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Disciplina: Máquinas e Mecanização Florestal Professor Dr. Fidel Cándano Acosta. Email: fcandano23@yahoo.com.br Universidade Federal de Mato Grosso Campus Universitário de Sinop Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Curso de Engenharia Florestal Introdução à disciplina. Principio de funcionamento dos Motores de Combustão Interna (MCI). Introdução à disciplina. EMENTA: Conhecimentos básicos de mecânica geral e seus conceitos, além de uma introdução às especificações técnicas e princípios de funcionamento das máquinas e equipamentos usados no setor florestal. Projeto de máquinas e seus rendimentos operacionais. Estudo sobre os motores de combustão interna. Motores do ciclo Diesel. Análise e avaliação das fichas técnicas de equipamentos utilizados no setor florestal. Abordagem de estudo visando o uso racional das máquinas e implementos para a implantação e reforma de povoamentos florestais, manejo e trato culturais, colheita e o transporte florestal, bem como sua regulagem e manutenção e planejamento de operações florestais mecanizadas, visando à escolha e número adequado de conjuntos para diversas situações. DESCRIÇÃO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Conteúdo HORAS- AULA Introdução à disciplina. As máquinas florestais. Os motores de combustão interna (MCI). Principio de funcionamento. Motores Diesel e motores de ciclo Otto. 4 h Sistemas do motor. Partes componentes e funcionamento. Alimentação, lubrificação, arrefecimento, eléctrico. Manutenção básica dos MCI. 4 h Os tratores florestais. Classificação e sistemas principais. Sistema de transmissão da potência. Sistema de hidráulico e outros sistemas do trator. 4 h Aula prática sobre partes componentes, funcionamento e cuidados básicos dos motores e tratores. 4 h I Avaliação da disciplina (semana 5) 4 h Conteúdo HORAS-AULA Máquinas para a implantação florestal e tratos culturais. Partes componentes, funcionamento e regulagens. 4 h Máquinas para o corte e processamento de árvores. Funcionamento e sistema de trabalho (Harvester, feller- buncher, motosserras, picador florestal). 4 h Máquinas para a extração de madeira e outros produtos não madeireiros. (Skidder, forwarder, sistemas de cabos aéreos, helicópteros). 4 h Visita técnica. Descrever caraterísticas técnicas, funcionamento e regulagens das diferentes máquinas para as operações silviculturais e de colheita florestal. 4 h II Avaliação da disciplina (semana 10) 4 h CONTIN..... Conteúdo HORAS-AULA O transporte florestal. Os caminhões para o transporte de madeira e PFNM. Classificação dos caminhões. Cálculo da capacidade de carga dos veículos. 4 h Máquinas para a construção de estradas florestais. Máquinas para o corte e aterro e máquinas para a formação da pista de rolamento. 4 h Gestão de Manutenção de Máquinas Florestais. Classificação dos lubrificantes. Execução da Manutenção dos conjuntos mecanizados. 4 h Visita técnica à concessionária de veículos para o transporte rodoviário e máquinas para a construção de estradas. Sistema de manutenção das máquinas florestais. 4 h III Avaliação da disciplina ( Semana 15) 4 h CONTIN..... OBJETIVOS Capacitar o estudante a: • Caracterizar as partes componentes, o funcionamento e as regulagens necessárias em máquinas florestais; • Determinar o tipo de máquina apropriada em função das exigências técnicas de cada operação visando a qualidade da operação; • Verificar o sistema de manutenção apropriado para as diferentes máquinas. MÉTODOS A disciplina será conduzida sob a forma de aula expositiva (priorizando e incentivando o intercambio de idéias com o aluno) e aula prática (aplicação direta dos conhecimentos teóricos). Para o efetivo aprendizado do aluno e um bom andamento da disciplina, cabe ao professor organizar, implementar e orientar os alunos perante as atividades propostas, estimulando-os durante o processo de aprendizagem. Sistema de Avaliação 03 avaliações com notas atribuídas de 0 (zero) a 10 (dez). A média final será obtida de acordo com a fórmula representada abaixo: MF= (A1 + A2 + A3) / 3 MF=média final; A1=1a avaliação; A2=2a avaliação; A3=3a avaliação. De acordo com a resolução CONSEPE nº 27, de 1º de março de 1999, será considerado APROVADO o aluno que obtiver média final igual ou superior a 5,0 - MF > 5,0 (cinco inteiros) - E apresentar um mínimo de 75% de FREQUÊNCIA às aulas. Será considerado reprovado o aluno que obtiver média final inferior a 5.0 (cinco inteiros) OU apresentar freqüência às aulas inferior a 75%. Bibliografia Básica • VOLPATO, C. E. Apostila de aula de máquinas e mecanização florestal. UFLA. • MACHADO, C.C. Colheita florestal. Viçosa: UFV, 2002. 468 p • MACHADO, C.C.; LOPES, E. S.; BIRRO, M. H. B. Elementos básicos do transporte florestal rodoviário. Viçosa: Editora UFV, 2000. 167 p. Bibliografia Complementar • BARGER, E. L.; LILJEDAHL, J. B.; CARLETON, W. M.; McKIBBEN, E. G. Tratores e seus motores. Rio de Janeiro, USAID. 1966. 398p. • CHIGIER, N. Energy, combustion and environment. New York: McGraw-Hill. 1981. 246p. • MIALHE, L. G. Máquinas Motoras na Agricultura (Vol. I e II). Piracicaba: EDUSP. 1980. • ORTIZ-CAÑAVATE, J. Las máquinas agrícolas e su aplicación. Madrid: Mundi-Prensa, 1984. 641p. • TEYLOR, F. C. Análise dos motores de combustão interna. São Paulo: Edgard Blucher. 1976. 358p. Qual é a importância da mecanização florestal? • Aumentar a produtividade e diminuir custos das operações florestais; • Evitar o trabalho pesado e a exposição de funcionários a condições desfavoráveis; • Redução dos acidentes de trabalho e melhores condições ergonômicas para o trabalhador; • Realizar trabalhos com alto grau de complexidade e com alta qualidade. Fontes de potência na agricultura. Importancia e evolução. Forças de Potência na Agricultura; • Força Humana • Força Animal • Força Eólica (Ventos) • Força gerada pela luz solar • Força Elétrica • Força Hidráulica (Água) • Força Térmicas ( MC. Externo/ MC Interno) FORÇA HUMANA A potência média desenvolvida pelo homem é próximo ao 10 % de seu peso trabalhando de modo continuo. Ou seja, 0,14 kW de potência 1 trator tem 200 kW de potência Precisamos: 200/0,14 = 1428 homem para gerar a potência de 1 trator. FORÇA ANIMAL Ainda hoje é bastante aproveitado, principalmente em regiões menos desenvolvidas, muito acidentadas, em propriedades de menor tamanho com baixo volume de trabalho onde o emprego do trator torna-se inviável economicamente. 1 kW de potência/animal FORÇA EÓLICA (pelos ventos) • Disponível naturalmente e gerada pelas correntes aéreas de ventos. • É uma energia limpa com muitas possibilidades de aproveitamento. • A intensidade do vento não é constante. FORÇA GERADA PELA LUZ SOLAR FORÇA ELÉTRICA As propriedades situadas próximas às linhas de transmissão elétrica, podem servir-se dessa importante fonte de energia para movimentar máquinas estacionárias. FORÇA HIDRÁULICA MOTORES TÉRMICOS Exige calor para seu funcionamento, transformam a energia dos combustíveis para energia mecânica. Classificam em; • Motores de Combustão Externa; • Motores de Combustão Interna. Energia térmica Energia mecânica MOTORES TÉRMICOS Ocorre uma combustão do material combustível e gera uma pressão que movimenta o mecanismo pistão, biela e virabrequim. MOTOR DE COMBUSTÃO EXTERNA É o motor a vapor geralmente utilizado para movimentação de máquinas estacionárias, onde a existência de combustível (lenha)seja abundante e de baixo custo. MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA Nestes motores a combustão realiza-se no interior dos cilindros, geralmente utilizando-se subprodutos de petróleo como combustível. Levam vantagem sobre as máquinas a vapor pela versatilidade, eficiência, menor peso por unidade de potência, funcionamento inicial rápido e possibilidade de adaptação a diferentes tipos de veículos. Newcomen (1712) instalou sua primeira máquina para drenar a água acumulada nas minas de carvão. James Watt (1764) máquina a vapor patenteada em (1769). George Stephenson (1814) revolucionou os transportes com a invenção da locomotiva a vapor. Evolução dos motores de combustão https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Stephenson https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Stephenson https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Stephenson https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Stephenson https://pt.wikipedia.org/wiki/Locomotiva_a_vapor https://pt.wikipedia.org/wiki/Locomotiva_a_vapor https://pt.wikipedia.org/wiki/Locomotiva_a_vapor https://pt.wikipedia.org/wiki/Locomotiva_a_vapor https://pt.wikipedia.org/wiki/Locomotiva_a_vapor Nikolaus Otto (1862) Construiu seu primeiro motor a gás e (1876) foi o inventor do motor de combustão interna do ciclo de Otto (motor a gasolina). Rudolf Diesel (1893-1897) Registrou a patente de seu motor, desenvolvido para trabalhar com óleo. Karl Benz (1879) patentó un motor de 2 tiempos basado en la tecnología del motor de 4 tiempos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Otto https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Otto https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Otto https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Otto https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Otto https://pt.wikipedia.org/wiki/Gasolina https://pt.wikipedia.org/wiki/Patente https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93leo_vegetal https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93leo_vegetal https://es.wikipedia.org/wiki/Karl_Benz https://es.wikipedia.org/wiki/Karl_Benz https://es.wikipedia.org/wiki/Karl_Benz Henry Ford (1903) Ford Motor Company foi através delas que se desenvolveu a mecanização do trabalho, produção em massa, padronização do maquinário e do equipamento, e por consequência dos produtos. (Linhas de produção). Taiichi Ohno (1936) Toyota Automatic Loom. Sistema Toyota de Produção (1948 e 1975), foi desenvolvido por Taiichi Ohno. Em 1990 sucesso total. Shigeo Shingo, consultor de qualidade da Toyota. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Motor_Company https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Motor_Company https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Motor_Company https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Motor_Company https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Motor_Company https://pt.wikipedia.org/wiki/Taiichi_Ohno https://pt.wikipedia.org/wiki/Taiichi_Ohno https://pt.wikipedia.org/wiki/Taiichi_Ohno Uma máquina, é um conjunto de elementos móveis e fixos onde o funcionamento possibilita transformar e aproveitar a energia para fazer um trabalho determinado. Fonte de energia + Transmissão da energia + órgãos de trabalho Principio de funcionamento dos MCI Qual é o principio de funcionamento dos motores de combustão interna (MCI)?????????? CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Conforme o tipo de combustível que utilizam distinguem dois tipos fundamentais de motores; Motores de Ciclo Otto (gasolina); Motores de Ciclo Diesel. (óleo Diesel ou petróleo) Conforme ao número de cursos do pistão; De dois (2) tempos; De quatro (4) tempos. Condições básicas DEFINIÇÕES Ciclo do motor: Conjunto de transformações que está sujeito a mistura gasosa no interior do cilindro desde sua admissão até a eliminação para o exterior do motor. Motor de ciclo Otto Motor de ciclo Diesel Ponto Morto Superior (PMS): Posição do êmbolo mais próxima da câmara de combustão. Ponto Morto Inferior (PMI): Posição do êmbolo mais afastada da câmara de combustão. Volume Total do Cilindro: É o volume do êmbolo enquanto ele está no PMI, inclui a câmara de combustão. Volume da Câmara de Combustão: É o volume compreendido acima do êmbolo quando este esta no PMS. Curso do êmbolo: É a distância percorrida pelo êmbolo entre o PMI a PMS ou vice-versa. Volume Total: É o volume do cilindro mais o volume da câmara de combustão. Taxa de compressão: É a razão entre o volume total e o volume da câmara de combustão. Exemplos: Motores de gasolina de 8:1 a 12:1, motores de álcool 12:1 a 14:1 e motores Diesel: 18:1 a 25:1. Motores de Combustão Interna Ciclo Otto (1876) Para seu funcionamento utilizam combustível como gasolina, álcool. Durante a admissão entra ar puro ou uma mistura de combustível e ar que para a ignição necessitam de centelha produzida por velas a partir do sistema elétrico do motor. Injeção indireta Injeção direta Motores de Combustão Interna Ciclo Diesel (1893) Para seu funcionamento utilizam como combustível óleo diesel. Durante a admissão entra ar puro ao interior do cilindro, despois de comprimido, eleva a temperatura e o bico injetor atomiza na câmara o combustível que reage com o ar comprimido. A ignição ocorre por compressão. A inflamação do combustível injetado sob pressão na câmara de combustão ocorre pela compressão de ar e consequente elevação da temperatura. Partes componentes do MCI Cabeçote Bloco Carter Fixas • Bloco • Cabeçote • Carter • Coletor de Admissao • Coletor de Escape Móveis • Biela • Pistão/Anel • Virabrequim • Eixo comando de valvulas • Válvulas • Conjunto de acionamento das válvulas Partes fixas do motor a) Bloco É a maior parte do motor e sustenta todas as outras partes. Nele estão contidos os cilindros, geralmente em linha nos motores de tratores de rodas. São normalmente construídos de ferro fundido, mas a este podem ser adicionados outros elementos para melhorar suas propriedades. Alguns blocos possuem tubos removíveis que formam as paredes dos cilindros, chamadas de “camisas”. b) Cabeçote Este componente fecha o bloco na sua parte superior, sendo que a união é feita por parafusos. Normalmente, é fabricado com o mesmo material do bloco. Entre o bloco e o cabeçote existe uma junta de vedação. c) Cárter O cárter fecha o bloco na sua parte inferior e serve de depósito para o óleo lubrificante do motor. Normalmente, é fabricado de chapa dura, por prensagem. Partes móveis do motor d) Pistão (êmbolo) É a parte do motor que recebe o movimento de expansão dos gases. Normalmente, é feito de ligas de alumínio e tem um formato aproximadamente cilíndrico. No pistão encontram-se dois tipos de anéis: Anéis de vedação – estão mais próximos da parte superior (cabeça) do pistão; Anéis de lubrificação – estão localizados na parte inferior do pistão. e) Biela É a parte do motor que liga o pistão ao virabrequim. É fabricado de aço forjado e divide-se em três partes: cabeça, corpo e pé. A cabeça é presa ao pistão pelo pino e o pé está ligado ao virabrequim através de um material antifrição, chamado casquilho ou bronzina. f) Virabrequim É também chamado de virabrequim ou árvore de manivelas. É fabricado em aço forjado ou fundido. Possui mancais de dois tipos: Excêntricos – estão ligados aos pés das bielas; De centro – sustentam o virabrequim ao bloco. g) Volante Acumula a energia cinética, propiciando uma velocidade angular uniforme no eixo de transmissão do motor. O volante absorve energia durante o tempo útil de cada pistão (expansão devido à explosão do combustível), liberando-a nos outros tempos do ciclo (quando cada pistão não está no tempo de explosão), concorrendo com isso para reduzir os efeitos de variação do tempo do motor. h) Válvulas Existem dois tipos de válvulas: de admissão e de escape. Elas são acionadas por um sistema de comando de válvulas. O movimento do virabrequim é transmitido para o eixo de comandode válvulas por meio de engrenagens. O eixo de comando de válvulas liga- se por uma vareta ao eixo dos balancins. Este, por sua vez, é que acionará as válvulas. A abertura e o fechamento das válvulas estão relacionadas com o movimento do pistão e com o ponto de injeção, de modo a possibilitar o perfeito funcionamento do motor. Árvore de comando de válvulas: As engrenagens da distribuição podem ter uma relação que cada rotação da árvore de manivelas corresponde a meia rotação da árvore de comando de válvulas. Eixo Comando de Valvulas Virabrequim Balancim Eixos Comando de Valvulas Tucho Funcionamento do MCI 4 tempos Funcionamento do motor de 4 tempos com 4 cilindros Partes complementares São os sistemas auxiliares indispensáveis ao funcionamento do motor: • Sistema de alimentação de combustível e alimentação de ar, • Sistema de arrefecimento, • Sistema de lubrificação, • Sistema elétrico. Funcionamento do MCI de 2 tempos Os motores deste tipo combinam em dois cursos do êmbolo as funções dos motores de quatro tempos, sendo assim, há um curso motor para cada volta do virabrequim. Normalmente estes motores não têm válvulas, eliminando-se o uso de tuchos, hastes, etc. O cárter, que possui dimensões reduzidas, recebe a mistura ar-combustível e o óleo de lubrificação. 1 2 3 Admissâo; Compressão; Exploção; Expulsão. 4 6 5 7 Ciclo de um Motor 2 Tempos
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