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APOSTILA DE ÉTICA

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Centro Universitário Monte Serrat 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT 
UNIMONTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÉTICA PROFISSIONAL EM CONTABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINA CÉLIA REQUEJO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
MARINA CÉLIA REQUEJO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÉTICA PROFISSIONAL EM CONTABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila para o Curso de Ciências Contábeis 
na disciplina Ética Profissional em Contabilidade ministrada 
pela Profª. Ms. Marina Célia Requejo de Sá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2005 
 1 
ÉTICA PROFISSIONAL EM CONTABILIDADE 
 
QUADRO DE FIGURAS 
 
Quadro 1 – Virtudes básicas.................................................................................... 9 
Quadro 2 – Principais Vícios...................................................................................10 
 
SUMÁRIO 
 
I – OBJETO E OBJETIVO DA ÉTICA 
1.1 Considerações Preliminares................................................................................ 2 
1.2 O homem em sociedade..................................................................................... 2 
 1.2.1 Interação e Processos Sociais......................................................................... 3 
 1.3 Ética e valores ..................................................................................................... 3 
1.4 Problemas morais e éticos .................................................................................... 4 
1.5 Sociedade e Ética ................................................................................................. 5 
1.6 Conceito de Ética ..................................................................................................5 
1.7 Teorias quem explicam os conceitos éticos ......................................................... 8 
1.8 Relação da Ética com a Filosofia ..........................................................................9 
1.9 Campo da Ética ................................................................................................... 12 
1.10Fontes das regras Éticas .......................................................................................12 
 
 
 
 II - ÉTICA NA PROFISSÃO CONTÁBIL 
 2.1 Responsabilidade dos contadores ao desenvolverem suas atividades profissionais..13 
 2.2 Importância da Ética na formação profissional.........................................................13 
 2.2.1 Perfil Ético – Profissional............................................................................... 14 
 2.2.2 Princípios, deveres e proibições constatadas no Código de Ética...................16 
 2.2.3 Regulamentações diversas do código..............................................................17 
 
 
 
III - LEGISLAÇÃO SOBRE ÉTICA PROFISIONAL DO CONTABILISTA 
 3.1 Norma e Legislação da profissão contábil.....................................................................19 
 3.2 Código de Ética do Contador – Resolução – CFC n.º 942 de 10/10/2002 ................. 22 
3.2.1 Resolução – CFC n.º 803 de 10/10/1996..........................................................22 
3.2.2 Resolução – CFC n.º 819 de 30/08/1997 .........................................................22 
 
 
IV – BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................27 
 
 
 V – ABORDAGEM PRÁTICA 
 5.1.Exercícios de Fixação .................................................................................................. 28 
 5.2. Estudos de casos........................................................................................................... 31 
 5.3. Estudos de casos – enquadramentos e penalidades ......................................................36 
 
 
 
 2 
ÉTICA PROFISSIONAL EM CONTABILIDADE 
 
 
I - OBJETO E OBJETIVO DA ÉTICA 
 
 
1.1 Considerações Preliminares 
 
 
 A humanidade vive uma crise moral refletida pela violência, egoísmo, indiferença para 
com seu semelhante, desejo desenfreado pelo poder, não respeitando as diferenças entre os 
indivíduos. Por esse motivo, a discussão ética tem sido muito presente nos dias atuais, tanto 
no âmbito pessoal quanto no profissional. 
 Notamos porém que, desde o início da década de 90, o mundo se caracteriza por uma 
conscientização geral dos direitos e pela busca do seu efetivo exercício, gerando um grau de 
evolução moral da sociedade. Caminhamos para a Era da Ética. Para que a sociedade possa 
vivê-la precisará atingir as condições morais, econômicas e jurídicas já presentes no ambiente 
brasileiro. 
 A finalidade dessa disciplina é conscientizar a classe contábil, do valor de exercer com 
dignidade e honradez as ações profissionais. 
 Para que sejamos profissionais integrais, é necessário que divulguemos e apliquemos, 
perante a sociedade, os princípios e valores éticos da profissão. 
 Assim, refletiremos sobre a importância e o sentido da ética para nossa profissão, 
considerando que para desempenhar nossas funções devemos ter qualidades e atributos que 
são indispensáveis para desenvolver o trabalho com eficácia. Essas finalidades e virtudes vão 
traçar o perfil do profissional ético e, só assim, estaremos contribuindo para o enriquecer 
nossa profissão. 
 Segundo Lopes Sá (2001, p. 151) “ as virtudes básicas profissionais são aquelas 
indispensáveis, sem as quais não se consegue a realização de um exercício ético competente, 
seja qual for a natureza do serviço prestado.” 
 
 Nunca foi tão necessário reabilitar a ética. Os descaminhos da criatura humana 
assentam-se na perda de valores morais. De nada vale reconhecer a dignidade da pessoa, se a 
conduta pessoal não se pautar por ela. 
 O papel da ética neste terceiro milênio é ser referencial de valores básicos de orientação 
do comportamento. 
 
 
1.2 O homem em sociedade 
 
 
 Sociedade é uma reunião de indivíduos para determinado fim. 
 Desde o seu nascimento o homem vive em sociedade. Sem dúvida, viver em sociedade é 
inerente à condição humana e visa assegurar a sobrevivência e, portanto, a continuidade da 
própria espécie. 
 O termo sociedade pode ser definido de várias maneiras, sempre em função do 
contexto no qual ele se encontra inserido; representa a integração entre duas ou mais pessoas, 
que somam esforços para que determinado objetivo seja alcançado. 
 Para que a integração entre pessoas se torne possível, é necessário que exista um 
relacionamento estabelecido entre as mesmas. Os relacionamentos são de diversas naturezas e 
podem ocorrer na escola, no trabalho, na religião, saúde, lazer etc. Podemos olhar cada um 
 3 
deles como uma sociedade em particular como, por exemplo: sociedade matrimonial, 
profissional, religiosa, sociedade de saúde, de lazer, militar etc. 
 A quantidade de relacionamentos existentes entre os membros de determinada 
sociedade, da mesma forma que entre várias outras, torna complexa a vida em comum. Uma 
mesma pessoa pode fazer parte de várias sociedades. 
 Todos os tipos de sociedades citados podem ser vistos como componentes de uma 
sociedade mais ampla, pois todas essas sociedades estão relacionadas entre si de alguma 
forma, inclusive no que diz respeito aos países. 
 A convivência em sociedade conduz as pessoas a travarem entre si, diariamente grande 
números de relacionamentos. Tais relacionamentos são fortemente influenciados por aspectos 
ligados ao comportamento humano que, por sua vez, recebem influência das crenças e valores 
que cada pessoa carrega. È de se esperar, portanto, que conflitos surjam entre as pessoas 
envolvidas nos vários tipos de relacionamentos existentes no seio de uma sociedade, visto 
que é normal a perseguição,por parte delas, de objetivos antagônicos. 
 
 
 1.2.1. Interação e Processos Sociais 
 
 
 A vida social nada mais representa do que uma trama de interações humanas, isto é, um 
conjunto de ações e reações recíprocas, através das quais os homens se aproximam ou se 
afastam, se associam ou se dissociam. 
 A interação constitui, assim, a base de qualquer processo social. 
 Os diferentes modos de interação social, isto é, as diversas maneiras pelas quais os 
indivíduos e os grupos atuam uns sobre os outros, denominam-se processos sociais. 
 A cooperação e a oposição representam os processos básicos da vida em sociedade, 
assim, partindo desse princípio podemos classificar os processos sociais em: associativos e 
dissociativos. 
 
 São processos associativos: a cooperação, a acomodação e a assimilação. 
a) cooperação - interação em que pessoas ou grupos combinam suas atividades para a 
realização de objetivos comuns; 
b) acomodação – processo pelo qual o indivíduo ou o grupo se ajusta a uma situação de 
conflito, representa uma modificação externa de comportamento; 
c) assimilação – forma de interação, na qual indivíduos ou grupos alteram profundamente 
suas atitudes e suas concepções de vida, a fim de se integrarem ao meio social em que 
vivem. 
 
 Como processos dissociativos podemos citar: a competição e o conflito. 
d) competição – forma de interação pela qual os indivíduos e os grupos procuram apoderar-
se de recursos materiais, ou de posições sociais, que, geralmente, existem em quantidade 
inferior à dos concorrentes; 
e) conflito - muitas vezes os indivíduos, procuram de maneira consciente e deliberada, 
sujeitar, destruir ou derrotar um rival, ou defender-se de semelhantes propósitos, surge 
então o conflito. Neste processo a competição é tornada consciente e pessoal. O conflito 
tem sempre um fim, termina ou é adiado pela acomodação. 
 
 
1.3 Ética e valores 
 
 4 
Ao nascer, cada pessoa tem seu próprio “berço”. 
Nos primeiros anos as pessoas não tem discernimento para entender de maneira 
completa as informações que lhe são passadas; com o passar do tempo essa situação de 
passividade se modifica e, à medida que as pessoas continuam a receber informações, 
aprendem a analisá-las e aceita- las, ou não. 
Sabemos que o comportamento das pessoas é fortemente influenciado não só pelas 
condições que cada uma tem a seu redor, mas também pelas informações adicionais que 
recebem pela vida afora. Tal fato ocorre em virtude de a visão de vida de cada pessoa estar 
totalmente dirigida por aquelas condições e informações. 
Afirmar que cada pessoa tem sua própria visão da vida significa dizer que cada um tem 
sua própria reação, seu próprio comportamento diante de um mesmo fato. 
O fato de pessoas distintas apresentarem comportamentos distintos, diante de situações 
iguais, nem sempre implica que exista uma parte “certa” e outra “errada”. Significa apenas 
que, cada parte tem sua visão própria da vida em decorrência das condições que possui e das 
informações que recebe. 
Destaquemos ainda que o comportamento não é estável, ele se transforma, à medida que 
seus valores se modificam. Uma visão clara da diferença entre os valores das pessoas e, em 
conseqüência, dos comportamentos pode ser vista naquilo que diz respeito ao atendimento de 
suas necessidades no dia a dia. 
Na escala de valores de uma família de baixa renda, as necessidades básicas encontram-
se num patamar superior as necessidades menos imediatas, como lazer. Quanto maior o 
distanciamento verificado entre as condições de vidas das pessoas, maior será a diferença dos 
conjunto de informações recebidos de forma individual. Da mesma forma, serão diferentes as 
necessidades imediatas e maior será o distanciamento de seu valores. 
Determinadas sociedades por exemplo, veneram certos tipos de animais como se fossem 
deuses, para elas é inconcebível o sacrifício de um animal daquela espécie, enquanto outro 
tipo de sociedade enxerga aquele animal como fonte alternativa de alimento. 
 
Percebemos então que as diferenças verificadas entre as pessoas e entre as sociedades 
estão diretamente associadas aos valores que cada uma atribui as coisas e aos fatos. Essas 
diferenças provocam o aparecimento de conflitos, pois colocam frente a frente pessoas que 
buscam atingir vários objetivos e que enxergam a vida através de seus próprios valores 
 
 
1.4 Problemas morais e éticos 
 
 
O fato das pessoas fazerem parte de uma sociedade não implica que elas sejam iguais, 
isto é, que pensem da mesma forma e busquem os mesmos objetivos. É natural que cada 
pessoa tenha seus interesses particulares, dentro de uma sociedade com interesses próprios. 
Uma vez que cada pessoa apresenta seu próprio conjunto de crenças e valores, com 
comportamento e objetivos diferenciados, surgem conflitos nos relacionamentos existentes 
no seio de cada sociedade. 
Em determinados momentos, as pessoas precisam decidir qual interesse atender em 
primeiro plano, qual comportamento adotar diante de determinadas situações ou, de outro 
modo, decidir sobre o que é justo, o que é certo, o que é errado, o que é bom, e o que é ruim. 
Essas decisões podem trazer como conseqüência prejuízos capazes de atingir tanto quem 
assumiu o comportamento (tomou a decisão) em defesa de seu próprio interesse, quanto quem 
teve seu interesse contrariado. 
 5 
Com exemplo podemos citar um aluno que procura colar de seu colega ao lado, durante 
um exame. Primeiro: não se preparou adequadamente para o exame, prejudicando-se a si 
mesmo; segundo traz prejuízo para o aluno que passa a mesma, desde que assim o faça. Numa 
visão mais ampla prejudica o objetivo da escola, naquilo que diz respeito à preparação de 
pessoas para a sociedade e, podemos concluir que, a própria sociedade sai prejudicada. 
O cotidiano nos apresenta muitas situações nas quais, em virtude das decisões tomadas e 
dos comportamentos assumidos, prejuízos individuais e coletivos são causados. 
Exemplos: 
• carro que avança o sinal vermelho, 
• funcionário que aceita suborno, 
• marginal que realiza um assalto, 
• briga entre torcidas de times adversários, 
• guerra entre dois povos, etc. 
 
Ainda que o ser humano seja obrigado a viver em sociedade, tal convivência nem 
sempre é pacífica. Quanto maior for a distância entre as condições de vida de cada segmento 
da sociedade, mais complexa se torna a solução para tais conflitos. 
Esses problemas, relacionados com o comportamento das pessoas, podem ser apontados 
como problemas genericamente ligados à Ética. 
 
 
 1.5 Sociedade e Ética 
 
Considerando que cada pessoa não pode viver sem as demais, torna-se necessário que 
seus conflitos de interesses sejam ultrapassados e que seja estabelecido um estilo de 
comportamento que, mesmo não servindo a cada uma em particular, sirva a todos enquanto 
sociedade. 
O objetivo do estudo da Ética é entender os conflitos existentes entre as pessoas, 
buscando suas razões, como resultado direto de suas crenças e valores, e com base nisto 
estabelecer tipos de comportamento que permitam a convivência em sociedade. 
Da mesma forma que para o homem, se torna necessária a convivência em sociedade, 
para cada sociedade é imprescindível a presença da Ética, sem a qual fica difícil sua própria 
sobrevivência. 
Desse modo, é de se esperar que a Ética esteja na base de toda e qualquer norma que 
dite comportamentos a serem seguidos. 
 
 
1.6 Conceito de Ética 
 
 
Para bem entender o que é a ética, vamos citar alguns conceitos clássicos desse ramo da 
filosofia, bem como recordar a origem do termo. 
Usadas alternadamente com o mesmo significado, as palavras ética e moral tem a 
mesma base etimológica: a palavra grega ethos e a palavra latina mores, ambas significando 
hábitos e costumes. 
“A moral, como sinônimo de ética pode ser conceituada como o conjunto das normas 
que, em determinado meio, granjeiam aprovação para o comportamento dos homens”. 
“A ética, comoexpressão única do pensamento correto, conduz à idéia da 
universalidade moral, ou ainda, à forma ideal universal do comportamento humano, expressa 
em princípios válidos para todo pensamento normal e sadio.” Lisboa.(1997, p.24) 
 6 
Na verdade não há agrupamento humano que não obedeça a normas morais, embora o 
que seja natural a uma sociedade, não o seja para outra, além do que uma coletividade pode 
adotar diferentes normas morais, uma para uso interno e outra para uso externo. 
 
Na idade média, a igreja católica tinha a primazia para tratar dos assuntos éticos. 
Detendo o monopólio ideológico, ela coordenava as economias feudal, mercantil e artesanal, 
ocupando posição estratégica na estrutura de poder. Assim, os negócios que visavam lucro 
eram taxados de imorais, o empréstimo a juros era considerado usura, sendo um pecado grave, 
porque significava uma especulação, nada produzia e estimulava o ócio e a preguiça, etc. 
 
O homem aparece no centro da política, da ciência, da arte e da moral. A ética ou 
moralidade das pessoas ou grupos, não consiste no que elas fazem, mas no que elas pensam o 
que é correto fazer ou são obrigadas a isso. 
As ações dos homens são habitualmente, mas não sempre, um reflexo das suas crenças: 
suas ações podem diferir de suas crenças, e, ambas diferirem do que eles devem fazer e crer. 
 
Como exemplo podemos citar o caso do auditor contábil que foi escalado, por seu 
gerente de auditoria, para auditar as contas de uma empresa e que tem relações de parentesco 
com o presidente dela. 
Se aceitar tal tarefa estará agindo de acordo com sua crença de que consegue separar 
assuntos pessoais dos profissionais e que nada há de errado em auditar as referidas contas 
Porém, o comportamento esperado do auditor, à luz da ética profissional deverá ser 
solicitar sua exclusão da tarefa a ele incumbida, comunicando as razões para o gerente de 
auditoria. Desse modo estará agindo de acordo com a crença difundida de que este é o 
procedimento correto. Já da parte da empresa, o comportamento esperado será o de que ela 
substitua o auditor designado 
 
Na visão ética, não existe uma definição absoluta do bem e do mal, esses termos podem 
apresentar conceitos diferentes quando analisa a cultura, crenças, ideologias e tradições de 
uma sociedade, comunidade ou grupo de pessoas. 
Contudo, o esclarecimento do que seja certo ou errado, bom ou mau, ajuda e servir de 
guia para aquele que em algum momento se achar perdido. 
Não se pode obrigar alguém a ser ético, isso dependerá dos valores morais de cada 
pessoa, mas o que se pode fazer é deixar explícito aquilo que é certo e o que não é, assim 
caberá a cada um a escolha do caminho a seguir. 
 
Para Vasquez (1999, p. 23) “ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos 
homens em sociedade..........O homem deve questionar-se e descobrir quais são os seus limites 
quanto aos direitos e deveres.” 
 
Para Nalini (1997, p. 30) “ética é a ciência do comportamento moral dos homens em 
sociedade.” Neste contexto, o autor conceitua ética como uma ciência, uma vez que ela possui 
objeto de estudo e leis próprias. O seu objeto de estudo é a moral. 
 
A ética é também definida como o conjunto de normas adquiridas pelo ato reiterado de 
sua prática. O complexo de normas éticas se alicerçam em valores, designados valores do 
bem. As normas são regras de conduta. 
 
Segundo Lopes Sá (2000 p. 33) “a ética é um estado de espírito, é quase hereditário e 
vem da formação e do meio social no qual a criança teve sua personalidade moldada, 
 7 
burilada para ingressar no convívio da sociedade, que é o que popularmente se denomina 
“berço”; e moral é adquirida por meio da educação formal e da experiência de vida. 
 
O problema central para a ética tem sido duplo o trabalho de: 
1- Analisar o significado e a natureza do elemento normativo moral do 
comportamento humano, do pensamento e da linguagem; e 
2- Avaliar o significado e a natureza do comportamento humano apresentando os 
critérios para justificação das regras e dos julgamentos do que é moralmente correto 
ou errado, bom ou mau (ética normativa) 
 
Constituem-se exemplos de julgamentos normativos: 
• um auditor não deve integrar a equipe de trabalho que verifica as contas de um 
cliente do qual seja amigo pessoal; 
• não se deve sonegar na declaração do Imposto de Renda; 
• vocês fizeram um péssimo investimento; 
• a fixação de preços pelo governo é injusta; 
• um parlamentar não deve subscrever emendas ao Orçamento Fiscal que de alguma 
forma o beneficie; 
• a Câmara Setorial é um bom fórum para discutir preços; 
• toda indústria deve adotar as necessárias medidas de segurança quando da instalação 
de uma unidade. 
 
Os julgamentos normativos expressam valores concernentes ao tipo de conduta que os 
homens devem ter em resposta a dada situação. São, ainda, um “guia de ação”. Eles 
influenciam o comportamento humano no presente ou no futuro. 
 
Os julgamentos não normativos, por sua vez são neutros. Eles descrevem, nominam, 
definem, reportam e fazem predições a respeito de certo estado de coisas. Exemplos: 
• sonegar ou não na declaração do imposto de renda é atitude individual; 
• você teve prejuízo com seu investimento; 
• estas informações não conferem com as do auditor; 
• muitos brasileiros acreditam que a Câmara Setorial é um bom fórum para se discutir 
preços; 
• o relatório final apontou que a empresa deveria ter adotado as necessárias medidas 
de segurança quando da instalação de uma filial. 
 
Assim, para se determinar se um julgamento é ou não normativo, deve-se estabelecer se 
é meramente descritivo ou se é prescritivo. 
Julgamentos normativos são “prescritivos”, enquanto julgamentos não normativos 
são “descritivos”. 
 
Como os preceitos éticos são regras, muitos estudiosos aplicam-lhes o princípio (típico 
das normas jurídicas) da possibilidade de não-atendimento sem violação dos princípios. Essa 
corrente de pensamento aceita a idéia de que um comportamento pode não estar exatamente 
de conformidade com a regra ética, mas mesmo assim pode não contrariar esse preceito. Para 
qualificar esse comportamento, tais pensadores utilizam a palavra aético, que em um 
comportamento que não é ético, mas que também não conttraria a regra ética. 
Não devemos concordar com tal corrente de pensamento, pois os comportamentos 
valorados à luz das regras éticas só podem ser éticos ou antiéticos. 
 8 
Para Moreira (1999, p. 26) “A relação entre as regras éticas e as legais pode ser 
representada através da seguinte ilustração: 
 
 
 
 
 
 
 
A ilustração mostra que pode haver comportamentos que são classificados como legais 
e que são éticos. Outros, situados mais à esquerda da figura, podem ser somente legais, mas 
não éticos. E outros, ainda, situados à direita da figura, podem ser éticos sem ter respaldo 
legal.” 
Vimos então que o termo ética assume diferentes significados, conforme o contexto em 
que os agentes estão envolvidos. 
 
 
1. 7 Teorias que explicam os conceitos éticos 
 
 
As teorias que explicam os conceitos éticos tentam nortear, cada uma, o pensamento e o 
comportamento que deve possuir aquele indivíduo que segue essa ou aquela teoria, possuindo 
assim cada um, no mínimo, uma teoria para respaldo das suas condutas. 
 
A primeira Teoria é o Fundamentalismo, propõe que os conceitos éticos sejam obtidos 
de uma fonte externa ao ser humano, a qual pode ser um livro (como a Bíblia), um conjunto 
de preceitos adotado por um grupo, ou até mesmo outro ser humano. 
Essa teoria não permite que o indivíduo encontre o que é certo ou errado por si mesmo. 
Essa realidade pode levar a distorções conceituais. Seus seguidores devem cumprir as 
determinações externas sem questionar; são regras para serem cumpridas. 
A segunda Teoria é a do Utilitarismo, baseia-se principalmente nas idéias de Jeremy 
Bentham (1748 – 1832) e John Stuart Mill (1806 – 1873). A teoria propõe que o conceito 
ético seja elaborado com base no critériodo maior bem para a sociedade como um todo. 
Segundo essa teoria, diante de cada fato, o ser humano para escolher em maior conformidade 
com a ética, deverá selecionar aquela que gere o maior bem para a sociedade. A idéia de 
“maior bem” para a sociedade, não leva em conta o número de pessoas beneficiadas, mas sim 
o tamanho do bem. Em outras palavras, em uma circunstância na qual o maior bem beneficie 
poucos, em contraposição ao bem menor que possa ser feito a muitos, a primeira atitude 
deverá ser a escolhida. 
Seus críticos colocam em destaque a dificuldade de se definir precisamente, em cada 
caso o “bem maior para a sociedade”. Também expressam desagrado pela submissão da 
moral a uma regra matemática. 
 
A terceira Teoria é a do Dever Ético. Proposta por Emanuel Kant (1724 – 1804), seu 
conceito ético é extraído do fato de que cada um deve se comportar de acordo com os 
princípios universais. Segundo Kant estes conceitos éticos devem ser alcançados da aplicação 
de duas regras: 1) qualquer conduta aceita como padrão ético deve valer para todos os que se 
encontrem na mesma situação, sem exceções. 2) só se deve exigir dos outros o que exigimos 
de nós mesmos. Como exemplo, podemos citar o que todos os profissionais de contabilidade 
não deve omitir dados do Balanço Patrimonial por eles elaborados. 
LEI 
 
 
ÉTICA 
A
M
B
A 
S 
 9 
Esta norma de conduta é universal para todos os profissionais independente do porte da 
empresa e dos serviços que são prestados. As críticas a essa teoria estão na dificuldade em 
encontrar o caráter universal em algumas relações. 
 
A quarta Teoria é a Contratualista, baseia-se sobretudo nas idéia de John Locke 
(1632 – 1704) e Jean Jacques Rousseau (1712 – 1778). Essas teoria parte do pressuposto de 
que o ser humano assumiu com seus semelhantes a obrigação de se comportar de acordo com 
regras morais, para poder conviver em sociedade. Os conceitos éticos seriam extraídos, 
portanto, das regras morais, para poder conviver em sociedade. Os conceitos éticos seriam 
extraídos, portanto das regras morais que conduzissem à perpetuação da sociedade, da paz e 
da harmonia do grupo social. 
Essa teoria não atentou-se para a mutabilidade das regras morais aplicadas a 
determinados grupos sociais. Se um grupo de contadores resolvessem omitir as informações 
contábeis para os seus clientes, teriam as suas ações de acordo com esta teoria, legitimados 
sob o ponto de vista ético. 
 
A quinta Teoria é a do Relativismo, segundo a qual cada pessoa deveria decidir sobre o 
que é ou não é ético, com base nas suas próprias convicções e na sua própria concepção sobre 
o bem e o mal. Assim sendo, o que é ético para um pode não ser outro. Com essa teoria, 
muitos tentam justificar os seus próprios erros dentro de uma concepção coletiva. 
Como exemplo, um profissional de contabilidade poderá informar à diretoria dados 
distorcidos do Balanço Patrimonial da empresa e achar que é correto agir desta forma para 
não preocupar o administrador sobre a real situação. 
 
O estudo de todas essas teorias revela que os conceitos ou preceitos éticos precisam ser 
elaborados tendo em conta todas elas, mas sem se ater a uma em especial. Todavia, cada 
conceito ético, para ser aceito como tal precisa claramente encontrar guarida em pelo menos 
uma teoria. Conclui-se que a ética tem como base fundamental conscientizar o homem em 
fazer o bem e evitar o mal. O homem ao fazer a opção pelo bem ou pelo mal irá ponderar o 
senso comum entre a humanidade como: não roubar, matar, mentir, enganar e destruir, e, 
ainda, analisar o contexto cultural , ideológico e as tradições que permeiam a sociedade ou o 
grupo de pessoas o qual está inserido. 
 
 
1.8 Relação da Ética com a filosofia 
 
 
Alguns filósofos contribuíram para o entendimento atual da ética. 
No século XVII, Rousseau afirmou que “a consciência moral e o sentimento de dever 
são inatos, são a voz da natureza e do dedo de Deus em nossos corações”. 
 
Enquanto Kant aspirava que “não existe bondade natural. Somos egoístas, ambiciosos, 
destrutivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais matamos, 
mentimos, roubamos, sendo necessário do dever, da obrigação, para nos tornarmos seres 
morais”. 
 
Sócrates baseava sua ética numa convicção pessoal, adquirida na tentativa de 
compreender a justiça das leis. 
 
 10 
Já Descartes propõe uma adoção de uma moral provisória, que cuidasse inicialmente, 
das questões teóricas, resolvendo as práticas do jeito que desse. Talvez ainda ignorar a ética, 
cuidando apenas de assuntos técnicos: conseguir dinheiro, progredir profissionalmente, etc. 
 
Neste início do século XXI, o assunto ética está cada dia mais corrente na vida das 
pessoas, pois a sociedade enfrenta graves desafios, evidentes nos comportamentos sociais 
entre indivíduos na busca desenfreada do ter, sem respeitar seu semelhante. 
Como bem aborda Dalai Lama a ética necessária para o novo milênio é o “Amor ao 
Próximo”, preconizado por Jesus Cristo há mais de dois mil anos. 
 
Mediante os conceitos expostos, situamos a ética dentro de um contexto enquanto o 
ramo do conhecimento e, em uma concepção moderna, Giovanni apud Lopes de Sá (2000 p. 
44) a define como “a ciência que tem por objeto essencial o estudo dos sentimentos e juízos 
de aprovação e desaprovação absoluta realizados pelo homem acerca da conduta e da vontade 
humana”. 
 
A ética encontra-se relacionada com a virtude ; essa palavra origina-se do latim “vis”, 
que significa força e energia. Na conduta ética, a virtude é condição basilar ou seja, não se 
pode conceber o ético sem o virtuoso como princípio. 
 
A virtude do homem está relacionada com a prudência, justiça, fortaleza e temperança, 
conforme o Quadro 1. 
 
Quadro 1 – Virtudes Básicas 
 
 
PRUDÊNCIA 
 
 
A reta noção daquilo que se deve fazer ou evitar, exigindo 
conhecimento dos princípio gerais, da moralidade e das 
continências particulares da ação. 
 
 
JUSTIÇA 
 
 
 
É o ato de respeitar os direitos e os deveres; é a disposição de dar a 
cada um o que é seu de acordo com a natureza, a igualdade ou a 
necessidade; é a base da vida em sociedade e da participação na 
existência comum; a justiça implica a combinação de diversas 
atividades, como a imparcialidade, a piedade, a veracidade, a 
fidelidade, a gratidão, a liberdade e a eqüidade. 
 
FORTALEZA 
 
Firmeza interior contra tudo o que molesta a pessoa neste mundo, 
fazendo vencer as dificuldades e os perigos que exercem a medida 
comum. 
 
TEMPERANÇA 
 
Regra, medida e a condição de toda virtude; é o meio justo entre o 
excesso e a falta; exige sensatez baseada num pensamento flexível 
e firme; encontra-se atrelada à continência, à sobriedade, à 
humildade, à mansidão e à modéstia. 
Fonte: Adaptado de Camargo (2001, p. 31) 
 
Atrelados as virtudes, existem os vícios que representam ações ou sentimentos 
contrários à mesma; implica a combinação de diversos sentimentos como o orgulho, a 
avareza, a luxúria, a inveja, a preguiça e a ira, que influenciarão e explicitarão o caráter do 
homem. O Quadro 2 comenta cada um desses sentimentos. 
 
 
 11 
Quadro 2 – Os principais vícios: 
 
ORGULHO 
 
Procura desordenada de excelência; o orgulhoso se valoriza demais 
e, normalmente diminui e menospreza os outros. 
 
AVAREZA 
Procura desordenada de bens materiais; o avarento acumula 
riquezas, fazendo uso de meios nem sempre lícitos e, 
principalmente, centralizando todo ser neste esforço. 
 
 
GULA 
Procura desordenada dos prazeres de comer e beber; causa o 
estrago da própria saúde, prejudicando, muitas vezes, atividades 
profissionais e familiares. 
 
 
LUXÚRIA 
Procura desordenada dos prazeres sexuais; vive com fixação e 
obsessão, procurando satisfações que até implicam desrespeito a si 
mesmo e a outros. 
 
INVEJA 
 
 
Tristeza pelo bem alheio como um obstáculo ao próprio bem, como 
se isso impedisse de ele também crescer e aparecer; ele sofre e até 
gostaria que ninguém fosse superiora si. 
 
PREGUIÇA 
Recuo diante do trabalho e do esforço; falta- lhe aquela energia para 
assumir atividades dentro de métodos adequados que lhe assegurem 
a construção de valores. 
IRA Violência contra aquilo que resiste a sua vontade, procurando 
vingança; a pessoa irada não raciocina, mas age tempestivamente. 
Fonte: Adaptado de Camargo (2001, p. 37) 
 
Podemos citar como um bom exemplo da antiética e de valores morais este ABC 
formulado por Peixe (2000, p. 96): 
 
• amor – varia conforme o pacto que se estabelece em cada relação 
• beleza exterior – valorizar as aparências como forma de beleza. 
• casa & família – não respeitar, individualmente as diferenças: pai e mão que, para 
compensar as frustrações do que não realizou, impõe ao filho carreira que este não 
desejou. 
• cultura – usar o nome feito para auto promover-se, mediante lobby, pressão de 
grupo e até suborno... 
• direito – fazer acordo com o cliente. Falsear, inventar dados e provas. 
• ensino – arvorar-se de dono da verdade; falar do alto em vez de aprender junto; não 
preparar para a vida. 
• fé – utilizar a religião como meio de vida para se manter, economicamente, 
explorando os humildes, desprovidos do saber, ou seja, pouco instruídos. 
• fidelidade – não ser fiel aos seus princípios; não ser leal com a família, amigos, 
empregados, colegas e com o seu país. 
• grandeza – não saber conviver com a vitória, com a glória, para ter humildade para 
aprender a aprender. 
• honestidade – não ser sincero, franco, enganar... 
• integridade – não ter inteireza moral, retidão, honestidade, imparcialidade, ou seja, 
agir segundo suas convicções em prol de si mesmo. 
• justiça – não ser justo e não admitir erros. 
 12 
• respeito – não respeitar o próximo em sua individualidade. 
• lei – desobedecer e tentar burlar as leis, como regra natural de comportamento 
individual na sociedade. 
• polícia – julgar e dar julgamento diferente aos cidadãos, conforme a classe social, 
cor, profissão e etnia. 
• trabalho – encará- lo como emprego e não como trabalho para manter a perenidade 
do negócio, ou seja, não se esmerar. 
• medicina – não tratar o paciente como ser humano, mas como objeto de estudo... 
• jornalismo – incentivar preconceitos, prejudicar, perder de vista o bem comum, 
preocupar-se pouco ou nada com os mais fracos, desprezar valores de sua gente. 
• negócio – agredir a natureza na busca de lucro a cur to prazo sem planejamento e 
desenvolvimento auto-sustentado, visando as gerações futuras. 
• propaganda - usar a mulher como objeto e a criança para vender, criando falsas 
necessidades. 
• qualidade – oferecer produtos que não possuem a qualidade divulgada. 
• audição – não saber ouvir sem fazer pré-julgamento. 
• sinais – desrespeitar os sinais de trânsito. 
• urbano – degradar áreas de má utilização do solo. 
 
Observamos então que a ética possui um centro de atenção; o ser humano, moldado 
de virtudes e vícios, o qual é capaz de agir de acordo com as suas necessidades individuais e 
coletivas. Esse agir deve ser avaliado dentro de um contexto histórico e evolutivo do homem 
na sociedade. Assim, os conceitos éticos podem ser explicados utilizando-se de várias teorias 
pregadas por vários estudiosos em escalas de tempo diversificada na história. 
 
 
1.9 Campo da Ética 
 
Em toda a sociedade verificamos a presença de dilemas morais. Eles são um reflexo das 
ações das pessoas, e surgem no momento em que, diante de uma situação qualquer, a ação de 
um indivíduo ou de um grupo de indivíduos, contrariam aquilo que genericamente a 
sociedade estabeleceu como padrão de comportamento para aquela situação. 
O comportamento da pessoas sofre alterações ao longo da história. Tal fato significa que 
aquilo que sempre foi considerado como um comportamento amoral pode, a partir de 
determinado momento, passar a ser visto como um comportamento adequado à luz da moral. 
Ex: indivíduo – largar de fumar; na sociedade – adotar o islamismo. 
Os problemas relacionados com o comportamento do ser humano encontram-se 
inseridos no campo de preocupações da ética. Ainda que não torne os indivíduos 
“moralmente perfeitos”, a Ética tem por função investigar e explicar o comportamento das 
pessoas ao longo das várias fases da história. 
Essa função apresenta-se como de grande relevância, tanto no sentido de se entender o 
passado, quanto de servir como parâmetro para a fixação de comportamento “padrões”, 
aceitos pela maioria, visando diminuir o nível de conflitos de interesses dentro da sociedade. 
Ex: oscilações da carga tributária; mudanças de comportamento de presidentes eleitos. 
 
 
1.10 Fontes das regras éticas 
 
As fontes das regras Éticas podem ser divididas em cinco categorias: 
 13 
a) A natureza humana verdadeira; 
b) A forma ideal universal do comportamento humano, expressa em princípios validos 
para todo pensamento sadio; 
c) A busca refletida dos princípios do comportamento humano; 
d) A legislação de cada país, ou de foros internacionais, ou mesmo o código de Ética 
profissiona l de cada corpo social organizado; 
e) Os costumes (éthos). 
 
Essa relação varia entre os estudiosos. Para alguns filósofos por exemplo, não existiriam 
duas naturezas humanas, uma verdadeira e outra falsa, mas uma só. 
Segundo outros autores, a realidade social é quem influencia o comportamento das 
pessoas, mostrando- lhes, ao longo da vida, o que é certo e o que é errado. 
A reflexão sobre o comportamento das pessoas no cotidiano de suas vidas irá indicar, 
com clareza, quais as origens do comportamento socialmente aceito, o comportamento ético. 
 
 
II – ÉTICA NA PROFISSÃO CONTÁBIL 
 
 
2.1 Responsabilidade dos contadores ao desenvolverem suas atividades 
profissionais 
 
Ética profissional é a parte da moral que trata das regras de conduta de determinada 
profissão. Consiste na aspiração de se amoldar a conduta, a vida, aos princípios básicos dos 
valores culturais de sua missão e seus fins, em todas as esferas de suas atividades. 
Nas profissões liberais, a disciplina tende a assegurar a observância da Deontologia ou 
moral profissional, porque existe com o cliente, relações humanas, pessoais, antes que as 
econômicas. 
Surgem, assim, normas que definem o dever do homem no reto uso de suas 
faculdades, em suas relações com outras pessoas. 
As normas que dirigem a atividade profissional, são múltiplas porque abrangem os 
múltiplos aspectos da vida profissional, são também variadas porque se aplicam às diferentes 
profissões, respeitando os caracteres específicos de cada uma. 
 
 
2.2 Importância da Ética na formação profissional 
 
 
A contabilidade é considerada como uma das profissões mais antigas do homem e 
evoluiu junto com a sociedade, estando, atualmente entre as mais requisitadas; destaca-se pelo 
seu papel de proteção à vida da riqueza das células sociais e pela capacidade de produzir 
informes qualificados sobre o comportamento patrimonial. 
A internacionalização dos mercados tem provocado transformações no cenário em que 
a contabilidade atua; o que se observa é uma exigência por informações claras e 
transparentes. Neste contexto, o profissional de contabilidade torna-se uma peça chave 
desses novos conceitos e posturas. 
Para inserir a concepção dos princípios de ética, faz-se necessário mudanças radicais, 
partindo, principalmente, da formação dos futuros profissionais de contabilidade. Cada vez 
mais , devemos adotar como política de ensino os preceitos da ética, inserindo esta filosofia 
na formação dos futuros contabilistas. 
 
 14 
 “Ética se aprende ética se pode ensinar.” Nalini, (1997, p. 65) 
 É o banco acadêmico a instância própria à transmissão dessa cultura comportamental 
cuja carência põe em risco a dignidade, senão a própria subsistência da profissão. 
 De pouco vale o conhecimento técnico , sem o compromisso de crescimento ético. 
“A retitude da consciência é mil vezes mais importante que o tesouro dos 
conhecimentos. Primeiro é serbom; logo ser firme, depois prudente; e, por último, a 
ilustração e a perícia.” Osorio apud Nalini 
 Despertar para a Ética é acudir a todas as demais necessidades de uma adequada 
formação integral. Não se concebe consciência ética que se não devote ao permanente estudo. 
Ele é processo fundamental para o crescimento humano, a caminho da perfectibilidade. 
 
 Considerando que nos dias atuais, a informação é uma das fontes mais valiosas de 
produção de riquezas, e o contabilista, que é o responsável por levantar, estudar e analisar tais 
informações, tem obrigação de ter uma conduta responsável, confiável e ética perante a 
sociedade. 
 Essa conduta profissional deve guiar seus trabalhos, e virtudes que sirvam de 
parâmetros para a realização de tais tarefas. 
 Viver em um país marcado por um número tão alto de infrações éticas, a exemplo da 
corrupção, torna-se essencial para os futuros contabilistas a concepção de que a ética é vital 
no exercício profissional. 
 Portanto, numa sociedade onde a concorrência é cada vez maior, faz-se necessário que 
os profissionais de contabilidade busquem a atualização constante, pois gerar conhecimento 
será uma das maneiras de exercer a ética perante o mercado de trabalho. 
 
 
 2.2.1. Perfil Ético – Profissional 
 
 
 Para desenvolver suas atividades com eficácia, um profissional precisa ter virtudes, 
algumas inerentes ao seu caráter. São muitas as exigências para caracterizar um profissional 
ético e competente numa sociedade que se encontra em conflito moral, com tantas 
indiferenças, aonde a questão da justiça está intimamente ligada tanto à responsabilidade 
social quanto à questão da honestidade. 
 Lopes Sá considera algumas virtudes como básicas em que se comuns a quase todas as 
profissões, afirmando: “virtudes básicas profissionais são aquelas indispensáveis, sem as 
quais não se consegue a realização de um exercício ético competente, seja qual for a natureza 
do serviço prestado.” 
 Destacamos algumas virtudes referenciais a qualquer profissão e que podem ser 
imprescindíveis para todo profissional da contabilidade: 
 
HONESTIDADE – está relacionada com a confiança que se é depositada, com a 
responsabilidade perante o bem de terceiros e manutenção de seus direitos. É uma atitude que 
não admite meio termo, relatividade ou tolerância. 
 A honestidade não se trata apenas de um costume, de um comportamento, mas de uma 
conduta que obriga ao respeito e à lealdade para com o bem de terceiros. Ser honesto, 
integralmente, um dever ético de qualquer profissional; não existe meia confiança, como não 
existe meia honestidade. 
 É necessário ser honesto para que exista a prática do respeito ao direito de nosso 
semelhante. 
 15 
 Se um contabilista utiliza em seu favor o dinheiro a ele entregue pelo cliente para pagar 
impostos, fere a ética profissional pelo rompimento da honestidade. Se o mesmo profissional 
omitir informações nas demonstrações contábeis de uma empresa, está lesando a ética. 
 Em suma , pode-se elencar várias possibilidades de ações que o profissional cometeria e 
estaria ferindo o Código de Ética e denegrindo a imagem da categoria perante a sociedade. 
 
ZELO – parte de uma responsabilidade individual, baseada na relação entre o sujeito e o 
objeto de trabalho. Cada tipo de tarefa exige seu zelo próprio e sua própria forma de 
caracterizá- la. A exemplo de um contabilista encarregado de cuidar de uma escrita contábil, 
tem a seu cargo, geralmente, todas as tarefas fiscais e que envolvem declarações, pagamentos 
de tributos, etc; e já um outro profissional da área da contabilidade que é encarregado de 
realizar uma análise para fins de avaliação de um ativo imaterial de uma empresa, já tem o 
outro gênero de responsabilidade. 
 A obrigatoriedade de zelar pela tarefa aceita não veria, mesmo que variem a qualidade 
do serviço e a formalização do contrato. O profissional não deve distinguir qualidade de tarefa 
ou qualidade de cliente, mas, sim, manter o objetivo de cumprir o trabalho de forma eficaz. 
Deixar de cumprir com afinco uma tarefa cuja responsabilidade se assumiu, trata-se de falta 
de zelo, sem falar que se constitui numa transgressão ética. 
 
SIGILO – bem afirma Lopes Sá (1996, p.165): “Eticamente, o sigilo assume o papel de algo 
que é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.” 
 Embora, nem sempre o segredo seja pedido, por parecer óbvio a quem o confidenciou, 
poderá ao ser divulgado, enfraquecer o valor do profissional e ser entendido como violação de 
confiança pelo prejudicado. Por isso, o ideal é que se guarde em sigilo tudo o que se conhece 
sobre o cliente na prática da profissão. 
 Quando se tratar de documentações, hábitos pessoais, registros contábeis, e quaisquer 
outros fatos que, em função de sua natureza devem ser mantidos em sigilo, a revelação deles 
pode trazer sérios problemas ao cliente do profissional. 
 
COMPETÊNCIA – sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de forma 
adequada e persistente a um trabalho ou profissão. O exercício de uma profissão exige a 
aquisição de pleno conhecimento, o domínio sobre a tarefa e sobre a forma de executá- la, 
além de um constante aperfeiçoamento. 
 Aceitar uma tarefa sem ter capacidade para exercê- la é um procedimento condenável, 
em razão dos danos que pode causar. Nem sempre é possível acumular todo o conhecimento 
que uma tarefa requer, mas é preciso que se tenha a postura ética de recusar o serviço ao 
perceber que os conhecimentos adquiridos não são suficientes para que se realize tal tarefa 
com perfeição. Um profissional precisa reconhecer suas limitações para não incorrer em erros. 
 “ O erro na conduta não está em não ter conhecimentos, mas em ter consciência de que 
dele não se dispõe e mesmo assim aceitar uma tarefa.” Lopes Sá (1996, p.167). 
 O profissional deve preocupar-se sempre com a Educação Continuada, principalmente 
o contabilista, pois as informações da área mudam em velocidade crescente. É fundamental, 
portanto, do ponto de vista ético que a tarefa seja executada dentro do que há de mais atual e 
em favor do cliente, de modo há oferece-lhe menores custos e maior capacidade e 
aproveitamento do trabalho. 
 
PRUDÊNCIA – ou seja, o bom julgamento da ação, cautela, zelo no momento de decidir. 
Não se pode basear apenas na prudência para determinar se uma ação é boa ou má, certa ou 
errada.Com tudo, se no processo de discussão ou contestação algumas dificuldades se revelam 
 16 
boas, certas, melhores que outras, tem-se que acabar por adotá- las e é, precisamente, neste 
momento, que se precisa fazer uso desta virtude. 
 
HUMILDADE – o profissional precisa possuir essa virtude para compreender que não é o 
dono a verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedades de um grande número de 
pessoas. 
 
IMPARCIALIDADE – é uma virtude tão importante que assume as características do dever, 
pois se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos, a defender os 
verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente, uma posição justa nas 
situações que terá que enfrentar. Para ser justo, é preciso ser imparcial, logo a justiça depende 
muito da imparcialidade. 
 
 
 Poderíamos elencar outras virtudes que, por certo, agregariam as já citadas 
anteriormente no intuito de traçar um perfil necessário para o profissional contábil; as virtudes 
citadas atendem, plenamente, aos anseios dos contabilistas para bem exercer as suas 
atividades. A ética é condição essencial para o exercício de qualquer profissão. 
 A profissão contábil desempenha papel vital em uma economia de mercado, pois esta 
necessita das informações geradas pela contabilidade para desenvolver-se plenamente. 
Contudo, informações não são suficiente; têm que ser informações confiáveis, e que este 
padrão só é alcançado por meio de condutas profissionais éticas. 
 O bom contabilista não se compraz com sonegação; antes, a combate; não se 
mancomuna com o erro, procura elimina-lo; não avilta a profissão e nem os honorários a que 
faz jus, pelo contrário, coloca a primeira em alto padrão e decência e estimula o segundo de 
forma a viver com dignidade. 
 
 
 2.2.2. Princípios, deveres e proibições constatadas no Código de Ética 
 
 Ao decidir adotar a postura ética em seus relacionamentos, defendemos que a empresa 
deve fazer constar sua determinação de um documento interno, cuja denominação propomos 
que seja Código de Ética. 
 As pessoas que integram uma organização possuem formações culturais e científicas 
diferentes, experiências sociais diferentes e opiniões diferentes sobre os fatos de vida. 
A empresa moderna atua em cenários cada vez mais complexos, praticando operações 
inovadoras, mesmo quando repetem atividades antigas. 
O Código de Ética tem a missão de padronizar e formalizar o entendimento da 
organização empresarial em seus diversos relacionamentos e operações. 
A existência do Código de Ética evita que os julgamentos subjetivos deturpem, 
impeçam ou restrinjam a aplicação plena dos princípios, quando implantando de forma correta 
e regularmente obedecido, pode constituir uma prova legal de determinação da administração 
da empresa, de seguir os preceitos nele refletidos. 
 
O profissional da Contabilidade enfrenta problemas éticos quando do exercício da 
profissão que se circunscrevem nos conceitos de dever, direito, justiça, consciência e vocação. 
Entre os problemas éticos comumente enfrentados pelos profissionais das diferentes 
áreas de conhecimento encontram-se as crises de valores. Estas acontecem quando uma nova 
situação se apresenta e sua solução passa por decisões que conflitam com a formação moral 
do profissional. 
 17 
Outro tipo de problema ético não menos importante diz respeito ao conflito de 
interesses. Ele acontece quando a solução do problema envolve decisões conflitantes, não 
conciliáveis, na maioria das vezes. Neste caso, uma das partes se verá prejudicada quando a 
decisão for tomada. 
Costuma-se identificar a qualidade da decisão num conflito de interesses com o maior 
ou menor altruísmo do tomador da decisão. Assim, um contador será mais altruísta e 
despojado se, num conflito de interesses entre ele e a empresa para quem trabalha, tomar a 
decisão que beneficia a empresa. A justificativa é que a decisão tomada terá beneficiado 
maior número de pessoas. 
 
Outro tipo de problema ético ocorre quando há um desvio de conduta do profissional 
diante de uma nova situação. A gravidade dessa conduta anormal vai depender da decisão 
tomada por ele, quando exposto ao dilema. Mesmo que um procedimento diferente adotado 
por um profissional não se converta em atitude corriqueira, cumpre ao corpo social avisar ao 
infrator que ele errou, e que esse erro causou prejuízos morais coletivos e ou /pessoais. 
 
A imperícia é um problema ético decorrente da incompetência do profissional. Pode 
acontecer, no entanto, de dado profissional ser deslocado para um setor que não domine 
tecnicamente e que seja levado a tomar decisões erradas ou imperfeitas. Neste caso, a 
imperícia pode ter como causadores, além do próprio profissional, os dirigentes que o 
removeram de lugar e o levaram a tomar decisões sem estar habitado. 
Sabe-se que o treinamento é um importante fator redutor da imperícia profissional. A 
qualificação é a própria educação profissional e, portanto, toda instituição, seja pública ou 
privada, deve estar atenta para o fato de que ela serve não so para aumentar a produtividade, 
mas também para evitar ou reduzir a imperícia. 
 
Outro tipo de problema comum em qualquer profissão é o relacionamento político e 
social que se torna importante à medida que o profissional tem que tratar de problemas 
comuns com pessoas cuja esfera de decisão é igual ou superior a sua. Assim, ele tem que 
conciliar interesses, às vezes conflitantes. Essa forma de relacionamento não é antiética, em 
sua essência. Os desvios nessa forma de relacionamento acontecem por motivos vários, que 
vão da ganância ao dinheiro ao desejo pelo exercício de mais poder, e não pela natureza desse 
tipo de relacionamento. 
 
A informação privilegiada, ou insider information, ou insider trading, diz respeito aos 
casos de espionagem industrial, em que os interessados em informações de uma empresa ou 
pessoa, usam diferentes meios de sedução (dinheiro, ameaças, etc.) para convencer pessoas 
detentoras de informações a repassá- las para eles. O interesse de alguns por informações 
privilegiadas é motivado pelo desejo de auferirem mais dinheiro com sua posse. A busca de 
informação privilegiada é um procedimento antiético. 
 Um dos princípios básicos da ética é a integridade ou honestidade, o profissional não 
tem medo de errar, pois sabe que se o fizer, não será propositadamente. E, neste caso, será 
mais fácil apresentar uma defesa convincente. 
O profissionalismo é a maneira íntegra e honesta de exercer uma profissão. Ele está 
fundamentalmente ligado á ética, à moral dos bons costumes. 
 
 
 
 2.2.3. Regulamentações diversas do Códigos de Ética 
 
 18 
 “O bem moral, deve ser conquistado com esforço e cobrança pessoal.” Lisboa 
(1997, p.88). 
Em vários países, a profissão contábil tem seu próprio código de ética profissional, cada 
um diferente dos demais. Ele serve de guia moral e de “carta de intenções” de uma classe 
profissional à sociedade. 
O profissional da contabilidade enfrenta inúmeros dilemas éticos no cotidiano do 
exercício de sua profissão. Essas situações críticas situam-se na esfera dos conceitos de dever, 
direito, justiça, responsabilidade, consciência e vocação. 
 
O dever corresponde à obrigação de oferecer, realizar ou omitir algo diante do direito 
de alguém. A obrigação do contador de uma empresa é realizar os serviços de natureza 
contábil da instituição, com qualidade, dentro de determinado prazo. Tal obrigação é um 
dever desse profissiona l e um direito da empresa. 
Outros exemplos de dever: da testemunha perante o tribunal que a convocou, do aluno 
diante daqueles que custeiam seus estudos, etc. 
 
O direito é a contrapartida do dever. É tudo aquilo que uma pessoa pode exigir de quem 
lhe deve. 
Os direitos de uma pessoa tem limites claros: (a) os próprios deveres; e (b) os direitos 
de outros. Assim, o limite do direito direito de um não pode ultrapassar o limite dos direitos 
do outro. Desequilíbrios nessa relação de direitos e deveres podem tornar a situação perigosa 
e difícil de controlar. 
 
A justiça tem por axioma dar a cada pessoa o que lhe corresponde, ou seja, permitir que 
possua o que lhe é de direito. Ela é a principal virtude da ética. A justiça só se viabiliza numa 
comunidade de homens. É correto, pois, falar que a remuneração recebida por determinado 
contador é justa se o esforço e o tempo que despendeu orientando as tarefas de preparação das 
demonstrações contábeis, por exemplo, foi adequado, isto é, se há correspondência satisfatória 
entre a remuneração e o trabalho executado. 
 
A responsabilidade é a capacidade de entendimento do direito e do dever que 
acompanha o exercício de qualquer atividade. Assim, ao realizar um trabalho, a pessoa 
percebe ter assumido uma obrigação, seja de executar bem o serviço, seja de cumprir um 
prazo para a conclusão. 
 
A responsabilidade profissional pode ser dividida em dois grandes grupos: 
 a) responsabilidade pessoal – esta obriga o profissional a assumir um compromisso de 
aprimorar-se intelectualmente; além disso deverá possuir um padrão moral elevado, de modo 
a poder discernir sobre a melhor alternativa técnica e ética entre as várias que se apresentarão 
em seu trabalho profissional. 
 Um contador encarregado dos registros contábeis e acompanhamento das operações 
internacionais de uma grande empresa pode ter, entre suas responsabilidades profissionais 
pessoais: 
• fazer relatórios gerenciais sobre o desempenho da empresa no front externo; 
• saber dos detalhesoperacionais de operações financeiras internacionais, como inteirar-se 
das formas de remuneração dos capitais internacionais, do nível das taxas de juros 
praticada etc.; 
• ter conhecimento das estrutura das demonstrações contábeis dos países em que se 
localizam as empresas que transacionam com aquela em que ele trabalha; 
 19 
• conhecer a conjuntura internacional, as tendências de migração dos capitais de diferentes 
países; 
• aperfeiçoar sua formação técnica e humanística; 
• ter as finanças pessoais controladas de modo a servir de exemplo na empresa; 
• conduzir-se sobriamente no trato dos assuntos pessoais. 
 
 
 b) responsabilidade social - pelo fato do ser humano viver em sociedade, sua 
responsabilidade profissional social é uma extensão da responsabilidade profissional pessoal. 
Entre as responsabilidades profissionais sociais do contador estão: 
• respeito aos usuários das demonstrações contábeis. Para isso, deve esmerar-se em 
informar correta e tempestivamente o público alvo daqueles relatórios, tendo a 
sensibilidade adicional de fazer-se entender, usando, para isso, uma linguagem correta, 
clara e concisa; 
• prestar todas as informações contábeis requeridas pelos órgãos fiscalizadores do País, de 
forma correta r dentro dos prazos estabelecidos. 
 
 A consciência é uma regra moral que motiva a pessoa a agir de determinada forma, 
em vez de outra. A consciência age como um “juiz interno”, que influencia na tomada de 
decisões. Ela aprova, reprova, concorda, discorda etc. É o resultado do processo de 
entendimento que cada pessoa ou grupo de pessoas tem da vida. 
 Exemplificando, o ato de corromper alguém é geralmente motivado por uma vontade 
de praticar uma ação que se baseia num processo pessoal de entendimento de vida. A 
consciência, neste caso, foi distorcida pela compreensão enviesada dos objetivos de vida, 
embora, numa análise superficial, eles pensam atender a objetivos imediatos, como ganhar 
fraudulentamente uma concorrência. 
 
 A vocação é a tendência (baseada nas aptidões) de uma pessoa a dedicar-se a 
determinada profissão. Essa inclinação favorece a qualidade dos serviços que ela presta, já 
que é mais difícil para a pessoa dedicar-se àquilo de que não gosta. 
 O conceito de vocação está ligado aos conceitos de profissão e responsabilidade . 
 
 A profissão é a atividade qualificada de uma pessoa, exercida com uma finalidade 
social determinada. Essa atividade deverá servir-lhe de meio de subsistência. 
 
 
 
III - LEGISLAÇÃO SOBRE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTABILISTA 
 
 
 
3.1 Norma e legislação da profissão contábil 
 
Um Código de Ética não deve se restringir, regulando somente a atividade moral do 
profissional, deve conter, também, normas fundamentais, que abrangem a atividade do 
profissional, com relação ao público em geral, antes de realizar o seu trabalho, bem como 
depois de realizá- lo. 
Nas profissões liberais, a disciplina tende a assegurar a observância da Deontologia ou 
moral profissional, porque existe com o cliente, relações humanas, pessoais, antes que as 
econômicas. 
 20 
Surgem, então, as normas que definem o dever do homem no reto uso de suas 
faculdades, em suas relações com outras pessoas. 
As normas que dirigem a atividade profissional, são múltiplas porque abrangem os 
múltiplos aspectos da vida profissional, são também variadas porque se aplicam às diferentes 
profissões, respeitando os caracteres específicos de cada uma. 
Considerando apenas a normas válidas para todas as profissões e cada uma delas, 
poderíamos elaborar as seguintes linhas de conduta: 
 
1º Na área da profissão – zelar pelo bom nome ou a reputação (social) da profissão. 
 (agir com competência e honestidade). 
 
 
2º Na relação com seus pares e colegas – ser leal e solidário, evitando qualquer 
........................................................................................espécie de concorrência ilegítima. 
 
 
1º Na relação com os clientes – está a área central da Deontologia Profissional, com 
...................................................................três preceitos fundamentais: 
• da prestação de serviço, 
• o da remuneração e 
• o do segredo profissional . 
 
Notamos que o profissional, na prática, enfrenta problemas humanos relevantes, no 
que tange à orientação e assistência, em razão dos diversos tipos humanos de utentes. Cada 
caso merece um tratamento e a conduta é variável, sempre com o objetivo de evitar o 
problema ético profissional nessa tão delicada missão do exercício das tarefas. 
Precisamos ser leais e solidários, evitando qualquer espécie de competição e 
concorrência ilegítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2 Código de Ética Profissional do Contabilista 
 
 
3.2.1 Resolução – CFC n.º 803 de 10/10/1996 aprova o CEPC. 
 
3.2.2 Resolução – CFC n.º 819 de 20/10/1997 altera o CEPC. 
 
3.2.3 Resolução – CFC n.º 942 de 30/08/2002 aprova o CEPC atualmente em vigor. 
 
 
Código de Ética Profissional do Contabilista 
 
 
CAPÍTULO I 
 
DO OBJETIVO 
 
Art. 1. Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os 
contabilistas, quando no exercício profissional. 
 
 
 
CAPÍTULO II 
 
DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES 
 
 
Art. 2. São deveres do contabilista: 
 
I – exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados 
os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais; 
 
II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do 
serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre 
estas os Conselhos Regionais de Contabilidade; 
 22 
 
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo; 
 
IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância 
adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a 
obrigação a sócios e executores; 
 
V – inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso; 
 
VI – renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do ciente ou 
empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando contudo, para que os interesses 
dos mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia; 
 
VII – se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao 
conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas; 
 
VIII – manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão; 
 
IX – ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja propugnando por 
remuneração condigna, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da 
Contabilidade e seu aprimoramento técnico. 
 
 
 
Art. 3. No desempenho de suas funções, é vedado ao contabilista: 
 
I – anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do 
colega, da Organização Contábil ou da classe, sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações, 
serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes; 
 
 II – assumir, direta e indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou desprestígio da 
classe; 
 
III – auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de 
sua prática lícita; 
 
IV – assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio á sua orientação, supervisão e 
fiscalização; 
 
V – exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquermeio, o seu exercício aos não 
habilitados ou impedidos; 
 
VI – manter Organização Contábil sob forma não autorizada pela legislação pertinente; 
 
VII – valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos honorários a receber; 
 
VIII – concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a fraudá-la ou praticar, no 
exercício da profissão, ato definido como crime ou contravenção; 
 
 IX – solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba de aplicação ilícita; 
 
X – prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua responsabilidade profissional; 
 
XI – recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas; 
 
XII – reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados à sua guarda; 
 
XIII – aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra os Princípios 
Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; 
 
 23 
XIV – exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas; 
XV – revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou transação que, 
comprovadamente, tenha tido conhecimento; 
 
XVI – emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo profissional, em 
publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles; 
 
XVII – iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros, alterando ou deturpando o 
exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas; 
 
XVIII – não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos Regionais de Contabilidade, 
depois de regularmente notificado; 
 
XIX – intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão contábil; 
 
XX – elaborar demonstrações contábeis sem observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e 
das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Regional de Contabilidade; 
 
XXI – renunciar á liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou imposições que possam 
prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho; 
 
XXII – publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não tenha participado. 
 
 
 
Art. 4. O Contador poderá publicar relatório, parecer ou trabalho técnico-profissional, assinado e sob 
sua responsabilidade; 
 
 
 
Art. 5. O Contador, quando eprito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá: 
 
I – recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida; 
 
II – abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, mantendo 
absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo; 
 
III – abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de 
quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito 
técnico e limitado aos quesitos propostos; 
 
IV – considerara com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido à sua apreciação; 
 
V – mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer efeito sobre peças 
contábeis objeto de seu trabalho, respeitando o disposto no inciso II do artigo 2º; 
 
VI – abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de 
documentos; 
 
VII – assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à aplicação dos Princípios 
Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC; 
 
VIII – considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis, observando 
as restrições contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC; 
 
IX – atender a Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e Conselho Federal de 
Contabilidade no sentido de colocar à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e 
outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho. 
 
 
 24 
 
CAPÍTULO III 
 
DO VALOR DOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS 
 
 
Art. 6. O contabilista deve fixar previamente o valor dos serviços, por contrato escrito, considerados por 
contrato escrito, considerados os elemento s seguintes: 
 
Art. 6º, caput, com redação dada pela Resolução CFC nº942, de 30 de agosto de 2002. 
 
 
I – a relevância o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar; 
 
II – o tempo que será consumido para a realização do trabalho; 
 
III – a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços; 
 
IV – o resultado lícito favorável que para o contratante advirá com o serviço prestado; 
 
V – a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente; 
 
VI – o local e que o serviço será prestado. 
 
 
 
Art. 7. O Contabilista poderá transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro Contabilista, com a 
anuência do cliente, sempre por escrito. 
 
Art. 7º, caput, com redação dada pela Resolução CFC nº942, de 30 de agosto de 2002. 
 
Parágrafo único. O contabilista poderá transferir parcialmente a execução dos serviços a seu cargo a 
outro contabilista, mantendo sempre como sua a responsabilidade técnica. 
 
 
Art. 8. É vedado ao Contabilista oferecer ou disputar serviços profissionais mediante aviltamento de 
honorários ou de concorrência desleal. 
 
 
 
CAPÍTULO IV 
 
DOS DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE 
 
 
Art. 9. A conduta do Contabilista com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de 
consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe. 
 
Parágrafo único. O espírito de solidariedade mesmo na condição de empregado, não induz nem justifica 
a participação ou conivência com o erro ou com os atos infringentes de normas éticas ou legais que regem o 
exercício da profissão. 
 
 
Art. 10. O Contabilista deve, em relação aos colegas, observar as seguintes normas de conduta: 
 
I – abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras; 
 
II – abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para 
preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições 
que ditaram o referido procedimento; 
 
 25 
III – jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, que dele não 
tenha participado, apresentando-os como próprio; 
IV – evitar desentendimentos com o colega a que vier a substituir no exercício profissional. 
 
 
Art. 11. O Contabilista deve, com relação à classe, observar as seguintes normas de conduta: 
 
I – prestar seu concurso moral, intelectual e material salvo circunstâncias especiais que justifiquem a sua 
recusa; 
 
II – zelar pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições; 
 
 
III – aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa recusa; 
 
 
IV – acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a honorários profissionais; 
 
 
V – zelar pelo cumprimento deste Código; 
 
 
VI – não formular juízos depreciativos sobre a classe contábil; 
 
 
VII – representar perante os órgãos competentes sobre irregularidades comprovadamente ocorridas na 
administração de entidade da classe contábil; 
 
 
VIII – jamais utilizar-se de posição ocupada na direção de entidades de classe em benefício próprio ou 
para proveito social. 
 
 
CAPÍTULO V 
 
DAS PENALIDADES 
 
 
Art. 12. A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética, sancionada, segundo a 
gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades: 
 
I – advertência reservada; 
 
II – censura reservada; 
 
III – censurapública. 
 
Parágrafo único. Na aplicação das sanções éticas, são consideradas como atenuantes: 
 
I – fa lta cometida em defesa de prerrogativa profissional; 
 
II – ausência de punição ética anterior; 
 
III – prestação de relevantes serviços à Contabilidade. 
 
 
Art. 13. O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética incumb e, 
originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética 
e Disciplina, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze dias para o Conselho 
Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina. 
 
 26 
Art. 13º, caput, com redação dada pela Resolução CFC n.º 950, de 29 de novembro de 2002. 
 
§ 1º - O recurso voluntário somente será encaminhado ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina se o 
Tribunal de Ética se o Tribunal Regional de Ética e Disciplina respectivo mantiver ou reformar parcialmente a 
decisão. 
 
§ 1º com redação dada pela Resolução, CFC n.º 950, de 29 de novembro de 2002. 
 
 
§ 2º - Na hipótese do inciso III do artigo 12, o Tribunal Regional de Ética e Disciplina deverá recorrer 
ex officio de sua própria decisão (aplicação de pena de Censura Pública). 
 
§ 2º com redação dada pela Resolução, CFC n.º 950, de 29 de novembro de 2002. 
 
 
§ 3º - Quando se tratar de denúncia, o Conselho Regional de Contabilidade comunicará ao denunciante 
a instauração do processo até trinta dias após esgotado o prazo de defesa. 
 
§ 3º remunerado pela Resolução, CFC n.º 819, de 20 de novembro de 1997. 
 
Art. 14. O Contabilista poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade, 
quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão. 
 
 
 4.2.1. Resolução - CFC n.º 819/97 
 
 
 4.2.2. Resolução - CFC n.º 942/97 
 
 
 
 
V - ABORDAGEM PRÁTICA 
 
 
 5.1. Estudos de casos 
 
 
 
VI - BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
VI - BIBLIOGRAFIA 
 
 
1. FIPECAPI – USP. Fundação Instituto de pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras; 
direção Eliseu Martins; coordenador Lázaro Plácido Lisboa. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1997. 
 
 
2. SÁ, Antonio Lopes de. Ética profissional. 4. ed. – São Paulo: Atlas,2001. 
 
 
3. SÁ, Antonio Lopes de. Ética: a revolução necessária. Belo Horizonte: Una Editoria, 
2002. 
 
 
4. NALINI, José Roberto. Ética Geral e Profissional. – São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 1997. 
 
 
5. CRC – ABORDAGENS ÉTICAS PARA O PROFISSIONAL CONTÁBIL. Brasília: 
CFC, 2003. 
 
 
6. CRC – LEGISLAÇÃO SOBRE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTABILISTA. 
Brasília: CFC, 2003. 
 
 
7. BRASIL. Legislação e normas básicas (em ordem cronológica). 
___________. Decreto Legislativo n.º 9295 de 27/05/1946 – Criou o Conselho federal de 
Contabilidade e definiu atribuições do contador e do técnico em Contabilidade, e dá 
outras providências. 
 
___________. Resolução CFC n.º 560 de 28/10/1983 – dispõe sobre as prorrogativas 
profissionais de que trata o artigo 25 do Decreto-lei n.º 9225, de 27/05/1946. 
 
 
___________. Resolução CFC n.º 942 de 30/08/2002 – altera o Código de Ética 
Profissional do Contabilista, e dá outras providências. 
 
 
8. LEISINGER, Klaus M.,SCHIMIDTT, Karin. Ética empresarial: responsabilidade 
global e gerenciamento moderno. 2. ed. – Petrópolis: Vozes,2002. 
 
 
9. MOREIRA, Joaquim M. A Ética Empresarial no Brasil. São Paulo: Pioneira,1999. 
 
 
10. LIMA, Alex O R. de. Comentários ao Código de Ética Profissional do Contabilista. 
Disponível em: <http//www.camargopereira.adv.br/Artigo39.htm.>. Acesso em: 28 jun. 2004. 
 
Prof.a Marina Célia Requejo de Sá 
 28 
ÉTICA DO PROFISSIONAL CONTÁBIL 
 
 
1º Exercício de Fixação 
 
 
 
 
A) Questões: 
 
1. Qual a importância da ética para a nossa profissão? 
2. Como podemos definir o termo sociedade? A que a convivência em sociedade nos 
conduz? 
3. Qual a base de qualquer processo social? 
4. Qual a origem dos problemas morais e éticos? 
5. Conceitue ética. 
6. Qual a diferença entre ética e moral? 
7. Qual a diferença entre julgamento normativo e não normativo? 
 
 
 
 
 B) Complete: 
 
1. São processos dissociativos :.................................................................................................... 
.................................................................................................................................. 
 
2. A ....................................... e o .................................................. são exemplos de processos 
dissociativos. No 1º caso os grupos procuram .................................................................... 
..............................................................................................................................No 2º caso os 
indivíduos procuram de maneira .................................................................................................. 
pode ser adiado pela ............................................................. 
 
 
3.Na visão ética, não existe uma definição absoluta do .............................................................. 
................esses termos podem apresentar....................................................................quando 
analisa a cultura............................................................................................................... 
 
 
5. Cite dois exemplos e julgamentos normativos........................................................................ 
....................................................................................................................................................... 
 
6. Constituem julgamentos não normativos ............................................................................... 
....................................................................................................................................................... 
 
 
Prof.a Marina Célia Requejo de Sá 
 29 
 
ÉTICA DO PROFISSIONAL CONTÁBIL 
 
 
2º Exercício de Fixação 
 
 
 
 
 A) Questões: 
 
1. Todos os comportamentos legais são éticos? Exemplifique. 
2. Quantas são as teorias que explicam os conceitos éticos? 
3. Quais as maiores críticas sobre as Teorias do Utilitarismo e do Contratualismo? 
 
 
 B) Complete: 
 
1. O estudo das teorias sobre os conceitos éticos revelam que .................................................. 
.......................................................................................................................................................
..................................................................................... 
 
2. Segundo Rousseau ética é “ .................................................................................................. 
...................................................................................................................................................... 
 
3. Kant aspirava que “ .............................................................................................................. 
.......................................................................................................................................................
.................................................................................................................................... 
 
4. Numa concepção moderna Giovanni Vidari define ética como a “ciência que tem 
.......................................................................................................................................................
........................................................................................................ 
 
 
 
B) Associe: 
 
A – TEORIA DO DEVER ÉTICO. ( ) 1 – agir segundo suas próprias convicções. 
 
A – TEORIA DO FUNDAMENTALISMO

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