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UMA MULHER VESTIDA DE SOL

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UMA MULHER VESTIDA DE SOL
RESUMO
A respeito da obra, Suassuna diz “Escrevi-a em 1947 e, não me agradando completamente a sua forma primitiva, reescrevi-a dez anos depois. Na primeira versão, o que eu gostava era o aproveitamento das “excelências” e dos cantos fúnebres, o tom poético e mesmo a forma de alguns versos entremeados à prosa; mistura que conservei na segunda, por julgar esse o meio mais eficaz de atingir a verdade teatral da trama. Quis também que a peça tivesse sua verdade social. Assim, coloquei um drama humano dentro da grande tragédia coletiva do sertão, a luta do homem com a terra queimada de sol.” Segundo Suassuna, Uma Mulher Vestida de Sol era, ainda, sua primeira tentativa de recriar o romanceiro popular nordestino. “Salientei, na época, a semelhança existente entre a terra da Espanha e o sertão, o romanceiro ibérico e o nordestino. Tomei um romance popular do sertão e tratei-o dramaticamente, nos termos da minha poesia – ela também filha do romanceiro nordestino e neta do ibérico. Procurei conservar na minha peça o que há de eterno, de universal e de poético no nosso riquíssimo cancioneiro onde há obras primas de poesia épica, especialmente na fase denominada do pastoreio.” E aqui ainda o dramaturgo obedece fielmente à tradição clássica quando joga, dentro da atmosfera trágica, a comicidade do Bacharel Orlando de Almeida Sapo e do Delegado de Policia, figuras ridículas e chãs, em contraste com a estrutura dos demais personagens. 
Este é um livro de Ariano Suassuna, é uma peça, um livro com apenas 194 páginas, que dá para ler rapidinho.
Se passa entre a cerca que separa as terras de Joaquim Maranhão e Antônio Rodrigues e fala sobre a disputa da mesma.
A História começa com uma passagem do apocalipse sobre a visão de uma mulher vestida de sol, que tinha a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.
Conforme se vai lendo a história entendemos como esta passagem se enquadra, ainda mais com todo o simbolismo misturado as questões da seca e dos costumes Nordestinos.
Uma Mulher Vestida de Sol é uma peça, dura, com grandes doses de realismo que mostra friamente as dores da seca, a justiça feita com as próprias mãos, e o caos que pode se tornar um evento que poderia ser resolvido de forma equilibrada.
Ariano desencadeia a história de forma brilhante, mostrando em cada cena os personagens que fazem parte da questão, seu grau de parentesco, seu envolvimento, seus sofrimentos, sua história de vida, seus sonhos e aspirações.
A história começa com as falas do Juiz e do delegado, que nada mandam, pelo contrário sentem medo da questão pois sabe que no final elas serão resolvidas através de tiros.
Tanto Antônio como Joaquim dizem-se donos das terras que são ocupadas pelos dois, cada um quer que o outro saia para tomar posse de tudo, Antônio é pai de Francisco, que é apaixonado por Rosa filho de seu maior inimigo Joaquim, que por sua vez é seu cunhado.
Duas famílias com graus de parentescos, inimigas que possuem algo em comum, as terras da família e o amor de Rosa e Francisco, amor impossível, ilusório, que precisa sobreviver, em meio a seca e a guerra.
Joaquim é um pai sem escrupulos, autor da morte da própria mulher, sem ética, sem palavra, que é capaz de sequestrar a própria filha para pegar o filho de seu inimigo numa embosca.
Rosa menina, sonha com seu amor e joga-se na vida, depois o peso do mundo recaí sobre si e o mundo já não lhe é suficiente.
Esta é a história de Uma Mulher Vestida de Sol.

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