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ENFERMAGEM-CLÍNICO-CIRURGICA

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SUMÁRIO 
1 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA CIRURGIA ......................................... 3 
1.1 Cirurgia na pré-história ................................................................ 3 
1.2 A cirurgia na antiguidade ............................................................. 4 
1.3 A cirurgia na idade média ............................................................ 6 
1.4 A cirurgia na idade moderna ....................................................... 7 
1.5 A atuação da enfermagem na área cirúrgica ............................... 9 
2 O CENTRO CIRÚRGICO ................................................................. 11 
2.1 Área física do centro cirúrgico ................................................... 12 
2.2 Divisão e classificação da estrutura física ................................. 16 
2.3 Enfermagem clínico - cirurgica .................................................. 21 
2.4 Classificação da cirurgia ............................................................ 22 
3 EQUIPE DE ENFERMAGEM ........................................................... 24 
3.1 Competências e atribuições ...................................................... 25 
4 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ao paciente EM AMBIENTE 
CLINICO-CIRÚRGICO. .................................................................................... 29 
4.1 Período pré-operatório .............................................................. 30 
4.2 Período pós-operatório .............................................................. 35 
5 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES E 
DESCONFORTOS NO PÓS-OPERATÓRIO ................................................... 40 
5.1 Complicações Imediatas ........................................................... 40 
6 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM 
CENTRO CIRURGICOS. ................................................................................. 48 
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 51 
 
 
 
1 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA CIRURGIA 
 
Fonte:enfermeiropsf.blogspot.com 
1.1 Cirurgia na pré-história 
Atos médicos e cirúrgicos eram feitos por feiticeiros. A trepanação é a 
primeira operação conhecida, consiste na abertura de um ou mais buracos no 
crânio. A remoção de pequeno fragmento ósseo, geralmente arredondado, é 
conhecida desde os tempos neolíticos e era feita por razões religiosas, mas 
também médicas, tais como: 
 
 Alívio da pressão intracraniana 
 Dores de cabeça 
 Liberação de espíritos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: enfermagem-a-arte-de-cuidar 
 
 Os fragmentos ósseos eram usados como amuletos. As trepanações eram 
de diferentes tamanhos, e feitas em diferentes pontos da caixa craniana. Eram 
mutilações sangrentas e dolorosas executadas com um fim de iniciação mística 
em crianças e adolescentes ou de ritos mágicos. 
Do mesmo modo, outras práticas como a subincisão uretral e a circuncisão eram 
realizados. 
1.2 A cirurgia na antiguidade 
 
Fonte: enfermagem-a-arte-de-cuidar 
https://4.bp.blogspot.com/-ScbdmVVau_o/VsfUt8eXqdI/AAAAAAAAASc/nUnWfjg5uCs/s1600/egypt_circ.jpg
 
Em 2500 A.C.: Foram relatadas operações em tumbas de faraós em 
Saqquarah. Os papiros de Ebers e Edwin Smith, do século XVI A.C., trouxeram 
informações e foram os primeiros textos sobre cirurgia. 
O papiro cirúrgico de Edwin Smith é um dos mais importantes documentos 
da medicina antiga do Vale do Nilo. Foi escrito por volta de 1700 A.C., mas a 
maioria de suas informações é baseada em textos escritos na época de Imhotep 
(2640 A.C.). O papiro se refere, principalmente, às feridas e a como tratá-las. 
 
Na Índia, no século IV A.C.: Houve um desenvolvimento grande da cirurgia 
plástica, principalmente das rinoplastias. Os prisioneiros de guerra e os adúlteros 
eram punidos com a amputação do nariz, cuja reconstrução era feita à custa de 
retalhos da testa. Susruta foi o grande cirurgião indiano da época. 
 
Entre 460 e 377 A.C.: Foi formulado o Juramento de Hipócrates. Sob essa 
influência, em 150A.C., foi proibido que médicos e cirurgiões respeitáveis, 
educados, usassem bisturis e cortassem pacientes para retirada de cálculos. 
Tais tarefas, consideradas selvagens, ficavam para artesãos menos educados 
(mais tarde a Igreja se posicionou fortemente contra as dissecções e operações 
somente no século XIII é que os médicos e os cirurgiões começaram a ser 
igualmente respeitados.) 
 
China: A cirurgia praticamente não existia na China Antiga por causa da 
orientação totalmente diferente da medicina chinesa, somada à completa 
ignorância da anatomia. Hua T’o, o mais famoso médico chinês da época, no 
ano de 190 (século II), já fazia anestesia para operações no abdome usando 
Cannabis sativa fervida com vinho. 
 
 
 
 
 
 
1.3 A cirurgia na idade média 
 
 
Fonte: http://historianovest.blogspot.com 
 
O cirurgião bizantino Paulo de Egina (Paulus Aegineta), escreveu um 
breviário de cirurgia onde compilou o que já havia sido dito pelos gregos. 
Discutiu, com sua experiência pessoal: traqueotomia, amidalectomias, 
flebotomias e mamoplastia redutora. 
Abw’l Qasim al Zahrawi, Albucasis (930-1013), cirurgião islâmico nascido 
em Córdoba, escreveu o primeiro livro ilustrado de cirurgia, introduzindo o uso 
do ferro em brasa para cauterização de feridas. 
Teve grande influência sobre os cirurgiões da idade média, que usaram 
abusivamente essa técnica (cauterização de feridas). 
Os escritos e manuscritos da época mostram claramente a mistura vigente de 
misticismo e crueldade. 
No século XIII apareceram as primeiras escolas de medicina. A primeira 
foi a de Salerno (século IX?), que fornecia ensino verdadeiro e diploma. A Escola 
de Salerno professava o dogma da supuração louvável: qualquer ferida 
deveria produzir supuração (processo ou resultado da formação de “pus”). 
A Escola de Bolonha (1158), segunda a aparecer, defendia a doutrina 
inversa: É o seco, mais que o úmido, que mais se aproxima do estado são. 
http://historianovest.blogspot.com/
https://4.bp.blogspot.com/-VWS8Bet0eRQ/VsfiGnRtAKI/AAAAAAAAATE/1pX2C4DtVUM/s1600/medicina2.jpg
 
No século XIII, dois cirurgiões italianos tiveram atuação marcante: 
Guglielmo Salicetti (1201-1277) e seu aluno Guido Lanfranchi que, em seu livro 
Chirurgia Magna (1296), já fala de sutura de nervos cortados e recomenda a 
sutura intestinal, tendo se associado ao primeiro colégio de cirurgia, o Colégio 
de São Cosme. 
 
Mondeville (1260-1320): preconizou que as feridas limpas cicatrizam 
melhor. Nas feridas não se deveriam usar unguentos e bálsamos. Os corpos 
estranhos deveriam ser removidos e o sangramento parado. Recomendava 
curativos com compressas embebidas em vinho quente. 
A Itália lidera a pesquisa anatômica durante pelo menos dois séculos, 
inicialmente com a Escola de Salerno (criada por Frederico II da Sicília). Era 
obrigatório o estudo de três anos de lógica, cinco anos de medicina e cirurgia e 
um ano de prática sob a orientação de um médico instruído. 
1.4 A cirurgia na idade moderna 
Do século XV em diante os europeus falam de uma nova era e adquirem 
uma visão mais avançada de vários aspectos da vida. Há o nascimento de uma 
nova cirurgia em virtude do desenvolvimento da anatomia e da fisiologia. 
 
 Andreas Vesalius (1514– 1564 D.C.) 
Muito pouco havia sido descoberto sobre anatomia e fisiologia desde a 
Antiguidade, cujas descobertas foram baseadas na dissecação de animais. A 
falta de aulas práticas de anatomia na Universidade de Paris acabou levando 
Vesalius, assim como Michelangelo, a frequentar cemitérios em busca de 
ossadas de criminosos executados e vítimas de praga. 
Escreveu o Atlas de Anatomia Humana (De Humani Corporis Fabrica). 
Dividido em sete partes, o livro apresenta-se desta forma: 
 Ossos (Livro 1) 
 Músculos (Livro 2) 
 Sistema circulatório (Livro 3) 
 Sistema nervoso (Livro 4) 
 
Abdômen (Livro 5) 
 Coração e pulmões (Livro 6) 
 Cérebro (Livro 7) 
É considerado por este grande feito " O Pai da Anatomia Moderna" 
 
 John Hunter(1728– 1793 d.C.) 
 Foi o fundador da cirurgia experimental e a ele se deve a descoberta da 
circulação colateral nos casos de aneurisma, permitindo a ligadura da artéria 
logo acima do saco aneurismático. 
Descobriu os canais lacrimais, descreveu o choque, a flebite e a 
intussuscepção intestinal e foi o primeiro a utilizar a sonda nasogástrica para 
alimentar o paciente. 
Estabeleceu a diferença entre o cancro mole e o cancro duro e para dirimir 
a dúvida se a blenorragia e a sífilis eram uma só ou duas doenças, inoculou em 
si mesmo, no tecido subcutâneo, o pus recolhido de um paciente com 
blenorragia. Apresentou todas as manifestações primárias e secundárias da 
sífilis, o que o convenceu de que se tratava de uma única doença. 
 
 Willian Harvey (1578– 1657 d.C) 
Suas descobertas sobre o funcionamento do coração e da circulação do 
sangue pelas artérias e veias, revolucionaram a medicina. Estudou os animais 
vivos. Abriu a cavidade torácica e observou diretamente o bater do coração. Viu 
que o órgão se mexia e depois parava. William Harvey descobriu que algumas 
veias e artérias eram vias de um só sentido, pois eram providas de válvulas, que 
levavam o sangue ao coração. Traçou o mapa dos fluxos do sangue pelo 
coração e pelas artérias, até chegar às veias e voltar ao coração. 
 
 
1.5 A atuação da enfermagem na área cirúrgica 
 
Fonte: ibamendes.com 
O perfil do enfermeiro de centro cirúrgico desenvolveu-se em paralelo aos 
avanços na cirurgia. Ainda no início do Século XX, a cirurgia era realizada no 
domicilio e a “enfermeira” auxiliava no preparo do ambiente e do instrumental 
cirúrgico. 
No entanto, com o estabelecimento das técnicas assépticas por Lister em 
1880, havia iniciativas para a designação de espaços restritos para a realização 
dos procedimentos cirúrgicos. Com isso, a limpeza do ambiente para a 
prevenção de infecções, tão valorizada por Florence Nightingale, passou a ser 
uma das atribuições da “enfermeira”. 
 Paralelamente, o atendimento médico em campo de batalha impulsionou 
o aprendizado no cuidado aos doentes e também a prática de enfermagem na 
arena cirúrgica, configurando- se assim o enfermeiro assistente de centro 
cirúrgico (CC). 
Fica evidente nos aspectos históricos do cuidar do paciente cirúrgico que 
a especificidade de CC se desenvolveu em campo prático pela necessidade 
emergente e aos poucos os enfermeiros incorporaram conhecimento científico 
para dar sustentação a esse saber. 
 Em 1933, a National League for Nurses estabeleceu nos Estados Unidos 
da América (EUA) o currículo de enfermagem que incluía a disciplina de sala de 
 
operação e experiência clínica.2 Assim, um conhecimento construído na prática 
clínica passa a ser ensinado de maneira formal, com o apoio do conhecimento 
de outras disciplinas para embasar a prática do cuidar em CC. 
Inicialmente, com a finalidade de atender as necessidades da equipe 
cirúrgica, o trabalho do enfermeiro consistia na organização da sala operatória 
(SO), preparo de materiais e equipamentos indispensáveis ao procedimento 
cirúrgico e circulação de sala. Para isso, necessitava de um conhecimento na 
área de gerenciamento de materiais, sobretudo, provisão, manuseio e 
manutenção de materiais e equipamentos nas SO e de reprocessamento de 
materiais. Com a evolução da cirurgia e o aumento da complexidade dos 
procedimentos, expandiu-se seu papel de coordenação de recursos materiais e 
humanos. 
Na segunda metade do Século XX inicia-se a busca por evidências 
científicas do cuidar em centro cirúrgico por meio da pesquisa e a criação de 
organizações profissionais para discussões e aprimoramento do enfermeiro de 
centro cirúrgico. 
O papel deste enfermeiro continuou acompanhando a evolução técnica-
científica na cirurgia e ele passou a se envolver no planejamento, coordenação 
e gerenciamento do paciente cirúrgico; além de propiciar um ambiente seguro e 
fazer intervenções para o bem-estar físico e psicológico do paciente. 
As atividades de provisão e previsão de materiais para as cirurgias se 
mantiveram, mas com um trabalho em parceria com a Central de Material 
Esterilizado (CME). 
 
 
2 O CENTRO CIRÚRGICO 
 
Fonte: aps.bvs.br 
 
O Centro Cirúrgico é um lugar dentro do hospital, convenientemente 
preparado segundo um conjunto de requisitos que o torna apto à prática da 
cirurgia. 
De uma forma mais técnica, conceitua-se Centro Cirúrgico em um setor 
do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas visando atender a resolução 
de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe integrada. 
 Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do cliente 
quanto ao controle de infecção. Por ser um local restrito, o acesso ao público é 
limitado, ficando restrito a circulação dos profissionais que lá atuam. 
As principais finalidades do Centro Cirúrgico são: 
 
 Realizar intervenções cirúrgicas e devolver o paciente à sua 
unidade de origem na melhor condição possível de integridade; 
 Servir de campo de estágio para o aperfeiçoamento de recursos 
humanos; 
 Servir de local de pesquisa e aprimoramento de novas técnicas 
cirúrgicas e assépticas. 
 
 
2.1 Área física do centro cirúrgico 
Seta vermelha circulação da equipe. Seta azul circulação do paciente 
 
Fonte: emiliacirurgica.blogspot.com 
 
Em nível de avaliação estrutural, a Anvisa, (Associação Nacional de 
Vigilância Sanitária) e o Ministério da Saúde preconizam alguns parâmetros para 
assegurar a prestação do atendimento. A portaria 400/77 do Ministério da Saúde, 
a RDC 50 e RDC 307/2002, são algumas das normas e diretrizes que 
regulamentam a estrutura física do centro cirúrgico. 
 Com esta premissa, visa a qualidade do ambiente físico, abordando o 
planejamento, programação, elaboração, avaliação e aprovação de projetos 
físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde bem como a cooperação 
técnica às secretarias estaduais e municipais de saúde, a fim de orientá-las 
sobre o exato cumprimento e interpretação deste Regulamento Técnico. 
A unidade de centro cirúrgico deve estar localizada em uma área do 
hospital que ofereça segurança necessária às técnicas assépticas, portanto 
distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruído e de poeira. 
Recomenda-se que seja próximo às unidades de internação, pronto 
socorro e unidade de terapia intensiva, de modo a contribuir com a intervenção 
imediata e melhor fluxo dos pacientes. 
 
De acordo com a organização hospitalar, podem fazer parte do bloco 
cirúrgico a Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) e a Central de 
Materiais e Esterilização (CME). 
Segundo a legislação brasileira, a capacidade do CC é estabelecida 
baseada na proporção de leitos cirúrgicos e de sala de operação. A resolução 
da diretoria colegiada nº 307/2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA) do Ministério da Saúde, determina uma sala de operação para cada 
50 leitos não especializados ou 15 leitos, se cirúrgicos. 
Para o dimensionamento ideal, devem-se levar em consideração alguns 
aspectos como: 
 Horário de funcionamento do CC; 
 Especialidade cirúrgica (cardiologia, neurocirurgia, ortopedia, etc.); 
 Duração média da cirurgia 
 Número de cirurgias por dia 
 Hospital escola 
 Quantidade de artigos médicos e instrumentais cirúrgicos 
disponíveis. 
 
O tamanho da sala cirúrgica depende dos equipamentos necessários aos 
tipos de cirurgias a serem realizadas; seu formato deve ser retangular ou oval. 
Segundo a RDC 307/2002, quanto ao tamanho, às salas serão assim 
classificadas: 
Sala pequena 20m2: com dimensão mínima de 3,45m, destinadas as 
especialidades de otorrinolaringologia e oftalmologia. 
Sala media 25m2: com dimensão mínima de 4,65m, destinadas ásespecialidades gástrica e geral. 
Sala grande 36m2: com dimensão mínima de 5m especifica para as 
cirurgias neurológicas, cardiovasculares e ortopédicas. 
A recomendação do Ministério da Saúde com relação à planta física da 
CME é a de um fluxo contínuo sem retrocesso e sem cruzamento dos artigos 
limpos com os contaminados. 
 
 
 
 Central de Material de Esterilização (CME) 
 
 
 Fonte: noticiasenegocios.com.br Fonte: santacasasp.org.br 
 
A Central de Material e Esterilização (CME) deve ser uma unidade de 
apoio técnico dentro do estabelecimento de saúde destinado a receber material 
considerado sujo e contaminado, descontaminá-los, prepará-los e esterilizá-los, 
bem como preparar e esterilizar as roupas limpas oriundas da lavanderia e 
armazenar esse tipo de artigo para futura distribuição. 
 
 Sala de Recuperação Pós – Anestésica (SRPA) 
 
 
Fonte: bferrante.com.br 
 
A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) é a área que se destina 
a permanência do paciente logo após o término do ato anestésico-cirúrgico. 
Neste local, o paciente fica sob os cuidados das equipes de enfermagem e 
médica, especialmente, o anestesista. 
A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) deve estar instalada 
dentro da Unidade de Centro Cirúrgico ou nas suas proximidades, de modo a 
favorecer o transporte fácil do paciente anestesiado para este local. 
 
Organização da sala de recuperação pós-anestésica 
A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) deve ser provida de 
equipamentos básicos, em perfeitas condições de uso para atender a qualquer 
situação de emergência. Didaticamente, tais equipamentos e materiais de uma 
Recuperação Pós-Anestésica podem ser divididos em: 
a) Equipamentos básicos, geralmente, fixos a parede, acima da cabeceira 
de cada leito: 
 Duas saídas de oxigênio com fluxômetros 
 Uma saída de ar comprimido 
 Uma fonte de aspiração a vácuo 
 Um foco de luz 
 Tomadas elétricas de 110 e 220 watts; 
 Monitor cardíaco 
 Oxímetro de pulso 
 Esfigmomanômetro. 
 
b) Equipamentos e materiais de suporte respiratório: 
 Ventiladores mecânicos; 
 Máscaras e cateteres para oxigênio (O2); 
 Sondas para aspiração; 
 Carrinho de emergência, com material completo para intubação 
orotraqueal e ventilação manual. 
 
c) Equipamentos e materiais de suporte cardiovascular: 
 Equipos de soro e transfusão, cateteres, seringas e agulhas; 
 
 Equipos para medida de pressão venosa central (PVC). 
 
d) Outros materiais: 
 Bandeja de cateterismo vesical; 
 Sondas vesicais de demora; 
 Sistema de drenagem vesical; 
 Pacotes de curativos; 
 Bolsas coletoras para drenos e ostomias; 
 Gazes; chumaços e adesivos; 
 Termômetros; 
 Frascos e tubos esterilizados para coleta de sangue; 
 Fitas reagentes para dosagem de glicose no sangue e urina; 
 Caixa de pequena cirurgia; 
 Medicamentos e soros; 
 Soluções desinfetantes e antissépticas; 
 Cilindros de O2 e ar comprimido e aspirador elétrico. 
 Travesseiros, almofadas, cobertores e talas. 
 
É conveniente destacar que as camas para uso na Sala de Recuperação 
Pós-Anestésica (SRPA) devem ser do tipo cama-maca, providas de grades 
laterais de segurança, manivelas para dar posição de proclive e trendelemburg, 
encaixes para adaptação de suportes de soro e cabeceira removível para facilitar 
o atendimento em situações de emergência. 
2.2 Divisão e classificação da estrutura física 
 Quanto ao seu risco: 
 Não restrita: as áreas de circulação livre (vestiários, corredor de entrada 
e sala de espera de acompanhantes). 
Semi-restritas: pode haver circulação tanto do pessoal como de 
equipamentos, sem, contudo, provocarem interferência nas rotinas de controle e 
manutenção da assepsia (salas de guarda de material, administrativa, copa e 
expurgo) 
 
Restrita: o corredor interno, as áreas de escovação das mãos e a sala 
de operação (SO); para evitar infecção operatória, limita-se a circulação de 
pessoal, equipamentos e materiais. 
 
 Localização 
Deve ocupar uma área independente da circulação geral, ficando assim 
livre do trânsito de pessoas e materiais estranhos ao serviço. 
Deve possibilitar o acesso livre e fácil de pacientes provenientes das 
Unidades de internação Cirúrgicas, Pronto Socorro e Terapia Intensiva, bem 
como o encaminhamento dos mesmos às Unidades de origem. 
 
 Área de recepção do paciente 
É a área reservada para recepcionar e transferir pacientes da maca 
proveniente da Unidade de internação para o Centro Cirúrgico. Assim, deve -se 
ter espaço suficiente para o recebimento de maca, permitindo a circulação sem 
prejuízo do transporte ou risco para o paciente. 
 
 Sala de cirurgia ou operação 
É a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e 
endoscópicas. Segundo o Ministério da Saúde, o número de salas de cirúrgicas 
para a Unidade de Centro Cirúrgico é quantificado com base na capacidade de 
leitos do hospital. Preconizam-se duas salas para cada 50 leitos não 
especializados ou para cada 15 leitos cirúrgicos. 
Deve ter suas dimensões adequadas de acordo com a quantidade de 
equipamentos necessários aos tipos de intervenção cirúrgica e especialidade 
cirúrgica. 
 A SO deve estar sob pressão positiva em relação aos corredores, o que 
minimiza a entrada de ar desses locais para o interior da sala de operação. 
 O número de pessoas na sala de operação deve ser restrito ao cirurgião 
e um ou dois auxiliares (de acordo com a complexidade do procedimento do CC) 
anestesiologista e circulante de sala, considerando sempre que, quanto maior o 
número de pessoas, maior a possibilidade de disseminação de microrganismos 
no ambiente. Convém evitar movimentação desnecessária de portas (que 
deverão permanecer fechadas) conversas excessivas ou demais distrações. 
 
 
 Lavabos ou Área de Escovação 
 Local onde se realiza a escovação/degermação das mãos e antebraços 
da equipe cirúrgica e anestésica. 
 Recomenda-se, para até 2 salas, duas torneiras para cada uma. Para mais 
de duas salas, devem ser projetadas duas torneiras para cada novo par de salas. 
 O local de escovação deve ser próximo às salas de cirurgias, a fim de 
reduzir o tempo de exposição da área escovada ao meio ambiente. 
 As torneiras devem ser acionadas por pedal ou com o cotovelo, como 
também os recipientes para antissépticos. 
 Os tanques devem ser instalados numa altura de mais ou menos 90 cm, 
para favorecer a mecânica corporal no ato da escovação. Neste local devem ser 
colocados os recipientes para escova e solução antisséptica. 
 
 Sala de guarda de equipamentos 
Área para guardar e receber equipamentos que são necessários a 
determinados procedimentos cirúrgicos, evitando o depósito de materiais e 
equipamentos nos corredores, o que prejudicaria a circulação interna do Centro 
Cirúrgico. 
 
 Sala de depósito de cilindros de gazes 
Este local está destinado para o armazenamento de cilindros de oxigênio 
e óxido nitroso, mesmo que o sistema de distribuição seja centralizado. 
 
 Sala de medicamentos e material médico-hospitalar 
Área destinada à guarda de medicamentos e materiais de consumo 
esterilizados para atender ao ato anestésico-cirúrgico. 
 
 Sala de espera 
É a área destinada aos familiares ou acompanhantes do paciente, 
enquanto aguardam o termino da cirurgia e a alta deste da Sala de Recuperação 
Pós-Anestésica (SRPA). 
 
Este ambiente deve ser provido de poltronas confortáveis com assentos 
confortáveis e sanitários anexos. 
 
 Sala administrativa 
É o local destinado ao controle administrativo da Unidade, concentrando 
a chefia de enfermagem e a secretaria. 
 
 Sala de material de limpeza 
Destinada à guarda de utensílios e equipamentos de limpeza, sendo 
importante a presença de tanque com torneira, suportede papel-toalha e lixeira 
com tampa e pedal. 
 
 Rouparia 
É a área destinada a armazenar a roupa de uso na Unidade, tais como 
lençóis de maca, de mesa cirúrgica, entre outros. 
 
 Expurgo 
Local destinado a eliminação de matéria orgânica proveniente das salas 
de cirurgia como secreções e excreções do paciente. 
 
 Área de transferência para macas 
Essa área é importante para evitar a circulação interna de macas que 
percorrem todo o hospital. As macas devem ser mantidas limpas e submetidas 
à desinfecção após o uso, entre um paciente e outro. 
 
 Sala ou laboratório de anatomia patológica 
É a área que se destina à realização de exames anatomopatológicos 
específicos e rápidos, como a biópsia de congelação. Esta sala pode ser 
dispensada, quando o laboratório estiver situado nas proximidades do Centro 
Cirúrgico. 
 
 
 
 
 Laboratório para revelação de chapas 
É a área utilizada para revelar radiografias, mas que também pode ser 
dispensável quando a Unidade de Radiologia estiver situada próximo ao Centro 
Cirúrgico. 
 
 Corredores 
Devem ser amplos e possuir protetores laterais nas paredes, 
preferencialmente de madeira ou metal, a fim de evitar o impacto entre as macas 
e as paredes. 
 
 Vestiários 
O Centro Cirúrgico deve ter dois vestiários, um feminino e um masculino, 
com sanitários e chuveiros completos e armários individuais, e duas portas, de 
modo que o fluxo externo de pessoas independa do fluxo interno. 
Assim, devem estar localizados na entrada do Centro Cirúrgico, de modo 
que os profissionais, e outras pessoas que venham da área de circulação 
externa, só possam ter acesso ao setor após a troca de roupa em uso por 
uniforme próprio e privativo para o local. Este consta de calça comprida, túnica, 
gorro, propés e máscara. 
Os vestiários são barreiras físicas, considerando que estas estão 
definidas como “aqueles ambientes que minimizam a entrada de microrganismos 
externos”. 
 
 Copa 
É importante para evitar o fluxo e dispersão de pessoal no Centro 
Cirúrgico. É o local próprio e restrito para alimentação, evitando o uso incorreto 
de outros ambientes do Centro Cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 Enfermagem clínico - cirurgica 
 
Fonte: enfermagembio.blogspot.com 
 
Os profissionais que atuam no Centro Cirúrgico são: as equipes médicas 
(cirúrgica e anestesiologia), de enfermagem, administrativa e de higiene, que 
têm como objetivo assistir adequadamente às necessidades do paciente. 
 É de extrema importância que seus componentes atuem de forma 
harmônica e integrada para a segurança do paciente e a eficiência do ato 
cirúrgico. É importante ainda que as boas relações humanas e o profissionalismo 
sempre prevaleçam sobre as tensões, inevitáveis nesse tipo de trabalho. 
Em uma equipe, todos os seus membros têm suas responsabilidades e 
funções definidas, assim como devem ser habilitados para as atividades que 
desempenham. 
As funções do enfermeiro coordenador, do enfermeiro assistencial, dos 
técnicos de enfermagem, dos auxiliares de enfermagem devem estar 
devidamente descritas. 
Para que haja uma correta divisão das funções e atribuições de cada 
membro da equipe, é necessário o conhecimento de algumas definições e 
conceitos: 
 
2.4 Classificação da cirurgia 
Conforme a necessidade do paciente: 
 Emergência: imediata 
 Urgência: dentro de 24 a 30 horas 
 Eletiva: de acordo com disponibilidade 
 Opcional: preferência pessoal 
 
Conforme o potencial de contaminação: 
O potencial de contaminação é entendido como o risco de exposição para 
infecção, sendo as cirurgias classificadas como: 
Cirurgia limpa: eletivas, geralmente não traumáticas. Sítio cirúrgico sem 
sinais de inflamação, sem contato com trato respiratório, alimentar, genital e 
urinário. Ex: Angioplastia, revascularização miocárdica, hernorrafias sem 
inflamação. 
Cirurgia potencialmente contaminada: São aquelas realizadas sob 
condições controladas, sem contaminação significativa realizada em tecidos 
colonizados por flora microbiana pouco numerosa, ou na ausência de um 
processo infeccioso. Sítio cirúrgico entra nos tratos respiratório, genital, 
gastrintestinal ou urinário em condições controladas e sem contaminação 
acidental. Ex: Procedimentos cirúrgicos que envolvem aparelho digestivo 
(Gastrectomia), aparelho gênitourinário (nefrectomia). 
Cirurgia contaminada: Cirurgia onde a técnica asséptica foi empregada 
incorretamente ou quebrada, onde há tecidos colonizados com flora microbiana 
abundante, na presença de inflamação sem supuração local aguda, de difícil 
contaminação. Ex: Feridas traumáticas recentes (fratura exposta < 4horas) 
feridas com drenagem de secreção espessa, não purulenta; colistectomia com 
inflamação. 
Cirurgia infectada: cirurgia realizada na presença de processo infeccioso 
e supuração local, podendo ser em tecido ou órgão. 
Lesões traumáticas antigas com tecido desvitalizado, corpo estranho, 
contaminação fecal, quando há perfuração inesperada de víscera. Ex: 
Perfuração intestinal, fratura exposta (>4 horas), presença de secreção 
purulenta. 
 
Conforme a finalidade (tratamento cirúrgico): 
 
Cirurgia curativa: tem como objetivo extirpar ou corrigir a causa da 
doença, devolvendo a saúde ao paciente. Para essa finalidade, às vezes é 
necessário a retirada parcial ou total de um órgão. Ex.: apendicectomia. 
Cirurgia paliativa: tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa 
para aliviar o mal, mas não cura a doença. Ex.: gastrostomia. 
 Cirurgia diagnóstica: realizada com o objetivo de ajudar no 
esclarecimento da doença. Ex.: laparotomia exploradora. 
Cirurgia reparadora: reconstitui artificialmente uma parte do corpo 
lesada por enfermidade ou traumatismo. Ex.: enxerto de pele em queimados. 
Cirurgia reconstrutora / cosmética / plástica: realizada com objetivos 
estéticos ou reparadores, para fins de embelezamento. Ex.: rinoplastia, 
mamoplastia etc 
 
As cirurgias podem ser classificadas em pequeno, médio e grande porte, 
segundo o risco cardiológico; ou seja, quanto a probabilidade de perda de fluído 
e sangue durante sua realização: 
 
 Grande porte: cirurgias com grande probabilidade de perda de fluido 
e sangue. Exemplo: cirurgias de emergências (ferimento na região 
precordial), cirurgias vasculares arteriais (correção de aneurisma, aorta 
abdominal). 
 
 Médio porte: cirurgias com média probabilidade de perda de fluido e 
sangue. Exemplo: vascular (endarterectomia de carótida), cabeça e 
pescoço (ressecção de carcinoma espino celular), ortopedia (prótese 
de quadril), urologia (ressecção transuretral de próstata) e neurologia 
(ressecção de aneurisma cerebral). 
 
 Pequeno porte: cirurgias com pequena probabilidade de perda de 
fluido e sangue. Exemplo: otorrinolaringologia (timpanoplastia), plástica 
(mamoplastia), endoscopia (endoscopia digestiva), oftalmologia 
(vitrectomia). 
 
Outra forma de classificar as cirurgias, é considerando o tempo de duração do 
ato cirúrgico: 
 
 
 Pequeno porte: cirurgias cujo tempo de duração encontra-se no 
intervalo de 0 a uma hora. Exemplo: Facectomia. 
 
 Médio porte: cirurgias cujo tempo de duração encontra-se no intervalo 
acima de 1 hora até 2 horas. Exemplo: Colecistectomia. 
 
 Grande porte: cirurgias cujo tempo de duração encontra-se no 
intervalo acima de 2 horas. Exemplificando: Gastrectomia. 
3 EQUIPE DE ENFERMAGEM 
É composta de enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem. 
Para o enfermeiro ter condições de prestar assistência ao paciente na sala de 
cirurgia, como: monitorização, ações de segurança para evitar queda, auxiliar o 
anestesiologista durante a indução anestésica, etc, é necessário que haja ao 
menos um enfermeiro assistencial para cada 4 salas de cirurgia (eletivas), além 
do enfermeiro gerente (coordenador) que é responsável pelas ações 
administrativas. 
A assistência de Enfermagem perioperatória,compreende as atividades 
desenvolvidas nos períodos: 
 
 - Pré-operatório imediato: da véspera da cirurgia até o momento em que o 
paciente é recebido no centro-cirúrgico. 
 - Trans-operatório: do momento em que o paciente é recebido no CC até o 
momento em que é encaminhado para a sala pós-anestésica. 
 -Intra-operatório: Do início até o final da anestesia; 
- Recuperação pós-anestésica: do momento da alta do paciente da sala de 
operação até sua alta da sala de recuperação pós-anestésica; 
- Pós-operatório imediato: da alta do paciente da sala de recuperação pós-
anestésica até as primeiras 48 horas pós operatórias. 
Para cada uma hora de cirurgia, são necessárias 2,25 horas de assistência 
de Enfermagem. 
No que se refere à proporção do quadro de pessoal, 65% são Enfermeiros 
e 35% técnicos com atribuições de circulação de sala à instrumentação 
cirúrgica. 
 
3.1 Competências e atribuições 
 
Enfermeiro coordenador 
 Organizar e prover a unidade de recursos materiais e humanos, e manter 
o ambiente em boas condições de funcionamento 
 Planejar as ações assistenciais e administrativas do Centro Cirúrgico, 
norteando-se pelo regulamento interno. 
 Gerenciar as ações planejadas através de metodologia científica e 
humanística, para eficiência no atendimento ao paciente. 
 Controlar a quantidade e a qualidade de recursos humanos, bem como a 
qualidade da assistência prestada. 
 Supervisionar e avaliar o desempenho do pessoal que está sob sua 
responsabilidade. 
 Opinar sobre a qualidade e quantidade de recursos materiais, 
possibilitando maior acerto na aquisição destes. 
 Planejar, executar e avaliar programas de educação continuada aos 
componentes da equipe de enfermagem. 
 Elaborar as escalas de folga e de férias dos componentes da equipe de 
enfermagem, procurando atender as suas solicitações. 
 Manter um bom relacionamento com os componentes da equipe cirúrgica 
e de anestesia, visando à assistência ao paciente. 
 Manter integração com os enfermeiros das unidades de internação, 
chefias dos departamentos e setores do hospital e outros serviços extra-
hospitalares. 
 Colaborar no desenvolvimento do ensino, atualização e pesquisas 
realizadas. 
 Elaborar e atualizar o regulamento interno e manual de procedimentos. 
 Apresentar relatórios mensal e anual sobre as atividades realizadas no 
Centro Cirúrgico. 
 
 
 
 
 
Enfermeiro assistencial 
 Receber o plantão e tomar as providências necessárias relativas às 
atividades administrativas e assistenciais. 
 Providenciar o transporte do paciente para o centro cirúrgico. 
 Receber o paciente, avaliando suas condições físicas e emocionais e 
procurando atender aos problemas identificados 
 Coordenar as atividades assistenciais prestadas pelos componentes da 
equipe de enfermagem. 
 Controlar, diariamente, os gastos de psicotrópicos 
 Elaborar o programa ou mapa operatório para o dia seguinte, com base 
nos pedidos de cirurgia recebidos. 
 Supervisionar a limpeza diária e semanal da sala de cirurgia e demais 
elementos da planta física do Centro Cirúrgico. 
 Realizar a visita pré-operatória. 
O enfermeiro deve ainda tomar medidas para evitar a infecção da ferida 
operatória, devendo supervisionar ações referentes ao paciente, aos 
componentes das equipes que atuam no Centro Cirúrgico, material 
esterilizado, instrumentais e equipamentos. São elas: 
 Avaliar o preparo físico realizado no pré-operatório. 
 Certificar-se da incidência da infecção de ferida operatória. 
 Exigir o uso correto do uso correto da roupa privativa do Centro 
Cirúrgico de todos os profissionais e pessoas que venham da área 
externa. 
 Controlar o número de pessoas na sala durante o ato cirúrgico, bem 
como o trânsito desnecessário da mesma. 
 Propiciar exame médico e laboratorial periódico dos componentes da 
equipe de enfermagem. 
 Preparar, acondicionar e armazenar o material esterilizado em local 
apropriado. 
 Realizar testes bacteriológicos nos aparelhos de esterilização. 
 
 Avaliar periodicamente as condições de uso dos instrumentais e 
equipamentos. 
 Fazer pesquisa bacteriológica no ambiente, bem como avaliar a 
qualidade dos produtos químicos usados na limpeza e desinfecção. 
 Desenvolver trabalho conjunto com a CCIH. 
 
 
Técnico e Auxiliar de Enfermagem 
 Auxiliar o enfermeiro, sempre que necessário. 
 Verificar o estado de conservação e funcionamento dos aparelhos e 
equipamentos, solicitando conserto e troca imediatos. 
 Verificar a temperatura e iluminação da SO. 
 Controlar o estoque de material esterilizado e as respectivas datas de 
esterilização 
 Responsabilizar-se pela identificação e encaminhamento das peças 
cirúrgicas aos laboratórios especializados. 
 Exercer as atribuições de circulante de sala (geralmente auxiliar de 
enfermagem de enfermagem) 
 Prover a sala de operação com recursos adequados às necessidades 
do cliente a segundo as especificidades de cada intervenção 
anestésico-cirúrgica. 
 Montar a sala de operação. 
 Auxiliar o cliente no transporte da maca para a mesa de cirurgia e vice-
versa, assim como no seu posicionamento, procurando manter sua 
privacidade e permeabilidade de cateteres e sondas. 
 Participar dos treinamentos e programas de atualização fornecidos pela 
instituição. 
 Observar o bom funcionamento do sistema de gases. 
 Estar atento para a placa dispersiva de energia do eletrocautério. 
 Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica, e atentar para a técnica 
asséptica na abertura dos materiais estéreis. 
 
 Auxiliar o anestesiologista na indução e reversão do procedimento 
anestésico. 
 Em situações emergenciais ou imprevistas solicitar a presença do 
enfermeiro. 
 Realizar o controle de débito de materiais utilizados na SO. 
 Encaminhar o paciente para a unidade de origem tomando os cuidados 
pertinentes com drenos, sondas ou cateteres. 
 Realizar o registro de todas as informações no prontuário ou impresso 
padronizado pela instituição. 
 Ao término do procedimento cirúrgico proceder à desmontagem da SO 
e encaminhar os materiais contaminados ao CME. 
 Realizar o registro de todas as informações no prontuário ou impresso 
padronizado pela instituição. 
 
O referencial mínimo para o quadro dos profissionais de enfermagem - 
em Centro Cirúrgico (CC) considera a Classificação da Cirurgia, as horas de 
assistência segundo o porte cirúrgico, o tempo de limpeza das salas e o tempo 
de espera das cirurgias, conforme indicado no estudo de Possari, para efeito de 
cálculo devem ser considerados: 
Como horas de enfermagem, por cirurgia no período eletivo: 
 1,4 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 1 
 2,9 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 2 
 4,9 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 3 
 8,4 horas de enfermagem, por cirurgia de Porte 4 
 
 Para cirurgias de urgência/emergência, e outras demandas do bloco 
cirúrgico (transporte do paciente, arsenal farmácia, RPA entre outros), utilizar o 
Espelho Semanal Padrão. 
 
Como tempo de limpeza, por cirurgia: 
 Cirurgias eletivas - 0,5 horas; 
 Cirurgias de urgência e emergência - 0,6 horas. 
 
 
Como tempo de espera, por cirurgia: 
 0,2 horas por cirurgia. 
 
Como proporção profissional/categoria, nas 24 horas: 
 Relação de 1 enfermeiro para cada três salas cirúrgicas (eletivas) 
 Enfermeiro exclusivo nas salas de cirurgias eletivas e de 
urgência/emergência de acordo com o grau de complexidade e 
porte cirúrgico. 
 Relação de 1 profissional técnico/auxiliar de enfermagem para 
cada sala como circulante (de acordo com o porte cirúrgico). 
 Relação de 1 profissional técnico/auxiliar de enfermagem para a 
instrumentação (de acordo com o porte cirúrgico). 
4 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM AMBIENTE 
CLINICO-CIRÚRGICO. 
 
Fonte: faculdadeinspirar.com.br 
 
De acordo com Pitrez e Pioner (2003, p.19) define-se como “pacientecirúrgico aquele cujo tratamento implica um ato cirúrgico”. Este tipo de terapia 
pode representar uma agressão orgânica, psíquica e apresenta características 
definidas. 
Além de que, na maioria das vezes, o paciente não se encontra preparado 
para o inesperado: como o diagnóstico da necessidade de uma cirurgia, que traz 
 
características particulares dessa situação de risco, crítica e evasiva, com 
indefinição de fatos que irão advir, transformando a intervenção em uma situação 
assustadora, que traz à tona sentimentos dolorosos e angustiantes. 
 Nessa perspectiva Carraro (1997, p.4) enfatiza que: Uma situação 
cirúrgica envolve não apenas o ato cirúrgico em si, [...] mas envolve mudança da 
rotina diária do ser humano, separando-o do contexto a que está habituado e 
expondo-o ao estresse de uma hospitalização carregada de características e 
singularidades. 
Dentre estas características destacam-se a solidão, o medo, a ansiedade, 
a esperança, a mudança de hábitos e a necessidade imposta de se relacionar 
com a diversidade de pessoas de princípios desconhecidas, entregando-se aos 
seus cuidados. Os pacientes ficam bastante vulneráveis ao ambiente hospitalar. 
 Para Durman (2000) o paciente ao se internar não deixa sua essência 
humana na portaria do hospital, ele traz consigo sua inteligência, seus 
sentimentos e seus mitos em relação à doença, vêm com numerosas percepções 
desenvolvidas na sua cultura, educação e toda bagagem de vida. 
Sendo a enfermagem uma profissão em que as (os) enfermeiras (os) 
prestam cuidados a outras pessoas, o cuidar se torna uma ação inerente à 
profissão. 
Para Waldow (1998) cuidar é a nossa prática, que se caracteriza por 
ações e comportamentos de cuidar, podendo ser considerada uma forma de ser 
e de se relacionar. 
 Neste sentido, para a autora o processo de cuidar pode ser entendido 
como um conjunto de ações e comportamentos realizados no sentido de 
favorecer, manter ou melhorar o processo de viver ou morrer, proporcionando ao 
paciente a necessidade que apresenta de conforto físico, emocional e espiritual. 
4.1 Período pré-operatório 
Conceito: É um período que se inicia na admissão e vai até o momento 
da cirurgia. 
Objetivos: 
 Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, 
para garantir-lhe menores possibilidades de complicações. 
 
 Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente. 
Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório 
poderá ser feito em alguns dias ou até mesmo em minutos. 
 As cirurgias que exigem um rápido preparo são as cirurgias de 
emergência estas devem ser realizadas sem perda de tempo a fim 
de salvar a vida do paciente. 
 Diminuir riscos no intra-operatório. 
 Evitar complicações e desconfortos no pós-operatório. 
 
Preparo pré-operatório: 
 Preparo psicológico: Tem como objetivo assegurar confiança e 
tranquilidade mental ao paciente. A internação para o paciente pode 
significar reclusão, afastamento dos familiares e o paciente podem ficar 
ansioso e cheio de temores. 
O trabalho, a vida diária do paciente é momentaneamente paralisada e o 
desconhecimento do tratamento a que será submetido, tudo isso gera 
stress, insegurança, desassossego e medo. 
Estes estados psicológicos quando não reconhecidos e atendidos pode 
levar o paciente a apresentar vômitos, náuseas, dor de cabeça, não 
cooperando para a recuperação pós-cirúrgicas, levando-o a complicação 
respiratórias, agitação e outros problemas. 
Para auxiliar o paciente a enfermagem deve ser calma, otimista, 
compreensiva, e saiba como desenvolver confiança. 
Inteirados da aflição do paciente a enfermeira chefe deve ser notificada 
para que tome a melhor medida. 
Muitas vezes o paciente tem medo da morte, durante ou após a cirurgia, 
tem medo de não acordar da anestesia, tem medo de perder qualquer parte 
do corpo ou de sentir dor durante a cirurgia. 
Dependendo da necessidade, a enfermeira solicitara a presença do 
cirurgião ou anestesista para esclarecer o paciente. 
Portanto a enfermagem, embora solicitando outros profissionais para 
atender o paciente em suas necessidades psicológicas, é principalmente a 
pessoa que ouve, compreende, ampara e conforta. 
 
 Preparo espiritual: Algumas vezes o paciente pode receber a visita do seu 
líder religioso para reaviar-lhe o sentimento de confiança e fé. 
 Preparo físico: Consiste em preparar o corpo e o organismo do paciente 
para o ato cirúrgico, através de procedimentos de enfermagem e 
administração de medicamentos prescritos. 
 
Preparo físico 
É dividido em três etapas: 
1 – Inicial 
2 – Na véspera da cirurgia 
3 – No dia da cirurgia 
 
 Preparo inicial 
Quando o paciente vai ser submetido a exames laboratoriais (exames 
pré-operatórios), que vão assegurar a viabilidade ou não da cirurgia. 
Nesta fase, a atuação da enfermagem no preparo se relaciona: 
– Ao preparo do paciente, explicando os procedimentos a serem realizados. 
– A coleta e encaminhamento dos materiais para exames. 
– A manutenção do jejum quando necessário. 
– A aplicação de medicamentos, soro e sangue. 
– A realização de controles. 
– Sinais vitais. 
– Diurese. 
– Observação de sinais e sintomas. 
– Anotações no prontuário e afins. 
 
 Preparo físico na véspera da cirurgia 
Tem por objetivo remover toda a fonte de infecção, através da limpeza e 
desinfecção conseguida com um mínimo de esgotamento do paciente. 
Nessa segunda etapa, a atuação da Enfermagem consiste em : 
– Verificar lista de cirurgia quais os pacientes que serão operados, nome da 
cirurgia, horário, se há pedido de sangue, preparos especiais ou de rotina. 
– Providenciar material e colher a amostra de sangue para tipagem sanguínea. 
– Observar sintomas como tosse, coriza, febre, variação de P.A e outros. 
 
Proceder à limpeza e preparar a pele para cirurgia da seguinte forma: 
– Tricotomia da região a ser operada, bem ampla. 
– Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa. 
– Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder 
observar a coloração durante a cirurgia. 
– Mandar barbear os homens. 
– Dieta leve no jantar. 
– Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a prescrição medica. 
– Jejum após o jantar, orientar o paciente. 
– Promover ambiente tranquilo e repousante. 
 
 Preparo físico no dia da cirurgia. 
Período que se inicia na véspera da cirurgia e vai até o momento de iniciar o ato 
cirúrgico. 
Nessa terceira etapa, a atuação da Enfermagem consiste em: 
– Verificar se o jejum continua sendo mantido. 
– Verificar se todos os cuidados da véspera foram feitos. 
– Remover maquiagem, próteses e joias. As joias e próteses serão guardadas 
conforme rotina do local. 
– Verificar e controlar os sinais vitais. 
– Aplicar a medicação pré-anestésica seguindo prescrição medica e 
geralmente é feito de 30 a 45 minutos da cirurgia. 
– Checar a medicação pré-anestésica dada. Ela acalma o paciente. 
– Fazer as anotações no prontuário. 
– Ajudar o paciente a passar da cama a maca. 
– Levar a maca com o paciente até o centro cirúrgico, juntamente com o 
prontuário. 
– Qualquer cuidado não efetuado deve ser comunicado ao centro cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
 
Resumindo os cuidados dessa etapa: 
Preparo da pele, assepsia e antissepsia 
 
 
 
Tricotomia 
 Consiste na raspagem ou retirada dos 
pelos da região que será incisionada e 
áreas circunvizinhas. 
 Higiene e limpeza com água e sabão ou 
soluções anti-sépticas na região 
tricotomizada. 
 As áreas para tricotomia variam de 
acordo com o tipo de cirurgia. 
 
 
 
 
 
Higiene corporal 
 Se estiver em condições, o próprio 
paciente deverá ser orientado para tomar 
um banho completo. Dá-se maior 
importância à região onde será feita a 
incisão. 
 Em pacientes do sexo feminino deve-se 
observar se as unhas estão pintadas; 
nesse caso o esmalte será removido. 
 Em pacientes do sexo masculinopode-se 
fazer tricotomia facial (barbeá-los) antes 
da cirurgia. 
 
 
 
 
Alimentação 
 Inclui a orientação sobre o jejum. O 
período para o jejum pode variar de 
acordo com a cirurgia. 
 A finalidade deste é manter o trato 
intestinal livre de resíduos. 
 Em média se exige de 8 a 12 horas. 
 Esse esvaziamento evita que o paciente 
apresente vômito durante a cirurgia, 
especialmente em caso de anestesia 
geral (Por estar inconsciente existe a 
possibilidade de que ele aspire parte do 
líquido e alimentos para o interior dos 
 
pulmões, causando complicações sérias 
como: asfixia, pneumonia e abcesso 
pulmonar). 
 Em caso de jejum deve-se também 
suspender a medicação V.O. (sempre sob 
orientação médica) 
 
 
 
 
 
Preparo intestinal 
 Pode ser feito através da lavagem 
intestinal, enemas, laxantes, conforme a 
prescrição médica. 
 Tem por finalidade esvaziar o intestino a 
fim de evitar incontinência fecal, 
acidentes como a perfuração da alça 
intestinal durante a cirurgia, bem como 
prevenir a formação de gases no pós-
operatório. 
 É importante que se avalie o efeito e seja 
anotado no prontuário. Caso o efeito não 
seja satisfatório, ou seja, não haja 
suficiente eliminação de fezes, comunica-
se ao médico que poderá solicitar a 
repetição do procedimento. 
 
4.2 Período pós-operatório 
Os cuidados de enfermagem no pós-operatório são aqueles realizados 
após a cirurgia até a alta. Visam ajudar o recém operado a normalizar suas 
funções com conforto e da forma mais rápida e segura. 
Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente 
internado. 
*Observação: nos hospitais que possuem no centro cirúrgica sala de 
recuperação, pós-anestésica, recebem os pacientes nestes locais 
imediatamente após a cirurgia dando-lhes assistência até a normalização de 
reflexos e sinais vitais. 
 
Só posteriormente esse paciente é encaminhado a unidade onde estão 
internados. 
Cuidados no preparo da unidade visa equipa-la para o recebimento do 
paciente operado, a fim de proporcionar-lhe conforto, segurança e rápido 
atendimento. Esse preparo é feito após o encaminhamento do paciente para a 
S.O. 
Objetivos: 
 Restabelecer ao máximo a função fisiológica normal e assegurar sua 
volta às atividades normais. 
 Evitar complicações e desconforto pós-operatório tardio e pós-alta. 
 
Atuação da enfermagem no pós-operatório imediato 
O pós-operatório imediato corresponde às primeiras 24 horas após o 
término da cirurgia. A atuação da enfermagem neste período consiste em: 
Preparo da unidade do paciente. 
O preparo da unidade do paciente visa adequar o leito e a unidade toda para 
receber o paciente operado proporcionando-lhe o máximo de conforto e 
segurança. Esse preparo inicia-se logo após o encaminhamento do paciente 
ao Centro Cirúrgico e consiste em: 
- Limpeza geral da Unidade. 
 - Arrumação da cama: cama de operado. 
- Trazer suporte de soro e deixá-lo ao lado da cama. 
- Manter ambiente calmo, arejado e aquecido, semi-obscuro 
 
Recepção do paciente na unidade (quarto) após a cirurgia 
Transportá-lo da maca para a 
cama. 
Extremo cuidado nessa conduta, a fim de 
que o paciente não seja exposto e que 
não haja nenhum tipo de dano ou lesão na 
área da cirurgia. 
Posicionar o paciente de 
acordo com o tipo de cirurgia e 
anestesia. 
De modo geral, deve-se manter a cabeça 
lateralizada, a fim de evitar que o paciente 
aspire vômitos ou mesmo que a língua 
obstrua as vias respiratórias 
 
 
 
 
Observar SSVV frequentemente 
e tomar providências com 
relação a alterações. 
Em geral: 
 Na primeira hora verifica-se SSVV de 15 
em 15 minutos; 
 Na segunda hora de 30 em 30 minutos; 
 Da terceira à quarta hora passa-se a 
verificar de hora em hora. 
 A partir daí ou das doze horas após a 
cirurgia, de duas em duas horas. 
 Depois disso, rotineiramente. Este 
esquema pode ser alterado dependendo 
das condições do paciente. 
Manter ambiente tranquilo  Semi-obscuro e paciente 
confortavelmente aquecido. 
Observar  Perfusão da venóclise e necessidade de 
restrição. 
Observar curativo  Sobretudo com relação à sangramentos 
excessivos. 
 Atenção para sangue de cor vermelho 
vivo. 
 Observar presença de  Drenos, sondas, tipo da drenagem, se 
mantida aberta ou fechada, o tipo de 
líquido drenado, volume, etc; 
Em caso de sondas (FOLEY, 
SNG, ENTERAL, ETC) 
 Atenção para líquido que estiver sendo 
eliminado através delas. 
Observar sinais e sintomas de 
hemorragia 
 Pulso filiforme, taquipnéia, taquicardia, 
prostração, sudorese, pele fria, palidez 
indicadores de choque hipovolêmico. 
 Observar diurese  A primeira micção deve ocorrer nas 
primeiras oito horas pós-cirurgia. 
 Atenção para a presença de bexigoma. 
 A retenção urinária pode acontecer 
devido ao espasmo esfincteriano 
consequente do uso de anestésico, 
 
sobretudo em caso de cirurgias do baixo 
abdômen ou perineais. 
Pele  Observar coloração e temperatura da 
Secreções  Aspirar, se necessário 
Medicação 
 
 Administrar toda a medicação prescrita, 
sobretudo analgésicos e antibióticos. 
 Observar a regra dos 9 certos. 
 
Observações: 
 Quanto ao uso de travesseiro: 
 Em anestesia geral: deve-se deixar o paciente em decúbito dorsal 
horizontal, sem travesseiro, pelo menos até a manhã seguinte; 
 Em anestesia raquidiana: não se deve colocar travesseiro, nem 
elevar a cabeceira do leito por 6h. Hoje muitos médicos já não 
recomendam essa restrição. 
 Em anestesia peridural: não se coloca o travesseiro até que o 
paciente esteja totalmente consciente, ou também a critério 
médico. 
O período de jejum pós-operatório: 
Varia conforme a cirurgia e o estado do paciente. Em geral não se 
administra nada via oral antes que o reflexo de deglutição tenha voltado 
completamente. 
 
Atuação da enfermagem no pós-operatório mediato ou tardio 
É o período que inicia depois das primeiras 24 horas. O paciente 
permanecerá internado na clínica cirúrgica até o momento da alta. Esse período 
varia conforme a cirurgia realizada e, principalmente de acordo com as reações 
individuais de cada paciente. 
Os cuidados aplicados nesse período visam proporcionar ao paciente 
uma recuperação mais rápida preparando-o para voltar às atividades normais. 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOS 
Controlar SSVV  Conforme a rotina da clínica. 
 Atenção para PA. 
 Uma hipotensão pode ser sinal de 
hemorragia. 
 Observar diurese  Volume, aspecto, sedimentação, 
incontinência ou retenção, etc. 
 Pacientes com sonda vesical Foley podem 
ser submetidos à exercícios vesicais, se 
não houver contraindicação médica. 
Observar evacuação  Quantidade, frequência, consistência e 
odor. 
Curativo  Realizar curativo na incisão cirúrgica e 
local do dreno. 
 Observar e anotar o aspecto da incisão, o 
processo de cicatrização e a presença de 
secreções. 
Deambulação  Iniciar deambulação precoce a fim de evitar 
complicações pulmonares (acúmulo de 
secreções), circulatórias e intestinais. 
 Medicação  Administrar toda a medicação prescrita, 
sobretudo analgésicos e antibióticos. 
 Observar a regra dos 9 certos. 
Orientar o paciente e a 
família sobre os cuidados 
após a alta. 
 
Registro das condutas e 
ações 
 Registrar todos os cuidados administrados 
ao paciente em seu prontuário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES E 
DESCONFORTOS NO PÓS-OPERATÓRIO 
5.1 Complicações Imediatas 
I. Náuseas e Vômitos 
São transtornos frequentes no pós-operatório imediato. O grande problema 
é a aspiração que pode causar asfixia e levar ao óbito ou pneumonia 
aspirativa. Em caso de SNG deve-se desobstruí-la. 
As principais causas são: 
 Efeitos dos anestésicos principalmente os utilizados em anestesia 
geral; 
 Deglutição de sangue e secreções nas cirurgiasde nariz e garganta; 
 Não observação do jejum pré e pós-operatório. 
Cuidados de enfermagem: 
Lateralizar a cabeça para escoamento do vômito, evitando 
aspiração; 
 Suspender ingestão V.O; 
  Administrar antiemético via parenteral conforme prescrição médica; 
 Anotar e comunicar o número de vezes e a quantidade eliminada; 
 Manter o paciente e o ambiente higienizado. 
 
 
Considerações sobre a retirada de pontos: 
A cicatrização é um processo que ocorre de dentro para fora. 
A cicatrização de uma ferida pode ocorrer sem problemas (1ª 
intenção) ou apresentar dificuldades para cicatrização imediata (2ª 
intenção), ou ainda, necessitar de uma nova sutura (3ª intenção). 
 A retirada de pontos de uma incisão operatória é feita, 
geralmente, no 7º ou 10º dia pós-operatório ou nos dias posteriores, 
seguindo sempre orientação médica. 
 
 
II. Sede 
A medicação pré-anestésica (Atropina) diminui a produção de saliva, isso 
é benéfico porque impede que o paciente degluta a saliva, mas produz o 
ressecamento da boca e da garganta. 
Cuidados de enfermagem: 
 Atenção para não oferecer água enquanto o peristaltismo não 
retornar (conforme prescrição médica). 
 Umedecer os lábios do paciente com frequência utilizando uma gaze 
ou bola de algodão embebida em água. 
 
III. Soluço: 
São espasmos diafragmáticos intermitentes provocados pela obstrução do 
nervo frênico, mas de causa ainda obscura. 
Causas: 
 Irritação provocada pela SNG; 
Distensão gástrica pelo acúmulo de líquido ou alimento no estômago; 
 Paciente molhado ou com frio. Cuidados de enfermagem: 
 Eliminar a causa (se for a SNG não se deve retirá-la sem ordem 
médica); 
 Fazer aspiração pela SNG; 
 Respirar dentro de um saquinho cheio de ar. O dióxido de carbono 
diminui a irritação do Nervo Frênico. 
 
IV. Dor: 
Seu aparecimento deve ser esperado depois de qualquer cirurgia, 
principalmente nas primeiras 48 h. 
Causas: 
 Traumatismo cirúrgico: toda cirurgia consiste em uma agressão ao 
organismo tanto aspecto físico quanto psíquico e a dor, portanto 
persiste, até que o organismo se recupere desse traumatismo; 
 Ansiedade/nervosismo: cada indivíduo apresenta um limiar diferente 
para a dor, alguns a aceitam mais facilmente, outros são mais 
 
sensíveis permanecendo tensos e temerosos, o que aumenta a 
intensidade da dor. 
Cuidados de enfermagem: 
 Identificar o tipo, localização e intensidade da dor, avaliando-se a 
dor se irradia para outras regiões e se está relacionada com a 
movimentação, respiração, tosse, etc. 
 Observar sinais de palidez, sudorese, náuseas, vômitos, frequência 
respiratória, etc; 
 Administrar analgésicos conforme prescrição médica. Como a dor é 
um sintoma esperado no pós-operatório, o médico geralmente já 
deixa prescrito um analgésico para ser administrado. Cabe à 
enfermagem avaliar a necessidade real de administrar esse 
analgésico, devendo prestar atenção ao uso de narcóticos. 
 
V. Hemorragia 
Caracteriza-se por uma perda anormal de sangue e seus efeitos dependem 
do estado geral do paciente, da ocasião de sua ocorrência e da quantidade 
de sangue perdido. 
Classificação: 
 Hemorragia primária: é a que ocorre durante a cirurgia; 
 Hemorragia secundária: é a que ocorre no pós-operatório. Deve-
se tomar medidas imediatas. 
 Hemorragia externa: quando o sangramento se exterioriza pela 
ferida ou através de um orifício natural (boca, nariz, vagina, etc); 
 Hemorragia interna: quando o sangue escoa para dentro de uma 
cavidade fechada (crânio, tórax, abdômen). É a mais grave das 
hemorragias porque quando se manifestam os sinais/sintomas o 
indivíduo já perdeu grande quantidade de sangue; 
 Causas: 
 Defeitos na ligadura dos vasos pela falha técnica do cirurgião; 
 Tensão exagerada sobre a sutura; 
 Distúrbios hemorrágicos, deficiência de vitamina K, etc. 
 
 
Cuidados de Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
Hemorragia Interna: os cuidados de 
enfermagem nesse caso visam a 
detecção e a prevenção do 
agravamento. 
 Reconhecer os sinais e sintomas. 
 Controlar SSVV. 
 Comunicar o médico. 
 Manter drenos permeáveis para 
prevenir *tamponamento cardíaco 
e manutenção adequada do 
volume intravascular. 
 Observar e comunicar sinais e 
sintomas de choque; 
 Puncionar ou manter veia calibrosa 
e infundir rapidamente soluções 
endovenosas; 
 Colocar o paciente em posição de 
Trendlemburg para facilitar a 
irrigação dos pulmões, rins e 
coração (no caso de hemorragias 
intracranianas, manter o paciente 
em posição de Fowler); 
 Manter paciente aquecido. 
 Providenciar tipagem sanguínea. 
 
*Pode ocorrer por acúmulo de sangue em 
torno do coração e compressão do 
miocárdio, impedindo o retorno venoso, 
diminuindo o débito cardíaco e a pressão do 
sangue. 
 
 
 
Hemorragia Externa: o controle 
geralmente é menos complicado, por 
a mesma ser visível. 
 Repouso no leito: evitando o 
aumento do sangramento. 
 Fazer compressão direta sobre o 
local da hemorragia, utilizando 
compressas estéreis. 
 Fazer compressão nas artérias 
próximas ao local da hemorragia. 
 Controlar SSVV. 
 Se o sangramento for via oral ou 
nasal (epistaxe) voltar a cabeça 
para o lado a fim de evitar asfixia. 
 
VI. Choque: 
O choque pode ser definido como uma depressão de todos os centros 
vitais, devido deficiência de sangue e oxigênio. É uma complicação grave e 
frequentemente no pós-operatório. 
 
Tipos de Choque: 
Choque Hipovolêmico: causado pela diminuição do volume circulante, 
pela perda do plasma, sangue, etc. 
Choque Neurogênico: distúrbio no SNC provocado por anestésico, 
narcóticos, transtornos emocionais. (Dor intensa, ansiedade, medo). 
 Choque Cardiogênico: é aquele que se instala devido a uma deficiência 
cardíaca, ou seja, o coração não consegue bombear quantidade de sangue 
suficiente para o organismo. (Causa pode ser IAM e ICC). 
 Choque Séptico: resultante de processos infecciosos; 
Choque Anafilático: resulta da reação antígeno-anticorpo, devido à 
hipersensibilidade do organismo a determinadas substâncias como penicilina, 
etc. Os sintomas de um choque anafilático são: sensação de calor, prurido, 
urticária, formigamento, dispneia (edema de glote), cefaleia, sensação de 
opressão no peito. 
 Choque Pirogênico: caracteriza-se por uma reação febril devido a 
presença de pirógenos (agentes que aumentam a temperatura corporal), e 
 
contaminação de materiais e soluções utilizadas me procedimentos que tenham 
tido contato endovenoso (punção). 
 
Cuidados de enfermagem 
  Controlar rigorosamente SSVV (15/15’) 
  Manter paciente calmo 
 Colocar paciente em Trendelemburg 
 Manter vias respiratórias livres 
 Manter medicação de emergência à mão 
 
VII. Hematomas 
 É o extravasamento de sangue, localizado, e que se encapsula facilmente 
no tecido conjuntivo. 
Causas 
 Rompimento de vasos 
 Hemostasia incorreta. 
 
Cuidados de enfermagem 
Se o hematoma for pequeno, há reabsorção espontânea. 
Se o hematoma for extenso, o cirurgião indicará a ablação de determinados 
pontos de incisão. 
Observar com rigor a frequência, o aspecto da incisão e dos curativos, 
anotando as alterações. 
 
 VIII. Úlceras de decúbito 
 São lesões que se iniciam na pele por hiperemia, seguidas de ulcerações e 
necrose local, que progressivamente, podem atingir os demais tecidos, 
chegando inclusive a exposição de tecido ósseo. 
Causas 
 Pressão local por permanência prolongada na mesma posição; 
 Pressão ou fricção local por ataduras, talas ou aparelhos; 
 Roupas úmidas e enrugadas; 
 Pacientes obesos, caquéticos ou desnutridos. 
 
 
Cuidados de enfermagem 
 Mudança de decúbito de 2/2 horas. 
 Massagens nas regiões mais propensas para estimular a circulação 
local. 
 Aplicação de rodas de conforto e rolos de apoio. 
 Curativos e prevenção de infecteslocal. 
 Uso de colchão d´água ou ar. 
 
XIX. Complicações da Ferida Operatória 
 A infecção da ferida operatória é uma complicação tardia das mais graves e 
que traz maiores preocupações. 
Prevenção 
 Lavar as mãos; 
 Tricotomia; 
 Assepsia e esterilização rigorosa dos instrumentos cirúrgicos; 
 Isolar paciente infectado. 
Cuidados de enfermagem 
 Administrar antibióticos e analgésicos. 
 Trocar os curativos com frequência e técnica pertinente. 
 Observar e anotar aspecto, cor, odor, e quantidade das secreções 
drenadas. 
 Colher secreções local e encaminhar para cultura. 
 
Tipos de complicações na ferida operatória 
 Deiscência de sutura: é o afastamento das bordas da incisão cirúrgica, 
total ou parcialmente. 
 Evisceração: é o afastamento das bordas da incisão cirúrgica com ruptura 
do peritônio e exteriorização das vísceras. 
 
 
 
 
 
 
Cuidados de Enfermagem 
 Nos casos onde há apenas deiscência, fazer curativos aproximando as 
bordas da ferida. É possível cicatrização por segunda intenção. 
 Favorecer repouso, numa posição que evite ao máximo a tensão na 
parede abdominal; no caso de evisceração, nunca tentar recolocar as 
vísceras dentro da cavidade. 
 Proteger o local com gazes estéreis e umedecidas com solução 
fisiologias de cloreto de sódio. 
 Comunicar e anotar a ocorrência no prontuário. 
 
X. Prevenção de Infecções Hospitalares 
 Lavar as mãos; 
 Utilizar materiais esterilizados nos procedimentos invasivos e na 
realização de curativos; 
 Observar técnicas assépticas na execução das mesmas em enfermagem; 
 Ter cuidado no manuseio de roupas sujas; 
 Forrar colchões e travesseiros com material impermeável a fim de facilitar 
a limpeza e dificultar a contaminação; 
 Não sentar nos leitos dos pacientes 
 Não contaminar roupas hospital ares limpas; 
 Isolar pacientes infectados; 
 Orientar e supervisionar os clientes sobre os cuidados de higiene e 
assepsia. 
 
6 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CENTRO 
CIRURGICOS. 
 
Fonte: iegran.com.br 
 
A Sistematização da Assistência de Enfermagem é uma forma de 
organização do trabalho do enfermeiro e visa, através de sua estruturação, 
garantir a melhor qualidade da assistência prestada e assegurar que as 
intervenções de enfermagem sejam elaboradas de acordo com a necessidade 
de cada paciente. 
Ela, proporciona agilidade na descoberta dos diagnósticos de enfermagem 
e do tratamento de problemas de saúde reais e potenciais, enfatizando a 
avaliação do indivíduo não focada apenas na doença. 
Sua implantação deve ocorrer em todas as instituições de saúde 
brasileiras, públicas e privadas, considerando sua institucionalização como 
prática de um processo de trabalho adequado às necessidades da comunidade 
e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as áreas de assistência à 
saúde pelo enfermeiro. 
 Na prática a aplicação da SAE envolve mais que uma sequência de passos 
a serem seguidos, tornando-se menos simples do que sugere a teoria. Apesar 
de sua potencialidade, ainda existem dificuldades em sua implantação nos 
serviços de saúde, uma vez que faz parte da reorganização e sistematização 
das práticas desse serviço. 
 
O centro cirúrgico (CC) é um setor isolado e de grande complexidade 
dentro do contexto hospitalar. Muito dinâmico, estressante e hostil, apresenta um 
ambiente físico frio e fechado, o que estimula o silêncio e o distanciamento entre a 
equipe multidisciplinar e o paciente, transformando o cuidado em um trabalho 
mecânico. 
Diante desse contexto, no que se refere à assistência direta, a 
enfermagem enriquece e estabelece seu corpo de conhecimento próprio em 
suas diversas áreas a partir de uma metodologia, que se denomina processo de 
enfermagem (PE). 
 Trata-se de um instrumento sistemático e humanizado utilizado para 
nortear o cuidado profissional de enfermagem, constituído por cinco etapas: 
histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento, 
implementação e avaliação. 
A operacionalização do PE acontece quando se implementa a Sistematização 
da Assistência de Enfermagem (SAE), que torna mais eficiente o processo de 
trabalho e é a estrutura que norteia o cuidar na enfermagem. No contexto periope- 
ratório, o PE é denominado Sistematização da Assistência de Enfermagem 
Perioperatória (SAEP). 
Assim, a SAEP é uma valiosa ferramenta para que o paciente seja 
assistido de forma integralizada, contínua, segura e humanizada pela enfermagem. 
Pode ainda ser compreendida como um instrumento metodológico que sistematiza 
a prática e proporciona percepção, interpretação e antecipação das respostas 
individuais às alterações de saúde. Também promove intervenção adequada, 
planejada e fundamentada dos problemas identificados no paciente no período 
perioperatório, assim como a avaliação dos resultados. 
É constituída por cinco fases 
 Visita pré-operatória de enfermagem; 
 Planejamento da assistência perioperatória; 
 Implementação da assistência 
 Avaliação da assistência (por meio da visita pós-operatória de 
enfermagem). 
 
 Reformulação da assistência a ser planejada (segundo resultados 
obtidos e solução de situações não desejadas ou eventos 
adversos). 
 
As visitas pré e pós-operatória são ferramentas que qualificam a 
assistência prestada ao indivíduo e à sua família no período perioperatório. 
A maioria dos profissionais acredita que a SAEP seja uma prática 
indispensável ao atendimento de qualidade para os pacientes. 
Dessa forma, as atitudes que os enfermeiros apresentam no CC figuram 
como uma função significativa na execução de conceitos, visto que contribuem 
para impulsionar a realização de comportamentos correlacionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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