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29/10/2017 1 Anestésicos Prof. Ademir Salvi Júnior Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Anestesia 2 É a obtenção de um estado reversível de não- reconhecimento do estímulo doloroso pelo córtex cerebral, podendo ser localizada ou geral em estado inconsciente. ÉÉ produzida pelo uso de fármacos anestésicos que deprimem o sistema nervoso central ou periférico. 29/10/2017 2 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Anestésicos Gerais (AG) 3 • Agentes indutores ▫ Indutores inalatórios ▫ Indutores endovenosos Barbitúricos; Alquil-fenóis; Compostos imidazólicos; Dissociativos. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Objetivos da Anestesia Geral 4 • Inconsciência; • Analgesia; • Relaxamento muscular; • Controle de reflexos autonômicos. 29/10/2017 3 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Anestésicos Gerais (AGs) 5 • São auxiliares em cirurgias. ▫ tornar o paciente inconsciente e não responsivo ao estímulo de dor. • São fármacos depressores do SNC. • Provocam perda da consciência e da sensibilidade. ▫ tempo de Indução e de Recuperação rápidos, para que a anestesia possa ser bem controlada. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Anestésico Geral Corrente sanguínea Ação generalizada em todos os órgãos e tecidos 6 Provocam diversas alterações funcionais: • Bloqueio sensorial (ausência de dor); • Bloqueio motor (relaxamento da musculatura); • Bloqueio da atividade psíquica BLOQUEIO • Bloqueio da atividade psíquica (perda da consciência); • Bloqueio de reflexos indesejáveis para a anestesia ▫ formação de muco, salivação, vômitos, arritmia, bradicardia, espasmo da laringe e dos brônquios. 29/10/2017 4 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais ... Efeito dos anestésicos para fins clínicos 7 Perda da consciência Analgesia Associações de Fármacos: 1. um anestésico intravenoso que promoveria a rápida perda da consciência; Relaxamento muscular 2. um anestésico inalatório para produzir a analgesia; 3. um bloqueador neuromuscular (para produzir o relaxamento muscular). Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Administração de AG 8 As técnicas de administração dos AG pertencem especificamente a Anestesiologia, e nessa especialidade todos os seus detalhes são analisados. 29/10/2017 5 Anestésicos Gerais Inalatórios Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Anestésicos Gerais Inalatórios 10 Antes dos anestésicos gerais, as cirurgias eram feitas o mais rápido possível, e na sua maioria eram amputações. 29/10/2017 6 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Indutores Inalatórios 11 • Executado com máscaras ou câmaras; • Ausência de efeitos renais ou hepáticos; • Indicado para debilitados (animais hígidos são difíceis de induzir); • Intubação deve ser rápida; Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 12 Vantagens: • Fácil controle; • Idade não é um fator limitante; Eliminação rápida;• Eliminação rápida; • Baixa taxa de biotransformação; • Ausência de excitação (com MPA); • Recuperação rápida e suave. 29/10/2017 7 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 13 • Características indesejáveis: ▫ Explosivos e inflamáveis; ▫ Altas taxas de mortalidade.Altas taxas de mortalidade. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Química 14 • Anestésicos gerais inalatórios não pertencem a nenhuma classe química reconhecível. ▫ Não há receptores específicos e característicos para AG inalatórios. • A ação farmacológica requer apenas que a molécula possua apenas algumas propriedades físico-químicas. Agentes químicos inespecíficos 29/10/2017 8 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Farmacocinética 15 • Absorção e distribuição ▫ Entrada e permanência nas vias aéreas. • Metabolismo ▫ Fígado; ▫ Produto de biotransformação: metoxifluranoProduto de biotransformação: metoxiflurano • Excreção ▫ Vias pulmonares; ▫ Bile, suor, urina. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Concentração Alveolar Mínima (CAM) 16 • Concentração alveolar de um anestésico volátil que evita a resposta ao estímulo doloroso em 50% dos pacientes; Concentração alveolar mínima de anestésico para produzir efeito anestésico em 50% dos pacientespacientes. • Determinada em laboratório. ▫ Ex.: Isoflurano para cães - CAM 1,36 Emprega-se na anestesia valores ao redor de 1,8 29/10/2017 9 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Concentração Alveolar Mínima (CAM) 17 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Local de ação dos AG inalatórios 18 • Nível macroscópico ▫ Tronco cerebral; ▫ Córtex; e, ▫ Medula espinhal. ▫ Interrompe a transmissão nervosa. 29/10/2017 10 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Local de ação dos AG inalatórios 19 • Nível microscópico ▫ Bloqueiam as sinapses excitatórias. Por uma estabilização de membrana pós-sináptica. i f ê i lib ã d di d í i Por interferência, na liberação do mediador químico. Por antagonismo farmacológico na membrana pós- sináptica. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Local de ação dos AG inalatórios 20 • Nível molecular ▫ Probabilidade; ▫ Atuam nas membranas pré e pós-sinápticas;p p p ; ▫ Diminuem a liberação do neurotrasmissor de dentro das vesículas; ▫ Bloqueio dos poros das membranas biológicas. 29/10/2017 11 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Mecanismo de ação 21 Anestésicos Gerais Teorias Teoria Bioquímica - AG tem ação direta no córtex cerebral e no eixo cérebro-espinhal. Modernas Teoria Biofísica - AG interage com a água, formando microcristais que dificultam a transmissão elétrica nos neurônios cerebrais, provocando o estado de inconsciência. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Anestesia inalatória em Medicina Veterinária 22 • Muito justificável; • Fácil adequação do plano de anestesia; • Muito usada em procedimentos cirúrgicos em que não há previsão do tempo da cirurgia;que não há previsão do tempo da cirurgia; • Podem ser usados em conjunto com: qualquer medicação pré-anestésica; bloqueadores neuromusculares; anestésicos gerais. 29/10/2017 12 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Anestesia inalatória 23 • Sempre associada com oxigênio; • Pequenos animais: ▫ a proporção anestésico:oxigênio é variável; • Grandes animais: ▫ recomenda-se o uso de oxigênio na proporção de 100% Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária ––Anestésicos geraisAnestésicos gerais Anestésicos gerais inalatórios mais usados: 24 • Halotano • Enflurano 1956 1963 • Isoflurano • Sevoflurano 1968 1990 29/10/2017 13 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Indutores inalatórios 25 • Óxido Nitroso (N2O): ▫ Efeitos: Sistema Nervoso Central: analgésico fraco que produz depressão do córtex cerebral; C di l ã d d ã di l 1842 Cardiovascular: não produz depressão cardiovascular; Respiratório: não é irritante para as vias respiratórias e não deprime a ventilação; Uterinos: atravessa a barreira placentária rapidamente, mas não deprime o feto de forma significativa; Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 26 ▫ Concentração de utilização: 29/10/2017 14 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 27 • Halotano ▫ Anestésico inalatório mais usado; ▫ Preço acessível; ▫ Muito tempo de aplicação na prática médica. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 28 ▫ Efeitos: Sistema Nervoso Central: produz depressão acentuada do SNC dose-dependente, incluindo os centros termorreguladores (causando hipotermia); Respiratório: depressão acentuada da respiração podendo haver apnéia. Mais pronunciado em podendo haver apnéia. Mais pronunciado em ruminantes. Não é irritante; Cardiovascular: depressão cardiovascular, vasodilatação periférica e redução da freqüência cardíaca. Sensibiliza à catecolaminas (produzindo arritmias. 29/10/2017 15 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 29 Gastrointestinal: leve diminuição de motilidade. A biotransformação hepática leva a formação de componentes hepatotóxicos (não usar em hepatopatas): Renais: nefrotoxicidade ocorre se houver desenvolvimento de hipotensão acentuada (P.A.M inferior a 70mmHg); Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 30 Halotano em cavalos: • Principal efeito adverso é a hipotensão; • Monitorização da pressão arterial é fundamental;fundamental; • Administração de medicamentos vasoativos para controle da pressão arterial é uma prática comum. 29/10/2017 16 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 31 • Enflurano ▫ Pequenos animais; ▫ Animais silvestres; T bé hi ã é i b d d ▫ Também causa hipotensão porém, mais branda do que o Halotano; ▫ Contra indicado em equinos. Recuperação anestésica é complicada Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 32 • Isoflurano ▫ Agente mais seguro para pacientes de alto risco; ▫ Indução e recuperação da anestesia são particularmente rápidas;p p ; ▫ Utilizado em todas as espécies; ▫ Fator limitante: alto custo 29/10/2017 17 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 33 ▫ Efeitos: Sistema Nervoso Central: depressão generalizada; Respiratórios: depressão respiratória mais profunda que halotano, pode levar a apneia. que halotano, pode levar a apneia. O volume/minuto e a frequência diminuem. Renais: não ocorre alteração da função renal; Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 34 Cardiovascular: pouca depressão (menor que halotano). Não se tem desenvolvimento de arritmias cardíacas e a força de contração do miocárdio é mantida. *Anestésico volátil de escolha para cardiopatas; Gastrointestinal: reduz a motilidade e não produz hepatotoxicidade pois é minimamente metabolizado (< 0,25%); 29/10/2017 18 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais fl 35 • Sevoflurano ▫ é um anestésico líquido, não inflamável, que é administrado por via inalatória através de um vaporizador. ▫ usado para a indução e manutenção de anestesia geral. ▫ está a substituir o isoflurano e o halotano na moderna anestesia▫ está a substituir o isoflurano e o halotano na moderna anestesia. ▫ anestésico volátil com o início e a terminação mais rápidas disponíveis na clínica atual. ▫ tem um período de indução anestésica suave e rápido. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 36 ▫ Farmacocinética a CAM é de 2%. tem uma baixa solubilidade no sangue e nos tecidos e cruza a barreira hemato-encefálica. ▫ Metabolização d % é b id menos de 5% é absorvido, metabolizado no fígado > hexafluoroisopropanolol + flúor inorgânico + dióxido de carbono. O hexafluoroisopropanolol é conjugado com o ácido glucorônico uma percentagem é eliminada na urina 95% elimina-se pelos pulmões. 29/10/2017 19 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 37 ▫ Farmacodinâmica O coeficiente sangue/gás (0,60) permite uma indução e uma recuperação rápida da anestesia, permitindo também níveis mais profundos de anestesia. É utilizado na anestesia em induções com máscara porque não irrita as mucosas respiratórias. Deprime a pressão sanguínea e a função respiratória de Deprime a pressão sanguínea e a função respiratória de maneira gradual e dose-dependente. Nas concentrações habituais apresenta estabilidade cardiovascular dentro dos parâmetros normais, sem produzir taquicardia. Com altas concentrações pode produzir bradicardia e hipotensão. Anestésicos Gerais Endovenosos 29/10/2017 20 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Indução anestésica 39 De acordo com: • O fármaco usado, a dose e via de administração; • Estado de consciência do paciente; • Equilíbrio ácido-básico e eletrolítico;q ; acidose pode potencializar a anestesia barbitúrica. • Débito cardíaco e pressão arterial; • Interações medicamentosas. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Hidrato de cloral 40 • Primeiro anestésico endovenoso; • Amplo uso em bovinos e equinos por muito tempo; • Usado para indução e manutenção da anestesia. 29/10/2017 21 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 41 • Sedativo-hipnótico, Sono prolongado (6-24h) • VO, retal, IV, irritante IM, IP • Solúvel em água, PL: 30 min • Efeitos: depressão respiratória;depressão respiratória; bradicardia, BAV, atravessa barreira placentária; aumenta secreções/motilidade GI; recuperação prolongada (metabolito ativo); coadjuvante de barbitúricos e sulfato de magnésio; excreção renal parcialmente inalterada. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Barbitúricos 42 • Potentes hipnóticos • Provocam anestesia e são anticonvulsivantes ▫ Tratamento de emergências convulsivas 29/10/2017 22 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Barbitúricos 43 • Classificação: Oxibarbitúricos (O2 no C2). Tiobarbitúricos (S no C2). ▫ longa duração (> 120 min) ▫ moderada/curta (60-120 min) ▫ ultra-curta (15-30 min) alcalinos (pH >7, causam necrose no tecido adjacente) administração em bolus ou em doses altas Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Barbitúricos 44 • Mecanismo de Ação: ▫ no GABA, os barbitúricos incrementam sua capacidade de induziro aumento da condutância aos íons cloreto, causando hiperpolarização da membrana e consequente redução da atividade elétrica do SNC. ▫ Com relação à condutância dos demais íons (Na+, K+ e Ca++), os barbitúricos a reduzem através da membrana plasmática, o que resulta em depressão seletiva do sistema reticular. ▫ Perifericamente, os barbitúricos diminuem a ligação e seletividade da Perifericamente, os barbitúricos diminuem a ligação e seletividade da ACh na membrana pós-sináptica, o que ocasiona excelente relaxamente muscular. ▫ O sistema reticular mesencefálico é especialmente sensível aos efeitos depressores destes agentes. ▫ Os centros medulares (centro termorregulador, vagal, centro respiratório e vasomotor) também são deprimidos. 29/10/2017 23 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Barbitúricos 45 • Doses ▫ Fenobarbital Doses elevadas Depressão profunda do SNC Doses baixas Sedativo Hipnótico Relaxante muscular Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Barbitúricos 46 • Doses ▫ Tiopental Pequenos animais: 12,5 a 25 mg por Kg Cães: 5 a 6 mg por kg; ▫ Pentobarbital Grandes animais: 5 a 10 mg por Kg Pequenos animais: 15 a 30 mg por Kg 29/10/2017 24 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Usos clínicos 47 • Sedativo-hipnótico, ansiolítico, anticonvulsivante, medicação pré-anestésica e anestésica. No tratamento da ansiedade, insônia e convulsões. Doses anestésicas de barbitúricos atuam no edema cerebral resultante de cirurgia, lesão craniana ou isquemia cerebral, reduzem o tamanho do infarto e aumentam a sobrevida. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 48 • Efeitos: ▫ Não possui efeito analgésico; ▫ Sistema Nervoso Central: potencializa ação do GABA e indução pode causar delírio e excitação G e dução pode causa de o e e c tação (quando administrado lentamente e sem MPA); ▫ Cardíaco: causa depressão dose-dependente, bloqueio vagal inicial, inotropismo negativo e sensibiliza o miocárdio à catecolaminas; 29/10/2017 25 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 49 ▫ Respiratório: reduz a frequência respiratória e o volume/minuto; ▫ Diminuem a pressão intra-craniana (indicado para pacientes vítimas de trauma craniano); Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 50 ▫ *Possui efeito cumulativo (é o retardamento da recuperação anestésica envolvendo todas as características indesejáveis: hipotermina, bradicardia e excitação, pela administração de doses repetidas, uma prosseguida da outra); ▫ A administração dos barbitúricos geralmente é precedida d di ã é té i (M P A ) dde medicação pré-anestésica (M.P.A.), que pode ser realizada com fenotiazínicos, agentes agonistas α2- adrenérgicos. Esta medicação pré-anestésica contribui para que a indução e a recuperação sejam destituídas dos fenômenos excitatórios observados quando os barbitúricos são empregados como agentes únicos. 29/10/2017 26 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 51 • Contra-indicações: Não utilizar em pacientes cardiopatas, hipotensos, desidratados, com hipoproteinemia, nefropatas, em gestantes (para cesariana), obesos e em hepatopatas. Efeitos colaterais:• Efeitos colaterais: Náusea, vômito, diarreia e vertigens; Falta de coordenação motora; Euforia e irritabilidade; Delírios e agitação na presença de dor. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais 52 • Portaria da Anvisa para Barbitúricos LISTA – B1 Substâncias psicotrópicas 29/10/2017 27 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais IMIDAZÓLICOS: Etomidato 53 • Ultra-curta duração; • Rápido início de ação e curto período de recuperação; • Tempo de anestesia: entre 10 e 15 minutos; • Não libera histamina Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais IMIDAZÓLICOS: Etomidato 54 • Mecanismo de Ação: ▫ não foi completamente elucidado, ▫ pode modular a transmissão GABAérgica, l d b d i d Cl ▫ prolonga o tempo de abertura dos canais de Cl-, ▫ e parece aumentar o número de receptores GABA disponíveis (deslocando inibidores endógenos); 29/10/2017 28 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais IMIDAZÓLICOS: Etomidato f 55 • Efeitos: Não possui efeito cumulativo e analgésico; Sistema Nervoso Central: causa diminuição da pressão intra- craniana, diminuição do metabolismo e do fluxo sanguíneo cerebral e mantém pressão arterial sistêmica (melhor perfusão cerebral em comparação ao tiopental e propofol); Cardiovascular: não causa alterações na função cardiovascular; *Anestésico de escolha para pacientes cardiopatas; Respiratório: depressão dose dependente discreta; Outros: inibição temporária da síntese de esteroides pela adrenal. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais IMIDAZÓLICOS: Etomidato 56 • Dose: *Infusão Contínua: cuidado com tempo, administrações acima de 1 hora podem causar hemólise; • Desvantagens inibe a síntese do cortisol pode causar náusea e vômito dor à injeção, mioclonias, excitação e vômitos após a administração isolada. • Deve-se associar à benzodiazepínicos e opioides. 29/10/2017 29 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais ALQUI-FENÓIS: Propofol 57 • Indução e manutenção da anestesia pela infusão contínua; • Ultra-curta duração, não analgésico; • Curta duração: 15 a 20 minutos (cães) e 30 minutos (gatos); • Recuperação em 20-30 min em infusão contínua; • Efeitos: semelhantes aos barbitúricos. sedação, hipnose e efeito anticonvulsivante. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais ALQUI-FENÓIS: Propofol 58 • Mecanismo de Ação: Mecanismo exato ainda não esclarecido, mas é semelhante aos dos barbitúricos e benzodiazepínicos potencializando GABA. - Sinergismo positivo com opiodes. 29/10/2017 30 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais ALQUI-FENÓIS: Propofol 59 • Efeitos: ▫ Não possui efeito cumulativo; ▫ Não apresenta efeito analgésico; R i ó i ▫ Respiratório: depressão respiratória (semelhante ao tiopental), apnéia transitória, diminuição do volume/minuto, diminuição da freqüência, aumento da PaCO2 e diminuição da PaO2 (efeitos proporcionais a dose, velocidade de administração e MPA utilizada); Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais ALQUI-FENÓIS: Propofol 60 ▫ Cardiovascular: hipotensão sistêmica e diminuição do débito cardíaco (efeitos proporcionais a dose, velocidade de administração e MPA utilizada); ▫ Sistema Nervoso Central: diminuição do metabolismo cerebral, diminuição da pressão intra-craniana, diminuição da pressão interna ocular;pressão interna ocular; ▫ Antiemético ▫ Dor à injeção. 29/10/2017 31 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais ALQUI-FENÓIS: Propofol 61 • Dose: Pequenos animais: ▫ 5 a 7 mg por kg IV Equinos: ▫ 2 a 4 mg por kg IV ▫ ou 0,2 mg por minuto *Pode usar em cesarianas. As doses habituaisnão causam depressão fetal; Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais DISSOCIATIVOS: Cetamina / Tiletamina 62 • Dissociativos: Anestésico capaz de dissociar o córtex cerebral, causando analgesia e sono do paciente, sem com que ocorra a perda dos reflexos protetores. (MASSONE, 2003). ▫ Induz anestesia por interrupção do fluxo de informações para o córtex sensitivo. 29/10/2017 32 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais DISSOCIATIVOS: Cetamina 63 • Cetamina (Quetamina) ▫ Ações: Sem perda dos reflexos protetores; ▫ Nistagmo, semi-consciência Recuperação acompanhada de excitação; Analgesia profunda predominantemente somática ▫ Uso de opioides ou óxido nitroso Fenotiazínicos ▫ Diminuem a salivação, aumentando pH, ▫ Analgesia e miorrelaxamento. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais DISSOCIATIVOS: Cetamina 64 • Mecanismo de Ação: Inibição do NMDA (N-metil D-aspartato) (causa analgesia somática); Antagonista colinérgico central (causa taquicardia); Agonista opioide (causa analgesia); Potencializa receptores serotoninérgicos e dopaminérgicos; Diminui atividade GABAérgica; Ativação do sistema límbico (causa hiperexcitabilidade). 29/10/2017 33 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais DISSOCIATIVOS: Cetamina 65 • Efeitos: Sistema Nervoso Central: analgesia e anestesia dose- dependente, pode causar convulsões e rigidez (quando usada isoladamente) e aumento da pressão intra-craniana Cardiovascular: único anestésico que estimula o sistema cardiovascular, tem-se vasodilatação, inotropismo positivo, aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial e do débito cardíaco. Respiratório: não deprime a função respiratória e doses elevadas podem produzir um padrão apnêustico (menor volume corrente e maior frequência respiratória), reflexos faríngeos e laríngeos são mantidos (maior dificuldade na intubação orotraqueal); Outros: hipertonicidade muscular (deve-se fazer uso de relaxantes musculares) e aumento da pressão intra ocular. Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais DISSOCIATIVOS: Cetamina 66 • Dose: Pequenos ou grandes: ▫ 2 a 5 mg por kg IV Felinos: ▫ 8 a 10 mg por kg IM Cães: ▫ 10 a 15 mg por kg IM *Associar com benzodiazepínicos para se ter miorrelaxamento; 29/10/2017 34 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais DISSOCIATIVOS: Tiletamina 67 • Tiletamina Associada com Zolazepam. Efeitos: semelhantes a cetamina; ▫ Cães: tem-se efeitos excitatórios pois o efeito do zolazepam acaba antes da tiletamina; ▫ Gatos: ocorre ao contrário dos cães; ▫ Dose: Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Associações de Indutores 68 • Efeitos: diminuição da hipertensão, taquicardia, analgesia e prevenção de arritmias. • Efeitos: melhora miorrelaxamento e diminui tremores musculares; 29/10/2017 35 Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Associações de Indutores 69 • Efeitos: redução na depressão cardiorespiratória, prevenção de arritmias e diminuição da dor no local da injeção. • Efeitos: diminuição da estimulação cardiovascular e aumento das secreções das vias aéreas; Farmacologia e Toxicologia Veterinária Farmacologia e Toxicologia Veterinária –– Anestésicos geraisAnestésicos gerais Anestésiocos Gerais Endovenosos 70 • Ação rápida ▫ Tio Barbitúricos (Tiopental, Tiamilal); ▫ Compostos Imidazólico (Etomidato); ▫ Alqui-Fenois (Propofol); • Ação mais lentaAção mais lenta ▫ Benzodiazepínicos (diazepam, midazolam e lunitrazepam); ▫ Opioides (fentanil, alfentanil e sulfentanil); ▫ Cetamina (quetamina); ▫ Combinações neurolépticas (opioide + neuroléptico). 29/10/2017 36 F I M
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