Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Stomatos ISSN: 1519-4442 ppgpediatria@ulbra.br Universidade Luterana do Brasil Brasil Gomes Rivaldo, Elken; Wutke, Cristiano; Silveira, Mauricio; da Fontoura Frasca, Luis Carlos; de Lima Fernandes, Eduardo; de Liz Pocztaruk, Rafael Falhas estruturais em prótese total fixasobre implantes: relato de caso clínico Stomatos, vol. 13, núm. 25, julho-dezembro, 2007, pp. 131-138 Universidade Luterana do Brasil Río Grande do Sul, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=85002508 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto http://www.redalyc.org/revista.oa?id=850 http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=85002508 http://www.redalyc.org/comocitar.oa?id=85002508 http://www.redalyc.org/fasciculo.oa?id=850&numero=9734 http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=85002508 http://www.redalyc.org/revista.oa?id=850 http://www.redalyc.org 131Stomatos, v.13, n.25, jul./dez. 2007 Falhas estruturais em prótese total fixa sobre implantes: relato de caso clínico Elken Gomes Rivaldo Cristiano Wutke Mauricio Silveira Luis Carlos da Fontoura Frasca Eduardo de Lima Fernandes Rafael de Liz Pocztaruk RESUMO A prótese total sobre implantes também chamada de Protocolo de Branemark ou Prótese de Toronto é uma das alternativas para pacientes totalmente edêntulos com rebordo ósseo que não proporciona retenção e nem estabilidade para uma prótese total convencional. A prótese aparafusada sobre implantes recupera e proporciona uma melhora na mastigação, deglutição, na capacidade fonética e conseqüentemente, na qualidade de vida dos pacientes. O tratamento convencional de um protocolo é realizado em duas etapas, uma cirúrgica e uma protética, com um intervalo de quatro e seis meses respectivamente para mandíbula e maxila. Sobre os implan- tes são aparafusados pilares e sobre estes a prótese. Esta é confeccionada a partir de uma barra metálica, na qual os dentes acrílicos são fixados. Este artigo descreve a manutenção de um paciente reabilitado com uma prótese do tipo Protocolo de Branemark sobre quatro implantes após dois anos da instalação da prótese. Palavras-chave: Implante dentário. Prótese dentária. Prótese total. Structural failure in full fixed denture implant retained: Case report ABSTRACT A total conventional prosthesis implant retained called Branemark Protocolo or Toronto’s prosthesis is one of the alternatives of rehabilitation for edentulous patient with a residual bone that do not provides neither retention and stability for a conventional prosthesis. An implant retained screw prosthesis recovers and provides an improvement of quality in mastication, swallowing, phonetic and consequently in the quality of life. The traditional treatment of a fixed retained denture is carried through in two stages, surgical and a prosthetic one, with an interval of four and six months respectively for lower and upper jaw. The abutments are screw on the dental implants and over those, as well as the alloy infrastructure with the acrylic teeth Elken Gomes Rivaldo é professora do curso de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil. Cristiano Wutke é aluno do curso de Especialização em Prótese Dentária da Universidade Luterana do Brasil. Mauricio Silveira é aluno do curso de Especialização em Prótese Dentária da Universidade Luterana do Brasil. Luis Carlos da Fontoura Frasca é professor do curso de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil. Eduardo de Lima Fernandes é professora do curso de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil. Rafael de Liz Pocztaruk é aluno do curso de Doutorado em Odontologia da Universidade Luterana do Brasil. Endereço para correspondência: Elken Gomes Rivaldo – Rua João Mora, 182 – Porto Alegre/RS – CEP 91920-290. Fone: (51) 3241.3337 / (51) 98088730. E-mail: elken@via-rs.net n.25v.13Stomatos jul./dez. 2007p .131-138 Stomatos, v.13, n.25, jul./dez. 2007132 are screw above them. This paper describes the longitudinal maintenance of 2 years of one patient that was rehabilitated with a full fixed acrylic prosthesis with four dental implants. Key words: Dental implantation. Dental prosthesis. Complete denture. INTRODUÇÃO O protocolo de Branemark inicialmente descrito em 1969 preconiza seis implantes na maxila e cinco ou quatro implantes na mandíbula (BRANEMARK et al., 1969). Numerosos estudos clínicos desde então têm documentado o sucesso da técnica Branemark de implantes osseointegrados. Muito desse sucesso é atribuído a um acompanhamento rigoroso do protocolo cirúrgico e protético (HEMMINGS, 1994). Segundo Rangert et al. (1995), o planejamento de uma reabilitação protética usando a técnica de protocolo de Branemark, deve considerar as causas que levaram os pacientes a perderem seus dentes naturais e/ou próteses antigas. As falhas mecânicas mais freqüentes nas próteses sobre implantes são o afrouxamento e fratura do parafuso da prótese e do parafuso do pilar intermediário, fratura do acrílico e da barra na área da solda. Grandes extensões de cantilever, especialmente quando os implantes são colocados em linha reta em vez de um arranjo semilunar, parece estar associada à fratura dos componentes protéticos (ZARB; BOLENDER, 2006). Roos et al. (1997), após um acompanhamento de reabilitações protéticas do tipo protocolo de Branemark por um período de cinco anos, aponta que as intercorrências mais comuns são a fratura da resina acrílica oclusal e a fratura do parafuso de fixação da barra metálica. Complicações mecânicas como perda ou fraturas de parafuso de fixação da prótese, bem como fratura barra e resina foram relatadas também por Goodacre et al. (1999). Os problemas que ocorrem em próteses do tipo protocolo são normalmente pequenos e reversíveis que podem ser resolvidos em pouco tempo (TOLMAN et al., 1992). Os problemas mecânicos mais freqüentes nas próteses do tipo protocolo de Branemark são: Fratura do implante A fratura do implante, quando ocorre, é geralmente ao nível da base do parafuso do pilar e, na maioria dos casos, ocorre quando o nível ósseo atingiu esse ponto (ZARB; BOLENDER, 2006). A literatura relata baixa incidência de fratura de implantes após a colocação da prótese. Hemmings et al. (1994) em seu estudo, onde 25 protocolos do tipo branemark foram executados utilizando 132 implantes, nenhum implante foi perdido por fratura. Schnitman et al. (1997) após acompanhamento de dez anos de 63 implantes colocados na mandíbula, relatou que perdeu 14 implantes por motivos de osseointegração e não por fratura. 133Stomatos, v.13, n.25, jul./dez. 2007 Fratura do pilar intermediário Não foram encontrados na literatura revisada casos de fratura de pilares intermediários. Fratura ou perda por afrouxamento do parafuso do pilar intermediário Segundo Barbosa et al. (2006), a fratura do parafuso ocorre pelo afrouxamento não detectado do mesmo, agravado pelos movimentos não axiais durante o carregamento protético. A fratura do parafuso do pilar intermediário pode ocorrer no nível da porção superior hexagonal, onde ele pode ser facilmente removido. Quando ocorre numa porção mais abaixo, na porção interna do implante, a remoção do parafuso e mais complexa devido à proximidade deste com a rosca do implante (ZARB; BOLENDER, 2006). Após acompanhamento por cinco anos de reabilitações seguindo o protocolo de Branemark, Roos et al. (1997) aponta a fratura do parafuso do pilar protético um dos problemas mais comuns. Semelhantes achados foram descritos por Gothberg et al. (2003) e Hemmings et al. (1994). Jemt et al. (2002), acompanhando trinta pacientes (349 implantes) por cinco anos que foram reabilitados segundo a técnica do protocolo de Branemark, relata apenas 6 casos de parafusos perdidos. Hemmings et al. (1994), com metodologia semelhante, observou um número maior de parafusos perdidos, 10 de 132 implantes que fixavam25 protocolos de Branemark. Fratura da barra A fratura da barra normalmente ocorre quando ela está mal dimensionada e/ou quando o braço de cantilever é muito extenso, superior a 14 mm. Falhas no processo laboratorial como porosidades e trincas ou problemas no processo de solda também podem ser responsáveis por fraturas da barra (ZARB; BOLENDER, 2006). Segundo Jemt (1991), a fratura da barra e uma situação pouco encontrada (0,8% dos 391 casos avaliados), e ela pode ocorrer no caso de sobrecarga oclusal. Nos estudos de Hemmings et al.(1994), Schnitman et al. (1997), nenhuma fratura da barra metálica foi encontrada num total de 35 próteses do tipo protocolo de Branemark . Fratura dos dentes e fratura do acrílico Para uma melhor união entre dentes de acrílico e a barra metálica e imprescindível que no desenho da barra existam retenções mecânicas e sulcos e ranhuras nos dentes (WOSTMANN; SCHULZ, 1991). Stomatos, v.13, n.25, jul./dez. 2007134 Jemt (1991), em um acompanhamento de um ano, relata o problema mecânico como o mais comum, com uma ocorrência de 18 dentes de resina fraturados em 391 casos (4,6%); o autor salienta que apesar de ser um problema grave ele também é considerado de simples correção. De acordo com o estudo de Hemmings et al. (1994), das vinte e cinco próteses avaliadas nos cinco anos seis fraturaram o componente de resina acrílica. Gothberg et al. (2003) em um acompanhamento de três anos de 78 reabilitações seguindo o protocolo de Branemark relatam que a fratura ou desgaste acentuado dos dentes de resina acrílica foi à complicação mais comum. Atribui esses problemas a técnica laboratorial e/ou sobrecarga oclusal. Roos et al. (1997), após um acompanhamento de reabilitações protéticas do tipo protocolo de Branemark por um período de cinco anos aponta que dentre as intercorrências mais comum está à fratura da resina acrílica. Em um acompanhamento de vinte anos de 30 pacientes, Ekelund (2003) relatou que os principais problemas encontrados estão relacionados à fadiga do acrílico em função mastigatória. É senso comum que o equilíbrio oclusal é indispensável para a longevidade da reabilitação protética sobre implantes (HEMMINGS et al., 1994; EKELUND, 2003; ROOS et al., 2003). Quando contatos prematuros em relação cêntrica, lateralidade, e protusão são detectados, o ajuste oclusal é fundamental para evitar intercorrências (ESPÓSITO et al., 1999). De acordo com o estudo de Tolman et al. (1992), relações maxilomandibulares incompatíveis, diferença entre o ângulo do implante em relação ao plano oclusal, e a extensão do cantilever pode levar a fratura do parafuso do pilar. Quando se suspeita de atividade parafuncional, há utilização de placa miorrelaxante é sugerida, com o objetivo de diminuir as intercorrências estruturais (ESPÓSITO et al., 1999). Assim, este artigo descreve a manutenção de um paciente reabilitado com uma prótese do tipo Protocolo de Branemark sobre quatro implantes após dois anos da instalação da prótese. RELATO DE CASO CLÍNICO O paciente A.P.C., gênero masculino, 84 anos, leucoderma, parcialmente dentado na maxila foi reabilitado com uma prótese total do tipo overdenture e totalmente edentado na mandíbula onde uma prótese do tipo protocolo Branemark foi confeccionada. 135Stomatos, v.13, n.25, jul./dez. 2007 O planejamento cirúrgico e protético compreendeu quatro implantes lisos da marca Conexão na região anterior da mandíbula (entre forames mentonianos). Três deles com diâmetro de quatro mm. e com 11,5 mm. de comprimento e o quarto na região do dente 34 com cinco mm de diâmetro e 13 mm de comprimento. Transcorrido o período de osseointegração de seis meses foi realizada a segunda fase cirúrgica com a colocação dos cicatrizadores de 2mm. Duas semanas após, foram colocados pilares micro units com torque de 30N. A confecção da prótese iniciou com a transferência da posição dos implantes da cavidade oral para um modelo de gesso. Uma barra metálica foi confeccionada posteriormente e sobre esta, dentes acrílicos foram fixados. A prótese total concluída foi aparafusada com torque de 15N sobre os pilares micro units. Na semana seguinte após recomendações e instruções de higiene o paciente recebeu alta. Apesar de um programa de manutenção ter sido estabelecido juntamente com o paciente, este não compareceu as consultas de manutenção. Dois anos depois o paciente retornou com a prótese fraturada, tanto na barra metálica como no acrílico, entre os implantes localizados do lado esquerdo. Houve também a perda do parafuso da prótese e do pilar micro unit do implante localizado na região do dente 34 (Figura 1). O paciente foi submetido a um procedimento cirúrgico, para a remoção do tecido gengival que encobriu a cabeça do implante. Um cicatrizador de 3mm foi instalado. Transcorridas duas semanas, selecionou-se e instalou-se um novo pilar micro unit de 3mm, (torque de 30N). Posicionados os transferentes de moldeira aberta, estes foram unidos com uma estrutura rígida (fio ortodôntico 0.9) e resina acrílica, diminuindo o risco de deslocamento dos componentes e conseqüentes distorções (Figura 2). A transferência foi concluída com a copia dos tecidos moles e remoção dos tranferentes com silicona de adição. FIGURA 1 – Aspecto clínico da prótese protocolo de Branemark fraturada. Stomatos, v.13, n.25, jul./dez. 2007136 As replicas dos micros units foram colocadas na moldagem e o modelo de trabalho obtido em gesso tipo IV (Figura 3). FIGURA 2 – Colocação dos transferentes sobre os pilares e união destes com fio ortodôntico e resina acrílica. Sobre este, uma placa articular com o rodete de cera foi confeccionada para estabelecer a correta dimensão vertical de oclusão e permitir a montagem dos dentes. Após a prova da montagem dos dentes em cera e a ratificação da dimensão vertical de oclusão, procedeu-se à confecção da barra metálica. A barra seccionada foi posicionada sobre os micros units e suas partes unidas com resina acrílica. Uma broca longa uniu as partes mais posteriores da barra diminuindo a possibilidade de distorção (Figura 4). FIGURA 3 – Modelo de trabalho, em gesso tipo IV. FIGURA 4 – Prova da barra e união dos segmentos com resina acrílica. 137Stomatos, v.13, n.25, jul./dez. 2007 Os dentes com a placa articular foram adaptados à barra metálica com cera (Figura 5) e levados em boca para uma nova prova, onde o conjunto foi parafusado sobre os pilares. Após ajustes a prótese foi acrilizada e definitivamente instalada em boca. Os acessos aos parafusos dos pilares foram selados com guta percha e resina fotopolimerizável. Posteriormente aos ajustes finais foram dadas instruções de higiene e o paciente avisado quanto à manutenção preventiva (Figura 6). FIGURA 5 – Montagem dos dentes sobre a barra metálica. FIGURA 6 – Prótese instalada, ajustes realizados e parafusos selados. CONSIDERAÇÕES FINAIS O tratamento reabilitador utilizando a técnica do protocolo de Branemark continua sendo uma excelente alternativa para pacientes edêntulos. Apresenta como intercorrências estruturais mais comuns à perda ou fratura do parafuso do pilar intermediário e a fratura do acrílico. A resolução destas requer procedimentos simples e rápidos. A fratura da barra metálica é uma intercorrência que exige um maior número de consultas envolvendo procedimentos clínicos e laboratoriais. O estabelecimento de um programa de manutenção é fundamental para a longevidade e a redução de falhas estruturais nas reabilitações implanto- suportadas. Stomatos, v.13, n.25, jul./dez. 2007138 REFERÊNCIAS BARBOSA, G. F.; SILVA, I. N. L.; LACROIX, C. G. S. Análise da qualidade do torque aplicado sobre parafusos protéticos de reabilitações dentárias sobre implantes. Implant News, v.3, p.607-11, 2006. BRANEMARK, P. I. et al. Intra-osseous anchorage of dental prostheses. I. Experimen- tal studies. Scand. J. Plast. Reconstr. Surg, v.3, p.81-100, 1969. EKELUND, J. A. Implant treatment in the edentulous mandible: a prospective study on branemark system implants over more than 20 years. Int J Prosthodont,v.16, p.602-8, 2003. ESPOSITO, M. et al. Differencial diagnosis and treatment strategies for biologic complications and failing oral implants: A reviewof the literature. Int J Oral Maxillofac Implants, v.14, p.473-90, 1999. GOODACRE, C. J.; KAN, J. Y.; RUNGCHARASSAENG, K. Clinical complications of osseoitegrated implants. J Prosthet Dent, v.81, p.537-52, 1999. GOTHBERG, C. et al. Complications after treatment with implant-suported fixed prostheses: A retrospective study. Int J Prosthodont, v.16, p.210-7, 2003. HEMMINGS, K. W.; SCHMIDT, A.; ZARB, G. A. Complications and maintenance requirements for fixed prostheses and overdentures in the edentulous mandibule: A 5 – year report. Int J Oral Maxillofac Implants, v.9; p.191-6, 1994. JEMT, T. et al. Implant-suported welded titanium frameworks in the edentulous maxilla: a 5-years prospective multicenter study. Int J Prosthodont, v.15, p.544-8, 2002. JEMT, T. Failures and complications in 391 consecutively inserted fixed prostheses supported by branemark implants in edentulous jaws: A study of treatmentfron the time of prosthesis placement to the first annual checkup. Int J Oral Maxillofac Implants, v.6, p.270-6, 1991. RANGERT, B. et al. Bending overload and implantfracture: a retrospective clinical analysis. Int J Oral Maxillofac Implants, v.10, p.326-34, 1995. ROOS, J. et al. A qualitative and quantitative method for evaluating implant success: A 5 – year retrospective analysis of the Branemark implants. Int J Oral Maxillofac Implants, v.12, p.504-514, 1997. SCHNITMAN, P. A. et al. Ten-year results for Branemark implants immediately loaded with fixed proteses at implant placement. Int J Oral Maxillofac Implants, v.12, p.495- 503, 1997. TOLMAN, D. E.; LANEY, W. R. Tissue – integrated prothesis complications. Int J Oral Maxillofac Implants, v.7, p.477-84,1992. WOSTMANN, B.; SCHULZ, H. H. Prótese total: atlas colorido. São Paulo: ed. Santos, 1992. cap.2, 87-91. ZARB, G. A; BOLENDER, C. L. Tratamento protético para pacientes edêntulos. Próteses convencionais e implantossuportadas. São Paulo: Santos, 2006. cap.29, p.516-527. Recebido em: 20/07/2007 Aceito em: 19/12/2007
Compartilhar