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AULA PRÉ-NATAL

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO
O Pré-natal tem objetivo de assegurar o desenvolvimento da
gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável,
sem impacto para saúde materna.
A unidade básica de saúde (UBS) deve ser a porta de entrada
preferencial da gestante no sistema de saúde.
Quanto mais os profissionais de saúde, que estão inseridos nas
equipes das Unidades básicas de Saúde conhecerem e
tratarem de forma mais acolhedora a população das mulheres
em idade férteis do seu território, maiores serão as chances de
sucesso na detecção e início precoce do pré-natal.
Conforme é garantido pela Lei do Exercício Profissional, regulamentada
pelo Decreto nº 94.406/87, a consulta de enfermagem é uma atividade
privativa do enfermeiro.
Os enfermeiros e os enfermeiros obstetras obstetrícia estão habilitados
para atender ao pré-natal, aos partos normais sem distócia e ao puerpério
em hospitais, centros de parto normal, unidades de saúde ou em
domicílio. Caso ocorra alguma alteração deve-se encaminhar a gestante
para o médico continuar a assistência.para o médico continuar a assistência.
10 Passos para o Pré-Natal de Qualidade na Atenção Básica
1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até
a 12ª semana de gestação (captação precoce) .
2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e
técnicos necessários à atenção pré-natal.
3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação,
realização e avaliação em termo oportuno do resultado dosrealização e avaliação em termo oportuno do resultado dos
exames preconizados no atendimento pré-natal.
4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de seus(suas)
acompanhantes, considerando aspectos intelectuais,
emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado
biológico: "rodas de gestantes".
5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito da gestante
para o atendimento pré-natal, quando necessário.
6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado (realização
de consultas, exames e ter acesso a informações) antes,
durante e depois da gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)".
7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência
especializada, caso seja necessário.
8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do parto8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do parto
fisiológico, incluindo a elaboração do "Plano de Parto".
9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar
previamente o serviço de saúde no qual irá dar à luz
(vinculação).
10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os
direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal.
Atribuições do enfermeiro na consulta de Pré-Natal
• Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-
natal, da amamentação e da vacinação;
• Realizar o cadastramento da gestante no SisPreNatal e fornecer o
Cartão da Gestante devidamente preenchido (o cartão deve ser
verificado e atualizado a cada consulta);
• Realizar a consulta de pré-natal de gestação de baixo risco
intercalada com a presença do(a) médico(a);intercalada com a presença do(a) médico(a);
• Solicitar exames complementares de acordo com o protocolo
local de pré-natal;
• Realizar testes rápidos;
• Prescrever medicamentos padronizados para o programa de pré-
natal (sulfato ferroso e ácido fólico, além de medicamentos
padronizados para tratamento das DST, conforme protocolo da
abordagem sindrômica);
• Orientar a vacinação das gestantes (contra tétano e hepatite B);
• Identificar as gestantes com algum sinal de alarme e/ou identificadas
como de alto risco e encaminhá-las para consulta médica. Caso seja
classificada como de alto risco e houver dificuldade para agendar a
consulta médica (ou demora significativa para este atendimento), a
gestante deve ser encaminhada diretamente ao serviço de referência;
• Realizar exame clínico das mamas e coleta para exame citopatológico do
colo do útero;
• Desenvolver atividades educativas, individuais e em grupos (grupos ou• Desenvolver atividades educativas, individuais e em grupos (grupos ou
atividades de sala de espera);
• Orientar as gestantes e a equipe quanto aos fatores de risco e à
vulnerabilidade;
• Orientar as gestantes sobre a periodicidade das consultas e realizar busca
ativa das gestantes faltosas;
• Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal,
acompanhar o processo de aleitamento e orientar a mulher e seu
companheiro sobre o planejamento familiar.
Após a confirmação da gravidez, em consulta médica ou de
enfermagem, dá-se início ao acompanhamento da gestante, com seu
cadastramento no SisPreNatal. As condutas e os achados diagnósticos
sempre devem ser anotados na Ficha de Pré- Natal e no Cartão da
Gestante.
Deverão ser fornecidos:
• O Cartão da Gestante, com a identificação preenchida, o número do
Cartão Nacional da Saúde, o hospital de referência para o parto e asCartão Nacional da Saúde, o hospital de referência para o parto e as
orientações sobre este;
• O calendário de vacinas e suas orientações;
• A solicitação dos exames de rotina;
• As orientações sobre a participação nas atividades educativas.
Realizar a classificação de risco gestacional.
As consultas de pré-natal poderão ser realizadas na unidade de
saúde ou durante visitas domiciliares. O calendário de
atendimento durante o pré-natal deve ser programado em
função dos períodos gestacionais que determinam maior risco
materno e perinatal.
• O calendário deve ser iniciado precocemente (no primeiro 
trimestre).
• O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com 
acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. 
Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas 
conforme o seguinte cronograma: 
• Até 28ª semana – mensalmente; 
• Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente; 
• Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente. 
Quando o parto não ocorre até a 41ª semana, é necessário
encaminhar a gestante para avaliação do bem-estar fetal, incluindo
avaliação do índice do líquido amniótico e monitoramento cardíaco
fetal.
Não existe alta do pré-natal
O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-puerperal deve ser
iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia
de puerpério, período em que a consulta de puerpério deverá ter sido
realizada.
Roteiro para a 1ª Consulta
É importante sanar dúvidas e minimizar a ansiedade do casal.
Informações sobre alimentação, hábito intestinal e urinário,
movimentação fetal, assim como presença de corrimentos ou outras
perdas vaginais ajudam a identificar situações de risco gestacional e
orientam medidas educativas que devem ser enfatizadas durante o
pré-natal.
As ações devem comtemplar as seguintes atividades:
• Preenchimento da ficha de cadastramento da gestante no
SisPreNatal ou diretamente no
• Preenchimento do Cartão da Gestante e da Ficha Clínica de Pré-
Natal: identificação e demais dados da anamnese e exame físico;
número do Cartão Nacional de Saúde; hospital de referência para o
parto;
• Verificação da situação vacinal e orientação sobre a sua• Verificação da situação vacinal e orientação sobre a sua
atualização, se necessário;
• Solicitação dos exames de rotina;
• Realização dos testes rápidos;
• Orientação sobre as consultas subsequentes, as visitas domiciliares
e as atividades educativas.
Realizar Anamnese, Exame físico, Exames complementares
Condutas gerais
• Deve haver a interpretação dos dados da anamnese, o exame
clínico/obstétrico e a instituição de condutas específicas;
• Deve-se orientar a gestante sobre a alimentação e o
acompanhamento do ganho de peso gestacional;
• Deve-se incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis
meses;
• Deve-se fornecer todas as informações necessárias e respostas às• Deve-se fornecer todas as informações necessárias e respostas às
indagações da mulher, de seu companheiro e da família;
• Deve-se prescrever suplementação de sulfato ferroso (40mg de
ferro elementar/dia) e ácido fólico (5mg/dia) para profilaxia da
anemia;• Deve-se orientar a gestante sobre os sinais de risco e a necessidade
de assistência em cada caso;
• Deve-se referenciar a gestante para atendimento odontológico;
• Deve-se encaminhar a gestante para imunização antitetânica
(vacina dupla adulto), quando a paciente não estiver imunizada;
• Deve-se referenciar a gestante para serviços especializados
quando o procedimento for indicado.
• Deve-se realizar ações e práticas educativas individuais e
coletivas.
• Agendar consultas subsequentes.
• Roteiro das consultas subsequentes
• Anamnese atual sucinta: deve-se enfatizar a pesquisa das queixas 
mais comuns na gestação e sinais de intercorrências.
• Exame físico direcionado (cálculo e anotação da idade
gestacional, IMC, medição da PA, palpação obstétrica e medida da
altura uterina, pesquisa de edema, exame das mamas avaliar oaltura uterina, pesquisa de edema, exame das mamas avaliar o
bem-estar materno e fetal);
• Verificação do calendário de vacinação;
• Deve-se avaliar o resultado dos exames complementares;
• Devem ser feitas a revisão e a atualização do Cartão da Gestante e
da Ficha de Pré-Natal.
A propedêutica obstétrica consiste em coletar informações a respeito
da gestante, para que a gestante, o concepto e o ciclo gravídico-
puerperal sejam avaliados satisfatoriamente. A atenção pré-natal
permite avaliar o desenvolvimento da gravidez e identificar sinais e
sintomas de anormalidades que podem ser detectados precocemente.
Realizada em três passos: ANAMNESE, EXAME FÍSICO, EXAMES
COMPLEMENTARES.
ANAMNESE
Representa o passo mais importante da propedêutica obstétrica e
acontece no primeiro contato ou consulta da gestante com a
enfermeira (o). Realizado através de uma entrevista orientada por
um instrumento. Estimulando sempre a participação do
companheiro.
Deve ser realizada em um ambiente tranquilo e acolhedor, é
importante que a enfermeira tenha escuta qualificada, a fim deimportante que a enfermeira tenha escuta qualificada, a fim de
proporcionar a criação de vínculo e interpretar cuidadosamente os
dados obtidos, permitindo uma adequada avaliação da gestante.
ANAMNESE GERAL
• Identificação
• Dados socioeconômicos
• Antecedentes familiares
• Antecedentes pessoais gerais
• Antecedentes ginecológicos
• ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS• ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS
• Gestação atual:
Data do primeiro dia/mês/ano da última menstruação –
DUM (anotar certeza ou dúvida);
Peso prévio e altura;
Sinais e sintomas na gestação em curso;
Hábitos alimentares;Hábitos alimentares;
Medicamentos utilizados na gestação;
Internação durante a gestação atual;
Hábitos: fumo (número de cigarros/dia), álcool e drogas 
ilícitas;
Ocupação habitual (esforço físico intenso, exposição a
agentes químicos e físicos potencialmente nocivos,
estresse);
Aceitação ou não da gravidez pela mulher, pelo parceiro e
pela família, principalmente se for adolescente;
Identificar gestantes com fraca rede de suporte social;
Cálculo da idade gestacional e data provável do parto.
Alguns termos utilizados
• Nuligesta: mulher que nunca esteve grávida.
• Nilípara: mulher que nunca teve parto.
• Primigesta ou primigrávida: mulher que engravida pela
primeira vez.
• Primípara: mulher que só teve um filho.• Primípara: mulher que só teve um filho.
• Multigesta ou multigrávida: mulher que engravidou
várias vezes.
• Multípara: mulher que teve vários partos.
Para a documentação das gestações, pode ser utilizado o 
sistema GPA (GESTA, PARA, ABORTO)
• GESTA: número de gestações;
• PARA: número de gestações que terminaram no 
nascimento de um feto que chegou ao ponto de 
viabilidade;
• ABORTO: número de gestações que resultaram em • ABORTO: número de gestações que resultaram em 
abortamento.
Exemplo:
G1P0A0
G3P2A0
G3P1A1
OBS.: os riscos reprodutivos são maiores para primigestas e
para aquelas que pariram mais de quatros vezes, assim como
para quem teve intervalos partais menores que dois anos.
Em relação à gestação atual, devem ser considerados os dados:
• D.U.M.: data da última menstruação – importante para calcular a
data provável de parto (D.P.P.)
I. Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e certa
II. Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o 
período do mês em que ela ocorreu (05, 10, 15).
III. Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidosIII. Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos
• D.P.P.: data provável do parto - é calculada utilizando a
Regra de Naegele considerando que a duração média da
gestação normal é de 280 dias ou 40 semanas, a partir da
DUM.
Consiste em somar sete dias ao primeiro dia da última
menstruação e subtrair três meses ao mês em que ocorreu amenstruação e subtrair três meses ao mês em que ocorreu a
última menstruação (ou adicionar nove meses, se
corresponder aos meses de janeiro a março).
Nos casos em que o número de dias encontrado for maior do
que o número de dias do mês, passe os dias excedentes para o
mês seguinte, adicionando 1 (um) ao final do cálculo do mês.
EXEMPLO:
D.U.M. 09/10/2012 25/02/2016
+7 -3 +7 +9
D.P.P. 16/07/2013 03/12/2016
I.G. (IDADE GESTACIONAL): A duração da gestação é
medida a partir do primeiro dia do último período menstrual
normal até a data da consulta. A idade gestacional é expressa
em dias ou semanas completas.
• D.U.M.: 09/10/2012, consulta dia 15/01/2013
I.G.: (22+30+31+15= 98/7= 14semanas
EXAME FÍSICO
O exame físico é fundamental e deve assegurar: privacidade e
conforto da gestante, deve-se observar expressão facial e
corporal, explicar a finalidade do exame , como será feito,
usando uma linguagem simples, respondendo a dúvidas,
procedendo as orientações.
Compreende o exame geral e o exame gineco-obstétricoCompreende o exame geral e o exame gineco-obstétrico
(utilizando inspeção, palpação, percussão e ausculta,
preferencialmente, cefalocaudal).
Avaliação Nutricional
A avaliação do estado nutricional da gestante consiste na medida
do peso e da altura e o cálculo da semana gestacional, o que
permite a classificação do índice de massa corporal (IMC) por
semana gestacional.
Com base no IMC obtido na primeira consulta de pré-natal, é
possível conhecer o estado nutricional atual e acompanhar o
ganho de peso até o final da gestação. A gestante deve serganho de peso até o final da gestação. A gestante deve ser
pesada em todas as consultas.
A variabilidade de ganho de peso vai depender do resultado da
sua avaliação nutricional, recomenda-se a gestantes com BP
acentuado devem ganhar mais peso (até 18,0kg) já as gestantes
com IMC adequado devem ganhar, até o fim da gestação, entre
11,5 e 16,0kg; aquelas com sobrepeso devem acumular entre 7 e
11,5kg; e as obesas devem apresentar ganho em torno de 7kg.
Orientações de enfermagem
Em relação diagnóstico nutricional
Baixo peso (BP): investigue a história alimentar, a hiperêmese
gravídica, as infecções, as parasitoses, as anemias e as doenças
debilitantes. Dê a orientação nutricional, visando à promoção do
peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis. Remarque apeso adequado e de hábitos alimentares saudáveis. Remarque a
consulta em intervalo menor do que o fixado no calendário
habitual. Caso necessário, é interessante discutir o caso com os
outros profissionais.
• Adequado (A): seguir o calendário habitual. Explique à gestante
que seu peso está adequado para a idade gestacional. Dê-lhe
orientação nutricional, visando à manutenção do peso adequado e
à promoção de hábitos alimentares saudáveis;
• Sobrepeso e obesidade (S e O): investigue a obesidade pré-
gestacional, casos de edema, polidrâmnio, macrossomia e
gravidez múltipla. Dê orientação nutricional à gestante, visando à
promoção do peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis,promoção do peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis,
ressaltando que, no período gestacional, não se deve perder peso,
pois é desejável mantê-lo. Remarque a consulta em intervalo
menor do que o fixado no calendário habitual. Caso necessário, é
interessante encaminhara paciente ao nutricionista.
Controle da pressão arterial
A medida da PA deve ser realizada em todas as consultas de
pré-natal.
Explique o procedimento à gestante e a deixe em repouso por
pelo menos 5 minutos em ambiente calmo. Ela deve ser
instruída a não conversar durante a medida.instruída a não conversar durante a medida.
A observação de níveis tensionais absolutos iguais ou maiores
do que 140mmHg de pressão sistólica e iguais ou maiores do
que 90mmHg de pressão diastólica, mantidos em medidas
repetidas, em condições ideais, em pelo menos três ocasiões,
deve-se ser investigado.
Palpação Obstétrica
• Objetivos:
- Identificar o crescimento fetal;
- Diagnosticar os desvios da normalidade a partir da relação
entre a altura uterina e a idade gestacional;
- Identificar a apresentação fetal, situação e posição.- Identificar a apresentação fetal, situação e posição.
Inicia-se pela delimitação do fundo uterino e, em seguida, de
todo o contorno da superfície uterina.
Para uma técnica de palpação correta, a paciente deve estar em
decúbito dorsal, com os membros superiores paralelos ao
tronco, membros inferiores estendidos, o ventre descoberto e a
bexiga esvaziada.
• Situação
É a relação do eixo longitudinal na mãe com o eixo longitudinal 
do feto.
Longitudinal: quando os eixos da mãe e do feto se coincidem, 
geralmente em 99% das gestações (letras A e B).
Transversa: quando os eixos da mãe e do feto forma um ângulo 
de 90 ° (letra C).
• Apresentação
É definida com a região fetal que ocupa a área do estreito
superior e nele irá se insinuar.
CEFÁLICA: se houver a 
insinuação do polo 
cefálico no estreito 
superior.
PÉLVICA: se houver a 
insinuação do polo pélvico 
no estreito superior
CÓRMICO: os ombros 
ocupará a região do estreito 
superior e nele se insinuará.
• Posição
É a orientação do dorso fetal. Que pode estar a ESQUERDA (o
dorso fetal está voltado para o lado esquerdo materno, é mais
frequente, chamada também de 1º posição) e a DIREITA
(quando o dorso fetal está voltado para o lado direito materno).
Tem por objetivo orientar a ausculta dos batimento cardiofetais
(BCF).
Utiliza-se a técnica de palpação (técnica alemã)
Manobra de Leopold, que é dividida em quatro tempos:
1º tempo: Delimite o
fundo do útero com a
borda cubital de ambas as
mãos e reconheça a parte
fetal que o ocupa efetal que o ocupa e
determinar a altura de
fundo uterino (AFU).
2º tempo: Deslize as
mãos do fundo uterino
até o polo inferior do
útero, procurando
sentir o dorso e as
pequenas partes do
feto, ter por objetivo
diagnosticar a situação
e a posição fetal.e a posição fetal.
3º tempo: Explora a mobilidade do
polo, que se apresenta no estreito
superior pélvico. É possível
identificar a apresentação fetal e
sua altura, ou seja sua mobilidade
cefálica (movimentos de
lateralidade, executados pelos
dedos apoiados na fronte e nodedos apoiados na fronte e no
occipício, que possibilitam
averiguar se a cabeça está móvel e
alta, ou ajustada e fixa, em relação
ao estreito superior da bacia.
4º tempo: exploração
da escava, possibilita
identificar se existe
apresentação fetal no
estreito superior da
bacia.
Altura uterina
O objetivo dessa avaliação é determinar o crescimento fetal e
diagnosticar os desvios da normalidade a partir da relação entre
a altura uterina e a idade gestacional.
Fixe a extremidade inicial (0cm) da fita métrica, flexível e não
extensível, na borda superior da sínfise púbica com uma dasextensível, na borda superior da sínfise púbica com uma das
mãos, passando-a entre os dedos indicador e médio. Deslize a
fita métrica entre os dedos indicador e médio da outra mão até
alcançar o fundo do útero com a margem cubital da mesma
mão, proceda à leitura quando a borda cubital da mão atingir o
fundo uterino.
É importante que a bexiga esteja vazia, pois pode
aumentar em até 3 cm o valor da AFU.
Curvas de altura uterina para idade gestacional desenhadas a
partir dos dados do Centro Latino-Americano de Perinatologia
(Clap). Ponto de corte: serão considerados parâmetros de
normalidade para o crescimento uterino o percentil 10 (para o
limite inferior) e o percentil 90 (para o limite superior).
O resultado estará adequado quando estiver contido entre as
duas linhas.
- Excessivo (acima do percentil 90)
- Deficiente (abaixo do percentil 10).- Deficiente (abaixo do percentil 10).
Ausculta dos batimentos cardiofetais
• Objetivo:
Constatar a cada consulta a presença, o ritmo, a frequência e a
normalidade dos batimentos cardíacos fetais (BCF). Deve ser
realizada:
Sonar: após 12 semanas de gestaçãoSonar: após 12 semanas de gestação
Pinard: após 20 semanas
• É considerada normal a frequência cardíaca fetal entre 120 a
160 batimentos por minuto.
Verificação da presença de 
edema
• Objetivo:
Detectar precocemente a ocorrência de edema patológico.
Nos membros inferiores:
Posicione a gestante em decúbito dorsal ou sentada, semPosicione a gestante em decúbito dorsal ou sentada, sem
meias;
Pressione a pele na altura do tornozelo (região perimaleolar) e
na perna, no nível do seu terço médio, face anterior (região pré-
tibial). O edema fica evidenciado mediante presença de
depressão duradoura no local pressionado.
Na região sacra:
• Posicione a gestante em decúbito lateral ou sentada;
• Pressione a pele, por alguns segundos, na região sacra, com o
dedo polegar. O edema fica evidenciado mediante presença de
depressão duradoura no local pressionado.
Na face e nos membros superiores, identifique a presença de edema pela
inspeção.
A presença de edema ocorre em 80% das gestantes e ele é pouco sensível e
específico para o diagnóstico de pré-eclâmpsia.
Exame ginecológico e coleta de 
material para colpocitologia oncótica
O exame ginecológico inclui a inspeção vulvar, o exame especular e o
toque vaginal. Não se deve perder a oportunidade para a realização do
rastreamento do câncer do colo do útero nas gestantes. Não está
contraindicada a realização deste exame em mulheres grávidas,
podendo ser feito em qualquer período da gestação,
preferencialmente até o 7º mêspreferencialmente até o 7º mês
A coleta do material do colo do útero para exame colpocitopatológico
deve ser realizada a partir de uma amostra da parte externa, a
ectocérvice. A coleta da parte interna, a endocérvice, não deve ser
realizada nas gestantes. Para a coleta do material, é introduzido um
espéculo vaginal e procede-se à escamação ou esfoliação da superfície
externa do colo por meio de uma espátula de madeira (espátula de
Ayre)5.
Em relação a prescrição de medicamentos
• Ferro : a suplementação rotineira de ferro, parece prevenir a
instalação de baixos níveis de hemoglobina no parto e no
puerpério. O Programa Nacional de Suplementação de Ferro, do
Ministério da Saúde, criado por meio da Portaria MS nº 730, de
13 de maio de 2005, recomenda a suplementação de 40mg/dia
de ferro elementar (200mg de sulfato ferroso). Orienta-se que a
ingestão seja realizada uma hora antes das refeições. Aingestão seja realizada uma hora antes das refeições. A
suplementação de ferro deve ser mantida no pós-parto e no pós-
aborto por 3 meses;
Acido Fólico (Folato peri-concepcional ): tem forte efeito protetor
contra defeitos abertos do tubo neural. da gestação. Esta informação
deve ser difundida por programas educacionais de saúde.
Em relação a Vacinação
A vacinação durante a gestação objetiva não somente a proteção da
gestante, mas também a proteção do feto.
• A vacina dT é indicada para a proteção da gestante contra o
tétano acidental e a prevenção do tétano neonatal.
• Vacinação contra hepatite B (recombinante) Por considerar os
riscos da gestante não vacinada de contrair a doença e de haver
transmissão vertical, o PNI reforça a importância de que a
gestante receba a vacina contra a hepatite B após o primeiro
trimestre de gestação, independentemente da faixa etária.
Gestantes com esquema incompleto (1 ou 2 doses): deve-se
completar o esquema.
Gestantes com esquema completo: não se deve vaciná-las.
• Vacina contra influenza(fragmentada): Dose única durante a• Vacina contra influenza (fragmentada): Dose única durante a
Campanha Anual contra Influenza.
A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo
vírus influenza. A vacina está recomendada nos meses da
sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação.
DTPA: protege contra DIFTERIA, TÉTANO E COQUELUCHE
OBJETIVOS
• aumentar a oportunidade de imunização das gestantes, visando a
passagem de anticorpos ao bebê para proteção da coqueluche.
• Evitar que a mãe possa transmitir a coqueluche para o recém-
nascido.
ANTES 2017
1 DOSE A CADA GESTAÇÃO 
ENTRE A 27ª E A 36ª SEMANA
1 DOSE A CADA GESTAÇÃO A PARTIR 
DA 20º SEMANA DE GESTAÇÃO
OU
VACINAÇÃO NO PUERPÉRIO 
(ATÉ 45 DIAS PÓS-PARTO)
A vacina está recomendada mesmo para aquelas que tiveram 
coqueluche, que a proteção conferida pela infecção não é permanente
Aspectos que devem ser abordados nas ações educativas
• Importância do pré-natal;
• Cuidados de higiene.
• Realização de atividade física:
• Nutrição
• Medos e fantasias referentes à gestação e ao parto;
• Atividade sexual, incluindo prevenção das DST/Aids e
aconselhamento para o teste anti-HIV;aconselhamento para o teste anti-HIV;
• Preparo para o parto;
• Aleitamento materno;
• Cuidados com Recém-nascidos.
Realização dos teste rápidos
Coleta do Iped-Apae
AVALIAÇÃO DOS EXAMES
OBSERVAÇÕES
Anti-HCV: 
Este exame deve ser solicitado nas situações especiais de alto risco
como: uso de drogas injetáveis e/ou parceiro usuário, transfusões de
sangue, ou múltiplos parceiros de um ou de ambos.
Toxoplasmose: 
Não existe consenso em relação ao rastreio da toxoplasmose, mas 
quando o IgM for positivo , a gestante deve ser encaminhada à 
referência especializada
FATORES DE RISCOS
Atenção especial deverá ser dispensada às grávidas com maiores
riscos, a fim de reduzir a morbidade e mortalidade materna e
perinatal. Todas as gestantes deverão ser referenciadas ao pré-natal
de alto risco prontamente conforme a regionalização.
PATOLOGIAS PRÉVIAS
Hipertensão Arterial (Hipertensão arterial na gravidez é Pressão arterial (PA)
sistólica maior ou igual 140 mmHg e/ou PA diastólica maior ou igual a 90 mmHg,sistólica maior ou igual 140 mmHg e/ou PA diastólica maior ou igual a 90 mmHg,
antes da 20º semana de idade gestacional, medida em repouso de pelo menos 10
minutos).
Nefropatias
Doenças Hematológicas 
Lupus Eritematoso Sistêmico 
Diabete Mélitus Tipos I e II
Cardiopatia
PATOLOGIAS PRÉVIAS
Pneumopatia Grave
Doenças Neurológicas como a Epilepsia que necessitam de acompanhamento 
multidisciplinar
Qualquer patologia clínica que necessite acompanhamento de maior 
complexidade 
GESTAÇÃO ATUAL
Isoimunização Rh Isoimunização Rh 
Hipertensão Arterial (Hipertensão Arterial na gravidez é Pressão Arterial (PA) 
sistólica maior ou igual 140 mmHg e /ou PA Diastólica maior ou igual a 90 
mmHg , medida em repouso de pelo menos 10 minutos). 
Anti - HIV Reagente
Hemoglobina < 8 não responsiva a 30 dias de tratamento com Sulfato Ferroso 
3 cps/dia 
Diabete Mélitus Gestacional 
Toxoplasmose IgM reagente ou conversão de IgG
Oligoidrâmnio Pré-termo (< ou igual há 36 semanas) / Polidrâmnio
GESTAÇÃO ATUAL
História Prévia de Doença Hipertensiva da Gestação, com mau resultado 
obstétrico e ou perinatal (interrupção prematura da gestação,morte fetal intra
uterina, HELLP, Eclampsia, internação da mãe em UTI)
infecções pré-natais como a Rubéola, Citomegalovirose adquiridas na gestação 
atual 
Crescimento Intra-Uterino Restrito Pré-Termo 
Desnutrição Materna severa 
Gemelidade
Malformações Fetais ou arritmia fetal Malformações Fetais ou arritmia fetal 
Morte Intra-uterina ou perinatal em gestação anterior principalmente se for de 
causa desconhecida 
hanseníase e tuberculose
Lesões de alto grau ou câncer no citopatológico do colo uterino
Alta suspeita clínica de Câncer de Mama ou Mamografia com BIRADS 3 ou mais
Adolescentes com fatores de risco psicossocial 
ENCAMINHAMENTOS À URGÊNCIA 
E EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA
Presença de sangramento oriundo do canal cervical independente da dilatação 
e idade gestacional. 
Suspeita de Pré-eclâmpsia: Pressão Arterial >= 140/90 medida após um 
mínimo de 10 minutos de repouso, em decúbito lateral esquerdo e confirmado 
em uma segunda medida. OBS: EDEMA NÃO É MAIS CONSIDERADO CRITÉRIO 
DIAGNÓSTICO. DIAGNÓSTICO. 
Sinais premonitórios de eclampsia (escotomas cintilantes, cefaléia típica 
occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito). 
Hipertermia (TAX>=37,8C) na ausência de sinais ou sintomas clínicos de 
IVAS. 
Suspeita/diagnóstico de abdômen agudo em gestantes; 
Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular ou outra infecção que 
necessite de internação hospitalar; 
41 semanas de idade gestacional confirmadas. 
Perda de líquido característica (consistência líquida, em grande quantidade ou 
pequenas quantidades, mas persistente) mediante exame especular com 
manobra de Valsalva e elevação da apresentação fetal. 
Suspeita de Trombose venosa profunda em gestantes (dor no membro inferior, 
edema localizado e ou varicosidade aparente) 
Trabalho de parto prematuro (contrações + modificação de colo uterino em 
gestantes < 36 semanas). 
Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento com comprometimento 
sistêmico < 20 semanas.sistêmico < 20 semanas.
Vômitos inexplicáveis no 3º trimestre. 
Restrição de Crescimento Intra Uterino (RCIU). 
Casos clínicos que necessitem de avaliação hospitalar (p.ex. cefaléia intensa e 
súbita, sinais neurológicos, crise aguda de asma, etc.)
Oligodrâmnio
CASOS PARA AVALIAÇÃO DE BEM ESTAR FETAL
Diminuição da movimentação fetal. 
Ausência de BCF (para confirmar morte ou investigar sofrimento).
Trauma abdominal 
Bradicardia fetal (menos de 120 BCF por minuto), Taquicardia fetal (mais de 
160 BCF por minuto) em decúbito lateral esquerdo. 
Oligodrâmnio: índice de liquido amniótico (ILA) menor que 5. 
Suspeita de pós - datismo (Idade Gestacional duvidosa = > 41 semanas, pois se 
for de certeza 41 semanasfor de certeza 41 semanas

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