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Direitos Humanos e Princípios da Bioética

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BIOÉTICA
AULA : 2
Professora: Larissa Marques
Direitos Humanos
◦Os direitos humanos e a Bioética andam necessariamente
juntos. Qualquer intervenção sobre a pessoa humana, suas
características fundamentais, sua vida, integridade física e
saúde mental deve subordinar-se a preceitos éticos.
◦As práticas e os avanços nas áreas das ciências biológicas
e da medicina, que podem proporcionar grandes
benefícios à humanidade, têm riscos potenciais muito
graves, o que exige permanente vigilância dos próprios
agentes e de toda a sociedade para que se mantenham
dentro dos limites éticos impostos pelo respeito à pessoa
humana, à sua vida e à sua dignidade.
◦Na prática, a verificação desses limites é facilitada
quando se levam em conta os direitos humanos, como
têm sido enunciados e clarificados em grande número
de documentos básicos, incluindo a Declaração
Universal dos Direitos Humanos e os pactos, as
convenções e todos os acordos internacionais, de
caráter amplo ou visando a objetivos específicos, que
compõem o acervo normativo dos direitos humanos.
◦O que se pode concluir disso tudo é que a Declaração
Universal dos Direitos Humanos marca o início de um
novo período na história da humanidade. E a Bioética
está inserida no amplo movimento de recuperação
dos valores humanos que ela desencadeou.
◦Os que procuram a preservação ou a conquista de
privilégios, os que buscam vantagens materiais e
posições de superioridade política e social, sem
qualquer consideração de ordem ética, os que
pretendem que seus interesses tenham prioridade
sobre a dignidade da pessoa humana, os que
supervalorizam a capacidade da inteligência e se
arrogam poderes divinos, pretendendo o controle
irresponsável da vida e da morte, esses resistem à
implantação das normas inspiradas nos princípios da
Declaração Universal.
◦ Apesar das injustiças e da violência muito presentes no mundo
contemporâneo, o exame atento da realidade, através das
grandes linhas das ações humanas e num período de tempo
mais amplo, mostra um avanço considerável na
conscientização das pessoas e dos povos.
◦ Existem razões objetivas para se acreditar que a história da
humanidade está caminhando no sentido da criação de uma
nova sociedade, na qual cada pessoa, cada grupo social, cada
povo, terá reconhecidos e respeitados seus direitos humanos
fundamentais. O que reforça essa crença é a constatação de
que vem aumentando incessantemente o número dos que já
tomaram consciência de que, para superar as resistências, cada
um deverá ser um defensor ativo de seus próprios direitos
humanos.
◦ O significado atual dos direitos humanos e sua importância
prática para toda a humanidade e, em conjugação com esta,
a imperativa obediência aos seus preceitos, foram sintetizados
de modo magistral num documento da UNESCO em que foram
fixadas diretrizes para estudiosos de todas as áreas:
"Os direitos humanos não são uma nova
moral nem uma religião leiga, mas são muito
mais do que um idioma comum para toda a
humanidade. São requisitos que o
pesquisador deve estudar e integrar em seus
conhecimentos utilizando as normas e os
métodos de sua ciência, seja esta a filosofia,
as humanidades, as ciências naturais, a
sociologia, o direito, a história ou a
geografia"
A Bioética está inserida nessa conquista da humanidade e,
é instrumento valioso para dar efetividade aos seus
preceitos numa esfera dos conhecimentos e das ações
humanas diretamente relacionada com a vida, valor e
direito fundamental da pessoa humana.
Princípios da Bioética
Princípios da Beneficência
◦ Refere-se à obrigação ética de maximizar o benefício e
minimizar o prejuízo.
◦ O profissional deve ter a maior convicção e informação técnica
possíveis que assegurem ser o ato médico benéfico ao paciente
(ação que faz o bem).
O princípio da beneficência proíbe infligir dano deliberado.
Princípios da Autonomia
◦ Requer que os indivíduos capacitados de deliberarem sobre
suas escolhas pessoais, devam ser tratados com respeito pela
sua capacidade de decisão.
◦ As pessoas têm o direito de decidir sobre as questões
relacionadas ao seu corpo e à sua vida.
◦ Qualquer atos médicos ou sobre responsabilidade de
funcionários da saúde, devem ser autorizados pelo paciente.
Em pacientes intelectualmente deficientes e no caso de crianças, o 
princípio da autonomia deve ser exercido pela família ou responsável legal.
Princípios da Não-Maleficência
◦ Estabelece que a ação do médico e profissionais da saúde
sempre deve causar o menor prejuízo ou agravos à saúde do
paciente (ação que não faz o mal).
◦ É universalmente consagrado através do aforismo
hipocrático (primeiro não prejudicar), cuja finalidade é reduzir os
efeitos adversos ou indesejáveis das ações diagnósticas e
terapêuticas no ser humano.
Princípios da Justiça
◦ Estabelece como condição fundamental a equidade: obrigação
ética de tratar cada indivíduo conforme o que é moralmente correto
e adequado, de dar a cada um o que lhe é devido.
◦ O médico e profissionais da saúde deve atuar com imparcialidade,
evitando ao máximo que aspectos sociais, culturais, religiosos,
financeiros ou outros interfiram na relação médico-paciente.
◦ Os recursos devem ser equilibradamente distribuídos, com o objetivo
de alcançar, com melhor eficácia, o maior número de pessoas
assistidas.
◦ É importante constatar que os quatro princípios não estão
sujeitos a qualquer disposição hierárquica. Se houver conflito
entre si, no sentido de aplicá-los corretamente, deve-se
estabelecer como, quando e o quê determinará o predomínio
de um sobre o outro.
EXEMPLOS
1. “Em um paciente com risco iminente de vida, justifica-se a
aplicação de medidas salvadoras (diálise, amputação,
histerectomia, ventilação assistida, transplantes etc.) mesmo
que tragam consigo algum grau de sofrimento, prevalecendo
assim o princípio da beneficência sobre o da não-
maleficência. O primeiro objetivo neste momento é a
preservação da vida".
2. Por outro lado, quando a paciente encontra-se em fase de
morte inevitável e a cura já não é mais possível, o princípio da
não-maleficência prepondera sobre o da beneficência, ou
seja, tomam-se medidas que proporcionam o alívio da dor em
primeira instância. Se instituído nesta fase um tratamento mais
agressivo, visando a cura (um transplante, por exemplo), além
de ineficaz, traria maior sofrimento.
3. Uma paciente com câncer, sob quimioterapia, desenvolve
uma pneumonia bacteriana e, por estar em fase depressiva,
recusa-se a tomar os antibióticos prescritos. Os médicos
responsáveis certamente não concordarão com tal recusa,
que pode representar a morte da paciente. O princípio da
autonomia está sendo utilizado acima dos outros princípios.
Desafios
◦ Nas profissões da área da saúde, é fundamental o
estabelecimento de uma relação adequada com as pessoas, a
fim de que o atendimento seja ético.
◦ A ética refere-se à busca do homem pela felicidade, visto que,
para o homem, não basta sobreviver, importa viver e viver bem,
uma vida com um sentido, um “para que”. Esse é o verdadeiro
significado de ética.
A ética é muito mais do que um conjunto de regras a serem seguidas.
Reduzir as questões éticas às questões deontológicas, isto é, aos 
deveres ou normas de condutas, é reduzir seu sentido.
Primeiro desafio
• Na área as saúde, a postura “paternalista” desnivela as dignidades de
profissional e paciente, fazendo com que o paciente se sinta inferior,
excluindo-se das decisões sobre sua própria vida.
• O profissional deverá se aproximar do paciente, reconhecendo-o como um
ser único e merecedor do melhor atendimento, considerando todas as
dimensões durante o tratamento.
• O trabalho em equipe é fundamental
• A relação profissional-paciente cabe, principalmente, a confidencialidade
das informações fornecidas.
A postura profissional nas relações com o paciente, a família e a equipe de saúde
“Como eu gostaria de ser tratado?”
Segundo desafio
A transformação da saúdeem bem de consumo traz grandes
desafios para os gestores em saúde.
Cada vez mais surgem um tratamento novo, um equipamento
mais sofisticado, e as pessoas têm o desejo de adquiri-las.
Assim, tratamentos de alta complexidade devem ser instituídos
para garantir a vida, e não para responder a necessidade de
consumo, o que faz com que nem todo tratamento disponível
deva ser oferecido a todos.
Humanizar e acolher
Terceiro desafio
Para que uma pessoa possa consentir um tratamento, é preciso
que ela esteja suficientemente informada.
Significa que o profissional tem um papel muito importante no
esclarecimento dos pacientes.
Para esclarecer, não basta que o profissional forneça ao paciente
informações básicas, mais sim, que essas informações sejam
compreendidas pelo paciente.
O esclarecimento
Quarto desafio
◦ “A privacidade é o direito que o paciente tem de ser atendido
em um espaço privado de consulta.”
◦ Esse é o conceito clássico de privacidade difundido no âmbito
da saúde.
◦ É preciso estar atento à coleta das informações e ao
preenchimento da anamnese, que muitas vezes é realizada
diante outras pessoas e em voz alta, o que poderá constranger
o paciente, gerando comentários dentro e fora do ambiente de
atendimento.
A privacidade e o sigilo
Quinto desafio
◦ Os prontuários, quando compostos de registros bem
documentados, representam a oportunidade de seguir e avaliar
o diagnóstico e tratamento de um paciente.
◦ Os prontuários não são somente para compor dados que
envolve os sintomas e prescrições para o paciente, mais
também auxilia na conduta laboratorial desse paciente.
A importância do prontuário
Em que o portuário auxilia? 
➢Identificação do paciente;
➢Registro da evolução da doença;
➢Ações dos profissionais envolvidos;
➢Exames solicitados e realizados;
➢Possível tratamento;
➢Motivo da alta.
Sexto desafio
◦ Exemplo de ações de saúde pública que podem gerar conflitos
com a liberdade individual.
◦ As ações de vigilância sanitária;
◦ Controle de zoonoses;
◦ Saúde do trabalhador;
◦ Vacinação;
◦ Fluoretação das águas.
A interferência na adoção (ou não) de estilos de vida saudáveis
Sétimo desafio
◦ Ressalta-se que em diversas situações, o paciente terá
dificuldade em avaliar os aspectos técnicos do atendimento;
contudo, todos os outros aspectos ele conseguirá avaliar e
resultarão em maior ou menor satisfação com o atendimento
recebido.
A satisfação do usuário

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