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Pibic São luis 2018 (3)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
Márcia Regina Pereira Barros
Professor ª Dr.ª Lilia Penha Viana Silva
Orientadora
PERFIL DOS TRABALHADORES DO SUAS NOS MUNICÍPIOS DE SÃO LUIS CAPACITADOS PELO PROGRAMA CAPACITASUAS NO ESTADO DO MARANHÃO
São Luís
Agosto - 2016
___________________________________________________
Márcia Regina Pereira Barros
Bolsista
____________________________________________________
LILIA PENHA VIANA SILVA
Orientadora
Relatório final apresentado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC, da Universidade Federal do Maranhão.
PERFIL DOS TRABALHADORES DO SUAS NOS MUNICÍPIOS DE SÃO LUIS CAPACITADOS PELO PROGRAMA CAPACITASUAS NO ESTADO DO MARANHÃO
São Luís
Agosto/2016
RESUMO
O presente relatório objetiva registrar e socializar as atividades de iniciação científica desenvolvidas no período de julho de 2015 a julho de 2016 na execução do Plano de Trabalho “Perfil dos Trabalhadores do SUAS no Município de São Luis capacitados pelo Programa CapacitaSUAS no Estado do Maranhão”. Este Plano integra o Projeto de Pesquisa “Trabalhadoras, Trabalhadores e Processos de Trabalho no Sistema Único de Assistência Social – SUAS no Estado do Maranhão”, desenvolvido no âmbito do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Democracia, Direitos Humanos e Políticas Públicas - GDÈS, vinculado ao Departamento de Serviço Social e ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas. O Projeto de pesquisa em desenvolvimento tem a coordenação da Profª Drª Lília Penha Viana Silva. O estudo realizado teve por objetivo analisar o perfil dos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Único de Assistência Social – SUAS no município de São Luís a partir do estudo das categorias: SUAS, Trabalhadores/as do SUAS e Capacitação Permanente. A metodologia utilizada partiu de revisão de literatura sobre a temática, pesquisa documental e pesquisa de campo mediante aplicação de questionário com os participantes do município de São Luís nos cursos ofertados através do Projeto de Extensão CapacitaSUAS/MA. Assim concluímos que grande parte dos trabalhadores residem e trabalham em São Luís ,maioria com graduação em Serviço Social, com vínculos empregatícios temporários, carga horária de 30 horas semanais, com remuneração de menos de 2 salários mínimos, maioria desses 
trabalhadores atuam nos CRAS, seguido de CREAS e SEMCAS. 
Palavras-chave: SUAS. Trabalhadores/as do SUAS. Capacitação Permanente.
SUMÁRIO
51. INTRODUÇÃO
112. OBJETIVOS
112.1 Geral
112.2 Específicos
123. METODOLOGIA
134. RESULTADOS DA INSERÇÃO NA PESQUISA
134.1 Articulação entre o Projeto de Pesquisa “Trabalhadoras, Trabalhadores e Processos de Trabalho no Sistema Único de Assistência Social – SUAS no Estado do Maranhão” e o Projeto de Extensão CapacitaSUAS/MA.
144.2 O Perfil dos Trabalhadores/As do SUAS no município de São Luís
235. CONCLUSÃO
246. CRONOGRAMA DO PLANO DE TRABALHO
25REFERÊNCIAS
26ANEXO
1. INTRODUÇÃO
Este relatório tem a finalidade de apresentar as atividades desenvolvidas no Projeto de Pesquisa “TRABALHADORAS, TRABALHADORES E PROCESSOS DE TRABALHO NO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS NO ESTADO DO MARANHÃO” desenvolvendo o Plano de Trabalho: Perfil dos Trabalhadores do SUAS em São Luís capacitados pelo Programa CapacitaSUAS no Estado do Maranhão no período de julho de 2015 a julho de 2016 enquanto integrante do Programa de Iniciação Científica - PIBIC . Este plano de pesquisa desenvolveu reflexões sobre o perfil dos trabalhadores da Assistência Social no município de São Luís que participaram dos cursos oferecidos na primeira fase do programa CAPACITASUAS, Projeto de Extensão executado pela UFMA em articulação com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social - SEDES e o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário - MDSA.
 A inserção no projeto pesquisa se deu através do meu trabalho na monitoria do CapacitaSUAS, onde tive a oportunidade de conhecer mais sobre a politica de assistência, compreendendo a importância de estudos e pesquisas sobre a temática, e nessa oportunidade de aprofundamento ocorreu com a seleção do PIBIC para bolsistas visando integrar o grupo de pesquisa supracitado, na qual fui selecionada como bolsista na categoria voluntário. No período de um ano sob a orientação da Profª. Drª. Lília Penha Viana Silva, desenvolvi o plano de pesquisa mencionado, onde estudamos sobre a surgimento da Assistencial Social até a implementação da Política Nacional de Assistência que se encontra em constante analise e aperfeiçoamento, através do Sistema Único de Assistência Social. 
Atualmente a Assistência Social se configura como uma política pública, direito social que deve ser assegurado pelo Estado a quem dela necessitar. Tal status é fruto de uma longa luta por direitos pela classe trabalhadora em buscar de suprir suas necessidades e garantir sua reprodução dentro dos padrões de dignidade humana. 
Considerando estudos realizados por Silva (2013), procederemos a uma breve história da Assistência Social, como suporte para compreender o objeto de estudo: perfil dos trabalhadores do SUAS em São Luís. Conforme a autora a Igreja é identificada como a primeira instituição que concedia a assistência social, sob a perspectiva da solidariedade e do amor ao próximo. Os considerados merecedores dessa caridade eram os pobres, deficientes, doentes, órfãos, considerados inaptos ao trabalho, embora no final do século XII já serem incluídas outras instituições laicas, além da Igreja.
Avançando na configuração da assistência, Silva (2013) afirma que a substituição do modelo feudal pelo capitalismo gerou uma situação de miséria generalizada, que ameaçava a ordem. Então o Estado foi obrigado a ser também, promotor da assistência social e em 1388 na Grã Bethânia foi criada a Lei dos Pobres partindo da constatação de que somente a igreja não daria conta de enfrentar as expressões da questão social que se manifestaram como resultado das novas relações de trabalho.
 A Assistência a partir da intervenção do Estado começa a incluir também os aptos, porém, sem trabalho. Através da repressão, os então considerados "vagabundos" eram submetidos ao trabalho forçado e medidas repressoras, pois o Estado via como prioridade a contenção da vagabundagem.
A Assistência a partir de então era demandada não somente pelos incapacitados para o trabalho, mas, também, os aptos sem trabalho. A resposta articulada pelo Estado teve como princípios a repressão e a indução compulsória ao trabalho. A contenção da “vagabundagem” dos aptos ao trabalho se colocava como prioridade. Mas quem eram os “vagabundos”, senão as pessoas liberadas das relações feudais, trabalhadores domiciliados sem trabalho ou estrangeiros, que fora do seu domicílio buscavam melhores condições de trabalho para escapar da miséria? Classificados em válidos e inválidos, coube aos “vagabundos” válidos as medidas repressoras mais cruéis (SILVA, 2013, p.04).
A assistência Social controladora e repressiva dessa época criou modelos de instituições como Poor Houses (casa dos pobres) que acolhia os inaptos para que tivesse lugar para morrer, e forcava os aptos a trabalhos escravos, depois de inúmeras críticas aos trabalhos forçados que levavam muitos assistidos a morte, em 1782 foi abolida as Worhouses, e com isso foram estimulados a prática da assistência externa, o Estado substitui os inspetores paroquiais pelos que se podem considerar os primeiros executores do trabalho Social, mas ainda sob forte influência da igreja, que coordenava a ações assistenciais, que passam a ser feitos em domicílios, e incluíram os aptos e dispostos ao trabalho (SILVA, 2013).
Assim a assistência foi o meio utilizado para o controle dos trabalhadores para a manutenção da ordem capitalista que estava surgindo na época. O Estado sentiu-se obrigado a intervir para dar respostas ao pauperismo generalizado que até então somente a igreja intervia. As políticas sociais, portanto, são construídas como forma de darrespostas às contradições que as relações capitalistas geram, exercendo uma dupla função que assegura a reprodução do capital e ao mesmo tempo insere algumas demandas dos trabalhadores, permitindo sua reprodução.
Silva (2013) informa que os impactos da crise de 1929, e os efeitos da segunda guerra mundial fizeram com que a assistência se consolidasse e se elevasse a um direito social. A elaboração da Declaração dos Direitos Humanos responsabilizou a sociedade pelos efeitos gerados pela guerra mundial, e garantiu diversos direitos, por outro lado o avanço do socialismo comprometia o interesse do capitalismo. Assim, a Declaração dos Direitos Humanos buscava assegurar a redução das desigualdades e o fim das guerras e seu efeito desumano.
A consolidação das políticas sociais também se deu através do conceito de cidadania desenvolvida por T. H. Marshal, em que a sociedade capitalista teria que assegurar os direitos políticos, civis e sociais, que acenava com a redução das desigualdades tendo o Estado social como mediação da relação capital x trabalho.
Somente em 1940 houve a incorporação do conceito de seguridade social nas políticas sociais, sob a vigência do modelo taylorista-fordista de acumulação e das políticas keynesianas, porém de formas distintas nos vários países, conforme a influência dos trabalhadores na política, os sistemas de proteção são mais amplos na garantia de serviços básicos a toda a população, enquanto nos países em que a organização dos trabalhadores é mais frágil, o sistema de proteção é de caráter restritivo oferecendo garantias mínimas aos necessitados.
Para abordar a Assistência Social no Brasil, parte-se dos estudos desenvolvidos por ABREU(2013) e outros , a qual demonstra a mesma base caritativa se apresenta, sendo rompida somente após a Constituição de 1988, quando foi assegurada a Assistencial Social como parte da seguridade social junto com as políticas de saúde e previdência. Essa concepção foi tardiamente adquirida se comparada com outros países de capitalismo central, onde a assistência já era vista como direito desde a expansão das políticas sociais, no contexto de pós Segunda Guerra Mundial.
A Assistência Social como política pública foi regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, em 1993. Essa lei foi revista em 2011, objetivando adaptá-la ao Sistema Único de Assistência Social – SUAS, que a partir de 2005, vem sendo construído como forma de organização e gestão da política de Assistência no Brasil. Buscando estabelecer uma unidade de gestão da política nacional da assistência social, e romper com influencias conservadoras e clientelistas que ainda resistem, foi instaurado em 2005 o Sistema Único da Assistência Social – SUAS. O SUAS é um sistema que se estabelece como uma forma descentralizada e participativa, onde a família é vista como objeto central de intervenção e socialização, onde o Estado tem a obrigação de “proteger” quem não consegue se reproduzir através do trabalho, o SUAS também amplia o conceito de família, incluir concepção de família no SUAS. A NOB 2005 aponta o seguinte conceito de família, ao defender tal centralidade como “Núcleo afetivo, vinculada por laços consangüíneos, de aliança ou afinidade, onde os vínculos circunscrevem obrigações recíprocas e mútuas, organizadas em torno de relações de geração e de gênero.(p. 17)”
Após o Conselho Nacional da Assistência Social- CNAS, aprovar em 2009 a Tipificação nacional dos serviços socioassistenciais, foi estabelecido uma padronização de todas as etapas do atendimento das três dimensões de proteção social: segurança de sobrevivência rendimento e autonomia, segurança do convívio ou vivencia familiar e segurança de acolhida, organizados conforme sua complexidade: Proteção Social Básica- PSB, e proteção Especial de Média e Alta Complexidade.
As ações sociais básicas são efetuadas dentro dos CRAS de intervenções preventiva, onde são atendidas crianças, jovens, idosos além do atendimento a domicilio para pessoas com deficiência e idosas. A proteção Social Especial que são dividas em dois níveis: Média Complexidade que contam com o trabalho do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos- PAEFI, Abordagem Social, e Proteção Social Especial aos Jovens em cumprimento de medidas socioeducativas de liberdade assistida (LA) executadas nos CREAS. O segundo nível é o da alta complexidade que ocorre nas instituições de acolhimento que buscam garantir a proteção social especial para sujeitos sem vínculos familiares, ou referência que são ameaçados no seu vínculo familiar, além de vítimas de calamidade.
É necessário fomentar o debate para se conhecer e compreender de fato qual o papel da Assistência Social, seus limites, revelando suas contradições para entender o que cabe à Assistência Social na relação capitalista, sob a perspectiva de parte integrante da seguridade social, e só assim entender onde paramos e devemos caminhar para realmente romper com ações conservadoras e meramente assistencialistas (ABREU et al., 2014).
Em uma das suas contradições exigem compreender com se dá a descentralização que ocorreu entre as esferas federais, estaduais e municipais, entre suas relações predatórias, onde não assumem suas responsabilidades, e como o SUAS depende de relações cooperativas dessas esferas, ele acaba esbarrando nos conflitos de interesse que dificultam sua concretização.
Embora a esfera federal seja o maior financiador, ele está mais focalizado nos recursos para manter os programas de transferência de Renda, e quanto a esfera municipal garante de forma precária a estrutura do SUAS, que não garantem a gestão do Trabalho a partir da NOB/RH/2006, o pouco incentivo dos trabalhadores e a falta de Capacitação continuada em vários estados, assim como no Maranhão, a implementação do SUAS de qualidade tem efeitos inexpressivos.
Em relação à capacitação destaca-se a elaboração do Plano de Capacitação dos Trabalhadores da PAS no Maranhão, que de acordo foram executadas 28 capacitações, abrangendo um total 12.928 trabalhadores de diversas áreas do SUAS, e 2012 foram capacitados os restantes de 2011 e o plano para 2012 não foi executado. Destacou-se também que o Estado assinou o termo de Aceite do Programa Nacional de Capacitação permanente para o trabalhadores do SUAS “CAPACITASUAS” , que começou a ser executado em 2015 que segundo a SEDES atendeu aos 217 municípios, qualificando 1700 técnicos e gestores do Sistema Único de Assistência Social no estado. Os participantes precisavam ser profissionais de nível superior e estarem inscritos no Cadastro do Sistema Único da Assistência Social (CadSUAS).
No Maranhão são inúmeros os desafios a serem enfrentados para que o SUAS possa ser implementado em todos os níveis desde a forma organizacional, financiamento, capacitação continuada de todos os trabalhadores do SUAS, como a criação de uma política de gestão do trabalho que atenda as exigências de qualificação permanente do SUAS.
Em São Luis em conformidade com o Sistema Único de Assistência Social/SUAS, segundo site da prefeitura municipal a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social - SEMCAS executa um conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios organizados de forma hierarquizada e nos três níveis de proteção. A SEMCAS está organizada em 06 superintendências da área finalística e 02 superintendências de atividades meio. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, São Luís possui 20 CRAS, espalhados nas áreas urbana e rural da capital, 5 CREAS que executam a Proteção de Média Complexidade, além de 02 Centros de Referencia para População de Rua – Centro POP. 
Na Proteção Social Especial de Alta Complexidade, a SEMCAS mantém os abrigos:
Luz e Vida, que acolhe adolescentes em situação de rua, de abuso e exploração sexual e outras situações de vulnerabilidades. Casa de Acolhida – voltada para adultos, idosos e pessoas com deficiência em situação de rua ou impossibilitadas de retornar ao lar. Além destes serviços nacionalmente tipificados, a SEMCASoferta os Benefícios Eventuais: Auxilio Natalidade, Auxilio Funeral e Aluguel Social e coordena os Programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.
Este conjunto de serviços e benefícios traz para a gestão municipal demandas e desafios que exigem profissionais qualificados que possam ir além de respostas imediatistas e superação do enfrentamento da questão Social e ultrapassando ações clientelistas, pois a Assistência Social também se coloca num espaço contraditório de lutas pela efetivação de interesses contraditórios, onde trabalhadores necessitam se apropriar da política de assistência buscando colaborar para sua implantação de forma eficaz, em contrapartida, é necessária a melhoria das condições de trabalhos desse profissional na concretização de concursos públicos que assegurem vínculos que garantam sua autonomia e expansão do número de vagas diante de um numero maior de serviços e demandas inerentes a este trabalho.
Nesse sentido, a pesquisa realizada objetiva contribuir com a produção de conhecimentos acerca dos trabalhadores/as da Assistência Social no município de São Luís, no sentido de subsidiar a luta por melhores condições de trabalho dos trabalhadores/as e as ações do próprio órgão gestor também na operacionalização das diretrizes da NOB/RH/SUAS.
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
Analisar o perfil das trabalhadoras e trabalhadores do SUAS no município de São Luís.
2.2 Específicos
Configurar o trabalho e os trabalhadores do Sistema Único na Assistência Social - SUAS
Sistematizar as informações coletadas através dos questionários aplicados durante a realização dos cursos no capacitaSUAS no sentido de delinear e analisar o perfil dos trabalhadores e trabalhadoras. 
3. METODOLOGIA
A abordagem metodológica adotada teve como base referencial a perspectiva de totalidade, buscando apreender a realidade em seu movimento contraditório, identificando e analisando as determinações estruturais e conjunturais da vida em sociedade, bem como seus significados no processo de implementação do Sistema Único de Assistência Social como integrante da seguridade social brasileira.
A pesquisa proposta teve como base a revisão de literatura acerca da área temática, de modo a aprofundar e atualizar o debate presente na Política de Assistência Social e no Sistema Único de Assistência Social e aprofundar as categorias teóricas: SUAS, Trabalhadores/as do SUAS e Capacitação Permanente no SUAS. A dinâmica de estudos durante a pesquisa acontecia em encontros quinzenais com estudos dirigidos acerca do tema, apresentação de sínteses e fichamentos bem como, relatos de experiências da monitoria, o que articulava a pesquisa e a extensão.
Os estudos permitiram aprofundar a bibliografia acerca do tema e resgatar a historia da Assistência Social desde sua origem vinculada à igreja, até a responsabilização do Estado brasileiro, e a sua implementação no rol das políticas da seguridade social, a partir da Constituição Federal de 1988, além e de estudos sobre a consolidação do SUAS, seus avanços e desafios para que seja dentro dos padrões de qualidade que a Lei do SUAS prevê.
Outro aspecto importante foi a pesquisa documental ancorada na análise do conjunto de normas produzidas e em vigor para a execução do SUAS, das informações produzidas e sistematizadas pela Secretaria de Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome e Agrário – MDS e da Coordenação do Projeto de Extensão CapacitaSUAS. 
A Pesquisa de campo foi realizada com os participantes do Projeto de Extensão CapacitasSUAS/MA , através de questionários com questões abertas e fechadas aplicados durante a execução dos cursos, totalizando 103 (cento e três) questionários com técnicos, gestores , coordenadores e técnicos de nível médio da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social de São Luis.
Após a coleta das informações, as atividades se concentraram na sistematização das informações adquiridas nos questionários dos participantes em geral e depois mais especificadamente com a amostra do município de São Luís, tema deste Plano de Trabalho. 
 A sistematização das informações coletadas foi a base para a construção e análise do perfil dos trabalhadores/as conforme segue abaixo.
4. RESULTADOS DA INSERÇÃO NA PESQUISA
4.1 Articulação entre o Projeto de Pesquisa “Trabalhadoras, Trabalhadores e Processos de Trabalho no Sistema Único de Assistência Social – SUAS no Estado do Maranhão” e o Projeto de Extensão CapacitaSUAS/MA.
Durante o desenvolvimento do projeto de pesquisas “Trabalhadoras, Trabalhadores e Processos de Trabalho no Sistema Único de Assistência Social – SUAS no Estado do Maranhão”, também desempenhei atividades no Projeto de Extensão CapacitaSUAS/MA, na função de Monitora nos Cursos ofertados; Coordenação de Monitoria, bem como em reuniões de planejamento e avaliação das ações e seminários de avaliação do Projeto capacitaSUAS realizados ao final da realização de todos os cursos.
Segundo a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB-RH/Suas), a capacitação dos trabalhadores da área da Assistência Social tem por fundamento a educação permanente, promovida de forma sistemática e continuada, sustentável, participativa, nacionalizada, descentralizada, avaliada e monitorada e, principalmente, deve ser promovida com a finalidade de produzir e difundir conhecimentos. A finalidade é direcionar a educação permanente ao desenvolvimento de habilidades e capacidades operativas, técnica e gerenciais, ao efetivo exercício do controle social e ao empoderamento dos usuários para o aprimoramento da política pública.
O Programa, portanto, prioriza a necessidade de formação adequada aos gestores e profissionais da área, potencializando a qualidade dos serviços socioassistenciais ofertados aos cidadãos,  aprofundado as discussões acerca da implementação das ações, programas e serviços socioassistenciais e agregando valores aos trabalhadores que vivenciam no seu cotidiano situações recorrentes de vulnerabilidade e risco social e pessoal. 
 O Projeto nesta primeira fase ofertou três cursos com carga horária de 40h cada, destinando-se a trabalhadores, gestores e conselheiros de Assistência Social. Foram realizados os cursos de: Curso de Introdução ao Provimento dos Serviços e Benefícios Socioassistenciais do SUAS e à Implementação de Ações do Plano Brasil Sem Miséria; Curso de Atualização em indicadores para Diagnóstico e Acompanhamento do SUAS e do Plano Brasil Sem Miséria e Curso de Atualização em Gestão Financeira e Orçamentária do SUAS. Foram certificados 1700 trabalhadores/as.
Considero de suma importância a participação no grupo de extensão, dada a relação do projeto de pesquisa ao programa em questão, mas também compreendo que no mundo da pesquisa faz-se necessário compreender a realidade a partir de experiências concretas. Destaco a relevância da troca de informações e relatos de experiências que tive oportunidade de vivenciar na condição de Monitora de Extensão, com os professores, com os profissionais, não somente de São Luis, mas de outros municípios com realidades parecidas ou bem distintas. Essa experiência despertou em mim o interesse em desenvolver este Plano de Trabalho na pesquisa. Dessa forma, este trabalho que produzo não é o fim, e sim como incentivo de continuar na pesquisa para conhecer e contribuir para o desenvolvimento do Sistema Único de Assistência Social no Maranhão, com qualidade.
No decorrer do processo encontrei dificuldades, principalmente por ser o meu primeiro contato com um grupo de pesquisa, mas que foram sendo superadas. Destaco a boa relação que tive com minha orientadora que sempre foi aberta ao dialogo para me ajudar a superar as adversidades, principalmente nesta reta final de elaboração do Relatório final, bem como os debates e trocas de experiências que tive com os outros companheiros do PIBIC, bolsistas, técnicos e coordenadoras do CapacitaSUAS, que foram de grande relevância para o meu crescimento acadêmico e profissional.
4.2 O Perfil dos Trabalhadores/As do SUAS no município de São LuísApesar do Perfil que será exposto não abarcar o universo de trabalhadores/as do SUAS no município de São Luís, a amostra aqui utilizada se constituiu do universo de trabalhadores/as que participaram do CapacitaSUAS/MA em sua primeira fase, num total de 103 participantes. As informações coletados na pesquisa foram analisados e divididos em 3 subtópicos: Identificação do trabalhadores; Graduação e Pós-Graduação e Informações sobre o Trabalho no SUAS. 
A identificação dos trabalhadores/as foi trabalhada a partir dos seguintes indicadores: faixa etária, estado cívil, Filhos, munícipio de residência para conhecer e caracterizar esses profissionais. Sobre a Graduação e Pós-Graduação foram aferidos: curso de graduação, ano de formação, tipo de instituição, e Pós Graduação a fim de traçar o perfil acadêmico dos profissionais e o último ítem do Perfil trata de Informações sobre o Trabalho no SUAS: vínculos empregatícios; carga horária; onde trabalha; função que exerce; com intenção de conhecer as condições de trabalho e analisar sua variantes
a) Identificação dos trabalhadores
 Com 98% dos questionários respondidos, os elementos que constituíram as informações sobre a identificação foram: faixa etária , municípios de residência e estado cívil. Em relação à faixa etária (gráfico 1), as informações revelam que a maioria dos trabalhadores (30%) se concentra na faixa de 31 a 35 anos. A segunda faixa de idade corresponde a 28% (36 a 45 anos), seguido da faixa de mais de 51 anos (20%), de 26 a 30 anos, com 11%, de 20 a 25 anos 8%, e de 46 a 50 anos apenas 1%. Revelam uma faixa mediana e avançada que atuam na política de Assistência.
Gráfico 1 - Faixa Etária 
 Em relação aos municípios de residência desses trabalhadores, a pesquisa demonstrou que 90% dos trabalhadores residem em São Luis, seguidos de Paço do Lumiar (5%) e somente 2% em São José de Ribamar (gráfico 2).
Gráfico 2 - Município de Residência 
 Estes dados revelam que São Luís apresenta uma realidade diferente em relação a outros municípios em que grande parte dos trabalhadores não reside no local onde trabalha. Uma das justificativas consiste no Porte dos municípios e o nível de desenvolvimento da gestão do SUAS que exige um número maior ou menor de equipamentos de referência determinadas pelo NOB – SUAS e apresentados no Guia Técnico do MDS. Segundo este documento:
Para fins de partilha dos recursos da União, a NOB-SUAS/2005 estipula o número mínimo de CRAS de acordo com o porte do município. Determinam ainda, dimensões de território, definidos por um número máximo de famílias nele referenciadas, a saber: Pequeno Porte I – mínimo de 1 CRAS e 01 CREAS; Pequeno Porte II – mínimo de 1; Médio Porte – mínimo de 2 CRAS; Grande Porte – mínimo de 4 CRAS e Metrópoles – mínimo de 8 CRAS. (BRASIL,2009)
O município de São Luis (Porte V) em relação aos municípios de Paço do Lumiar e São Jose de Ribamar (Porte IV) e Raposa (Porte II), enquanto Metrópole possui um número maior de instituições de ensino superior. A centralização dessas instituições determina que São Luís se torne um centro de formação dos trabalhadores/as do SUAS, bem como um exportador de profissionais para outros municípios, principalmente da Região metropolitana, pela proximidade entre o local de residência e o de trabalho. 
Segundo informações da SAGI/MDS (2015), São Luís possui 20 CRAS, que exigem um quadro maior de trabalhadores. Resultando que São Luís concentra um número maior de trabalhadores capacitados e postos ocupacionais em relação a outros municípios. Por outro lado, o município de Raposa possui 1 CRAS, e São José de Ribamar 3 CRAS, estando dentro do mínimo exigido para o seu porte, enquanto Paço do Lumiar com um CRAS, encontra-se abaixo da meta exigida. 
Segundo elemento de identificação foi o estado civil, que apresentou como resultado: 50% responderam que são casados, seguido de 39% solteiros e 7% Divorciados não especificados e por último que com maioria de 57 % tem filhos e 43% não possui filhos.
b) Formação Superior e Pós-Graduação
 Neste itém mostraremos os dados referentes a formação superior dos trabalhadores/as destacando o curso de Graduação, ano de formatura, tipo de Universidade e de Pós – Graduação. No que tange aos cursos de formação superior se destaca o Curso de Serviço Social com 60%, seguido de Pedagogia (11%), Psicologia 8%, Administração com 3% , Terapia Ocupacional e Letras com 2% cada, e Ciências Sociais, Economia e História resultam em 3%. Um percentual de (11%) não tem curso superior ou não respondeu, como demonstra o quadro a seguir.
Grafico 3 - Cursos de Graduação 
 Esses dados demonstram que o Serviço Social se configura com a maior presença nas equipes da Assistência Social, e estes profissionais além das equipes de referência, podem, conforme a Lei de Regulamentação da Profissão e os Parâmetros de Atuação do Assistente Social no SUAS encontrar-se na gestão e coordenação do serviços assistenciais, nas coordenações dos CRAS e CREAS em comparação a outras áreas de formação.
 Albuquerque (2011, p.79) afirma que o SUAS requer equipes de trabalho interprofissionais e atribui aos/às assistentes sociais um papel-chave na consolidação do modelo socioassistencial, desde que esses tenham capacitação adequada que garantam a consolidação do modelo que se quer da Assistência, sobre os quais temos muito que estudar e aprender junto a outras categorias que compõem as equipes.
Cruzando informações dos dados referentes à faixa etária com o ano de formação percebemos que há um grande número de pessoas que estão se formando a partir dos anos 2000, reflexo das últimas políticas de inserção na Educação Superior como ENEM, PROUNI, FIES além do crescimento de instituições em outros campi. Por outro lado, se pode observar também que o perfil mostra que um percentual considerável é de jovens até 35 anos, geração que acompanhou a implementação da Política de Assistência como um direito social, estando portanto, fazendo parte desse processo de construção, o que se constitui um desafio para esses profissionais.
Outro ponto também levantado pela pesquisa foi o tipo de Instituição de ensino superior em que foram formados, revelando que 70% formaram-se em instituições públicas presenciais, seguida de 26% em instituições particulares presenciais e 4% em instituições particulares na modalidade à distância.
Gráfico 4- Tipo de Graduação 
As informações mostram a relevância das instituições de educação pública presencial em detrimento das instituições privadas presenciais ou a distancia. Apesar disso, há que se considerar a presença do ensino privado em face de que nos últimos anos houve um processo de mercantilizarão da educação e com isso a expansão de unidades particulares em outros municípios aonde a educação pública não chega, além da expansão da modalidade de educação superior à distância.
A pesquisa também investigou sobre a ocorrência de pós-graduação. Do total de trabalhadores/as que responderam o instrumental da pesquisa, 94% possuía pós-graduação em nível de Especialização. Quanto às áreas de concentração, o maior índice foi alcançado pela área da Saúde com 33% , seguido da área de Administração, Planejamento, Gestão e Políticas Públicas, com 19%, Educação com 18%, Psicologia, 17% e apenas 7% na área de Assistência Social.
As informações demonstram que a política de Saúde, por seu elevado nível de institucionalização possui uma quantidade e diversidade maior de especializações porque o SUS já possui uma estrutura mais organizada e maior fomento a pesquisas e consequentemente em pós graduações. A política de Assistência ainda se encontra em processo de construção como política pública.
O crescimento e fortalecimento da política pública de assistência social ainda enfrenta muitos desafios. É necessária uma articulação constante entre todas as categorias profissionais, para a efetivação, na prática, do conjunto de leis e direitos garantidos em nossa Constituição Federal. Portanto, cabe aosprofissionais que atuam nessa política se atualizar, ou seja, continuar a qualificação teórica e metodológica dos processos de trabalho no campo profissional, contribuindo com a construção de novos conhecimentos e de novas práticas reflexivas e inovadoras, o que depende de um processo de educação permanente e continuado, conforme o Plano Nacional de Educação Permanente do SUAS prevê. Considerando que 94% desses trabalhadores possuem algum tipo de pós gradação demonstra que São Luís possui trabalhadores mais capacitados para o trabalho e que podem contribuir para o aprimoramento da política, mas para isso faz-se necessário o fomento ao estudo, aos debates acerca da política de Assistência.
Gráfico 5 - Área de Pós Graduação 
 c) Informações sobre o Trabalho no SUAS em São Luís/MA
O trabalho no SUAS é regulado pela Norma Operacional Básica -NOB/RH/SUAS (2012) que dispõe sobre as condições de trabalho e dos recursos humanos. Em relação a essa questão a pesquisa revelou informações sobre: município onde trabalha número de vínculos, tipo de vínculos, carga horária, faixa salarial, local onde trabalha e função que exerce.
Quanto ao município em que trabalha 8% revelaram que trabalham em mais de um município, isto é, em São Luís e outro que se localize na região metropolitana, enquanto 34% afirmaram possuir mais de um vínculo. 
Gráfico 6 - Número de Vínculos 
 Quanto ao Tipo de Vínculos, 35% são contratados, 27% concursados , além de 16% comissionados; 5% possui mais de um tipo de vinculo (contratado + comissionado e concursado + contratado), e 16 % Outros não especificados. 
Gráfico 7 - Tipo de Vínculo 
O caráter público do serviços socioassistenciais que devem ser ofertados exige composição de equipes de trabalho por servidores público efetivos. A NOB-RH/SUAS indica que os vínculos trabalhistas desses profissionais sejam decorrentes de aprovação em concursos públicos, para garantir oferta contínua e ininterrupta dos serviços; para fortalecer a relação dos trabalhadores com os usuários; reconhecimento da equipe no seu território e principalmente para diminuir a rotatividade de profissionais. 
Diante das informações reveladas por esta pesquisa de que 73% dos trabalhadores possuem vínculos que não garantem a permanência nas unidades, o que dificulta a autonomia e consequentemente a qualidade dos serviços prestados. A falta de concursos públicos resulta em mudanças constantes de equipes que não conseguem dar continuidade ou melhorar as politicas e programas que estão sendo executados. Além de ser outro fator que força os trabalhadores a ter outros vínculos empregatícios que dificultam o investimento na formação continuada. 
 Em relação à carga horária semanal a pesquisa aponta que 62% trabalham com carga horária de 30 horas, e 25% de 40 horas como demonstra o quadro a seguir.
Gráfico 8 - Carga Horária 
Destacamos que a categoria dos Assistentes Socias em 2010 conquistou a aprovação da Jornada de 30 horas, sem redução salarial, através da Lei nº 12.317/2010,  a carga horária semanal é de 30h para os assistentes sociais (Lei Federal) e 40h para o restante da equipe conforme normativas do MDS devido ao período de funcionamento das unidades de serviços que funcionam 40horas semanais
Quanto à faixa salarial, a pesquisa afirma que 50% dos trabalhadores recebem menos que dois salarios, 38% de 2 a 4 salarios, e apenas 7% mais de 6 salários.
Gráfico 9 - Faixa Salarial 
 A pesquisa reflete um cenário nacional, onde os baixos salários pagos pelas prefeituras são um dos fatores que incidem em uma permanente rotatividade de profissionais, inclusive os profissionais concursados, já que muitos destes se exoneram do município para assumir outros cargos com melhores remunerações e condições de trabalho, comprometendo a formação de um quadro técnico na área com enraizamento suficiente para detectar e agir sobre as demandas dos usuários locais. 
Assim, conforme analisa Sposati (2006), a questão dos trabalhadores do SUAS ainda é um sério obstáculo para o desenvolvimento da política de assistência nos municípios brasileiros, sobretudo no que se refere à qualidade da remuneração e capacitação dos profissionais, uma vez que, historicamente a assistência social foi demarcada como um campo das políticas com grande restrições de recursos financeiros, o que dificulta a oferta dos serviços de proteção social e incide sobre a gestão do SUAS.
Em relação ao local em que trabalham 42% responderam que atuam no Centro de Referência de Assistencia Social – CRAS, seguidos de 24 % nos Centro de Referência Especializada de Assistencia Social- CREAS, 23% na Secretaria Municipal – SEMCAS e 11% em outros locais não especificados. 
Gráfico 10 - Local em que Trabalha 
Cabe ressaltar que São Luis, possui 20 CRAS, o que justifica a maior concentração de profissionais nesse equipamento público e 06 CREAS, que corresponde ao segundo maior índice. Observa-se também que pelo porte do município (Metrópole), demanda um número elevado de técnicos na gestão do SUAS. 
Os resultados da pesquisa para a elaboração e análise do Perfil dos Trabalhadores/as no SUAS em São Luís, a partir dos que participaram dos cursos do Projeto de Extensão CapacitaSUAS, certamente não devem ser considerados como expressão do perfil geral dos trabalhadores/as, mas apresentam elementos que podem contribuir para a elucidação da questão básica para a gestão do trabalho no SUAS: quem é e em que condições ele desenvolve seu trabalho.
5. CONCLUSÃO
 Durante o processo de construção desta pesquisa, muitas questões e dificuldades surgiram – principalmente por ser uma discussão recente a proposta de conhecer e avaliar o perfil dos trabalhadores da assistência social em São Luís, não existindo uma literatura específica sobre o tema dentro dos estudos da assistência social, o que demonstra a necessidade do fomento da pesquisa nessa área e por outro lado, justifica a importância deste estudo, apesar do limite da amostra pesquisada. 
A partir das informações coletadas na pesquisa obtivemos como resultado sobre o perfil desses trabalhadores que a faixa etária concentra na idade de 30 a 45 anos, maioria reside no mesmo município em que trabalha são casados e com filhos.
No que tange a formação superior, grande parte foi formada na última década, reflexos da expansão do acesso a educação através dos programas federais como PROUNI, ENEM e FIES, destacando o curso de Serviço Social(60%), grande parte em Instituições públicas . Quanto a Pós Graduação 94% dos participantes possuem especializações concentradas na área da Saúde, considerando que o nível de desenvolvimento de organização do SUS é mais evoluído que a Política de Assistência Social , que resulta em um numero maior de pós graduações.
Quanto as relações de trabalho um dado alarmante demonstra que 73% dos trabalhadores possui contratos temporários, que incidem em uma permanente rotatividade de profissionais, contudo a maioria trabalha com carga horária de 30 horas semanais, e recebem menos de dois salários mínimos, a baixa remuneração demonstra a precarização do trabalho que dificultam criar equipes que possam desempenhar suas atividades de forma continuada para o aprimoramento dos serviços prestados dentro da política.Os postos de trabalho segue em maioria no CRAS E CREAS, que se constituem em maior número.
Assim, consideramos que os resultados deste estudo servirão de direcionamento para a discussão da política de assistência social, profissionais, gestores e demais pesquisadores interessados no trabalho. A importância do tema, a relação com projeto de extensão CapacitaSUAS projeto realizado através da parceria entre Governo Federal, o MDS, Governo Estadual (SEDES) e a UFMA, por meio do GDÈS e do Departamento de Serviço Social,possibilitam ampliar discussões no âmbito do SUAS e conhecer a realidade da políticas
6. CRONOGRAMA DO PLANO DE TRABALHO
	Atividades
	2015
	2016
	
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Jan.
	Fev
	Mar
	Abr
	Maio
	Jun
	Jul
	Revisão de literatura sobre os conceitos quefundamentam a pesquisa
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	Elaboração de instrumental de pesquisa e coleta de informações.
	
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	Tabulação e sistematização das informações coletadas.
	
	
	
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	Análise dos resultados
	
	
	
	
	
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	Elaboração de relatório parcial e artigos científicos.
	
	
	
	
	
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	Participação em eventos científicos. 
	
	
	
	
	
	
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	Elaboração de relatório final.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Atividades de Extensão do Projeto CapacitaSUAS
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REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Simone. O trabalho do/a Assistente Social no Suas. In: SEMINÁRIO NACIONAL /CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL - Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta, 2011, Brasília. Anais eletrônicos... Disponível em: . Acesso em: 20/08/2016
ASSISTÊNCIA SOCIAL: da caridade ao direito. In: VI Jornada Internacional de Políticas Públicas, 2013, São Luís - Ma. Anais da VI Jornada Internacional de Políticas Públicas, 2013.
BRASIL, Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS. Resolução nº 269 de 26 de dezembro, Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS, Brasília, 2006. 
BRASIL, Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS. Resolução nº 109 de 11 de novembro, Tipificação dos Serviços Socioassistenciais, Brasília, 2009
BRASIL. Relatórios de Informações Sociais 2015. Disponivel em: http://aplicacoes.mds.gov.br. Acesso realizado em 28 de agosto de 2016 às 20:00h.
SILVA, L. P. V. . O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: desafios à sua implementação. In: VI Jornada Internacional de Políticas Públicas, 2013, São Luís - Ma. Anais da VI Jornada Internacional de Políticas Públicas, 2013.
SPOSATI, A. Pesquisa e produção de conhecimento no campo do serviço social. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 10, p. 15-25, 2007. 
Resistência e Trajetória de Luta pela Regularização Fundiária do Território Quilombola Santa Rosa dos Pretos. 2017. 110 f. Monografia apresentada ao curso de Pedagogia da Terra da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em convênio com o Programa Nacional de Educação em Áreas de Reforma Agrária (PRONERA) como requisito para obtenção do grau de Pedagoga.
MENDONÇA, Mônica Lemos de. Títulos uniformes em legislação. 1993. 98 f. Monografia apresentada Escola de Biblioteconomia da UNI-RIO para obtenção do grau de bacharel em Biblioteconomia.
 
SANTOS, Margarida Maria Silva dos; BARROS, Sheyla Alves. POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: impasses e desafios postos pela perspectiva socioterritorial e suas expressões nos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS. 2011. Disponível em:<http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2011/CdVjornada/JORNADA_EIXO_2011/POLITICAS_PUBLICAS_PARA_OS_TERRITORIOS_POVOS_E_COMUNIDADES_TRADICIONAIS/POLITICA_NACIONAL_DE_ASSISTENCIA_SOCIAL.pdf>. Acesso em 09 mai 2017
ANEXO
ANEXO I - INSTRUMENTAL DE PESQUISA DE CAMPO
PROJETO DE PESQUISA “TRABALHADORAS, TRABALHADORES E PROCESSOS DE TRABALHO NO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS NO ESTADO DO MARANHÃO”.
 Plano de Trabalho “Perfil dos Trabalhadores do SUAS no município de São Luís, capacitados pelo Programa CapacitaSUAS no Estado do Maranhão”.
INSTRUMENTAL DE PESQUISA DE CAMPO
I – IDENTIFICAÇÃO
1.FAIXA ETÁRIA: 20 a 25 ( ); 26 a 30 ( ); 31 a 35 ( ); 36 a 45 ( ); 46 a 50 ( ) + de 50 ( )
2.ESTADO CIVIL: 
3.MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA:
4.FILHOS: SIM ( ) NÃO ( )
5.FORMAÇÃO SUPERIOR:
6.ANO DE COLAÇÃO DE GRAU: 7.UNIVERSIDADE/FACULDADE:
8.PÓS-GRADUAÇÃO: -----------------------------------------------------------(especificar)
9.MUNICÍPIO (S) EM QUE TRABALHA: -------------------------------------------------
10.VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS: UM ( ) + de 1 ( )
11.TIPOS: CONCURSADO ( ) CONTRATADO ( ) COMISSIONADO ( ) OUTRO ( )
12.CARGA HORÁRIA SEMANAL: ---------------------------------------------
13.FAIXA SALARIAL: menos de 2 salários ( ) de 2 a 4 ( ) de 4 a 6 ( ) + de 6 ( ).
14. ONDE TRABALHA: CRAS ( ); CREAS ( ); SECR. MUNICIPAL ( ); OUTRO ----------------------------------------------------------------------------
ANEXO II - FOLDER DE DIVULGAÇÃO DO PROJETO CAPACITASUAS/MA
ANEXO III - FOTOS TIRADAS DURANTE ATIVIDADE DE MONITORIA
Atividades de Credenciamento do CapacitaSUAS
Reunião de sistematização 
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