estimativa da altura de pacientes que não deambulam Área de aplicação: Nutrição Clínica Setor: Ambulatório ELA/HUOL Responsáveis Nome Cargo Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e fita métrica inelástica. Antes da chegada do paciente na sala: Passo 1 Higienizar a fita métrica inelástica com papel toalha e álcool a 70%. Após chegada do paciente na sala: Passo 2: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. Passo 3: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. Passo 4: Posicionar o paciente sentado em uma cadeira. O indivíduo deve estar sentado, com o joelho flexionado a 90°. Medir a distância do calcanhar do pé esquerdo até a patela do joelho do mesmo lado (Altura do joelho -AJ). Passo 5: São necessárias duas medidas sucessivas e a diferença entre elas não deve ultrapassar o limite de 0,5 cm. Considere a média das aferições. Passo 6: Calcular a altura estimada mediante fórmula Chumlea, apresentada abaixo * Passo 7: Registrar a altura do paciente no prontuário. Passo 8: Após a última aferição do dia, higienizar a fita métrica inelástica com papel toalha e álcool a 70%. Algumas observações: Esse método de estimativa da altura serve para pacientes que não deambulam ou que tenham problemas físicos que comprometem aferição da altura. Caso o paciente esteja de vestido ou calça, se for possível, peça para suspender a roupa para melhor aferição da AJ. *Fórmulas utilizadas, conforme idade: 33 Chumlea WC, et al. Estimating stature from knee height for persons 60 to 90 years of age. J Am Geriatr Soc. 1985; 33:116-120. Chumlea WC, et al. Prediction of stature from knee height for black and white adults and children with application to mobility-impaired or handicapped persons. J Am Diet Assoc. 1994; 94:1385-1388, 1391. 34 APÊNDICE E: POP 5 – Cálculo do índice de massa corporal (IMC) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP Nº 5 Data: 26/08/2021 TÍTULO: Cálculo do índice de massa corporal (IMC) Área de aplicação: Nutrição Clínica Setor: Ambulatório ELA/HUOL Responsáveis Nome Cargo Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador e prontuário do paciente Passo 1: De posse dos valores aferidos de peso e altura do paciente, calcular o IMC mediante fórmula: Peso (kg) IMC = 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚) 𝑥 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚) Passo 2: Registrar o IMC do paciente no prontuário. Passo 3: A classificação do IMC poderá ser realizada mediante as referências abaixo* Algumas observações: * A classificação para fins de diagnóstico e evolução do paciente de ELA deve considerar a faixa etária, utilizando-se a WHO para adultos e LIPSCHITZ para idosos. Quando o fim da classificação for tabulação para artigo científico, recomendamos agrupar todos os pacientes e usar a classificação da WHO. 35 WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO Consultation. WHO Technical Report Series 894. Geneva: World Health Organization, 2000. LIPSCHITZ, DA. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, 21 (1): 55-67, 1994. 36 APÊNDICE F: POP 6 – Cálculo do percentual de perda de peso (% PP) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP Nº 6 Data: 26/08/2021 TÍTULO: Cálculo do percentual de perda de peso (% PP) Área de aplicação: Nutrição Clínica Setor: Ambulatório ELA/HUOL Responsáveis Nome Cargo Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador e prontuário do paciente. Passo 1: De posse dos valores de peso habitual e peso atual do paciente, calcular o %PP mediante fórmula: Peso habitual (kg) − (Peso atual (kg) x 100) %PP = 𝑃𝑒𝑠𝑜 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑢𝑎𝑙 (𝑘𝑔) Passo 2: Registrar o %PP no prontuário do paciente. Passo3: A interpretação do %PP pode ser feita mediante as referências abaixo*. Algumas observações: *Referências para interpretação do %PP: ¹BISCHOFF, SC, et al. ESPEN guideline on home enteral nutrition. Clin Nutr. 2020 Jan;39(1):5-22. ²VOLKERT, D, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition and hydration in geriatrics. Clin Nutr. 2019 ;38(1):10-47. ³BURGOS, R, et al. ESPEN guideline clinical nutrition in neurology. Clin Nutr. 2018;37(1):354-396. 37 APÊNDICE G: POP 7 – Aferição da circunferência da panturrilha (PP) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP Nº 7 Data: 26/08/2021 TÍTULO: Aferição da circunferência da panturrilha (CP) Área de aplicação: Nutrição Clínica Setor: Ambulatório ELA/HUOL Responsáveis Nome Cargo Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e fita métrica inelástica. Antes da chegada do paciente na sala: Passo 1 Higienizar a fita métrica inelástica com papel toalha e álcool a 70%. Após chegada do paciente na sala: Passo 2: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. Passo 3: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. Passo 4: Solicitar ao paciente para permanecer em pé, na posição ereta, com os pés separados aproximadamente 20 cm, de forma que o peso seja distribuído uniformemente. Mas se o paciente não deambular, ele deverá permanecer sentado com as pernas apoiadas no suporte de pé da própria cadeira e o joelho flexionado em aproximadamente 90°. Passo 5: Posicionar a fita métrica horizontalmente na área de maior diâmetro da panturrilha. Certifique-se que se a fita horizontalmente no mesmo nível em todas as partes da circunferência, de modo nem frouxa, nem apertada. Passo 6: Realizar a leitura 3 vezes. Passo 7: Calcular o valor médio das 3 leituras e registrar o valor final da CP no prontuário. Passo 8: Após a aferição de cada paciente, higienizar a fita métrica inelástica com papel toalha e álcool a 70%. Algumas observações: *Referências para interpretação do CP: 38 WHO expert committee. Physical status: the use and the interpretation of anthropometry. World Health Organization Technical Report Series. No. 85, 375- 405, (WHO, 1995). PAGOTTO, V; SANTOS, KF; MALAQUIAS, SG; BACHION, MM; SILVEIRA, EA. Circunferência da panturrilha: validação clínica para avaliação de massa muscular em idosos. Rev Bras Enferm [Internet]. 2018;71(2):322-8. 39 APÊNDICE H: POP 8 – Aferição da dobra cutânea tricipital (DCT) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP Nº 8 Data: 26/08/2021 TÍTULO: Aferição da dobra cutânea tricipital (DCT) Área de aplicação: Nutrição Clínica Setor: Ambulatório ELA/HUOL Responsáveis Nome Cargo Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente, adipômetro e a fita métrica inelástica. Antes da chegada do paciente na sala: Passo 1 Higienizar o adipômetro e a fita métrica inelástica com papel toalha e álcool a 70%. Após chegada do paciente na sala: Passo 2: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. Passo 3: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. Passo 4: Perguntar ao paciente o braço que ele tem mais força e selecionar esse braço para aferição. Afastar a manga da camisa/blusa/vestido ou, se necessário e possível, solicitar sua retirada. Passo 5: Solicitar ao paciente para deixar o braço estendido e relaxado ao longo do tronco, esteja o paciente em pé (preferencialmente) ou sentado (se o paciente não deambular). Passo 6: Localizar o extremo do ombro (acrômio) e o extremo do cotovelo (olécrano) e marcar o ponto médio entre esses dois pontos com caneta na lateral do braço. Transferir esse ponto médio para região posterior do braço seguindo o mesmo nível. Passo 7: Pinçar a dobra com os dedos polegar e indicador 1 cm acima do ponto médio marcado na região posterior do braço. A dobra cutânea deverá ser levantada perpendicularmente à superfície corporal e estar firme entre os dedos. A dobra deve conter somente pele e tecido adiposo subcutâneo (sem o tecido muscular). Não soltar até terminar a leitura da dobra cutânea com o adipômetro que deve ser feita entre 2 e 4 segundos. Passo 8: Pegar o adipômetro e o pressionar de modo que suas lâminas sejam separadas. Posicionar as lâminas perpendicularmente ao ponto médio da parte posterior do braço. Passo 9: Posicionar o adipômetro numa posição em que seu campo de visão esteja favorável à leitura da medida. Passo 10: Pinçar a dobra com o adipômetro, no referido ponto médio, de forma que não cause desconforto à pessoa. Passo 11: Realizar a leitura 3 vezes. 40 Passo 12: Despinçar a dobra com os dedos. Passo 13: Calcular o valor médio das 3 leituras e registrar o valor da DCT final no prontuário. Passo 14: Conduzir o paciente até a cadeira onde ficará sentado durante a consulta. Passo 15: Após a aferição de cada paciente, higienizar o adipômetro com papel toalha e álcool a 70%. Algumas observações: A aferição dessa dobra é importante pois tem como vantagem a facilidade e a rapidez da medição, principalmente para pacientes que não deambulam ou que tenham problemas físicos. É importante que a medida seja realizada 3 vezes e utilizado a média dessas medidas como valor final da DCT. 41 APÊNDICE I: POP 9 – Aferição da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP Nº 9 Data: 26/08/2021 TÍTULO: Aferição da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) Área de aplicação: Nutrição Clínica Setor: Ambulatório ELA/HUOL Responsáveis Nome Cargo Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e adipômetro. Antes da chegada do paciente na sala: Passo 1 Higienizar o adipômetro com papel toalha e álcool a 70%. Após chegada do paciente na sala: Passo 2: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. Passo 3: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. Passo 4: Perguntar ao paciente o braço que ele tem mais força e selecionar esse braço para aferição. Passo 5: Orientar o paciente para permanecer sentado, auxiliá-lo a flexionar o braço e apoiar a mão sobre o joelho homolateral. Passo 6: Utilizar o adipômetro para pinçar o músculo adutor do polegar no vértice de um triângulo imaginário, formado pela extensão do polegar e do indicador. Passo 7: Realizar a leitura 3 vezes. Passo 8: Calcular o valor médio das 3 leituras e registrar o valor final da EMAP no prontuário. Passo 9: Após a aferição de cada paciente, higienizar o adipômetro com papel toalha e álcool a 70%. Algumas observações: 42 *Referências para interpretação da EMAP: Ainda não temos os valores de referência da EMAP para pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA), mas existe valores encontradosnuma população de adultos e idosos saudáveis (LAMEU et al., 2004). Esses valores podem ser usados para comparação, mas ao longo do acompanhamento dos pacientes com ELA é importante que a primeira aferição da EMAP sirva como referência do próprio paciente. Veja abaixo a média e a mediana encontrada na população saudável do estudo de Lameu et al. (2004). Esses autores também fornecem a descrição do Escore-Z e uma classificação da depleção muscular calculada em cima do percentual da mediana. LAMEU, EB et al. The thickness of the adductor pollicis muscle reflects the muscle compartment and may be used as a new anthropometric parameter for nutritional assessment. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2004, 7:293-301. 43 APÊNDICE J: POP 10 – Realização do exame da bioimpedância (BIA) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP Nº 10 Data: 26/08/2021 TÍTULO: Realização do exame da bioimpedância (BIA) Área de aplicação: Nutrição Clínica Setor: Ambulatório ELA/HUOL Responsáveis Nome Cargo Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e aparelho de bioimpedância. Antes da chegada do paciente na sala: Passo 1 Higienizar o aparelho de bioimpedância Quantum II da RJL Systems® com papel toalha e álcool a 70%. Passo 2 Aperte o aparelho no botão de ligar e verifique se a bateria do aparelho está totalmente carregada. Conectar os cabos ao aparelho de acordo com as cores e checar se o mesmo está calibrado e funcionante. Após chegada do paciente na sala: Passo 3: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. Passo 4: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. Passo 5: Fazer o checklist com paciente, conforme as recomendações prévias à BIA: ( ) Está em jejum por pelo menos 2 horas.1 O ideal seria jejum prévio de 8h.2 ( ) Não fez exercício físico nas últimas 12 horas.1,2 ( ) Não fez consumo de cafeína ou álcool nas últimas 24 horas.3 ( ) Não apresenta lesões na pele, nos pontos de colocação dos eletrodos.2 ( ) Não apresenta alterações significativas de hidratação corporal (ex. edema).2 ( ) Não é portador de marcapasso ou fibriladores.3 ( ) Não usa ou suspendeu medicação antidiurética nas últimas 24 horas.3 ( ) Não está febril.2 ( ) Se mulher em idade fértil, não está em período menstrual.3 44 ( ) Se mulher em idade fértil, não está gestante.3 Obs.: Caso o paciente não atenda algum desses itens e mesmo assim a BIA seja realizada, colocar a observação correspondente no prontuário do paciente. Passo 6: Certificar-se que as medidas antropométricas (peso e altura) já foram coletadas.2 Passo 7: Solicitar ao paciente que retire todos os objetos de metal presos ao corpo, como brincos, correntes, anéis, pulseiras, relógios e tornozeleiras. Passo 8: Colocar o paciente em posição supina em mesa de exame não condutora, com abdução dos membros superiores e inferiores em 30 e 45 graus, respectivamente.1,2 Passo 9: Orientar o paciente para permanecer parado e em silêncio durante o teste. Passo 10: Utilizar eletrodos isoelétricos, orientados pelo fabricante. Recomenda-se que os eletrodos tenham área de contato maior que 4cm2.2 Passo 11: Posicionar os eletrodos nas articulações metacarpais e metatarsais-falangeais previamente limpas com álcool a 70%. Seguir uma distância longitudinal de pelo menos 5cm entre os eletrodos.2 (ver Figura 1). Passo 12: Fazer leitura dos valores estabilizados de resistência (R) e reactância (Xc) no visor do aparelho e registrar os resultados no prontuário. Posteriormente os resultados serão usados para inserção no software ou aplicação equações de predição. Passo 13: Retirar cuidadosamente os eletrodos do paciente e descartá-los no lixo. Passo 14: Após a aferição de cada paciente, higienizar o aparelho e os cabos com papel toalha e álcool a 70%. Algumas observações: Normalmente orienta-se colocar os eletrodos na mão e pé direitos. Mas na ELA, é padronizado que essa aferição seja feita na mão e pé do lado mais dominante. Observar a figura abaixo pode facilitar a colocação dos eletrodos nos pontos corretos. Figura 1. Posição dos eletrodos superiores e inferiores. A. Mão dominante: a borda do eletrodo do clip vermelho deve ser posicionada numa linha imaginária que corta a cabeça da ulna. O eletrodo do clip preto deve ser posicionado próximo a base do dedo médio. B. Pé do mesmo lado da mão dominante: a borda do eletrodo do clip vermelho deve ser 45 posicionada numa linha imaginária ao maléolo medial. O eletrodo do clip preto deve ser posicionado abaixo dos pododáctilos 2 e 3. Referências: WALTER-KROKER, A; KROKER, A; MATTIUCCI-GUEHLKE, M, GLAAB, T. A practical guide to bioelectrical impedance analysis using the example of chronic obstructive pulmonary disease. Nutr J. 2011 Apr 21;10:35. doi: 10.1186/1475-2891-10-35. PMID: 21510854; PMCID: PMC3110108. KHALIL, SF; MOHKTAR, MS; IBRAHIM, F. A teoria e os fundamentos da análise de bioimpedância no monitoramento do estado clínico e diagnóstico de doenças. Sensores (Basel). 19 de junho de 2014; 14 (6): 10895-928. doi: 10.3390 / s140610895. PMID: 24949644; PMCID: PMC4118362. ROSSI, L, TIRAPEGUI, J. Comparação dos métodos de bioimpedância e equação de Faulkner para avaliação da composição corporal em desportistas. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas 2001, 37(2): 137-42. BANCA EXAMINADORA RESUMO ABSTRACT SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 OBJETIVOS 3 REVISÃO DA LITERATURA 4 METODOLOGIA 5 RESULTADOS 6 DISCUSSÃO 7 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICE A: POP 1 – Aferição de peso de pacientes que deambulam APÊNDICE B: POP 2 – Aferição de peso de pacientes que não deambulam APÊNDICE C: POP 3 – Aferição da altura de pacientes que deambulam APÊNDICE D: POP 4 – Estimava da altura de pacientes que não deambulam APÊNDICE E: POP 5 – Cálculo do índice de massa corporal (IMC) APÊNDICE F: POP 6 – Cálculo do percentual de perda de peso (% PP) APÊNDICE G: POP 7 – Aferição da circunferência da panturrilha (PP) APÊNDICE H: POP 8 – Aferição da dobra cutânea tricipital (DCT) APÊNDICE I: POP 9 – Aferição da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) APÊNDICE J: POP 10 – Realização do exame da bioimpedância (BIA)