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PROCEDIMENTOSOPERACIONAISPADRAãÆO-SILVA-2021


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PARA 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE 
COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES COM 
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA 
 
 
 
 
 
THASSIANE RIBEIRO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2021 
THASSIANE RIBEIRO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PARA 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE 
COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES COM 
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de Graduação em Nutrição da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte como requisito final 
para a obtenção do grau de Nutricionista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador(a): Profª. Dra. Lúcia Leite Lais 
Coorientador(a): Profª. Dra. Sancha Helena de Lima Vale 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS 
 
 
Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263 
Silva, Thassiane Ribeiro da. 
Procedimentos operacionais padrão para avaliação 
antropométrica e de composição corporal de pacientes com 
Esclerose Lateral Amiotrófica / Thassiane Ribeiro da Silva. - 
2021. 
47f.: il. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Nutrição) 
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de 
Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição. Natal, RN, 2021. 
Orientador: Lúcia Leite Lais. 
1. Doença dos neurônios motores - TCC. 2. Esclerose Lateral 
Amiotrófica - TCC. 3. Métodos - TCC. 4. Avaliação nutricional - 
TCC. 5. Avaliação antropométrica - TCC. I. Lais, Lúcia Leite. 
II. Título. 
RN/UF/BS-CCS CDU 616.8-003.99 
THASSIANE RIBEIRO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PARA 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE 
COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES COM 
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de 
Nutricionista. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profª. Drª. Lúcia Leite Lais 
 
 
 
 
 
Profª. Drª. Marcia Marília Gomes Dantas Lopes 
 
 
 
 
 
Nut. Ma. Evellyn Câmara Grilo 
 
 
 
Nata, 26 de Agosto de 2021 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho primeiramente a DEUS, autor do meu destino, companheiro de todos os 
momentos. Ele alimentou a minha alma com calma e esperança, foi um verdadeiro guia durante toda a 
jornada, sem a sua infinita sabedoria, jamais teria conseguido. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
A Deus, por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades, minha imensa 
gratidão. 
Aos meus pais, José Cassiano da Silva e Maria das Graças Ribeiro da Silva pelo amor, 
incentivo em todas as áreas da minha vida e apoio incondicional ao longo de toda minha 
trajetória. 
Ao meu esposo, Pedro Henrique Xavier, por estar ao meu lado em todos os momentos. 
Ele, que acima de tudo é um grande amigo sempre com uma palavra de incentivo. 
Às minhas queridas irmãs, Thaísa Ribeiro e Janaina Karla, pelo apoio emocional, pela 
amizade e atenção dedicadas quando sempre precisei. 
À nutricionista, Profª. Drª. e orientadora Lúcia Leite Lais, pelo apoio, orientação, 
dedicação e paciência durante o desenvolvimento do estudo aqui apresentado. Seus 
conhecimentos fizeram grande diferença no resultado final deste trabalho. 
À minha coorientadora, Profª. Dra. Sancha Helena de Lima Vale. 
Aos professores participantes da banca examinadora, Profª. Drª. Marcia Marília Gomes 
Dantas Lopes e Nut. Ma. Evellyn Câmara Grilo, pela solicitude e contribuições neste momento 
tão importante e esperado. 
Às minhas colegas do curso de Nutrição, Isabelle Madruga, Tatiana Pais e Vanessa 
Cristina pelas trocas de ideias e ajuda mútua. Juntos conseguimos avançar e ultrapassar todos 
os obstáculos. 
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração. 
Enfim, a todos que de forma direta ou indireta fizeram parte desta conquista, a todos 
que me incentivaram e torceram por mim, o meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Tenha sempre como meta muita força, 
muita determinação, e sempre faça tudo com 
muito amor e com muita fé em Deus, que um dia 
você chega lá. De alguma maneira você chega lá!” 
Ayrton Senna 
 
Silva, Thassiane Ribeiro da. Procedimentos Operacionais Padrão para Avaliação Antr 
opométrica e de Composição Corporal de Pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófi 
ca. 2021. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutr 
ição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021. 
 
RESUMO 
Introdução: O Procedimento Operacional Padrão (POP) tem a finalidade de otimizar um 
procedimento, para que seja realizado sempre de maneira adequada, diminuindo os erros e 
garantindo uma uniformidade da rotina operacional e a segurança do paciente. Objetivo: 
elaborar procedimentos operacionais padrão (POPs) para avaliação antropométrica e de 
composição corporal de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) assistidos no 
Ambulatório de ELA do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Método: o período de 
elaboração dos POPs ocorreu entre os meses de junho e agosto de 2020. Para subsidiar o estudo 
foi realizada uma pesquisa bibliográfica no banco de dados da Pubmed e do Google Acadêmico 
em artigos publicados entre os anos de 2005 e 2020, foi feito o levantamento de artigos sobre a 
população com ELA e sobre a população saudável. A construção desses POPs foi baseada no 
método de aferição das medidas recomendadas pela literatura adaptadas à realidade dos 
pacientes com ELA, quando necessário. Resultados: foram elaborados 10 POPs, sendo 9 
referentes a avaliação antropométrica e 1 sobre a realização da bioimpedância para avaliação 
da composição corporal. Conclusão: os POPs serão úteis para orientar a realização adequada da 
avaliação antropométrica e de composição corporal em pacientes com ELA assistidos no 
Ambulatório ELA/HUOL, possibilitando uma assistência mais segura e confiável. 
 
Palavras-chave: doença dos neurônios motores, métodos, avaliação nutricional. 
 
Silva, Thassiane Ribeiro da. Standard Operating Procedures for Anthropometric and Bod 
Composition Assessment of Patients with Amyotrophic Lateral Sclerosis. 2021. 47 f. Final 
Paper (Graduate in Nutrition) – Nutrition Course, Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, Natal, 2021. 
 
ABSTRACT 
Introduction: The Standard Operating Procedure (SOP) is intended to optimize a procedure, to 
it will be realized always performed properly, reducing errors and ensuring uniformity in the 
operating routine and patient safety. Objective: to develop Standard Operating Procedures 
(SOPs) for anthropometric and body composition assessment of patients with Amyotrophic 
Lateral Sclerosis (ALS) assisted at the ALS Outpatiet Clinic of Hospital Universitário Onofre 
Lopes (HUOL). Method: the period of elaboration of the SOPs took place between the months 
of June and August 2020. To support the study, a search was carried out in the databases of 
Pubmed and Google Scholar in articles published between 2005 and 2020, and a survey of 
articles about the population with ALS and about the health population was carried out. The 
construction of these SOPs was based on the measurement method recommended by the 
literature described in the study, as well as being adapted to the reality of patients with ALS, 
when necessary. Results: 10 SOPs were elaborated, 9 for anthropometric assessment and 1 for 
body composition throughbioimpedance. Conclusion: SOPs will be useful to guide the proper 
performance of anthropometric and body composition assessment in ALS patients assisted at 
the ELA/HUOL Outpatient Clinic, enabling safer and more reliable care. 
 
Keywords: motor neuron disease, methods, nutritional assessment. 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9 
2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 11 
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 11 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 11 
3 REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................... 12 
3.1 ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA ................................................................... 12 
3.2 ASPECTOS NUTRICIONAIS NA ELA ........................................................................ 14 
3.3 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO .................................................... 16 
4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 17 
5 RESULTADOS ............................................................................................................... 18 
6 DISCUSSÃO ................................................................................................................... 19 
7 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 21 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 22 
APÊNDICE A: POP 1 – Aferição de peso de pacientes que deambulam............................. 28 
APÊNDICE B: POP 2 – Aferição de peso de pacientes que não deambulam ...................... 29 
APÊNDICE C: POP 3 – Aferição da altura de pacientes que deambulam ........................... 31 
APÊNDICE D: POP 4 – Estimava da altura de pacientes que não deambulam ................... 32 
APÊNDICE E: POP 5 – Cálculo do índice de massa corporal (IMC) ................................. 34 
APÊNDICE F: POP 6 – Cálculo do percentual de perda de peso (% PP) ............................ 36 
APÊNDICE G: POP 7 – Aferição da circunferência da panturrilha (CP) ............................ 37 
APÊNDICE H: POP 8 – Aferição da dobra cutânea tricipital (DCT) .................................. 39 
APÊNDICE I: POP 9 – Aferição da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) ...... 41 
APÊNDICE J: POP 10 – Realização do exame da bioimpedância (BIA) ............................ 43 
9 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa caracterizada 
pela degeneração dos neurônios motores superiores (NMS) e inferiores (NMI) ocasionando 
atrofia muscular progressiva (WIJESEKERA; LEIGH, 2009). 
Pesquisas mostram a relação entre a incidência de ELA e variações geográficas, 
mostrando uma diferença entre os índices encontrados na Ilha de Guam (3,9/100.000 
habitantes) e a China (0,3/100.000 habitantes) (KURTZKE, 1982 apud FGA; LIMA; 
ALVARENGA, 2009; DIETRICH-NETO et al., 2000). 
O atendimento multidisciplinar e o suporte nutricional desses pacientes já é 
recomendado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2021). A avaliação do estado nutricional 
desses pacientes deve fazer parte de qualquer protocolo assistencial e sua relevância é 
corroborada pelo fato de que a piora do estado nutricional tem implicações diretas no tempo de 
evolução da doença e sobrevida (LÓPEZ-GOMÉZ et al., 2021). 
Características fenotípicas são observadas no paciente com ELA, como por exemplo, a 
desnutrição, caquexia e sarcopenia, podendo ser mais bem tratadas diante de uma avaliação 
nutricional bem conduzida. Segundo Aquino (2005), existem vários métodos de avaliação do 
estado nutricional, todos eles são importantes e se complementam entre si. Dentre eles, a 
antropometria e a composição corporal se destacam devido a perda de peso e a atrofia muscular 
comumente encontrada em pacientes com ELA. Parâmetros antropométricos que merecem 
destaque na avaliação nutricional destes indivíduos incluem peso, altura, índice de massa 
corporal (IMC), percentual de perda de peso (%PP), dobra cutânea tricipital (DCT), espessura 
do músculo adutor do polegar (MAP) e perímetro da panturrilha (PP) (BRITO et al., 2014). 
A composição corporal destes pacientes pode ser analisada pela bioimpedância (JÉSUS 
et. al, 2020). Esta avaliação apresenta inúmeras vantagens, uma vez que se trata de um método 
não invasivo, de fácil aplicabilidade, baixo custo, rápida obtenção e boa reprodutibilidade 
(KYLE et al., 2004). O método se baseia na passagem de uma corrente elétrica de baixa 
intensidade pelo corpo gerando diferentes resistências teciduais. Quanto maior o volume de 
água e eletrólitos, menor será a resistência à passagem da corrente elétrica, fato observado em 
tecidos magros. Já em tecido com grande teor lipídico, há maior resistência à passagem dessa 
corrente (BAUMGARTNER et al., 1988; KYLE et al., 2004). Com os parâmetros bioelétricos, 
resistência (R) e reactância (Xc) é possível calcular o percentual de gordura (%G) e o percentual 
da massa livre de gordura (%MLG). 
10 
 
 
 
 
As avaliações antropométrica e de composição corporal devem ser realizados 
corretamente para que não haja comprometimento dos seus resultados e para que a terapia 
nutricional a ser empregada seja a mais específica possível. 
Os POPs são um conjunto de instruções, semelhante a um protocolo contendo o passo 
a passo e que visam prestar cuidados de forma eficiente e reduzir o risco de um evento 
indesejável. Em outras palavras, são instrumentos que contêm informações detalhadas sobre a 
realização de dado procedimento (BERGER et al., 2019). 
Em um serviço de assistência nutricional se fazem necessários tanto a padronização 
desses métodos como também o treinamento dos avaliadores, garantindo a qualidade do serviço 
e a fidedignidade dos dados coletados, assim como a segurança do paciente. 
Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo elaborar procedimentos operacionais 
padrão (POPs) para a avaliação nutricional de pacientes com esclerose lateral amiotrófica, 
assistidos no ambulatório de ELA do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). 
11 
 
 
 
 
2 OBJETIVOS 
 
 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
 
Elaborar procedimentos operacionais padrão (POPs) para avaliação antropométrica e de 
composição corporal de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). 
 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 
 Desenvolver protocolos para padronização da avaliação antropométrica em pacientes 
com ELA; 
 Desenvolver protocolo para padronização da avaliação da composição corporal pela 
bioimpedância em pacientes com ELA. 
12 
 
 
 
 
3 REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 
3.1 ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA 
 
 
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), também nomeada como doença de Lou Gehrig, 
é a mais comum das doenças do neurônio motor, tendo como primeiro descritor o médico 
francês Jean Martin Charcot, em 1869. No entanto, antes de Charcot, nomes como Bell (1824), 
Aran (1850), Duchenne e Cruveilher (1851), foram importantes estudiosos que contribuíram 
para o entendimento dessa doença (WIJESEKERA; LEIGH, 2009). 
A ELA é uma doença neurodegenerativa que se caracteriza pela paralisia muscular 
progressiva decorrente de uma degeneração dos neurônios motores superiores (NMS) e 
inferiores (NMI) no córtex cerebral, tronco cerebral e medula espinal, afetando também o 
músculo bulbar e músculo respiratório do indivíduo (WIJESEKERA; LEIGH, 2009). 
Conforme Cronin, Hardiman e Traynor (2007), a incidência deELA tem uma grande 
variabilidade dependendo da região analisada, apresentando maior número de casos em 
caucasianos da América e da Europa. Estudos realizados internacionalmente afirmam que a 
ocorrência da doença é de 1 a 2 casos por 100.000 habitantes, sendo maior na oitava década de 
vida. A nível mundial a prevalência calculada é de 4 a 6 casos/100.000 habitantes. No Brasil, 
os pacientes com ELA têm idade média de 62,7 ± 13,2 anos, com leve predomínio do sexo 
masculino (1,3:1) (MOURA et al., 2016). 
As ocorrências de ELA sem causa conhecida, denominadas como esporádicas, são em 
torno de 90% a 95% dos casos. Já os casos de ELA familiar que envolvem mutações genéticas 
hereditárias, variam entre 5% a 10%. A mutação no gene que codifica a enzima antioxidante 
superóxido dismutase tipo 1 (SOD1) relaciona-se a 20% dos casos de ELA familiar 
(ROTHSTEIN, 2009). Tal enzima possui a função de proteger as células contra radicais livres 
e espécies reativas de oxigênio (EROs), que têm ação citotóxica (KAUR et al., 2016). Presume- 
se que há mais de 180 mutações no gene SOD1 associadas a ELA, sendo a ELA por mutação 
da SOD1 a forma autossômica mais herdada (HAYASHI et al., 2016). 
Vários fatores de risco podem estar associados a etiologia e a fisiopatologia da ELA tais 
como: alterações da imunidade, traumas físicos, infecções virais persistentes (poliovírus, 
enterovírus, retrovírus murino), processo de envelhecimento com deficiência relativa de 
vitamina E, exposição a neurotoxinas (semelhante àquela sofrida por veteranos da Guerra do 
Golfo), atividade física extenuante, prolongado uso de cigarro e fatores ambientais químicos 
13 
 
 
 
 
(como contato com inseticidas na lavoura) ou físicos (como radiações resultantes de explosões 
nucleares) (SILVA, 2006; ALONSO et al., 2010; AHMED; WICKLUND, 2011). 
Também são diversos os processos correlacionados com a fisiopatologia da ELA. Vale 
ressaltar como exemplos o estresse oxidativo, excitotoxicidade do glutamato, disfunção 
mitocondrial, neuroinflamação, interrupção do transporte axonal, agregação de proteínas e 
apoptose. Contudo, as vias moleculares específicas que causam a morte de neurônios motores 
na ELA ainda não são totalmente esclarecidas. Acredita-se que haja a ocorrência de um 
conjunto desses processos patológicos levando a degeneração dos neurônios motores e ao 
surgimento da doença (LASIENE; YAMANAKA, 2011). 
Em média 2/3 dos pacientes que desenvolvem ELA com início típico espinhal 
apresentam sintomas de fraqueza muscular nos membros superiores e inferiores, cãibras, 
fasciculações, dificuldade de destreza manual e de marcha. Já os pacientes que desenvolvem 
ELA com início bulbar, apresentam sintomas de disartria e disfagia. Em ambos os casos a 
paralisia é de caráter progressivo e pode ser fatal em consequência do desenvolvimento de 
insuficiência respiratória (WIJESEKERA, 2009). 
Em consenso da Federação Mundial de Neurologia, revisados em 1998, o EI Escorial, 
apresenta os critérios de diagnóstico da ELA. Dados referentes à história clínica, exame físico, 
exame laboratorial, eletroneuromiografia e neuroimagem auxiliam na exclusão de outras 
patologias e a confirmação do diagnóstico de ELA (BROOKS et al., 2000; ALVAREZ-URÍA 
TEJERO et al., 2011). Segundo o EI Escorial 1998, a ELA é classificada como suspeita, 
possível, provável ou definitiva. O estágio da doença também poder ser amparado por escalas 
funcionais. Apesar de todas essas ferramentas o diagnóstico de ELA é clínico, com a 
identificação de sinais evolutivos de fraqueza muscular envolvendo a musculatura inervada 
pelos neurônios NMS e NMI, independentemente de ser ELA familiar ou esporádica 
(PHUKAN; HARDIMAN, 2009). 
Ainda não há cura para a ELA. O único medicamento com indicação para doença 
atualmente aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) e pela Agência de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) é o Riluzol. A forma de ação do medicamento é bloquear a liberação pré- 
sináptica de glutamato, suprimindo assim sua excitotoxicidade, promovendo um razoável 
benefício com aumento da sobrevida do paciente em torno de 2 a 3 meses, sem variação na 
deterioração funcional (JENKINS et al., 2014). 
O tratamento de pessoas com ELA exige um cuidado assistencial multidisciplinar, 
incluindo também a parte psicossocial (RADUNOVIC; MITSUMOTO; LEIGH, 2007). 
14 
 
 
 
 
Assuntos relevantes como suporte nutricional e respiratório, assim como cuidados paliativos 
devem ser tratados com pacientes e cuidadores o mais cedo possível, no intuito de que ambos 
consigam conviver com a condição de forma mais aceitável. Embora a esta doença não tenha 
cura, existe tratamento para vários sintomas que aparecem no decorrer da doença. Assim, a 
qualidade de vida e a manutenção da autonomia do paciente por tempo prolongado devem ser 
prioridades de todos da equipe multidisciplinar (WIJESEKERA; LEIGH, 2009). 
O objetivo terapêutico na ELA é apoiado no tratamento da sintomatologia e em cuidados 
paliativos (NICOLETTI et al.,2016). Um mecanismo terapêutico que tem se mostrado de 
fundamental importância é a terapia nutricional na assistência aos pacientes com ELA (KING, 
2011). Intervenções nutricionais adequadas minimizam a ocorrência de desnutrição e 
contribuem para melhor qualidade de vida e maior sobrevida nesses pacientes (PATEL; 
HAMADEH, 2009). 
O prognóstico da ELA inclui evolução progressiva da doença, sem intervalos de 
remissões, recidivas ou estabilização, ou seja, acarreta uma deficiência evolutiva, resultando 
em óbito. Entre os pacientes diagnosticados com ELA, verifica-se uma sobrevida média de 3 a 
5 anos, entretanto 10% a 20% dos casos apresentam sobrevida de 10 anos ou mais (TURNER 
et al., 2003). 
 
 
3.2 ASPECTOS NUTRICIONAIS NA ELA 
 
 
Com a progressão da ELA são observadas mudanças no perfil nutricional caracterizadas 
pela perda de peso e alterações da composição corporal. Essas mudanças são decorrentes da 
disfagia, inapetência, dificuldade de autoalimentação, depressão, baixa ingestão de energia e 
nutrientes e hipermetabolismo (GARCÍA et al., 2018). Esses fatores são as principais causas da 
desnutrição na ELA afetando de forma negativa a qualidade de vida e o prognóstico do paciente 
(MUSCARITOLI et al., 2012). 
Entre esses fatores, a disfagia se destaca por resultar em quadro de fadiga durante as 
refeições, escape de alimentos e/ou saliva pela boca, bem como episódios de broncoaspiração 
(ROCHA et al., 2005). A Academia Americana de Neurologia recomenda que a via de 
alimentação pela gastrostomia ocorra antes que a capacidade vital do paciente caia abaixo de 
50% para se evitar danos respiratórios durante o procedimento (ROSENFELD; ELLIS, 2008; 
GOLASZEWSKI et al., 2007). Assim sendo, um conjunto de condutas nutricionais deve fazer 
parte da intervenção nutricional na ELA, incluindo mudança da consistência da dieta, uso de 
15 
 
 
 
 
espessantes, uso de suplementos nutricionais e indicação da gastrostomia (CHIAPPETTA, 
2005; ROCHA et al., 2005; ANDERSEN et al., 2012). 
A menor sobrevida em pacientes com ELA possui estreita relação com fatores 
associados à perda de peso, redução do IMC e do percentual de massa livre de gordura (% 
MLG). Nos pacientes com ELA, a presença de desnutrição aumenta o risco de morte em 7,7 
vezes, ou ainda, a cada 5% de perda de peso o risco de morte aumenta em 30% (MARIN et al., 
2011). Estima-se ainda que a diminuição de 10% do peso corporal aumente o risco de morte 
nessa população em 45%. Ademais, a redução de 1kg/m² do IMC parece aumentar o risco de 
morte em 20% (SALVIONE, 2019). Portanto, a assistência nutricional precoce e sistemática 
tem grande relevância, uma vez que a manutenção de um estado nutricional adequado é capaz 
de modular positivamente o prognóstico do paciente com ELA. 
Recomenda-se uma avaliação trimestral dos pacientes com ELA para nortear a 
intervenção nutricional. É válido ressaltar que a avaliaçãodo estado nutricional deve preceder 
uma prescrição dietética de qualidade, em que se deve contemplar métodos objetivos e 
subjetivos, incluindo história clínica e alimentar, avaliação laboratorial, antropometria e 
composição corporal e outros fatores. Juntos possibilitam um diagnóstico nutricional mais 
preciso com reconhecimento precoce de distúrbios nutricionais auxiliando na recuperação e/ou 
manutenção do estado nutricional do paciente (SAVIONE, 2019). 
A assistência nutricional deve fazer parte da assistência multidisciplinar composta por 
neurologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo e assistente 
social. O trabalho em equipe desses profissionais fornecerá as condições necessárias de suporte 
tanto para o paciente quanto para o cuidador. Além disso, a assistência multidisciplinar na ELA 
contribui para o aumento da sobrevida e redução da mortalidade (VAN DEN BERG et al., 2005; 
KIRNAN et al., 2011). 
Parâmetros de avaliação nutricional como o aumento de percentual de perda de peso 
(%PP), a redução do índice de massa corporal (IMC) e a redução de massa muscular observados 
pelo exame de bioimpedância são importantes, uma vez que a piora do estado nutricional 
acelera o tempo de evolução da doença e contribui para uma menor sobrevida dos pacientes 
com ELA (MARIN et. al, 2011). 
16 
 
 
 
 
3.3 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO 
 
 
O Procedimento Operacional Padrão (POP) tem a finalidade de otimizar um 
procedimento independente da área, possibilitando que um dado procedimento seja realizado 
sempre de maneira adequada, diminuindo os erros e permitindo que, de forma clara e detalhada, 
qualquer operador possa verificar o passo a passo das etapas, garantindo uma uniformidade da 
rotina operacional (LOUSANA, 2005). 
Os POPs descrevem passo a passo como determinada atividade deve ser realizada. Para 
que essas sejam desempenhadas de forma correta é essencial ter a contribuição dos operadores 
na construção desse documento com a finalidade de verificar quais instruções são mais fáceis 
e eficientes para ser seguidas (WOODIN, 2004). Também é importante que haja a implantação 
do POP piloto e que ajustes sejam feitos no POP final garantindo a adequabilidade de sua 
implantação no serviço. 
Cada POP deve conter os seguintes itens: cabeçalho contendo o tipo do documento, 
título, código, logotipo da empresa ou instituição, área responsável, responsáveis pela 
elaboração, aprovação e autorização, objetivos, abrangência ou aplicabilidade, 
responsabilidades, abreviações e definições, descrição dos procedimentos, referências e anexos, 
paginação, versão e número da última revisão podem estar no rodapé (LOUSANA, 2005). 
Os POPs podem ser assimilados a protocolos que auxiliam os profissionais na realização 
de operações rotineiras complexas com eficiência e qualidade, pois promovem um 
entendimento comum do papel de cada profissional no processo a ser realizado. Os POPs são 
particularmente importantes na assistência nutricional e devem ser adaptados às possibilidades 
locais seguidos e auditados pelo departamento responsável por sua elaboração (BERGER et al., 
2019). 
17 
 
 
 
 
4 METODOLOGIA 
 
 
Esse estudo foi realizado juntamente com a Equipe de Nutrição envolvida na assistência 
nutricional aos pacientes com ELA atendidos no Ambulatório da Neurologia do Hospital 
Universitário Onofre Lopes (HUOL). O período da construção dos POPs se deu entre junho e 
agosto de 2020. Para subsidiar este estudo foi realizada uma pesquisa nos bancos de dados da 
Pubmed e do Google Acadêmico em artigos publicados entre os anos 2005 e 2020. 
Para a elaboração dos POPs relacionados a avaliação antropométrica foram utilizados 
os seguintes parâmetros: aferição do peso (pacientes que deambulam e os pacientes que não 
deambulam), da altura, da dobra cutânea tricipital (DCT), da espessura do músculo adutor do 
polegar (EMAP) e da circunferência da panturrilha (CP), cálculo do índice de massa corporal 
(IMC) e do percentual de perda de peso (%PP). Para a avaliação da composição corporal 
utilizou-se o exame de bioimpedância, o qual fornecerá valores de resistência e reactância para 
a estimativa do percentual de gordura (%G) e do percentual da massa livre de gordura (%MLG). 
Os instrumentos e equipamentos usados nas atividades referidas pelos protocolos foram: 
fita métrica inelástica de 100 cm, com marcação milimétrica; estadiômetro de parede da marca 
Medjet®; balança digital de plataforma com capacidade máxima de 500kg da marca 
Knwaagen®; adipômetro fabricado pela Lange®; e aparelho de bioimpedância Quantum II da 
marca RJL Systems®. Todos esses equipamentos tiveram sua calibragem conferida antes da 
realização deste trabalho. 
Para a construção destes POPs foi necessário conhecer os equipamentos, os pontos 
anatômicos de referência para a tomada das medidas e as técnicas corretas de medição 
recomendados pela literatura (CHUMLEA, et al., 1985; LOHMAN et al., 1988; CHUMLEA, 
et al., 1994; WHO, 1995; KYLE et al., 2004). Quando necessário, algumas técnicas foram 
adaptadas à realidade dos pacientes com ELA, como por exemplo, as técnicas para aferição do 
peso, mensuração da altura e da espessura do músculo adutor do polegar. 
Na estrutura dos POPs foram contemplados itens como: cabeçalho, contendo logo 
institucional, título, identificação numérica, data de elaboração, responsáveis pela elaboração e 
execução, materiais e equipamentos necessários; descrição dos procedimentos; e referências, 
quando necessárias. Eles foram disponibilizados em formato digital e impresso ao Ambulatório 
ELA/HUOL para acesso de todos que compõem a equipe de nutrição, a qual foi responsável 
por revisá-los. 
18 
 
 
 
 
5 RESULTADOS 
 
 
Foram elaborados 10 POPs, sendo 9 referentes a avaliação antropométrica e 1 
relacionado à avaliação da composição corporal (Quadro 1). Todos esses POPs estão descritos 
nos APÊNDICES A-J. 
 
Quadro 1. Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) elaborados para avaliação 
antropométrica e de composição corporal de pacientes com ELA – Natal/RN, 2020. 
Número POP 
1 Aferição de peso de pacientes que deambulam 
2 Aferição de peso de pacientes que não deambulam 
3 Aferição da altura de pacientes que deambulam 
4 Estimativa da altura de pacientes que não deambulam 
5 Cálculo do índice de massa corporal (IMC) 
6 Cálculo do percentual de perda de peso (% PP) 
7 Aferição da circunferência da panturrilha (CP) 
8 Aferição da dobra cutânea tricipital (DCT) 
9 Aferição da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) 
10 Realização do exame da bioimpedância (BIA) 
19 
 
 
 
 
6 DISCUSSÃO 
 
 
A assistência nutricional aos pacientes com ELA deve ser sistematizada e garantir o 
atendimento global do indivíduo. A avaliação nutricional é parte primordial desta assistência e 
a inclusão de métodos como antropometria e composição corporal são importantes para 
monitoramento da perda de peso e da massa magra, fatores que influenciam no prognóstico da 
doença. Várias são as causas da depleção muscular como: ingestão inadequada de nutrientes, 
principalmente pelo quadro de disfagia, inapetência, dificuldade de alimentar-se, depressão e 
hipermetabolismo (ANDERSEN et al., 2012). 
Existem evidências que relacionam a perda de peso, redução do IMC e da massa 
muscular com a menor sobrevida em pacientes com ELA. Em estudo realizado por Jawaid et 
al. (2010), foi observado que a diminuição de 10% do peso corporal aumentaria em 45% o risco 
de óbito nessa população. Para o IMC a redução de 1 kg/m² estaria associada a um aumento de 
20% no risco de mortalidade trazendo assim a extrema importância de realizar uma correta 
avaliação nutricional (MARIN et al., 2011). 
Estudo sobre avaliação nutricional de pacientes neurológicos submetidos à terapia 
nutricional enteral em uma unidade de terapia intensiva (acamados), reforça a importância de 
adaptar diferentes tipos de protocolosde aferição da estatura e do peso (LIMA; OLIVEIRA, 
2016). No atendimento ambulatorial grande parte dos pacientes portadores de ELA não 
deambulam, o que impossibilita a aferição de peso e altura utilizando o método convencional. 
Na elaboração destes POPs tais medidas serão obtidas por meio de equações de estimativas. O 
peso será obtido mediante pesagem em balança de plataforma digital, a qual é específica para 
pesar pessoas cadeirantes, em que primeiramente é subtraído o peso da cadeira. 
Em um estudo realizado por Lee e Gallagher (2008) que revisa os métodos de avaliação 
da composição corporal, a bioimpedância elétrica se destaca por ser de baixo custo, 
portabilidade, fácil manuseio e segurança. Com essas características aliadas a rapidez do 
método a bioimpedância pode ser facilmente aplicada em pacientes com ELA não necessitando 
de grandes esforços por parte do indivíduo. 
Considerando a importância desses métodos de avaliação nutricional nos pacientes com 
ELA, destaca-se a necessidade de padronização adequada, conforme à literatura, na realização 
dos mesmos afim de garantir uma maior otimização dos procedimentos a serem realizados. A 
padronização de procedimentos é uma ferramenta gerencial aplicada na melhoria da qualidade 
de serviços. Segundo Pereira et al. (2017) as práticas profissionais devem ser direcionadas por 
20 
 
 
 
 
evidências científicas seguras. A implantação dos POPs também tem sido empregada em 
diferentes cenários na área da saúde como forma de gerar uniformização, confiabilidade, 
educação, otimização do tempo, satisfação e segurança do paciente e do profissional de saúde, 
proporcionando em longo prazo redução de riscos e dos danos, melhoria da qualidade e 
benefícios ao indivíduo assistido (SALES et al., 2018). 
Nesse processo de sistematização a equipe de pessoas envolvidas deve participar 
ativamente da elaboração dos POPs, cujos quais precisam ser redigidos com linguagem simples, 
de fácil compreensão e minuciosos em suas descrições para que sejam facilmente seguidas e 
aplicadas no cotidiano (PEREIRA et al., 2017). 
Dessa forma, destaca-se o impacto positivo que os POPs elaborados nesse trabalho irão 
trazer na qualidade do serviço prestado, uma vez que diminuem os riscos de falhas processuais 
na avaliação nutricional dos pacientes, etapa primordial da assistência nutricional. 
No presente estudo, os POPs foram realizados com a participação da equipe de nutrição 
do Ambulatório ELA/HUOL. Sua elaboração será primordial na organização e gestão de 
qualidade do serviço (assistência nutricional) prestado aos pacientes com ELA. Apesar de ser 
uma doença rara, o ambulatório de ELA/HUOL tem uma demanda significativa visto que é um 
centro de referência para o tratamento no estado do Rio Grande do Norte, recebendo também, 
pacientes de outros estados brasileiros. 
Além disso, como este ambulatório está inserido em um hospital universitário, abarca 
não só a extensão, mas as outras ações acadêmicas de ensino e pesquisa. Portanto, há uma alta 
rotatividade de alunos, estagiários, bolsistas, monitores e pós-graduandos no nosso serviço, 
incluindo a subárea da Nutrição. Dessa forma, todos devem ser sensibilizados a seguir as 
orientações escritas, a fim de garantir a qualidade e a uniformidade da assistência. 
Instrumentos como os POPs ou os manuais que contenham processos de trabalho e 
técnicas em serviços de saúde, além de agregarem qualidade ao serviço, contribuem para o 
processo de formação dos futuros profissionais da área (BERTOLO et al., 2013). 
21 
 
 
 
 
7 CONCLUSÃO 
 
 
Os POPs elaborados nesse trabalho fornecerão orientações claras e detalhadas quanto 
à realização da avaliação antropométrica e de composição corporal pela bioimpedância em 
pacientes com ELA assistidos no ambulatório ELA/HUOL, visando uniformização da conduta 
e redução de falhas. Desse modo, recomenda-se o uso dos POPs elaborados a fim de possibilitar 
uma assistência mais segura e confiável. 
22 
 
 
 
 
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TURNER, Martin R. et al. Prolonged survival in motor neuron disease: a descriptive study of 
the King's database 1990-2002. Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, vol. 
74, 2003. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1136/jnnp.74.7.995. Acesso em: 03 fev. 2021. 
 
VAN DEN BERG, J. P. et al. Multidisciplinary ALS care improves quality of life in patients 
with ALS. Neurology, vol. 65, 2005. Disponível em: 
https://doi.org/10.1212/01wnl.0000180717.29273.12. Acesso em: 25 nov. 2020. 
 
WIJESEKERA, Lokesh C.; LEIGH, P Nigel. Amyotrophic lateral sclerosis. Orphanet Journal 
of Rare Diseases, vol. 4, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1186/1750-1172-4-3. Acesso 
em: 19 abr. 2020. 
 
WHO (World Health Organization). Physical status: the use and interpretation of 
anthropometry. Geneva: WHO, 1995. Disponível em: 
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/37003/W?sequence=1. Acesso em: 15 de 
abri. 2020. 
 
WHO (World Health Organization). Obesity: preventing and managing the global epidemic. 
Report of a WHO Consulation. WHO Technical Report Series 894. Geneva: WHO, 2000. 
Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/42330. Acesso em: 15 abri. 2020. 
 
WOODIN, K. E. Standard operations procedures (SOPs). In: The CRC´s guide to 
coordinating clinical research. Boston: Thompson Center Watch; 2004. p.59-72. 
http://www.abrela.org.br/nutricao-orientacao/
http://dx.doi.org/10.1136/jnnp.74.7.995
27 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE A: POP 1 – Aferição de peso de pacientes que deambulam 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 
ONOFRE LOPES (HUOL) 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP Nº 1 Data: 26/08/2021 
TÍTULO: Aferição de peso de pacientes 
que deambulam 
Área de aplicação: Nutrição Clínica 
Setor: Ambulatório ELA/HUOL 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária 
Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório 
Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição 
Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, 
papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e balança 
digital de plataforma. 
Antes da chegada do paciente na sala: 
Passo 1 Higienizar a plataforma da balança com papel toalha e álcool a 70%. 
Conectar o cabo da balança ao visor e este a tomada. 
Passo 2: Ligar o aparelho. Esperar pelo menos 15 minutos para fazer a primeira 
pesagem. 
Passo 3: Subir no centro da balança para verificar se seu peso está adequado, 
servindo como controle de calibração. Estando tudo certo, prosseguir 
para o próximo passo. Caso a balança não esteja calibrada, não a usar 
para pesagem do paciente. 
Após chegada do paciente na sala: 
Passo 4: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. 
Passo 5: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. 
Passo 6: Verificar se o paciente dispõe de algum objeto (órtese, chave, celular, 
etc.) e pedir que retire. Além da roupa, o paciente pode ficar calçado. 
Passo 7: Conduzir o paciente até a balança de plataforma e orientá-lo para ficar no 
centro da balança. Verificar o peso e considerar aquele observado no 
momento em que o paciente não estiver se apoiando em alguém ou na 
parede. 
Passo 8: Registrar o peso do paciente no prontuário. 
Passo 9: Auxiliar o paciente para sair da balança com segurança, levando-o até a 
cadeira onde ficará sentado durante a consulta. 
Passo 10: Após a última pesagem do dia, higienizar a plataforma da balança com 
papel toalha e álcool a 70%. Desconectar o cabo da balança ao visor e 
guardar este no armário. 
29 
 
 
 
 
APÊNDICE B: POP 2 – Aferição de peso de pacientes que não deambulam 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 
ONOFRE LOPES (HUOL) 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP Nº 2 Data: 26/08/2021 
TÍTULO: Aferição de peso de pacientes 
que não deambulam 
Área de aplicação: Nutrição Clínica 
Setor: Ambulatório ELA/HUOL 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária 
Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório 
Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição 
Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, 
papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e balança 
digital de plataforma. 
Antes da chegada do paciente na sala: 
Passo 1 Higienizar a plataforma da balança com papel toalha e álcool a 70%. 
Conectar o cabo da balança ao visor e este a tomada. 
Passo 2: Ligar o aparelho. Esperar pelo menos 15 minutos para fazer a primeira 
pesagem. 
Passo 3: Subir no centro da balança para verificar se seu peso está adequado, 
servindo como controle de calibração. Estando tudo certo, prosseguir para 
o próximo passo. Caso a balança não esteja calibrada, não a usar para 
pesagem do paciente. 
Após chegada do paciente na sala: 
Passo 4: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. 
Passo 5: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. 
Passo 6: Verificar se o paciente dispõe de algum objeto nele (órtese, chave, celular, 
etc.) ou na cadeira de rodas (toalha, fralda, sacolas, bolsas, etc.), e pedir 
que retire. 
Passo 7: Perguntar ao paciente e/ou acompanhante se a cadeira de rodas é do 
paciente ou se pertence ao hospital. Perguntar também se a cadeira já foi ou 
não pesada. Verificar se a cadeira já tem a etiqueta com o peso dela. 
Passo 8: Proceder a pesagem do paciente na cadeira de rodas. Auxiliar a colocação 
de ambos no centro da plataforma da balança. Verificar o peso estável que 
aparecer no visor. 
Passo 9: Registrar o peso da cadeira com paciente em papel. 
Passo 10: Auxiliar a retirada da cadeira com o paciente da balança, com segurança, 
posicionando a cadeira em frente à mesa do profissional. 
Passo 11: Caso saiba o peso da cadeira de rodas, fazer subtração para achar o peso do 
paciente. Registrar o peso do paciente no prontuário. 
Passo 12: Caso não se saiba o peso da cadeira de rodas, pedir ao cuidador que segura 
o paciente em pé ou o coloque em cadeira normal. Enquanto isso, colocar a 
cadeira de rodas no centro da plataforma da balança. Averiguar seu peso e 
30 
 
 
 
 
 anotar no prontuário. Posteriormente, transferir o paciente de volta para 
cadeira de rodas com segurança, e posicioná-la em frente à mesa do 
profissional. Por fim, colocar etiqueta na balança com seu respectivo peso, 
em local visível, mas que não seja tocado com frequência. 
Passo 13: Agora, sabendo o peso da cadeira de rodas, fazer subtração para achar o 
peso do paciente. Registrar tanto o peso do paciente, como o peso da 
cadeira de rodas no prontuário. 
Passo 14: Após a última pesagem do dia, higienizar a plataforma da balança com 
papel toalha e álcool a 70%. Desconectaro cabo da balança ao visor e 
guardar este no armário. 
Algumas observações: 
 Todos os objetos a serem pesados devem ser colocados no centro da balança; 
 As cargas a serem pesadas não devem exceder em hipótese alguma a carga máxima 
da balança; 
 Não deixar objetos sobre a plataforma de pesagem. 
31 
 
 
 
 
APÊNDICE C: POP 3 – Aferição da altura de pacientes que deambulam 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 
ONOFRE LOPES (HUOL) 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP Nº 3 Data: 26/08/2021 
TÍTULO: Aferição de altura de 
pacientes que deambulam 
Área de aplicação: Nutrição Clínica 
Setor: Ambulatório ELA/HUOL 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária 
Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório 
Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição 
Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, 
papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e 
estadiômetro de parede. 
Antes da chegada do paciente na sala: 
Passo 1 Higienizar o estadiômetro de parede com papel toalha e álcool a 70%. 
Após chegada do paciente na sala: 
Passo 2: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. 
Passo 3: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. 
Passo 4: Verificar se o paciente dispõe de algum objeto (órtese, chave, celular, 
adereços de cabelo etc.) e pedir que o retire. É importante que o paciente 
retire o calçado. 
Passo 5: Conduzir o paciente até o estadiômetro de parede e orientá-lo para 
posicionar-se em pé e de forma mais ereta possível, com calcanhar o mais 
próximo possível à parede. De preferência, com os calcanhares se tocando 
e as pontas dos pés afastadas em 60o. Orientar o paciente a deixar os 
braços estendidos ao longo do corpo, posicionar a cabeça em Plano de 
Frankfurt e a olhar para um ponto fixo na altura dos olhos, em linha 
horizontal. 
Passo 6: Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com 
pressão suficiente para comprimir o cabelo. Retirar o paciente quando o 
profissional tiver a certeza que o mesmo não se moveu. 
Passo 7: Realizar a leitura da altura sem soltar a parte móvel do equipamento. 
Passo 8: Registrar a altura do paciente no prontuário. 
Passo 9: Conduzir o paciente até a cadeira onde ficará sentado durante a consulta. 
Passo 10: Após a última aferição do dia, higienizar o estadiômetro de parede com 
papel toalha e álcool a 70%. 
Algumas observações: 
 O Passo 7 descreve a posição ideal, mas conhecendo a realidade dos pacientes com 
ELA, procurar, a medida do possível, posicioná-lo o mais próximo possível ao 
ideal. Caso seja difícil, trabalhar com a altura estimada pela altura do joelho (POP 
4). 
 Se necessário, ajudar na retirada dos calçados do paciente, isso dará uma maior 
agilidade nas aferições. 
32 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE D: POP 4 – Estimava da altura de pacientes que não deambulam 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 
ONOFRE LOPES (HUOL) 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP Nº 4 Data: 26/08/2021 
TÍTULO: Estimativa da altura de 
pacientes que não deambulam 
Área de aplicação: Nutrição Clínica 
Setor: Ambulatório ELA/HUOL 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária 
Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório 
Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição 
Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, 
papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e fita 
métrica inelástica. 
Antes da chegada do paciente na sala: 
Passo 1 Higienizar a fita métrica inelástica com papel toalha e álcool a 70%. 
Após chegada do paciente na sala: 
Passo 2: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. 
Passo 3: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. 
Passo 4: Posicionar o paciente sentado em uma cadeira. O indivíduo deve estar 
sentado, com o joelho flexionado a 90°. Medir a distância do calcanhar do 
pé esquerdo até a patela do joelho do mesmo lado (Altura do joelho -AJ). 
Passo 5: São necessárias duas medidas sucessivas e a diferença entre elas não deve 
ultrapassar o limite de 0,5 cm. Considere a média das aferições. 
Passo 6: Calcular a altura estimada mediante fórmula Chumlea, apresentada 
abaixo * 
Passo 7: Registrar a altura do paciente no prontuário. 
Passo 8: Após a última aferição do dia, higienizar a fita métrica inelástica com 
papel toalha e álcool a 70%. 
Algumas observações: 
 Esse método de estimativa da altura serve para pacientes que não deambulam ou 
que tenham problemas físicos que comprometem aferição da altura. 
 Caso o paciente esteja de vestido ou calça, se for possível, peça para suspender a 
roupa para melhor aferição da AJ. 
 *Fórmulas utilizadas, conforme idade: 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chumlea WC, et al. Estimating stature from knee height for persons 60 to 90 years of 
age. J Am Geriatr Soc. 1985; 33:116-120. 
 
Chumlea WC, et al. Prediction of stature from knee height for black and white adults 
and children with application to mobility-impaired or handicapped persons. J Am 
Diet Assoc. 1994; 94:1385-1388, 1391. 
34 
 
 
 
 
APÊNDICE E: POP 5 – Cálculo do índice de massa corporal (IMC) 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 
ONOFRE LOPES (HUOL) 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP Nº 5 Data: 26/08/2021 
TÍTULO: Cálculo do índice de massa 
corporal (IMC) 
Área de aplicação: Nutrição Clínica 
Setor: Ambulatório ELA/HUOL 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária 
Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório 
Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição 
Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, 
papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador e prontuário do paciente 
Passo 1: De posse dos valores aferidos de peso e altura do paciente, calcular o 
IMC mediante fórmula: 
 
Peso (kg) 
IMC = 
𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚) 𝑥 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚) 
Passo 2: Registrar o IMC do paciente no prontuário. 
Passo 3: A classificação do IMC poderá ser realizada mediante as referências 
abaixo* 
Algumas observações: 
* A classificação para fins de diagnóstico e evolução do paciente de ELA deve 
considerar a faixa etária, utilizando-se a WHO para adultos e LIPSCHITZ para idosos. 
Quando o fim da classificação for tabulação para artigo científico, recomendamos 
agrupar todos os pacientes e usar a classificação da WHO. 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO 
Consultation. WHO Technical Report Series 894. Geneva: World Health 
Organization, 2000. 
 
LIPSCHITZ, DA. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, 21 (1): 
55-67, 1994. 
36 
 
 
 
 
APÊNDICE F: POP 6 – Cálculo do percentual de perda de peso (% PP) 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 
ONOFRE LOPES (HUOL) 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP Nº 6 Data: 26/08/2021 
TÍTULO: Cálculo do percentual de perda de 
peso (% PP) 
Área de aplicação: Nutrição Clínica 
Setor: Ambulatório ELA/HUOL 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária 
Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório 
Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição 
Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel 
toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador e prontuário do paciente. 
Passo 1: De posse dos valores de peso habitual e peso atual do 
paciente, calcular o %PP mediante fórmula: 
 
Peso habitual (kg) − (Peso atual (kg) x 100) 
%PP = 
𝑃𝑒𝑠𝑜 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑢𝑎𝑙 (𝑘𝑔) 
Passo 2: Registrar o %PP no prontuário do paciente. 
Passo3: A interpretação do %PP pode ser feita mediante as 
referências abaixo*. 
Algumas observações: 
 
*Referências para interpretação do %PP: 
 
 
 
¹BISCHOFF, SC, et al. ESPEN guideline on home enteral nutrition. Clin Nutr. 2020 
Jan;39(1):5-22. 
²VOLKERT, D, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition and hydration in geriatrics. 
Clin Nutr. 2019 ;38(1):10-47. 
³BURGOS, R, et al. ESPEN guideline clinical nutrition in neurology. Clin Nutr. 
2018;37(1):354-396. 
37 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE G: POP 7 – Aferição da circunferência da panturrilha (PP) 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 
ONOFRE LOPES (HUOL) 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP Nº 7 Data: 26/08/2021 
TÍTULO: Aferição da circunferência da 
panturrilha (CP) 
Área de aplicação: Nutrição Clínica 
Setor: Ambulatório ELA/HUOL 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária 
Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório 
Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição 
Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, 
papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e fita 
métrica inelástica. 
Antes da chegada do paciente na sala: 
Passo 1 Higienizar a fita métrica inelástica com papel toalha e álcool a 70%. 
Após chegada do paciente na sala: 
Passo 2: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. 
Passo 3: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. 
Passo 4: Solicitar ao paciente para permanecer em pé, na posição ereta, com os pés 
separados aproximadamente 20 cm, de forma que o peso seja distribuído 
uniformemente. Mas se o paciente não deambular, ele deverá permanecer 
sentado com as pernas apoiadas no suporte de pé da própria cadeira e o 
joelho flexionado em aproximadamente 90°. 
Passo 5: Posicionar a fita métrica horizontalmente na área de maior diâmetro da 
panturrilha. Certifique-se que se a fita horizontalmente no mesmo nível 
em todas as partes da circunferência, de modo nem frouxa, nem apertada. 
Passo 6: Realizar a leitura 3 vezes. 
Passo 7: Calcular o valor médio das 3 leituras e registrar o valor final da CP no 
prontuário. 
Passo 8: Após a aferição de cada paciente, higienizar a fita métrica inelástica com 
papel toalha e álcool a 70%. 
Algumas observações: 
 
*Referências para interpretação do CP: 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WHO expert committee. Physical status: the use and the interpretation of 
anthropometry. World Health Organization Technical Report Series. No. 85, 375- 
405, (WHO, 1995). 
PAGOTTO, V; SANTOS, KF; MALAQUIAS, SG; BACHION, MM; SILVEIRA, 
EA. Circunferência da panturrilha: validação clínica para avaliação de massa 
muscular em idosos. Rev Bras Enferm [Internet]. 2018;71(2):322-8. 
39 
 
 
 
 
APÊNDICE H: POP 8 – Aferição da dobra cutânea tricipital (DCT) 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 
ONOFRE LOPES (HUOL) 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP Nº 8 Data: 26/08/2021 
TÍTULO: Aferição da dobra cutânea 
tricipital (DCT) 
Área de aplicação: Nutrição Clínica 
Setor: Ambulatório ELA/HUOL 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária 
Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório 
Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição 
Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, 
papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente, 
adipômetro e a fita métrica inelástica. 
Antes da chegada do paciente na sala: 
Passo 1 Higienizar o adipômetro e a fita métrica inelástica com papel toalha e 
álcool a 70%. 
Após chegada do paciente na sala: 
Passo 2: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. 
Passo 3: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. 
Passo 4: Perguntar ao paciente o braço que ele tem mais força e selecionar esse 
braço para aferição. Afastar a manga da camisa/blusa/vestido ou, se 
necessário e possível, solicitar sua retirada. 
Passo 5: Solicitar ao paciente para deixar o braço estendido e relaxado ao longo do 
tronco, esteja o paciente em pé (preferencialmente) ou sentado (se o 
paciente não deambular). 
Passo 6: Localizar o extremo do ombro (acrômio) e o extremo do cotovelo 
(olécrano) e marcar o ponto médio entre esses dois pontos com caneta na 
lateral do braço. Transferir esse ponto médio para região posterior do 
braço seguindo o mesmo nível. 
Passo 7: Pinçar a dobra com os dedos polegar e indicador 1 cm acima do ponto 
médio marcado na região posterior do braço. A dobra cutânea deverá ser 
levantada perpendicularmente à superfície corporal e estar firme entre os 
dedos. A dobra deve conter somente pele e tecido adiposo subcutâneo 
(sem o tecido muscular). Não soltar até terminar a leitura da dobra 
cutânea com o adipômetro que deve ser feita entre 2 e 4 segundos. 
Passo 8: Pegar o adipômetro e o pressionar de modo que suas lâminas sejam 
separadas. Posicionar as lâminas perpendicularmente ao ponto médio da 
parte posterior do braço. 
Passo 9: Posicionar o adipômetro numa posição em que seu campo de visão esteja 
favorável à leitura da medida. 
Passo 10: Pinçar a dobra com o adipômetro, no referido ponto médio, de forma que 
não cause desconforto à pessoa. 
Passo 11: Realizar a leitura 3 vezes. 
40 
 
 
 
 
Passo 12: Despinçar a dobra com os dedos. 
Passo 13: Calcular o valor médio das 3 leituras e registrar o valor da DCT final no 
prontuário. 
Passo 14: Conduzir o paciente até a cadeira onde ficará sentado durante a consulta. 
Passo 15: Após a aferição de cada paciente, higienizar o adipômetro com papel 
toalha e álcool a 70%. 
Algumas observações: 
 A aferição dessa dobra é importante pois tem como vantagem a facilidade e a 
rapidez da medição, principalmente para pacientes que não deambulam ou que 
tenham problemas físicos. 
 É importante que a medida seja realizada 3 vezes e utilizado a média dessas 
medidas como valor final da DCT. 
41 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE I: POP 9 – Aferição da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 
ONOFRE LOPES (HUOL) 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP Nº 9 Data: 26/08/2021 
TÍTULO: Aferição da espessura do 
músculo adutor do polegar (EMAP) 
Área de aplicação: Nutrição Clínica 
Setor: Ambulatório ELA/HUOL 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária 
Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório 
Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição 
Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, 
papel toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e 
adipômetro. 
Antes da chegada do paciente na sala: 
Passo 1 Higienizar o adipômetro com papel toalha e álcool a 70%. 
Após chegada do paciente na sala: 
Passo 2: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. 
Passo 3: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. 
Passo 4: Perguntar ao paciente o braço que ele tem mais força e selecionar esse 
braço para aferição. 
Passo 5: Orientar o paciente para permanecer sentado, auxiliá-lo a flexionar o 
braço e apoiar a mão sobre o joelho homolateral. 
Passo 6: Utilizar o adipômetro para pinçar o músculo adutor do polegar no vértice 
de um triângulo imaginário, formado pela extensão do polegar e do 
indicador. 
Passo 7: Realizar a leitura 3 vezes. 
Passo 8: Calcular o valor médio das 3 leituras e registrar o valor final da EMAP 
no prontuário. 
Passo 9: Após a aferição de cada paciente, higienizar o adipômetro com papel 
toalha e álcool a 70%. 
Algumas observações: 
42 
 
 
 
 
 
 
*Referências para interpretação da EMAP: 
 
Ainda não temos os valores de referência da EMAP para pacientes com esclerose lateral 
amiotrófica (ELA), mas existe valores encontradosnuma população de adultos e idosos 
saudáveis (LAMEU et al., 2004). Esses valores podem ser usados para comparação, 
mas ao longo do acompanhamento dos pacientes com ELA é importante que a primeira 
aferição da EMAP sirva como referência do próprio paciente. 
 
Veja abaixo a média e a mediana encontrada na população saudável do estudo de 
Lameu et al. (2004). Esses autores também fornecem a descrição do Escore-Z e uma 
classificação da depleção muscular calculada em cima do percentual da mediana. 
 
 
 
 
 
 
LAMEU, EB et al. The thickness of the adductor pollicis muscle reflects the muscle 
compartment and may be used as a new anthropometric parameter for nutritional 
assessment. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2004, 7:293-301. 
43 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE J: POP 10 – Realização do exame da bioimpedância (BIA) 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE 
LOPES (HUOL) 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 
PADRÃO 
POP Nº 10 Data: 26/08/2021 
TÍTULO: Realização do exame da 
bioimpedância (BIA) 
Área de aplicação: Nutrição Clínica 
Setor: Ambulatório ELA/HUOL 
Responsáveis Nome Cargo 
Elaboração Thassiane Ribeiro Estagiária 
Responsável Lúcia Leite Lais Coordenadora do Ambulatório 
Responsável pela execução do POP: Equipe de Nutrição 
Materiais e equipamentos necessários: Jaleco, crachá profissional ou do estagiário, papel 
toalha, álcool a 70%, gaze, caneta, computador, prontuário do paciente e aparelho de 
bioimpedância. 
Antes da chegada do paciente na sala: 
Passo 1 Higienizar o aparelho de bioimpedância Quantum II da RJL Systems® com papel 
toalha e álcool a 70%. 
Passo 2 Aperte o aparelho no botão de ligar e verifique se a bateria do aparelho está 
totalmente carregada. Conectar os cabos ao aparelho de acordo com as cores e 
checar se o mesmo está calibrado e funcionante. 
Após chegada do paciente na sala: 
Passo 3: Identificar-se ao paciente e/ou acompanhante. 
Passo 4: Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento. 
Passo 5: Fazer o checklist com paciente, conforme as recomendações prévias à BIA: 
 
( ) Está em jejum por pelo menos 2 horas.1 O ideal seria jejum prévio de 8h.2 
( ) Não fez exercício físico nas últimas 12 horas.1,2 
( ) Não fez consumo de cafeína ou álcool nas últimas 24 horas.3 
( ) Não apresenta lesões na pele, nos pontos de colocação dos eletrodos.2 
( ) Não apresenta alterações significativas de hidratação corporal (ex. edema).2 
( ) Não é portador de marcapasso ou fibriladores.3 
( ) Não usa ou suspendeu medicação antidiurética nas últimas 24 horas.3 
( ) Não está febril.2 
( ) Se mulher em idade fértil, não está em período menstrual.3 
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 ( ) Se mulher em idade fértil, não está gestante.3 
 
Obs.: Caso o paciente não atenda algum desses itens e mesmo assim a BIA seja 
realizada, colocar a observação correspondente no prontuário do paciente. 
Passo 6: Certificar-se que as medidas antropométricas (peso e altura) já foram coletadas.2 
Passo 7: Solicitar ao paciente que retire todos os objetos de metal presos ao corpo, como 
brincos, correntes, anéis, pulseiras, relógios e tornozeleiras. 
Passo 8: Colocar o paciente em posição supina em mesa de exame não condutora, com 
abdução dos membros superiores e inferiores em 30 e 45 graus, 
respectivamente.1,2 
Passo 9: Orientar o paciente para permanecer parado e em silêncio durante o teste. 
Passo 10: Utilizar eletrodos isoelétricos, orientados pelo fabricante. Recomenda-se que os 
eletrodos tenham área de contato maior que 4cm2.2 
Passo 11: Posicionar os eletrodos nas articulações metacarpais e metatarsais-falangeais 
previamente limpas com álcool a 70%. Seguir uma distância longitudinal de pelo 
menos 5cm entre os eletrodos.2 (ver Figura 1). 
Passo 12: Fazer leitura dos valores estabilizados de resistência (R) e reactância (Xc) no 
visor do aparelho e registrar os resultados no prontuário. Posteriormente os 
resultados serão usados para inserção no software ou aplicação equações de 
predição. 
Passo 13: Retirar cuidadosamente os eletrodos do paciente e descartá-los no lixo. 
Passo 14: Após a aferição de cada paciente, higienizar o aparelho e os cabos com papel 
toalha e álcool a 70%. 
Algumas observações: 
 
 Normalmente orienta-se colocar os eletrodos na mão e pé direitos. Mas na ELA, é 
padronizado que essa aferição seja feita na mão e pé do lado mais dominante. 
 Observar a figura abaixo pode facilitar a colocação dos eletrodos nos pontos corretos. 
 
 
Figura 1. Posição dos eletrodos superiores e inferiores. A. Mão dominante: a borda do 
eletrodo do clip vermelho deve ser posicionada numa linha imaginária que corta a cabeça 
da ulna. O eletrodo do clip preto deve ser posicionado próximo a base do dedo médio. B. 
Pé do mesmo lado da mão dominante: a borda do eletrodo do clip vermelho deve ser 
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posicionada numa linha imaginária ao maléolo medial. O eletrodo do clip preto deve ser 
posicionado abaixo dos pododáctilos 2 e 3. 
 
Referências: 
WALTER-KROKER, A; KROKER, A; MATTIUCCI-GUEHLKE, M, GLAAB, T. A 
practical guide to bioelectrical impedance analysis using the example of chronic obstructive 
pulmonary disease. Nutr J. 2011 Apr 21;10:35. doi: 10.1186/1475-2891-10-35. PMID: 
21510854; PMCID: PMC3110108. 
KHALIL, SF; MOHKTAR, MS; IBRAHIM, F. A teoria e os fundamentos da análise de 
bioimpedância no monitoramento do estado clínico e diagnóstico de doenças. Sensores 
(Basel). 19 de junho de 2014; 14 (6): 10895-928. doi: 10.3390 / s140610895. PMID: 
24949644; PMCID: PMC4118362. 
ROSSI, L, TIRAPEGUI, J. Comparação dos métodos de bioimpedância e equação de 
Faulkner para avaliação da composição corporal em desportistas. Revista Brasileira de 
Ciências Farmacêuticas 2001, 37(2): 137-42. 
	BANCA EXAMINADORA
	RESUMO
	ABSTRACT
	SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO
	2 OBJETIVOS
	3 REVISÃO DA LITERATURA
	4 METODOLOGIA
	5 RESULTADOS
	6 DISCUSSÃO
	7 CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS
	APÊNDICE A: POP 1 – Aferição de peso de pacientes que deambulam
	APÊNDICE B: POP 2 – Aferição de peso de pacientes que não deambulam
	APÊNDICE C: POP 3 – Aferição da altura de pacientes que deambulam
	APÊNDICE D: POP 4 – Estimava da altura de pacientes que não deambulam
	APÊNDICE E: POP 5 – Cálculo do índice de massa corporal (IMC)
	APÊNDICE F: POP 6 – Cálculo do percentual de perda de peso (% PP)
	APÊNDICE G: POP 7 – Aferição da circunferência da panturrilha (PP)
	APÊNDICE H: POP 8 – Aferição da dobra cutânea tricipital (DCT)
	APÊNDICE I: POP 9 – Aferição da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP)
	APÊNDICE J: POP 10 – Realização do exame da bioimpedância (BIA)