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Relatório Laboratório de Eletrônica Digital Conversores Analógico - Digital Experiência: Testes com conversores AD tipo Flash. Professora: Debora Meyhofer Helton Luiz 004201601157 Michele Marques 004201600703 Henrique Pires 004201602994 Engenharia elétrica 6 SEM Campinas 2018 Resumo Este relatório visa descrever a experiência realizada no laboratório da disciplina de Eletrônica Digital, onde o objetivo foi demonstrar o funcionamento de conversores analógico/digital através de circuitos integrados comerciais. Utilizando circuitos integrados, propriamente constituídos por portas lógicas e circuitos operacionais, como comparadores, ambos arranjados de forma a obter conversores AD, cada circuito foi testado de acordo como roteiro de teste inicialmente definido, e como resultado o grupo pôde constatar seu funcionamento através dos indicadores predefinidos no treinador lógico (DataPool) para cada combinação proposta. 1. Introdução Atualmente, existem vários tipos de sistemas que se baseiam em grandezas analógicas, onde é necessário que seja realizado um processamento de dados por circuitos digitais (por exemplo, um computador). Para que isso ocorra, é necessário efetuar uma conversão do sinal analógico para digital. Esta conversão é realizada por um circuito chamado conversor analógico/digital ("A/D converter" ou ADC). Existem vários tipos de conversores A/D tais como: comparador paralelo, rampa tipo contador, rampa dupla tipo integrador, aproximações sucessivas, dentre outros. Todos estes conversores realizam a mesma função, a de converter um sinal de forma analógica para digital, porém utilizando métodos diferentes. Este grupo decidiu realizar a implementação de um conversor A/D do tipo Flash para a disciplina de eletrônica digital ministrada pela professora Debora Meyhofer. O objetivo deste relatório é descrever toda a sequência de testes realizada em laboratório tanto o procedimento experimental quanto o teórico realizado, os componentes utilizados no circuito e os resultados finais obtidos. 2 Procedimento Experimental 2.1 Embasamento teórico Os conversores tipo paralelo têm como circuito básico de entrada um pré-amplificador e um latch, que atuam juntos em uma configuração de circuito comparador. Na saída dos comparadores é necessária a colocação de um circuito de codificação que irá receber os sinais dos comparadores e codificar o sinal de saída em código binário (ou “GRAY”). A grande vantagem do conversor A/D paralelo é a grande rapidez na conversão, porque o sinal analógico de entrada é comparado diretamente e simultaneamente com cada nível de voltagem de referência em comparadores distintos. A grande dificuldade ou desvantagem dos conversores A/D paralelo é o aumento do número de comparadores de latch e complexidade do codificador à medida que se aumenta a resolução, isso ocasiona um enorme aumento na área de silício e consumo de potência, devido ao grande número de componentes. O conversor A/D paralelo é o mais rápidos dentre todos os tipos de conversores e normalmente é construído utilizando-se a versão mais rápida de uma determinada tecnologia, mas é expressivamente caro, visto que necessita de 2ⁿ-1 comparadores para um conversor de n bits. Fig.1 Esquemático conversor A/D de 7 comparadores Fonte: TOCCI, R. J.; WIDMER, N. S.; MOSS, G. L. Digital Systems: principles and applications. 9th ed., Prentice-Hall, 2004 2.2 Roteiro de testes e resultados obtidos MATERIAL DISPONÍVEL Resistores: 1 KΩ, 4,7 KΩ, 10KΩ - Capacitores: 10nF - DAC 0808 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS 1 Kit Datapool 1 fonte de alimentação fixa, 5V ± 5%, 4A. 1 fonte de alimentação ± 12 V 10%, 0,5 A 1 osciloscópio digital. 1 multímetro digital. 1 gerador de pulsos. Infelizmente, mesmo após realizarmos as montagem do circuito algumas vezes obtivemos apenas o não funcionamento adequado do mesmo. As constatações assumidas pelo grupo, assim como observada pela professora foi de que houve um possível mau funcionamento, não do circuito executado, mas sim do KIT (Datapool) utilizado para o auxílio das montagens, visto que os demais grupos dispostos no laboratório enfrentaram problemas similares. Contudo, para obtermos resultados do funcionamento adequado do circuito em questão, foram realizadas simulações através do software PROTHEUS conforme mostrado abaixo na figura 2. Fig. 2 - Simulação Conversor tipo Flash Software Protheus Fonte: Própria autoria Tabela 1: Tabela verdade obtida através da simulação Fonte: Própria autoria Conclusão Mesmo que o Flash ADC use um design muito simples, ele requer muitos componentes. O número de comparadores requeridos é 2 ^ n-1, onde n é o número de bits de saída. Assim, para um flash ADC 255 de oito bits, seriam necessários comparadores e, para um Flash ADC de 16 bits, 65.535! Por outro lado, o Flash ADC é o tipo de ADC mais rápido disponível. O equivalente digital do sinal analógico estará disponível imediatamente na saída (ele terá apenas o atraso de propagação inserido pelas portas lógicas) - daí o nome “flash”. Outra vantagem do Flash ADC é que você pode criar um ADC com saída não linear. Geralmente os ADCs têm uma saída linear, isto é, cada número digital corresponde a um aumento de tensão fixo na entrada analógica. Por exemplo, no ADC de 3 bits com uma Vref de 5 V, cada número digital representaria 625 mV (5 V / 2 ^ 3). Então 0 V = 000, 0,625 V = 001, 1,250 V = 010 e assim por diante até 5 V = 111. Uma vez que as comparações Flash ADC são definidas por um conjunto de resistências, pode-se definir valores diferentes para os resistores para obter uma saída não linear, isto é, um valor representaria um passo de tensão diferente dos outros valores. BIBLIOGRAFIA FREGNI, Edson e SARAIVA, Antonio M. Engenharia do Projeto Lógico Digital: Conceitos e Prática. Editora Edgard Blucher Ltda, 1995. TOCCI, R. J.; WIDMER, N. S.; MOSS, G. L. Digital Systems: principles and applications. 9th ed., Prentice-Hall, 2004. WAKERLY, John F. Digital Design Principles & Practices. 3rd edition, Prentice Hall, 2000. KLEITZ, William. Digital Electronics - A Practical Approach. Prentice-Hall, 1987. TOKLEIN, Roger L. Princípios Digitais. Schaum-McGraw Hill, 1983. • Signetics. TTL Logic Data Manual. 1982. LSD-EPUSP. Conversores Analógico-Digitais. Apostila de PEL308, RA/ES. MATSUNAGA, A. M. e TSUGAWA, M. O. Conversor Digital/Analógico. Apostila de PCS2498 Laboratório de Processadores II. Versão de 2005, revisado por André Riyuiti Hirakawa e Carlos Eduardo Cugnasca.
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