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aula-18-principios-fundamentais-iii

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Princípios Fundamentais III
DIREITO CONSTITUCIONAL
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS III
8. FUNDAMENTOS
Não confunda fundamentos, objetivo fundamental e princípios aplicáveis às 
relações internacionais. Os princípios fundamentais referem-se às bases do 
Estado. Os objetivos fundamentais dizem respeito às metas que o Estado precisa 
alcançar. Os princípios aplicáveis às relações internacionais devem ser observa-
dos pelo Presidente da República ao atuar como chefe de Estado. A seguir, veja 
os princípios fundamentais abordados na Constituição Federal:
I – a SOberania; 
II – a CIdadania;
III – a DIgnidade da pessoa humana;
IV – os VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o PLUralismo político. 
A soberania é característica inerente ao Estado, formado por quatro elemen-
tos: povo, território, governo soberano e finalidades. Segundo o professor Mar-
celo Caetano, a soberania é um poder político supremo, na ordem interna, e 
independente, na ordem internacional. Portanto, a soberania posiciona o Estado 
com igualdade em relação a outros países.
A cidadania, em sentido estrito, está relacionada ao exercício dos direitos 
políticos. Entretanto, em sentido amplo, diz respeito ao direito de possuir direi-
tos. Durante certo tempo, os conceitos de cidadania e nacionalidade se confun-
diam, sendo sanados com a promulgação da Constituição de 1988. É certo que 
a nacionalidade é pressuposto de cidadania. 
A dignidade da pessoa humana, terceiro fundamento do Estado, possui valor 
supremo e representa a fonte dos direitos fundamentais. Esse fundamento tem 
sido utilizado pelo STF como parâmetro para diversas decisões, principalmente 
para as que envolvem direitos fundamentais. A maioria dos autores defende que 
a dignidade da pessoa humana não é absoluta, pois é possível haver pondera-
ção em casos concretos.
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Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa abordam duas ideias impor-
tantes: o trabalho possui valor social; a livre iniciativa é a permissão para que as 
pessoas atuem no mercado de trabalho, devendo observar as leis do consumi-
dor. Nessa concepção, o Estado pode estabelecer limites, como, por exemplo, 
em relação ao direito dos consumidores e regulação do mercado.
Por fim, o pluralismo político está além do pluripartidarismo e da participação 
partidária. Esse princípio mantém relação com a possibilidade da coexistência 
de diversas ideologias, sejam políticas, sejam religiosas. No pluralismo político, 
não se admitem discursos de ódio que visam a atingir determinados grupos e 
seguimentos da sociedade.
Para facilitar a compreensão dos fundamentos, memorize o mnemônico: 
SOCIDIVAPLU. 
9. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS
Os objetivos fundamentais são as metas que o Estado brasileiro deve atingir. 
Dentre elas, estão:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
No inciso I, encontra-se o princípio da liberdade e da solidariedade.
II – garantir o desenvolvimento nacional;
Para muitos autores, o desenvolvimento nacional é considerado um direito de 
terceira geração. No Brasil, o desenvolvimento não é uniforme, por isso fala-se 
em federalismo assimétrico.
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação. 
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10. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
São aplicáveis às relações internacionais os princípios abaixo:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o conceito de soberania tem sido 
relativizado em face da necessidade de proteção dos direitos humanos.
III – autodeterminação dos povos;
IV – não intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Terrorismo e racismo são crimes inafiançáveis. 
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
A concessão de asilo político ocorre quando há perseguição por crime de 
natureza política ou ideológica. A doutrina define duas espécies de asilo: diplo-
mático e territorial. Nesse sentido, o STF entende que se o Brasil concede asilo, 
não impede extradição posterior. 
O parágrafo único do art. 4º dispõe que a República Federativa do Brasil bus-
cará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América 
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Wellington Antunes.

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