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O pomar didático é um projeto do programa de extensão universitária Biotecnologia

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O pomar didático é um projeto do programa de extensão universitária Biotecnologia, cultivando com ciência, pomares didáticos são aqueles que apresentam um grande número de espécies e variedades, onde são executadas as práticas corretas e incorretas, pois o fim único é o aprendizado. Adotando práticas culturais como: poda, limpeza, adubação, e controle de insetos, doenças e plantas indesejáveis, utilizando métodos orgânicos.
Para se fazer a implantação do pomar primeiramente deve se fazer a escolha das mudas a ser plantada, se são adaptadas ao clima da região, consiste no levantamento de informações relacionadas ao clima (temperatura média anual, precipitação média anual e mensal, número de horas de frio, risco de ocorrência de geadas em uma determinada época). Esse estudo torna-se necessário porque as frutíferas possuem diferentes exigências, tanto é, que são classificadas em frutíferas de clima temperado, frutíferas de clima subtropical e frutíferas de clima tropical. Temperatura do ar. 
O desenvolvimento, florescimento e frutificação das frutíferas cultivadas comercialmente são altamente influenciados pela temperatura. Por exemplo, o abortamento de flores e frutos em pomares de pessegueiro é observado quando ocorrem temperaturas superiores a 25ºC durante os meses de julho e/ou agosto.
Apos a escolha das frutíferas se deve tomar cuidado com a qualidade das mudas para o sucesso da produção de frutas é importante começar com plantas de boa genética e livre de pragas e doenças. A qualidade das mudas é um grande desafio para os produtores, pois há pouca fiscalização e o comércio de mudas de qualidade duvidosa afetando o empreendimento, ora produzindo abaixo do esperado, ora com problemas sanitários.
A posição do pomar deve ser instalado, sempre que possível voltado para o norte ou para o leste (sol nascente). Essa posição favorece a maior insolação, aumentando a fotossíntese e consequentemente a produtividade. Nessa posição as folhas secam rapidamente pela manhã, reduzindo o aparecimento de pragas e doença.
Os solos para produção de frutíferas devem ser profundos, permeáveis e com bom percentual de matéria orgânica. Sempre que possível deve-se evitar solos com impedimentos físicos (ex.: presença de rochas, lençol freático superficial), químico (ex.: camada com alta concentração de alumínio) e biológico (ex.: pragas e doenças). Caso não seja possível deve-se analisar os custos para vencer essas barreiras.
O preparo de uma área onde será implantado um pomar deverá ser preparado de forma correta, adotando algumas práticas, entre elas destacam-se a análise de solo, a correção do pH do solo, preparo do solo e adubação de plantio. O terreno deve ser de preferência plano ou levemente inclinado, a área do pomar deve ser cercada para evitar a entrada de animais, limpar o terreno, remover pedras, entulhos e raízes de plantas verificar se não existe formigueiros na área escolhida ou mesmo nos arredores.
Aconselhável proteger o pomar dos ventos com uma proteção vegetal, os ventos deformam galhos, derrubam as flores e frutos e prejudicam a polinização.
Análise de solo Antes de iniciar o preparo da área é necessário coletar amostras para a realização da análise do solo. Com a análise em mãos, faz-se a interpretação e recomendação de calagem. O pH do solo onde será implantado o pomar deve estar em uma faixa entre 6,0 e 6,5, dependendo da frutífera cultivada. Na maioria dos solos ocorre uma grande heterogeneidade originada de vários fatores, como material de origem e processos de intemperização. Para que a amostra de solo coletada na área onde será implantada alguma frutífera tenha representatividade da fertilidade média do solo e atributos físicos, é necessária a coleta de solo em mais de um ponto da área. Em condições de cultivo convencional, normalmente utilizado na implantação de frutíferas, é necessário a coleta de 15 a 20 sub-amostras.
O preparo do solo deve ser feito com uma antecedência de 60 a 90 dias, em uma profundidade de 50 a 60 cm. Solos muito argilosos devem ser no mínimo subsolados e realizado uma gradagem. 
	Por se tratar de um pomar de didático, pode ser feito somente a adubação das covas para o plantio não sendo necessário preparação total do terreno. O preparo das covas devem ser feitas 30-60 dias antes, abra covas de 80x80x80 ou se o solo for fértil podem ser de 60x60x60 centímetros.
Ao tirar a terra da cova, separe de um lado a terra da superfície e de outro a do fundo misture a terra da superfície com:
20 litros de esterco de boi bem curtido ou 5 litros de esterco de galinha
500 gramas de calcário dolomítico
1 kg de fosfato natural
150 gramas de cloreto de potássio.
Se o solo tiver boa permeabilidade, ou seja se a água demora a infiltrar-se nele, acrescente 2 partes de areia grossa de construção a mistura.
Após o plantio, há necessidade de tutoramento de algumas espécies, para que se fixem mais rapidamente. O nó de amarração deve ser em 8, nunca em 0.
Após o plantio deixar cerca de 1 metro em torno da planta, com 1 cm de profundidade, formando uma bacia para reter água. Se possível cobrir em volta da planta com folhas secas, palha de arroz, de milho ou serragem grossa, isso ajuda a manter a umidade do solo e evita que o mato cresca.
A adubação de cobertura deve ser feita aos 30, 60 e 90 dias após o plantio, aplicar sob a copa da planta, com leve incorporação:
50 g de ureia ou sulfato de amônio
30 g de cloreto de potássio
Preferencialmente, as adubações devem ser feitas em período chuvoso. 
As árvores frutíferas necessitam de podas de formação, retirando alguns ramos para conduzir a copa, que em geral deve ser bem arejada e aberta, de forma a receber boa insolação nos frutos e boa ventilação, para evitar doenças.
Elimine todos os brotos que surgirem abaixo dos ramos ou pernadas da muda, dentro dos dois primeiros anos.
Podas sanitárias são feitas periodicamente, eliminando-se flores, folhas e galhos doentes. Limpar o tronco e galhos grossos, caso haja ataque de líquens e musgos, retirar com uma escova e pincelar calda bordalesa a 3%. Esse procedimento deve ser feito anualmente.
 Se as folhas e frutos caírem no solo, devem ser retirados do local, pois as pragas e doenças sobrevivem nesses restos e voltam a atacar as plantas vivas. O jardim deve ser mantidos limpo. Aqueles restos podem ser utilizados depois que se transformarem em húmus.
Na distribuição e alinhamento do pomar por serem culturas perenes, as frutíferas devem ser implantadas corretamente, dessa forma, a demarcação do pomar adquire grande importância.
Espaçamento Podemos definir como espaçamento de plantio a distância que há entre as plantas na mesma fileira (espaçamento entre plantas) ou o espaçamento existente entre plantas de fileiras diferentes (espaçamento entre linhas). Na fruticultura é usual como unidade o “metro” para estabelecer o espaçamento de plantio. A escolha do espaçamento que as frutíferas serão plantadas no pomar dependerá de vários fatores, entre eles, os principais são: Área disponível, espécie frutífera cultivada (figueira, amoreira, etc.), tipo de porta-enxerto, umidade do solo, tipo de solo (solo argiloso, arenoso, franco-arenoso).
Distribuição no momento da implantação de um pomar, as frutíferas podem ser dispostas de várias formas. Para a escolha de qual alinhamento de plantio a ser adotado, é necessário observar os seguintes itens: Espécie frutífera a ser cultivada, área disponível, Topografia do terreno, densidade de plantio, tipo de mecanização, porte do porta-enxerto e cultivar-copa.
Formas de alinhamento : Alinhamento em retângulo – o alinhamento em retângulo pode ser utilizado em terrenos planos. Essa disposição das plantas no pomar facilita o trânsito de máquinas com implementos agrícolas, facilitando os tratos culturais como a pulverização de agrotóxicos
No alinhamento em retângulo algumas vantagens são observadas, como o melhor aproveitamento dos nutrientes fornecidos via adubação as plantas e possibilita o cultivo de cultura intercalares. 
Alinhamento em quadrado – no alinhamento em formade quadrado, são mantidas as mesmas distâncias entre plantas e entre as linhas de cultivo. Alinhamento em forma de triângulo – este alinhamento é o mais utilizado atualmente em pomares comerciais, pois proporciona uma equidistância entre as plantas e permite o trânsito em três sentidos. A área do pomar geralmente é melhor aproveitada com essa distribuição. 
Época de plantio a época mais adequada para o plantio das mudas de raiz nua é de junho a agosto, já as mudas comercializadas em embalagens plásticas podem ser transplantadas durante o ano todo, desde que sejam feitas irrigações nos períodos de estiagem. Após 30 anos de observações as plantas implantadas em julho e agosto têm melhor desenvolvimento. Ao adquirir mudas é importante fazê-lo em junho a julho, pois é possível escolher as melhores mudas. Quando a aquisição é feita tardiamente corre-se o risco de comprar mudas de menor qualidade.
Demarcação das covas primeiramente, é importante ressaltar que, no cultivo ideal de frutíferas, deve-se dar preferência em preparar toda a área, utilizando adubo orgânico, adubos fosfatados e potássicos, calcário e gesso agrícola. Caso não seja possível, preparar a faixa de cultivo (2 a 3 metros) e, em último caso, implantar as frutíferas com o preparo do solo somente nas covas. O preparo em covas limita o desenvolvimento da cultura após os primeiros meses, pois as raízes saem da zona da cova e não encontram solo próprio/corrigido para desenvolverem-s
Preparo da muda Quando forem utilizadas mudas comercializadas em sacos plásticos, é necessário ter muito cuidado com o enovelamento do sistema radicular. Dessa forma, é necessário fazer a remoção das raízes emaranhadas, caso contrário o crescimento e desenvolvimento da planta podem ser comprometidos. A remoção das raízes enoveladas se dá através da realização de um corte na base da embalagem que contem a muda, este corte deve ser distante do fundo da embalagem cerca de 5 cm.
Plantio da muda Após a remoção do fundo da embalagem com as raízes enoveladas, sem remover o resto da embalagem, a muda pode ser acomodada no fundo da cova, em seguida a embalagem plástica pode ser removida apenas puxando-a para cima Realizada esta etapa é necessário preencher a cova com o solo. 
Construção de uma “taça” para irrigação Após o plantio pode ser construído com solo uma taça em torno da muda, com o objetivo de armazenar água após a irrigação. Esta estrutura pode ter aproximadamente 50 a 80 cm de diâmetro para facilitar as irrigações. 	Proteção do solo com palhada é possível ainda, por em torno da muda uma pequena porção de palhada seca, bagaço de cana-de-açúcar, serragem ou outra matéria seca para manter a umidade do solo, tendo cuidado quando utilizar palha vinda de outras áreas, pois podem conter estruturas reprodutivas de plantas daninhas. Nessa prática é necessário deixar um espaço de 5 cm em torno do tronco sem pôr o material seco, dessa forma é possível evitar o ataque de fungos no colo da planta, causado pelo excesso de umidade.
Importância da irrigação é de fundamental importância a irrigação das mudas recém-implantadas, pois aumenta o contato do solo com o sistema radicular da planta. Caso haja períodos de falta de chuvas é necessário a irrigação semanal. A irrigação com carros pipas no primeiro ano reduz os custos de instalação e permite o bom desenvolvimento das mudas.
Considerações iniciais Após o plantio das mudas, o fruticultor deve ter alguns cuidados nos primeiros anos do pomar, sendo possível destacar: o emprego de podas, controle de plantas invasoras, controle de pragas e doenças e controle de animais domésticos e selvagens. 
As podas feitas no pomar podemos citar as principais podas realizadas no primeiro ano: Poda de formação, Poda de limpeza, Poda verde. Para que as podas sejam realizadas de maneira correta, é preciso conhecer alguns princípios fisiológicos da poda, entre eles destacam-se: Os ramos geralmente apresentam dominância apical, vigor das gemas depende de sua posição e do número de gemas. Há uma relação direta entre o desenvolvimento da copa e do sistema radicular. O equilíbrio entre estes afeta o vigor e a longevidade.
Métodos de controle de plantas daninhas o controle das plantas daninhas é realizado com o objetivo de suprimir o crescimento ou reduzir o número de indivíduos até níveis em que não causem danos a cultura. Para o controle, o técnico pode optar pelos seguintes métodos: Controle preventivo, controle cultural, controle mecânico, controle físico controle químico, controle biológico. 
Controle de doenças Em pomares recém-implantados, sempre que possível é preciso evitar a entrada de doenças na área, através de barreiras físicas como quebra-ventos, evitar a entrada de pessoas que transitaram em áreas contaminadas, etc. Os cuidados com o manejo de doenças nas frutíferas devem iniciar desde o momento da implantação, tendo-se a necessidade de conhecer quais as doenças podem ocorrer na cultura e sintomas visuais. Para minimizar a possibilidade da ocorrência de doenças em pomares é possível adotar algumas práticas: Nível de nutrição das plantas adequado, evitar o excesso de fornecimento de nitrogênio, evitar condições que propiciam o desenvolvimento dos patógenos, ter quebra-ventos desenvolvidos em torno do pomar. Havendo necessidade da utilização de fungicidas, deve-se realizar o manuseio, preparo da dosagem adequadamente e aplicação de forma correta. 
Controle de formigas cortadeiras As formigas cortadeiras constituem uma das principais pragas no cultivo da nogueira-pecã em toda a região Sul do Brasil, vindo a causar danos desde o início da implantação do pomar e até mesmo em pomares estabelecidos e em plena produção. No sul do Brasil as formigas que atacam a nogueira-pecã são geralmente do gênero Atta e Acromyrmex. São muitos os exemplos de perdas de mudas após o plantio ocasionados por ataque de formigas, principalmente quando a implantação dos novos pomares ocorre no final do inverno e início da primavera. Conforme a idade da planta existe a capacidade de rebrota desta, porém, o desenvolvimento destas mudas fica comprometido
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