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AULA 5 ESTRATÉGIA DE MARKETING NA ERA DIGITAL Profª Juliana Machado de Sousa 02 CONVERSA INICIAL Olá! Vamos tomar fôlego, pois nesta aula veremos uma das partes mais importantes e extensas desta discilplina: as estratégias digitais! Lembra-se do sentido de ferramentas + usuário = escolha da estratégia? Até aqui, vimos as ferramentas existentes e falamos sobre o usuário. Agora, conforme nosso esquema, chegamos ao momento de falarmos sobre as estratégias, no qual você conseguirá visualizar como tudo o que falamos anteriormente (usuário e ferramental) afeta a escolha de cada uma delas. CONTEXTUALIZANDO A definição das estratégias de marketing é o ponto no qual o gestor tem a oportunidade de mostrar se é bom ou não. O que difere um bom gestor dos demais é, evidentemente, o resultado positivo das ações por ele determinadas. No entanto, é necessário lembrar que essas ações são, sem dúvida, fruto de um planejamento estratégico de marketing geral. Sem isso, as estratégias digitais são ações perdidas, isoladas e que no conjunto não apresentam resultados consistentes. Já comentei com vocês na primeira aula que é preciso desenvolver um plano de marketing, conhecer as ferramentas para depois determinar as estratégias e plataformas (online e/ ou offline). Lembrando disso, convido vocês a conhecerem cada uma das estratégias digitais possíveis dentro do universo tecnológico em que vivemos atualmente: começaremos com as estratégias de presença digital, depois veremos as mobile (dispositivos móveis), as de e-mail marketing, seguiremos para redes sociais e, por fim, conheceremos as estratégias de busca. Quero frisar que essas estratégias não são necessariamente implementadas de forma isolada; elas podem (e até devem) ser combinadas entre si, dependendo do objetivo. Aqui elas serão apresentadas de forma separada apenas por uma questão didática. TEMA 1 – ESTRATÉGIAS DE PRESENÇA DIGITAL Como o próprio nome já diz, são estratégias que sinalizam a presença de uma empresa, marca, produto, serviço, celebridade etc. nos meios digitais. Da mesma forma que eles se fazem conhecer/ lembrar nos meios offline, também podem estar no meio online. Dependendo do perfil e do público, estar no meio 03 online é vital. Não ter presença digital significa não existir no mundo virtual, o que para alguns tipos de negócios é o mesmo que simplesmente não existir. Para facilitar, podemos fazer uma analogia: uma empresa que não tem presença digital equivale a uma empresa, que no meio físico (offline) não tem endereço, marca, contato, ou seja, não existe. Existem três tipos de presença: Presença Própria: é estar presente por meio de conteúdos construídos e mantidos pela própria entidade,1 como seu site, blog, perfil em rede social, aplicativos, jogos ou filmes “autoconstruídos”; Presença Gratuita: conteúdos ganhos de forma orgânica, natural, por meio de resultados de busca orgânica oriundos de visitas, comentários, interações e menções de usuários, clientes e curiosos nas redes sociais; Presença Paga: como o próprio nome diz, quando a presença se dá por meio do pagamento de ativos digitais, como anúncios em banners, links patrocinados e qualquer tipo de conteúdo pago. A presença digital, assim como a presença da entidade no mundo físico, deve estar alinhada com seu posicionamento e os seus objetivos. Antes mesmo de se desenvolver qualquer estratégia digital, é preciso primeiro estar presente no ambiente virtual que propicie o desenvolvimento dessa estratégia. Pode parecer loucura isso, mas há entidades que desenvolvem estratégias sem mesmo estar presente no ambiente virtual de forma completa/ estruturada. Quando o cliente entra em contato com uma estratégia bacana, como de realidade virtual aumentada, por exemplo, ele acha o máximo, adere. A estratégia despertou a curiosidade dele, mas ao visitar o site da empresa via celular, percebe que, via mobile, não consegue navegar ou que as funcionalidades são limitadas. Essa pode ser uma falha bastante comum. Mas vocês, meus alunos, sabendo disto, vão tirar de letra, não é mesmo? 1.1 Tipos de conteúdos digitais Para que vocês, como gestores, garantam que sua entidade tenha presença digital, segue uma lista dos principais tipos de conteúdo que podem ser criados/ elaborados/ trabalhados: 1 Entidade aqui é o termo que poderá designar ao mesmo tempo empresa, marca, celebridade, pessoa. 04 Páginas digitais (tanto para desktops quanto para dispositivos móveis): sites, minissites, hotsites, portais, blogs (presença própria); Páginas em Redes Sociais: Ter um perfil no Facebook, Twitter, LinkedIn etc. (presença própria); Criação e desenvolvimento de games, conteúdos e aplicativos pela própria entidade (presença própria); Qualquer outro tipo de conteúdo digital criado com a marca da entidade (presença própria); Banners e anúncios em páginas de buscadores, de terceiros de redes sociais, e-mails, portais, blogs (presença paga); Aparecer nos resultados de buscas orgânicas – geralmente é fruto de um trabalho de criação de conteúdo consistente, abertura para interação com usuários, clientes e outros em páginas por meio de espaço para comentários, publicações etc. (presença gratuita); Comunicados digitais enviados pelas empresas (e-mail marketing) – presença própria; Buzz em redes sociais gerados espontaneamente (presença gratuita). A escolha das melhores plataformas para se estabelecer a presença digital depende do tipo de negócio da empresa, imagem de marca e o seu posicionamento. Também é preciso levar em consideração as questões de controle das presenças própria e paga, que diferem entre si. As presenças próprias e pagas são mais fáceis de controlar, pelo menos em termos do conteúdo que é liberado e divulgado pelas entidades. Já a presença gratuita é impossível controlar, visto que é fruto da percepção, interatividade (comentários/ avaliação) de terceiros. Empresas com muitos produtos/ serviços geralmente precisam de mais de um site para poder detalhar característica de produtos; empresas pequenas e pessoas físicas (profissionais liberais, prestadores de serviços) são satisfeitos com a criação de um blog, ambiente propício à interatividade e criação de engajamento. Para empresas B to C (Business to Consumer) é interessante estar em redes sociais, como o Facebook, por exemplo, pois ali seus clientes e possíveis clientes estão interagindo e buscando informações. Já para empresas B to B (Business to Business), redes como o LinkedIn ou Twitter podem ser mais interessantes. Negócios que estão atrelados a um local, como museus, restaurantes, casas de shows etc., podem fazer uso de estratégias mobile, por 05 meio de celulares, já que a localização e a qualidade de interação são primordiais para interagir com este tipo de negócio. O modo mais interessante para pessoas criarem sua presença digital é por meio de perfis em redes sociais e/ ou blogs. Pode também ser uma estratégia válida para determinadas empresas, por meio da criação de conteúdo que interesse seus públicos. Criar blogs que abordem temas de interesse e não apenas enfoquem em venda de produtos e serviços específicos contribuem para o engajamento, podendo trazer alguns benefícios. Enfim, como disse anteriormente, tudo depende do negócio e seu posicionamento. Tendo isso em mente, um caminho a seguir rumo ao mundo virtual é, primeiro, escolher uma estratégia de presença digital. São basicamente quatro as estratégias utilizadas: e-mail marketing, mobile marketing, marketing em redes sociais e marketing de busca. Vejamos a seguir. TEMA 2 – ESTRATÉGIAS MOBILE Conforme falamos na Aula 3, quando abordamos as ferramentasde tecnologia móvel, o mundo está mudando e a Internet das Coisas é o novo paradigma deste tempo. Os aparelhos de tecnologia digital, em especial os celulares, já são uma extensão de nossos corpos. Praticamente não há distinção por onde vem a informação: se originada pelo próprio usuário, vinda por meio de tags de rastreamento ou de dispositivos de geolocalização. Pessoas, coisas e até animais estão ligados à grande rede de computadores. 2.1 Rápido contexto Para você que poderão atuar ou atuam com marketing digital, devem ter em mente que quando se fala em dispositivos móveis, estamos falando não apenas de celulares, mas de tablets, PDA´s (assistente digital pessoal, como palm tops), book readers, tags, GPS, console de jogos etc). Todas essas tecnologias são alavancadas pelo movimento migratório cada vez mais crescente do desktop para as plataformas móveis, similar ao ocorrido anos atrás da televisão para o computador pessoal. A mobilidade tende a avançar cada vez mais, com o ser humano utilizando, ou melhor “vestindo” o computador aonde quer que vá. Nesse contexto, é importante notar que os objetivos de navegação são diferentes dependendo dos meios pelos quais a informação é acessada. A 06 informação que se busca via desktop é diferente da procurada via web móvel. Os tipos de informação que as pessoas buscam quando estão em mobilidade são: Localização e horários de funcionamento; Preços e detalhes sobre produtos/ serviços; Promoções; Informação de contato. 2.2 Elementos mobile Como dito anteriormente, não se pode pensar em estratégias mobile de forma isolada, mas, sim, como parte de uma estratégia ampla de marketing. Com a crescente acessibilidade de dispositivos móveis, como o celular e a banda larga, as operações e acessos quando em mobilidade cresceu muito nos últimos anos e crescerá ainda mais. Com isso, as possibilidades de uso, interação e integração de plataforma alavancará a possibilidade de estratégias mobile. O céu e a criatividade de gestores e analistas são o limite. Alguns conceitos fazem parte desse contexto e sua combinação é que fazem as estratégias. Alguns deles: Web e sites móveis: A web móvel é o conteúdo da rede acessado via dispositivo móvel, assim como os sites móveis. É preciso criar sites otimizados para as plataformas móveis. Muitas vezes, um site é lindo, rápido quando acessado pelo desktop, mas via mobile não roda, é lento ou não permite abrir algumas funcionalidades. Adequação à natureza da plataforma é essencial! Por isso, as dicas para que um site seja otimizado para as plataformas móveis são: otimizar pensando no usuário (de quais aparelhos acessam, porque utilizam o site móvel, qual navegador preferem etc.), escolher baseado no tipo de experiência que o usuário quer ter (não apenas por modismo), deixar contato (telefone, redes, e-mail), otimizar o processo de busca para site móvel, que é diferente do site tradicional; Aplicativos: Permitem uma série de experiências ao usuário por meio de câmeras (vira scanner para vários tipos de usos como leitor de código de barras bidimensionais (QRCodes), reconhecimento de imagens, faces e cores via realidade aumentada, por exemplo), GPS e acelerômetro (efeitos para jogos e interatividade); Display: Essa é a era do display. Independentemente da plataforma, é preciso lembrar que com a quantidade imensa de telas, apenas quem 07 apresentar conteúdo relevante e em sintonia com os públicos vai alcançar seus objetivos. E-commerce: Palavra de ordem e emblemática quando se fala em estratégia mobile. Além das funcionalidades necessárias para o site, contatos e interações, uma questão importante se refere aos sistemas de pagamento, que trazem conveniência, sustentabilidade e necessidade de otimização dos dispositivos. Fazem parte das estratégias de mobile payment mencionadas a seguir. 2.3 Estratégias A seguir, algumas sugestões de estratégias possíveis utilizando dispositivos e tecnologias móveis. Anotem! Programar um Site Mobile: Fazer um site otimizado (leia-se adaptado ao dispositivo móvel, conforme mencionado anteriormente) que dará continuidade à experiência do site via desktop. Aqui, o usuário visitará a loja para consultar preços e promoções, em especial quando estiver fisicamente próximo. Buscará a localização exata ou telefone de contato. Utilizar Tags, como QR Code: Conexão entre os canais de marketing disponíveis. Ex: Acesso a conteúdo de anúncios impressos para a tela, acessos da tela para o sistema de pagamento em caso de compras (e- commerce) por meio do uso de tags, como o QR Code. Short Code: caso pretenda realizar alguma ação promocional, esse é o novo caminho, o usuário manda um SMS (com a mensagem que desejar) para participar de uma ação promocional. Aplicativos: Desenvolvidos para interação ou como meio de acesso aos serviços e produtos, típicos de negócios predominantemente ou exclusivamente digitais. Torpedo de Voz: Atendimento via mensagem de voz. A interação do usuário se dá teclando números que o direciona para serviço específico (diminuição de custos de call-center). SMS e Bluetooth: Pode ser usado para campanhas de resposta rápida, tanto virtuais quanto offline. Ex: Ações promocionais usando bluetooth, com envio de mensagens a usuários em tempo real; Mobile Payment e Mobile Ticketing: São estratégias sustentáveis, pois permitem a compra de bilhetes, ingressos online, seguido do envio de código numérico ou QRCode, fazendo com que a impressão de um 08 comprovante não seja mais necessária. Ele é estratégico quando se tem clientes engajados na causa da natureza e/ ou que prezam pela absoluta praticidade e conveniência. As formas de pagamento mobile incluem pagamento via SMS, pagamento via site móvel, via RFID2, cobrança na conta do celular etc. TEMA 3 – ESTRATÉGIAS DE E-MAIL Apesar de parecer um pouco obsoleto, o e-mail e sua consequente utilização para fins de estratégia digital ainda são bastante úteis, em especial no que tange ao compartilhamento de assuntos extensos ou quando é preciso conectar dados de comunicação com banco de dados para permitir o rastreamento e continuidade de ações de relacionamento. Ele continua sendo uma das principais ferramentas de relacionamento e compartilhamento de informações. As pessoas continuam compartilhando dados por e-mail e os links de e-mail são os que apresentam as maiores taxas de conversão e engajamento. Por isso, sem dúvida tem seu lugar reservado entre as estratégias digitais! 3.1 Características Basicamente, o e-mail marketing é uma prática ética de envio de mensagens via e-mail para atingir objetivos de marketing. Ele apresenta as seguintes características: Permissão e ética: deve ser feito com a permissão de quem recebe (Opt- in), deixando uma opção de cancelamento ao receptor (Opt-out)3. Mensuração e rastreamento: permite saber quem recebeu, quem abriu, quando, quantas vezes; assim é possível haver o rastreamento de interações entre entidade/ cliente. Integração de plataformas: ele permite que botões CTA4 direcionem ações às mídias escolhidas, que podem ser sites, redes sociais, portais etc. É também uma opção de recebimento de mensagens de assinatura em 2 Radio Frequency Identification – sensores aplicados a um objeto para rastreá-lo por meio de ondas de rádio, lembram? Vimos na Aula 3 em tecnologias móveis. 3 Opt-in é quando a pessoa opta, concorda em receber um conteúdo de determinado remetente; Opt-out quando ela pode optar por deixar de receber conteúdos e mensagens antes desejados. Política ética. 4 Call to Action: do inglês, “chamada para ação”. Botão com comando para que o usuário tome uma atitude descrita nele mesmo. Ex: Matricule-se já, Compre agora, Cadastre-se aqui etc. 09 RSS feedsde sites e blogs. É uma excelente opção para costurar assuntos e criar conexões entre diversas mídias. Preço baixo. Multimídia: permite o emprego não apenas textual, mas também de imagens, vídeos e sons. Riqueza de conteúdo: devido à precisão em função da segmentação, é possível o aprofundamento de conteúdo, com informação variada e rica para a audiência. Alta difusão: possibilidade de se enviar mensagens a um grande número de pessoas de uma única vez e também de encaminhamento. Assim, acaba sendo uma excelente opção para fazer promoções, propagação de descontos, campanhas etc. Conveniência: pode ser lido a qualquer tempo independente de quando recebido, guardado e armazenado por tempo indeterminado, lido quantas vezes necessário, sem prazos ou limitações Relacionamento: por todas as características listadas acima, acaba sendo uma excelente ferramenta de relacionamento. A possibilidade de proliferação, interação entre mídias, facilidade de acesso além da questão ética e de permissão que são a base dos relacionamentos fazem com que tais estratégias sejam facilitadas e bem-sucedidas. 3.2 Cuidados Todas as características anteriores deixam clara a importância e utilidade do e-mail marketing para o marketing de relacionamento. Além de suas vantagens caraterísticas, para que seja bem-sucedida, alguns cuidados devem ser tomados. Eles envolvem questões de ética, relevância, filtros e as landing pages. Alunos, lembrem-se: as ações de e-mail marketing devem ser éticas, isto quer dizer, seguir a regulamentação vigente, que entre várias coisas fala essencialmente sobre pedir permissão para enviar conteúdo e abortar o envio caso o receptor manifeste essa vontade. Com relação a isso, existe o Capem (Disponível em: <www.capem.org.br/>. Acesso em:27 jan. 2018.), que é um código de auto-regulamentação para prática do e-mail marketing. Anotem nas agendas e consultem depois. Além disso, tenham em mente ser essencial que ações de e-mail marketing tragam mensagens e conteúdos relevantes para quem as recebe. Mensagens com pouca relevância não serão abertas, visto que as 010 pessoas têm atenção pulverizada entre as várias mensagens da caixa de e-mails e de outros meios sociais. Em relação aos filtros, instalados para evitar spams, é preciso conhecer as regras de bloqueios nos servidores e sistemas de e-mail para fazer mensagens adequadas e evitar ser considerado lixo eletrônico. É necessário o uso de ferramentas profissionais, instaladas em servidores na web (e não no desktop de quem manda a mensagem) que façam a mensuração de cada envio. Por fim, o cuidado em relação às landing pages é que estas sejam uma extensão coerente da mensagem de e-mail marketing. As landing pages, ou páginas de aterrissagem, são aquelas em que o usuário chega após clicar num link ou banner digital, num resultado de busca ou e-mail marketing. Nessa última opção, elas devem ser uma extensão deste, a fim de alavancar conversões (resultados almejados, em geral, vendas). 3.2 Considerações O e-mail continua sendo a mídia de preferência de modo geral, inclusive para leitores de blogs.5 Quando é perguntado como preferem receber notícias sobre os blogs que assinam, 44% preferem leitores de RSS feeds, enquanto 47% preferem receber as notícias por e-mail. Em relação à internet móvel, o e-mail marketing também domina o tempo gasto neste tipo de atividade, segundo pesquisa da eMarketer de 2013. Um cenário cada vez mais comum, tanto em função da tecnologia, quanto pelas questões econômicas, é a migração do uso de mídias tradicionais para mídias digitais mais baratas. Segundo Martha Gabriel (2016), as principais plataformas digitais de marketing utilizadas são as redes sociais, as newletters (por e-mail e busca), e o e-mail marketing. São mídias mais baratas e que apresentam resultados consistentes. A combinação de ações em redes sociais e e-mail marketing é tendência em crescimento, segundo pesquisa da StrongMail,6 uma vez que se observa que usuários de redes sociais tendem a usar mais o e- mail que os não usuários. O e-mail marketing é também social, inclusive existem algumas ferramentas que integram redes com e-mail, como pode se ver em <http://www.theemailguide.com/mail-marketing/top-10-twitter-email-tools/> 5 Informação retirada do artigo “Users stills sharing by e-mail” (eMarketer, 2011). 6 <https://www.emarketer.com/>. 011 (Acesso em: 27 jan. 2018). Portanto, meus alunos, tenham em mente que o caminho é a integração entre e-mail marketing e redes sociais! 3.3 Aspectos para definição de estratégias e sugestões de integração Então, a partir do que foi dito anteriormente, o e-mail marketing é uma poderosa ferramenta que, junto das redes sociais, pode constituir estratégias muito bem-sucedidas. No entanto, seu uso deve observar alguns aspectos importantes: Conhecer bem os objetivos de marketing, público-alvo, produto, marca, pois a partir disso são definidos, além de outras coisas, o conteúdo da mensagem, detalhamento, tom, quantidade (quando enviar e quantas vezes), tipos de mídias, (textual, visual, sonora etc.), janelas de visualização;7 Característica da plataforma a ser utilizada, já que itens como velocidade de carregamento, processamento de dados, visualização, diferem entre elas (celulares, desktops etc.); Como fazer para obter as permissões de envio, determinar políticas de privacidade da base de dados; Alinhamento com demais estratégias da entidade (empresa, instituição, marca, pessoa física); Determinar ferramentas de envio/ disparo; Ter uma boa equipe para design de Landing Pages. Tendo isso em mente, é possível pensar nas formas de integração que viram estratégias de e-mail marketing: Criação de ofertas exclusivas em redes sociais, como o Facebook e o Twitter apenas para assinantes de e-mail; Inclusão de botões CTA (Call to action) nos e-mails que levem a páginas de sites, ou links exclusivos para geração de leads ou conversão; Acesso a promoções exclusivas das redes por meio de e-mail; Inserção de vídeos no corpo do e-mail; Divulgar, via e-mail, ganhadores de promoções/ competições/ enquetes realizadas em plataformas de redes sociais; 7 Termo que se refere ao tempo que decorre entre o recebimento de uma mensagem e a ação por parte do receptor. 012 Twittar a respeito de conteúdos exclusivos que estejam à disposição apenas de assinantes de e-mail; Capturar endereços de e-mail por meio de conteúdo relevante disponibilizado via link em redes sociais; As opções são inúmeras! Para finalizarmos, quero lembrar que existem ferramentas pagas (sim, pagas, infelizmente) mas que são excelentes para enviar e-mail marketing como “Topica Inc”., “ExactTarget”, “Constant Contact”, “Carteiro Express”, “Email Marketing LocaWeb”, “UolHost Email Marketing”, “EasyMailing Dinamize” entre outras. Há algumas opções gratuitas, que não possuem todas as funcionalidades das pagas, mas que são uma opção para quem está começando: MailChimp e PhPList. TEMA 4 – ESTRATÉGIAS PARA REDES SOCIAIS Desenvolver estratégias para as redes sociais nada mais é do que utilizar as plataformas de redes sociais de forma estratégica para se alcançar objetivos específicos de marketing. Antes de determinar qualquer estratégia, incluindo uma mídia, é preciso fazer um plano antes, no qual deve constar quais são os objetivos, o público-alvo, produto/ serviço, mercado, ambientes, enfim, tudo aquilo que foi visto na aula 1, de introdução. Além disso, é preciso conhecer as características de cada plataforma de rede social, pois cada uma delas têm suas particularidades e atributos específicos. Não é possível utilizar com eficiência uma ferramenta sem antes conhecê-la afundo. É importante frisar que o foco do que veremos aqui é estratégico, e será tratado em apenas uma aula, portanto, não cabe aprofundar o estudo de cada uma das plataformas, uma vez que seria preciso um livro para abordar as particularidades de cada uma delas. Aqui, vocês terão uma visão geral que lhes dará um norte para que saibam aquilo que vão precisar e buscar por conta própria. 4.1 Ambientes Sociais Para começarmos, vamos falar sobre os ambientes sociais no mundo digital. É importante levá-los em consideração, pois oferecem um norte na escolha das estratégias em função dos objetivos desejados. Eles existem e são caracterizados em virtude de sua capacidade viral e analítica. A viral diz respeito à capacidade do ambiente de alcançar e impactar o maior número de pessoas; a 013 analítica diz respeito à capacidade de chamar atenção e engajar por meio da relevância e credibilidade. São 5 os tipos de plataformas que correspondem a esses ambientes: Microblogs – ex: Twitter – força viral – conteúdo se espalha rápido e de grande alcance; Blogs – ex: Qualquer blog especializado que você conheça – força analítica – relatos mais detalhados, específicos e de conteúdo relevante para quem lê; Redes Sociais – ex: Facebook, Orkut, LinkedIn – força analítica – debate e troca de informações sobre determinados temas/ áreas de interesse; Redes Virais – ex: Youtube, Flickr, Vimeo – força viral – acessos via arquivos de imagem e som rápida, pontual; Imprensa on-line – ex: Sites de notícias – força analítica – oferecem conteúdo de interesse geral e específico; a qualidade e veracidade da informação são essenciais. Além de observar as capacidades analítica e viral dos ambientes, outro fator importante é compreender o comportamento humano. Os ambientes online e offline diferem enquanto meio, representam formas diferentes de se relacionar, no entanto, as pessoas têm um mesmo padrão de comportamento nos dois. Um exemplo disso nos traz à comparação das taxas de retenção nos perfis de redes sociais (60% de abandono) com as baixas taxas de retenção em academias e cursos de idiomas – as pessoas pagam o semestre, o ano e muitas vezes pouco aparecem. Verdade ou não? 4.2 SMM e SMO O SMM (Social Media Marketing) ou marketing nas redes sociais, é o processo de promover entidades (empresas, negócios, instituições, pessoas, marcas) nas redes sociais, por meio da atração ao site dessas entidades, envolvendo tanto ações externas (offpage) quanto internas (onpage). As ações internas são as que conhecemos como SMO (Social Media Optimization), pois têm por objetivo otimizar as plataformas digitais. As ações offpage, ou de SMM, atuam fora do site, focando nas redes sociais usando técnicas para a criação e distribuição de conteúdo na forma de marketing viral, conhecido como WOMM (Word of Mouth Marketing). São exemplos dessas ações externas (offpage) ao site: 014 Criação de conteúdo relevante e interessante, assim, aumentam o número de pesquisas, comentários, interações, podendo, inclusive, chegar a sites como o Digg8, em que se compartilha livremente links de sites e posts que os internautas gostam – faz muito sucesso! Postar vídeos no YouTube e outros sites de mídias sociais; Participar de comunidades online de forma direta ou por meio de avatares9 nas quais o público-alvo está interagindo. O SMM é importante nos processos de branding10 e de relacionamento, pois suas ações são determinantes no sentido de deixar claro ao público-alvo quem é, como atua, o que faz, como, porquê e para quem durante as interações. Ao escolher as mídias sociais, os influenciadores, os produtos, conteúdos e comunicação, as entidades (em especial as marcas) estão comunicando sua personalidade e posicionamento ao mesmo tempo que se relacionam de forma intensa com seus públicos. Além disso, o SMM é importante nas estratégias de busca, porque é uma das melhores formas de obter legítimos links de popularidade e reputação para o site e suas páginas. Os canais de mídias sociais são indexados pelos buscadores, aparecendo nos resultados de busca; também os posts mais populares conseguem excelentes posições no ranking dos sites de busca instantaneamente. Tudo isso favorece o marketing de busca (que veremos a seguir). 4.3 WOMM Todas as estratégias marketing em redes sociais se baseiam no relacionamento entre pessoas. Uma das mais interessantes é a WOMM (Word of Mouth Marketing) ou marketing boca a boca. A ideia é a mesma do boca a boca offline, um grande telefone sem fio, que nesse caso tem as informações transmitidas via redes sociais e outros meios digitais. O WOMM está relacionado a vários termos semelhantes que você provavelmente já ouviu falar por ai: Buzz 8 Digg é um site norte-americano que reúne links para notícias, podcasts e vídeos enviados pelos próprios usuários e avaliados por eles. Combina social bookmarks, blog e feed. Faz parte da rede de sites pertencentes a Web 2.0. – Fonte: Wikipedia. 9 Representação projetada do usuário dentro do ambiente virtual por meio de um personagem que interaja com ele. Pode buscar a representação na íntegra do usuário no ambiente virtual projetado. Ex: Lu da cadeia varejista Magazine Luiza. Fonte: Adaptado de Wikipedia. 10 Conjunto de ações que visa criar uma imagem coerente da marca; coerência significa o público alvo conseguir ter em mente muito claro o posicionamento e características daquela marca, pois é impactada de forma regular em todas as interações com a mesma, seja na comunicação (tom, conteúdo, forma, personagens, tipo de interação), no produto/serviço, atendimento, lay out ,no pós venda, etc. 015 Marketing (Ações que fazem com se fale muito sobre uma marca, gerando um “buzz”, ou burburinho), Marketing Viral (ações que chamam tanto a atenção que acabam sendo espalhadas de forma exponencial), entre outros, como Community Marketing (comunidades de nicho com interesse em compartilhar informações sobre assunto específico, ex: clube de fãs e fórum de discussões), Influencer Marketing (uso de celebridades digitais para gerar mais interessados numa entidade, geralmente marca – influenciadores), entre outros. Seria necessário um capítulo grande a parte apenas para falar do WOMM, dada a quantidade de opções de viralização e suas características. Como esta disciplina é estratégia, não é o foco detalharmos todas as opções aqui, mas, sim, deixá-los com uma visão geral dos conceitos mais importantes, assim vocês têm condições de ir encaixando conteúdos e especificidades à medida que novos termos vão surgindo. O mais importante agora é conhecer e compreender do que se trata o termo WOMM e saber que o trabalho de desenvolvimento de ações de viralização de conteúdo faz parte de estratégias de SMM (Social Media Marketing). 4.4 Estratégias Pessoal, lá vou eu bater na mesma tecla: para se alcançar os resultados que queremos enquanto gestores de marketing digital, primeiro temos que elaborar um plano de marketing completo, com foco nos objetivos e posicionamento da entidade (empresa, marca, instituição, produto/ serviço, pessoa física). Esse plano vai ajudar também a mensurar, controlar e ajustar as ações (como veremos na última aula). Então, anote a ordem: depois de fazer a análise estratégica, deverão ser definidos os objetivos de SMM e depois as ações de otimização onpage (SMO), simples não? Para finalizarmos, segue uma lista de estratégias SMM e SMO. 4.4.1 Estratégias SMM (offpage) As estratégias SMM são um conjunto de ações que ocorrem fora das páginas do site, geralmente dentro das redes sociais. O objetivo principal é conseguir espaço nas mídias sociais. São estratégias voltadas especialmente a relacionamento devido ao fato de as funcionalidades de design e tecnologia das plataformas serem limitadas.São elas: Conteúdo: Criar conteúdo interessante e relevante para os públicos, atentando para as plataformas por onde possam ser espalhados de forma 016 que sejam facilmente transferidos e transmitidos (arquivos PDF, de vídeo e áudio) e favorecendo para que sejam distribuídos por meio das redes sociais; Participação: as entidades devem interagir com seus públicos, mas de forma inteligente. Isto quer dizer, pesquisar e conhecê-los antes, para evitar gafes, mal-entendidos e erros que poderiam ser evitados. Na rede, todo cuidado é pouco, pois se você interagir de forma errada, todos os esforços serão em vão. Principalmente se atingir líderes de comunidades e formadores de opinião. É difícil resgatar relacionamentos e a rede detecta rapidamente a falsidade. Portanto, é necessário interagir, mas conhecendo muito bem o interlocutor e estar alinhado com a linguagem, valores e propósitos. Capital Social: Promover a atuação nas redes, mantendo e alavancando o capital social por meio de atuação relevante. Trazer conteúdo que se encaixe no perfil do público-alvo (e não apenas aquele vinculado ao negócio) de forma desinteressada. Conteúdo relevante promove a marca, imagem, traz interação espontânea e fortalece o capital social nas redes. 4.4.2 Estratégias SMO (onpage) São conjuntos de ações que visam a otimizar todos os aspectos possíveis do site, facilitando sua visualização, promoção, divulgação e compartilhamento. Por ocorrerem dentro do site, envolvem diretamente as áreas de marketing, tecnologia e design. Esses aspectos precisam estar alinhados para que os resultados apareçam! Vamos a elas (as estratégias): Mais uma vez ele, o conteúdo: Criação de páginas com conteúdos interessantes, criativos e originais, usando uma isca (link bait) que atraia naturalmente cliques para a página. A isca deve ser boa a ponto de as pessoas falarem, discutirem em fóruns, colocarem em blogs, no Digg, del.icio.us11, Twitter etc. Para criar essa isca, é preciso um gancho popular: ataque, notícias, oposição, humor. Links: Facilitar e disponibilizar links para as pessoas e páginas que fazem link com a página em questão. É uma forma de retribuição de links que faz 11 Serviço de Social bookmarks que oferece um serviço on-line, que permite adicionar e pesquisar bookmarks sobre qualquer assunto. Mais do que um mecanismo de buscas para encontrar o que se quer na web, é uma ferramenta para arquivar e catalogar os sites preferidos para acessá-los de qualquer lugar. Fonte: Wikipedia. https://pt.wikipedia.org/wiki/Social_bookmarks 017 crescer o capital social entre parceiros. Isso mesmo, estabeleça parcerias que divulguem seu link e vice-versa. Da mesma forma como se indicam serviços e produtos no mundo offline, é possível fazer o mesmo online, por meio da retribuição de links. Marcadores – Bookmarking, Feeding, Tagging: Facilitar o processo de marcadores de páginas (no caso para a sua), disponibilizando em sua página links para o Digg, del.icio.us, RSS feed12. No caso de blogs, existem ferramentas que facilitam o usuário a twittar posts da página, como o TweettThis, que é um plug-in13 para o WordPress14 que permite twittar automaticamente a partir da página. Essa é uma excelente estratégia na qual você ajuda o usuário a ajudá-lo. TEMA 5 – ESTRATÉGIAS DE BUSCA O Marketing de Busca é o processo de utilização dos sites de busca (Google, Yahoo, Bing etc.) a fim de promover e/ ou aumentar o tráfego de uma determinada página na internet. É também comumente conhecido como SEM, sigla de Search Engine Marketing e envolve todas as ações internas (onpage) e externas (offpage) ao site a fim de otimizá-lo. As ações internas ao site feitas com esta finalidade são conhecidas como SEO, ou Search Engine Optimization. 5.1 Estratégias de SEM As estratégias de SEM podem ser realizadas onpage (dentro da página do site) e offpage (em outros ambientes, como mídias sociais). Vejamos a seguir cada uma delas: Links Patrocinados: Estratégia de compra de palavras-chave para que um anúncio apareça em posição privilegiada no resultado de busca paga. Apenas quando o anúncio é clicado é que o anunciante será cobrado. Assim, as campanhas de links patrocinados são conhecidas como campanhas de Pay-Per-Click. O Google também apresenta links 12 Leitor de feed de notícias que permite aos usuários da internet se inscreverem em sites específicos que disponibilizam este programa, para receberem notícias na medida em que as mesmas são atualizadas. Fonte: emailmanager.com. 13 Programa de computador usado para adicionar funções a outros programas maiores, provendo alguma funcionalidade especial ou muito específica. Geralmente pequeno e leve, é usado somente sob demanda. Fonte: Wikipédia 14 Aplicativo de sistema de gerenciamento de conteúdo para web, voltado principalmente para a criação de sites e blogs via web. Fonte: Wikipédia. https://pt.wikipedia.org/wiki/Plug-in https://pt.wikipedia.org/wiki/WordPress 018 patrocinados em sites e blogs da rede de parceiros associados em função do conteúdo que apresentam. WOMM, SMM, SMO: Estratégia de otimização em redes sociais juntamente com redes sociais, bookmarkers, RSS feeds, Digg, del.icio.us de forma a atrair links para o website. Isso porque a atração de links é entendida pelos buscadores como relacionamento e sites que se relacionam são mais relevantes que os isolados. Construção de Links: Associação/ parcerias com empresas e sites para indicação de links – construção de links reciprocamente ou de sentido único. Link Baits: São estratégias que funcionam como iscas de links, na qual as pessoas fazem links para uma página a partir de seus sites devido ao fato daquela ter conteúdo relevante, criativo, provocante de forma que as pessoas falem sobre em fóruns, blogs, grupos, insiram no Digg, del.icio.us etc. Press Releases: Feitos em sites de relações públicas, são bem-avaliados e são um ótimo meio para se obter links. Afiliação: Afiliar-se a um programa como o da Amazon para conseguir links para determinado site. 5.2 SEO Como mencionado anteriormente, a otimização dos mecanismos de busca (SEO) é o conjunto de ações feitas dentro do site para promovê-lo e aumentar seu tráfego. São ações que requerem paciência, porque depois de otimizada, a página pode demorar de 15 dias a mais para ser indexada (encontrada e avaliada) pelos buscadores. Como técnica, o SEO depende das palavras-chave escolhidas para melhorar o posicionamento. A escolha deles é de fundamental importância, constituindo o “coração” do processo de SEO. A determinação de boas palavras- chave pode levar dias de pesquisa em ferramentas, como o Google Adwords, mas vale muito a pena quando acertadas. Além das palavras-chave (chamarei aqui de P-C), outro fator que afeta o posicionamento nas buscas é a relevância da página, que terá relação estreita com o conteúdo criado, qualidade da página, entre outros fatores que citarei a seguir. 019 Cada vez que um usuário faz uma busca, ele utiliza uma ou mais palavras, o que chamamos de P-C. Os buscadores trarão resultados baseados na “vocação” que as páginas têm em relação àquela P-C. Assim, os buscadores procuram determinar o quanto uma página é relevante em relação a todas as outras (cálculo do índice de relevância) e o quanto uma página é importante para as P-C que estão sendo buscadas. Mais uma vez, vejam como tudo sempre faz sentido: independentemente das ferramentas e estratégias, tudo parte de um bom planejamento de marketing, que vai definir posicionamento, objetivos e, depois, neste caso, quais ações de SEM deverão ser realizadas e como otimizá-las (SEO). O sucesso de uma campanha de SEO só será alcançado com o SEM em mente.Não é o caso de nos aprofundarmos aqui, mas a título de curiosidade, apresentamos a seguir como os buscadores definem a relevância de uma página (site): Relevância: Está associada à importância geral que a página tem na rede. Essa importância tem a ver com o relacionamento que esta tem com outros sites e ao fluxo de tráfego que a página atrai; Popularidade: Quanto mais websites apontam para uma página específica (por meio de links), mais importante é a página. Tem o mesmo sentido de uma indicação; Reputação: Links relacionados ao tema da página em questão; não basta apenas fazer o link, mas, sim, ser um link relacionado ao tema de pesquisa; Tráfego: Quanto mais acessada uma página, mais relevância ela adquire; Profundidade de página: Páginas que possuem links para outras páginas. Os buscadores consideram que páginas que se relacionam com outras são mais relevantes que as que são isoladas ou soltas. 5.3 Links patrocinados Em se tratando de buscar, o mais importante são duas coisas: ser buscado e ser encontrado. Você deve saber que na internet ou uma página é encontrada organicamente ou “artificialmente”. Por orgânica entenda a busca que traz um resultado fruto da relevância da página; por artificial é o resultado fruto de ações pagas, geralmente links patrocinados. Até então, para ter relevância bastava ter uma página com bom conteúdo, links relacionando-se com outras páginas e de outras páginas etc., no entanto, 020 com a proliferação de anunciantes, nem sempre isso basta e aparecer entre as buscas principais ficou mais difícil. É importante estar pelo menos entre os 10 primeiros resultados de busca, pois inúmeras pesquisas observaram que a maioria dos internautas não passam da primeira página de resultados. Por isso, uma ajudinha extra é bem-vinda e, por isso, alguns administradores de sites optam pelos links patrocinados. A questão é: quando utilizar a otimização orgânica ou links patrocinados? Resposta: nos casos, apenas a otimização orgânica não atende aos objetivos de marketing, não estando entre os primeiros resultados de busca. Lembrem-se, o que não é visto não existe. Se seu site aparece na segunda página de buscas e o internauta só visita a primeira, então... Os links patrocinados complementam as otimizações orgânica e vice-versa. Veja na tabela seguinte: Tabela 1 – Otimização orgânica e links patrocinados Otimização orgânica Links patrocinados Posição controlada pelo buscador Posição controlada pelo administrador da campanha Site apresentado na área de resultados orgânicos Site apresentado nas áreas de links patrocinados Não existe custo por clique Existe custo por clique (CPC) Recebe de 60% a 70% dos cliques em média Recebe de 30% a 40% dos cliques em média A comunicação apresentada nos resultados depende dos conteúdos dos sites/ páginas Cria-se a comunicação como desejar, independentemente do conteúdo do site/ página Resultado a médio e longo prazo Resultado imediato Resultados dependem do conteúdo dos sites, buscadores e suas regras Resultados proporcionais ao investimento feito na compra de palavras-chave e à comunicação no texto dos links Fonte: Gabriel, 2016 5.4 Plano de marketing de busca Como forma de se organizar, é importante fazer um plano de marketing de busca para guiar e orientar as ações das suas principais áreas envolvendo o SEO: Marketing e T.I. Esse plano tem 5 passos: Análise, escolha das palavras-chave (keywords), otimização interna (onpage) e externa (offpage) do site, monitoramento e controle e ajustes. O monitoramento e controle estão relacionados às métricas que abordaremos na próxima aula, portanto, veremos aqui os três primeiros passos. A análise preliminar vai avaliar e determinar a relevância das páginas versus as dos concorrentes, situação da página atual em diversos mecanismos de busca, objetivos de otimização (tráfego, assinaturas, vendas, cadastros, downloads 021 etc.) e os indicadores que devem avaliar os resultados da otimização proposta. A determinação das palavras-chave é a parte mais importante de SEO, pois afeta os resultados de buscas orgânicas, links patrocinados e parte interna do site. Há que se fazer uma completa e minuciosa busca e descoberta de P-C que são utilizadas pelos internautas a buscar por algo relacionado ao site em questão. Geralmente, e dependendo do negócio, é uma ação que leva dias e até mesmo meses. Existem algumas ferramentas que auxiliam nesse processo como Google Adwords, Yahoo Search Marketing Data, KeywordDiscovery e Wordtracker. Por fim, a otimização do site que pode ser feita tanto internamente (SEO) quanto externamente (offpage). A grosso modo, parte interna está relacionada à otimização em função das palavras-chave escolhidas (eu diria minuciosamente garimpadas) e a externa relacionadas a ações de links patrocinados, SMM, SMO, WOMM, construção de links etc.). 5.5 SEO – Otimização de buscas A otimização via SEO está relacionada às buscas orgânicas. Depois que o buscador encontra uma página, ele usa critérios onpage e offpage para indexá-la. As otimizações offpage, como já dito, estão relacionadas aos links patrocinados, SMM, SMO, WOMM, link baits etc. Juntas, essas otimizações completam o SEM. Os pilares das otimizações onpage são: Código da página; Conteúdo; Estrutura da página/ site. Em relação ao código da página, é importante saber que a URL pode ajudar e muito no posicionamento de uma página em relação aos buscadores. Uma dica importante é: insira na URL da página uma palavra-chave do seu site e ela trará maior relevância nas buscas. Em relação ao conteúdo das páginas, a orientação é a mesma de sempre: ter conteúdo relevante, inédito, atrativo, assim as buscas são orgânicas ou não têm grandes chances de sucesso. Cuidado com conteúdo em Flash,15 pois a maioria dos mecanismos de busca não o indexam. Fazer um conteúdo adequado para SEO requer trabalho e exige experiência, mas tem que se começar um dia. É necessário pensar como quem busca, quais 15 Plataforma multimídia de desenvolvimento de aplicações que contenham animações, áudio e vídeo, bastante utilizada na construção de anúncios publicitários e páginas web interativas. Fonte: Canaltech.com.br. 022 palavras e quantas vezes devem aparecer, inclusive os erros de grafia, que ocorrem dependendo do termo. E em relação à estrutura da página/ site é preciso atentar para os seguintes aspectos para se ter um bom resultado de SEO: Design e estrutura: Relativo à navegação, frames, servidores, arquivos robots.txt;16 Recomendações: Relativo aos robots/ crawlers17 dos buscadores. Os crawlers são uma das bases das Search Engines, sendo responsáveis pela indexação dos sites, armazenando-os na base de dados dos motores de busca. Também são conhecidos como Spider ou Bot (robô). O processo que um web crawler executa é chamado de Web crawling ou spidering. Muitos sites, em particular os motores de busca, usam crawlers para manter uma base de dados atualizada. Idade e atualizações da página: esses fatores influenciam, sim, no ranking da página. Quanto mais antiga for, mais confiável ela tenderá a ser. 5.6 Considerações finais sobre a otimização de buscas Em se tratando de mecanismos de busca na mudança de comportamento do consumidor/ internauta e nas especificidades operacionais, são observáveis as seguintes tendências/ fenômenos: Busca universal: Tipo de busca que traz como resultado todos os tipos de informação, desde notícias, vídeos, imagens, som, buscas locais, em livros etc. Ela afeta o resultado de buscas, pois os sites concorrem com todo tipo de conteúdo devido à amplitude de resultados. Assim, o processo de otimização é mais complexo e deve ser feito em todas as plataformas das quais a informação pode ser oriunda; Mobilesearch: Os sites têm de estar preparados para a navegação mobile. Curiosamente, muitos não estão. Pelos meios tradicionais (desktops) as páginas são incríveis, mas ao visita-las via celular muitas funcionalidades desaparecem. Otimizações devem ser feitas! Atenção ao tamanho e quantidade das palavras-chave (dispositivos móveis não têm tanto espaço), é preciso manter a estrutura de página o mais simples 16 Arquivo no formato.txt (bloco de notas). Funciona como um filtro para os robôs dos sites de busca e faz com que os webmasters controlem permissões de acesso a determinadas páginas ou pastas dos sites. O robots.txt controla qual informação de um site deve ou não deve ser indexada pelos sites de busca. Fonte: www.seomarketing.com.br/robots.txt.php https://www.oficinadanet.com.br/crawler 023 possível, e configurá-la não apenas para aparelhos de última geração, mas para os mais simples também; Busca como relacionamento: O relacionamento com marcas, empresas, e outras entidades têm cada vez mais começado na busca. Se o internauta consegue as informações e ajuda de que necessita, dados e informações, geralmente ele deixa o site/ fornecedor anterior para ir em direção àquele que resolve o assunto. Isso pode ocorrer também pelo simples fato da página apresentar um processo de navegação mais simples, direta e bem estruturada. A comunicação é outro fator importante, que pode reverter um visitante em usuário; Busca como experiência: A dimensão da experiência com as marcas no processo de busca é cada vez mais relevante. As pessoas são impactadas com um comercial, reportagem, notícia e, em seguida, vão buscar mais informações e referências na rede. Por isso, a experiência durante o processo de busca deve ser tão boa quanto em qualquer outro ponto de contato das marcas com o público. O aprofundamento do relacionamento cada dia mais tem começado via mecanismos de busca. Caros alunos, encerramos o assunto aqui. Esta aula é insuficiente para trabalharmos todos os conhecimentos relativos às estratégias de busca, SEO e SEM. Portanto reitero, que estamos olhando os conteúdos de forma estratégica e ampla, pincelando os principais conceitos para que vocês compreendam o contexto da matéria. Para que vocês compreendam tudo referente ao assunto é necessário muita pesquisa, prática posterior e algum investimento em cursos técnicos e especializados. Conhecimento é um processo contínuo! FINALIZANDO Na aula de hoje vimos as estratégias existentes para se trabalhar no marketing digital. Não se trata de uma receita de bolo, mas, sim, de um conjunto de ideias e informações que auxiliarão você, futuro gestor digital, a ter uma visão geral do que existe para seguir atuando. É importante frisar que você precisará continuar buscando, estudando e colocando a mão na massa, pois a tecnologia e o mundo digital mudam a todo momento. Tendo isso em mente, é necessário agora saber que tão importante quanto definir o que fazer é saber o quanto se deve esperar de resultado e como medi- 024 lo. Por isso, no próximo encontro, fecharemos nossa disciplina com as métricas de marketing. Estamos esperando você! 025 REFERÊNCIAS ADOLPHO, C. Os 8 Ps do marketing digital. 8. ed. São Paula: Novatec, 2017. E-MAIL MANAGER. O que é feed RSS e como funciona? E o feed RSS por email? Disponível em: <https://www.emailmanager.com/br/blog/1/1458/o-que-e- feed-rss-e-como-funciona-e-o-feed-rss-por-email.html>. Acesso em: 27 jan. 2018. GABRIEL, M. Marketing na era digital. 7. ed. São Paulo: Novatec, 2016. KOTLER, P. et al. Marketing 4.0 – do tradicional ao digital. 1. ed. São Paulo: Sextante, 2017. TECMUNDO. Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/>. Acesso em: 27 jan. 2018. TURCHI, S. Estratégias de marketing digital e e-commerce. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2012. ZACHO, R. O que são bookmarks? Disponível em: <http://www.mzclick.com.br/o-que-sao-bookmarks/>. Acesso em: 27 jan. 2018.
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