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2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 4 
2 SISTEMA TEGUMENTAR ......................................................................... 5 
3 CONTEXTUALIZANDO AS QUEIMADURAS............................................ 7 
3.1 Considerações epidemiológicas ......................................................... 9 
4 QUEIMADURAS ........................................................................................ 9 
4.1 Avaliação das queimaduras ............................................................. 10 
5 HISTÓRIA EVOLUTIVA DO TRATAMENTO DOS QUEIMADOS ........... 11 
6 CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS ................................................ 13 
6.1 Extensão da queimadura ................................................................. 14 
6.2 Classificação de gravidade............................................................... 15 
6.3 Características das queimaduras ..................................................... 15 
7 AVALIAÇÃO DE RISCO .......................................................................... 16 
8 COMPLICAÇÕES DAS GRANDES QUEIMADURAS ............................. 17 
9 PSICOLÓGICO DO PACIENTE QUEIMADO .......................................... 18 
10 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTES QUEIMADOS ......... 19 
11 TIPOS DE CURATIVOS E TRATAMENTOS PARA PACIENTES 
QUEIMADOS ............................................................................................................ 22 
11.1 Técnicas Anestésicas ....................................................................... 22 
11.2 Uso tópico ........................................................................................ 24 
11.3 Produtos naturais ............................................................................. 25 
11.4 Tipos de curativos ............................................................................ 26 
11.5 Soluções........................................................................................... 26 
12 A IMPORTANCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTENCIA 
HUMANIZADA AO PACIENTE QUEIMADO ............................................................. 27 
 
 
3 
 
 
 
 
13 FISIOPATOLOGIA DAS QUEIMADURAS .............................................. 32 
14 CUIDADOS NO MOMENTO DA OCORRÊNCIA DAS QUEIMADURAS 
TÉRMICAS ................................................................................................................ 33 
15 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS PORTADORAS DE 
QUEIMADURAS ........................................................................................................ 34 
16 FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO ........................................................... 36 
17 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 37 
18 BIBLIOGRAFIAs ...................................................................................... 38 
19 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................... 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
2 SISTEMA TEGUMENTAR 
 
Fonte: maisquepele.com 
A pele apresenta duas camadas: a epiderme e a derme. A hipoderme, ou tela 
subcutânea, é uma camada de tecido conjuntivo frouxo, que fica logo abaixo da 
derme. Há ainda vários órgãos anexos, com os folículos pilosos, glândulas 
sudoríparas e sebáceas. 
A pele é responsável pela termorregulação, defesa, percepção, nutrição e pela 
proteção mecânica, química e física. Também é responsável pelo acúmulo de 
substâncias de reserva, controle de desidratação e permite o tato. 
A pele se divide em três camadas com funções distintas: epiderme 
(superficial) mais externa e principal barreira de defesa, derme (intermediária) 
com tecido vascularizado e hipoderme (mais profunda) constituída de tecido 
gorduroso (BORGES, 2010 apud, ARAÚJO, 2012) 
Epiderme: A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso 
queratinizado (células escamosas em várias camadas). A célula principal é o 
queratinócitos (ou queratinócitos), que produz a queratina. A queratina é uma proteína 
resistente e impermeável responsável pela proteção. Existem também ninhos de 
melanócitos (produtores de melanina, um pigmento castanho que absorve os raios 
UV); e células imunitárias, principalmente células de Langherans, gigantes e com 
prolongamentos. 
 
 
6 
 
 
 
 
A epiderme é dividida em cinco camadas: camada basal, camada espinhosa, 
camada granulosa, camada lúcida e camada córnea. 
A camada basal é a camada que entra em contato com a derme e contorna as 
papilas dérmicas; constituída por celular cúbicas ou prismáticas que se dividem por 
mitose. Algumas destas células diferenciam-se e passam para as camadas mais 
superficiais enquanto outras permanecem na camada basal e continuam a se dividir. 
É uma camada rica em células tronco e em células de Merkel, e pobre em queratina. 
A camada espinhosa possui células cúbicas com expansões citoplasmáticas, 
com mais queratina que a camada basal. Nessa camada ocorre a renovação de 
queratinócitos e tem a presença de células de Langherans. 
A camada granulosa contém células achatadas, com grânulos de queratina, 
proeminentes e outros como substância extracelular e outras proteínas (colágenos). 
As células já apresentam núcleo. A camada lúcida é uma fina camada de células 
achatadas e hialinas. A camada córnea é a camada mais externa, constituída de 
célula s achatadas e mortas, citoplasma repleto de queratina e sem núcleo. 
 Derme: A derme é um tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. É 
constituído por elementos fibrilares, como o colágeno e a elastina e outros elementos 
da matriz extracelular, como proteínas estruturais, glicosaminoglicanas, íons e água 
de solvatação. Os fibroblastos são as células envolvidas com a produção dos 
componentes da matriz extracelular. 
A derme é a camada mais profunda composta por tecido conjuntivo denso 
irregular. Camada cutânea presente entre a epiderme e o tecido subcutâneo, 
ricamente constituída por fibras de colágeno e elastina. É capaz de promover 
a sustentação da epiderme e tem participação nos processos fisiológicos e 
patológicos do órgão cutâneo. (OLIVEIRA, 2011, apud, PEREIRA, 2019). 
A derme é subdividida em duas camadas: a camada papilar em contato com 
a epiderme, formada por tecido conjuntivo frouxo, e a camada reticular, constituída 
por tecido conjuntivo denso não modelado, onde predominam as fibras colagenosas. 
A derme é dividia em três camadas: areolar, lâmina fibrosa e lamelar. A areolar 
é superficial, contém adipócitos globulares, volumosos e numerosos, e delicados 
vasos; a lâmina fibrosasepara a camada areolar da lamelar; e a camada lamelar é 
mais profunda, e tem aumento da espessura com ganho de peso (hiperplasia). Os 
 
 
7 
 
 
 
 
vasos sanguíneos da derme são responsáveis pela nutrição e oxigenação tanto das 
células dérmicas quanto das células epidérmicas. Quando a produção do calor é 
proporcional a perda, ocorre o equilíbrio, fazendo com que o indivíduo tenha um 
balanço térmico. 
 Hipoderme: A hipoderme ou tecido celular subcutâneo é uma camada de 
tecido conjuntivo frouxo localizada abaixo da derme, a camada profunda da pele, 
unindo-a de maneira pouco firme aos órgãos adjacentes. A depender do estado 
nutricional e da região do corpo, a hipoderme pode conter uma quantidade variável de 
tecido adiposo. A hipoderme constitui órgão interior e não pode ser considerada parte 
da pele. 
Ela permite o deslizamento da pele e é o local de injeção subcutânea. O tecido 
subcutâneo consiste em faixas fibrosas de ancoragem da pele para o fáscia profunda, 
colágeno e elastina. Pode ter uma camada variável de tecido adiposo dependendo da 
região do corpo. Além da função de reservatório energético, a hipoderme apresenta a 
função de isolamento térmico, modelagem da superfície corporal, absorção de 
choques e preenchimento para a fixação de órgãos. 
 Compõe-se por duas camadas: areolar (é mais superficial, ricamente irrigada 
e possui adipócitos globulares e volumosos) e lamelar (é mais profunda e é onde 
ocorre aumento de espessura no ganho de peso). 
3 CONTEXTUALIZANDO AS QUEIMADURAS 
Queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por 
agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de 
revestimento do corpo humano, determinando destruição parcial ou total da pele e 
seus anexos, podendo atingir camadas mais profundas, como tecido celular 
subcutâneo, músculos, tendões e ossos. As queimaduras são classificadas de acordo 
com a sua profundidade e tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual 
da superfície corporal acometida. 
Por se tratar de um trauma de grande complexidade e requerer tratamento eficaz e 
imediato, muitos destes acidentes apresentam alta taxa de morbidade e mortalidade 
 
 
8 
 
 
 
 
em todo o mundo, com grande frequência entre as crianças, na sua maioria das vezes 
em ambientes domésticos. As crianças apresentam maior risco, ao acidente, devido 
a curiosidade, impulsividade e falta de experiência em avaliar os perigos. Pesquisas 
também revelaram que o baixo nível sócio econômico favorece para o problema em 
questão. 
As características mais comuns aos pacientes que sofreram algum tipo de 
queimadura têm como fator principal, a intensa dor e grande impacto emocional, 
sendo, estes, alguns dos fatores que interferem em sua recuperação. É necessário 
conhecer o tipo da queimadura que estará sendo analisada, pois é um fator crucial 
nas medidas e intervenções terapêuticas que serão adotadas, direcionando os 
cuidados do enfermeiro e da equipe de saúde, assegurando, assim, melhora e 
evolução no quadro clínico do paciente. 
Dependendo de sua extensão e profundidade, a lesão causada pode 
comprometer vários tipos de distúrbios físicos, como, por exemplo, perda de volume 
líquido, mudanças metabólicas, deformidades corporais e risco de infecção, 
adicionados a complicações advindas da queimadura, que podem ocasionar maiores 
complicações no estado de saúde do paciente. 
Além do comprometimento físico decorrente ao acidente de causa térmica, o 
paciente mostra-se, geralmente, muito abalado, até mesmo em estado de choque. No 
momento em que o paciente é acolhido em uma unidade de emergência, a assistência 
de enfermagem, nesse momento, se torna fundamental no tratamento do paciente, 
tendo como objetivo necessário que este receba um tratamento imediato e eficaz. O 
cuidado prestado pelo enfermeiro não pode apenas focar-se em metodologias 
hospitalares, requer também, uma abordagem mais ampla, não olhando apenas o 
indivíduo, mas também seus familiares. Através deste ideal, se permite estabelecer 
intervenções direcionadas ao paciente e sua família, a fim de obter resultados 
positivos na tentativa de lhes preservar a vida. 
 
 
9 
 
 
 
 
3.1 Considerações epidemiológicas 
As queimaduras são lesões frequentes sendo a quarta causa de morte por 
trauma. Mesmo quando não levam a óbito, as queimaduras severas produzem grande 
sofrimento físico e requerem tratamentos que duram meses ou anos. Sequelas físicas 
e psicológicas são comuns. Aproximadamente 20% de todas as vítimas de 
queimaduras são crianças, e 20% dessas crianças são vítimas de lesão intencional 
ou abuso infantil. É comum também ver mulheres queimadas em casos de violência 
doméstica, bem como pessoas idosas, em casos de abuso com os mesmos. 
Em 2009 foi instituído o “Dia Nacional de Luta contra Queimaduras”, a ser 
comemorado em todo o território nacional no dia seis de junho de cada ano, 
por meio da Lei nº 12.026, de 9 de setembro de 2009, visando estabelecer a 
Semana Nacional de Prevenção e Combate a Queimaduras, com a finalidade 
de divulgar as medidas preventivas necessárias à redução da incidência de 
acidentes envolvendo pessoas com queimaduras (BRASIL, 2000, apud 
ROSA, 2018). 
4 QUEIMADURAS 
As queimaduras estão entre os traumas mais graves que pode atingir o ser 
humano, pois provoca resposta metabólica intensa, repercutindo em quase todos os 
órgãos e sistemas. Apesar dos progressos alcançados no tratamento das 
queimaduras, a taxa de mortalidade e a incapacitação física ainda é crescente. 
A queimadura gera a aceleração do metabolismo, provocando um quadro de 
desnutrição proteico-calórica com elevado consumo das reservas energéticas nestes 
pacientes. 
O Brasil apresenta elevados índices de acidentes envolvendo queimaduras, 
tornando imprescindível a ação de políticas públicas de saúde, com o intuito 
de promover ações educativas a fim de minimizar os danos causados por 
esta forma de ferimento (SILVA, 2015, apud ROSA, 2018). 
Usualmente, as queimaduras causadas por acidente doméstico, são 
resultantes de transferência de energia de uma fonte de calor para o corpo, que pode 
ser de origem térmica, química ou elétrica, caracterizando-as como lesões no tecido 
 
 
10 
 
 
 
 
de revestimento, podendo destruir parcial ou totalmente a pele e seus anexos, 
podendo atingir camadas mais profundas. 
O plano de cuidados da enfermagem deve estabelecer prioridades diárias, 
realizando mudanças necessárias conforme as alterações no quadro do 
paciente. Algumas das assistências de enfermagem ao paciente estão 
descritos na tabela 1. (SMELTZER et al., 2002, apud CONCEIÇÃO, 2015). 
4.1 Avaliação das queimaduras 
 
Fonte: msdmanuals.com 
Duas tabelas são utilizadas atualmente para o diagnóstico das lesões. A 
primeira delas, é a da Regra dos Nove, na qual se pontuam até nove pontos, 
associada a cada região do corpo, frequentemente usada nas salas de emergência 
para avaliar paciente adulto, não sendo indicada para o uso em crianças. 
 Outra tabela bastante utilizada é a Lund-Browder, de maior precisão, levando-
se em consideração as proporções do corpo em relação à idade a um valor pré-
estabelecido. Nesse caso, considera-se a superfície corporal da criança semelhante 
à do adulto, a partir da puberdade. Habitualmente, os profissionais da saúde 
classificam as queimaduras como leve, médio e de grande porte. Portanto, se a lesão 
atinge menos de 10% é classificada como leve, quando o comprometimento é entre 
10% a 20% da superfície corpórea, denomina-se em médio queimado, e grande 
 
 
11 
 
 
 
 
queimado, aquele que teve uma lesão que comprometeu mais de 20% da área 
corporal. 
5 HISTÓRIA EVOLUTIVA DO TRATAMENTO DOS QUEIMADOS 
 
Fonte: rbqueimaduras.br 
Os incêndios florestais, provocados por raios e erupções vulcânicas, 
possivelmente foram responsáveis por muitas queimaduras nos homens pré-
históricos. Aprendendoa produzir e controlar o próprio fogo, o homem continuou a 
utilizá-lo de diversos modos a fim de facilitar sua existência, embora isso tenha 
aumentado o número de vítimas de terríveis queimaduras. 
As queimaduras eram inicialmente tratadas, sem nenhuma base cientifica com 
aplicações locais de várias substâncias como erva, leite, cinza, entre outras, além de 
feitiços, muito misticismo, charlatanismo e curandeirismo. No antigo Egito os papiros 
relatam o uso tópico de um combinado de cola, pêlos de cabra e leite humano, já nas 
lesões infectadas utilizavam-se mel. Na China, há três mil anos, as queimaduras eram 
tratadas com folhas de chá contendo tanino. 
As civilizações antigas já se preocupavam com a cura das feridas, pois os 
egípcios usavam produtos estranhos como lagartixas, urina humana, fezes de 
crianças recém-nascidas, pão mofado e até carne fresca atada a ferida. 
 
 
12 
 
 
 
 
Em 1961, com o incêndio do Gran Circo Norte–Americano em Niterói, no Rio 
de Janeiro, vítimas de queimaduras foram encaminhadas a hospitais gerais, aos quais 
não eram especializados no tratamento de grandes queimados. Entretanto muitos 
profissionais da área da saúde vieram de várias cidades vizinhas e inclusive de 
Buenos Aires, na Argentina, e Washington, de onde veio a doação de pele liofilizada 
do Hospital Naval de Bethesda para o tratamento cirúrgico de enxertia. 
Em 1990, Maria Thereza Piccolo e um grupo de profissionais dedicados ao 
tratamento de queimados em todo o Brasil, criaram o Sistema Integrado de 
Procedimento de Alta Complexidade em Queimados – SIPAC/Queimados, pelo 
Ministério da Saúde. Embora não tenha sido implantado serviu como uma base para 
a fundação da Sociedade Brasileira de Queimados, sendo uma associação civil, sem 
fins lucrativos, com o objetivo de promover, contribuir, estimular estudos, pesquisas, 
divulgação e pratica do tratamento das queimaduras, reconhecida pela Internacional 
Society for Burn Injurie. 
Atualmente para o tratamento do queimado é indicado a hidratação com soro 
fisiológico, analgesia, controle de infecção, escarotomia para evitar 
garroteamento em queimaduras circulares, restabelecimento hemodinâmico, 
manuseio delicado para evitar lesões profundas, eliminação de tecido 
necrosado por meio de método cirúrgico (SINDER, 2006). 
Nas queimaduras extensas, não havendo áreas doadoras suficientes, eram 
utilizados (provisoriamente), enxertos homólogos ou heterólogos, membrana 
amniótica, curativo biológico, e substitutos sintéticos da pele. E nos casos de enxertos 
definitivos a pele precisava ser autóloga, sendo criado um aparelho para expandir a 
pele, inventado por Otto Lanz em 1908. 
 
 
13 
 
 
 
 
6 CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS 
 
Fonte: vuelopharma.com 
As queimaduras são classificadas de acordo com a sua profundidade e 
tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal 
acometida. 
As queimaduras são classificadas em 1º, 2º e 3º graus, de acordo com a 
camada de pele acometida. 
As queimaduras são classificadas conforme sua profundidade e extensão, 
devido ao grau de destruição celular causado na pele e tecido subcutâneo. 
Os termos “superficial”, “parcial” e “total” são utilizados e as queimaduras são 
classificadas em primeiro, segundo e terceiro grau (SALLUM; PARANHOS, 
2010, ROSA, 2018). 
Queimaduras de primeiro grau: também chamada de queimadura superficial, 
são aquelas que envolvem apenas a epiderme, a camada mais superficial da pele. Os 
sintomas da queimadura de primeiro grau são: dor intensa e vermelhidão local, mas 
com palidez na pele quando se toca. 
A lesão da queimadura de 1º grau é seca e não produz bolhas. Geralmente 
melhoram após 3 a 6 dias, podendo descamar e não deixam sequelas. 
As queimaduras podem ser classificadas quanto ao agente causador (físico, 
químico ou biológico), profundidade ou grau, extensão ou severidade, 
localização e período evolutivo (BOMBEIROS/EMERGÊNCIA, 2007). 
 
 
14 
 
 
 
 
Queimaduras de 2º grau: Dividida em 2º grau superficial e 2º grau profundo. 
A queimadura de 2º grau superficial é aquela que envolve a epiderme e a porção mais 
superficial da derme. Os sintomas são os mesmos da queimadura de 1º grau incluindo 
o aparecimento de bolhas e uma aparência úmida na lesão. A cura é mais demorada 
podendo levar até três semanas; não costuma deixar cicatriz, mas o local da lesão 
pode ficar mais claro (acromia). 
As queimaduras de 2º grau profundas são aquelas que acometem toda a 
derme, sendo semelhantes às queimaduras de 3º grau. Como há risco de destruição 
das terminações nervosas da pele, este tipo de queimadura pode até ser menos 
doloroso que as queimaduras mais superficiais. As glândulas sudoríparas e os 
folículos capilares também podem ser destruídos, fazendo com a pele fique seca e 
perca seus pelos. A cicatrização demora mais de três semanas e deixa cicatrizes. 
Queimaduras de 3º grau: são as queimaduras profundas que acometem toda 
a derme e atinge tecidos subcutâneos, com destruição total de nervos, folículos 
pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneas, podendo inclusive atingir 
músculos e estruturas ósseas. São lesões esbranquiçadas/acinzentadas, secas, 
indolores e deformantes que não curam sem apoio cirúrgico, necessitando de 
enxertos. 
6.1 Extensão da queimadura 
Além da profundidade da queimadura, também é importante a extensão da 
lesão. Todo paciente com lesões de 2º ou 3º grau devem ser avaliados em relação ao 
percentual da área corporal atingida, pois quanto maior a extensão das queimaduras, 
maiores os riscos de complicações e morte. 
Se as queimaduras não acometem uma região inteira do corpo, um modo 
simples de calcular a extensão da lesão é usar a área de uma palma da mão como 
equivalente a 1% da superfície corporal. 
 
 
15 
 
 
 
 
6.2 Classificação de gravidade 
As queimaduras são classificadas como: Leve, moderada e grave. 
Queimadura leve: Atinge menos de 10% da superfície corporal de um adulto 
com queimaduras de 2º grau. 
 Menos de 5% da superfície corporal de uma criança ou idoso com 
queimaduras as de 2º grau. 
Menos de 2% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau. 
Queimadura moderada: 10 a 20% da superfície corporal de um adulto com 
queimaduras de 2º grau. – 5 a 10% da superfície corporal de uma criança ou idoso 
com queimaduras de 2º grau. – 2 a 5% da superfície corporal com queimaduras de 3º 
grau. – Suspeita de queimaduras do trato respiratório por inalação de ar quente. – 
Queimaduras leves em pacientes com doenças que predisponham infecções como 
imunossupressão, diabetes. 
Queimadura grave: Mais de 20% da superfície corporal de um adulto com 
queimaduras de 2º grau. Mais de 10% da superfície corporal de uma criança ou idoso 
com queimaduras de 2º grau 
Mais de 5% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau 
Queimaduras elétricas por alta voltagem. Queimaduras comprovadas do trato 
respiratório por inalação de ar quente. Queimaduras significativas na face, olhos, 
orelhas, genitália ou articulações. 
Outras graves lesões associadas a queimadura, como fraturas e traumas. 
As lesões por queimaduras encontram-se entre os tipos de trauma mais 
doloroso. Aproximadamente 12 mil pessoas morrem de queimaduras e lesões 
relacionadas à inalação. Mais da metade das queimaduras que levam à 
admissão hospitalar poderia ter sido evitada (SMELTZER, 2002, apud, 
CONCEIÇÃO, 2015). 
6.3 Características das queimaduras 
Queimaduras Térmicas: Água fervendo; Congelamento; Fogo. 
Queimaduras por Radiação: Solar; Microondas. 
Queimaduras Elétricas: Alta voltagem; Raio. 
 
 
16 
 
 
 
 
Queimaduras por Substâncias Químicas: Ácidos; Álcalis; Derivados de 
petróleo; Álcool; Fumaça. 
7 AVALIAÇÃO DE RISCO 
 
Fonte: cvmarj.com.br 
O percentual da área corporal queimada, a profundidade da queimadura, sexo 
e a faixa etária (abaixo de 30 anos e acima dos 60 anos), são fortes indicativos da 
gravidadeda lesão, e sua estreita relação com a mortalidade. Índices são propostos 
para estimar a mortalidade após queimaduras severas. Além da área corporal total, o 
comprometimento de todas as camadas de pele e tecidos profundos, a inalação de 
fumaça e produtos tóxicos, são preditivos de aumento na mortalidade. 
 
 
17 
 
 
 
 
8 COMPLICAÇÕES DAS GRANDES QUEIMADURAS 
 
Fonte: msdmanual.com 
A pele é o maior órgão do nosso corpo, serve de barreira contra a invasão de 
germes do exterior e contra a perda de calor e líquidos, sendo essencial para o 
controle da temperatura corporal. Todo paciente com critérios para queimaduras 
moderadas ou graves deve ser internado para receber tratamento imediato, pois há 
sério risco de complicações. 
O primeiro problema das queimaduras é a quebra da barreira de proteção 
contra germes do ambiente, favorecendo a infecção das feridas por bactérias da pele 
e o desenvolvimento de sepse. Outra complicação é a perda de líquidos dos tecidos 
queimados. Quando a queimadura é extensa, a saída de água dos vasos é tão intensa 
que o paciente pode entrar em choque circulatório. A insuficiência renal aguda 
também é uma complicação grave nos grandes queimados assim como a hipotermia 
por incapacidade do corpo em reter calor devido a grandes áreas de pele queimada. 
Quando o tórax e o pescoço são acometidos por queimaduras mais profundas, a 
cicatrização torna a pele muito rígida e retraída, o que pode atrapalhar os movimentos 
da respiração. Neste caso é necessária a escarotomia, uma incisão cirúrgica da pele 
de modo a impedir que a falta de elasticidade da mesma cause compressão das 
estruturas internas. Como as mãos são áreas de intensa articulação e movimento, 
 
 
18 
 
 
 
 
cicatrizações de queimaduras podem ser muito limitantes. Por isso, este tipo de 
queimadura deve sempre ser muito bem avaliada por um médico. 
Queimaduras circunferenciais são perigosas pois há risco de compressão de 
estruturas internadas devido ao inchaço que qualquer queimadura provoca. Nos 
membros superiores e inferiores, podem comprimir nervos e vasos, no pescoço 
podem comprimir as vias aéreas. 
Outra grave complicação é a queimadura por inalação de ar quente que pode 
impedir o paciente de respirar adequadamente, seja por lesão direta na traqueia, 
laringe e faringe, por edema e obstrução das vias aéreas. 
Quando as lesões são de 3º grau a pele não é capaz de se regenerar sozinha, 
sendo necessária a implantação de enxertos de pele para que o interior do organismo 
não fique exposto ao meio externo. Também é essencial a vacinação contra o tétano. 
9 PSICOLÓGICO DO PACIENTE QUEIMADO 
 
Fonte: emtempo.com.br 
Muitas vezes, os danos corporais adquiridos por queimaduras se tornam 
irreversíveis, e, o paciente, diante de sua autoimagem prejudicada, apresenta medo 
da desfiguração, separação de familiares, insegurança e receio de retomar seu 
 
 
19 
 
 
 
 
cotidiano anterior ao trauma térmico. Apresentam desordem de sentimentos e 
sensação de impotência, deixando-os temerosos em relação ao futuro. 
A interação familiar com a equipe de saúde e equipe multidisciplinar ajuda na 
recuperação e promoção do bem-estar físico, psíquico e emocional do 
paciente, favorecendo o processo de humanização do cuidar, passando um 
sentimento e acolhimento e pertencimento, reconhecendo a importância das 
ações educativas, paliativas e de cuidados dos profissionais de enfermagem 
durante o tratamento. (FREITAS FDS e FERREIRA MA, 2016, apud ISMAEL, 
2019). 
O profissional de enfermagem deve estar atento ao paciente, a fim de 
esclarecer dúvidas e também estimulá-lo a falar sobre o que está sentindo. Assim, 
mantém comunicação efetiva não apenas com o doente, mas também com seus 
familiares, ressaltando que o apoio e o contato com a família é de extrema importância 
na assistência emocional ao paciente. 
Mediante a gravidade do problema e considerando a especificidade do 
tratamento no grupo infantil, a maioria dos casos de queimaduras demanda 
hospitalização, o que para a criança constitui uma experiência nova que, na maioria 
dos casos, exige adaptação a situações como: horários pré-estabelecidos, exames 
dolorosos, afastamento do ambiente familiar, distanciamento das atividades 
escolares, diminuição de estímulos de socialização, entre outros. 
10 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTES QUEIMADOS 
 
 
 
20 
 
 
 
 
Fonte: seligabarreiras.com 
Cuidados Gerais Cuidados 
Específicos 
Cuidados Gerais Cuidados 
Específicos 
Aspiração orotraqueal Monitorar padrões respiratórios 
Aspiração por traqueostomia Reposição hídrica 
Higiene oral e íntima Controle da dor 
Coleta de secreções Desbridamento 
Lavagem gastrointestinal Realizar balneoterapia 
Cuidados com drenos Oferecer nutrição adequada 
Realização de curativos Promover exercícios terapêuticos 
Administração de medicamentos Observar sinais de infecção 
Cuidados com colostomia Estratégias de enfrentamento 
Sonda nasogástrica (SNG) e 
Sonda nasoentérica (SNE) 
Monitorar os sinais vitais 
Educação em Saúde Apoio psicológico ao paciente 
Sonda vesical de demora ou alívio Realizar exame físico 
Os profissionais de enfermagem devem oferecer um cuidado humanizado, 
seguro e eficaz aos indivíduos que necessitam. (DIAS, 2014, apud FRAZÃO, 
2019). 
Os enfermeiros devem compreender a percepção que o paciente queimado tem 
das alterações que ocorreram no seu corpo. Cabe ao enfermeiro encorajar o doente 
e a família a expressar seus sentimentos, estabelecendo uma relação de confiança, o 
que permitirá um diálogo mais aberto, demonstrando sempre estar disposto a ouvir. 
Mesmo após o atendimento inicial, no qual o paciente começa a receber o 
tratamento adequado, a equipe de enfermagem deve estar em alerta para sinais de 
hipoxemia, taquicardia, sudorese e cianose. Ao controlar as respostas respiratórias e 
a dor, o enfermeiro deve estar atento aos sinais de choque hipovolêmico, e intervir de 
forma imediata com reposição de líquidos e eletrólitos, conforme indicação terapêutica 
adotada pelo médico. Umas das medidas que deve ser realizada pela enfermagem 
 
 
21 
 
 
 
 
logo após admissão do paciente queimado é puncionar e manter um acesso venoso 
calibroso. 
O enfermeiro deve orientar os familiares a ofertar alimentos nutritivos para o 
doente, de acordo com o aconselhamento do nutricionista. Esses cuidados são de 
fundamental importância para ajudar no tratamento e cura do paciente. Cabe ao 
médico e ao enfermeiro tomar iniciativas para controlar a dor do paciente queimado, 
atentando-se à causa e à intensidade, para que possam intervir, a fim de eliminar ou 
reduzir esse quadro com uso de medicação adequada. 
Geralmente, as lesões por causas térmicas fazem com que pacientes adquiram 
infecções. À medida que os resíduos se acumulam na superfície da ferida, podem 
retardar a migração dos queratinócitos, consequentemente afetando o processo de 
epitelização. Em alguns casos, faz-se necessário o desbridamento das lesões por 
queimadura, a fim de remover o tecido contaminado por bactérias e corpos estranhos, 
protegendo o paciente contra a invasão de bactérias. 
Todos os cuidados necessários deverão ser realizados em relação a técnicas 
assépticas, evitando assim, criar um ambiente vantajoso para crescimento e 
proliferação bacteriana, o que ocasionaria maiores complicações ao paciente. A 
equipe de enfermagem deve ficar atenta a sinais de infecção no local da queimadura, 
observando os aspectos de coloração, secreções e sintomas sistêmicos, como 
hipertermia e contagem de leucócitos. 
 
 
22 
 
 
 
 
11 TIPOS DE CURATIVOS E TRATAMENTOS PARA PACIENTES QUEIMADOS 
 
Fonte: interfisio.com 
O tratamento das queimaduras envolve cuidados locais e sistêmicos, variando 
de acordo com a profundidade, localização corporal e extensão. O uso de curativos 
contendo substâncias cicatrizantes e anti-infecciosas é a opção para a terapia local.O uso desses curativos é essencial para a cicatrização das queimaduras. Ao 
longo dos anos, várias substâncias foram usadas no tratamento dessas lesões, as 
quais ajudam consubstancialmente na restauração da pele queimada. 
Dentre as substâncias e coberturas utilizadas nos curativos de queimaduras, 
pode-se citar a sulfadiazina de prata, materiais substitutivos de pele, oxigenoterapia 
hiperbárica e coberturas impregnadas com prata1. Atualmente, as coberturas 
impregnadas com prata têm sido alvo de constante estudos devido a sua capacidade 
antimicrobiana. 
11.1 Técnicas Anestésicas 
 A princípio todas as técnicas anestésicas podem ser indicadas no paciente 
queimado. Entretanto, a anestesia geral é mais amplamente utilizada, pelas 
características próprias do queimado. Na balneoterapia e na troca de curativo 
predomina a anestesia venosa com a cetamina, pela praticidade, segurança e 
estabilidade hemodinâmica. Para desbridamento e enxertia cutânea, nos membros 
 
 
23 
 
 
 
 
superiores ou inferiores sem comprometimento cutâneo infeccioso, o bloqueio de 
plexo, peridural ou raquianestesia podem ser aplicados e bem tolerados pelos 
pacientes. Entretanto, em pacientes com queimaduras grandes com choque ou 
instabilidade hemodinâmica, comprometendo face, pescoço, tórax, vários segmentos 
do corpo e vias aéreas, a geral combinada tem mais amplamente sido utilizada, com 
os critérios de risco já anteriormente assinalados. Evitar o uso de succinil-colina pela 
possibilidade de parada cardíaca. Os Bloqueadores neuromusculares a 
despolarizantes têm grande indicação, tendo, contudo, sua dose aumentada em até 
cinco vezes, pelo aumento de receptores musculares de acetilcolina, que são 
responsáveis pela resistência a estes bloqueadores. Este efeito tem início dentro de 
uma semana e perdura por mais de 18 meses após a queimadura. Embora se admita 
que esta resistência esteja presente em pacientes com área de superfície corporal 
queimada acima de 30%, Pavlin mostrou que receptores de acetilcolina estão 
aumentados em pacientes queimados com área corporal de 2%. A escolha do agente 
volátil não parece influenciar muito no resultado, embora, haja sempre cautela no uso 
repetido do halotano. O enflurano e o isoflurano têm ação no sistema cardiovascular, 
reduzindo o débito cardíaco, embora o isoflurano tenha uma ação predominante na 
resistência Medicina Perioperatória vascular periférica, diminuindo a pós-carga. Por 
sua rapidez na indução, ausência de odor irritante e estabilidade hemodinâmica o 
sevoflurano tem ocupado a preferência dentre os halogenados, principalmente em 
crianças queimadas, embora não haja comprovação de hepatite induzida pelo 
halotano nestes pacientes. Todos agentes venosos têm boa atividade na anestesia 
do queimado. A cetamina, pelos efeitos já explicitados tem marcada utilidade, embora 
tenha efeito disfórico. O etomidato, em pacientes instáveis é boa indicação embora 
seus efeitos mioclônicos estejam exacerbados nos pacientes queimados, chegando a 
mimetizar convulsões. O propofol e o tiopental também podem ser utilizados nestes 
pacientes com cuidado, porque ambos podem causar hipotensão significante por 
queda de débito cardíaco. 
A realização de curativos, aliada à prescrição de medicamentos foi a conduta 
mais prevalente, com o destaque para o uso da sulfadiazina de prata 1%, uso 
de analgésicos e vacina antitetânica (CANTARELLI-KANTORSKI et al., 2014, 
apud ROSA, 2018). 
 
 
24 
 
 
 
 
O paciente queimado é portador de dor intensa e que necessita de forte 
tratamento com analgésicos opióides, para conforto durante e após intervenções 
cirúrgicas. Pela repetição dos atos operatórios e curativos cirúrgicos, são submetidos 
a doses repetidas de opióides que levam a aumento na tolerância a estes fármacos. 
Remifentanil, alfentanil fentanil e sufentanil podem ser bem utilizados e com excelente 
tolerância por parte do paciente queimado. Entretanto, o remifentanil embora tenha o 
melhor perfil farmacocinético para infusão contínua, deixa a desejar quanto a 
analgesia pós-operatória nestes pacientes. Por outro lado, sufentanil pela sua 
potência analgésica, estabilidade, perfil farmacocinético para infusão continua, 
apresenta melhor indicação nestes pacientes, principalmente no grande queimado, 
pois, permite melhor analgesia no transoperatório, promovendo analgesia no pós-
operatório com duração de até 4 horas após a interrupção da infusão, para que seja 
requerido analgésico pelo paciente. 
11.2 Uso tópico 
Dentre os diferentes tipos de agentes tópicos, existem os cremes que são 
constituídos por emulsões de água e óleo, em que a quantidade de água é superior 
ao óleo. Há consenso na literatura quanto à utilização da Sulfadiazina de Prata 1% 
para o tratamento de queimaduras, com a finalidade de desbridar tecidos necrosados 
e combater infecção local. A Sulfadiazina de Prata 1% é um composto de nitrato de 
prata e sulfadiazina de sódio, efetivo contra uma ampla microbiota de gram-negativas 
como Escherichia coli, Enterobacter, Klebsiella sp e Pseudomonas aeruginosa, além 
de incluir bactérias gram-positivas como Staphylococus aureus e também Cândida 
albicans. 
Terapia convencional: sulfadiazina de prata 1% adapticr, gaze. 
Outros cremes também utilizados são o Acetato de Sulfanamida 10%, a 
Nitrofurazona 0,2% e o Creme de Gentamicina 0,1% (1). O creme de Nitrofurazona 
0,2%. Acetato de Sulfanamida 10% foi amplamente utilizado em tratamento de 
queimaduras antes do advento da Sulfadiazina de Prata1%. Esse creme é ainda 
considerado como uma alternativa importante no combate à infecção, entretanto, pode 
 
 
25 
 
 
 
 
causar acidose metabólica, pela inibição da anidrase carbônica e é doloroso à 
aplicação. 
11.3 Produtos naturais 
As substâncias contendo açúcar, como mel e derivados da cana-de-açúcar, 
vêm sendo usadas há vários anos no tratamento de lesões de pele com excelentes 
resultados clínicos. Considera-se que propicia os seguintes efeitos: rápida diminuição 
da congestão passiva e do edema locais, estímulo da epitelização e granulação 
tissular e ação antibacteriana”. 
O mel inibe o crescimento de cepas gram-negativas e gram-positivas, devido 
ao baixo pH, e promove uma barreira viscosa que impede a invasão de micro-
organismos, bem como a perda de fluidos das lesões. Também, contém enzimas 
como a catalase, que auxilia no processo de cicatrização. Promove efeito osmótico 
suficiente para inibir o crescimento microbiano e, quando diluído, produz peróxido de 
hidrogênio, que é um agente antimicrobiano. 
Outro agente tópico utilizado é a papaína, que é um complexo de enzimas 
proteolíticas, retirado do látex do mamão papaia (Carica papaya), cujo sítio ativo é 
portador de um radical sulfidrila (SH), tornando-se difícil sua associação com outro 
recurso terapêutico, visto que ela sofre oxidação pela substituição do enxofre, por 
derivados de ferro, oxigênio e iodo. Seu mecanismo de ação ocorre através da 
dissociação das moléculas de proteína, resultando em desbridamento químico, por 
ser uma enzima de fácil deterioração, deve ser sempre mantida em lugar fresco, seco, 
ventilado e protegido da luz. 
O carvão ativado é outro agente muito utilizado em feridas infectadas, tem a 
ação de absorver o exsudato da lesão e diminuir seu odor fétido. 
 
 
26 
 
 
 
 
11.4 Tipos de curativos 
 Curativo de Brown: é um curativo compressivo feito no enxerto. Em 
extremidades feitas com faixa crepe em outras áreas a gaze é suturada sobre o 
enxerto. Retirado somente depois do quinto dia, quando já se deu a integração; 
Curativos interativos: (trocas) omidermr: poliuretano+ Acrilamida; 
Curativos avançados: bioativos: alginatos + quitosana. 
11.5 Soluções 
As soluções são utilizadas para a realização de anti-sepsia de pele e mucosas 
com a finalidade de prevenir a colonização, porém, algumas vezes, também são 
utilizadas em curativos úmidos. 
O ácidoacético, a solução de Dakin, o nitrato de prata, a tripla solução de 
antibiótico (sulfametoxazol trimetoprima 50.000 U, Polimixina B 200,000 U e 
Neomicina 40 mg), o Gluconato de Clorexidina e a solução de PVP-I (Polivinil 
Pirrolidona Iodada). 
Substitutos temporários de pele. Os substitutos temporários de pele são 
materiais eficazes no tratamento de queimaduras superficiais recentes e também na 
cobertura da pele enquanto aguarda-se o enxerto definitivo. Podem ser trocados a 
intervalos regulares ou mantidos até a cicatrização ou enxerto, caso a aderência seja 
boa ou não haja infecção. Considera-se que há três linhas de substitutos temporários 
de pele: - substitutos de origem animal, como enxerto homólogo, membrana 
amniótica, pele de porco, pele de embrião bovino e colágeno; substitutos elaborados 
à base de substâncias sintéticas, tais como silicone, poliuretano e hydrom; substitutos 
associados à matéria orgânica e uma película sintética, tal como colágeno e silicone. 
 
 
27 
 
 
 
 
12 A IMPORTANCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTENCIA 
HUMANIZADA AO PACIENTE QUEIMADO 
O cuidado humanizado sempre deve estar implícito nas ações do enfermeiro, 
no entanto, atualmente, alguns programas instituídos pelo Ministério da Saúde (2000) 
tentam estimular esta maneira de cuidar, conceituando a importância da 
humanização, através da demonstração da diferença do cuidado humanizado para o 
cuidado mecanizado. 
O papel da enfermagem consiste em identificar os fatores de riscos, 
implementar medidas de prevenção e realizar a assistência de enfermagem. 
(ROLIM, 2013, apud FRAZÃO, 2019) 
O Ministério da Saúde criou em 1997 o Programa Nacional de Educação 
Continuada em Dor e Cuidados Paliativos para os Profissionais da Saúde. Tendendo 
uma abordagem não apenas técnica, mas principalmente humana para a questão do 
sofrimento. Essa preocupação estava voltada aos pacientes oncológicos, pois, as 
dores causadas por câncer representam 5% das dores crônicas. A Organização 
Mundial de Saúde estima que 4,5 milhões de pacientes evoluem a óbito por ano sem 
receber terapêutica para dor e sem que lhes sejam atendidos outros sintomas tão 
prevalecentes quanto está e que também acarretam sofrimento. 
Posteriormente, em 2000, o Ministério da Saúde, movido pelo número significativo de 
denúncias dos usuários referentes aos maus tratos nos hospitais, convidou 
profissionais da área de saúde mental para compor uma proposta de trabalho voltada 
à humanização dos serviços hospitalares e de saúde. Estes profissionais formaram 
um Comitê Técnico que elaborou o Programa Nacional de Humanização da 
Assistência Hospitalar, com o objetivo de promover uma mudança de cultura no 
atendimento de saúde no Brasil. 
O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar recomenda 
um conjunto de ações integradas que visam transformar substancialmente o modelo 
de assistência ao usuário nos hospitais públicos do Brasil, aprimorando a qualidade e 
a eficácia dos serviços hoje prestados. Seu objetivo principal é aperfeiçoar as relações 
 
 
28 
 
 
 
 
entre profissionais de saúde e usuários, dos profissionais entre si, e do hospital com 
a comunidade. 
O conceito de uma humanização holística é defendido em que para ele 
humanizar é cuidar do paciente como um todo, englobando o contexto familiar e social 
incorporando e respeitando os seus valores, esperanças, aspectos culturais e as 
preocupações de cada um, é garantir a qualidade da comunicação entre paciente, 
família e equipe. Significa ter uma escuta ativa para com o outro, compreende-lo na 
sua singularidade e nas suas necessidades, para que ele se sinta reconhecido e 
considerado. 
Com base na definição acima, conceitua a importância do cuidado humanizado com 
os pacientes queimados, pois trata-se de um indivíduo que tem seus medos, desejos, 
cultura, religião e opiniões próprias, merecendo assim uma assistência que seja 
individualizada e que atenda suas necessidades. 
A proposta de humanização do cuidado vem em busca do resgate dos valores 
humanistas, amor, toque, conversa, respeito e da preocupação com o outro. Um 
aspecto a destacar é a forma com que o cuidado é desenvolvido na prática, totalmente 
com ênfase nas técnicas, ou seja, nas intervenções de Enfermagem, que em última 
análise, depende de uma prescrição médica. 
Dessa forma, o objetivo da Enfermagem, pelos estudiosos acima, não está 
centrado no cuidado ao paciente, mas na maneira de ser executada a tarefa. Os 
enfermeiros têm ciência que os queimados estão, muitas vezes, assustados e 
ansiosos no que respeita as lesões e tratamentos associados. Estas reações podem 
ser avolumadas pelo ambiente da unidade de cuidados intensivos. Os queimados 
sofrem de dor física e psicológica. A dor física está, geralmente, centrada em 
atividades especificas como limpeza e desbridamento da ferida e fisioterapia. 
A prática da enfermagem profissional requer a habilidade de observação, 
comunicação, reflexão, aplicação do conhecimento das ciências físicas e do 
comportamento, além de fazer apreciações e tomar decisões, quando aplica o método 
científico ou o método de resolução de problemas para planejar a assistência de 
enfermagem, isso se chama processo de enfermagem. 
 
 
29 
 
 
 
 
O primeiro atendimento ao paciente queimado constitui determinante 
fundamental no êxito final do tratamento, contribuindo decisivamente para a 
redução da morbidade e da mortalidade. A abordagem inicial ao portador de 
queimadura é sempre feita em caráter emergencial e na maioria das vezes 
em instituições especificas ao tratamento deste tipo de ocorrência, porém, 
muitas vezes requer um atendimento pré-hospitalar. (NOVAES, 2003, apud 
CONCEIÇÃO, 2015.). 
O processo de trabalho em administrar ou gerenciar em enfermagem tem como 
objeto os agentes do cuidado e os recursos empregados no assistir em enfermagem. 
Por causa disso, muitos profissionais de enfermagem consideram que este fazer deve 
ter sua importância diminuída, pois acostumaram a ouvir e a repetir que a enfermagem 
deve se ocupar a apenas do cuidar. No entanto, não há cuidados possíveis se não 
houver a coordenação do processo de trabalho. 
O enfermeiro deve se utilizar do processo de enfermagem que possibilita a 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), está se divide em cinco etapas: 
histórico de enfermagem; exame físico; prescrição da assistência de enfermagem; 
evolução da assistência de enfermagem e anotações de enfermagem. A 
Sistematização da Assistência de Enfermagem é uma atividade privativa do 
enfermeiro que orienta as atividades de toda a equipe de enfermagem, uma vez que 
os técnicos e auxiliares exercem suas funções a partir da prescrição do enfermeiro. A 
SAE é a organização e execução do processo de enfermagem, com visão holística e 
é composta por etapas inter-relacionadas, segundo a Lei 7498 de 25/06/86 (Lei do 
Exercício Profissional). Vislumbra o aperfeiçoamento da capacidade de solucionar 
problemas, tomar decisões e maximizar oportunidades e recursos formando hábitos 
de pensamento. 
Ao considerar o diagnóstico de enfermagem como etapa que identifica as 
necessidades e o grau de dependência do paciente, segundo Horta (1979), não deve 
deixar de ressaltar o caráter sombrio desta clientela, que possui instabilidade clínica 
e pode evoluir rapidamente de uma fase aguda, com complicações severas, 
irreversíveis, para o óbito, devido às sérias alterações locais e fisiológicas causadas 
pelas queimaduras e, conforme também a relação diretamente proporcional entre a 
extensão e a profundidade das lesões com a gravidade das complicações às quais os 
pacientes estão sujeitos. 
 
 
30 
 
 
 
 
O enfermeiro é ferramenta fundamental para o tratamento do grande queimado 
e a anamnese de enfermagem serve como meio mais eficaz para saber qual o grau 
de gravidade do qual se encontra este paciente. Analisar quais as áreas do corpo queforam atingidas, verificar a presença de flictenas (bolhas), saber qual o tempo da 
queimadura, idade e peso do paciente, se tiver condições saber qual a procedência 
do paciente, checar imunização contra o tétano no adulto e esquema vacinal em 
crianças, monitorizar sinais vitais, avaliar a função respiratória, avaliar função 
neurológica, checar acesso venoso, analgesia, colheita de exames, quando o tempo 
de queimadura for maior que 24h, realizarem balneoterapia e curativos. 
Na perspectiva do cuidado estético, o enfermeiro faz uso de suas dimensões 
físicas, mentais e espirituais, assumindo a ciência sensível e, assim, deixando de 
exercer exclusivamente o saber racional. Cabe destacar, como peculiar no cuidado, a 
capacidade dos profissionais de realizarem diagnósticos de enfermagem com a 
utilização dos sentidos do corpo e, através deles, decodificar as mensagens não 
verbais complementares dos pacientes. 
O enfermeiro também é responsável por avaliar a reação do doente quanto ao 
posicionamento, imobilizações, exercício e capacidade do doente e da sua família 
para executarem os cuidados que se impõem fazer, diariamente, às feridas após a 
alta. No exame físico diário o enfermeiro tem necessidade de fazer uma avaliação 
cuidadosa quanto à circulação sanguínea, cianose de algum membro eventualmente 
apoiado e temperatura. Além de oferecer ao paciente outros profissionais para a 
realização de exercícios físicos, as atividades da vida diária e a deambulação também 
são alvos de uma contínua avaliação quanto à tolerância física e emocional do 
queimado. 
A enfermagem encorpara os exercícios de fisioterapia ao cuidado do paciente 
para impedir a atrofia muscular e manter a mobilidade necessária para as atividades 
diárias, um cuidado primordial para reabilitação. A reabilitação começa logo depois da 
queimadura mais precocemente. O grau de tolerância à atividade, a força e a 
resistência do paciente irão aumentando gradualmente à medida que a atividade for 
acontecendo durante períodos cada vez mais longos. 
 
 
31 
 
 
 
 
No planejamento da assistência de enfermagem os objetivos da assistência 
são determinados, prioridades são estabelecidas, resultados da assistência são 
projetados e um plano de assistência é escrito. Verificam-se quais os procedimentos 
que melhor se adequem ao estado do paciente queimado. 
A etapa final corresponde à evolução, é a determinação das respostas do 
paciente às prescrições de enfermagem e a extensão em que os resultados foram 
alcançados. Para que todo esse processo tenha uma sequência do início ao fim, com 
probabilidade de eficiência elevada, identificar os diagnósticos de enfermagem é 
importante, pois possibilita mais facilmente planejar e programar as intervenções de 
enfermagem. 
As lesões por queimaduras encontram-se entre os tipos de trauma mais 
doloroso. Aproximadamente 12 mil pessoas morrem de queimaduras e lesões 
relacionadas à inalação. Mais da metade das queimaduras que levam à 
admissão hospitalar poderia ter sido evitada (SMELTZER; BARE 2002, apud 
CONCEIÇÃO, 2015). 
Os diagnósticos de enfermagem têm como propósito, interpretar os dados de 
avaliação e então identificar os problemas de saúde que envolva o paciente, a família 
e outros indivíduos de relevância. 
Humanizar é cuidar do paciente de forma holística, englobando também a 
família, respeitando os seus valores, culturas e preocupações de cada indivíduo. A 
internação traz alterações principalmente psicológicas por causa da aparência e 
cicatrizes que nem sempre com cirurgia reparadora se desfazem. A assistência 
humanizada à família implica compreender o processo vivenciado quando um dos 
seus parentes é acometido pela queimadura, para que assim a equipe interdisciplinar 
tenha condições de reconhecer as suas necessidades. 
Humanizar é garantir a palavra à sua dignidade ética. Ou seja, para que o 
sofrimento humano, as percepções de dor ou de prazer sejam humanizadas, é preciso 
que as palavras que o sujeito expressa sejam reconhecidas pelo outro. É preciso, 
ainda, que esse sujeito ouça das outras palavras de seu reconhecimento. É pela 
linguagem que fazemos as descobertas de meios pessoais de comunicação com o 
outro. Sem isso, nos desumanizamos reciprocamente. 
 
 
32 
 
 
 
 
13 FISIOPATOLOGIA DAS QUEIMADURAS 
A queimadura compromete a integridade funcional da pele, responsável pela 
homeostase hidroeletrolítica, controle da temperatura interna, flexibilidade e 
lubrificação da superfície corporal. Portando, a magnitude do comprometimento 
dessas funções depende da extensão e profundidade da queimadura. 
A injúria térmica provoca no organismo uma resposta local, traduzida por 
necrose de coagulação tecidual e progressiva trombose dos vasos adjacentes num 
período de 12 a 48 horas. 
A ferida da queimadura a princípio é estéril, porém o tecido necrótico 
rapidamente se torna colonizado por bactérias endógenas e exógenas, produtoras de 
proteases, que levam à liquefação e separação da escara, dando lugar ao tecido de 
granulação responsável pela cicatrização da ferida, que se caracteriza por alta 
capacidade de retração e fibrose nas queimaduras de terceiro grau. 
Nas grandes queimaduras, além da resposta local, o dano térmico desencadeia 
ainda uma reação sistêmica do organismo, em consequência da liberação de 
mediadores pelo tecido lesado. Ocorre extenso dano à integridade capilar, com perda 
acelerada de fluidos, seja pela evaporação através da ferida ou pela sequestração 
nos interstícios, que é agravada por subprodutos da colonização bacteriana. 
Além disso, nas queimaduras extensas, superiores a 40% da área corporal, o sistema 
imune é incapaz de delimitar a infecção, que, sistematizando-se, torna rara a 
sobrevida nesses casos. Essa resposta sistêmica manifesta-se por febre, circulação 
sanguínea hiperdinâmica e ritmo metabólico acelerado, com aumento do catabolismo 
muscular, decorrente de alteração da função hipotalâmica (aumento da secreção de 
glucagon, cortisol e catecolaminas), da deficiência da barreira gastrointestinal 
(passagem de bactérias e seus subprodutos para a circulação sistêmica), da 
contaminação bacteriana da área queimada (liberação sistêmica de bactérias e 
subprodutos), da perda de calor (evaporação através da ferida levando à hipotermia) 
e da perda de fluidos (desequilíbrio hidroeletrolítico). 
 
 
33 
 
 
 
 
14 CUIDADOS NO MOMENTO DA OCORRÊNCIA DAS QUEIMADURAS 
TÉRMICAS 
 
Fonte: instangiz.com.br 
Como os profissionais devem proceder em relação ao paciente queimado: 
Fogo nas vestes: não permitir que a vítima corra, pois pode aumentar as 
chamas; 
Extinguir as chamas: as chamas devem ser extintas com água e/ ou abafadas 
com um cobertor, ou a vítima deve ser rolada pelo chão; 
Irrigar a área queimada com água limpa, na temperatura ambiente, para 
eliminar o calor e cessar a queimadura; 
Remover as vestes que estejam queimadas; 
Remover imediatamente adornos (anéis, pulseira, entre outros.) da área 
atingida; deite a vítima; coloque a cabeça e o tórax da pessoa queimada em plano 
inferior ao resto do corpo. Levante-lhe as pernas, se possível; se a vítima estiver 
consciente, a mesma deve beber bastante liquido; se possível administre analgésico 
ao qual a pessoa esteja acostumada (ou algum que a mesma não tenha alergia); cobrir 
o ferimento com compressa de gaze estéril ou plástico estéril; prevenir a hipotermia 
nas grandes queimaduras. 
 
 
34 
 
 
 
 
As crianças pequenas e os idosos estão particularmente em risco de queimaduras, 
enfatizando que a maioria dessas lesões ocorrem em casa (SMELTZER; BARE 2002, 
apud CONCEIÇÃO, 2015). 
15 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS PORTADORAS DE 
QUEIMADURAS 
 
Fonte: portaldiario.com.br 
A assistência de enfermagem deve ser realizada de forma global, porque todas 
as alterações que podem ocorrer no organismo queimado, estão intimamente 
relacionadas. 
A contribuiçãoda equipe de enfermagem procede-se através da vigilância 
atenta, contínua e de vários controles tanto durante a fase de emergência/reanimação 
quanto durante a fase aguda ou intermediária da queimadura que ocorre após 48 a 
72 horas do estabelecimento da lesão. 
Entre os cuidados de enfermagem prestados durante a fase emergencial, 
podemos citar: 
Controle dos sinais vitais; Elevação das extremidades queimadas a fim de 
reduzir o edema; Inserção de cateteres venosos de grosso calibre; 
Sondagem vesical; Monitoração do balanço hídrico com anotação do débito 
urinário a cada hora; Avaliação da densidade urinária específica, pH e níveis de 
glicose, acetona, proteína e hemoglobina; Pressão venosa central; Avaliação da 
temperatura corporal, peso corporal, peso pré-queimadura e a história de alergias, 
 
 
35 
 
 
 
 
imunização contra o tétano, problemas clínicos e cirúrgicos pregressos, doenças 
atuais e uso de medicamentos; Realização do exame físico completo; Sondagem 
nasogástrica; Higiene dos pacientes queimados; Elaboração do histórico completo do 
paciente, descrevendo o mecanismo da queimadura, como ocorreu, horário, etc.; 
Avaliação da compreensão do paciente/família com relação à lesão e o tratamento. 
Além desses, há outros cuidados especiais dependentes da localização da 
queimadura. 
Já durante a fase aguda ou intermediária, os cuidados de enfermagem estão 
direcionados no sentido de avaliação continuada e da manutenção dos estados 
respiratório e circulatório, equilíbrio hidroeletrolítico e função gastrintestinal. Para isso 
o enfermeiro deve: 
Realizar o histórico continuado do paciente durante as primeiras semanas 
depois da lesão, focalizando as alterações hemodinâmicas, cicatrização da ferida, dor 
e respostas psicossociais e a detecção precoce das complicações; 
Avaliar com frequência o volume, presença de sangue e pH gástricos residuais 
no paciente com sonda nasogástrica; os sinais vitais; 
Avaliar as feridas quanto a aspectos importantes como coloração, odor, escara, 
exsudato, formação de abscesso sob a escara, brotamentos epiteliais, sangramento, 
aspecto do tecido de granulação, estado dos enxertos e sítios doadores e a qualidade 
da pele circunvizinha. 
Outras avaliações significativas e continuadas focalizam a dor e resposta 
psicossociais. 
 
 
36 
 
 
 
 
16 FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO 
 
Fonte: conhecimentospatologicos.com 
A formação da fibrose está relacionada a um processo cicatricial que ocorre a 
partir de um evento, que se inicia através de um complexo de respostas defensivas, 
que existem para manter a homeostase do organismo. O processo de restauração 
se inicia logo após o sangramento causado pela ruptura dos vasos sanguíneos, 
onde plaquetas, hemácias e fibrinas determinam a aderência entre as bordas da 
ferida. Quando ocorre a lesão, a permeabilidade vascular apresenta alterações 
como perda da integridade das células endoteliais, vazamento de fluido e 
componentes plasmáticos do compartimento intravascular, migração de leucócitos e 
eritrócitos dos vasos para o tecido extravascular formam um coágulo inicial, que atrai 
células inflamatórias e outras substâncias responsáveis pelo processo de reparação 
tecidual. 
O reparo tecidual ocorre em três fases: inflamatória, proliferativa e 
remodelamento. A fase inflamatória representa a resposta inicial de defesa do local 
agredido. O processo inflamatório induz a agregação das plaquetas, que culmina na 
coagulação do sangue e, por fim, na formação de um molde de fibrina que preenche 
a ferida. 
 
 
37 
 
 
 
 
Na fase proliferativa ocorre formação de tecido de granulação e a 
reconstituição da matriz extracelular. De uma forma geral, o processo de cicatrização 
tem início em torno de 24 horas a três dias após a agressão. A formação do tecido 
de granulação envolve o acúmulo de macrófagos, a proliferação de fibroblastos, a 
deposição de matriz extracelular e a angiogênese. Os fibroblastos, quando 
estimulados pelas substâncias liberadas por plaquetas e macrófagos, proliferam, 
migram, depositam matriz extracelular e causam a retração da ferida. A matriz 
celular serve como substrato para a migração de macrófagos, células angiogênicas 
e outros fibroblastos. 
Os processos de diferenciação celular, degradação do tecido dermal, síntese 
e remodelação são guiados por citoquinas, interações célula-célula e célula-matriz. 
A fase de remodelamento é o resultado final do tecido de granulação, sendo 
composto por fibroblastos de aspectos inativos fusiformes, colágeno denso, 
fragmento de tecido elástico, matriz extracelular e poucos vasos. 
A fase final representa a evolução final da cicatriz constituída, podendo durar 
anos. A síntese de colágeno do tecido cicatricial eleva-se rapidamente entre o 6° e o 
17° dia, e não ocorre mais após o 42° dia. Após esse período o que teremos é o 
remodelamento do colágeno depositado. Portanto, para se conseguir prevenção da 
formação de fibroses, deve-se atuar terapeuticamente no início da síntese de 
colágeno. A última etapa do processo de remodelação é também a mais longa. 
17 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As queimaduras deixam sequelas graves e incapacitantes, dependendo de sua 
extensão e profundidade podem levar a morte. Vítimas de lesões térmicas são 
susceptíveis a infecções, alterações hormonais e metabólicas, requerendo uma 
assistência de enfermagem intensiva e qualificada, com conhecimentos técnicos e 
científicos. 
Ao enfermeiro compete a responsabilidade de compor diariamente planos de cuidados 
que atenda às necessidades físicas, sociais e psicológicas desses pacientes. 
 
 
 
38 
 
 
 
 
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