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AULA Disfunções do S Gastrointestinal

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09/09/2019 
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DISFUNÇÕES 
DIGESTIVAS 
PACIENTE CRÍTICO 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
 O sistema gastrointestinal consiste em: boca, 
esôfago, estômago, intestino delgado, 
intestino grosso e estruturas associadas. 
 
 A estrutura da boca incluem lábios, dentes, 
gengiva, mucosa oral, língua, palato duro, 
palato mole e faringe. 
 
 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
 O esôfago um tubo muscular estendendo-se da 
faringe para o estômago. Tubo passível de 
colabamento, tornando-se distendido quando o 
alimento o atravessa. 
 
 As aberturas esofagianas incluem o esfíncter 
esofagiana superior (EES), ao nível do músculo 
cricofaringeal e o esfíncter esofagiano inferior(EEI), 
ou esfíncter cardíaco. 
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SISTEMA GASTROINTESTINAL 
 Estômago , uma bolsa muscular situada no abdômen superior 
sob o fígado e o diafragma. Bolsa distensível com capacidade de 
+ ou – 1500 ml. 
 
 Entrada do estômago – junção gastroesofágica, circundada por 
um anel denominado esfíncter esofágico inferior ou esfíncter a 
cárdia, que sob contração, isola o estômago do esôfago. 
 
 O esfíncter pilórico regula o fluxo dos conteúdos do estômago 
para dentro do duodeno. 
 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
 O intestino delgado, um tubo em espiral com 
aproximadamente 6,6 m de comprimento e 
2,5 cm de diâmetro, estende-se do esfincter 
pilórico até a válvula ileocecal no intestino 
grosso, incluem o duodeno, o jejuno e o íleo. 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
 O intestino grosso, um tubo curto, largo de 
1,5 a 1,8 m de comprimento, e de 5 a 6,2 cm 
de diâmetro, inicia-se na válvula ileocecal e 
termina no ânus, consiste em ceco, cólon, 
reto e ânus. 
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Sinais e Sintomas das Disfunções do SGI 
 Dor; 
 Indigestão; 
 Gás intestinal; 
 Náuseas e vômitos; 
 Alterações nos hábitos intestinais e 
características fecais. 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
ESOFAGITE 
 é a inflamação da mucosa esofagiana pode 
ser agudas ou crônicas. 
A esofagite resulta, mais comumente, do 
refluxo recorrente dos conteúdos gástricos 
para dentro do esôfago distal. 
O refluxo pode resultar de esfincter esofagiano 
inferior (EEI) incompetente, úlceras gástricas 
ou duodenais e entubação nasogástrica 
prolongada. 
 
 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
 O EEI bloqueia o refluxo do suco gástrico 
para dentro do esôfago. Os defeitos no 
mecanismos do EEI podem levar ao refluxo. 
 
 O refluxo persistente pode levar a formação 
de úlcera esofageana. 
 
 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
As manifestações clínicas são: 
 Azia; 
 Regurgitação ácida; 
 Vômito; 
 Disfagia (dificuldade de deglutição); 
 Dor esofageana (pela pressão intra 
abdominal, devido sangramento, tensão, 
obesidade ou gravidez). 
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SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Cuidados de enfermagem: 
 Promover a ingestão nutricional adequada: 
 Comer refeições pequenas e frequentes; 
mastigar bem os alimentos antes de deglutir; 
beber líquidos; evitar alimentos 
condimentados, álcool, cafeína e cigarro 
(irritantes); não deitar após as refeições; 
 Elevar a cabeçeira do leito para minimizar o 
refluxo. 
FUNDOPLICATURA (CIRURGIA) 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
 HÉRNIA DE HIATO 
 a abertura no diafragma através da qual o 
esôfago atravessa torna-se dilatada, e devido 
ao alargamento deste espaço, uma parte do 
estômago desliza em direcção ao tórax, o 
que se denomina hérnia de hiato. 
 - Hérnia de hiato axial ou deslizante; 
 - Hérnia de hiato paraesofágica. 
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SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Manifestações Clínicas 
 Azia; 
 Regurgitação; 
 Eructações (arrotos); 
 Disfagia; 
 Dor subesternal. 
50% dos pacientes mostram-se assintomáticos 
 
 
 
 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Cuidados de enfermagem: 
 Orientar alimentação em pequenas 
quantidade e frequentes; 
 Orientar o paciente a não se reclinar durante 
1 hora depois de comer; 
 Elevar a cabeceira ou orientar a utilização de 
travesseiros mais altos e/ou colocar pequenos 
calços na cabeceira da cama; 
 Prepara para cirurgia se necessário. 
 
 
 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
ÚLCERA PÉPTICA 
A úlcera péptica é uma lesão (ferida aberta) 
localizada no estômago ou duodeno com 
destruição da mucosa da parede destes 
órgãos. 
 
É causada pela insuficiência dos mecanismos 
protetores da mucosa contra a acidez 
gástrica. 
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SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Considera-se que a úlcera péptica está 
relacionada a infecção pelo Helictobacter 
pylori (H.pylory) – 90% dos casos. 
 
O elevado aumento do conteúdo do suco 
gástrico, reduz a eficácia do revestimento 
mucoso, deixando-o vulnerável ao H.pylory. 
 
 
 
 
Doença de Crohn e Colite Ulcerativa 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Doença de Crohn 
Inflamação que se estende através de todas as 
camadas da parede do intestino, a partir da 
mucosa do intestino. 
 
Principalmente no íleo e no cólon. 
 
Fístulas, fissuras e abcessos ocorrem à 
medida que a inflamação se estende. 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
A medida que a doença avança, a parede 
intestinal se espessa e torna-se fibrosa, e a 
luz intestinal fica mais estreita. 
 
Comum em adolescentes e adultos jovens, 
atualmente em adultos de 50 a 80 anos. 
 
Fatores ambientais, alimentares ou infecções 
estão relacionados à causa da doença. 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Percebe-se que fumantes têm 2-4 vezes mais 
risco de tê-la e particularidades da flora 
intestinal (microorganismos que vivem no 
intestino e ajudam na digestão) e do sistema 
imune (mecanismos naturais de defesa do 
organismo) podem támbém estar 
relacionado. 
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SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Manifestações Clínica 
- Dor abdominal; 
- Diarréia (90% dos pacientes); 
- Cólicas e dores abdominais (luz diminuída do 
intestino e peristalse intestinal estimulada 
com a ingesta de alimento); 
- Perda de peso, má nutrição e anemia; 
- Febre; 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
 - Eliminação, junto com as fezes, de sangue, 
muco ou pus; 
 - Cansaço, mal estar geral. 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Complicações 
 obstrução intestinal, 
 doença perineal, 
 desequilíbrio hidroelétrolítico, 
 má nutrição, 
 abcessos e fístula ( enterocutânea – entre o 
intestino delgado e a pele). 
Os pacientes com a Doença de Crohn estão 
em risco de câncer de cólon. 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Colite Ulcerativa 
Doença ulcerativa que afeta a mucosa 
superficial do cólon e ulcerações múltiplas, 
inflamações e descamação do epitélio 
colônico 
 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
O pico de incidência é dos 30 aos 50 anos de 
idade. 
Doença séria, acompanhada por complicações 
sistêmicas e com alta taxa de mortalidade. 
 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Manifestações Clínicas 
 Diarréia; 
 Cólica; 
 Dor abdominal; 
 Tenesmo (é uma sensação dolorosa na 
região anal, com desejo contínuo, mas quase 
inútil de evacuar); 
 Sangramento retal; 
 Perda de peso; 
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SISTEMA GASTROINTESTINAL 
 Febre; 
 Desidratação. 
Complicações 
- Megacólon tóxico (o processo inflamatório se 
estende na musculatura, inibindo sua capacidade 
de contrair e resultando na distencão colônica); 
- Cirurgia, se o paciente não responder ao tratamento 
medicamentoso dentro de 24 a 48 h; 
- Perfuração do cólon. 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Cuidados de Enfermagem para DII 
 Monitorização cuidadosa 
 Reposição hídrica; 
 Dieta (rica em proteína e calorias, com terapia 
vitamínica suplementar e reposição de ferrro); 
 Soroterapia; 
 Medicamentos sedativos, antidiarréicos e 
antiperistálticos (reduzir a peristalse para descansar 
o intestino inflamado); 
 Preparar para a cirurgia se necessário 
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ASCITE 
 
Introdução 
 Definição: 
 Acúmulo de líquido livre 
ou septado na cavidade 
peritoneal 
 
 Complicação mais comum 
da cirrose 
 
 Infecção; insuficiência 
renal; prognóstico ruim a 
longo prazo 
Classificação da Ascite 
 Ascite não complicada Grau 1: Leve - 100 – 500ml / US abdominal 
 Grau 2: Moderada -500 – 2000ml / exame físico 
moderada e simétrica distensão abdominal 
 Grau 3: Volumosa - > 2000ml / marcada distensão 
abdominal 
 Ascite refratária: Não pode ser mobilizada ou 
que apresente recorrência precoce (5 a 10%) 
 Diurética resistente 
 Diurética intratável 
 
Etiologia da Ascite 
 90% 
 Cirrose Hepática 
 Neoplasia – Carcinomatose 
 Peritoneal 
 ICC 
 TB Peritoneal 
 
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Causas de Ascite 
Órgão ou Sistema Causas 
Hepático Cirrose 
Doença Veno-oclusiva 
Cardíaco Insuficiência Cardíaca Direita 
Pericardite constritiva 
 
Renal Síndrome Nefrótica 
Insuficiência Renal 
Malignidade Ovariana 
Mama 
Gástrica 
Coloretal 
Pancreática 
Causas de Ascite 
Órgão ou Sistema Causas 
Infecciosa Tuberculose 
Pâncreas Pancreatite 
Digestivo Desnutrição 
Endócrino Mixedema 
Linfático Anormalidade Congênita 
Trauma 
Considerações gerais 
 A queixa de dor abdominal aguda é 
responsável por cerca de 5 a 10% das 
admissões nos Serviços de Emergência. 
 Cirurgia- < 5% 
Considerações gerais 
 Em até 30% dos casos não se consegue 
chegar ao diagnóstico etiológico (dor 
abdominal de origem indeterminada). 
. 
Considerações gerais 
 A avaliação da dor abdominal é 
especialmente difícil nos pacientes idosos e 
imunodeprimidos , devido a possibilidade de 
apresentações clínicas atípicas e da 
associação com outras afecções pré-
existentes. 
Considerações gerais 
 A utilização de narcóticos e analgésicos 
deve ser criteriosamente considerada, visto 
que em alguns casos o alívio da dor pode 
aumentar a acurácia diagnóstica. 
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Abdome agudo- Dor abdominal 
 Inflamatório 
 Obstrutivo 
 Perfurativo 
 Hemorrágico 
 Vascular 
 Quadrante superior direito 
 
Abscesso hepático 
Apendicite retrocecal 
Colecistite 
Coledocolitíase 
D. inflamatória intestinal 
Empiema 
Gastrite / duodenite 
Hepatite 
 Quadrante superior direito 
 
Herpes Zooster 
Insuficiência cardíaca 
Infarto do miocardio 
Nefrolitíase 
Obstrução intestinal 
Pancreatite 
Pericardite 
Pielonefrite 
Pneumonia 
 
 Quadrante inferior direito 
 
Abscesso de psoas 
Aneurisma roto 
Apendagite 
Apendicite 
Cálculo ureteral 
Cisto de ovário 
Diverticulite 
D inflamatória intestinal 
Quadrante inferior Direito 
 Endometriose 
Hematoma de parede abdominal 
Hérnia inguinal 
Obstrução intestinal 
Pancreatite 
Pielonefrite 
Prenhez ectópica 
Salpingite 
Úlcera perfurada 
 
 
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 Quadrante superior esquerdo 
Abscesso esplênico 
Diverticulite 
Doenca inflamatória intestinal 
 Empiema pleural 
Gastrite 
Herpes zooster 
 Quadrante superior esquerdo 
Infarto esplênico 
Infarto miocárdio 
Nefrolitíase 
Obstrução intestinal 
Pancreatite 
Pielonefrite 
Pneumonia 
 
 
 Quadrante inferior esquerdo 
Abscesso de psoas 
Aneurisma roto 
Cálculo ureteral 
Cisto de ovário 
Doença inflamatória intestinal 
Diverticulite 
 Quadrante inferior esquerdo 
Endometriose 
Hematoma de parede abdominal 
Hérnia inguinal 
Obstrução intestinal 
Pielonefrite 
Prenhez ectópica 
Salpingite 
 
 
 
Dor abdominal difusa 
 Adenite mesentérica 
Aneurisma roto 
Apendicite 
Cisto de ovário hemorrágico 
Doença inflamatória intestinal 
Gastroenterocolite 
Isquemia mesentérica 
Obstrucão intestinal 
Peritonite primária 
Pancreatite 
Úlcera péptica perfurada 
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Pancreatite 
 A pancreatite aguda é definida como um 
processo inflamatório agudo do pâncreas. 
Suas causas são: pedras da vesícula que se 
deslocam e impedem o escoamento das 
substâncias produzidas pelo pâncreas; 
ingestão abusiva de álcool e de alguns 
medicamentos como corticóides e 
imunodepressores; tumores que obstruem os 
canalículos do pâncreas; traumatismo 
pancreático; níveis elevados de colesterol e 
triglicérides e fatores genéticos. 
 Um cálculo impede o fluxo da bile e de suco 
pancreático para o duodeno, favorecendo na 
penetração de elementos irritantes para o 
tecido pancreático, que desenvolve uma 
resposta inflamatória. 
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 Primeiramente podemos destacar a dor severa 
que se inicia subitamente na região 
epigástrica, após excesso de ingestão 
alimentar ou de bebida alcoólica. Irradia para a 
reborda costal, piorando ao andar e deitar. 
Melhora quando o cliente senta ou se inclina 
para frente. Ocorrem vômitos, náuseas, febre, 
icterícia, ascite. Os casos mais graves podem 
apresentar manifestações clínicas de choque: 
taquicardia, hipotensão, desorientação, 
extremidades frias e sudorese. 
 
Assistência de Enfermagem 
 Monitorização Hemodinâmica rigorosa; 
 Controle e reposição hídrica; 
 Avaliação e controle da dor; 
 Controle das náuseas e vômitos; 
 Manter jejum; 
 Cabeceira elevada > 30º; 
 Preparo para exames de imagem (USG, TC, CPRE); 
 Coleta de exames laboratoriais, incluindo hemocultura 
e urocultura; 
 Preparo para cirurgia.

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