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UNIDADE Conceitos Gerais de Economia 1 1.1 Introdução a Macroeconomia 1.2 Variáveis macroeconômicas 09 10 Professor: ARIANE RIBEIRO HOTT MARCHETTI Disciplina: EMPREENDEDOR E MERCADO 9 M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA Prezado aluno, Nesta aula você irá se familiarizar com a MACROECONOMIA e como se dá a interação do merca- do de bens e serviços e o mercado monetário. ECONOMIA: Pode ser definida como a ciência social que estuda como as pessoas e a sociedade decidem em- pregar os recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. 1.1 O QUE É MACROECONOMIA? Nessa unidade vamos tentar compreender o significado de macroeconomia e suas implicações na sociedade. MACROECONOMIA: É um dos ramos da economia que aborda elementos como: 01_Inflação 02_Renda nacional 03_Taxa de juros 04_Desemprego 05_Balança de pagamentos 06_Níveis de poupança de uma sociedade. O OBJETIVO FUNDAMENTAL da Macroeconomia é definir e mensurar como as grandes decisões vão impactar na sociedade, na política de um país ou de um bloco econômico. Seu objeto de es- tudo serão os países, os grupos econômicos e, desta maneira, avaliar a economia em dimensões regionais e nacionais. Segundo Paiva (2008), “a moderna macroeconomia foi desenvolvida para explicar as razões da não utilização plena dos recursos produtivos disponíveis nos países centrais. To- davia, suas ferramentas são utilizadas para a análise de fenômenos reais (pro- dução e emprego) e monetários (inflação/deflação), que interagem no am- biente econômico” . UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA 10 UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. Com a quebra da bolsa de valores americana em 1929, o foco da análise do crescimento eco- nômico saiu da Oferta Agregada (condições tecnológicas e estoque de fatores de produção) para a Demanda Agregada. A principal contri- buição foi a obra de John Maynard Keynes: "A Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moe- da (1936)". Que será explicada adiante. A seguir vamos conhecer as principais variá- veis macroeconômicas que são utilizadas para mensurar os níveis sociais e a qualidade de vida de determinada população. 2.2 VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS Agora vamos conhecer os indicadores que norteiam a macroeconomia, é por meio destes dados que sabemos o resultado de uma política econômica e se o país está ou não melhorando a qua- lidade de vida da população: CRESCIMENTO X DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO ECONÔMICO: O valor do Produto Interno Bruto (PIB) nos dá uma medida do desempenho econômico de uma nação, que será abordado a seguir. O Crescimento Econômico mede somente a evolução do PIB e não capta fatores como distribuição de renda e qualidade de vida, tais como escolaridade e acesso à saúde. Neste sentido, para analisar o grau de desenvolvi- mento de um país é preciso relativizar o tamanho do produto levando-se em conta o tamanho de sua população e como é a apropriação de renda dessa população. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: Desenvolvimento Econômico diz respeito à qualidade de vida da população, sendo fatores como distribuição de renda, acesso a bens e serviços, nível de emprego, acesso à educação e saneamento básico fatores determinantes do desenvolvimento econômico de um país. Conforme destaca Sen (1999), uma percepção adequada de desenvolvimento deve ir muito além Fonte: Google 11 M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA da acumulação de riqueza e do crescimento do Produto Nacional Bruto e de outras variáveis re- lacionadas à renda. O desenvolvimento tem de estar relacionado, sobretudo, com a melhora da vida que levamos e das liberdades que desfrutamos. E a falta destas liberdades, ou sua carência, resulta, ainda segundo Sen (1999), em privações de acesso a serviços essenciais, tais como servi- ços de saúde, saneamento básico ou água tratada. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) O PIB é um indicador para medir a atividade econômica do país. É um bom indicador de cres- cimento, mas não de desenvolvimento, que deveria incluir outros dados como distribuição de renda. Entra no cálculo apenas o produto final vendido, por exemplo, um carro e não o aço e ferro da produção. Evita-se, assim, a contagem dupla de certas produções. A equação geral que representa o PIB: PIB = C + I + G + (X – M) Sendo: C = Consumo; I = Investimento; G = Gastos do Governo; X = Exportações; M = Importações. Um dos fatores que mais influenciam o crescimento do PIB é o consumo das famílias. Quanto mais as pessoas compram, mais as empresas precisam produzir e investir para produzir mais. PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPITA (PIB PER CAPITA) Este indicador é calculado a partir da divisão do PIB pelo número de habitantes da região. Ele indica quanto cada habitante produziu em determinado período. O PIB não leva em considera- ção diferenças na distribuição de renda entre pobres e ricos. O aumento do PIB pode melhorar a: 01_Recuperação de emprego 02_Renda 03_Crédito 04_Confiança 05_Consumo UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA 12 UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) No PNB entra toda a produção nacional, em território do Brasil ou não. Assim, empresas bra- sileiras que tenham fábricas no exterior também se somam a este indicador. Em geral, países desenvolvidos possuem PNB maior do que o PIB. A soma da produção nacional é mais forte do que a soma da riqueza produzida em território nacional, que inclui as empresas estrangeiras lo- calizadas ali. As remessas de renda advindas do estrangeiro são chamadas de RLRE (Renda Líquida Recebida do Exterior), ao passo que as remessas que deixam o país são chamadas de RLEE (Renda Líquida Enviada ao Exterior). PNB = PIB – RLEE + RLRE Portanto, o PNB nada mais é do que o PIB diminuído pela renda enviada e somado com a renda recebida. INFLAÇÃO Refere-se a um aumento contínuo e generalizado dos preços de uma cesta de produtos em um país ou região durante um período definido de tempo. A inflação também representa a queda do poder aquisitivo do nosso dinheiro em relação a eleva- ção dos preços de bens e serviços. 01_O AUMENTO NO NÍVEL DOS PREÇOS PODE TER UMA CAUSA MONETÁRIA (impressão de dinheiro pelo governo). 02_ CAUSAS PSICOLÓGICAS (agentes ajustam o preço porque acham que outro também vai ajustar). 03_CAUSA REAL (um desajuste entre a oferta e a demanda por bens e serviços). TAXA DE JUROS Juros é o preço do dinheiro aplicado ou emprestado. As taxas de juros variam de acordo com o contrato, com a aplicação, o risco, dentre outros fatores. Mas há uma taxa específica que serve de referência para todos os contratos: é a Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). (BACEN, 2018) 13 M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id aa re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA A Selic é considerada a taxa básica de juros no Brasil porque é usada em operações e emprésti- mos de curto prazo entre os bancos, balizando todas as demais, como os juros do parcelamento da compra de um eletrodoméstico, por exemplo. 01_O BANCO CENTRAL CENTRAL criou a Taxa Selic em 1979 para facilitar a negociação de títulos públicos federais negociados com os bancos. 02_A DEFINIÇÃO DA SELIC passou a ser um dos principais instrumentos de controle da inflação, na década de 1990, com a estabilização da economia. 03_Além disso, AO ALTERAR A TAXA, O BACEN É CAPAZ DE AQUECER (queda da taxa) ou de- saquecer (alta) a economia e influenciar os principais indicadores de crescimento econômico do País. TAXA DE DESEMPREGO Antes de estudarmos a taxa de desemprego é importante saber a definição que o IBGE tem so- bre trabalho: significa a ocupação econômica remunerada em dinheiro, produtos ou outras for- mas não monetárias, ou a ocupação econômica sem remuneração, exercida pelo menos durante 15 horas na semana. (IBGE, 2018) POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA Compreende o potencial de mão-de-obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a popu- lação ocupada e a população desocupada, assim definidas: 01_POPULAÇÃO OCUPADA: Aquelas pessoas que, num determinado período de referência, tra- balharam ou tinham trabalho, mas não trabalharam (por exemplo, pessoas em férias). 02_POPULAÇÃO DESOCUPADA: Aquelas pessoas que não tinham trabalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma pro- vidência efetiva (consultando pessoas, jornais, etc.). 03_POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA: As pessoas não classificadas como ocupadas ou desocupadas. TAXA DE DESEMPREGO ABERTO Relação entre o número de pessoas desocupadas (procurando trabalho) e o número de pessoas economicamente ativas num determinado período de referência. UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA 14 UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. TAXA DE CÂMBIO A taxa de câmbio é a relação entre as moedas correntes de dois ou mais países, porém ela tam- bém informa sobre as transações comerciais e relações de troca entre as nações. Quando alguém precisa fazer pagamento ou recebimento envolvendo moedas de países diferentes, seja para via- gem internacional, doação, compra de produtos ou outro motivo qualquer, é necessário trocar a moeda de um país pela moeda de outro país. Isso caracteriza uma operação de câmbio (BACEN, 2018). No Brasil, o mercado de câmbio, em que são realizadas as operações cambiais, é regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil. Hoje não é necessário qualquer tipo de autorização governamental para fazer remessas do Brasil para o exterior e nem para re- ceber recursos vindos de fora do país. Atualmente, as operações de câmbio com recebimento ou entrega de moeda estrangeira em espécie têm se restringido aos casos de viagens internacionais (BACEN, 2018). ÍNDICE DE GINI O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendi- mentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresen- tam de zero a cem). 01_O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. 02_O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza. 03_Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) O conceito de desenvolvimento humano nasceu definido como um processo de ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham capacidades e oportunidades para serem aquilo que desejam ser. Diferentemente da perspectiva do crescimento econômico, que vê o bem-estar de uma sociedade apenas pelos recursos ou pela renda que ela pode gerar. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. 01_Renda 02_Educação 03_Saúde 15 M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA O objetivo da criação do IDH foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desen- volvimento. UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA 16 UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. Nesta aula foi estudado como funciona a macroeconomia, que é a ciência dos agregados econô- micos, e suas implicações na sociedade. Além disso, vimos os principais indicadores socioeconômicos que contribuem para mensuração do crescimento e desenvolvimento da economia, tais como: PIB, PIB per capita, PNB, taxa de ju- ros, taxa de inflação, taxa de desemprego, índice de Gini, IDH, entre outros. RESUMO: 17 M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA REFERÊNCIA: BANCO CENTRAL DO BRASIL, pesquisado dia 07/11/2018. Disponível em :ht- tps://www.bcb.gov.br/ INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, pesquisado dia 08/11/2018. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/ UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA 18 UNIDADE 1 : CONCEITOS GERAIS SOBRE ECONOMIA M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i.
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