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Livro Eletrônico
Aula 02
Português p/ TRF 4ª Região (Oficial de Justiça Avaliador Federal) Com
videoaulas - Pós-Edital
Felipe Luccas, Equipe Felipe Luccas
O CONCURSEIRO
 
 
 
 
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AULA 02 
CONJUNÇÕES. CONECTIVOS. 
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO. 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................ 2 
CONJUNÇÕES .................................................................................................................. 2 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS ....................................................................................... 3 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS ...................................................................................... 9 
RESUMO ....................................................................................................................... 55 
LISTA DE QUESTÕES ....................................................................................................... 60 
GABARITOS ................................................................................................................... 82 
 
 
 
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Aula 02
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O CONCURSEIRO
 
 
 
 
 
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82 
EMPREGO DAS CLASSES II (CONJUNÇÕES) 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Olá, pessoal!!! Firmes no propósito?? Claro que sim, né? Olho na vaga rs... 
Vamos prosseguir o estudo das classes. Nessa aula veremos o uso das conjunções. Trata-se de um 
assunto dos mais cobrados dentro desse tema, em TODA PROVA. 
Vamos ser práticos. Conjunções é um assunto muito simples: você vai decorar aquelas listas de 
conjunções que sempre terão os mesmos sentidos e isso vai ser suficiente para acertar a maioria das 
questões; até porque a maioria são palavras bem conhecidas, exceto umas um pouco diferentes 
como conquanto, porquanto, destarte... Em alguns casos, as conjunções podem trazer sentidos 
diferentes do esperado, mas aí eu vou apontar o detalhe para você ficar atento. 
Esse assunto também é vital para a compreensão das diversas orações subordinadas e coordenadas, 
pois são as conjunções que as iniciam; por exemplo, uma conjunção causal introduz uma oração 
subordinada adverbial causal. Na prática, estaremos estudando os dois assuntos ao mesmo tempo. 
Ao longo da aula, trarei muitas outras questões, para você revisar e treinar até ficar enjoado de 
conhecer o valor semântico e as possibilidades de reescritura das conjunções. Agora, vamos aos 
negócios rs... 
 
CONJUNÇÕES 
Podem ser chamadas de síndeto, conectivos, elementos de coesão, operadores argumentativos... 
Assim como as preposições, as conjunções são conectores. Ligam orações diferentes ou termos de 
uma mesma oração. Também podem ligar parágrafos e traçar relações lógicas entre eles. 
Quando ligam orações de sentido completo, sintaticamente independentes, são chamadas 
coordenativas. Se ligarem orações que têm ligação de dependência sintática, são chamadas 
subordinativas. Então basicamente esta é a diferença: na subordinação, um termo ou oração exerce 
função sintática (sujeito, complemento, adjunto) em outro termo ou oração. Na relação de 
coordenação, os termos são independentes, são apenas “listados”, colocados lado a lado sem uma 
relação necessária de dependência sintática. Vejamos: 
Ex: Cães e gatos são fofinhos. 
Ex: Acordei cedo e fui correr. 
Ex: O carro é bonito, mas caro. 
Ex: Acordei tarde, mas fui correr. 
Ex: Se eu pudesse, compraria aquele violão. 
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Ex: Embora fosse tarde, fui correr. 
Bem, pessoal, agora que já sabemos o conceito, vamos a elas: 👇 👇 
 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
Ligam orações coordenadas, ou seja, independentes, estabelecendo uma relação de sentido entre 
elas (adição, oposição, alternância, explicação, conclusão). 
Ex: Acordei tarde, mas fui correr. 
 Oração Independente1 Oração Independente2 
 
Dizemos que as orações são independentes porque têm sentido completo. Se retirássemos a 
conjunção, ainda assim teríamos duas orações com pleno sentido. 
Locuções conjuntivas são conjuntos de palavras que equivalem a conjunções. “No entanto” é 
locução conjuntiva equivalente à conjunção “mas”; “Visto que” equivale a “porque”; “por isso” 
equivale a “portanto” e assim por diante. 
Algumas conjunções são formadas por um par correlato, como a correlação alternativa “quer 
x...quer y”, a correlação proporcional “quanto mais x mais y”, e assim por diante. As questões não 
cobram esse detalhe de nomenclatura, portanto trataremos aqui esses termos simplesmente por 
conjunção, isto é, chamaremos “mas” e “no entanto” de conjunção adversativa. 
Vamos agora aos tipos de conjunção. São apenas 5 sentidos e temos que memorizá-los. 
 
Conjunções Coordenativas Aditivas (+): 
Ligam orações ou palavras, com sentido de adição: e, nem (e não), bem como, e as correlações não 
só...como também/mas também/mas ainda... 
Ex: Estudei constitucional e administrativo. 
Ex: Não fiz exercícios nem revisei. 
Ex: Não só trabalho como também estudo. 
Observe que não devemos dizer “e nem”, pois seria redundante a repetição do “e” que já faz parte 
do sentido da conjunção. 
Esses “pares” ── não só...como também/mas também/mas ainda... ── são mais enfáticos do que o 
mero E aditivo; por isso, chamam-se “correlações aditivas enfáticas”. 
Observe também que a conjunção aditiva, quando liga fatos no tempo, pode indicar sequência 
cronológica: Vim e vi e venci. 
Atenção: A palavra “senão” pode ter sentido aditivo (normalmente usado após não só/não 
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apenas/não somente, equivalente a “mas também”). 
Ex: O labrador era o favorito, não só da mãe, senão de toda a família. 
A palavra tampouco é advérbio, mas pode vir a substituir uma conjunção aditiva, quando for 
equivalente a “nem”: Não malho, tampouco faço dieta! 
 
Conjunções Coordenativas Adversativas:( ) 
Ligam orações ou palavras, com sentido de contraste, oposição, compensação, ressalva, quebra de 
expectativa, retificação: Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, SENÃO (sentido 
de “mas”). 
Ex: Falou pouco, mas falou bonito. (relação de compensação, pois pouco não é o oposto de bonito.) 
Ex: Tentei, porém não consegui. (relação de oposição, até mesmo reforçada pelo sentido contrário 
dos verbos.) 
Ex: O professor era muito tímido, não obstante falava bem em público (relação de quebra de 
expectativa) 
Ex: Não tenho um filho, mas dois. (relação de retificação, correção.) 
Ex: A culpa não foi da população, senão dos vereadores. (aqui, “senão” equivale a “mas sim”, com 
sentido adversativo) 
Obs: Veremos adiante que a conjunção “não obstante” também poderá ser concessiva, quando 
equivaler a “embora”. 
 
Valor adversativo do “E”. 
Fique atento, pois o “e” pode vir com valor adversativo e as bancas muitas vezes exploram isso: 
Estava querendo ler, e o sono nãodeixava. (sentido de adversidade). 
Uma pista que indica o valor adversativo do “e” é estar antecedido por vírgula. A regra de pontuação 
recomenda pôr vírgula antes do “e” adversativo. 
 
Valor argumentativo da conjunção adversativa. 
Tenha em mente também que a adversidade é “prima” da concessão, ambas têm valor de contraste, 
oposição. A concessão é uma adversidade que não impede um resultado de se realizar. 
Em muitas questões, vão ser pedidas reescrituras em que uma concessão será substituída por uma 
adversidade e vice-versa, com as devidas adaptações, já que conjunções concessivas levam o verbo 
para o subjuntivo: embora/caso eu possa... 
Então, segue uma dica para interpretação: 
Em uma frase que conste uma conjunção adversativa, a informação mais importante é a que vem 
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após a conjunção. 
Ex: Ela grita do nada, mas é gente boa. (Ser gente boa é mais importante do que ela gritar do 
nada.) 
Seria totalmente diferente de dizer: “Ela é gente boa, mas grita do nada”, pois, nesse segundo 
caso, o foco estaria no fato de gritar. 
Para escrever essa sentença na forma concessiva equivalente, o foco teria que estar na outra oração, 
não na concessiva: 
Embora seja gente boa, grita do nada! 
✓ Portanto, após a conjunção adversativa é que de fato vem a opinião relevante do falante. 
Veremos, adiante, que a conjunção adversativa constitui um operador argumentativo forte, 
enquanto a concessiva é um operador argumentativo fraco. 
 
1. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. DE TI / 2019) 
É importante guardar imagens. Porém, é mais importante viver cada momento com 
intensidade. 
Sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, as relações de sentido e a correção do 
segmento acima estarão preservadas caso se substitua o elemento sublinhado por 
(A) Conquanto (B) Embora (C) Porquanto (D) Conforme (E) Todavia 
Comentários: 
Questão direta: “porém” é conjunção adversativa e equivale a “todavia”. 
“conquanto” e “embora” indicam concessão; “porquanto” é igual a “porque”, indica causa ou 
explicação; “conforme” indica conformidade. Gabarito letra E. 
2. (FCC / ALESE / TÉCNICO LEGISLATIVO / 2018) 
A principal ressalva à inovação democrática do Jabuti, entretanto, é que já existe um prêmio 
do leitor. 
Mantendo-se a correção e o sentido, sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, 
o elemento sublinhado acima pode ser substituído por: 
 a) embora b) conquanto c) todavia d) porquanto e) assim 
Comentários: 
Questão direta: “entretanto” e “todavia” são conjunções adversativas. 
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“embora” e “conquanto” se equivalem, pois são conjunções concessivas; “porquanto” é igual a 
“porque”, indica causa ou explicação; “assim” é usado como conjunção conclusiva. Gabarito letra C. 
3. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. DE TI / 2019) 
Porém, isso requererá a criação de diversas leis. 
Em relação aos argumentos que a antecedem, a frase acima exprime noção de 
(A) conclusão. (B) finalidade. (C) conformidade. (D) oposição. (E) causa. 
Comentários: 
“Porém” é conjunção adversativa e indica oposição, como mas, contudo, entretanto, contudo, não 
obstante. Gabarito letra D. 
4. (FCC / SEGEG-MA / Técnico Receita Estadual / 2016) 
Ainda assim, atravessou aquele 27 de julho em relativa normalidade. 
Porém, não houve resultado. 
Sem prejuízo da correção e do sentido, os elementos sublinhados acima podem ser 
substituídos, respectivamente, por: 
 a) Desse modo – Conquanto 
 b) Com isso – No entanto 
 c) Não obstante – Contudo 
 d) Portanto – Embora 
 e) Todavia − Porquanto 
Comentários: 
Temos dois conectivos com sentido de oposição, então podemos inserir duas conjunções 
adversativas: não obstante e contudo. Gabarito letra C. 
5. (FCC / TRE-PB / 2015) 
E, no entanto, o cinema chegou num ponto em que é capaz de expressar... 
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por: 
 a) porquanto b) em detrimento disso c) desse modo d) embora e) todavia. 
Comentários: 
“No entanto” é uma conjunção adversativa, assim como “todavia”. 
“Porquanto” é uma conjunção explicativa ou causal, como “porque”; “em detrimento disso” e 
“embora” têm valor concessivo; “desse modo” tem valor conclusivo. Gabarito letra E. 
 
 
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Conjunções Coordenativas Alternativas: 
Ligam orações ou palavras, com sentido de alternância ou escolha (exclusão): ou, ou...ou, 
quer...quer, ora...ora, já...já, seja...seja. 
Ex: Estude ou vá para festa, não dá para ter tudo. (relação de escolha entre opções mutuamente 
excludentes.). 
Ex: Fico motivado ora pelo salário ora pela realização. (relação de alternância) 
Ex: Seja por bem, seja por mal, vou convencê-lo de que estou certo! 
Ex: Quando eu chegar no aeroporto, meu pai ou minha mãe vão me buscar. (aqui o sentido é de 
soma, temos “ou” inclusivo, indicando “um, outro ou ambos”.) 
Ex: Fritura ou açúcar em excesso fazem mal à saúde (ambos fazem, por isso mesmo o verbo vem no 
plural, para atribuir o efeito aos dois!) 
Ex: Edson Arantes do Nascimento, ou Pelé, é o rei do futebol (“ou” indicativo de sinonímia, de 
equivalência semântica: são a mesma pessoa!) 
Atenção: A palavra “senão” pode funcionar como conjunção alternativa: 
Ex: Saia agora, senão chamarei os guardas. (poderíamos trocar por “ou”) 
6. (FCC / ALESE / TÉCNICO LEG. / 2018) 
“Os artistas já estão aqui! Vai ter espetáculo, sim. Mãos à obra”. Ninguém sabia se acreditava 
ou não, mas se apresentavam como bons soldados à ordem do comandante. 
Na última linha, a conjunção “ou” exprime possibilidades que se excluem. 
Comentários: 
Ou você acredita OU não acredita, são hipóteses mutuamente excludentes, não há como acreditar 
e duvidar ao mesmo tempo. Questão correta. 
 
Conjunções Coordenativas Conclusivas: 
Ligam orações ou palavras, com sentido de conclusão ou consequência: logo, portanto, então, por 
isso, assim, por conseguinte, destarte, pois (quando vem deslocado). 
Ex: Estava preparado, portanto não me apavorei. 
Ex: Estou tentando te ajudar, por isso quero que você me escute. 
Ex: Estava despreparado, não foi, pois, aprovado. 
Se a conjunção vier deslocada, deve estar entre vírgulas: Estava preparado, não foi, pois, aprovado. 
O pois no início da oração, isto é, não deslocado entre vírgulas, será explicativo ou causal. 
 
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Conjunções Coordenativas Explicativas: 
Ligam orações ou palavras, com sentido de justificativa: que, porque, pois (se vier no início da 
oração), porquanto. Fique atento porque elas são fortemente sinalizadas pela presença de um verbo 
no imperativo anterior. 
Ex: Fujam, porque a bruxa está à solta. 
Ex: Economize recursos, porquanto não se sabe do futuro. 
Ex: Fique em silêncio, pois o filme já começou. 
Ex: Vem, vamos embora, que esperar não é saber. 
 
Pois explicativo: inicia uma oração e justifica a outra: 
Ex: Volte, pois tenho saudade. 
Pois conclusivo: após o verbo, deslocado entre vírgulas. 
Ex: Há instabilidade; o dólar voltará, pois, a subir. 
 
7. (FCC / Câmara Legislativa do DF / TÉC. LEGISLATIVO / 2018) 
Por conseguinte, está relacionada com a existência de classes sociais. 
O termo sublinhado acima assinala no texto noção de 
 a) conclusão. b) concessão. c) oposição. d) temporalidade. e) finalidade. 
Comentários: 
“Por conseguinte” é conectivo equivalente a “portanto”, indica conclusão. Gabarito letra A. 
8. (FCC / TST - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO / 2017) 
É preciso investigar a si mesmo para perceber que você também tem falhas. Desse modo, fica 
mais fácil diminuir o efeito das fraquezas. 
Está CORRETO o que se afirma a respeito do texto em: 
O elemento sublinhado em Desse modo, fica mais fácil aceitar e diminuir o efeito das fraquezas 
pode ser substituído por “Assim”, sem prejuízo do sentido original. 
Comentários: 
“Desse modo” e “assim” são ambos conectivos conclusivos. Questão correta. 
9. (FCC / SEGEP-MA / Auxiliar de Fiscalização Agropecuária / 2018) 
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para 
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piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los 
no sistema sob legislação específica. 
O trecho acima fica corretamente reescrito com a mudança da expressão destacada, 
preservando-se seu significado original, por: 
 a) Nada obstante b) Todavia c) Contudo d) Assim sendo e) Conquanto 
Comentários: 
“Dessa forma” é um conectivo conclusivo e CAI MUITO nas provas da FCC. Fique atento. 
Gabarito letra D. 
10. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018) 
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. // A maioria das 
pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra 
pouca atenção para o que é público. 
Fazendo os devidos ajustes na pontuação e entre maiúsculas e minúsculas, as frases acima se 
articulam com coerência em um único período acrescentando-se, imediatamente após 
“minoria”, 
(A) conforme (B) por que (C) contudo (D) uma vez que (E) porém 
Comentários: 
Observem que existe uma relação explicativa. É feita uma afirmação categórica (o jornalismo dito 
de qualidade sempre foi objeto de uma minoria) seguida de uma justificativa: a maioria das pessoas 
está consumida com seus próprios dramas, apenas uma minoria dedica maior atenção ao que é 
público. 
O conectivo explicativo entre as opções é “uma vez que”. 
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria, Uma vez que a 
maioria das pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais 
que sobra pouca atenção para o que é público. (6º parágrafo) 
“Porém” e “Contudo” expressam oposição. “Conforme” expressa conformidade e “por que” não é 
uma conjunção, mas sim uma locução interrogativa. Gabarito letra D. 
 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
Ligam orações subordinadas, ou seja, duas orações que dependem sintaticamente uma da outra. A 
oração que é introduzida (iniciada) por uma conjunção subordinativa é chamada de oração 
dependente, subordinada. É muito importante saber essas noções, pois estas conjunções serão a 
base das orações subordinadas, que também terão sua influência no assunto da pontuação. 
As conjunções subordinadas podem ser integrantes ou adverbiais. 
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CONJUNÇÕES INTEGRANTES 
As conjunções integrantes indicam que a oração subordinada que elas iniciam integra ou completa 
(complementa) o sentido da oração principal. Introduzem orações substantivas, aquelas que podem 
ser trocadas por “isto” e desempenham funções sintáticas típicas dos substantivos, como sujeito, 
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto, predicativo. As conjunções 
integrantes não possuem valor semântico próprio e são apenas duas: “que” e “se”. 
 
só quero que você me aqueça nesse inverno 
 Oração Principal Oração Subordinada substantiva Objetiva Direta 
 Complementa o verbo da oração principal 
 Equivale a um objeto direto (só quero isto) 
 Conjunção Integrante 
 
Não se apavore! ESTUDAREMOS DETALHADAMENTE AS DIVERSAS ORAÇÕES SUBSTANTIVAS NA 
AULA DE SINTAXE, mas já adianto aqui alguns exemplos e suas funções sintáticas, para facilitar a 
familiarização: 
Oração subordinada substantiva subjetiva: 
Exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. 
Ex: É necessário que você estude. 
Oração subordinada substantiva objetiva direta 
Exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. 
Ex: Quero que você estude. 
Ex: Eles não sabiam se haveria aula. 
Oração subordinada substantiva objetiva indireta 
Exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal, sendo sempre iniciada por uma 
preposição. 
Ex: O candidato necessita de que todos o apoiem agora. 
Ex: Ela insistiu em que os alunos estudassem mais. 
Oração subordinada substantiva completiva nominal 
Exerce a função de complemento nominal, completando o sentido de um nome pertencente à 
oração principal. É sempre iniciada por uma preposição. 
Ex: Tenho esperança de que vamos vencer. 
Ex: Sinto necessidade de que você fique ao meu lado. 
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Oração subordinada substantiva predicativa 
Exerce a função de predicativo do sujeito do verbo da oração principal. Aparece normalmente 
depois do verbo ser. 
Ex: O bom é que a prova foi adiada. 
Ex: A dúvida era se haveria mesmo prova. 
Oração subordinada substantiva apositiva 
Exerce a função de aposto de algum termo da oração principal. 
Ex: João só queria uma coisa: que fosse aprovado logo. 
Observe que, se você trocar a oração por ISTO e fizer a análise, vai confirmar a função sintática que 
dá nome à oração. Nosso objetivo por ora é apenas reconhecer a conjunção integrante, o que se 
torna mais fácil quando percebemos que ela introduz uma oração com as funções acima. 
 
Não confunda: Na estrutura haver/ter + que/de + infinitivo é uma locução verbal. Com uma 
preposição acidental no meio:Ex: Tenho que estudar; Hei de passar. 
Repito: que/de, nesse caso, é uma preposição acidental, não é conjunção integrante. 
 
CONJUNÇÕES ADVERBIAIS 
As orações subordinadas adverbiais trarão uma relação semântica de circunstância, como um 
advérbio, com função sintática de adjunto adverbial da oração principal. 
Podem ser temporais, causais, concessivas, condicionais, conformativas, finais, proporcionais, 
comparativas, consecutivas. 
Vejamos um exemplo de uma adverbial, para entender a relação sintática entre a oração principal e 
a subordinada iniciada pela conjunção: 
 
Visitei meus parentes maternos/quando viajei para Natal 
 Oração Principal Oração Subordinada Adv. 
 Circunstância de tempo 
 Equivale a um advérbio de tempo (Ex: hoje) 
 Conjunção Subordinativa 
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Dessa forma já estamos tendo uma noção de como funciona a sintaxe do período composto, que 
tem mais de uma oração. Vamos agora ao que interessa. Vamos ver algumas questões, lembrando 
sempre que esse assunto é detalhado na aula de sintaxe. Não se desespere! 
 
Conjunções subordinativas adverbiais condicionais: 
Iniciam oração subordinada de mesmo nome e indicam a hipótese ou a condição para a ocorrência 
da oração principal. Geralmente trazem verbo com sentido de hipótese e conjugado no modo 
subjuntivo, que é o tempo verbal com valor hipotético. São elas: se, caso, desde que, contanto que, 
quando, salvo se, a menos que, a não ser que, sem que. 
Ex: Se eu puder, ensinarei tudo. 
Ex: Se eu quisesse falar com você, te chamaria no whatsapp! 
Ex: A não ser que haja uma catástrofe, não me atrasarei. 
Ex: Sem que invista em bons materiais, não vai aprender rápido. 
Ex: Qualquer renda, mesmo quando (se) for oriunda de ilícitos, será tributada. 
Cuidado, ao trocar “SE” por “CASO”, é preciso fazer um ajuste no verbo, como no exemplo: 
Se eu puder, viajarei. (verbo no futuro do subjuntivo) 
Caso eu possa, viajarei. (verbo no presente do subjuntivo) 
 
Conjunções subordinativas adverbiais conformativas: 
Indicam que uma ação ou fato se desenvolve de acordo com outro: como, conforme, consoante, 
segundo. 
Ex: A prova se desenrolou como tínhamos treinado! 
Ex: Tudo correu conforme o planejamos. 
OBS: Quando não introduzem orações, conforme, consoante, segundo. não são consideradas 
conjunções, mas apenas preposições acidentais: 
Ex: Conforme o livro, isso nunca aconteceu. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais finais: 
Indicam propósito, motivo, finalidade: para que, a fim de que, do modo que, de sorte que, porque 
(quando igual a para que), que. 
Ex: Dou exemplos para que você entenda tudo. 
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Ex: Estude todo dia a fim de que acumule conhecimento ao longo do mês. 
Ex: “É preciso rezar porque não estoure uma nova guerra mundial.” 
11. (FCC / SEPLAG RECIFE / ASS. DE GESTÃO PÚBLICA / 2019) 
Para cobrir o território nacional e cumprir o calendário, enfrentaram selvas, secas, 
tempestades. 
Preservando-se o sentido e a correção gramatical, a expressão sublinhada estará corretamente 
substituída por 
(A) A despeito de cobrir... 
(B) A fim de cobrir... 
(C) Em decorrência de cobrir... 
(D) Com vistas à cobrir... 
(E) No impeto a cobrir... 
Comentários: 
“Para cobrir” equivale a “para que cobrissem”, com ideia de propósito; temos oração subordinada 
final, não causal. A oração final em forma reduzida, introduzida pelo “para” é mais comum que a 
oração desenvolvida introduzida pela locução ‘para que’. Gabarito letra B. 
12. (FCC / DPE-AM / ANALISTA DE BANCO DE DADOS / 2018) 
O segmento em que se exprime noção de finalidade está em: 
(A) as correções das provas tipográficas dos romances de Balzac pareciam fogos de artifícios. 
(B) Se você quer fumar um charuto aperte um botão. 
(C) esse empenho tão grande acabou por exauri-lo. 
(D) O autor de Ilusões Perdidas não poupava esforço para alcançar o que desejava expressar. 
(E) O celular na palma da mão desconcentra o estudante. 
Comentários: 
Questão direta. A única oração que indica finalidade é aquela introduzida pela preposição “para”: O 
autor de Ilusões Perdidas não poupava esforço para alcançar o que desejava expressar 
O objetivo do esforço é era alcançar o que deseja expressar. Gabarito letra D. 
O outro conectivo que apareceu no texto foi o SE condicional, (Se você quer fumar). 
13. (FCC / SEFAZ-GO / AUDITOR / 2018) 
Considerando-se o uso linguístico nos segmentos, no contexto em que ocorrem no texto, está 
correto o que se afirma em: 
Ao substituir-se a conjunção em Esta diferença é compreensível se pensarmos por caso, o verbo 
pensar deve assumir a forma do presente do modo subjuntivo. 
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Comentários: 
Isso mesmo. Se trocarmos “se” por “caso” numa condicional futura, o verbo deve sofrer uma 
adaptação e ser conjugado no presente do subjuntivo, como nos exemplos abaixo: 
Se eu puder>Caso eu possa 
Se eu quiser>Caso eu queira 
Se eu estudar>Caso eu estude 
assim por diante… 
No caso da questão, teremos: caso pensemos... Questão correta. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais: 
Introduzem uma oração que traz uma relação de proporcionalidade com a oração principal: à 
medida que, à proporção que, ao passo que e também as correlações quanto 
mais/menos...mais/menos... 
Ex: Quanto mais eu rezo, mais assombrações me aparecem. 
Ex: Quanto mais estudo, mais sorte tenho nas provas. 
Ex: À medida que o tempo passa, a confiança vai aumentando. 
Ex: Ao passo que o produto escasseia, o preço sobe. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais temporais: 
Introduzem uma oração que traz uma noção de tempo para o fato ocorrido na oração principal: 
quando, enquanto, desde que, sempre que, toda vez que, assim que, logo que, mal (com sentido 
de assim que). 
Ex: Mal cheguei e já fui bombardeado de perguntas. 
Ex: Meu chefe me demitiu assim que cheguei. 
Ex: Comprei roupas enquanto ela escolhia sapatos. (tempo simultâneo). 
Obs: Segundo entendimento muito “específico” de Sacconi, “quando” pode indicar ‘causa’, se puder 
ser substituída perfeitamente por “já que”: 
“Por que ficar amontoado na cidade, sob a poluição, quando existe um mundo de terra fértil no 
campo para se trabalhar”. 
14. (FCC / SABESP / TÉCNICO EM GESTÃO / 2018) 
Em enquanto um cesto trançado já é maisdifícil, mantendo-se, em linhas gerais, o sentido 
original, o termo sublinhado pode ser substituído por: 
(A) ainda que 
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(B) portanto 
(C) concomitantemente 
(D) ao passo que 
(E) ao mesmo tempo em que 
Comentários: 
Esse é o caso em que o “enquanto” é usado para fazer um paralelo entre dois fatos: 
Os cães são ligados ao dono, ao passo que/enquanto os gatos são ligados à casa. 
A pegadinha estava no fato de que a conjunção “enquanto” pode indicar tempo concomitante, em 
que duas ações ocorrem ao mesmo tempo: 
Eu escovo os dentes enquanto tomo banho (faço os dois ao mesmo tempo). Contudo, NÃO É O CASO 
DESSA QUESTÃO, que trouxe o “enquanto” esvaziado do valor de tempo, com função de traçar um 
paralelo entre duas realidades. Por isso, C e E eram pegadinhas. 
Ainda que tem sentido concessivo; portanto tem sentido conclusivo. Gabarito letra D. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais comparativas: 
Introduzem uma oração que traz uma comparação ou contraste em relação à oração principal: 
como, assim como, tal qual, tal como, mais que, menos, tanto quanto. Nesses pares, as palavras 
tanto e quanto são correlatas. Por isso, podemos chamar esses pares de correlações aditivas 
enfáticas. O mesmo vale para outros pares que possuem função de uma conjunção. 
Ex: Essa matéria é mais fácil do que a que estudamos ontem. 
Ex: Corria como um touro. 
Ex: Ele estuda tanto quanto seu tio médico (estuda). 
Observe no exemplo acima que o verbo costuma vir implícito, porque é o mesmo verbo da outra 
oração. 
15. (CLFD / Técnico Legislativo / 2018) 
Mas eu não queria ser torneiro-mecânico, queria mesmo era ser bancário, que nem o marido 
da minha professora, dona Aurora". 
Sem prejuízo do sentido original, a expressão “que nem”, no segmento que nem o marido da 
minha professora, pode ser substituída por “como”. 
Comentários: 
A expressão comparativa “que nem” é típica da oralidade e significa: do mesmo jeito, assim como. 
Então, a banca simplesmente pede que se substitua por um conectivo comparativo formal: como. 
Questão correta. 
 
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Conjunções subordinativas adverbiais causais: 
Iniciam uma oração subordinada que traz a causa da ocorrência da principal: porque, que, como 
(com sentido de porque), pois que, já que, uma vez que, visto que, na medida em que, porquanto, 
se. 
Ex: Não passei porque não estudei. 
Ex: Como não era vaidoso, nunca fez dieta. 
Ex: Se Marisa gosta de você, por que não a procura?” (Se=Já que) 
Para organizar a relação de causa e efeito no texto, pense assim: “o fato X fez com Y”. A causa é a 
origem de um evento. 
A banca também pode pedir a substituição de conjunções causais por preposições que também 
tenham sentido de causa, como “por”: 
Ex: Não fiz a questão porque não sabia. (porque=conjunção causal) 
Ex: Não fiz a questão por não saber. (por=preposição com valor de causa) 
Observe que há mudança na forma do verbo e essa adaptação deve ser observada. 
A causa ocorre cronologicamente antes da consequência. Então, mesmo que na ordem do período 
a causa venha depois, devemos sempre atentar para a oração que a conjunção causal inicia. Essa 
será a causa. Isso será importante quando estudarmos as conjunções consecutivas, que possuem a 
mesma lógica de causa-efeito, mas introduzem a oração em que se encontra a consequência. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas: 
Iniciam uma oração subordinada que é consequência da ocorrência da principal. Normalmente vem 
acompanhada de uma expressão “intensificadora” (como um advérbio de modo), que indica a causa. 
As principais são: De modo que, de sorte que, de forma que, de maneira que, sem que (com sentido 
de que não), que (quando aparece ligada a tal, tão, cada, tanto, tamanho). 
Ex: Negligenciei meus estudos de tal forma que não passei. 
Ex: Fez tamanho escândalo que foi demitida. 
Ex: Estudei tanto que fiquei ouvindo vozes. 
Ex: Tal era seu empenho em emagrecer, que malhava todo dia. 
Ex: Não pode ver uma mulher sem que assovie como um idiota. (...que assovia...) 
Ex: A menina era linda, que dava medo de olhar nos olhos. (observe que a expressão 
“intensificadora” pode vir implícita.) 
Não confunda consequência com causa, olhe para a conjunção ou locução conjuntiva e veja se 
aquela oração onde ela aparece ocorre antes ou depois. Se ocorrer antes, é causa; se depois, é 
consequência. A conjunção recebe a classificação de acordo com a ideia do que vem depois dela, 
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não do que vem antes. 
Além disso, a relação causa-efeito nem sempre vem com uma conjunção explícita, é preciso também 
saber observar a relação de decorrência e implicação entre as partes, mesmo que não haja um 
conector causal ou consecutivo. 
 
Relações de Causa e Efeito 
Não confunda (Causa) x (Consequência) x (Explicação): 
Ex: Choveu porque o dia foi muito quente. (Causa) 
Ex: Choveu tanto que o chão está molhado. (Consequência). 
Ex: Choveu, porque o chão está molhado. (Explicação) 
O chão estar molhado não causa chuva! É só uma explicação ou justificativa para afirmação 
“choveu”. A vírgula também denuncia essa relação de coordenação, acentuando que são duas 
orações independentes. 
Professor, devo ficar me descabelando tentando diferenciar “causa” e “explicação”? 
Não! Não perca seu tempo elucubrando sobre isso! 
Segundo os principais gramáticos, a distinção entre causa e explicação “não possui limites claros” 
(Bechara). É uma discussão acadêmica que foge ao estudo do candidato. Então, você não deve se 
preocupar com isso, trate os dois indistintamente com sentido amplo de “justificativa”, salvo se 
houver uma questão que traga “causa” numa alternativa e “explicação” em outra. Nesse caso, você 
aplica os critérios de diferenciação que foram mostrados no box sobre isso, ok? 
 
 
16. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. DE TI / 2019) 
Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência. Ficamos reféns da superficialidade. 
Mantendo as relações de sentido e a correção, as frases acima podem ser articuladas em um 
único período do seguinte modo: 
(A) Ao ficarem reféns da superficialidade, uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência. 
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(B) Embora ficamos reféns da superficialidade, uma enxurrada de estímulos dispersa a 
inteligência. 
(C) Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência: contudo, ficamos reféns da 
superficialidade. 
(D) Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência, de modo que ficamos reféns da 
superficialidade. 
(E) Conforme se ficam reféns da superficialidade, cuja enxurrada de estímulos dispersa a 
inteligência. 
Comentários: 
Ficar refém da superficialidade é uma consequência da enxurrada de estímulos que dispersa a 
inteligência, então somente um conectivo consecutivo articularia as frases: 
(D) Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência, de modo que (consequentemente) 
ficamos reféns da superficialidade. 
Gabarito letra D. 
a) A oração “ao ficarem reféns” expressa tempo. 
b) “embora” indica concessão. 
c) “contudo” indica adversidade, oposição 
e) “conforme” indica conformidade. 
17. (FCC / SEGEP-MA / TÉCNICO / 2018) 
E aproximou-se tanto do velho filósofo, que sua sombra se projetou sobre ele. 
A atuação combinada dos vocábulos em destaque articula as orações, na ordem dada, numa 
relação de 
 a) conformidade e proporção. 
 b) intensidade e condição. 
 c) causa e consequência. 
 d) proporção e conformidade. 
 e) condição e causa. 
Comentários: 
“que” atrelado a um elemento intensificador (tão, tal, tanto, tamanho) configura o caso clássico de 
oração consecutiva; então há uma relação de causa e efeito. A pessoa chegou tão perto do filósofo 
(causa), que a consequência foi fazer sombra sobre ele. Gabarito letra C. 
18. (FCC / CLDF / 2018) 
...como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes 
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Em relação à oração que a sucede, a oração destacada expressa sentido de 
(A) causa. (B) comparação. (C) consequência. (D) proporção. (E) conclusão. 
Comentários: 
A pessoa fechou os olhos porque estava cansada, estar cansada é a causa de fechar os olhos. Este é 
o “como” causal. Gabarito letra A. 
19. (FCC / DPE-AM / ANALISTA DE BANCO DE DADOS / 2018) 
Constituem uma causa e seu efeito, nessa ordem, os segmentos: 
... os estudantes filmavam e fotografavam as aulas // em alguns cursos da Universidade de 
Princeton o celular e o tablet foram proibidos. 
Comentários: 
Veja que há relação de implicação. Celular e tablete foram proibidos porque os estudantes 
fotografavam as aulas. Então, a proibição é a consequência de fotografarem. Questão correta. 
20. (FCC / ARTESP / 2017) 
Considerando o contexto, o vocábulo que apresenta valor consecutivo na seguinte passagem 
do texto: 
 ... o jogo era tão emocionante, repleto de lances espetaculares, que tudo que tudo que 
queríamos no dia seguinte era assistir os melhores momentos na televisão.... 
Comentários: 
Temos uma relação causa-efeito: 
O jogo era tão emocionante (causa), QUE (como consequência) queríamos assistir novamente os 
melhores momentos na televisão. 
Então, “que” é uma conjunção subordinativa adverbial consecutiva; observe que veio correlacionada 
a uma palavra intensificadora: “tão”. Questão correta. 
21. (FCC / SEPLAG RECIFE / ASS. DE GESTÃO PÚBLICA / 2019) 
Plataformas digitais possibilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos 
locais / e provavelmente irão mudar a forma como os governos interagem com as pessoas. 
Entre as ideias separadas por barra nessa passagem do texto, se estabelece relação de, 
respectivamente, 
(A) concessão e adição. 
(B) modo e tempo. 
(C) causa e consequência. 
(D) condição e conformidade. 
(E) finalidade e comparação. 
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Comentários: 
A relação é a seguinte: as plataformas digitais deixam as operações dos governantes visíveis às 
pessoas; como consequência, os governos agem de forma diferente, interagem de maneira distinta 
com essas pessoas. Então, a mudança de comportamento dos governantes é uma consequência da 
transparência proporcionada pelas plataformas digitais. Gabarito letra C. 
22. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018) 
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: 
Ainda que fosse necessário explicá-las, porquanto de algum mistério, toda obra de arte deveria 
ter alguma força já em si mesma. 
Comentários: 
Ainda que fosse necessário explicá-las, POR CAUSA de algum mistério, toda obra de arte deveria ter 
alguma força já em si mesma. 
A conjunção “porquanto” equivale a “porque” e não é seguida de preposição. Questão incorreta. 
23. (FCC / TRT 23ª REGIÃO / 2016) 
De quati 
 Aparece um quati escoteiro. Decerto perseguido de cachorro. No chão é ente insuficiente o 
quati. Imita ser baleado. O rabo desequilibra de tanto rente na terra. 
 Agora, se alcança árvore, quati arma banzé1. Arreganha. Monta episódio. E até xinga 
cachorro. 
 Igual é o tamanduá. Fora do mato, no limpo, tamanduá nega encrenca. Porém se encontra 
zamboada2, vira gente. E desafia cachorro, onça-pintada, tenente. 
1. confusão, tumulto 
2. moita formada por galhos e ramagens de árvores, cipós, trepadeiras 
Um segmento que expressa ideia de causa, com relação ao trecho que o antecede 
imediatamente, está sublinhado em: 
 a) No chão é ente insuficiente o quati. 
 b) Agora, se alcança árvore, quati arma banzé. 
 c) Fora do mato, no limpo, tamanduá nega encrenca. 
 d) Monta episódio. E até xinga cachorro. 
 e) O rabo desequilibra de tanto rente na terra. 
Comentários: 
Qual é a causa do desequilíbrio? É o rabo estar tanto (tão) rente na terra. Reescrevendo: de tão rente 
na terra o rabo desequilibra (o quati). Nas outras opções não há qualquer relação de causa e efeito. 
Gabarito letra E. 
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24. (FCC / TRE-SP / Analista / 2017) 
Eles [os museus] são grandes porque o artista moderno quer nos envolver com o seu trabalho... 
Com as devidas alterações, caso se invertam as relações de subordinação da frase acima, 
mantém-se o sentido original fazendo-se uso da conjunção: 
 a) a despeito de 
 b) conquanto 
 c) em conformidade com 
 d) de maneira que 
 e) uma vez que. 
Comentários: 
Veja bem: as orações causais e consecutivas são orações subordinadas, isto é, dependentes da 
principal. 
Quanto temos uma oração causal, a consequência está na oração principal. 
Quanto temos uma oração consecutiva, a causa está na oração principal. 
Portanto, podemos escrever a mesma relação causa-efeito usando uma ou outra conjunção. É esse 
conhecimento que a banca nos cobrou aqui. 
Eles [os museus] são grandes porque o artista moderno quer nos envolver com o seu trabalho... 
Na redação original, a oração subordinada é “o artista moderno quer nos envolver com o seu 
trabalho” (essa é a causa). 
Para mantermos o mesmo sentido invertendo a relação de subordinação, temos que fazer a oração 
que era subordinada virar a principal. Então, consequentemente, a oração principal vaivirar 
consecutiva, pois nela está a consequência (o museu ser grande): 
“o artista moderno quer nos envolver com o seu trabalho” de maneira que os museus são grandes 
Portanto, houve inversão na relação de dependência sintática, sem mudança de sentido. Em suma, 
a para fazer a inversão que a banca quer, teríamos que rescrever usando uma oração subordinada 
consecutiva. Se trocássemos “porque” por “uma vez que”, conectivo também causal, não teria 
havido a inversão que a banca pede. Gabarito letra D. 
 
Conjunções subordinativas adverbiais concessivas: 
Iniciam uma oração subordinada que é contrária à principal, mas sem impedir sua realização. A 
concessão também é uma adversidade, mas tem um sentido mais refinado de quebra de 
expectativa. O fato trazido na oração subordinada concessiva gera a expectativa de que o fato que 
ocorre na principal não devia se realizar; mesmo assim, ele ocorre. A concessão está no campo 
semântico da exceção. 
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As principais conjunções são: mesmo que, ainda que, embora, apesar de que, conquanto, por mais 
que, posto que, se bem que, não obstante. 
Ex: Embora fosse gago e epilético, Machado de Assis fundou a Academia Brasileira de Letras. 
Ex: Posto que estivessem grávidas, as mulheres vikings guerreavam. 
Ex: Ainda que eu falasse a língua dos anjos, eu nada seria. 
Ex: Teve que aceitar a crítica, conquanto não tivesse gostado. 
Ex: Por mais que fosse engenheiro, errava todas as contas. 
Nessas orações concessivas, o verbo VEM NO SUBJUNTIVO. Observe nos exemplos: estivessem, 
falasse, tivesse, fosse... Fique atento que quando banca pedir a substituição por outro 
termo, como uma conjunção adversativa, serão necessários ajustes nessa conjugação. 
“Posto que” é equivale a “embora”! Tem valor concessivo! Não pode ser usado com sentido de 
causa, embora isso seja comum no discurso jurídico. 
Fique atento também à locução prepositiva “apesar de”, pois tem valor concessivo e a banca pode 
pedir sua substituição por uma conjunção concessiva equivalente. 
 
Oração Concessiva X Adversativa. 
Ambas trazem sentido de oposição ou ressalva. A conjunção adverbial 
concessiva: inicia uma oração subordinada na qual se admite um fato 
que, CONTRÁRIO à ação expressa na oração principal, é, contudo, 
incapaz de impedir que tal ação se realize. 
Há também uma diferença argumentativa, de foco: 
Matou, mas em legítima defesa. (foco na oração adversativa; ênfase na 
legítima defesa; defende) 
Matou, embora em legítima defesa. (foco na oração principal; ênfase no 
fato de matar; ataca) 
Essa diferença semântica é importante em reescrituras. 
 
25. (FCC / CLDF / AG. POLÍCIA LEGISLATIVA / 2018) 
Então, por mais que pareça um termo complicado, não existe nada de intrinsecamente difícil 
em “ideologia”... 
Mantendo-se as relações de sentido e a correção gramatical, sem que nenhuma outra 
modificação seja feita na frase, o segmento sublinhado acima pode ser substituído por: 
(A) Conforme (B) apesar de (C) desde que (D) embora (E) entretanto 
Comentários: 
“Por mais que” é um locução de valor concessivo: 
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Então, embora pareça um termo complicado, não existe nada de intrinsecamente difícil em 
“ideologia”... 
Gabarito letra D. 
26. (FCC / DPE-AM / ANALISTA DE BANCO DE DADOS / 2018) 
ainda que horrível, na minha opinião... 
O segmento sublinhado acima estabelece, no contexto, noção de 
(A) conclusão. (B) concessão. (C) finalidade. (D) causa. (E) conformidade. 
Comentários: 
Questão direta. Ainda que é uma locução conjuntiva de valor concessivo, equivalente a “embora, 
conquanto, posto que, malgrado...”. Gabarito letra B. 
27. (FCC / TRT 14ª REGIÃO / Técnico / 2016) 
O acervo do José Veríssimo estava com o marechal [Inácio José Veríssimo, filho do acadêmico], 
que era uma pessoa voltada para a literatura, apesar de ser militar. 
A passagem destacada permite concluir que, na opinião de Helena Araújo Lima Veríssimo, 
 a) não é muito comum haver militares interessados em literatura. 
 b) não é raro encontrar militares que entendam profundamente de literatura. 
 c) é esperado que os militares de alta patente entendam de literatura. 
 d) é natural que um filho de acadêmico se torne um militar apaixonado por literatura. 
 e) é frequente encontrar militares com formação especializada em literatura. 
Comentários: 
“apesar de” tem valor concessivo. Sabemos que a concessão traz uma ideia de que algo não é 
esperado que aconteça, mas acontece mesmo assim. No contexto, foi utilizada para expressar que 
não é comum nem esperado um militar se interessar por literatura, mas esse militar específico era 
voltado para literatura mesmo assim. Gabarito letra A. 
28. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019) 
embora o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias 
 O sentido e a correção do segmento acima estarão preservados caso se substituam os 
elementos sublinhados, respectivamente, por 
(A) porquanto – se detivesse nos 
(B) mesmo que − se circunscrevesse aos 
(C) desde que − se deixasse conter nos 
(D) haja vista que − fosse submetido aos 
(E) conquanto − estivesse adstrito aos 
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Comentários: 
“embora” é conjunção concessiva, então só poderíamos trocar por “mesmo que” ou “conquanto”. 
Ficaríamos entre B e E. 
A frase “o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores” indica que o poder estava 
apenas com eles, dominado por eles, restrito a eles, adstrito a eles. Então desempataríamos pela 
letra E. “Circunscrever” significa desenhar/demarcar um limite. Gabarito letra E. 
“porquanto”=”porque”, tem sentido de causa ou explicação; “desde que” possui sentido de tempo 
(Desde que cheguei, não parei de trabalhar) ou de condição (Você poderá sair, desde que termine 
sua lição); “haja vista” tem sentido de causa. 
29. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANA. PLAN. ORÇ. E GESTÃO / 2019) 
Um juramento expõe a beleza da vontade humana, como afirmação nossa, mas sua quebra 
mostra também nossos limites. 
Numa nova e igualmente correta redação da frase acima, iniciada agora pelo segmento A 
quebra de um juramento mostra nossos limites, pode-se seguir esta coerente 
complementação: 
(A) embora não deixe de expor a beleza que está em afirmarmos nossa vontade. 
(B) uma vez que nossa vontade, com sua beleza, afirma nosso acordo com a Natureza. 
(C) à medida em que nossa vontade acaba expondo toda a sua beleza. 
(D) até por que também se expõem o que há de belo na afirmação de nossa vontade. 
(E) não fosse a beleza que também têm na quebra mesma da nossa vontade. 
Comentários: 
A conjunção “mas” indica oposição, quebra de expectativa. Então, de uma forma bem simples, já 
poderíamos achar o gabarito, pois temos uma conjunção concessiva, que também indica oposição 
na letra E. 
Isso significaque podemos trocar diretamente uma conjunção adversativa por uma concessiva? Não, 
para reescrever, há que se fazer uma adaptação e a banca respeitou isso na reescritura. A conjunção 
“mas” introduz a oração que traz a parte mais relevante do período, a parte “forte” do argumento. 
A oração concessiva é argumentativamente a parte mais fraca do período, pois é um obstáculo que 
será vencido. Por isso não podemos trocar diretamente uma pela outra. Contudo, se o que estava 
na oração adversativa virar oração principal, manteremos a mesma ideia: 
Um juramento expõe a beleza da vontade humana, como afirmação nossa (parte fraca), mas sua 
quebra mostra também nossos limites (parte “forte”, vai tornar-se a oração principal que 
acompanha a oração concessiva. 
A quebra de um juramento mostra nossos limites, embora não deixe de expor a beleza que está 
em afirmarmos nossa vontade. 
Gabarito letra E. 
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Conjunções com mais de um sentido possível: 
Agora vou sistematizar as conjunções que as bancas mais gostam de usar para confundir o candidato, 
visto que são aquelas que podem assumir diferentes valores semânticos. Ressalto que é importante 
decorar os possíveis sentidos que uma conjunção ou locução pode assumir. 
 
 
 
 
Não confunda nem misture a conjunção causal “na medida em que” com a proporcional “à medida 
que”. Expressões como na medida que e à medida em que estão equivocadas! 
Lembre-se também que porquanto=porque e conquanto=embora e que “quando” pode assumir 
valor condicional em certos contextos. 
 
Veja abaixo os principais valores semânticos da conjunção “E”: 
PORQUE
Explicativo ou 
Causal
Ex. Não fiz a questão 
porque não sabia. 
(Causal)
Ex. Choveu, porque o 
chão está molhado. 
(Explicativo)
Finalidade 
= (para que)
Ex. Eu oro porque
não haja uma 
guerra. (Finalidade)
DESDE QUE
Temporal
Ex. Desde que casei, não 
joguei mais poker.
Condicional
Ex. Você poderá sair, 
desde que arrume o seu 
quarto.
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Observe alguns valores que a palavra “como” pode assumir: 
 
30. (FCC / ARTESP / 2017) 
 Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma "nova 
revolução industrial", como define o secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda. 
O vocábulo como, nessa passagem do texto, estabelece a mesma relação de sentido que a 
verificada em: 
(A) Como ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano é 
desconhecido. 
(B) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização dos carros 
autônomos. 
(C) Como dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já são uma realidade. 
(D) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é realmente 
espantoso. 
(E) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no início do século 
20.. 
E
Aditivo Ex. Cheguei, almoçei e dormi
Adversativo
Ex. Tentei muito ler o livro, e o 
sono não deixou.
Conclusivo
Ex. Esforçou-se e passou em 
primeiro lugar
COMO
Comparativo
Ex. Trabalha como um 
burro.
Conformativo
Ex. Fiz tudo como você 
mandou.
Causal
Ex. Como você não 
pagou, não trouxe.
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==136b16==
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Comentários: 
Em “como define Sérgio Avelleda”, temos sentido de conformidade, “segundo Sérgio...”, “conforme 
Sérgio...”. 
Na letra C, nosso gabarito, também temos o “como” na função de “conjunção conformativa”: “Como 
(segundo, conforme) dito no texto”. 
Na letra A, o “como” equivale a “porque” e tem sentido de causa. Nas letras B e D, “como” tem 
sentido de modo. Na letra E, o “como” tem sentido comparativo. Gabarito letra C. 
31. (FCC / MANAUSPREV / Administrativa / 2015) 
João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju 
tentou encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. 
Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no 
Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar 
Miracanguera, “decidiram” que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição 
de agricultores andinos”. 
Mantendo-se o sentido original, na frase “Como não conseguiram achar Miracanguera...”, o 
elemento sublinhado pode ser corretamente substituído por: 
a) Por mais que b) Conforme c) Ainda que d) De modo que e) Uma vez que 
Comentários: 
No texto, o “como” tem valor causal. Temos que procurar entre as opções esse mesmo sentido. 
a) Por mais que (concessão) b) Conforme (conformidade) c) Ainda que (concessão) 
d) De modo que (finalidade) e) Uma vez que (causa). Gabarito letra E. 
 
 
Fique atento também aos possíveis usos da conjunção “Pois” (causal, explicativo ou conclusivo) e 
do “senão”: 
 
POIS
Causal
(Início da oração)
Ex. Choveu, pois o dia 
foi quente.
Explicativo
(Início da oração)
Ex. Choveu, pois está 
tudo molhado.
Conclusivo
(Deslocado)
Ex. Estudou muito, 
passou, pois, bem 
rápido.
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QUANDO
Temporal
Ex. Estava sozinha 
quando ele chegou.
Condicional
Ex. Enviarei o 
produto, mas só 
quando receber o 
pagamento.
Concessivo
Ex. Os políticos "se ajudam", quando
deveriam (embora devessem) ajudar 
o povo. 
Ex. Você vive reclamando, quando
(embora tenha) tem uma vida boa.
SENÃO
Alternativo
Ex. Saia, senão chamo 
a polícia.
Adversativo
Ex. Ele não estava 
triste, senão
concentrado.
Aditivo
Ex. Era o favorito não 
só da sala, senão de 
toda a escola.
SEM QUE
Modo
Ex. Entrou sem que 
fosse convidado
Concessão
Ex. Sem que
estudasse, foi 
aprovado. 
Condição
Ex. Sem que estude, 
será reprovado.
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A diferença entre o “quando condicional” para o “quando temporal” é absolutamente sutil e 
controversa, muitas vezes parece não haver sequer diferença. Um critério seria observar que o 
“quando temporal” tende a indicar fatos mais concretos, que realmente ocorrem regularmente, ao 
passo que o “quando condicional” é mais hipotético. Na prática, “quando” possui valor temporal em 
99% das questões. 
 
32. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. DE TI / 2019) 
No contexto,exprime noção de causa o seguinte segmento: 
(A) Mas é preciso, também, que façamos uma autocrítica sobre o modo como vemos o 
mundo... 
(B) ...já que não dependemos, aparentemente, de ninguém. 
(C) Milhares de fotos são incapazes de superar a vivência de um instante. 
(D) Agora fotografamos tudo compulsivamente. 
(E) Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos. 
Comentários: 
Questão direta: o conectivo “já que” é o único que pode expressar causa entre as opções. 
“mas” indica oposição e nas demais opções não há relações semânticas expressas por conectivos, 
apenas afirmações isoladas. Gabarito letra B. 
33. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. FAZENDÁRIO / 2019) 
Considerado o contexto, o segmento com valor concessivo está em: 
(A) visto que causa danos irreversíveis ao meio ambiente 
(B) uma vez que traz a ideia de que a assim chamada civilização destrói a diversidade cultural 
(C) Contudo, há motivo para inquietação 
(D) Portanto, é absurdo tentar distingui-las 
(E) embora tenha sempre se preocupado em só falar como antropólogo 
Comentários: 
A conjunção concessiva aqui é “embora”; “visto que” e “uma vez que” expressam causa; “contudo” 
expressa oposição e “portanto” expressa conclusão. Gabarito letra E. 
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34. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. FAZENDÁRIO / 2019) 
Nossa espécie já enfrentou situações piores. Contudo, há motivo para inquietação. 
Mantendo-se as relações de sentido, as frases acima articulam-se com correção, em um único 
período, do seguinte modo: 
(A) Não haveria motivo, para inquietação, caso já não tivessem enfrentado situações piores. 
(B) Como nossa espécie já enfrentara situações piores, há motivo para inquietação. 
(C) Apesar de nossa espécie já ter enfrentado situações piores, há motivo para inquietação. 
(D) Há motivo para inquietação, eis que situações piores já enfrentaram nossa espécie. 
(E) Há motivo para inquietação, por conseguinte, nossa espécie já enfrentou situações piores. 
Comentários: 
Questão clássica da FCC. As conjunções concessivas e adversativas possuem um ponto de 
semelhança semântica: ambas expressam oposição, quebra de expectativa. Então, é possível, com 
ajustes, fazer a reescritura de uma estrutura com oração adversativa na forma de um período com 
oração concessiva. Então, o único conectivo com valor de oposição está na letra C. 
a) “caso” indica condição; b) “como” indica causa; d) “eis que” indica causa; e) “por conseguinte” 
indica conclusão. Gabarito letra C. 
35. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. FAZENDÁRIO / 2019) 
Considerado o contexto, exprime noção de finalidade o segmento que se encontra em: 
(A) Para sustentar uma democracia duradoura... 
(B) ... ainda que o sistema não triunfasse no mundo todo... 
(C) A despeito das críticas sofridas... 
(D) ... porquanto muitos países se mostrariam resistentes a essa ideia... 
(E) ... embora evitando fazer grandes generalizações sobre o fim da história... 
Comentários: 
Questão direta: a oração “para sustentar” indica finalidade. 
“ainda que”, “embora” e “a despeito de” indicam concessão; “porquanto” equivale a “porque”, 
indica causa ou explicação. Gabarito letra A. 
36. (FCC / ISS MANAUS / ASS. TÉC. FAZENDÁRIO / 2019) 
Atente para o que se afirma abaixo a respeito do fragmento De tão difícil e cruel, a vida parece 
impossível e no entanto o povo vive, luta, ri, não se entrega. 
I. Na sequência de orações coordenadas, a última assinala noção de finalidade. 
II. No contexto, a primeira oração introduz noção de causa. 
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III. O sentido e as relações sintáticas se preservam com a substituição de e no entanto por 
embora. 
IV. Isolando-se por vírgulas o segmento no entanto, não haverá alteração do sentido e da 
correção. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) III. (B) I e IV. (C) I. (D) II e IV. (E) II e III. 
Comentários: 
I- A última oração faz parte de uma sequência de orações coordenadas adversativas. 
II- Ser difícil e cruel é a causa de a vida parecer impossível. 
III- Não trazem o mesmo sentido nem a mesma classificação sintática, “no entanto” é conjunção 
adversativa e introduz oração coordenada; “embora” é conjunção concessiva e introduz uma oração 
subordinada. 
IV- “No entanto” é uma conjunção adversativa deslocada e a regra de pontuação é isolar entre 
vírgulas, não haveria erro algum. Gabarito letra D. 
37. (FCC / TCE RS / AUDITOR / 2018) 
Considere: “a dependência da economia brasileira é inegável, mas não será, entretanto, uma 
dependência colonial.” 
Acerca do que se encontra acima, considerado em seu contexto, é acertado comentar: 
A conjunção mas, usada mais comumente para expressar um contraste, está empregada 
especificamente com valor aditivo, uma das suas possibilidades de sentido. 
Comentários: 
“mas”, no contexto, indica oposição. É possível indicar soma? Sim, se estiver numa correlação aditiva 
enfática como em: Não só trabalho, mas estudo (como também estudo). Não é o caso aqui. 
Questão incorreta. 
38. (FCC / ICMS-SC / AUDITOR / 2018) 
Existe uma estreita relação entre nutrição, saúde e educação, de um lado, e capacidade de 
trabalho e iniciativa de outro. A incompetência econômica do indivíduo resulta em privação 
material: sua demanda por bens não corresponde a uma demanda recíproca, no mercado, por 
aquilo que ele é capaz de oferecer. Ao mesmo tempo, a pobreza de uma geração se torna o 
berço da incompetência da geração seguinte: o ambiente de privação material e ignorância em 
que nasce (e se forma) o indivíduo impede que ele desenvolva todas as qualidades físicas, 
morais e intelectuais das quais dependerá sua competência na vida prática e sua sobrevivência 
no mercado. Fecha-se assim o elo entre pobreza e improficiência. 
Considere: “Fecha-se assim o elo entre pobreza e improficiência.” 
Em relação aos argumentos que a antecedem, a frase acima exprime noção de 
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(A) oposição. (B) conclusão. (C) causa. (D) concessão. (E) finalidade. 
Comentários: 
“Assim” indica conclusão. Gabarito letra B. 
39. (FCC / TRT 15ª REGIÃO / TÉCNICO / 2018) 
E isso é assustador: se eu sou o mestre do meu destino, e o meu destino não se sai assim tão 
bem, não tenho ninguém para culpar além de mim mesmo. 
Caso se queira explicitar a relação de sentido entre as orações separadas pelos dois-pontos, 
deve-se substituir o sinal de dois-pontos fazendo-se as devidas alterações, por: 
 a) conquanto. b) contudo. c) porém. d) pois. e) mesmo que. 
Comentários: 
A relação é de explicação: isso é assustador, porque não tenho a quem culpar senão a mim mesmo. 
Gabarito letra D. 
40. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / ANALISTA / 2016) 
No segmento ... nem se deve correr com estrondo atrás do sucesso, senão ele se assusta e foge 
logo, o termo sublinhado pode ser substituído, mantendo-se a lógica e o sentido original, por: 
 a) exceto se b) salvo c) do contrário d) não obstante e) por mais que 
Comentários: 
“Senão” tem sentido de “ou”, de “caso contrário”: nem se deve correr com estrondo atrás do 
sucesso, CASO CONTRÁRIO ele se assusta e foge logo. Gabarito letra C. 
41. (FCC / SEGEP-MA / ANALISTA AMBIENTAL / 2018) 
Nosso corpo funciona de forma diferente de acordo com as mudanças no habitat. (2o 
parágrafo) 
Sem prejuízo para a correção e a lógica, o segmento sublinhado acima pode ser substituídopor 
 a) como b) devido c) consoante d) apesar de e) em relação 
Comentários: 
Questão direta: “de acordo com” é uma locução de sentido conformativo, então equivale a 
“conforme”, conjunção subordinativa adverbial conformativa. Gabarito letra C. 
42. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / TÉCNICO JUDICIÁRIO / 2016) 
Quando usamos essa terminologia, falamos da cidade enquanto um espaço de fluxos. 
No contexto da frase, o segmento sublinhado tem sentido de proporção. 
Comentários: 
Esse “enquanto” não indica tempo; na verdade, tem sentido de “na função de/ na posição de/ visto 
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como”… Questão incorreta. 
43. (FCC / Câmara Legislativa do DF / Técnico Legislativo / 2018) 
Com o tempo, um estudo muito aplicado fica inacessível para aqueles que não se dedicaram 
muito a ele. Por isso não entendemos de medicina, direito ou matemática... 
Identificam-se nas ideias expostas acima, respectivamente, as noções de 
 a) consequência e oposição. 
 b) causa e consequência. 
 c) oposição e temporalidade. 
 d) concessão e consequência. 
 e) conclusão e concessão. 
Comentários: 
Não entendemos de medicina, direito ou matemática porque um estudo muito aplicado ficou 
inacessível para nós com o passar do tempo. Não estudamos e, como consequência, não 
entendemos certos assuntos. Então, há uma relação causa-efeito. Gabarito letra B. 
44. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019) 
Considere as seguintes orações: 
 I. O universo é infinito. 
 II. A infinitude do universo atemoriza o homem. 
 III. O homem deplora sua condição de mortal. 
 Essas três orações constituem um período de redação clara, coerente e correta no seguinte 
caso: 
(A) Ainda que seja infinito e atemorize o homem, o universo faz o homem deplorar sua 
condição de mortal. 
(B) Ao deplorar sua condição de mortal, o homem considera infinito o universo em que se 
atemoriza. 
(C) Atemorizado pela infinitude do universo, deplora o homem a sua mortalidade. 
(D) Sendo infinito o universo, eis por que o homem se atemoriza, quando deplora sua condição 
de mortal. 
(E) O universo infinito atemoriza o homem, cuja condição é assim mortalmente deplorável. 
Comentários: 
Aqui, temos uma relação de causa-efeito. Não tem jeito, o candidato deveria ter percebido a 
seguinte relação: 
I. O universo é infinito. 
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 II. A infinitude do universo atemoriza o homem. 
 III. O homem deplora sua condição de mortal. 
Por ser infinito (causa), o universo atemoriza o homem (consequência); por estar atemorizado pela 
infitude do universo, o homem se sente insignificante e deplora sua condição de mero mortal. 
Isso estava reproduzido em: 
(C) (porque está) Atemorizado pela infinitude do universo, deplora o homem a sua 
mortalidade. 
Gabarito letra C. 
45. (FCC / TRT 14ª REGIÃO / Técnico / 2016) 
O acervo do José Veríssimo estava com o marechal [Inácio José Veríssimo, filho do acadêmico], 
que era uma pessoa voltada para a literatura, apesar de ser militar. 
A passagem destacada permite concluir que, na opinião de Helena Araújo Lima Veríssimo, 
 a) não é muito comum haver militares interessados em literatura. 
 b) não é raro encontrar militares que entendam profundamente de literatura. 
 c) é esperado que os militares de alta patente entendam de literatura. 
 d) é natural que um filho de acadêmico se torne um militar apaixonado por literatura. 
 e) é frequente encontrar militares com formação especializada em literatura. 
Comentários: 
“apesar de” tem valor concessivo. Sabemos que a concessão traz uma ideia de que algo não é 
esperado que aconteça, mas acontece mesmo assim. No contexto, foi utilizada para expressar que 
não é comum nem esperado um militar se interessar por literatura, mas esse militar específico era 
voltado para literatura mesmo assim. Gabarito letra A. 
46. (FCC / AFAP / ASS. ADMINISTRATIVO DE FOMENTO / 2019) 
Considere o sentido veiculado pelas orações sublinhadas nos trechos que seguem: 
Em 1989, andando com Tom pelo Central Park, em Nova York, ouvi-o identificar vários pássaros 
pela música que faziam... 
Em jovem, nas suas incursões pelo mato, Tom piava inhambus para matá-los. 
Estão integrados com tal naturalidade à orquestração que podem nem ser “escutados” pelos 
menos atentos. 
 Nos contextos em que ocorrem, as orações sublinhadas exprimem, respectivamente, 
circunstâncias de 
(A) causa, direção e condição. 
(B) tempo, finalidade e consequência. 
(C) conformidade, modo e tempo. 
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(D) modo, consequência e direção. 
(E) condição, causa e modo. 
Comentários: 
A primeira oração tem valor de tempo, dá o momento quando ouviram Tom Jobim identificar vários 
pássaros pela música que faziam 
Em 1989, andando com Tom pelo Central Park, em Nova York, ouvi-o identificar vários pássaros 
pela música que faziam... 
Em 1989, enquanto andava, em Nova York, ouvi-o identificar vários pássaros pela música que 
faziam... 
Já era possível marcar o gabarito, pois apenas a letra B trouxe valor de tempo. 
Nas demais orações, o sentido fica ainda mais evidente, porque os conectivos estão explícitos: 
“para” antes de verbo indica finalidade. 
“que”, atrelado a um elemento intensificador (tal, tão, tanto, tamanho), introduz oração 
consecutiva: 
Estão integrados com tal naturalidade à orquestração que (como consequência) podem nem 
ser “escutados” pelos menos atentos. 
Gabarito letra B. 
47. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019) 
 A partir da década de vinte do século XIX, o governo brasileiro resolveu estimular a vinda de 
imigrantes europeus, para formar uma camada social de homens livres que tivessem 
habilitação profissional e pudessem oferecer ao país os produtos que até então tinham que ser 
importados, ou que eram produzidos em escala mínima. Os primeiros imigrantes que chegaram 
foram os alemães, em 1824. Eles foram assentados em glebas de terra situadas nas 
proximidades da capital gaúcha. E, em pouco tempo, começaram a mudar o perfil da economia 
do atual estado. 
Julgue o item a seguir. 
A oração para formar uma camada social de homens livres tem valor causal. 
Comentários: 
A oração possui valor de “finalidade”. Questão incorreta. 
Por que não poderia ser nenhuma das outras? Vejam: 
“uma vez que” indica causa; “à medida que” indica proporção (esse “em” não existe); “porque” 
indica causa/explicação e deve ser grafado em palavra única; “(se) não fosse pela beleza” indica 
condição. 
48. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018) 
Não basta viver, é preciso dar sentido ao viver, ou tudo se evapora. 
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Uma nova, coerente e correta redação da frase acima, se iniciada pelo segmento Tudo se 
evapora..., deverá complementar-se com: 
conquanto não baste viver para dar-lhe sentido. 
Comentários: 
Vamos entender a relação original: 
Não basta viver, é preciso dar sentido ao viver, SENÃO/CASO CONTRÁRIO tudo se evapora. 
Então, a parte “tudo se evapora” é a consequência de uma hipótese (vivermos apenas, sem dar 
sentido à vida, a esse “viver” 
Conquanto dá ideia de concessão, não relacionada ao texto original. Questão incorreta. 
49. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD.

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