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ANÁLISE DA PEÇA TEATRAL ÉDIPO REI

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UNIAVAN
ESTELITA BOTELHO
ANÁLISE DA PEÇA TEATRAL – ÉDIPO REI
ITAJAÍ
2020
UNIAVAN
ESTELITA BOTELHO
ANÁLISE DA PEÇA TEATRAL – ÉDIPO REI
Trabalho apresentado na disciplina de Filosofia, ética, direitos humanos e cidadania para o curso de graduação em Psicologia.
ITAJAÍ
2020
1. Resumo da peça
Édipo Rei é uma peça de Sófocles (dramaturgo na época grega) e se trata da tragédia que se abate sobre a família de Édipo. A história começa com um Sacerdote de Tebas que vem implorar a Édipo por ajuda porque sua cidade passa necessidades.  Édipo envia seu cunhado, Creonte, ao oráculo de Delfos para perguntar qual será o destino de Tebas, ao Deus Apolo. A notícia é perturbadora, o conselho de Apolo é “de limpar a imundície que corrompe este país, e não a deixar crescer até que se torne inextirpável”.  Nisso, Creonte retorna com a mensagem do oráculo e concluí dizendo que a praga terminará quando o assassino de Laius (ex-rei de Tebas) for pego e expulso, e que o assassino está dentro da cidade. 
Édipo decide ele próprio se encarregar da investigação. Mas por onde começar? Chama, então, Tirésias – o adivinho da cidade para que ele possa dizer o nome do assassino. Mas Tirésio vê algo muito mais perturbador, o assassino está tão perto que ninguém imagina quem é, ele tem como sina ter assassinado o próprio pai e casado com a mãe, sem ter nenhuma ideia disso e essa pessoa…é o próprio Édipo.
O horror se instala e Édipo culpa seu cunhado por armar uma brincadeira sem graça para desmoralizá-lo e tirá-lo do poder. O cunhado nega, mas é afastado da Corte. A Rainha Jocasta, no entanto, não acredita em nada disso de previsões e adivinhações. Ela explica que seu ex marido Laio, também tinha recebido uma notícia terrível do Oráculo, que ele morreria pela mão de seu filho. Então, quando a criança nasceu ele a mandou embora a fim de nunca poder se aproximar dele.
Ao narrar a morte de Laio, Jocasta lança luz no acontecimento e assusta Édipo. O protagonista é condenado à morte quando ainda era um bebê. Seu pai, o rei Laio, havia ouvido de um oráculo de Delfos que o filho algum dia o mataria e desposaria a própria mãe, a rainha Jocasta. Perturbado com a revelação, o rei julgou que a melhor solução seria matar o menino antes que a profecia se realizasse.
Diante da decisão, um pastor é convocado pelo rei para levar Édipo, que teria os pés amarrados e seria deixado pendurado em uma árvore no monte Citerão até ser atacado pelas feras. Com pena, o pastor desobedece às ordens e leva o bebê para casa. Por ser muito pobre, a família do camponês não consegue reunir condições de criar Édipo e acaba o doando.
O bebê vai finalmente parar nas mãos de Políbio, o rei de Corinto, que passa a tratá-lo como próprio filho. O rapaz cresce e recebe a revelação perturbadora que havia sido adotado. Transtornado com a notícia, Édipo sai desvairado. Encontra em uma encruzilhada com o pai biológico (que desconhecia) e com mais alguns acompanhantes. Furioso, tem um surto de raiva e acaba matando aquelas pessoas. É desse modo que a primeira parte da profecia se realiza: o filho mata o próprio pai.
Ao chegar a Tebas, sua cidade natal, Édipo depara-se com uma esfinge que propunha um desafio até então nunca solucionado: "Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três?". Édipo, sendo inteligente, respondeu corretamente, mandou a Esfinge mergulhar para a morte e tornou-se o governante de Tebas. Para consolidar o poder, ele se casou com Jocasta, a viúva do falecido rei Laio.
Quando tudo é revelado, Jocasta se enforca. Perturbado, Édipo usa os alfinetes de seu lenço para arrancar seus próprios olhos. Ele dá a Creonte o controle de Tebas e deixa a cidade para vagar pela terra como um mendigo cego.
Édipo Rei levanta dúvidas sobre até que ponto somos donos das nossas ações, há nessa tragédia grega, um conflito entre destino e livre arbítrio, se formos considerar o destino sob a vontade humana, veremos uma impotência diante dos fatos, pode-se citar a parte em que Édipo tentou escapar de seu destino e acabou indo ao encontro dele, por mais que tenha tentado evitar que a promessa do oráculo se cumprisse. Entretanto, se consideramos a vontade humana como superior, observaremos que Édipo é responsável por toda desgraça e que em alguns momentos isso poderia até ter sido evitado.
Os maiores defeitos de Édipo são a impulsividade, humor oscilante como na hora em que ele mata o próprio pai por motivo banal, e até suas virtudes colaboram parta o fim trágico, se não fosse por sua inteligência ele não teria vencido a esfinge e, portanto, não teria se colocado no próprio destino.
O mito de Édipo influenciou Freud dentro do campo da psicanálise, o autor utilizou da peça para definir o Complexo de Édipo, que é o conflito de sentimentos de amor e ódio vivenciados na infância. O complexo e o mito se relacionam, pois, ambos envolvem questões éticas, sociais e tabus. Outro estudo aprofundado sobre a peça é encontrado na obra “A verdade e as formas jurídicas”, de Michel Foucault, filósofo e professor que analisou, através de Édipo Rei, as práticas judiciais feitas na Grécia antiga. A peça de Édipo Rei é um marco na tragédia grega e nas literaturas, sendo debatido e estudado até nos dias de hoje.

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