Prévia do material em texto
Universidade Estácio de Sá Disciplina: Eletrônica Digital – CCE0049 Unidade 7 - Interface com o Mundo Analógico Prof. Ricardo Toscano 1 1 – Transdutor: Normalmente, a variável física não é uma quantidade elétrica. Um transdutor é sistema ou dispositivo capaz de transformar uma forma de energia em outra. Nesse exemplo, um transdutor é um dispositivo que converte uma variável física em uma variável elétrica. A saída elétrica de um transistor é uma corrente ou tensão analógica que é proporcional à variável física que está monitorando. 2 – Conversor Analógico-Digital (A/D): A saída analógica do transdutor serve de entrada para o conversor A/D. O conversor A/D converte esta entrada analógica em uma saída digital. Esta saída digital são os bits que representam o valor da entrada analógica. 7.1 – Conversão Analógico Digital. Prof. Ricardo Toscano 2 3 – Computador: A representação digital da variável do processo é transmitida do A/D para o computador digital, que armazena este valor e processa de acordo com as instruções de um programa que está executando. O programa pode executar cálculos ou outras operações com esta representação digital para gerar uma saída digital que será utilizada para efetuar um controle. 4 – Conversor Digital-Analógico (D/A): Esta saída digital do computador é conectada em um conversor D/A, que, por sua vez, a converte para uma tensão ou corrente analógica proporcional. Por exemplo, o computador pode produzir uma saída digital variando desce 00000000 até 11111111, que o conversor D/A converte para uma tensão na faixa de 0 a 10 V.Prof. Ricardo Toscano 3 5 – Atuador: O sinal analógico do conversor D/A frequentemente é conectado a algum dispositivo ou circuito que serve como uma atuador para controlar a variável física. Por exemplo, num controle de temperatura, o atuador poderia ser uma válvula controlada eletricamente, que regulasse um fluxo de água para um tanque, de acordo com a tensão analógica do conversor D/A. O fluxo variaria de modo proporcional a esta tensão analógica, com 0 V produzindo nenhum fluxo e 10 V produzindo o fluxo máximo. Portanto, os conversores A/D e D/A funcionam como interfaces entre um sistema completamente digital, como um computador, e o mundo analógico. Esta função se torna cada vez mais importante à medida que microcomputadores de baixo custo têm sido utilizados em controle de processos em que antes o controle computacional não era presente.Prof. Ricardo Toscano 4 Basicamente, a conversão D/A é o processo em que um valor representado em código digital (tal como o binário puro ou o BCD) é convertido para uma tensão ou corrente que é proporcional ao valor digital. Note que existe uma entrada para uma tensão de referência, Vref. Esta entrada é utilizada para determinar a saída de fundo de escala ou o máximo valor que o conversor D/A pode produzir. 7.2 – Fundo de Escala. Prof. Ricardo Toscano 5 A resolução é definida como a menor variação que pode ocorrer na saída analógica como resultado de uma mudança na entrada digital. 7.3 – Resolução e Precisão. 6 A tabela ilustra um DAC simples e uma tabela com os valores ideais de Vout para as diversas entradas. Para que isso ocorra, são necessários dois fatores inicialmente: (1) a precisão dos resistores de entrada e de realimentação; (2) a precisão dos níveis de tensão de entrada, que podem ter variações. Os fabricantes de DACs costumam especificar a precisão de diversas formas. As duas mais comuns são denominadas erro de fundo de escala e erro de linearidade, que são normalmente expressos como uma porcentagem da saída de fundo de escala (% FS). O erro do fundo de escala é o desvio máximo da saída DAC do valor esperado (ideal), expresso como uma porcentagem do fundo de escala. O erro de linearidade é o desvio máximo do tamanho do degrau a partir do tamanho ideal do degrau. 7.4 – Erro: de Fundo de Escala, de Linearidade e de Offset. 7 Uma outra questão presente, é o erro de Offset. Idealmente, a saída de um DAC será zero volt quando a entrada binária estiver com todos os bits em 0. Entretanto, na prática, existirá uma tensão muito pequena na saída para essa situação, sendo denominado de erro de offset. Este erro, se não corrigido será somado à saída esperada DAC em todos os casos de entrada. 7.5 – Tempo de Estabilização. A velocidade de operação de um DAC é geralmente especificada fornecendo-se o seu tempo de estabilização, que é o tempo necessário para a saída do DAC ir de zero ao fundo de escala conforme a entrada binária muda desde todos os bits em 0 até todos os bits em 1. Valores típicos de estabilização variam de 50 ns a 10 µs. O AD7524, um CI CMOS, disponibilizado por diversos fabricantes de Cis, é um conversor D/A de oito bits que usa uma rede R/2R. 7.6 – DAC de Ponderação Binária com AMPOP. 8 Esse DAC tem entrada de oito bits que pode ser armazenada internamente sob o controle das entradas CS’ do chip e WR’. Quando essas duas entradas de controle estão em nível baixo, as entradas digitais D7 a D0 produzem a corrente analógica de saída OUT 1 (o terminal 2 é normalmente conectado no GND). Um conversor analógico-digital recebe uma tensão analógica de entrada e, após um certo tempo, produz um código digital de saída que representa a entrada analógica. O processo de conversão A/D é geralmente mais complexo e consome mais tempo do que o processo D/A. A operação básica de ADCs consiste nos seguintes passos: 7.7 – Conversão Analógico-Digital. 9 As diversas variações desse esquema de conversão A/D diferem principalmente na maneira pela qual a seção de controle modifica continuamente o número no registrador. Fora isso, a ideia básica é a mesma, com o registrador mantendo a saída digital quando o processo de conversão é finalizado. É uma das versões mais simples de ADC. Usa a forma de onda em VAX é uma rampa passo a passo (na realidade uma escada). A figura abaixo ilustra o circuito. 7.8 – ADC de Rampa Digital. 10 ➢ Bibliografia Básica: ❖ TOCCI, Ronald J. Sistemas Digitais. 10. ed. São Paulo: Pearson, 2007; ❖ VAHID, Frank. Sistemas Digitais. 1. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008; ❖ FLOYD, Thomas. Sistemas Digitais. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. ➢ Bibliografia Complementar: ❖ CAPUANO, Francisco G. Elementos de Eletrônica Digital. 4. ed. São Paulo: Érica, 2009; ❖ GARCIA, Paulo A. Eletrônica Digital: Teoria e Laboratório. 2. ed. São Paulo: Érica, 2007; ❖ ZANCO, Wagner S. Microcontroladores PIC: Técnicas de Software e Hardware para Projetos de Circuitos Eletrônicos. 2. ed. São Paulo, 2006; ❖ ZANCO, Wagner S. Microcontroladores PIC16f628A/648A - Uma abordagem prática e objetiva. 2 . ed. São Paulo: Érica, 2007; ❖ PEREIRA, Fábio. Microcontroladores PIC – Técnicas Avançadas. 6. ed. São Paulo: Érica, 2007. Prof. Ricardo Toscano 11