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Provas – Perícias e Interrogatórios
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
PROVAS – PERÍCIAS E INTERROGATÓRIOS
REFERÊNCIA PARA A AULA
• Guilherme NUCCI – Código de Processo Penal Comentado.
• Norberto AVENA – Processo Penal Esquematizado.
• Nestor TÁVORA – Curso de Direito Processo Penal.
• Renato BRASILEIRO – Manual de Processo Penal.
DAS PERÍCIAS 
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido in-
completo,
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou 
judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do 
acusado, ou de seu defensor.
§ 1º No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, 
a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo. 
§ 2º Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1º, I, 
do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da 
data do crime.
§ 3º A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
• No caso de lesão corporal, havendo um primeiro exame pericial incom-
pleto, é necessária a realização de um exame complementar por determi-
nação do delegado de polícia ou juiz, visando à apuração da extensão da 
lesão corporal.
• As lesões corporais são classificadas em leve, grave ou gravíssima. As 
lesões gravíssimas não estão dispostas na lei.
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a 
autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coi-
sas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, 
desenhos ou esquemas elucidativos.
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• Para realização do exame do local em que foi praticada a infração, o Dele-
gado de Polícia determinará imediatamente que não se altere o estado das 
coisas até a chegada dos peritos.
• Havendo mudança do local do crime:
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coi-
sas e discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos 
fatos.
• Exame laboratorial:
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para 
a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustra-
dos com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente 
o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, 
podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos 
peritos. 
• O perito expressa as suas conclusões sobre o exame feito nos vestígios do 
crime através do laudo pericial, de forma técnica e fundamentada.
• Os peritos não fazem juízo de valor jurídico. 
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a 
subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os ves-
tígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem 
ter sido o fato praticado.
• A perícia em furto qualificado visa demonstrar a incidência das qualificado-
ras de destruição, rompimento de obstáculo e escalada.
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Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, de-
terioradas ou que constituam produto do crime.
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avalia-
ção por meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligên-
cias.
• Em crimes contra o patrimônio, quando necessário, deve ser confeccio-
nado o laudo de avaliação das coisas destruídas, deterioradas ou que 
constituam produto do crime. Essa avaliação pode ser direta ou indireta.
Art. 250. Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patri-
mônio de outrem:
Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa.
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que hou-
ver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio 
alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessa-
rem à elucidação do fato.
• Para verificação do crime de incêndio, previsto no art. 250 do CP, é cabível 
a realização de exame de local.
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, 
observar-se-á o seguinte:
I – a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o 
ato, se for encontrada;
II – para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa 
reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou 
sobre cuja autenticidade não houver dúvida;
III – a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos 
que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a dili-
gência, se daí não puderem ser retirados;
IV – quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exi-
bidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver 
ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por 
precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a es-
crever.
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• Para determinação da autoria em crimes envolvendo fraudes e falsifica-
ções, é realizado o exame de reconhecimento de escritos, grafotécnicos 
ou caligráficos.
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da 
infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.
• O exame dos instrumentos utilizados para a perpetração do crime sob 
escrutínio verificará a natureza e a eficiência do instrumento.
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do 
exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá sepa-
radamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de 
ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.
• Se a perícia for feita por dois peritos não oficiais, havendo divergência entre 
eles, cada um dos peritos poderá apresentar, no mesmo laudo, as suas 
opiniões. Ademais, em qualquer circunstância o juiz poderá nomear um 
terceiro perito, chamado de “perito desempatador”.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo 
ou em parte.
• O juiz, no sistema do livre convencimento motivado, não está adstrito ao 
laudo pericial, podendo rejeitá-lo, no todo ou em parte, desde que sempre 
fundamente a sua decisão à luz do conjunto probatório.
DO INTERROGATÓRIO
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acu-
sação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu 
direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formu-
ladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser inter-
pretado em prejuízo da defesa. 
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Sob a perspectiva garantista do processo penal, no contexto do sistema acu-
satório, o interrogatório, além de ser um meio de prova, é um meio de defesa. 
No interrogatório, o indiciado ou o réu pode levar a termo a sua versão sobre 
os fatos sob escrutínio, exercendo o seu direito de autodefesa.
Assim, o indiciado ou o réu, no exercícioda sua autodefesa, pode silenciar, 
sem ter o silêncio interpretado em seu desfavor. Pode, inclusive, mentir quanto 
ao mérito do seu interrogatório.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acu-
sado e sobre os fatos.
§ 1º Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de 
vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida 
pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afir-
mativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, 
qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais.
• O direito ao silêncio está adstrito à segunda fase do interrogatório, refe-
rente aos fatos delitivos sob exame, e não à primeira, que diz respeito à 
individualização do indiciado ou réu. 
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do 
processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, cons-
tituído ou nomeado.
§ 5º Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de 
entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferên-
cia, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comuni-
cação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de 
audiência do Fórum, e entre este e o preso. 
• O interrogatório judicial precisa ser acompanhado por defensor (defesa 
técnica) sob pena de nulidade absoluta. Além disso, o réu tem direito a 
entrevista prévia com o seu advogado, para que seja orientado sobre o ato 
processual no interrogatório. 
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Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acu-
sação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu 
direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formu-
ladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser inter-
pretado em prejuízo da defesa.
• O interrogatório se inicia com uma fase preliminar, em que o interrogado é 
advertido sobre seu direito ao silêncio.
• Em seguida, realiza-se o procedimento do interrogatório propriamente dito, 
com a primeira fase de qualificação do interrogado e a segunda fase, que 
diz respeito aos fatos de interesse, momento que lhe é garantido o silêncio 
ou a mentira, desde que não seja autoacusação falsa e imputação falsa 
a terceiro. Em relação ao mérito da causa, será indagado minimamente o 
que está prescrito no art. 187, § 2º, do CPP:
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acu-
sado e sobre os fatos.
§ 2º Na segunda parte será perguntado sobre:
I – ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II – não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-
-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, 
e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela;
III – onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta;
IV – as provas já apuradas;
V – se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quan-
do, e se tem o que alegar contra elas;
VI – se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto 
que com esta se relacione e tenha sido apreendido;
VII – todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antece-
dentes e circunstâncias da infração;
VIII – se tem algo mais a alegar em sua defesa.
Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou al-
gum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o en-
tender pertinente e relevante.
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• Como também constitui meio de defesa, o interrogatório deixou de ser ato 
privativo do juiz, possibilitando a participação das partes mediante formula-
ção de perguntas dirigidas ao interrogado.
Art. 189. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em parte, poderá prestar 
esclarecimentos e indicar provas.
• Em resposta às perguntas formuladas, se o interrogado negar a acusação, 
poderá prestar esclarecimentos e indicar provas.
Art. 190. Se confessar a autoria, será perguntado sobre os motivos e circunstân-
cias do fato e se outras pessoas concorreram para a infração, e quais sejam. 
• Se confessar a autoria, o interrogado será indagado sobre as circunstân-
cias do fato sob análise.
���������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Adriano Barbosa.

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