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Resumo da Palestra: “Os Impactos da febre amarela na Saúde Pública” - Ministrada pela Professora Paula de Souza Castro. Na palestra vimos que a febre amarela é ocasionada por um vírus que se instala no fígado do hospedeiro, podendo desenvolver hepatite, tendo como características o amarelar dos olhos e pele do paciente, por isso o nome febre amarela. Esta doença foi introduzida ao Brasil a partir da África há pelo menos três séculos, não é contagiosa. O vírus é transmitido nas áreas urbanas (ciclo urbano) pelo mosquito Aedes aegypti, porém a maioria dos hospedeiros (humanos) são resistentes ao vírus e manifestam sintomas brandos, em contrapartida a pequena fatia do porcentual de pessoas não resistentes, costumam exibir quadros grave da doença, podendo chegar a orbito rapidamente. A febre amarela urbana foi controlada no Brasil ha quase cem anos, mas o vírus continuou circulando no ciclo silvestre, principalmente na região amazônica. O vírus é o mesmo, porém o vetor transmissor são duas espécies de mosquitos (Haemagogus e Sabethes) habitadores das matas e os hospedeiros são os macacos. Ao contrario do que se pensa o macaco não transmite o vírus quanto os humanos. E, ao serem contaminados fazem o papel de “sentinela”, alertando para o surgimento da doença. O vilão e o mosquito. Em 2017, com um novo surto no país, passou a ser novamente uma grave ameaça à saúde publica, exigindo dos profissionais da saúde condutas para esclarecimento e acompanhamento da população, porém o despreparo imediato da equipe de saúde publica e falta de instrumentos, medicamentos e orientação e ações tardias e antiquadas fez com que a doença avançasse de forma inesperada e efêmera, causando entre os humanos mais de 200 óbitos e entre os macacos números além de 5000 primatas. Esse surto certamente foi um desastre ambiental grave, matando diversas espécies em massa. É preciso ver o surto com um olhar ecológico, além da preocupação com a saúde humana. A população conhece a importância da vacinação como único meio de se evitar a febre amarela. Mas o controle da febre amarela vai além de vacinar humanos ou investir em campanhas informativas e preventivas, é preciso preservar os habitats naturais e suas espécies nativas. Por tanto, que possamos contar com os professores como disseminadores de informações, a quem fica a tarefa de orientar seus alunos sobre a doença, de forma que suas famílias sejam mobilizadas, reforçando- se a importância da vacinação e do combate ao mosquito transmissor, combatendo os focos que podem se tornar criadouros do Aedes aegypti pela eliminação de água parada.
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