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ATIVIDADE DE LIBRAS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CURSO DE PEDAGOGIA –TURMA ESPECIAL
LIBRAS–DLP
Professoras: 
aluno 
ATIVIDADE
1. Qual foi a principal conquista da comunidade surda até o presente momento? Justifique a sua resposta.
No atual contexto educacional brasileiro, nossas atenções têm se voltado as políticas de educação inclusiva, onde observamos e destacamos algumas conquistas educacionais dos surdos. Conquistas estas legalizadas por meio de leis e decretos que reconhecem a identidade da pessoas surda como ser integrante da sociedade.
Uma das principais conquistas da comunidade surda atualmente é o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais – Libras – em 24 de abril de 2002, como um meio legal de comunicação e expressão da comunidade surda.
Podemos destacar ainda como uma conquista importante a inclusão educacional dos surdos e o direito de um interprete de libras, no contexto escolar, garantida por meio da lei da acessibilidade, muito importante para os surdos porque estabelece o direito à comunicação ao definir acessibilidade como a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação.. 
Sendo assim para haver inclusão verdadeira, é necessário considerar o surdo como pessoa capaz, respeitando suas diferenças e limitações. Procedendo dessa forma, obteremos o desenvolvimento das competências e habilidades de formação profissional e humana do surdo.
2. Estabeleça três pontos positivos e três negativos para as modalidades da educação de surdos: escola inclusiva e escola especializada. Em sua opinião, qual modalidade é mais indicada para a educação de surdos? Por quê?
A Educação Inclusiva para surdos tem estado na pauta de diversos debates pelo Brasil, aonde uma das questões mais citadas é a qualidade de ensino que os surdos terão. A Educação Inclusiva tem sim seus aspectos positivos, como também aponta seus aspectos negativos, pois estamos tratando de línguas distintas e que convivem em um mesmo ambiente concomitantemente. 
Podemos destacar como pontos positivos; a Lei 9394/96 a qual defende que a educação é para todos, deste modo, entendemos que o surdo é um ser humano e precisa receber educação de qualidade, de acordo com suas especificidades; O surdo pode e deve estar inserido numa escola que não seja destinada apenas para surdos, ele precisa manter contato com o mundo ouvinte, e este é um dos pontos positivos para sua inserção e socialização com o mundo ouvinte.
A educação inclusiva também dá a possibilidade de aperfeiçoamento dos profissionais da educação, uma vez que este devem se preparar para receber o aluno surdo em seu cotidiano escolar. Outro ponto positiva da educação inclusiva é com relação aos alunos ouvintes, estes ao entrar em contato com um colega surdo tem a possibilidade de rever seus conceitos e entender que não se deve agir com preconceito.
No entanto somos sabedores que vivemos em um mundo globalizado e tecnológico, onde qualquer diferença é tratado com preconceito e quando falamos em alunos e professores de uma escola regular normal, totalmente influenciados pelos ideais da normalidade, nos deparamos com alguns pontos negativos da educação inclusiva. Assim seguem alguns pontos negativos da educação inclusiva; poucos professores se habilitam a se aperfeiçoar, como no uso de LIBRAS, por exemplo, poucos estudam e se inteiram de questões relativas a inclusão; há uma carência por parte dos órgãos gestores em criar mecanismos de formação continuada para professores que atuam com essas crianças; oposição da direção da escola em aceitar o Intérprete como profissional, e que precisa estar informado a respeito da dinâmica da escola; resistência por parte da família, escola e sociedade em reconhecer o surdo como sujeito de direito e protagonista de sua vida, que pode optar e opinar em todas as ocasiões e que pode sim aprender o que lhes é proposto.
Com relação a escola especializada podemos destacar como pontos positivos, que a escola especializada atende a criança surda, desde os primeiros meses de vida, promovendo estimulação precoce e iniciando o processo de integração escolar do aluno. A escola especializada serve como um apoio para o aluno ainda após sua integração no ensino regular. A escola especializada deve ainda viabilizar ao aluno o processo de ensino aprendizagem, caso não seja possível sua integração no ensino regula, desenvolvendo a mesma proposta curricular do ensino regular, mais as atividades de complementação curricular específica para os alunos surdos. A escola deve priorizar ainda o ensino de libras, dando atenção prioritária ao ensino da Língua Portuguesa (falada/escrita) para os alunos surdos, de modo que entrem na classe comum e consigam integrar-se verdadeiramente no sistema regular de ensino. Os pontos negativos com relação a escola especializada não estão na pessoa surda, mas sim na organização de todo o contexto para atender a criança surda, na adaptação de recursos que englobem as necessidades educativas da pessoa surda. Outro ponto negativo e a carência de profissionais especializados e a falta de intérpretes de Libras.
3. Muitas mudanças aconteceram na educação de surdos, as quais, segundo alguns autores, aconteceram, principalmente em função da mudança de concepção acerca da surdez. Considerando as diferentes abordagens para a educação de surdos estabeleça as concepções de surdez para cada uma delas e qual a principal ação decorrente delas.
Considerando que a surdez sempre fez parte de todas as comunidades etnográficas e culturais, ao longo dos anos as concepções sobre a surdez foram sendo construídas dentro de um contexto de indiferença, surgindo assim inúmeros equívocos em relação ao surdo, a surdez e a sua educação. 
Os pontos de vista sobre a surdez variam de acordo com as diferentes épocas e os grupos sociais no qual são produzidos. Estas representações darão origem a diferentes práticas sociais, que limitarão ou ampliarão o universo de possibilidades de exercício de cidadania das pessoas surdas.”
A surdez sempre foi tema de estudos da medicina, da educação e de outras áreas, como a espiritual, por exemplo. Inicialmente a concepção explicada pela medicina tinha lugar de destaque, onde se tentava explicar a surdez como uma patologia causada geneticamente. Na concepção clinica patológica a educação da pessoa surda se tornaria um meio terapêutico para promoção da aprendizagem da língua oral. Esses objetivos foram expressos através de uma concepção de educação do surdo pautada pela abordagem clínico-terapêutica que aliada ao oralismo, como corrente filosófica, lhe deu suporte para sua estruturação e desenvolvimento. Esta concepção de surdez e educação esteve e ainda se encontra presente na história deste grupo de pessoas em diferentes países.
Segundo a concepção clínico-terapêutica a preocupação central, expressa em objetivos e as ações educacionais, precisa estar na busca pela correção de um “defeito” biológico presente na pessoa surda, ou seja, buscar/ criar mecanismos para a cura.
A concepção clínico-patológica nos dias atuais não se dá da maneira citada acima, suas intenções enquanto Medicina são as melhores, porém muitas delas não são aceitas pelas Comunidades Surdas do Brasil devido à descaracterização que as mesmas proporcionam impedindo o sujeito Surdo de ser Surdo, assumir sua identidade e viver de acordo com os preceitos de sua Comunidade.
As dificuldades no tocante à educação das pessoas surdas encontram suas raízes no fato de esta encontrar-se aliada aos parâmetros da educação especial, que esteve ao longo da história aliada à caridade. Neste sentido, enquanto a educação em geral é vista como um direito e um dever do estado para com o cidadão, a educação especial era entendida como um “favor”, uma caridade a ser desempenhada por pessoas de bom coração e que praticavam a benevolência. 
Neste contexto, a preocupação estava vinculada ao cuidar, ao amparar e ao oferecercondições para sua reabilitação física e intelectual. Desta forma, o fato da educação de surdos ter estado à mercê de entidades filantrópicas destituiu o seu caráter institucional legal e formal subordinando-a a outros campos extra- escolares.
Conforme a concepção sócio antropológica o surdo é reconhecido como ser humano e a surdez não é considerada como doença ou uma deficiência. Essa visão dá ao surdo a oportunidade de ser respeitado e ter suas características reconhecidas, uma vez que, a pessoa surda não pode ser inferior ao ouvinte, pelo fato de não ter aprimorada a capacidade auditiva, todos devem ser considerados pessoas capazes, o que as difere é apenas a forma de comunicação permitida por meio da língua de sinais. De acordo com essa concepção a surdez é uma experiência visual, onde  a constituição  da subjetividade e construção cognitiva  é concretizada através da língua de sinais. Segundo ela ainda o surdo tem direito ao acesso a uma educação bilíngue, onde o português é ensinado como segunda língua. Essa concepção não está focalizada ou institui limites no aprendizado do Surdo, mas considera as possibilidades de construção diversificadas, através de uma nova proposta de práticas pedagógicas que levem em conta o reconhecimento político das diferenças relativas aos Surdos.
Os surdos como os demais sempre estiveram à margem da sociedade. Assim, era necessário ensiná-los a falar, adaptá-los aos comportamentos. Assim, a escola, enquanto espaço educacional das pessoas surdas, respaldada nessa abordagem assume um compromisso claro com todas as ações reabilitadoras, em que o aprender a falar é primordial ao desenvolvimento educacional e pessoal do surdo. Desta forma, ampliam-se os conhecimentos científicos e tecnológicos acerca do aparelho auditivo, de criação de próteses auditivas cada vez mais sofisticadas, buscando a normatização do surdo.
4. A mudança de paradigma na compreensão da surdez favorece a construção de identidade surda? Por quê?
Sim favorece. Porque as diferentes concepções e as diversas discussões referentes à concepção de surdez estão presentes na sociedade há muitos anos, caracterizadas pela disputa teórica sobre possibilidades comunicativas, e sucedidas por modos específicos de se perceber a surdez.
Na atualidade, numa sociedade em constante processo de mudança, percebemos diferentes visões e concepções, mas que veem a pessoa surda como um sujeito capaz e com várias potencialidades. Neste sentido podemos dizer que os avanços trouxeram inúmeros benefícios para a comunidade surda, que antes eram tratados como seres incapazes e castigados por Deus, e atualmente são considerados como parte integrante da sociedade, um ser capaz de exercer qualquer função de forma igualitária.
5. Faça um pequeno resumo das três principais abordagens na educação de surdos: oralismo, comunicação total e bilinguismo.
Na história da educação dos surdos destacaram-se algumas abordagens educacionais que marcaram esse processo: O oralismo, a comunicação total e o bilingüismo. O Oralismo, visava à integração da criança surda na comunidade ouvinte, enfatizando a língua oral do país. O objetivo era fazer a reabilitação da criança surda em direção à normalidade, negava-se a surdez e enfatizava a aquisição da fala. Os alunos surdos eram ensinados a falar por meio de técnicas oralistas fundamentadas na visão clínico-terapêutica. O trabalho pedagógico destinava-se mais ao ensino da fala do quedos conteúdos curriculares. Não houve uma realização satisfatória nesta abordagem do oralismo. A abordagem Comunicação total, é uma filosofia de trabalho voltada no atendimento e à educação de pessoas surdas. O objetivo era entender o surdo como uma pessoa, e não como alguém portador de uma patologia médica. Os alunos surdos podiam utilizar os sinais no contato com outros surdos fluentes, bem como sua divulgação em contextos escolares e não escolares. O uso dos sinais ocorria na estrutura da língua portuguesa e não na estrutura da língua de sinais. O trabalho pedagógico destinava-se a uma completa liberdade na prática de quaisquer estratégicas que permitia o resgate da comunicação, seja por meio da oralidade, dos sinais, da soletração ou pela combinação desses modos. No entanto houve um favorecimento do contato do surdo com os sinais, antes proibido no oralismo. O bilingüismo e também de educação bilíngue é uma proposta de ensino usada por escolas que se propõem a tornar acessível à criança duas línguas no contexto escolar. Os estudos têm apontado para essa proposta como sendo mais adequada para o ensino de crianças surdas. O bilinguismo, tal como entendemos, é mais do que o uso de duas línguas. É uma filosofia educacional que implica em profundas mudanças em todo o sistema educacional para surdos. A educação bilíngue consiste, em primeiro lugar, na aquisição da língua de sinais, sua língua materna. O bilingüismo visa à exposição da criança surda à língua de sinais o mais precocemente possível, pois esta aquisição propiciará ao surdo um desenvolvimento rico e pleno de linguagem e, consequentemente, um desenvolvimento integral. O bilinguismo propõe que o surdo comunique-se fluentemente na sua língua materna (língua de sinais) e na língua oficial de seu país, ou seja em língua portuguesa. 
A inclusão de alunos surdos deve ser garantida por meio da organização de: Escolas e classes de educação bilíngue abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores bilíngues, na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental; Escolas bilíngues ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio ou educação profissional, com docentes das diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade linguística dos alunos surdos, contando com tradutores e intérpretes de Libras.
Assim, as escolas que pretendem ser bilíngues e inclusivas devem: Garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos, desde a Educação Infantil, nas salas de aula, e também, em salas de recursos, em turno contrário ao da escolarização; apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos, funcionários, direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos; adotar mecanismos de avaliação coerentes com o aprendizado de segunda língua, na correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularidade
6. Considerando o que você estudou até agora, comente a afirmação a seguir, elaborando um texto com no mínimo 15 linhas: “Ainda hoje, muitos ouvintes tentam diminuir os Surdos para que vivam isolados e tendo de assumir a cultura ouvinte, como se esta fosse uma cultura única; ser "normal" para a sociedade significa ouvir e falar oralmente. Os ouvintes não prestam atenção aos surdos que se comunicam por meio da Libras. Consequentemente, não acreditam que os surdos sejam capazes de estudar em faculdade ou realizar mestrado e doutorado, por exemplo. Os sujeitos ouvintes veem os sujeitos surdos com curiosidade e, às vezes, zombam por eles serem diferentes" (STROBEL, 2008, p. 22). 
É muito comum atualmente ainda ouvirmos que o surdo é uma pessoa diferente, que não tem capacidade de trabalhar e de se relacionar saudavelmente com outros normais, apesar das muitas lutas existe um grande preconceito com relação aos surdo na sociedade moderna. Talvez pelo fato de vivermos em uma era em que existe grandes transformações no mercado de trabalho principalmente. 
No entanto, muito se tem feito e lutado na intenção de modificar esse perfil na sociedade. Por meio de leis pareceres e normatizações, a pessoa surda tem seus direitos assegurados, e este pode além de estudar em uma escola regular, trabalhar em qualquer segmento da sociedade, com direito a intérprete.
A língua de sinais abriu a comunidade surda a oportunidade de expressar-se e lutar pelos seus direitos sociais e culturais, de forma garantir respeito e participação social, o direito a educação de qualidade e inclusiva, na qual podeinteragir e socializar-se com alunos normais, transformando deste modo as concepções historicamente construídas, de que o surdo é um sujeito incapaz, cognitivamente debilitado.
7. Em relação às atitudes do professor para com os alunos surdos, cite três que você julga mais relevantes.
Ao receber uma aluno surdo em sua sala de aula o professor deve em primeiro lugar fazer uma anamnese sobre o histórico do aluno (nascimento, composição familiar, desenvolvimento físico e mental, processo de escolarização anterior) e suas necessidades especiais (natureza e história da dificuldade, quais os estímulos que recebe de seu próprio meio social, esforços que foram feitos na direção de incluir está criança em seu meio social). 
O professor deve buscar identificar quais são as expectativas dos pais com relação ao aproveitamento e desempenho escolar do filho; Envolver os pais no processo de inclusão para que este seja efetivo. A escola depende da família para haver trocas rápidas de informações sobre o que está sendo oferecido à criança e qual o seu aproveitamento, pois as soluções para as dificuldades encontradas também dependem do envolvimento e da responsabilidade dos pais.
Outro aspecto importante é o professor aprender e conhecer a língua de sinais – Libras, para que ele consiga expressar melhor os conteúdos e ter um contato mais direto com o aluno.
O docente deve ainda ter capacidade e atitude prática em desenvolver estratégias e metodologias adequadas as exigências destes aluno, sempre observando que ele necessita de um apoio mais individualizado na aprendizagem.
8. Quais são os principais cuidados que um professor deve ter em relação à atuação do intérprete em sua sala de aula?
A inclusão vem tomando cada vez mais força, e deste modo compreendemos a necessidade de profissionais de apoio dentro das salas de aula normais. Uma vez que, o professor sozinho sem o apoio não consegue administrar o trabalho pedagógico englobando todos os alunos, quando tem em sua sala de aula alunos de inclusão. 
Considerando que o aluno surdo possui linguagem e cultura diferente daquela que o professor está acostumado a lidar e que este tem direito legal de estar incluído em escola regular, compreendemos que é essencial a participação de um intérprete na sala de aula. 
Deste modo o professor deve ter alguns cuidados, pois além de ser o modelo pedagógico em sala de aula, ele deve ter certeza de que o aluno surdo está recebendo os conteúdos tal qual estão sendo expostos. Para isso é fundamental que este professor tenha um bom relacionamento com o intérprete, saiba dialogar com ele sobre aspectos metodológicos e de aprendizagem do aluno surdo, acatando sugestões e trabalhando em parceria com o intérprete.
9. Para que os surdos de praticamente todos os países do mundo conquistassem o direito de serem educados em sua primeira língua, a Língua De Sinais, muita luta foi travada. Considerando a História da Educação de Surdos, qual era a ideia dominante a respeito da educação de surdos até o início do século XVI e, desde seu início, até os dias atuais, qual é a principal questão que perpassa está educação? 
Segundo os registros da história, a educação de surdos teve sua origem no século XVI, e foi profundamente marcada por conflitos e controvérsias, na qual a ideia dominante era de que o surdo tinha problemas congênitos que não lhe permitiam aprender a ler, escrever e falar. Neste longo período a principal ideia que dominava o contexto social e escolar era de que o aluno surdo não era considerado capaz de aprender, devido ao fato de a surdez ser considerada como uma patologia clínica.
 Neste contexto observa-se que o processo de educação dos surdos tem um passado com muitas lutas e injustiças. Os surdos foram amarrados, machucados, ofendidos, proibidos de dispor do direito à língua, à cultura surda, às trocas sociais. Passado que proibiu o direito essencial do ser humano: a vida.
Nas sociedades antigas, crianças que nasciam com algum problema congênito eram sacrificadas, jogadas em abismos ou excluídas para não viver na sociedade. No caso das crianças surdas, como seu problema era descoberto tardiamente, estas eram isoladas num local à parte da sociedade, deixadas distantes da cidade para que não convivessem com as pessoas ditas normais.
 Na Grécia, os surdos eram tratados como seres incompetentes e que por não possuírem uma linguagem, não eram capazes de raciocinar. Assim, não tinham direitos, eram marginalizados e muitas vezes condenados à morte. Ao contrário do Egito onde os surdos eram adorados, como se fossem deuses, serviam de mediadores entre os deuses e os faraós, sendo temidos e respeitados pela população. 
Na Antiguidade, alguns povos os lançavam ao mar ou em penhascos. Os Romanos, influenciados pelo povo grego, também viam os surdos como seres imperfeitos e os excluía da sociedade. Quem teve papel fundamental no quesito de descriminação foi a Igreja Católica, que na época usava a passagem da bíblia onde diz que; “O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus”, para excluir qualquer pessoa que tivesse qualquer tipo de deficiência que o negava de expressar sua fé e seus arrependimentos a Deus, e devido a isso, uma pessoa surda não era considerada digna de ser chamada de filha de Deus, não podendo estar em meio à sociedade como outra qualquer, pois tinha uma deficiência, e Deus não tinha uma “Imagem Defeituosa”.
Mais tarde, Santo Agostinho defendeu ideia de que os pais de filhos surdos pagavam por algum pecado que haviam cometido. Acreditava-se ainda que o surdo pudesse comunicar-se por meio de gestos, que, em equivalência à fala, eram aceitos para a salvação da alma. John Beverley, em 700 d. C., foi o primeiro a ensinar uma pessoa surda a falar (em que há registro). Por essa razão, ele foi considerado por muitos como o primeiro educador de surdos. Foi na Idade Moderna que se diferenciou, pela primeira vez, surdez de mudez. 
No Brasil, uma língua nacional de sinais passou a ser difundida a partir do segundo império. O educador francês Hernest Huet era surdo e foi o introdutor dessa metodologia aqui no Brasil. Em 26 de setembro de 1857, Hernest fundou no Rio de Janeiro o Imperial Instituto de Surdos-Mudos, ele teve como amparo a lei n° 839, porém tal instituto tratava somente de crianças do sexo masculino. Um século após sua fundação, por meio da Lei nº 3.198, de 6 de julho, a instituição tornar-se-ia o Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES), que inicialmente utilizava a língua dos sinais, mas que em 1911 passou a adotar o oralismo puro.
Em 1970, já havia tratamento para bebês surdos, e em 1980, o INES intensificou o trabalho de pesquisas sobre a Língua Brasileira de Sinais e sobre a educação de surdos, criando o primeiro curso de especialização para professores na área da surdez. O Bilinguismo passou então a ser difundido. Nos anos 80 e 90 teve início um movimento reivindicatório dentro da comunidade surda, advogando a primazia da língua de sinais na educação dos surdos. 
Na década de 90, a partir da Declaração de Salamanca, as políticas de diretrizes da Educação Especial começaram a mudar e passaram a ter subsídios na proposta da inclusão. Pode-se encontrar nessa declaração a seguinte afirmação; o surdo deve ser inserido de fato, para que possa ter sua cidadania respeitada (Declaração de Salamanca, 1990, p.2). 
Outro marco importante é a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948 que foi aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a qual afirma o princípio da não discriminação e proclama o direito de toda pessoa à Educação.
É dentro deste contexto que a educação no Brasil abre um leque de encaminhamento, para assegurar a todos sem discriminação o direito à educação. Diante disso as Constituições Brasileiras, também levaram em consideração os princípios da declaração acima citada. A constituição de 1988 em seu artigo 206, inciso I, se estabelece que haja; "igualdade de condições de acesso e permanência na escola" como um dos princípios para o ensino e aponta como dever do Estado, a oferta do atendimentoeducacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).
Outro aspecto legal que revolucionou a educação dos surdos é a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que cita em seu Artigo 1°; "É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados". 
E ainda define no parágrafo único que; “Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil”.
A lei 10.436 reconhece a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais LIBRAS e com isso seu uso pela comunidade surda ganha apoio do poder e dos serviços públicos. Neste contexto observa-se ainda o Art. 2o. “Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil”. 
Essas e outras leis asseguram o acesso do surdo aos sistemas de ensino, e estabelecem uma forma de educação inclusiva. Reconhece ainda a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), e insere o aluno surdo na rede regular de ensino, estabelecendo uma educação inclusiva para os surdos em sua escolarização básica, garantindo-se a estes alunos, educadores capacitados e a presença do intérprete de libras. 
O intérprete constitui um elemento de suma importância na educação dos surdos, dentro de classes regulares, pois um profissional que atua nesse âmbito deve ser devidamente capacitado para dominar Língua de sinais (LIBRAS), proporcionando aos surdos à oportunidade de receber informações e repassar seu conhecimento.
A educação de surdos atualmente se coloca de forma relativa à inclusão, os alunos surdos de hoje devem estudar em classe regular presentes nas escolas regulares inclusivas. Assim é permitido ao Surdo o acesso à cultura que, por muitos anos, foi-lhe negado. 
Conforme os aspectos descritos acima, diversas discussões referentes à concepção de surdez estão presentes na sociedade há muitos anos, caracterizadas pela disputa teórica sobre possibilidades comunicativas, e sucedidas por modos específicos de se perceber a surdez.
Na atualidade, numa sociedade em constante processo de mudança, percebemos diferentes visões e concepções, mas que veem a pessoa surda como um sujeito capaz e com várias potencialidades. Neste sentido podemos dizer que os avanços trouxeram inúmeros benefícios para a comunidade surda, que antes eram tratados como seres incapazes e castigados por Deus, e atualmente são considerados como parte integrante da sociedade, um ser capaz de exercer qualquer função de forma igualitária. 
10. Apesar de nossa disciplina ser Libras e se referir ao aprendizado desta língua, você estudou outros temas relacionados aos surdos e à surdez. Conhecer a História da Educação de Surdos, as Culturas e as Identidades Surdas; a Legislação e as Políticas Públicas brasileiras referentes à educação de surdos. Apresente pelo menos três razões porque esses conhecimentos são importantes para o futuro professor.
Estamos na era da inclusão escolar, deste modo a escola e todo o seu contexto, incluindo direção, coordenação, e demais funcionários devem estar preparados para receber alunos diferentes, com necessidades educacionais diferentes daquelas que estão comumente adaptados.
Assim o conhecimento acerca das concepções históricas da surdez, faz-se necessário, uma vez que o professor deve ter conhecimento teórico sobre as melhores práticas educativas que se adaptam aos alunos surdos. Deste modo ele pode organizar estratégias, o espaço físico, buscar capacitação dos professores, recursos pedagógicos e tecnológicos; conhecer LIBRAS, e principalmente respeitar seu aluno e recebê-lo de forma humana e acolhedora e incentivar atitudes de respeito, amizade e solidariedade entre todos os alunos.

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