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Disciplina de Materiais Não Ferrosos e Polímeros. Engenharia Mecânica Artigo Científico de Revisão Bibliográfica Utilização da liga 60/40 para Trocadores de Calor e suas Comparações Grupo Nome: Guilherme Rodrigues Fernandes Nome: Gustavo Freitas Nome: Leonardo Ribeiro da Silva Nome: Nicholas Perkovitsch Alvares Nome: Pedro Takeshi Nome: Rodrigo Macedo Lima R.A.:818120149 R.A.:818229868 R.A.:817116597 R.A.:817122868 R.A.:81710140 R.A.:817126916 Prof.º: Igor Colado Porto Martins São Paulo 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 CONTEXTO HISTÓRICO 4 3 LIGAS DE LATÃO 6 3.1 Propriedades 6 3.1.1 Químicas 6 3.1.2 Físicas 6 3.1.3 Mecânicas 7 3.2 Comparativo entre as principais ligas de latão 7 4 APLICAÇÃO 9 4.1 Aplicação para radiadores ( trocadores de calor) 10 4.1.1 Como funciona essa aplicação 10 4.2 Diagrama de Fases 12 4.3 Microestrutura / Tratamento Térmico 13 4.4 Diagrama TTT 13 4.5 Ensaios de Dureza e Tração 14 4.6 Estrutura Cristalina 15 5 CONCLUSÃO 17 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18 INTRODUÇÃO As ligas de cobre são muito utilizadas pelas indústrias e em aplicações comerciais até os dias atuais, os chamados latões, ligas do sistema cobre - zinco. Neste tipo de liga os teores de zinco variam entre 5% (latão C 210) e 40 % (latão C 280), dependendo da liga. Uma aplicação muito utilizada nas ligas de latão são os chamados trocadores de calor (para tubos, núcleos, e sistemas de trocadores de calor, como por exemplo, radiadores automotivos), que auxiliam a manter a temperatura dos equipamentos superaquecidos através da circulação de vapor d’agua. O objetivo deste artigo será definir um estudo sobre a liga de latão 60/40- c280 também chamada de “Metal de Muntz”, realizando um comparativo entre as principais ligas de latão, das quais possuem as mesmas aplicações técnicas, neste caso, os trocadores de calor, a fim de apresentar melhores desempenhos nas propriedades listadas logo abaixo, e assim, concluir quais ligas possuem uma melhor resistência, durabilidade, entre outros fatores para a aplicação em questão. ,. CONTEXTO HISTÓRICO A história do cobre vem desde o período pré - histórico, no entanto, a partir do século I A.C., ainda na chamada “Era do Bronze”, com o uso de ligas de cobre ricas em zinco com estanho (bronze), obteve - se a liga de latão, devido à porcentagens mínimas de zinco ( por volta de 1,5% a 5%), que fortalecia a liga “acidentalmente”, resultando nesta liga, bastante utilizada nos dias atuais. Foram comprovados indícios desta liga, através de análises de peças feitas naquela época, dando como legítimas as primeiras peças a serem produzidas, vindas da parte ocidental (Ásia menor), ou seja, a primeira produção de latão no mundo. (Craddock, 1978). A primeira ferramenta de latão estudada, ainda da “Era do Bronze”, foi encontrada por “Stewart, Desch (1950)”, na Província das Montanhas Bellapais, no atual norte do Chipre. Com porcentagem de 1.5% a 6% de zinco, sua composição variava por conta das altas temperaturas usadas nos antigos fornos redutores da época. Os Palestinos também possuíam o segredo da fabricação do latão, e isso foi comprovado por uma adaga, descoberta por ”Hughes, (1973)”, nas províncias de Gezer, em Israel. A adaga datada por volta de 1500 A.C., era composta de cobre com arsênio e uma ligeira porcentagem de zinco. (Craddock, 1978). No ano I A.C., os romanos, através do processo de cimentação, obtinham uma espécie de latão, que de início era utilizado para cunhagem, e que conforme o tempo passava, substituiria o uso do bronze, devido à dificuldade de se obter estanho naquela época. Com o aperfeiçoamento e redução do uso de zinco nas moedas de latão, entre os séculos I e II A.C, os romanos, no processo de cimentação, aqueciam o óxido de zinco a cerca de 900 a 1000°C, fazendo com que evaporasse o zinco e derretesse o cobre, sendo assim, fazendo com que o vapor do zinco misture ao cobre derretido em um vaso selado. Quando realizado esse processo, esse vaso seria agitado, para enfim se obter uma liga uniforme, com uma porcentagem de 23 a 27% de zinco, que na época, era-se bastante vantajoso se obter pois, como o estanho era produzido pela Espanha e Grã-Bretanha na época, o bronze tendia a ficar mais caro que o próprio latão. Devido a facilidade de se encontrar zinco, e ao observarem a cor amarelada desta liga, resultou-se na criação de ligas com até 12% de zinco, para a incorporação de joias, anéis e metais decorativos, principalmente pelo seu baixo custo na época. (Craddock, 1978). Todas essas ligas encontradas na antiguidade nos remetem a um encontro acidental com o latão. No entanto, evidências com as primeiras ligas com porcentagem maior e mais consistente de zinco são relatadas por várias fontes na “Ásia menor”, ainda no Primeiro Milênio A.C. (final da “Era do Bronze”), com as chamadas “Escavações de Young (1958)”, no Gordion, antiga capital da “Ásia menor” e região da atual Turquia. As ligas de cobre com 10% de zinco, encontradas por ”Young, (1958)”, nos comprovam que, entre os séculos Ɪ e VII D.C., houve – se uma produção deliberada de latão no Extremo Oriente da Ásia menor e no Oriente Médio. Há também citações nos manuscritos bíblicos sobre o latão, porém todas sem embasamento. Muitas dessas citações, referenciadas a qualquer material com cobre a ser denominado uma Liga de Latão. (Craddock, 1978). Com o passar dos séculos, os avanços na metalurgia e nas técnicas de aquecimento em forjas, após a chamada “Era do Ferro”- onde foi explorado grande parte do ferro e aço -, foi necessário um aprimoramento das ligas metálicas para usos específicos. Neste caso, foram estudadas as “ligas metálicas” (que não são ferrosos), que possuem características específicas para cada uso, dentre elas, a liga de latão. (Craddock, 1978). Destes estudos, saíram algumas das principais ligas de latão: · “Latão com estanho (CU 68% / ZN 31% / SN 1%)”, que são ligas com ótima resistência a corrosão, utilizadas para ambiente submerso e equipamentos de construção naval; · “Latão (95% CU 5 % ZN)”, usados desde a época do “Império Romano”, e até hoje na confecção de moedas e emblemas para a aplicação de ouro; Ligas de latão com ótima resistência mecânica e ductibilidade, ideais para tubos de trocadores de calor e máquinas térmicas, cápsulas e roscas de lâmpadas. (Craddock, 1978). Citados alguns dos principais usos do latão na atualidade, vimos a trajetória histórica do latão e o tempo envolvido para o estudo e aperfeiçoamento das habilidades e tecnologias que temos e dependemos hoje em dia. LIGAS DE LATÃO Propriedades Logo abaixo, foram divididas em três tabelas – químicas, físicas e mecânicas -, as propriedades gerais das principais ligas de latão, envolvendo a aplicação de trocadores de calor. Químicas Tabela 1 – Composições químicas das ligas de latão – Fonte: Termomecânica São Paulo S.A, ( 2000 ). Físicas Tabela 2 – Composições Físicas das ligas de latão – Fonte: Termomecânica São Paulo S.A, ( 2000). Mecânicas Tabela 3 – Composições mecânicas daa ligas de latão – Fonte: Termomecânica São Paulo S.A, ( 2000 ). Comparativo entre as principais ligas de latão Em relação a liga de latão 60/40, foi possível realizar comparativos com as seguintes ligas: · Latão cartucho 70/30 C 260; · Latão fio maquina 63/37 C 272; · Latão almirantado (arsenical) C 443; · Latão almirantado (fosforoso) C 445; · Latão naval C 465; · Latão aluminado C 687. Um fator comum entre todas estas ligas e a nossa liga c280 é justamente a aplicação, bastante utilizada que são os trocadores de calor. O limite de resistência à tração varia entre 300 e 400 Mpa, dependendo da espessura e tamanho da peça produzida, além de que ambas terem uma alta resistência à corrosão. Embora nossa liga tenha uma boa dureza, algumas das ligas de mesma aplicação, como os almirantados e o naval, acabam tendo uma resistência melhor, devido ás porcentagens adicionadas de chumbo na composição, sendo assim, ocorrendo uma melhoria considerada nas composições.Em relação ás propriedades de conformação a frio e de soldagem, a liga C 280 acaba - se sobressaindo em relação as liga C 370, por exemplo, porém com usinabilidade inferior, devido á sua estrutura bifásica de alfa - beta. Com adição de alumínio, ocorre o aumento na resistência mecânica, pois, 1% de alumínio é equivalente a 6% de zinco, gerando um aumento da tendência á formação da fase beta linha. Ambos os elementos são poderosos desoxidantes. Em pequenas concentrações, servem para melhorar a resistência à corrosão. Os dois elementos previnem a volatização de zinco à temperaturas normais de fundição, e assim, melhora a fluidez da liga, principalmente o silício. Com a adição de silício, ele acaba responsável também pelo aumento da resistência ao desgaste, porém, ele reduz em relação a usinabilidade. Este elemento tem uma equivalência de zinco de 10, isto é, 1% de silício será equivalente a adicionar 10% de zinco, e assim ocorrer a tendência dessa liga desenvolver uma estrutura alfa - beta. Se o alumínio estiver presente nas ligas C260 e C280 em quantidades maiores que 1% por exemplo, isso pode causar uma alta contração na solidificação e formação da fase beta. Neste caso, ele é considerado como elemento endurecedor. [Berdin 2003] recomenda - se para as ligas C260 e C280, principalmente para uso industrial um teor de 0,5 a 0,7 de alumínio, para obter-se uma ductilidade que facilite posteriores operações. A adição de estanho é conhecida por baixar a taxa de dezincificação, que é muitas vezes, adicionado nos produtos comerciais, tais como latão Almirantado e latão Naval [Seungman 2002]. O estanho tem de duas a três vezes o efeito de peso equivalente de zinco na formação de fase Beta e assim, aumenta a sua resistência mecânica. APLICAÇÃO Na indústria e em aplicações comerciais, as ligas de cobre mais utilizadas são as chamadas latões, ligas do sistema cobre – zinco, onde a porcentagem do zinco varia de 5% (latão C 210) a no máximo 40% (latão C 280) A liga estudada é o Latão C 280 composto por 60% de cobre e 40% de zinco. Esta liga é bifásica (alfa e beta), com um fácil trabalho a quente, devido a presença da fase beta, no entanto, isso dificulta sua conformação a frio. Essa liga não possui uma resistência química boa, portanto, não é recomendado o uso em aplicações com ambientes corrosivos. O latão C 280 é utilizado na fabricação de placas, barras e perfis, Na indústria química em placas de tubos de condensadores e trocadores de calor e componentes mecânicos fabricados por forjamento, e é também utilizado na arquitetura com seções estruturadas e painéis espessos. Logo abaixo, será explicado sobre o que define um trocador de calor, em relação a ligas utilizadas hoje em dia e as ligas do amanhã. (Mateso, 2006). A liga 60/40 é geralmente usada na fundição em areia Os latões bifásicos apresentam uma excelente ductilidade, as temperaturas de deformação a quente e existem também em estado forjado por extrusão e laminado á quente segundo [Lee 2003]. (中牟田誠 & 国府島庸之, 2012). As ligas de latão com concentração de zinco entre 35% e 40% são bifásicas (contém fases alfa e beta), quando a concentração de zinco é menor que 35%, a liga se torna monofásica (contém apenas fase alfa). Os latões bifásicos são mais complexos em sua transformação de fase, isso dá origem a uma maior variedade de microestruturas e de propriedades diferentes. As ligas bifásicas são utilizadas na indústria devido a sua trabalhabilidade a quente e boa usinabilidade. Nossa liga (latão C 280), conhecida como Metal de Muntz se destaca entre as demais. A fase beta presentes nessas ligas são conhecidas como um composto intermetálico, com sua estequiometria aproximada de CuZn, isso significa que a proporção entre a quantidade de átomos de zinco e cobre estão em torno de 50% cada, o que não ocorre na fase alfa, pois ela possui estrutura cúbica de face centrada (CFC), onde átomos de zinco substituem átomos de cobre. No entanto, a fase beta tem sua faixa de variação da composição dependente da temperatura. A fase beta tem estrutura cúbica de corpo centrado (CCC) e em temperaturas acima de 470ºC ela fica desordenada, tendo os átomos de cobre e zinco ocupando posições aleatórias devido à alta energia ocasionada pela alta energia e temperatura. Essa desorganização não ocorre a baixas temperaturas e então ocorre a formação da chamada fase beta’ (beta linha). Essa fase possui uma ductilidade menor a temperaturas abaixo de 470ºC. Por causa desse comportamento, os latões bifásicos são indicados para trabalho a quente e não são recomendados para laminação a frio. A fase beta’ ao passar pelo tratamento térmico de envelhecimento em temperaturas de 200 a 500ºC pode ter sua dureza aumentada. A existência das fases alfa e beta presentes nessas ligas bifásicas garantem uma ductilidade reduzida a temperatura ambiente, o que não seria possível caso a microestrutura fosse 100% por uma fase beta. O trabalho a quente da liga bifásica (alfa e beta) é mais fácil em temperaturas acima de 470ºC, devido a desorganização da fase beta que substitui a fase beta’ que é ordenada. Uma vantagem das ligas bifásicas sobre as monofásicas (com concentração de zinco abaixo de 35%) é a melhor usinabilidade, devido a formação da fase beta’. (Mateso, 2006). Aplicação para radiadores ( trocadores de calor) O latão 60/40 possui diversas aplicações. Normalmente essa liga é mais utilizada para a fabricação de radiadores automotivos, tubos para radiadores, além de outros tipos de trocadores de calor existentes. Como funciona essa aplicação Os trocadores de calor são equipamentos usados para implementar a troca de calor entre dois fluidos ou mais, sujeitos a constantes mudanças de calor no sistema. Eles podem ser classificados quanto ao modo de troca de calor, quanto ao número de fluidos, e o tipo de construção. Dentre a classificação de trocadores de calor, temos: · Trocadores de calor de contato direto: Trocador na qual os fluidos se misturam. As aplicações envolvendo um trocador de contato direto, são basicamente, a transferência de massa, além de transferência de calor. No caso de aplicações que envolvem somente transferência de calor, normalmente são raras. Fazendo um comparativo em relação aos recuperadores de contato indireto e regeneradores, normalmente são alcançadas, taxas de transferência de calor muito altas. Sua montagem é relativamente simples e barata. As aplicações deste trocador são limitadas aos casos onde, um contato direto de dois fluxos é permissível. (Gardenal & Sguario, 2016); · Trocadores de calor de contato indireto: Este trocador trabalha através de um fluxo contínuo de calor de um fluido qualquer, quente ao frio onde terá uma parede que os separa, realizando a transferência de calor no sistema. Neste caso, não ocorre uma mistura entre eles, pois cada corrente permanece separada em correntes diferentes através de passagens diferentes. Este tipo de trocador normalmente trabalha como um trocador de calor de recuperação. (Gardenal & Sguario, 2016) · Trocadores de armazenamento: Esse trocador, os fluidos percorrem as mesmas passagens. A superfície de contato é chamado de matriz . Já para a transferência à de aquecimento ele atravessa a superfície e é armazenado na matriz. (Gardenal & Sguario, 2016) · Trocadores de carcaça e tubo: O trocador de calor de tubo é no geral o equipamento mai simples dentre os demais. Por definição esses trocadores são constituídos basicamente de um tubo inserido em outro com diâmetros diferentes. (Gardenal & Sguario, 2016) Diagrama de Fases O Latão de Muntz apresenta uma microestrutura duplex, ou seja, apresenta uma fase α e uma fase β. O diagrama abaixo apresenta em destaque, a faixa de composição química da liga 60/40. (MÁRCIO RODRIGUES DA SILVA ESTUDO DO EFEITO DA FASE β NA USINABILIDADE DE LIGAS DE LATÃO LIVRES DE CHUMBO ESTUDO DO EFEITO DA FASE β NA USINABILIDADE DE LIGAS DE, 2015) . Figura 1: Diagrama de fases da estutura de latão 60/40. Fonte: Adaptado de ASM HANDBOOK, 1990c). A fase α apresenta boa conformidadea frio, e com solubilidade de até 38,5% de Zn e tendo a mesma estrutura CFC do Cu. Já a fase β, apresenta uma variação maior de 46 a 50% sendo a fase estável em temperatura ambiente. (MÁRCIO RODRIGUES DA SILVA ESTUDO DO EFEITO DA FASE β NA USINABILIDADE DE LIGAS DE LATÃO LIVRES DE CHUMBO ESTUDO DO EFEITO DA FASE β NA USINABILIDADE DE LIGAS DE, 2015) Microestrutura / Tratamento Térmico Com base no diagrama de fases, nota-se que há a possibilidade de homogeneizar a liga em β sendo estável ( por volta dos 800C). Figuras 2 e 3 : Latão α e β recozido de 800C° até 25C°. Fonte:(Lee ET Al,2003). Diagrama TTT Com uma diferença notória entre as microestruturas, houve também uma boa diferença em sua dureza entre os mesmos com o material resfriado à natura de 62HB (68HV) e o matéria resfriado com água de 95HB (108HV). Com um novo ganho de dureza como observado nas figuras Figura 5 : Efeito da taxa de resfriamento da liga 60/40. Fonte: (Adaptado de ASM HANDBOOK, 1990c). Figura 4: Correlação de dureza no segundo tratamento térmico seguido de resfriamento rápido. Fonte: (Adaptado de ASM HANDBOOK, 1990c). Ensaios de Dureza e Tração O ensaio de tração serve para descobrir a curva de Tensão x Deformação, com ele você descobrirá propriedades do material estudado como Tensão de Escoamento, de Ruptura, entre outras propriedades enquanto o ensaio de Dureza Rockwell tem a função de medir a diferença entre a profundidade de penetração que resulta de uma pequena carga, sendo seguida por outra carga com maior intensidade, é possível que a dureza seja influenciada por algumas propriedades como módulo de elasticidade e comportamento visco elástico do material por exemplo. O metal de muntz, possui um limite de resistência que varia de 380 a 600 MPa e mostra-se ser mais elevada do que a das ligas de latão que possuem forma de tubos analisadas em 3.1.3. O Latão Fio Máquina 67/33 possui um limite de resistência a tração superior à liga 60/40, porém ela serve para a utilização de fitas invés dos tubos e assim fugindo da nossa respectiva aplicação. Já em relação a Dureza da liga 60/40, ela possui uma dureza que varia de 85 a 145HB (algo em torno de 41 e 78,7 HRB) que é bem mediana se comparada as demais ligas analisadas em 3.1.3. . O metal de muntz, possui um limite de resistência que varia de 380 a 600 MPa e mostra-se ser mais elevada do que a das ligas de latão que possuem forma de tubos analisadas em 3.1.3. O Latão Fio Máquina 67/33 possui um limite de resistência a tração superior à liga 60/40, porém ela serve para a utilização de fitas invés dos tubos e assim fugindo da nossa respectiva aplicação. Já em relação a Dureza da liga 60/40, ela possui uma dureza que varia de 85 a 145HB (algo em torno de 41 e 78,7 HRB) que é bem mediana se comparada as demais ligas analisadas em 3.1.3. Estrutura Cristalina A fase β pode apresentar duas formas diferentes tendo como base a posição relativa dos átomos. Sendo uma de maneira desordenada e outra de maneira ordenada. O nome dado a esse fenômeno é ordem-desordem. Esse comportamento é dado pela energia de ligação dos átomos, que gera uma tendência dos átomos ocuparem determinadas posições no meio cristalino. Porém em temperaturas mais baixas (por volta de 450°C) devido a redução da vibração dos átomos, ocorre uma transformação na fase β de forma ordenada chamada de β’ que é um CCC de átomos de zinco no centro e de cobre nos cantos. As propriedades dessa fase variam dependo do grau de perfeição da estrutura. Para termos um meio de comparar as estruturas, foi criado um parâmetro de alcance (S) para diferencia-los, sendo S=1 para totalmente ordenados e S=0 para desordenado. Figura 6 : Comparação entre o reticulado desordenado (β, esquerda) e o reticulado ordenado(β’, direita). Fonte: (Adaptado de CULLITY, 1956). Figura 7 : Representação esquemática da formação de dois domínios de estrutura ordenada. Fonte: (Adaptado de BROOKS, 1985). CONCLUSÃO Conclui - se neste artigo que, em relação ao custo beneficio das ligas em geral, a liga de latão 60/40 é a mais eficaz, em relação ás demais ligas com mesma aplicação, devido ao seu baixo custo, a sua facilidade de produção, alem dos benefícios em relação as suas propriedades físicas e mecânicas. Através desta liga, poderá obter - se um trocador de calor mais eficiente e com mais durabilidade, na questão de corrosão de material. O latão agrega valor ao projeto devido as suas características de resistência mecânica e resistência a temperatura, comparada a outras ligas como o alumínio dando mais qualidade, longevidade e segurança para o projeto, porem possui um custo mais elevado que outros materiais, com qualidade inferior, para a mesma função, fazendo assim os materiais de baixa qualidade ter manutenções mais constantes que a da nossa liga, gerando valor maior em longo prazo. Pode – se compreender que o emprego destes tipos de latões, incluindo o latão 60/40, pode contribuir para o processo de usinagem devidamente adaptados, através dos tratamentos térmicos, ocasionando benefícios econômicos em larga escala. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS São Paulo S.A, Termomecânica (2000). - Latão Fio Máquina 67-33 C – 268. - Disponível em: <https://www.termomecanica.com.br/download/conteudo_tecnico/Lat%C3%A3o%20Fio%20M%C3%A1quina%2067-33.pdf>. Acesso em: 17 novembro 2019. São Paulo S.A, Termomecânica (2000). - Latão Aluminado C – 687. – Disponível em:<https://www.termomecanica.com.br/download/conteudo_tecnico/Lat%C3%A3o%20Aluminado.pdf>. Acesso em: 20 novembro 2019. São Paulo S.A, Termomecânica (2000). - Latão Cartucho 70-30 C – 260. – Disponível em:<https://www.termomecanica.com.br/download/conteudo_tecnico/Lat%C3%A3o%20Cartucho%2070-30.pdf>. Acesso em: 20 novembro 2019. São Paulo S.A, Termomecânica (2000). - Latão Corte Livre Americano C-360. – Disponível em:<https://www.termomecanica.com.br/download/conteudo_tecnico/Lat%C3%A3o%20Corte%20Livre%20Americano.pdf>. Acesso em: 20 novembro 2019. São Paulo S.A, Termomecânica (2000). - Latão Corte Livre Europeu C – 385. – Disponível em:<https://www.termomecanica.com.br/download/conteudo_tecnico/Lat%C3%A3o%20Corte%20Livre%20Europeu.pdf>. Acesso em: 20 novembro 2019. São Paulo S.A, Termomecânica (2000). - Latão Fio Máquina 63-37 C-272. – Disponível em:<https://www.termomecanica.com.br/download/conteudo_tecnico/termo-bol-C27200.pdf>. Acesso em: 20 novembro 2019. São Paulo S.A, Termomecânica (2000). - Latão Forja C – 377. – Disponível em:<https://www.termomecanica.com.br/download/conteudo_tecnico/Lat%C3%A3o%20Forja.pdf>. Acesso em: 20 novembro 2019. São Paulo S.A, Termomecânica (2000). - Latão Forjaflex C-353. – Disponível em:<https://www.termomecanica.com.br/download/conteudo_tecnico/Lat%C3%A3o%20Forjaflex.pdf>. Acesso em: 20 novembro 2019. São Paulo S.A, Termomecânica (2000). - Latão Tomback 85-15 C – 230. – Disponível em:<https://www.termomecanica.com.br/download/conteudo_tecnico/Lat%C3%A3o%20Tomback%2085-15.pdf>. Acesso em: 20 novembro 2019. (Bohorquez, Dr. Washington Orlando Irrazabal). - Trocadores de Calor. - UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica. (2014). Disponível em: <http://www.ufjf.br/washington_irrazabal/files/2014/05/Aula-23_Trocadores-de-Calor.pdf>. Acesso em: 21 novembro 2019. (Silva,Marcio Rodrigues da). – Estudo do Efeito da Fase Beta na Usinabilidade de Ligas de Latão Livres de Chumbo. – Escola Politécnica de São Paulo (2015). – Disponível em:<https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3151/tde-15072016-143454/publico/MarcioRodriguesdaSilvaOrig15.pdf>. Acesso em: 21 novembro 2019. Craddock, P. T. (1978). The composition of the copper alloys used by the Greek, Etruscan and Roman civilizations. 3. The Origins and Early Use of Brass. Journal of Archaeological Science. https://doi.org/10.1016/0305-4403(78)90015-8 Gardenal, A. L., & Sguario, M. K. (2016). Avaliação do desempenho de trocadores de calor. 5–17. Retrieved from http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/7446/1/PG_COENQ_2016_1_01.pdf Mateso, V. (2006). Análise Da SolidificaçãoPara O Projeto De Molde E a Relação Com As Propriedades Mecânicas Na Fundição. Martins, L. dos R., & Serra, T. F. de C. (2009). Projeto Térmico E De Fabricação Mecânica De Radiadores Modulares Voltados Para Competições Automotivas. 1–10. NomeLiga Densidade a 20°C (g/cm3) Ponto de Fusão Coeficiente Médio de expansão Térmica(20- 300°C) (10-6°C) Condutibilidade Elétrica Volumétrica a 20°C (%I.A.C.S.) Condutibilidade Térmica a 20°C (cal / cm s °C) Calor Específico a 20°C (cal / g °C) Resistividade Elétrica a 20°C (ohm mm^2 / m) Módulo de Elasticidade a 20°C (Kg/mm^2) Módulo de Rigidez (Torção) a 20°C (Kg/mm^2) Tomback 85-10C - 2208,8104518,4440,450,090,039120004500 Tomback 85-15C - 2308,75102518,7370,380,090,047120004500 Cartucho 70-30C -2608,5395519,9280,290,090,062112004200 Fio Máquina 67-33C -2688,4793020,3270,280,090,064105003900 Fio Máquina 65-35C -2708,4793020,3270,280,090,064105003900 Fio Máquina 63-37C -2728,4592021270,30,090,064105003900 ForjaflexC -3538,591020,3260,270,090,066105003900 Corte Livre AmericanoC -3608,590020,5260,270,090,066101003700 ForjaC - 3778,4489520,7270,290,090,06498003600 Corte Livre EuropeuC - 3858,4789020,9280,290,090,06297503600 Almirantados do (Arsenical)C -4438,5597020250,260,090,069112004100 Almirantados dos (Fósforos)C -4458,5597020250,260,090,069112004100 NavalC -4658,4190021,2260,280,090,066115003900 SoldaC -4718,4590020,9220,24---- AluminadoC -6878,35101020230,240,090,075112004100 Recozimento ProfundoTodosAté 0,80, inclusive- Recozimento ProfundoTodosAcima de 0,80- Recozimento LeveTodosAté 0,80, inclusive- Recozimento LeveTodosAcima de 0,80- 1/2 Duro FTodosTodas370 mín. Duro GAcima de 25,0, inclusiveDe 0,50 a 3,0, inclusive455 mín Duro GDe 25,0 a 50,0, inclusiveDe 0,90 a 5,0, inclusive455 mín. Duro GDe 50,0 a 100,0, inclusiveDe 1,5 a 6,0, inclusive455 mín. Recozimento ProfundoTodosaté 0,80 inclusive- Recozimento ProfundoTodosacima de 0,80- Recozimento LeveTodosaté 0,80 inclusive- Recozimento LeveTodosacima de 0,80- 1/2 duro ATodosTodos370 Duro Baté 25,40, inclusivede 0,50 a 3,00, inclusive455 Duro Bde 25,4 a 50,80, inclusivede 0,90 a 5,00, inclusive455 Duro Bde 50,80 a 101,60, inclusivede 1,50 a 6,00, inclusive455 MínimoMáximoMínimoMáximo 1/4 duro--340-40540614465 1/2 duro--380-45057716074 3/4 duro--425-49570777380 Duro--470-54076827884 Extraduro--545-61583878589 Mola--595-65587908992 Extramola--620-68588919093 Tubos Recozido-125345 Tubos Mole- 1537 TubosMole-1031 LaminadosLaminado à quente-1435 Arames1/2 Duro--35-62 Barras Retangulares1/2 Duro-3543 Faixa de dureza Brinell(HB) - 112 Latão Fio Máquina 65/35 C-270 FormaGrau de DurezaDiâmetro Externo(mm) Limite de Escoamento (Kgf/mm²) Limite de Resistência à Tração(Kgf/mm²) Faixa de dureza Brinell(HB) - Latão Almirantado Fosforoso C-445 FormaGrau de DurezaDiâmetro Externo(mm) Limite de Escoamento (Kgf/mm²) Limite de Resistência à Tração(Kgf/mm²) Faixa de dureza Brinell(HB) Latão Naval C-465 87 FormaGrau de DurezaDiâmetro Externo(mm) Limite de Escoamento (Kgf/mm²) Limite de Resistência à Tração(Kgf/mm²) 380-60085145 Faixa de dureza Brinell(HB) 76 --160-450 Latão Almirantado Arsenical C-443 FormaGrau de DurezaDiâmetro Externo(mm) Limite de Escoamento (Kgf/mm²) Limite de Resistência à Tração(Kgf/mm²) Faixa de dureza Brinell(HB) 70 0,50-0,90mm, incl.Acima de 0,90mm F 30 T 30 T 30 T 40 máx. 80 máx. Escala 30 T 30 T 30 T 30 T 30 T 40 Máx 80 Máx 60 Máx 90 Máx 53 Min 70 Min 70 Min 70 Min Latão Aluminado C-687 Diâmetro Externo(mm) Latão Fio Máquina 67/33 C-268 Grau de DurezaDiâmetro Externo(mm) Fitas Forma FormaGrau de DurezaDiâmetro Externo(mm)Latão 60/40 (Metal de Muntz) C-280 Grau de Dureza Limite de Resistência à Tração(MPa) Limite de Escoamento (MPa) Tubos Forma Forma A O Grau de Dureza 1/2 duro é aplicado para uso geral. B O Grau de Dureza Duro está disponível somente para tubos redondos. Limite de Escoamento (MPa) Limite de Resistência à Tração (MPa) Faixa de dureza Brinell(HB) MínimoMáximo Diâmetro Externo(mm)Espessura da Parede(mm) Limite de Resistência à Tração (MPa) Faixa de dureza 30 T F 30 T Espessura da Parede(mm) Limite de Resistência à Tração (MPa) Faixa de dureza Rockwell B (HRB) Limite de Resistência à Tração (MPa) Grau de DurezaDiâmetro Externo(mm)Espessura da Parede(mm) Latão Fio Máquina 63/37 C-272 Grau de Dureza EscalaValor 60 máx. 90 máx. 53 mín. 70 mín. 70 mín. 70 mín. Tubos Forma Latão Cartucho C-260 Liga Faixa de dureza 30 T F 30 T F Valor Nome/LigaNome/LigaCu[%]Zn[%]Pb[%]P[%]Sn[%]Fe[%]Al[%]As[%]Outros [%] Latão Tomback 90 - 10UNS C 22000 89-9109 - 110,05 Máx----------0,05 Máx----------0,1 Latão Tomback 85 - 15UNS C 2300084-8614-160,05 Máx----------0,05 Máx----------0,15 Latão Cartucho 70 - 30UNS C 2600068,5-71,528,5-31,50,07 Máx----------0,05 Máx----------0,15 Latão Fio Máquina 67 - 33UNS C 2680064-68,531,5-360,09 Máx----------0,05 Máx----------0,15 Latão Fio Máquina 65-35UNS C 2700063-68,531,5-370,1----------0,05 Máx----------0,15 Latão Fio Máquina 63 - 37UNS C 2720062-6535-380,07 Máx----------0,07 Máx----------0,15 Latão Muntz 60-40 UNS C 280006040----------------------------------- Latão ForjaflexUNS C 3530060-6337-401,5-2,5 Máx----------0,15 Máx----------0,5 Latão Corte Livre AmericanoUNS C 3600060-6337-402,5-3,7 Máx----------0,35----------0,5 Latão ForjaUNS C 3770058-6139-421,5-2,5 Máx----------0,30 Máx----------0,5 Latão Corte Livre EuropeuUNS C 3850055-5941-452,5-3,5 Máx----------0,35 Máx----------0,5 Latão Estanho 425UNS C 4250087-9010-130,05 Máx0,35 Máx1,5-3,00,05 Máx--------------- Latão Almirantados do (Arsenical)UNS C 4430070-7327-300,07 Máx-----0,9-1,20,06 Máx-----0,02-0,060,15 Latão Almirantados dos (Fósforos)UNS C 4450070-7327-300,07 Máx0,02-0,10,9-1,20,06 Máx----------0,15 Latão NavalUNS C 4650059-6238-410,2 Máx-----0,5-10,1 Máx-----0,02-0,06----- Latão SoldaUNS C 471006238------------------------------Si=0,35 Latão AluminadoUNS C 6870076-7921-240,07 Máx----------0,06 Máx1,8-2,50,02-0,10,15 Composição Química
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