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CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Unidade 3 Sistema Cardiovascular ou Sistema Sanguífero 1. OBJETIVOS Conhecer e descrever o principal órgão (coração) do sistema externamente e internamente. Compreender e identificar a pequena e a grande circulação. Descrever a condução elétrica do coração. 2. CONTEÚDOS O coração e suas estruturas interna e externa. Os revestimentos do coração (pericárdio, miocárdio e endocárdio). As circulações do corpo humano (grande e pequena circulação). CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira As principais arterias e veias do coração e do corpo humano. O automatismo cardíaco ou a condução elétrica do coração. 3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: 1) Nesta unidade estudaremos o conteúdo teórico disponibilizado na sua Sala de Aula Virtual, na qual está sua apostila teórica e as figuras para a sua observação. Para melhor compreensão desse assunto você também poderá ler a obra Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar de Dangelo, J.G. Fattini, C.A. 2) Para a construção do seu conhecimento, é importante que os conceitos e os exemplos sejam analisados e compreendidos, com a finalidade de melhorar o entendimento do texto apresentado. Não deixe dúvidas para trás, elas o impedirão de caminhar com sucesso! 3) Nosso ambiente de comunicação estará permanentemente aberto, por isso, participe a qualquer momento e motive seus colegas na construção colaborativa do conhecimento. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira 4. INTRODUÇÃO À UNIDADE Podemos dividir o sistema Sanguífero anatomicamente nas seguintes partes: Sistema sanguífero propriamente dito (Coração e Artérias e Veias). Sistema Linfático (Órgãos Linfáticos-Linfonodos, vasos linfáticos e troncos linfáticos). Órgãos que produzem as células sanguíneas (Timo, Baço e Medula Óssea). Para estudar esta unidade devemos relacionar a grande e a pequena circulação (onde elas começam onde elas terminam, quais artérias e veias fazem parte delas, qual tipo de sangue passa por elas, venoso ou arterial). Pois na unidade anterior estudamos o aparelho locomotor e ele precisa de nutrientes, oxigênio formação de novas células sanguíneas para o funcionamento correto deste sistema. Bons estudos! 5. O CORAÇÃO O coração é um órgão que apresenta 4 cavidades ocas que são capazes de bombear o sangue para as estruturas corporais, este sistema propulsiona o sangue para todo o corpo humano e permite trocas por todos os sistemas, levando os nutrientes e gases para o meio intersticial de forma apropriada. Essa estrutura apresenta três músculos que formam todo o CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira complexo cardíaco. O coração é subdividido em três tipos de tecido denominados: pericárdio, miocárdio e endocárdio. Para melhor compreensão assista ao vídeo “Cavidades Cardíacas”, disponibilizado a você neste Material Didático. Epicárdio ou Pericárdio Seroso Visceral, uma camada externa fina (mesotélio) formada pela lâmina visceral do pericárdio seroso. Também encontramos o pericárdio fibroso externamente e formando uma parede interna deste pericárdio fibroso, temos o pericárdio seroso parietal, como podemos observar na Figura 1. Figura 1 Pericárdio seroso visceral Miocárdio, uma camada intermediária de tecido muscular com característica cardíaca helicoidal e espessa. Endocárdio, uma camada interna helicoidal e fina, formada por músculo cardíaco (Figura 2). Figura 2 Miocárdio e endocárdio As paredes do coração consistem principalmente em miocárdio espesso, principalmente nos ventrículos. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Quando os ventrículos se contraem, eles produzem um movimento de torção devido à orientação helicoidal dupla das fibras musculares cardíacas (Torrent-Guasp et al., 2001). Este movimento ocorre para que o sangue seja ejetado dos ventrículos, enquanto a camada espiral externa (basal) contrai, movimentos esses que ocorrem em dois sentidos: primeiro estreitando os ventrículos, pela contração do septo interventricular e depois encurtando a musculatura, reduzindo o volume das câmaras ventriculares por desenvolver força e pressão capaz de empurrar o sangue para fora do sistema. A contração sequencial continua da camada espiral interna (apical), alonga o coração, seguida por alargamento enquanto o miocárdio relaxa rapidamente, aumentando o volume das câmaras para retirar sangue dos átrios. As fibras musculares estão fixadas ao esqueleto fibroso do coração. Esta é uma estrutura complexa de colágeno denso de forma quatro anéis fibrosos (L., anuli fibrosi) que circundam os óstios das válvulas, um trigono fibroso direito e outro esquerdo (formados por conexões entre os anéis), e as partes membranáceas dos septos interatrial e interventricular. O esqueleto fibroso do coração: Mantém os ósteos das valvas atrioventriculares e artérias permeáveis impedindo que ocorra uma distenção excessiva do sistema por um aumento do volume de sangue que será bombeado através das câmaras. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Oferece fixação para as válvulas (folhetos) das valvas. Oferece fixação para o miocárdio, que, quando não-espiralado, forma uma faixa miocárdica ventricular contínua que se origina principalmente no anel fibroso da valva do tronco pulmonar e se insere principalmente no anel fibroso da valva da aorta (Torrent-Guasp et al., 2001). Forma um “isolante” elétrico, separando os impulsos conduzidos mioentericamente dos átrios e ventrículos, de forma que estes se contraiam independentemente, circundando e fornecendo passagem para a parte inicial do feixe AV do complexo estimulante do coração. O coração e os grandes vasos da base estão localizados no interior do saco pericárdico e estão localizados posteriormente ao esterno, cartilagens costais e as extremidades anteriores da 3º à 5º costelas do hemicorpo esquerdo. Estas estruturas estão situados de forma obliqua a dois terços para o lado esquerdo e um terço do plano mediano. Se você voltar o rosto para a esquerda cerca de 45º sem girar os ombros, a rotação da sua cabeça é semelhante à rotação do coração em relação ao tronco. Externamente, os átrios são demarcados dos ventrículos pelo sulco coronário ou atrioventricular (L., sulcus), e os ventrículos direito e esquerdo são separados pelos sulcos interventriculares (IV) anterior e CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO:Cecília Beatriz A. Teixeira posterior. O coração se assemelha a uma forma trapezóide em uma vista anterior ou posterior, entretanto ao se olhar em três dimensões nota-se uma formato piramidal, com seu ápice tombado (voltado anteriormente e para esquerda), nota-se também uma base (oposta ao ápice, na maioria das vezes voltada posteriormente) e quatro lados, como podemos visualizar a Figura 3. Figura 3 Base e ápice do coração. O ápice do coração: É formado pela parte ínfero-lateral do ventrículo esquerdo. Situa-se posterior ao 5º espaço intercostal esquerdo em adultos, em geral a aproximadamente 9 cm (a largura de uma mão) do plano mediano. Permanece imóvel durante todo o ciclo cardíaco. Região que apresenta os mais audíveis sons de Korotkoff (batimento do coração). Assista ao vídeo “Coração” que demonstra o ápice do coração. A base do coração: É a face posterior do coração (oposto ao ápice) Região formada pelo átrio esquerdo e uma pequena porção do direito. Encontra-se voltada posteriormente para a região dos corpos CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira vertebrais T6-T9 e encontra-se separadas pelo pericárdio, seio pericárdico oblíquo, esôfago e pela aorta. Acende-se superiormente para a bifurcação do tronco pulmonar e inferiormente até o sulco coronário. Apresenta um local de receptação para as verias pulmonares nos lados direito e esquerdo em sua porção atrial esquerda e as veias cavas superior e inferior no antímero direito localizadas superiormente e inferiormente na parte atrial direita. Face esternocostal (anterior), formada principalmente pelo ventrículo direito. Face diafragmática (inferior), constituída pelo ventrículo esquerdo e parte do ventrículo direito próximo ao tendão central do diafragma. Face pulmonar direita, formada principalmente pelo átrio direito. Face pulmonar esquerda, formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; forma a impressão cardíaca do pulmão esquerdo. Margem direita (ligeiramente convexa), formada pelo átrio direito e estendo-se entre a VCS e VCI. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Margem inferior (oblíqua, quase vertical), formada principalmente pelo ventrículo direito e por pequena parte do ventrículo esquerdo. Margem esquerda (quase horizontal), constituído pelo ventrículo esquerdo e por pequena parte da aurícula esquerda. Margem superior, integrada pelos átrios e aurículas direitos e esquerdos em vista anterior; a aorta ascendente e o tronco. O tronco pulmonar, com aproximadamente cinco cm de comprimento e 3 cm de largura, é a continuação arterial do ventrículo direito e divide-se em artérias pulmonares direita e esquerda. O tronco e as artérias pulmonares conduzem o sangue pouco oxigenado para oxigenação nos pulmões. Átrio direito A região cardíaca situada na porção superior e direita do coração é caracterizada como átrio direito (Figura 4), permitindo que o coração receba sangue venoso (desoxigenado) das veias cavas superiores, inferiores e seio coronário. Ao visualizar a morfologia desta estrutura pelo lado externo, nota-se uma região com aparência similar a uma orelha, formada por bolsa muscular cônica que se origina no átrio direito permitindo a construção de uma câmara extra para aumentar a capacidade do átrio, esta estrutura é denominada aurícula direita, ilustrada na Figura 5. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Figura 4 Átrio direito Figura 5 Aurícula direita O átrio direito é constituído de uma parte posterior lisa, com paredes finas (seio das veias cavas), construindo um ponto de canalização para receber o sangue provindo das veias cavas e o seio coronariano. A região anterior do átrio direito é constituída por músculos pectíneos, caracterizando a expressão rugosa encontrada na estrutura. Abaixo desta região, encontra-se um osteo atrioventricular localizado para facilitar a passagem do sangue desoxigenado para o ventrículo direito. As regiões lisas e ásperas encontradas na região atrial são separadas por: sulco vertical superficial (externamente), crista terminal (internamente). Estas estruturas apresentam esta morfologia uma vez que a veia cava superior converge-se para a região superior do átrio direito sobre a região da 3ª cartilagem costal direita. Por outro lado a veia cava inferior desemboca na porção inferior do átrio direito próximo da 5ª cartilagem costal, jogando o sangue de encontro ao da veia cava superior. Outra estrutura fundamental na região do átrio direito é denominada óstio do seio coronário, esta estrutura anatômica é uma receptora das veias cardíacas, e encontra-se entre o óstio atriventricular e a veia cava inferior. Finalmente para realizar a CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira divisão entre os átrios, encontra-se uma parede denominada septo interatrial com uma depressão oval caracterizada pelo seu tamanho próximo da impressão digital de um polegar definida como fossa oval (L., fossa ovalis) que se desenvolve a partir do forame oval (L. forame ovale) encontradas nos fetos (Figura 6). Figura 6 Estruturas do átrio direito Assista ao vídeo explicativo sobre o “Átrio Direito”. Isso lhe auxiliará no seu entendimento. Ventrículo direito A estrutura localizada inferiormente ao átrio direito, é denominada ventrículo direito, pela sua distribuição, a estrutura receber o sangue desoxigenado advindo do óstio atrioventricular direito (localizado sobre o esterno ao nível do 4º a 5º espaço costal), esta região é responsável por preencher a maior porção da face esternocostal do coração, margem inferior do coração e pequena área na face diafragmática, como podemos observar na Figura 7. Ao visualizar a parte superior do ventrículo direito do coração é possível notar uma região caracterizada como cone arterial (infundíbulo), local que se encontra a porção visível do tronco pulmonar. Nesta região do cone arterial, ao se visualizar por um corte transversal, nota-se uma união de quatro ósteos: atriventriculares direito/esquerdo, CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira do tronco pulmonar e aórtico. Estas estruturas são circundadas por anéis fibrosos formando o esqueleto fibroso do coração, estrutura que permite a manutenção constante da luz do vaso “calibre” (permitindo a dilatação similar a até três pontas dos dedos advindas de pressão variada). Figura 7 Ventrículo direito Além das funções apresentadas do esqueleto fibroso, ele também tem a importante função de servir como inserção ao redor dos ósteos atrioventriculares para as valvas atrioventriculares. As valvas são estruturas importantes para o funcionamento da mecânica cardíaca e são semelhantes a paraquedas, apresentando cordas fixas denominadas cordas tendíneas. As cordas são estruturas que saem do ápice dos músculos papilares, apresentam uma morfologia cônica e vão se inserir nas válvulas.Os músculos papilares por sua vez ao unirem-se as cordas tendíneas realiza sua função de forma antecipada a contração do ventrículo direito, fato este que possibilita manter uma tensão nas cordas e concomitantemente mantem certa força sobre as válvulas impedindo que as mesmas entrem em prolapso (abrir para dentro do átrio direito) gerada pelo aumento de pressão existente nos ventrículos. Observe a Figura 8: Figura 8 Estruturas do ventrículo direito CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Finalmente dentre as estruturas do ventrículo direito, encontra-se no plano mediano do coração uma espessa estrutura muscular membranácea denominada septo interventricular (SIV), esta estrutura é importante, pois além de realizar a divisão entre os dois ventrículos permite manter as pressões equilibradas dentro do coração, mantendo o sangue em seu respectivo trajeto. Para facilitar seu entendimento sobre esse assunto, assista ao vídeo “Ventrículo Direito” O átrio direito se contrai quando o ventrículo esta vazio e relaxado; assim, o sangue é forçado a passar através desse orifício para o ventrículo direito, afastando como cortinas as válvulas da valva atrioventricular direita. O sangue apresenta um caminho dentro do átrio direito advindo da porção posterior da estrutura, indo para o ventrículo para sair pelo tronco pulmonar localizado na porção superior e a esquerda da câmara, realizando uma trajetória em “U” modificando sua trajetória a 140º. O óstio de entrada (AV) e o óstio de saída (pulmonar) estão distantes aproximadamente 2cm. Átrio esquerdo A estrutura morfológica localizada na região superior e esquerda do coração responsável por constituir a maior parte da base do coração é denominada átrio esquerdo, estrutura que é composta pelas veias pulmonares: direita e esquerda. No embrião, há apenas uma veia pulmonar (Figura 9) comum, e também somente um tronco pulmonar. A parede desta veia e de quatro de suas tributárias foram incorporadas à parede do CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira átrio esquerdo, da mesma forma que o seio venoso foi incorporado ao átrio direito. A parte da parede derivada da veia pulmonar embrionária tem paredes lisas. Com a função de aumentar o tamanho do átrio esquerdo a aurícula esquerda (Figura 9) é constituída por tecido muscular denominado músculos pectíneos que são caracterizados pela sua forma tubular constituindo espaços chamados trabéculas. Representa aos remanescentes da parte esquerda do átrio primordial (Moore e Persaud, 2003). O átrio esquerdo, assim como o direito apresenta a fosse oval e diferencia-se por enviar o sangue oxigenado provindo dos pulmões para o ventrículo esquerdo. Figura 9 Aurícula esquerda Ventrículo esquerdo Esta estrutura torna-se fundamental por constituir grande parte da face esquerda, face diafragmática, margem esquerda e ápice do coração. Como a pressão arterial é muito maior na circulação sistêmica do que na circulação pulmonar, esta região passa ser mais exigida pelo coração comparada ao seu ventrículo contralateral. Veja a Figura 10: Figura 10 Ventrículo squerdo CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Ao se visualizar a região interna do ventrículo esquerdo encontram-se importantes estruturas morfológicas que são: O endocárdio da região ventricular esquerda apresenta-se mais desenvolvido (espesso) quando comparado ao ventrículo contralateral. A câmara (cavidade) do ventrículo esquerdo, encontra-se mais alongada e cônica por necessitar realizar mais foça que o ventrículo direito. O tecido muscular anterior e posterior dos músculos papilares anteriores e posteriores são mais desenvolvidos em comparação ao ventrículo contralateral. O ventrículo esquerdo apresenta uma importante característica que se dá pela sua valva atrioventricular esquerda (mitral) – Ilustrada na Figura 11, contendo apenas duas válvulas em comparação ao ventrículo direito contendo três válvulas. Figura 11 Valva mitral A valva mitral é uma importante estrutura do ventrículo esquerdo, recebendo este adjetivo por sua morfologia ser similar a mitra usada por bispos (chapéu), esta estrutura apresenta-se próximo da quarta cartilagem costal. Os músculos e suas cordas sustentam a valva atrioventricular esquerda, permitindo que a válvulas resistam à pressão desenvolvida CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira durante a contrações (bombeamento) do ventrículo esquerdo. Este permite que o sangue realize uma mudança na direção de um ângulo reto para uma modificação de 180º que permitira a sua saída na artéria aorta. Válvulas da aorta e do tronco pulmonar Diferente do sistema de válvulas apresentados até o momento, as que são encontradas na região do tronco pulmonar e aorta são desprovidas de cordas tendíneas, são menores e em formato côncavo quando vistas superiormente sendo similar a um bolso quando ela encontra-se fechada. Esta configuração existente apresenta-se presente pela menor pressão gerada sobre essas estruturas em comparação aos ventrículos. A pressão exercida sobre este sistema é importante por ser o mecanismo capaz de fechar as válvulas durante a diástole, tendo em vista que a pressão ventricular é transferida para aorta em menor intensidade, porem levando o sangue de volta para o coração. Entre a válvula semilunar e a parede das artérias encontram-se espaços denominados seios e o seio da aorta permite a abertura de dois osteos que permitiram a origem das principais artérias coronarianas que irão irrigar todo o coração. Vascularização e inervação do coração O sistema cardíaco é uma estrutura muscular que também necessita de vascularização e inervação, sendo suprido e inervado (respectivamente) pelas artérias coronarianas, veias CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira cardíacas e controles simpáticos e parassimpáticos do sistema nervoso periférico. Entretanto existe uma região do coração que não há necessidade de vascularização feita por artérias e veias, a região do endocárdio (tecido subendocárdico) recebe oxigênio e nutrientes diretamente por difusão sanguínea. Suprimento arterial do coração As artérias coronárias são estruturas advindas dos primeiros ramos da aorta e vascularizam o miocárdio e epicárdio. As artérias coronárias suprem os átrios e os ventrículos; entretanto, os ramos atriais geralmente são pequenos e não são facilmente observados no coração de cadáver. A distribuição ventricular de cada artéria coronária não é bem delimitada. A primeira artéria que podemos verificar no coração é denominada artéria coronária direita (ACD) esta estrutura parte do seio da aorta direito, indo para lado direito do tronco pulmonar sobre o sulco coronário. A ACD ao passar do lado direito e estar sobre o sulco coronário ramifica-se no ramo marginal direito, esta estrutura permite vascularizar toda a margem direita do coração em sentido ápice. Após emitireste ramo, a ACD vira para a esquerda e continua o sulco coronário ate a face posterior do coração. O domínio da artéria coronária direta é mais comum (aproximadamente 67%); a artéria coronária direta dá origem ao grande ramo interventricular posterior, que desce no sulco CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira IV posterior em direção ao ápice do coração. Esta estrutura anatômica vasculariza ambos os ventrículos e permite que se crie os ramos interventriculares septais perfurantes que irão ficar nas regiões dos sulcos interventriculares. Assim, no padrão mais comum de distribuição, a ACD supre a face diafragmática do coração. Resumindo, nota-se que a ACD ira vascularizar: Porções do ventrículo direito. Átrio direito. Porções do ventrículo esquerdo. Nó sinoatrial (60% da população mundial). Terço posterior do septo interventricular. Nó atrioventricular (80% da população mundial). No lado esquerdo do coração, encontra-se outras artérias sendo a principal a artéria coronária esquerda (ACE) que também se origina no seio da aorta e passa ir ao lado esquerdo do coração pelo sulco coronariano ramificando-se em ramo interventricular anterior e ramo circunflexo. O ramo circunflexo da ACE, menor, segue o sulco coronário ao redor da margem esquerda do coração ate a sua face posterior. A artéria marginal esquerda, um ramo do ramo circunflexo, segue a margem esquerda do coração e supre o ventrículo esquerdo. Na maioria das vezes, o ramo circunflexo da ACE termina no sulco coronário na face posterior do coração, antes de chegar à cruz, mas em aproximadamente um terço dos CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira corações continua como um ramo que segue dentro do sulco IV posterior ou adjacente a ele. Normalmente, a ACE supre O átrio esquerdo. A maior parte do ventrículo esquerdo. Parte do ventrículo direito. A maior parte do SIV (geralmente seus dois terços anteriores), incluindo o feixe AV do complexo estimulante do coração, através de seus ramos IV septais perfurantes. O nó SA (em aproximadamente 40% das pessoas). Variações das Artérias Coronárias é comum haver variações nos padrões de ramificação e distribuição das artérias coronárias. No padrão dominante direito mais comum, presente em aproximadamente 67% das pessoas, a ACD e a ACE compartilham aproximadamente igualmente o suprimento sanguíneo do coração. Em aproximadamente 15% dos corações, a ACE é dominante porque o ramo IV posterior é um ramo da artéria circunflexa. Há co-dominância em aproximadamente 18% das pessoas, nas quais os ramos da artérias coronárias direita e esquerda chegam à cruz e dão origem a ramos que seguem no sulco IV posterior ou próximo dele. Algumas pessoas possuem apenas uma artéria coronária. Em outras pessoas, o ramo circunflexo origina-se do seio da aorta direito. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Aproximadamente 4% das pessoas têm uma artéria coronária acessória. Circulação Colateral Coronariana Os ramos das artérias coronárias geralmente são considerados artérias terminais, artérias que suprem regiões do miocárdio que não possuem anastomoses suficientes com outros grandes ramos para manter a viabilidade do tecido caso haja oclusão. Entretanto, há anastomose entre ramos das artérias coronárias, subepicárdicos ou miocárdicos, e entre estas artérias e os vasos extracardíacos, como os vasos torácicos (Williams ET al., 1995). Existem anastomoses entre as terminações das artérias coronárias direita e esquerda no sulco coronário e entre os ramos IV ao redor do ápice em aproximadamente 10% dos corações de aparentemente normais. Provavelmente há possibilidade de desenvolvimento dessa circulação colateral na maioria dos corações, se não em todos. Drenagem venosa do coração O coração é drenado principalmente por veias que se abrem no seio coronário e parcialmente por pequenas veias que drenam para o átrio direito. O seio coronário, a principal veia do coração, é um canal venoso largo que segue da esquerda para a direita na parte posterior do sulco coronário. O seio coronário recebe a veia cardíaca magna em sua extremidade esquerda e a veia interventricular posterior e veias cardíacas parvas em sua extremidade direita. A veia posterior do ventrículo esquerdo e a veia marginal esquerda também se abrem no seio coronário. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Drenagem linfática do coração Os vasos linfáticos no miocárdio e no tecido conjuntivo subendocárdico seguem até o plexo linfático subepicárdico. Os vasos desse plexo seguem ate o sulco coronário e seguem as artérias coronárias. Um único vaso linfático, formado pela união de vários vasos provenientes do coração, ascende entre o tronco pulmonar e o átrio esquerdo e termina nos linfonodos traqueobrônquicos inferiores, geralmente no lado direito. A veia cardíaca magna é a principal tributária do seio coronário. Sua primeira parte (veia interventricular anterior) começa perto do ápice do coração e ascende como o ramo IV anterior da ACE. No sulco coronário, vira-se para a esquerda, e sua segunda parte segue ao redor do lado esquerdo do coração com o ramo circunflexo da ACE para chegar ao seio coronário. (Aqui esta havendo uma situação incomum: o sangue está fluindo na mesma direção em um par formado por artéria e veia!) A veia cardíaca magna drena as áreas do coração supridas pela ACE. A veia IV posterior acompanha o ramo interventricular posterior (geralmente originado da ACD), e uma veia cardíaca parva acompanha o ramo marginal direito da ACD. Assim, estas duas veias drenam a maior parte das áreas comumente supridas pela ACD. A veia oblíqua do átrio esquerdo (de Marshall) é um vaso pequeno, relativamente sem importância após o nascimento, que desce sobre a parede posterior do átrio esquerdo e funde-se à veia cardíaca magna para formar o seio coronário (definindo o início do seio). A veia oblíqua é o remanescente da VCS esquerda embrionária, que CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira geralmente atrofia durante o período fetal, mas algumas vezes persiste em adultos, substituindo ou aumentando a VCS direita (Moore e Persaud, 2003). Algumas veias cardíacas não drenam através do seio coronário. Algumas veias anteriores do ventrículo direito começam sobre a face anterior do ventrículo direito, cruzam sobre o sulco coronário e, em geral, terminam diretamente no átrio direito; algumas vezes elas entram na veia cardíaca parva. As veias cardíacas mínimas (L., venae cordis minimae) são pequenos vasos que começam nos leitos capilares do miocárdio e se abrem diretamente nas câmaras do coração, principalmente os átrios. Embora sejam denominadas veias, são comunicações sem válvulas com os leitos capilares do miocárdio e podem conduzir sangue das câmaras cardíacas para o miocárdio. Complexo Estimulante do Coração na seqüência comum de eventos no ciclo cardíaco,o átrio e o ventrículo trabalham juntos como uma bomba de cada lado do coração. O complexo estimulante do coração, que coordena o ciclo cardíaco, consiste em células musculares cardíacas e fibras condutoras altamente especializadas para iniciar os impulsos e conduzi-los rapidamente através do coração. O tecido do nó inicia o batimento cardíaco e coordena as contrações das quatro câmaras do coração. O nó sinoatrial (SA) está localizado ântero-lateralmente, logo abaixo do epicárdio, na junção da VCS com o átrio direito, perto da extremidade superior do sulco terminal. O nó SA – uma CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira pequena coleção de tecido nodal, fibras musculares cardíacas especializadas e tecido conjuntivo fibroelástico associado – é o marca passo do coração. O nó SA inicia e controla os impulsos para contração, produzindo um impulso aproximadamente 70 vezes por minuto na maioria das pessoas. O sinal de contração do nó SA propaga-se miogenicamente (através da musculatura) de ambos os átrios. O nó SA é suprido pela artéria do nó sinoatrial, que geralmente surge como um ramo atrial da ACD (em 60% das pessoas), mais pode se originar da ACE (em 40%). O nó SA é estimulado pela parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso para acelerar a freqüência e é inibido pela divisão parassimpática para retornar ou aproxima-se de sua freqüência basal. O nó atrioventricular (AV) é um conjunto de tecido nodal menor que o nó SA. O nó AV esta localizado na região póstero- inferior do septo interatrial, perto da abertura do seio coronário. O sinal gerado pelo nó SA atravessa as paredes do átrio direito, propagado pelo músculo cardíaco (condução miogênica), que transmite o sinal rapidamente do nó SA para o nó AV então distribui o sinal para os ventrículos através do fascículo AV. A estimulação simpática acelera a condução, e a estimulação parassimpática a torna mais lenta. O fascículo AV, a única ponte entre o miocárdio atrial e ventricular, segue do nó AV através do esqueleto fibroso do coração isolante e ao longo das partes membranácea do SIV. Na junção das partes membranácea e muscular do septo, o fascículo AV divide-se em ramos direito e esquerdo. Esses CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira ramos prosseguem de casa lado do SIV muscular, profundamente ao endocárdico, e depois se dividem em ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje), que se estendem até as paredes dos respectivos ventrículos. Os ramos subendocárdicos do ramo direito estimulam o músculo do SIV, o músculo papilar anterior através das trabéculas septomarginais (bandas moderadoras) e a parede do ventrículo direito. O ramo esquerdo divide-se perto de sua origem em aproximadamente seis tratos menores, que dão origem a ramos subendocárdicos que estimulam o SIV, os músculos papilares anteriores e posteriores, e a parede do ventrículo esquerdo. O nó AV é suprido pela artéria do nó AV, o maior e geralmente o primeiro ramo IV posterior, um ramo da ACD em 80% das pessoas. Assim, o suprimento arterial para os nós SA e AV geralmente provém da ADC. Entretanto, o fascículo AV atravessa o centro do SIV, cujos dois terços anteriores são supridos pelos ramos do SIV do ramo IV anterior da ACE. A geração e a condução de impulsos pode ser resumida da seguinte forma: O nó SA inicia um impulso que é rapidamente conduzido para as fibras musculares cardíacas nos átrios, causando sua contração. O impulso propaga-se por condução miogênica, que transmite rapidamente o impulso do nó SA para o nó AV. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira O sinal e distribuído do nó AV através do fascículo AV e seus ramos (os ramos direito e esquerdo), que seguem de cada lado do SIV para suprir os ramos subendocárdicos para os músculos papilares e as paredes dos ventrículos. Inervação do Coração O coração é suprido por fibras nervosas autônomas do plexo cardíaco, que freqüentemente é artificialmente dividido em partes superficial e profunda. Esta rede nervosa na maioria das vezes esta situada na face anterior da bifurcação da traquéia (uma estrutura respiratória), pois é observada com maior frequência na dissecção após remoção da parte ascendente da aorta e da bifurcação do tronco pulmonar. Entretanto, sua relação primária é com a face posterior das duas ultimas estruturas (cardiovasculares), principalmente a parte ascendente da aorta. O plexo cardíaco é formado por fibras são distribuídas ao longo e para os vasos coronários e para componentes do complexo estimulante, particularmente o nó SA. O suprimento simpático provém das fibras pré-sinápticas, com corpos celulares nas colunas celulares intermediolaterais (IML) dos cinco ou seis segmentos torácicos superiores da medula espinal, e fibras simpáticas pós-sinápticas, com corpos celulares nos gânglios para vertebrais cervicais e torácicos superiores dos troncos simpáticos. As fibras pós-sinápticas atravessam os nervos esplâncnicos cardiopulmonares e o plexo cardíaco para terminarem nos nós SA e AV e em relação às CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira terminações das fibras parassimpáticas nas artérias coronárias. A estimulação simpática causa aumento da freqüência cardíaca; condução de impulsos; força de contração; e, ao mesmo tempo, aumento do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários para sustentar o aumento da atividade. A estimulação adrenérgica do nó SA e do tecido condutor aumenta a freqüência de despolarização das células marca-passo enquanto aumenta a condução atrioventricular. A estimulação adrenérgica direta pelas fibras nervosas simpáticas, assim como a estimulação indireta pelas fibras nervosas simpáticas, assim como a estimulação indireta pelos hormônios supra-renais (adrenais) aumenta a contratilidade atrial e a ventricular. A maioria dos receptores adrenérgicos nos vasos sanguíneos coronários consiste em receptores β² que, quando ativados, causam relaxamento (ou talvez inibição) do músculo liso vascular e, portanto, dilatação das artérias (Wilson-Pauwels et al., 1997). Isso envia mais oxigênio e nutrientes para o miocárdio durante períodos de atividade aumentada. O suprimento parassimpático provém das fibras pré- sinápticas dos nervos vagos. Os corpos das células parassimpáticas pós-sinápticas (gânglios intrínsecos) estão localizados na parede atrial e no septo interatrial próximo dos nós SA e AV e ao longo das artérias coronárias. A estimulação parassimpática lentifica a freqüência cardíaca, reduz a força da contração e contrai as artérias coronárias, poupando energia entre períodos de maior demanda. As fibras parassimpáticas pós-sinápticas liberam acetilcolina, que se liga aos receptores CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira muscarímicos para reduzir as freqüências de despolarização das células marca-passo e a condução atrioventricular, e diminuir a contratilidade atrial. Mediastino superior O mediastinosuperior situa-se superiormente ao plano transverso do tórax, que atravessa o ângulo do esterno e a junção (disco IV) das vértebras T4 e T5. Em direção ântero- posterior, o conteúdo do mediastino superior é: Timo. Grandes vasos, com as veias (veias braquiocefálica e VCS) anteriores às artérias (arco da aorta e as raízes de seus principais ramos – tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda) e nervos relacionados (nervos vago e frênico e o plexo cardíaco de nervos). A continuação inferior das vísceras cervicais (traquéia anteriormente e esôfago posteriormente) e nervos relacionados (nervo laríngeo recorrente esquerdo). Ducto torácico e troncos linfáticos. Para resumir ordenadamente, as principais estruturas do mediastino superior, em sentido ântero-posterior, são timo, veias, artérias, via aérea, canal alimentar e troncos linfáticos. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Timo O timo, um órgão linfóide primário, está localizado na parte inferior do pescoço e na parte anterior do mediastino superior. Situa-se posteriormente ao manúbrio e estende-se para o mediastino anterior, anteriormente ao pericárdio fibroso. Após a puberdade, o timo sofre involução gradual e é amplamente substituído por gordura. O rico suprimento arterial do timo provém principalmente dos ramos intercostais anteriores e mediastinais anteriores das artérias torácicas internas. As veias do timo terminam nas veias braquiocefálica esquerda, torácica interna e tireóidea inferior. Os vasos linfáticos do timo terminam nos linfonodos paraesternais, braquiocefálicos e traqueobrônquicos. Grandes Vasos As veias braquiocefálicas são formadas posteriormente às articulações esternoclaviculares (EC) pela união das veias jugular interna e subclávia. No nível da margem inferior da 1ª cartilagem costal direita, as veias braquiocéfalicas unem-se para formar a VCS. A veia braquiocefálica esquerda tem comprimento maior que o dobro da veia direita, porque passa do lado esquerdo para o lado direito; passando sobre as faces anteriores das raízes dos três principais ramos do arco da aorta. Desvia sangue da cabeça, do pescoço e membro superior esquerdo para o átrio direito. A veia cava superior, ilustrada na Figura 12, reconduz o sangue de todas as estruturas superiores ao diafragma, exceto CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira os pulmões e o coração. Segue inferiormente e termina no nível 3ª cartilagem costal, aonde entra no átrio direito do coração. A VCS situa-se no lado direito mediastino superior, ântero-lateral à traquéia e póstero-lateral à parte ascendente da aorta. O nervo frênico direito situa-se entre a VCS e a pleura mediastinal. A metade terminal da VCS situa-se no mediastino médio, aonde será ao lado da parte ascendente da aorta e forma o limite posterior do seio transverso do pericárdico. Figura 12 Veia cava superior A parte ascendente da aorta, observada na Figura 13, com aproximadamente 2,5cm de diâmetro, começa no óstio da aorta. Seus únicos ramos são as artérias coronárias, que tem origem nos seios da aorta (discutindo em “Valvas do tronco Pulmonar e da Aorta”).A parte ascendente da aorta é intrapericárdica; por essa razão e como está situada inferior ao plano transverso do tórax, é considerada pertencente ao mediastino médio (parte do mediastino inferior). Figura 13 Artéria aorta O arco da aorta (arco aórtico), a continuação curva da parte ascendente da aorta, começa posterior à 2ª articulação esternocostal (EC) direita no nível do ângulo do esterno, curva- se superior e posteriormente para a esquerda, e depois inferiormente. O arco da aorta ascende anterior à artéria pulmonar direita e à bifurcação da traquéia, atingindo seu ápice CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira no lado esquerdo da traquéia e do esôfago, enquanto passa sobre a raiz do pulmão esquerdo. O arco desce posterior à raiz do pulmão no lado esquerdo do corpo da vértebra T4. O arco da aorta termina tornando-se a parte torácica da aorta posterior à 2ª articulação esternocostal esquerda. O arco da veia ázigo ocupa uma posição correspondente no lado direito da traquéia sobre a raiz do pulmão direito, embora seu conteúdo esteja fluindo na direção oposta. O ligamento arterial, o remanescente do ducto arterial fetal, segue da raiz da artéria pulmonar esquerda até a superfície inferior do arco da aorta. Os ramos habituais do arco da aorta são o tronco braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. O tronco braquiocefálico, o primeiro e maior ramo do arco da aorta, origina-se posterior ao manúbrio, onde é anterior à traquéia e posterior à veia braquiocefálica esquerda. Ascende súpero-lateralmente para atingir o lado direito da traquéia e a articulação EC direita, aonde se divide nas artérias carótida comum direita e subclávia direita. A artéria carótida comum esquerda, o segundo ramo do arco da aorta, origina-se posterior ao manúbrio, ligeiramente posterior e à esquerda do tronco braquiocefálico. Ascende anterior à artéria subclávia esquerda e inicialmente situa-se anterior à traquéia e depois à sua esquerda. Entra no pescoço seguindo posterior à articulação EC esquerda. A artéria subclávia esquerda, o terceiro ramo do arco, origina-se da parte posterior do arco da aorta, imediatamente posterior à artéria carótida comum esquerda. Ascende lateral à CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira traquéia e à artéria carótida comum esquerda através do mediastino superior; não emite ramos no mediastino. Quando sai do tórax e entra na raiz do pescoço, passa posterior à articulação EC esquerda. Nervos do mediastino superior Os nervos vagos saem do crânio e descem através do pescoço póstero-laterais às artérias carótidas comuns. Cada nervo entra no mediastino superior posterior à respectiva articulação EC e veia braquiocefálica. O nervo vago direito entra no tórax anterior à artéria subclávia direita, onde dá origem ao nervo laríngeo recorrente direito. Este nervo passa ao redor da artéria subclávia direita e ascende entre a traquéia e o esôfago para suprir a laringe. O nervo vago direito segue póstero- inferiormente através do mediastino superior no lado direito da traquéia. Em seguida, passa posterior à veia braquiocefálica direita, VCS e raiz do pulmão direito. Aqui, divide-se em muitos ramos, que contribuem para o plexo pulmonar direito. Em geral, o nervo vago direito deixa este plexo como um único nervo e segue até o esôfago, onde se divide novamente e envia fibras para o plexo nervoso esofágico. O nervo vago direito também dá origem a nervos que contribuem para o plexo cardíaco. O nervo vago esquerdo desce no pescoço posterior à artéria carótida comum esquerda. Entra no mediastino entre a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. Quando chega ao lado esquerdo do arco da aorta, o nervo CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRIVERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira diverge posteriormente do nervo frênico esquerdo. É separado lateralmente do nervo frênico pela veia intercostal superior esquerda. Quando o nervo vago esquerdo curva-se medialmente na margem inferior do arco da aorta emite o nervo laríngeo recorrente esquerdo. Este nervo segue inferior ao arco da aorta, imediatamente lateral ao ligamento arterial, e ascende até a laringe no sulco entre a traquéia e o esôfago. O nervo vago esquerdo segue posterior à raiz do pulmão esquerdo, onde se divide em muitos ramos que contribuem para o plexo pulmonar esquerdo. O nervo deixa este plexo como um único tronco e segue até o esôfago, onde se junta às fibras do nervo vago direito no plexo nervoso esofágico. Os nervos frênicos suprem o diafragma com fibras motoras e sensitivas, e estas últimas contribuem para aproximadamente um terço das fibras nervosas. Os nervos frênicos também enviam fibras sensitivas para o pericárdio e a pleura mediastinal. Cada nervo entra no mediastino superior entre as artéria subclávia e a origem da veia braquiocefálica. O fato de que os nervos frênicos seguem anteriores às raízes dos pulmões é uma forma importante de distingui-los dos nervos vagos, que seguem posteriores às raízes. O nervo frênico direito segue ao longo do lado direito da veia braquiocefálica direita, da VCS e do pericárdio sobre o átrio direito. Também segue anterior à raiz do pulmão direito e desce no lado direito da VCI até o diafragma, que perfura perto da abertura da cava. O nervo frênico esquerdo desce entre as artérias subclávia e carótida comum esquerdas. Cruza a superfície esquerda do arco da aorta CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira anterior ao nervo vago esquerdo e passa sobre a veia intercostal superior esquerda. Depois, desce anterior à raiz do pulmão esquerdo e segue ao longo do pericárdio fibroso, superficial ao átrio e ventrículo esquerdo do coração, onde perfura o diafragma à esquerda do pericárdio. A maior parte da ramificação dos nervos frênicos distribuída para o diafragma ocorre na sua face inferior (abdominal). Traqueia A traqueia desce anterior ao esôfago e entra no mediastino superior, inclinando-se um pouco para a direita do plano mediano. A face posterior da traquéia é plana no local onde se está em contanto com o esôfago. A traquéia termina no nível do ângulo do esterno, dividindo-se nos brônquios principais direito e esquerdo. A traquéia termina acima do nível do coração e não é um componente do mediastino posterior. Esôfago O esôfago é um tubo fibromuscular que se estende da faringe até o estômago. Entra no mediastino superior entre a traquéia e a coluna vertebral, onde situa-se anterior aos corpos das vértebras T1-T4. Geralmente é achatado ântero- posteriormente. Inicialmente, inclina-se para a esquerda, mas é empurrada de volta para o plano mediano pelo arco da orta. Em seguida, é comprimindo anteriormente pela raiz do pulmão esquerdo. No mediastino superior, o ducto torácico geralmente se situa no lado esquerdo do esôfago, profundamente (medial) CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira ao arco da aorta. Inferior ao arco, o esôfago inclina-se novamente para a esquerda, enquanto se aproxima e atravessa o hiato esofágico no diafragma. Mediastino posterior O mediastino posterior (a parte posterior do mediastino inferior) está localizado inferior ao plano transverso do tórax, anterior às vértebras T5-T12, posterior ao pericárdico e ao diafragma e entre a pleura parietal dos dois pulmões. O mediastino posterior contém a parte torácica da aorta, o ducto torácico e troncos linfáticos, linfonodos mediastinais posteriores, as veias ázigo e hemiázigo, o esôfago e plexo nervoso esofágico. Alguns autores também incluem os troncos simpáticos torácicos e os nervos esplâncnicos torácicos; entretanto, essas estruturas situam-se laterais aos corpos vertebrais e não estão dentro do compartimento ou espaço mediastinal posterior propriamente dito. Parte torácica da aorta A parte da aorta é a continuação do arco da aorta. Começa no lado esquerdo da margem inferior do corpo da vértebra T4 e desce no mediastino posterior nos lados esquerdos das vértebras T5-T12. Enquanto desce, aproxima-se do plano mediano e desloca o esôfago para a direita. O plexo aórtico torácico, uma rede nervosa autônoma, a circunda. A parte torácica da aorta situa-se posterior à raiz do pulmão esquerdo, pericárdico e esôfago. A parte torácica da aorta CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira termina (com uma mudança de nome para parte abdominal da aorta) anterior à margem inferior da vértebra T12 e entra no abdome através do hiato aórtico no diafragma. O ducto torácico e a veia ázigo ascendem em seu lado direito e a acompanham através desse hiato. Em um padrão que será mais evidente no abdome, os ramos da parte descendente da aorta se originam e seguem dentro dos três “planos vasculares”. Um plano mediano anterior de ramos viscerais ímpares para o intestino e seus derivados. Planos laterais de ramos viscerais pares que servem outras vísceras, além do intestino e de seus derivados. Plano póstero-laterias de ramos parietais, segmentos, pares, da parede do corpo. No tórax, os ramos viscerais ímpares do plano vascular anterior são as artérias esofágicas – geralmente duas, mas até cinco. Os ramos viscerais pares do plano lateral são representados no tórax pelas artérias brônquicas. Embora as artérias brônquicas direita e esquerda possam originar-se diretamente da aorta, na maioria das vezes apenas as artérias brônquicas esquerdas pares o fazem, as direitas originando-se indiretamente como ramos de uma artéria intercostal posterior direita (geralmente a 3). Os ramos parietais pares da parte torácica da aorta que se originam póstero-lateralmente são as CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira nove artérias intercostais superiores e as artérias subcostais. Estes últimos vasos originam-se da parte torácica da aorta, mas seguem abaixo do diafragma. Apresentam-se em série com as artérias intercostais posteriores. As exceções a este padrão incluem Artérias frênicas superiores, ramos parietais pares que seguem ântero-lateralmente até a face superior do diafragma (que, na verdade, estão voltadas posteriormente nesse nível devido à convexidade do diafragma), onde se anastomosam com os ramos musculofrênico e pericardiofrênico da artéria torácica interna. Ramos pericárdicos, ramos ímpares que se originam anteriormente, mas, em vez de seguirem para o intestino, enviam ramos para o pericárdio. O linfonodos e outros tecidos do mediastino posterior. Esôfago O esôfago desde do mediastino superior para o mediastino posterior, seguindo posterior e depois à direita do arco da aorta, e posterior ao pericárdio e átrio esquerdo. O esôfago é a relação posterior primária da base do coração. Em seguida, desvia-se para a esquerda e atravessa o hiato esofágico no diafragma no nível da vértebra T10, anterior à aorta. O esôfago pode ter três impressões, ou “contrições”, em sua partetorácica. Estas podem ser observadas como estreitamentos da CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira luz em radiografias de tórax oblíquas feitas durante a deglutição de bário. O esôfago é comprimido por três estruturas: (1) o arco da aorta, (2) o brônquio principal esquerdo e (3) o diafragma. As duas primeiras são muito próximas; a primeira é mais evidente em uma radiografia póstero-anterior (PA) após ingestão de bário, e a última é mais evidente em vistas laterais. Não há constrições visíveis no esôfago vazio; entretanto, ao se expandir durante o enchimento, as estruturas observadas comprimem suas paredes. Ducto torácico e troncos linfáticos No mediastino posterior, o ducto torácico situa-se na face anterior dos corpos torácico conduz a maior parte da linfa do corpo para o sistema venoso, aquele dos membros superior esquerdo; e lado esquerdo do tórax, da cabeça e do pescoço – isto é, com exceção do quadrante superior direito. O ducto torácico origina-se da cisterna do quilo (L., cisterna chyli) no abdome e ascende através do hiato aórtico do diafragma. O ducto torácico geralmente tem paredes finas e é branco fosco; freqüentemente é semelhante a um colar de contas, devido às suas muitas válvulas. Ascende no mediastino posterior entre a parte torácica da aorta à sua esquerda, a veia ázigo à sua direita, o esôfago anteriormente e os corpos vertebrais posteriormente. No nível da vértebra T4, T5 ou T6, o ducto torácico cruza para o lado esquerdo, posterior ao esôfago, e ascende até o mediastino superior. O ducto torácico recebe ramos dos espaços intercostais médios e superiores de ambos CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira os lados, através de vários troncos coletores. Também recebe ramos das estruturas do mediastino posterior. Próximo de sua extremidade, frequentemente recebe os troncos linfáticos jugular, subclávio e broncomediastinal (emmbora qualquer um desses vasos ou todos eles possam terminar independentemente). O ducto torácico geralmente drena para o sistema venoso perto da união das veias jugular interna e subclávia esquerdas – o ângulo venoso esquerdo ou a origem da veia braquiocefálica esquerda –, mas pode se abrir na veia subclávia esquerda. Vasos e linfonodos do mediastino posterior A parte torácica da aorta e seus ramos foram discutidos anteriormente neste capitulo. Os linfonodos mediastinais posteriores situam-se posteriores ao pericárdico, onde estão relacionados ao esôfago e à parte torácica da aorta. Existem vários linfonodos posteriores à parte torácica da aorta. Existem vários linfonodos posteriores à parte inferior do esôfago e mais (até oito) anteriores e laterais a ele. Os linfonodos mediastinais posteriores recebem linfa do esôfago, da face posterior do pericárdio e do diafragma, e dos espaços intercostais posteriores médios. Eles drenam para os ângulos venosos direito ou esquerdo, través do ducto linfático direito ou do ducto torácico. O sistema venoso ázigo, de cada lado da coluna vertebral, drena as paredes do dorso e tóraco-abdominais, bem como as vísceras do mediastino. O sistema ázigo apresenta grande CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira variação em relação a origem, trajeto, tributárias e anastomoses. A veia ázigo (G., azygos, ímpar) e sua principal tributária, a veia hemiázigo, geralmente se originam nas “raízes” oriundas da face posterior da VCI e/ou veia renal, respectivamente, que se fundem com as veias lombares ascendentes. A veia ázigo forma uma via colateral entre a VCS e a VCI e drena sangue das paredes posteriores do tórax e abdome. Ascende no mediastino posterior, passando perto das faces direitas dos corpos das 8 vértebras torácicas inferiores. Curva-se sobre a face superior da raiz do pulmão direito para se unir à VCS, semelhante à forma como o arco da aorta passa sobre a raiz do pulmão esquerdo. Além das veias intercostais posteriores, a veia ázigo comunica-se com os plexos venosos vertebrais que drenam o dorso, as vértebras e as estruturas no canal vertebral. A veia ázigo também recebe as veias mediastinais, esofágicas e brônquicas. A veia hemiázigo origina-se no lado esquerdo pelas junção das veia subcostal esquerda e lombar ascendente. Ascende no lado esquerdo da coluna vertebral, posterior à parte torácica da aorta, até a vértebra T9. Aqui, cruza para a direita, posterior à aorta, ao ducto torácico e esôfago, e se une à veia ázigo. A veia hemiázigo recebe as três veias intercostais posteriores inferiores, as veias esofágicas inferiores e várias pequenas veias mediastinais. A veia hemiázigo acessória começa na extremidade medial do 4º ou 5º espaço intercostal e desce no lado esquerdo CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira da coluna vertebral de T5 e T8. Recebe tributárias das veias nos 4º-8º espaços intercostais e de algumas vezes as veias brônquicas esquerdas. Cruza sobre a vértebra T7 ou T8, posterior à parte torácica da aorta e ao ducto torácico, unindo- se à veia hemiázigo e drena com ela na veia ázigo. A veia hemiázigo acessória freqüentemente está ligada à veia intercostal superior esquerda. A veia intercostal superior esquerda, que drena os 1º-3º espaços intercostais, pode comunicar-se com a veia hemiázigo acessória; entretanto, drena principalmente para a veia braquiocefálica esquerda. Nervos do mediastino posterior Os troncos simpáticos e seus gânglios associados formam uma importante parte da divisão autônoma do sistema nervoso. Os troncos simpáticos torácicos estão em continuidade com os troncos simpáticos cervicais e lombares. Os troncos torácicos estão situados contra as cabeças das costelas na parte superior do tórax, as articulações costovertebrais no nível torácico médio e as laterais dos corpos vertebrais na parte inferior do tórax. Os nervos esplâncnicos torácicos inferiores – também conhecidos como nervos esplâncnicos maior, menor e imo – são parte dos nervos esplâncnicos abdominopélvicos, porque suprem vísceras inferiores ao diafragma. Consistem em fibras pré-sinápticas do 5º ao 12º gânglios simpáticos, que atravessam o diafragma e fazem sinapse nos gânglios pré-vertebrais do abdome. São responsáveis pela inervação simpática da maior parte das vísceras abdominais. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira Mediastino anterior O mediastino anterior, a menor subdivisão do mediastino, situa-se entre o corpo do esterno e os músculos transversos do tórax e o posteriormente. É contínuo com o mediastino superior no ângulo do esterno e é limitado inferiormente pelo diafragma. O mediastino anterior é formado por tecido conjuntivo frouxo (ligamento esternopericárdicos), gordura, vasos linfáticos, alguns linfonodos e ramos dos vasos torácicos internos. Em lactentes e crianças, o mediastino anterior contém a parte inferior do timo. Em casos incomuns, este órgão linfóide pode estender-se até o nível das 4ª cartilagens costais. RadiografiaO estudo radiológico mais comum do tórax é a projeção póstero-anterior (PA), que produz uma radiografia PA. O radiologista ou técnico coloca a face anterior do tórax do paciente encostada no detector de raios X ou chassi e roda os ombros anteriormente para afastar as escápulas das partes superiores dos pulmões. A pessoa inspira profundamente e prende a respiração. A inspiração profunda causa descida das cúpulas diafragmáticas, enchendo os pulmões de ar (aumentando sua radiotransparência) e levando as partes costodiafragmáticas dos pulmões para os recessos costodiafragmáticos. Uma radiografia PA, que é examinada como se você estivesse de frente para o paciente (uma vista Antero-posterior [AP]), é uma combinação das imagens produzidas pelos tecidos CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira moles e ossos da parede torácica. Os tecidos moles, incluindo as mamas, formam sombras de densidades variáveis dependendo da sua composição e espessura. Paralelas às margens superiores das clavículas há sombras lançadas pela pele e pelos tecidos subcutâneos que cobrem estes ossos. As clavículas, costelas e vértebras cervicais inferiores e torácicas superiores são visíveis. Em radiografias PA, a maioria das costelas é claramente visível contra o fundo dos pulmões relativamente transparentes. As costelas inferiores tendem a ser encobertas pelo diafragma e pelo conteúdo superior do abdome, dependendo da fase da respiração em que foi feita a radiografia. Em geral, apenas as margens laterais do manúbrio são visíveis nessas projeções. As vértebras torácicas inferiores são mais encobertas pelo esterno e mediastino. Raramente, podem ser vistas costelas cervicais, costelas ausentes, costelas bifurcadas e costelas fundidas. Algumas vezes, as cartilagens costais estão calcificadas em pessoas idosas (principalmente as cartilagens inferiores). Nas projeções PA, as cúpulas direita e esquerda do diafragma são separadas pelo centro tendíneo, que é encoberto pelo coração. A cúpula direita do diafragma, formada pelo fígado subjacente, geralmente é meio espaço intercostal mais alta do que a cúpula esquerda. Os pulmões, devido à sua baixa densidade, são relativamente transparentes em comparação com as estruturas adjacentes. Os pulmões apresentam uma radiodensidade semelhante àquela do ar e, portanto, produzem um par de áreas radiotransparentes. Nas projeções PA, os pulmões são obscurecidos inferiormente às cúpulas do CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira diafragma e anterior e posteriormente ao mediastino. As artérias pulmonares são visíveis no hilo de cada pulmão. Os vasos intrapulmonares têm calibres ligeiramente maiores nos lobos inferiores. Cortes transparentes e paredes finas. As áreas encobertas em projeções PA geralmente são visíveis em radiografia laterais. Em projeções laterais, as vértebras torácicas médias inferiores são visíveis, embora sejam parcialmente encobertas pelas costelas. As três do esterno também são visíveis. As radiografias laterais permitem melhor visualização de uma lesão ou anomalia limitada a um lado do tórax. Em uma projeção lateral, as duas cúpulas do diafragma freqüentemente são visíveis quando se curvam superiormente a partir do esterno. A radiografia lateral é feita usando-se uma projeção lateral, com face do tórax no chassi ou detector de raios X e os membros superiores elevados sobre a cabeça. O coração forma a maior parte da sombra radiopaca central em projeções PA, mas não é possível distinguir as câmaras cardíacas individualmente. É importante conhecer as estruturas que formam a silhueta cardiovascular, porque alterações nesta silhueta podem indicar anomalias ou doença funcional. Em radiografias PA (vista AP), as margens da silhueta cardiovascular são: Margem direita, veia braquiocefálica direita, VCS, átrio direito e VCI Margem esquerda, parte terminal do arco da aorta (botão aórtico), tronco pulmonar, aurícula esquerda e ventrículo esquerdo. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira A parte inferior esquerda da silhueta cardiovascular representa a região do ápice. O ápice anatômico típico, se presente, a frequentemente situa-se inferior à imagem do diafragma. Existem três tipos principais de silhuetas cardiovasculares, que dependem basicamente do biótipo: Tipo oblíquo, característico da maioria das pessoas. Tipo vertical, presente em pessoas com tórax estreito. Artérias As artérias conduzem o sangue que sai do coração e distribuem-no para o corpo. O sangue atravessa artérias de calibre decrescente. Os vários tipos de artérias são diferenciados com base no tamanho geral, na quantidade relativa de tecido elástico ou muscular na túnica média, na espessura da parede em relação à luz, e na função. O tamanho e o tipo da artéria formam um continuum – isto é, há mudança gradual das características morfológicas de um tipo para o outro. Existem três tipos de artérias. As grandes artérias elásticas (artérias condutoras) possuem muitas camadas elásticas (lâminas de fibras elásticas) em suas paredes. Inicialmente, essas grandes artérias recebem o débito cardíaco. Sua elasticidade permite que se expandam quando o coração contrai (quando recebem o débito cardíaco), minimizando a mudança de pressão, e retornem ao tamanho normal entre as contrações CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira cardíacas, empurrando o sangue para as médias artérias a jusante. Isso mantém a pressão arterial no sistema arterial entre as contrações cardíacas (no momento em que a pressão ventricular cai e zero). Em geral, isso minimiza o declínio da pressão arterial quando o coração contrai e relaxa. Exemplos de grandes artérias elásticas são a aorta, as artérias que se originam no arco da aorta (tronco braquiocefálico, artéria subclávia e artéria carótida), e tronco e artérias pulmonares As artérias musculares médias (artérias distribuidoras) têm paredes constituídas principalmente por fibras musculares lisas dispostas de forma circular. Sua capacidade de reduzir seu diâmetro (vasoconstrição) controla o fluxo sanguíneo para diferentes partes do corpo, conforme exigido pela circunstância (por ex., atividade, termorregulação). As contrações pulsáteis de suas paredes musculares (independentemente do diâmetro atual) contraem suas luzes de forma temporária e rítmica em seqüência progressiva, propelindo e distribuindo o sangue para várias partes do corpo. A maioria das artérias que recebem nomes, incluindo aquelas observadas na parede do corpo e nos membros durante a dissecção, como as artérias braquial ou femoral, consiste em artérias musculares médias. CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira As pequenas artérias e arteríolas possuem luzes relativamente estreitas e paredes musculares espessas. O grau de enchimento dos leitos capilares e o nível da pressão arterial no sistema vascular são controlados principalmente pelo tônusdo músculo lido das paredes arteríolas. Se o tônus for maior que o normal, ocorre hipertensão (aumento da pressão arterial). As pequenas artérias geralmente não possuem nomes nem identificação especial durante a dissecação, e as arteríolas só podem ser observadas sob ampliação. As anastomoses (comunicações) entre os múltiplos ramos de uma artéria oferecem vários possíveis desvios para o fluxo sanguíneo em caso de obstrução do trajeto habitual por compressão, pela posição de uma articulação, patologia ou ligadura cirúrgica. Se um canal principal for ocluído, os canais opcionais menores geralmente podem aumentar de tamanho em um período relativamente curto, proporcionando uma circulação colateral que garante o suprimento sanguíneo para estruturas distais à obstrução. Entretanto, as vias colaterais exigem tempo para se abrirem adequadamente; geralmente são insuficientes para compensar a súbita oclusão ou ligadura. Porém, há áreas em que não há circulação colateral, ou em que esta é inadequada para substituir o canal principal. As artérias que não se anastomosam com as artérias adjacentes são artérias anatômicas ou terminais verdadeiras. A oclusão de CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira uma artéria terminal interrompe o suprimento sanguíneo para a estrutura ou segmento de um órgão que supre. As artérias terminais verdadeiras suprem a retina, por exemplo, na qual a oclusão resultará em cegueira. Embora não sejam artérias terminais verdadeiras, as artérias terminais funcionais (artérias com anastomoses ineficazes) suprem segmentos do encéfalo, do fígado, dos rins, do baço e dos intestinos; também podem ser encontradas no coração. Veias As veias geralmente reconduzem o sangue desoxigenado (venoso) dos leitores capilares para o coração, o que confere às veias uma aparência azul-escura. As grandes veias pulmonares são atípicas porque conduzem sangue bem oxigenado (comumente denominado “sangue arterial”) dos pulmões para o coração. Devido à menor pressão sanguínea no sistema venoso, as paredes (especificamente, a túnica média) das veias são mais finas que as das artérias acompanhantes. Normalmente, as veias não pulsam e não ejetam nem jorram sangue quando seccionadas. Existem três tamanhos de veias: As vênulas são as menores veias. As vênulas drenam os leitos capilares e se unem a vasos semelhantes par formar pequenas veias. É necessário ampliação para observar as vênulas. As pequenas veias são tributárias de veias maiores que se unem para formar plexos venosos, como o CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira arco venoso dorsal do pé. As pequenas veias não recebem nome. As veias médias drenam plexos venosos e acompanham as artérias médias. Nos membros e em alguns outros locais onde a força da gravidade se opõe ao fluxo sanguíneo em direção ao coração, mas não na direção inversa. Os exemplos de veias médias incluem as veias superficiais que recebem nomes (veias cefálicas e basílica do membro superior e as veias safenas magna e parva do membro inferior) e as veias acompanhantes que recebem o mesmo nome da artéria que acompanham. As grandes veias são caracterizadas por largos feixes de músculo liso longitudinal e uma túnica adventícia bem desenvolvida. Um exemplo é a veia cava superior. As veias são mais abundantes do que as artérias. Embora suas paredes sejam mais finas, seus diâmetros geralmente são maiores que aqueles da artéria correspondente. As paredes finas permitem que as veias tenham uma grande capacidade de expansão, e se expandem quando o retorno do sangue para o coração é impedido por compressão ou pressões internas (por ex., após inspirar profundamente e prender a respiração; isto é a manobra de valsalva). Como as artérias e veias formam um circuito, poder-se-ia esperar que metade do volume sanguíneo CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira estivesse nas artérias e metade nas veias, mas devido ao maior diâmetro e à capacidade de expansão das veias, habitualmente apenas 20% do sangue ocupam as artérias, enquanto 80% se encontram nas veias. Embora frequentemente sejam representadas nas ilustrações como veias isoladas para simplificar, as veias tendem a ser duplas ou múltiplas. Aquelas que acompanham as artérias profundas – veias acompanhantes (L., venae comitantes) – circundam-nas em uma rede com ramificações irregulares. Esta disposição serve como trocador de calor em contracorrente, com o sangue arterial morno aquecendo o sangue venoso mais frio em seu retorno de uma extremidade fria para o coração. As veias acompanhantes ocupam uma bainha vascular fascial relativamente rígida com a artéria que acompanham. Consequentemente, são distendidas e achatadas quando a artéria se expande durante a contração do coração, o que ajuda a conduzir o sangue venoso para o coração – uma bomba arteriovenosa. As veias sistêmicas são mais variáveis do que as artérias, e as anastomoses venosas – comunicações naturais, diretas ou indiretas, entre duas veias – são mais freqüentes entre elas. A expansão externa dos ventres musculosos esqueléticos que se contraem nos membros, limitada pela fáscia muscular, comprime as veias, “ordenhando” o sangue para cima em direção ao coração; outro tipo (músculo-venoso) de bomba venosa. As válvulas das veias interrompem as colunas de sangue, assim aliviando a pressão nas partes mais baixas, CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira permitindo que o sangue venoso flua apenas em direção ao coração. A congestão venosa presente nos pés quentes e cansados no fim de um dia de trabalho é aliviada repousando-se os pés sobre um banco mais alto que o tronco. Essa posição dos pés também ajuda no retorno venoso dos sangue para o coração. Capilares sanguíneos Para o oxigênio e os nutrientes conduzidos pelas artérias beneficiem as células que formam os tecidos do corpo, devem deixar os vasos transportadores e entrar no espaço extravascular entre as células, o espaço extracelular (intercelular) no qual vivem as células. Os capilares são tubos endoteliais simples que unem os lados arterial e venoso da circulação e permitem a troca de materiais com o líquido extracelular (LEC) ou intersticial. Os capilares geralmente são organizados em leitos capilares, redes que unem as arteríolas e as vênulas. O sangue entra nos leitos capilares através das arteríolas que controlam o fluxo e é drenado pelas vênulas. À medida que a pressão hidrostática nas arteríolas força a entrada e a passagem do sangue no leito capilar, também força a saída de líquido contendo oxigênio, nutrientes e outros materiais do sangue na extremidade arterial do leito capilar (a montante) para os espaços extracelulares, permitindo a troca com células do tecido adjacente. Porém, as paredes capilares são relativamente impermeáveis às proteínas plasmáticas. A jusante, na extremidade venosa do leito, a maior parte desse CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI VERSÃO – UNIDADE 1 PREPARAÇÃO:
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