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TRABALHO DE LINGUAGEM JURÍDICA

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ASSOCIAÇÃO PIRIPIRIENSE DE ENSINO SUPERIOR- APES
CRISTO FACULDADE DO PIAUÍ- CHRISFAPI
CURSO BACHARELADO EM DIREITO
SIMPLIFICAÇÃO DA LINGUAGEM JURÍDICA
 EMMANOEL GOMES DOS SANTOS
PIRIPIRI-PI
ABRIL 2020
SIMPLIFICAÇÃO DA LINGUAGEM JURÍDICA
Existem vários fatores que interferem no processo comunicativo: o lugar e o momento da fala; a intimidade entre os interlocutores; a intenção e a bagagem cultural do falante. Esses são alguns dos fatores responsáveis pelas variações que a fala pode sofrer no léxico e na gramática. A comunicação só se concretizará- efetivamente – se o receptor souber decodificar a mensagem e se o canal estiver aberto. 
Uma situação de comunicação pode estar sujeita a perturbações, chamadas de ruídos, ou seja, uma comunicação que leva a uma interpretação inadequada, que podem estar localizados em alguns dos elementos do ato, como canal obstruído ou inadequado, código desconhecido pelo receptor, entre outros.
O uso de palavras rebuscadas leva uma quebra de comunicação, gerando ruídos entre o emissor e o receptor, por esse motivo alguns doutrinadores defendem uma linguagem coloquial, no intuito de acabar com qualquer ruído, com a intenção de não ocasionar uma mal interpretação dos nossos texto e tornar a mensagem clara a todos os cidadãos.
Sabemos que é pela linguagem que ocorre a manifestação da vontade para que os atos jurídicos se promovam e as convenções ou contratos se formalizem, validamente, e é nesses textos que os termos jurídicos são um desafio para o conhecimento dos leigos, que se veem obrigado a traduzir, as expressões usadas pela justiça.
O “Juridiquês” é um vocábulo de uso comum no Brasil, mais que ainda não consta nos principais dicionários. Este tipo de linguagem jurídica é empregado por muitos profissionais do Direito, desde promotores, juízes, advogados e entre outros, assim como também está sendo incorporada cada vez mais aos meios de comunicação. 
De um ponto de vista geral, as academias de Direito acreditam que toda profissão tem sua forma especifica de comunicação, e que o Direito como ciência não pode ser diferente. Porém há o entendimento que muitas vezes os profissionais na área jurídica extrapolam o limite do razoável quando se utilizam do discurso e escrita forense. 
Vale lembrar que dentro das universidades é constante a utilização de brocardos jurídicos e utilização de palavras estrangeiras, especialmente o latim. Porém, antigamente se ensinava latim nas escolas, o que hoje não se ver mais, fato esse que motivam a repensar sobre mudanças nos currículos acadêmicos.
As opiniões se dividem e existe os que acreditam que o juridiquês faz parte do mundo do direito e que a utilização da linguagem informal e coloquial descaracteriza o que já é uma cultura na ciência do direito, tornando a mesma menos respeitosa, também levam em consideração que a tradução para sociedade em linguagem coloquial, como dispõe o Projeto de Lei Nº 7448/2006, ocasionaria o aumento no trabalho dos magistrados para reformular a sentença em outra linguagem, e ainda, a maior burocratização ao ter de enviá-la diretamente à parte.
Contrario a esse pensamento, há os que acreditam que a simplificação da linguagem jurídica é inadiável. A mudança de mentalidade ganha importância ao se constatar que uma escrita jurídica arcaica, prolixa e rebuscada não reflete apenas na estética das peças processuais, mas na própria efetividade da prestação jurisdicional. 
Muitos já enxergam o Juridiquês como  inaceitável e antidemocrático, tendo em vista que a justiça e os próprios operadores do direito existem para atender as necessidades da sociedade. Sendo assim, não seria aceitável o uso de uma linguagem que afaste o seus principais interessados. 
É essencial a adequação do linguajar do judiciário à sociedade, para que não haja ruídos na comunicação entre a justiça e os principais interessados, ou seja, a sociedade e seus cidadãos. O importante na comunicação é que entre o remetente e o destinatário a mensagem chegue clara, sem ruídos ou obstáculos que interfiram no caminho da mesma; é neste sentido que observamos que a utilização de uma linguagem coloquial seria a mais ideal, e a utilização da mesma, não descaracterizaria a ciência do direito, pois, o mais importante seria o respeito a sociedade.
Entende-se  que mesmo usando uma linguagem informal, poderia se utilizar a formalidade e até mesmos palavras do latim ou estrangeiro  que já estão incorporadas ao nosso dicionário e vocabulário, o que não poderíamos aceitar é o uso do Juridiquês e das palavras rebuscadas, que apenas são usadas como meio de preciosismos pelos operadores do Direito, sem levar em consideração a necessidade de que a população precisa conhecer e interagir com a Ciência do direito.
Em suma, foi-se o tempo que escrever difícil causava boa impressão. Hoje, boa impressão causa quem se faz compreendido. O que não é fácil. Exige constante aprimoramento técnico, dedicação, paciência, método e leitura. Boa Leitura. Afinal, escrever é uma arte e "simplificar é preciso!”. 
REFERÊNCIAS
ARRUDÃO, Bias. O juridiquês no banco dos réus. In: Revista Língua Portuguesa, ano I. São Paulo: segmento, n. 2, junho/dez. 2007, p. 18-23.
FREITAS, Fernanda. A simplificação da linguagem jurídica como prática significativa de leitura: uma análise de sentenças forenses da comarca de campina Grande – PB no contexto.

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