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CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE 
DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL 
AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI 
VERSÃO – UNIDADE 1 
PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira 
 
Unidade 3 
Sistema 
Cardiovascular ou 
Sistema Sanguífero 
 
1. OBJETIVOS 
 Conhecer e descrever o principal órgão (coração) 
do sistema externamente e internamente. 
 Compreender e identificar a pequena e a grande 
circulação. 
 Descrever a condução elétrica do coração. 
2. CONTEÚDOS 
 O coração e suas estruturas interna e externa. 
 Os revestimentos do coração (pericárdio, 
miocárdio e endocárdio). 
 As circulações do corpo humano (grande e 
pequena circulação). 
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DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL 
AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI 
VERSÃO – UNIDADE 1 
PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira 
 
 As principais arterias e veias do coração e do corpo 
humano. 
 O automatismo cardíaco ou a condução elétrica do 
coração. 
 
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir: 
1) Nesta unidade estudaremos o conteúdo teórico 
disponibilizado na sua Sala de Aula Virtual, na qual está 
sua apostila teórica e as figuras para a sua observação. 
Para melhor compreensão desse assunto você também 
poderá ler a obra Anatomia Humana Sistêmica e 
Segmentar de Dangelo, J.G. Fattini, C.A. 
2) Para a construção do seu conhecimento, é importante 
que os conceitos e os exemplos sejam analisados e 
compreendidos, com a finalidade de melhorar o 
entendimento do texto apresentado. Não deixe dúvidas 
para trás, elas o impedirão de caminhar com sucesso! 
3) Nosso ambiente de comunicação estará 
permanentemente aberto, por isso, participe a qualquer 
momento e motive seus colegas na construção 
colaborativa do conhecimento. 
 
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VERSÃO – UNIDADE 1 
PREPARAÇÃO: Cecília Beatriz A. Teixeira 
 
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE 
Podemos dividir o sistema Sanguífero anatomicamente 
nas seguintes partes: 
 Sistema sanguífero propriamente dito (Coração e 
Artérias e Veias). 
 Sistema Linfático (Órgãos Linfáticos-Linfonodos, 
vasos linfáticos e troncos linfáticos). 
 Órgãos que produzem as células sanguíneas (Timo, 
Baço e Medula Óssea). 
Para estudar esta unidade devemos relacionar a grande e 
a pequena circulação (onde elas começam onde elas terminam, 
quais artérias e veias fazem parte delas, qual tipo de sangue 
passa por elas, venoso ou arterial). Pois na unidade anterior 
estudamos o aparelho locomotor e ele precisa de nutrientes, 
oxigênio formação de novas células sanguíneas para o 
funcionamento correto deste sistema. 
Bons estudos! 
5. O CORAÇÃO 
O coração é um órgão que apresenta 4 cavidades ocas que 
são capazes de bombear o sangue para as estruturas corporais, 
este sistema propulsiona o sangue para todo o corpo humano e 
permite trocas por todos os sistemas, levando os nutrientes e 
gases para o meio intersticial de forma apropriada. Essa 
estrutura apresenta três músculos que formam todo o 
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VERSÃO – UNIDADE 1 
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complexo cardíaco. O coração é subdividido em três tipos de 
tecido denominados: pericárdio, miocárdio e endocárdio. 
 
Para melhor compreensão assista ao vídeo “Cavidades Cardíacas”, disponibilizado a você neste 
Material Didático. 
 
 Epicárdio ou Pericárdio Seroso Visceral, uma 
camada externa fina (mesotélio) formada pela 
lâmina visceral do pericárdio seroso. Também 
encontramos o pericárdio fibroso externamente e 
formando uma parede interna deste pericárdio 
fibroso, temos o pericárdio seroso parietal, como 
podemos observar na Figura 1. 
 
Figura 1 Pericárdio seroso visceral 
 Miocárdio, uma camada intermediária de tecido 
muscular com característica cardíaca helicoidal e 
espessa. 
 Endocárdio, uma camada interna helicoidal e fina, 
formada por músculo cardíaco (Figura 2). 
 
Figura 2 Miocárdio e endocárdio 
 
As paredes do coração consistem principalmente em 
miocárdio espesso, principalmente nos ventrículos. 
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Quando os ventrículos se contraem, eles produzem um 
movimento de torção devido à orientação helicoidal dupla das 
fibras musculares cardíacas (Torrent-Guasp et al., 2001). Este 
movimento ocorre para que o sangue seja ejetado dos 
ventrículos, enquanto a camada espiral externa (basal) contrai, 
movimentos esses que ocorrem em dois sentidos: primeiro 
estreitando os ventrículos, pela contração do septo 
interventricular e depois encurtando a musculatura, reduzindo 
o volume das câmaras ventriculares por desenvolver força e 
pressão capaz de empurrar o sangue para fora do sistema. A 
contração sequencial continua da camada espiral interna 
(apical), alonga o coração, seguida por alargamento enquanto o 
miocárdio relaxa rapidamente, aumentando o volume das 
câmaras para retirar sangue dos átrios. As fibras musculares 
estão fixadas ao esqueleto fibroso do coração. Esta é uma 
estrutura complexa de colágeno denso de forma quatro anéis 
fibrosos (L., anuli fibrosi) que circundam os óstios das válvulas, 
um trigono fibroso direito e outro esquerdo (formados por 
conexões entre os anéis), e as partes membranáceas dos septos 
interatrial e interventricular. O esqueleto fibroso do coração: 
 
 Mantém os ósteos das valvas atrioventriculares e 
artérias permeáveis impedindo que ocorra uma 
distenção excessiva do sistema por um aumento 
do volume de sangue que será bombeado através 
das câmaras. 
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 Oferece fixação para as válvulas (folhetos) das 
valvas. 
 Oferece fixação para o miocárdio, que, quando 
não-espiralado, forma uma faixa miocárdica 
ventricular contínua que se origina principalmente 
no anel fibroso da valva do tronco pulmonar e se 
insere principalmente no anel fibroso da valva da 
aorta (Torrent-Guasp et al., 2001). 
 Forma um “isolante” elétrico, separando os 
impulsos conduzidos mioentericamente dos átrios 
e ventrículos, de forma que estes se contraiam 
independentemente, circundando e fornecendo 
passagem para a parte inicial do feixe AV do 
complexo estimulante do coração. 
 
O coração e os grandes vasos da base estão localizados no 
interior do saco pericárdico e estão localizados posteriormente 
ao esterno, cartilagens costais e as extremidades anteriores da 
3º à 5º costelas do hemicorpo esquerdo. Estas estruturas estão 
situados de forma obliqua a dois terços para o lado esquerdo e 
um terço do plano mediano. 
Se você voltar o rosto para a esquerda cerca de 45º sem 
girar os ombros, a rotação da sua cabeça é semelhante à 
rotação do coração em relação ao tronco. Externamente, os 
átrios são demarcados dos ventrículos pelo sulco coronário ou 
atrioventricular (L., sulcus), e os ventrículos direito e esquerdo 
são separados pelos sulcos interventriculares (IV) anterior e 
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posterior. O coração se assemelha a uma forma trapezóide em 
uma vista anterior ou posterior, entretanto ao se olhar em três 
dimensões nota-se uma formato piramidal, com seu ápice 
tombado (voltado anteriormente e para esquerda), nota-se 
também uma base (oposta ao ápice, na maioria das vezes 
voltada posteriormente) e quatro lados, como podemos 
visualizar a Figura 3. 
 
Figura 3 Base e ápice do coração. 
O ápice do coração: 
 É formado pela parte ínfero-lateral do ventrículo 
esquerdo. 
 Situa-se posterior ao 5º espaço intercostal 
esquerdo em adultos, em geral a 
aproximadamente 9 cm (a largura de uma mão) do 
plano mediano. 
 Permanece imóvel durante todo o ciclo cardíaco. 
 Região que apresenta os mais audíveis sons de 
Korotkoff (batimento do coração). Assista ao vídeo 
“Coração” que demonstra o ápice do coração. 
A base do coração: 
 É a face posterior do coração (oposto ao ápice) 
 Região formada pelo átrio esquerdo e uma 
pequena porção do direito. Encontra-se voltada 
posteriormente para a região dos corpos 
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vertebrais T6-T9 e encontra-se separadas pelo 
pericárdio, seio pericárdico oblíquo, esôfago e pela 
aorta. 
 Acende-se superiormente para a bifurcação do 
tronco pulmonar e inferiormente até o sulco 
coronário. 
 Apresenta um local de receptação para as verias 
pulmonares nos lados direito e esquerdo em sua 
porção atrial esquerda e as veias cavas superior e 
inferior no antímero direito localizadas 
superiormente e inferiormente na parte atrial 
direita. 
 Face esternocostal (anterior), formada 
principalmente pelo ventrículo direito. 
 Face diafragmática (inferior), constituída pelo 
ventrículo esquerdo e parte do ventrículo direito 
próximo ao tendão central do diafragma. 
 Face pulmonar direita, formada principalmente 
pelo átrio direito. 
 Face pulmonar esquerda, formada principalmente 
pelo ventrículo esquerdo; forma a impressão 
cardíaca do pulmão esquerdo. 
 Margem direita (ligeiramente convexa), formada 
pelo átrio direito e estendo-se entre a VCS e VCI. 
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 Margem inferior (oblíqua, quase vertical), formada 
principalmente pelo ventrículo direito e por 
pequena parte do ventrículo esquerdo. 
 Margem esquerda (quase horizontal), constituído 
pelo ventrículo esquerdo e por pequena parte da 
aurícula esquerda. 
 Margem superior, integrada pelos átrios e 
aurículas direitos e esquerdos em vista anterior; a 
aorta ascendente e o tronco. O tronco pulmonar, 
com aproximadamente cinco cm de comprimento 
e 3 cm de largura, é a continuação arterial do 
ventrículo direito e divide-se em artérias 
pulmonares direita e esquerda. O tronco e as 
artérias pulmonares conduzem o sangue pouco 
oxigenado para oxigenação nos pulmões. 
Átrio direito 
A região cardíaca situada na porção superior e direita do 
coração é caracterizada como átrio direito (Figura 4), 
permitindo que o coração receba sangue venoso 
(desoxigenado) das veias cavas superiores, inferiores e seio 
coronário. Ao visualizar a morfologia desta estrutura pelo lado 
externo, nota-se uma região com aparência similar a uma 
orelha, formada por bolsa muscular cônica que se origina no 
átrio direito permitindo a construção de uma câmara extra para 
aumentar a capacidade do átrio, esta estrutura é denominada 
aurícula direita, ilustrada na Figura 5. 
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Figura 4 Átrio direito 
Figura 5 Aurícula direita 
 O átrio direito é constituído de uma parte 
posterior lisa, com paredes finas (seio das veias 
cavas), construindo um ponto de canalização para 
receber o sangue provindo das veias cavas e o seio 
coronariano. 
 A região anterior do átrio direito é constituída por 
músculos pectíneos, caracterizando a expressão 
rugosa encontrada na estrutura. Abaixo desta 
região, encontra-se um osteo atrioventricular 
localizado para facilitar a passagem do sangue 
desoxigenado para o ventrículo direito. 
 
As regiões lisas e ásperas encontradas na região atrial são 
separadas por: sulco vertical superficial (externamente), crista 
terminal (internamente). Estas estruturas apresentam esta 
morfologia uma vez que a veia cava superior converge-se para a 
região superior do átrio direito sobre a região da 3ª cartilagem 
costal direita. Por outro lado a veia cava inferior desemboca na 
porção inferior do átrio direito próximo da 5ª cartilagem costal, 
jogando o sangue de encontro ao da veia cava superior. Outra 
estrutura fundamental na região do átrio direito é denominada 
óstio do seio coronário, esta estrutura anatômica é uma 
receptora das veias cardíacas, e encontra-se entre o óstio 
atriventricular e a veia cava inferior. Finalmente para realizar a 
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divisão entre os átrios, encontra-se uma parede denominada 
septo interatrial com uma depressão oval caracterizada pelo 
seu tamanho próximo da impressão digital de um polegar 
definida como fossa oval (L., fossa ovalis) que se desenvolve a 
partir do forame oval (L. forame ovale) encontradas nos fetos 
(Figura 6). 
 
Figura 6 Estruturas do átrio direito 
 
Assista ao vídeo explicativo sobre o “Átrio Direito”. Isso lhe auxiliará no seu entendimento. 
 
Ventrículo direito 
A estrutura localizada inferiormente ao átrio direito, é 
denominada ventrículo direito, pela sua distribuição, a estrutura 
receber o sangue desoxigenado advindo do óstio 
atrioventricular direito (localizado sobre o esterno ao nível do 
4º a 5º espaço costal), esta região é responsável por preencher 
a maior porção da face esternocostal do coração, margem 
inferior do coração e pequena área na face diafragmática, como 
podemos observar na Figura 7. Ao visualizar a parte superior do 
ventrículo direito do coração é possível notar uma região 
caracterizada como cone arterial (infundíbulo), local que se 
encontra a porção visível do tronco pulmonar. Nesta região do 
cone arterial, ao se visualizar por um corte transversal, nota-se 
uma união de quatro ósteos: atriventriculares direito/esquerdo, 
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do tronco pulmonar e aórtico. Estas estruturas são circundadas 
por anéis fibrosos formando o esqueleto fibroso do coração, 
estrutura que permite a manutenção constante da luz do vaso 
“calibre” (permitindo a dilatação similar a até três pontas dos 
dedos advindas de pressão variada). 
 
Figura 7 Ventrículo direito 
Além das funções apresentadas do esqueleto fibroso, ele 
também tem a importante função de servir como inserção ao 
redor dos ósteos atrioventriculares para as valvas 
atrioventriculares. As valvas são estruturas importantes para o 
funcionamento da mecânica cardíaca e são semelhantes a 
paraquedas, apresentando cordas fixas denominadas cordas 
tendíneas. As cordas são estruturas que saem do ápice dos 
músculos papilares, apresentam uma morfologia cônica e vão se 
inserir nas válvulas.Os músculos papilares por sua vez ao unirem-se as cordas 
tendíneas realiza sua função de forma antecipada a contração 
do ventrículo direito, fato este que possibilita manter uma 
tensão nas cordas e concomitantemente mantem certa força 
sobre as válvulas impedindo que as mesmas entrem em 
prolapso (abrir para dentro do átrio direito) gerada pelo 
aumento de pressão existente nos ventrículos. Observe a Figura 
8: 
Figura 8 Estruturas do ventrículo direito 
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Finalmente dentre as estruturas do ventrículo direito, 
encontra-se no plano mediano do coração uma espessa 
estrutura muscular membranácea denominada septo 
interventricular (SIV), esta estrutura é importante, pois além de 
realizar a divisão entre os dois ventrículos permite manter as 
pressões equilibradas dentro do coração, mantendo o sangue 
em seu respectivo trajeto. Para facilitar seu entendimento sobre 
esse assunto, assista ao vídeo “Ventrículo Direito” 
O átrio direito se contrai quando o ventrículo esta vazio e 
relaxado; assim, o sangue é forçado a passar através desse 
orifício para o ventrículo direito, afastando como cortinas as 
válvulas da valva atrioventricular direita. O sangue apresenta 
um caminho dentro do átrio direito advindo da porção posterior 
da estrutura, indo para o ventrículo para sair pelo tronco 
pulmonar localizado na porção superior e a esquerda da 
câmara, realizando uma trajetória em “U” modificando sua 
trajetória a 140º. O óstio de entrada (AV) e o óstio de saída 
(pulmonar) estão distantes aproximadamente 2cm. 
Átrio esquerdo 
A estrutura morfológica localizada na região superior e 
esquerda do coração responsável por constituir a maior parte 
da base do coração é denominada átrio esquerdo, estrutura que 
é composta pelas veias pulmonares: direita e esquerda. No 
embrião, há apenas uma veia pulmonar (Figura 9) comum, e 
também somente um tronco pulmonar. A parede desta veia e 
de quatro de suas tributárias foram incorporadas à parede do 
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átrio esquerdo, da mesma forma que o seio venoso foi 
incorporado ao átrio direito. A parte da parede derivada da veia 
pulmonar embrionária tem paredes lisas. Com a função de 
aumentar o tamanho do átrio esquerdo a aurícula esquerda 
(Figura 9) é constituída por tecido muscular denominado 
músculos pectíneos que são caracterizados pela sua forma 
tubular constituindo espaços chamados trabéculas. Representa 
aos remanescentes da parte esquerda do átrio primordial 
(Moore e Persaud, 2003). O átrio esquerdo, assim como o 
direito apresenta a fosse oval e diferencia-se por enviar o 
sangue oxigenado provindo dos pulmões para o ventrículo 
esquerdo. 
 
 
Figura 9 Aurícula esquerda 
Ventrículo esquerdo 
Esta estrutura torna-se fundamental por constituir grande 
parte da face esquerda, face diafragmática, margem esquerda e 
ápice do coração. Como a pressão arterial é muito maior na 
circulação sistêmica do que na circulação pulmonar, esta região 
passa ser mais exigida pelo coração comparada ao seu 
ventrículo contralateral. Veja a Figura 10: 
 
Figura 10 Ventrículo squerdo 
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Ao se visualizar a região interna do ventrículo esquerdo 
encontram-se importantes estruturas morfológicas que são: 
 O endocárdio da região ventricular esquerda 
apresenta-se mais desenvolvido (espesso) quando 
comparado ao ventrículo contralateral. 
 A câmara (cavidade) do ventrículo esquerdo, 
encontra-se mais alongada e cônica por necessitar 
realizar mais foça que o ventrículo direito. 
 O tecido muscular anterior e posterior dos 
músculos papilares anteriores e posteriores são 
mais desenvolvidos em comparação ao ventrículo 
contralateral. 
 O ventrículo esquerdo apresenta uma importante 
característica que se dá pela sua valva 
atrioventricular esquerda (mitral) – Ilustrada na 
Figura 11, contendo apenas duas válvulas em 
comparação ao ventrículo direito contendo três 
válvulas. 
Figura 11 Valva mitral 
 
A valva mitral é uma importante estrutura do ventrículo 
esquerdo, recebendo este adjetivo por sua morfologia ser 
similar a mitra usada por bispos (chapéu), esta estrutura 
apresenta-se próximo da quarta cartilagem costal. Os músculos 
e suas cordas sustentam a valva atrioventricular esquerda, 
permitindo que a válvulas resistam à pressão desenvolvida 
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durante a contrações (bombeamento) do ventrículo esquerdo. 
Este permite que o sangue realize uma mudança na direção de 
um ângulo reto para uma modificação de 180º que permitira a 
sua saída na artéria aorta. 
Válvulas da aorta e do tronco pulmonar 
Diferente do sistema de válvulas apresentados até o 
momento, as que são encontradas na região do tronco 
pulmonar e aorta são desprovidas de cordas tendíneas, são 
menores e em formato côncavo quando vistas superiormente 
sendo similar a um bolso quando ela encontra-se fechada. Esta 
configuração existente apresenta-se presente pela menor 
pressão gerada sobre essas estruturas em comparação aos 
ventrículos. A pressão exercida sobre este sistema é importante 
por ser o mecanismo capaz de fechar as válvulas durante a 
diástole, tendo em vista que a pressão ventricular é transferida 
para aorta em menor intensidade, porem levando o sangue de 
volta para o coração. Entre a válvula semilunar e a parede das 
artérias encontram-se espaços denominados seios e o seio da 
aorta permite a abertura de dois osteos que permitiram a 
origem das principais artérias coronarianas que irão irrigar todo 
o coração. 
Vascularização e inervação do coração 
O sistema cardíaco é uma estrutura muscular que também 
necessita de vascularização e inervação, sendo suprido e 
inervado (respectivamente) pelas artérias coronarianas, veias 
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cardíacas e controles simpáticos e parassimpáticos do sistema 
nervoso periférico. Entretanto existe uma região do coração que 
não há necessidade de vascularização feita por artérias e veias, 
a região do endocárdio (tecido subendocárdico) recebe oxigênio 
e nutrientes diretamente por difusão sanguínea. 
Suprimento arterial do coração 
As artérias coronárias são estruturas advindas dos 
primeiros ramos da aorta e vascularizam o miocárdio e 
epicárdio. As artérias coronárias suprem os átrios e os 
ventrículos; entretanto, os ramos atriais geralmente são 
pequenos e não são facilmente observados no coração de 
cadáver. A distribuição ventricular de cada artéria coronária não 
é bem delimitada. 
A primeira artéria que podemos verificar no coração é 
denominada artéria coronária direita (ACD) esta estrutura parte 
do seio da aorta direito, indo para lado direito do tronco 
pulmonar sobre o sulco coronário. 
A ACD ao passar do lado direito e estar sobre o sulco 
coronário ramifica-se no ramo marginal direito, esta estrutura 
permite vascularizar toda a margem direita do coração em 
sentido ápice. Após emitireste ramo, a ACD vira para a 
esquerda e continua o sulco coronário ate a face posterior do 
coração. 
O domínio da artéria coronária direta é mais comum 
(aproximadamente 67%); a artéria coronária direta dá origem 
ao grande ramo interventricular posterior, que desce no sulco 
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IV posterior em direção ao ápice do coração. Esta estrutura 
anatômica vasculariza ambos os ventrículos e permite que se 
crie os ramos interventriculares septais perfurantes que irão 
ficar nas regiões dos sulcos interventriculares. Assim, no padrão 
mais comum de distribuição, a ACD supre a face diafragmática 
do coração. 
Resumindo, nota-se que a ACD ira vascularizar: 
 Porções do ventrículo direito. 
 Átrio direito. 
 Porções do ventrículo esquerdo. 
 Nó sinoatrial (60% da população mundial). 
 Terço posterior do septo interventricular. 
 Nó atrioventricular (80% da população mundial). 
 
No lado esquerdo do coração, encontra-se outras artérias 
sendo a principal a artéria coronária esquerda (ACE) que 
também se origina no seio da aorta e passa ir ao lado esquerdo 
do coração pelo sulco coronariano ramificando-se em ramo 
interventricular anterior e ramo circunflexo. 
O ramo circunflexo da ACE, menor, segue o sulco 
coronário ao redor da margem esquerda do coração ate a sua 
face posterior. A artéria marginal esquerda, um ramo do ramo 
circunflexo, segue a margem esquerda do coração e supre o 
ventrículo esquerdo. Na maioria das vezes, o ramo circunflexo 
da ACE termina no sulco coronário na face posterior do coração, 
antes de chegar à cruz, mas em aproximadamente um terço dos 
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corações continua como um ramo que segue dentro do sulco IV 
posterior ou adjacente a ele. 
Normalmente, a ACE supre 
 O átrio esquerdo. 
 A maior parte do ventrículo esquerdo. 
 Parte do ventrículo direito. 
 A maior parte do SIV (geralmente seus dois terços 
anteriores), incluindo o feixe AV do complexo 
estimulante do coração, através de seus ramos IV 
septais perfurantes. 
 O nó SA (em aproximadamente 40% das pessoas). 
 
Variações das Artérias Coronárias é comum haver 
variações nos padrões de ramificação e distribuição das artérias 
coronárias. No padrão dominante direito mais comum, presente 
em aproximadamente 67% das pessoas, a ACD e a ACE 
compartilham aproximadamente igualmente o suprimento 
sanguíneo do coração. Em aproximadamente 15% dos corações, 
a ACE é dominante porque o ramo IV posterior é um ramo da 
artéria circunflexa. Há co-dominância em aproximadamente 
18% das pessoas, nas quais os ramos da artérias coronárias 
direita e esquerda chegam à cruz e dão origem a ramos que 
seguem no sulco IV posterior ou próximo dele. Algumas pessoas 
possuem apenas uma artéria coronária. Em outras pessoas, o 
ramo circunflexo origina-se do seio da aorta direito. 
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Aproximadamente 4% das pessoas têm uma artéria coronária 
acessória. 
Circulação Colateral Coronariana Os ramos das artérias 
coronárias geralmente são considerados artérias terminais, 
artérias que suprem regiões do miocárdio que não possuem 
anastomoses suficientes com outros grandes ramos para 
manter a viabilidade do tecido caso haja oclusão. Entretanto, há 
anastomose entre ramos das artérias coronárias, subepicárdicos 
ou miocárdicos, e entre estas artérias e os vasos extracardíacos, 
como os vasos torácicos (Williams ET al., 1995). Existem 
anastomoses entre as terminações das artérias coronárias 
direita e esquerda no sulco coronário e entre os ramos IV ao 
redor do ápice em aproximadamente 10% dos corações de 
aparentemente normais. Provavelmente há possibilidade de 
desenvolvimento dessa circulação colateral na maioria dos 
corações, se não em todos. 
Drenagem venosa do coração 
O coração é drenado principalmente por veias que se 
abrem no seio coronário e parcialmente por pequenas veias que 
drenam para o átrio direito. O seio coronário, a principal veia do 
coração, é um canal venoso largo que segue da esquerda para a 
direita na parte posterior do sulco coronário. O seio coronário 
recebe a veia cardíaca magna em sua extremidade esquerda e a 
veia interventricular posterior e veias cardíacas parvas em sua 
extremidade direita. A veia posterior do ventrículo esquerdo e a 
veia marginal esquerda também se abrem no seio coronário. 
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Drenagem linfática do coração 
Os vasos linfáticos no miocárdio e no tecido conjuntivo 
subendocárdico seguem até o plexo linfático subepicárdico. Os 
vasos desse plexo seguem ate o sulco coronário e seguem as 
artérias coronárias. Um único vaso linfático, formado pela união 
de vários vasos provenientes do coração, ascende entre o 
tronco pulmonar e o átrio esquerdo e termina nos linfonodos 
traqueobrônquicos inferiores, geralmente no lado direito. 
A veia cardíaca magna é a principal tributária do seio 
coronário. Sua primeira parte (veia interventricular anterior) 
começa perto do ápice do coração e ascende como o ramo IV 
anterior da ACE. No sulco coronário, vira-se para a esquerda, e 
sua segunda parte segue ao redor do lado esquerdo do coração 
com o ramo circunflexo da ACE para chegar ao seio coronário. 
(Aqui esta havendo uma situação incomum: o sangue está 
fluindo na mesma direção em um par formado por artéria e 
veia!) A veia cardíaca magna drena as áreas do coração supridas 
pela ACE. A veia IV posterior acompanha o ramo 
interventricular posterior (geralmente originado da ACD), e uma 
veia cardíaca parva acompanha o ramo marginal direito da 
ACD. Assim, estas duas veias drenam a maior parte das áreas 
comumente supridas pela ACD. A veia oblíqua do átrio 
esquerdo (de Marshall) é um vaso pequeno, relativamente sem 
importância após o nascimento, que desce sobre a parede 
posterior do átrio esquerdo e funde-se à veia cardíaca magna 
para formar o seio coronário (definindo o início do seio). A veia 
oblíqua é o remanescente da VCS esquerda embrionária, que 
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geralmente atrofia durante o período fetal, mas algumas vezes 
persiste em adultos, substituindo ou aumentando a VCS direita 
(Moore e Persaud, 2003). 
Algumas veias cardíacas não drenam através do seio 
coronário. Algumas veias anteriores do ventrículo direito 
começam sobre a face anterior do ventrículo direito, cruzam 
sobre o sulco coronário e, em geral, terminam diretamente no 
átrio direito; algumas vezes elas entram na veia cardíaca parva. 
As veias cardíacas mínimas (L., venae cordis minimae) são 
pequenos vasos que começam nos leitos capilares do miocárdio 
e se abrem diretamente nas câmaras do coração, 
principalmente os átrios. Embora sejam denominadas veias, são 
comunicações sem válvulas com os leitos capilares do miocárdio 
e podem conduzir sangue das câmaras cardíacas para o 
miocárdio. 
Complexo Estimulante do Coração na seqüência comum 
de eventos no ciclo cardíaco,o átrio e o ventrículo trabalham 
juntos como uma bomba de cada lado do coração. O complexo 
estimulante do coração, que coordena o ciclo cardíaco, consiste 
em células musculares cardíacas e fibras condutoras altamente 
especializadas para iniciar os impulsos e conduzi-los 
rapidamente através do coração. O tecido do nó inicia o 
batimento cardíaco e coordena as contrações das quatro 
câmaras do coração. 
O nó sinoatrial (SA) está localizado ântero-lateralmente, 
logo abaixo do epicárdio, na junção da VCS com o átrio direito, 
perto da extremidade superior do sulco terminal. O nó SA – uma 
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pequena coleção de tecido nodal, fibras musculares cardíacas 
especializadas e tecido conjuntivo fibroelástico associado – é o 
marca passo do coração. O nó SA inicia e controla os impulsos 
para contração, produzindo um impulso aproximadamente 70 
vezes por minuto na maioria das pessoas. O sinal de contração 
do nó SA propaga-se miogenicamente (através da musculatura) 
de ambos os átrios. O nó SA é suprido pela artéria do nó 
sinoatrial, que geralmente surge como um ramo atrial da ACD 
(em 60% das pessoas), mais pode se originar da ACE (em 40%). 
O nó SA é estimulado pela parte simpática da divisão autônoma 
do sistema nervoso para acelerar a freqüência e é inibido pela 
divisão parassimpática para retornar ou aproxima-se de sua 
freqüência basal. 
O nó atrioventricular (AV) é um conjunto de tecido nodal 
menor que o nó SA. O nó AV esta localizado na região póstero-
inferior do septo interatrial, perto da abertura do seio 
coronário. O sinal gerado pelo nó SA atravessa as paredes do 
átrio direito, propagado pelo músculo cardíaco (condução 
miogênica), que transmite o sinal rapidamente do nó SA para o 
nó AV então distribui o sinal para os ventrículos através do 
fascículo AV. A estimulação simpática acelera a condução, e a 
estimulação parassimpática a torna mais lenta. O fascículo AV, a 
única ponte entre o miocárdio atrial e ventricular, segue do nó 
AV através do esqueleto fibroso do coração isolante e ao longo 
das partes membranácea do SIV. 
Na junção das partes membranácea e muscular do septo, 
o fascículo AV divide-se em ramos direito e esquerdo. Esses 
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ramos prosseguem de casa lado do SIV muscular, 
profundamente ao endocárdico, e depois se dividem em ramos 
subendocárdicos (fibras de Purkinje), que se estendem até as 
paredes dos respectivos ventrículos. Os ramos subendocárdicos 
do ramo direito estimulam o músculo do SIV, o músculo papilar 
anterior através das trabéculas septomarginais (bandas 
moderadoras) e a parede do ventrículo direito. O ramo 
esquerdo divide-se perto de sua origem em aproximadamente 
seis tratos menores, que dão origem a ramos subendocárdicos 
que estimulam o SIV, os músculos papilares anteriores e 
posteriores, e a parede do ventrículo esquerdo. 
O nó AV é suprido pela artéria do nó AV, o maior e 
geralmente o primeiro ramo IV posterior, um ramo da ACD em 
80% das pessoas. Assim, o suprimento arterial para os nós SA e 
AV geralmente provém da ADC. 
Entretanto, o fascículo AV atravessa o centro do SIV, cujos 
dois terços anteriores são supridos pelos ramos do SIV do ramo 
IV anterior da ACE. 
A geração e a condução de impulsos pode ser resumida da 
seguinte forma: 
 O nó SA inicia um impulso que é rapidamente 
conduzido para as fibras musculares cardíacas nos 
átrios, causando sua contração. 
 O impulso propaga-se por condução miogênica, 
que transmite rapidamente o impulso do nó SA 
para o nó AV. 
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 O sinal e distribuído do nó AV através do fascículo 
AV e seus ramos (os ramos direito e esquerdo), 
que seguem de cada lado do SIV para suprir os 
ramos subendocárdicos para os músculos papilares 
e as paredes dos ventrículos. 
 
Inervação do Coração O coração é suprido por fibras 
nervosas autônomas do plexo cardíaco, que freqüentemente é 
artificialmente dividido em partes superficial e profunda. Esta 
rede nervosa na maioria das vezes esta situada na face anterior 
da bifurcação da traquéia (uma estrutura respiratória), pois é 
observada com maior frequência na dissecção após remoção da 
parte ascendente da aorta e da bifurcação do tronco pulmonar. 
Entretanto, sua relação primária é com a face posterior das duas 
ultimas estruturas (cardiovasculares), principalmente a parte 
ascendente da aorta. O plexo cardíaco é formado por fibras são 
distribuídas ao longo e para os vasos coronários e para 
componentes do complexo estimulante, particularmente o nó 
SA. 
O suprimento simpático provém das fibras pré-sinápticas, 
com corpos celulares nas colunas celulares intermediolaterais 
(IML) dos cinco ou seis segmentos torácicos superiores da 
medula espinal, e fibras simpáticas pós-sinápticas, com corpos 
celulares nos gânglios para vertebrais cervicais e torácicos 
superiores dos troncos simpáticos. As fibras pós-sinápticas 
atravessam os nervos esplâncnicos cardiopulmonares e o plexo 
cardíaco para terminarem nos nós SA e AV e em relação às 
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terminações das fibras parassimpáticas nas artérias coronárias. 
A estimulação simpática causa aumento da freqüência cardíaca; 
condução de impulsos; força de contração; e, ao mesmo tempo, 
aumento do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários para 
sustentar o aumento da atividade. A estimulação adrenérgica 
do nó SA e do tecido condutor aumenta a freqüência de 
despolarização das células marca-passo enquanto aumenta a 
condução atrioventricular. A estimulação adrenérgica direta 
pelas fibras nervosas simpáticas, assim como a estimulação 
indireta pelas fibras nervosas simpáticas, assim como a 
estimulação indireta pelos hormônios supra-renais (adrenais) 
aumenta a contratilidade atrial e a ventricular. A maioria dos 
receptores adrenérgicos nos vasos sanguíneos coronários 
consiste em receptores β² que, quando ativados, causam 
relaxamento (ou talvez inibição) do músculo liso vascular e, 
portanto, dilatação das artérias (Wilson-Pauwels et al., 1997). 
Isso envia mais oxigênio e nutrientes para o miocárdio durante 
períodos de atividade aumentada. 
O suprimento parassimpático provém das fibras pré-
sinápticas dos nervos vagos. Os corpos das células 
parassimpáticas pós-sinápticas (gânglios intrínsecos) estão 
localizados na parede atrial e no septo interatrial próximo dos 
nós SA e AV e ao longo das artérias coronárias. A estimulação 
parassimpática lentifica a freqüência cardíaca, reduz a força da 
contração e contrai as artérias coronárias, poupando energia 
entre períodos de maior demanda. As fibras parassimpáticas 
pós-sinápticas liberam acetilcolina, que se liga aos receptores 
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muscarímicos para reduzir as freqüências de despolarização das 
células marca-passo e a condução atrioventricular, e diminuir a 
contratilidade atrial. 
Mediastino superior 
O mediastinosuperior situa-se superiormente ao plano 
transverso do tórax, que atravessa o ângulo do esterno e a 
junção (disco IV) das vértebras T4 e T5. Em direção ântero-
posterior, o conteúdo do mediastino superior é: 
 Timo. 
 Grandes vasos, com as veias (veias braquiocefálica 
e VCS) anteriores às artérias (arco da aorta e as 
raízes de seus principais ramos – tronco 
braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda 
e artéria subclávia esquerda) e nervos relacionados 
(nervos vago e frênico e o plexo cardíaco de 
nervos). 
 A continuação inferior das vísceras cervicais 
(traquéia anteriormente e esôfago 
posteriormente) e nervos relacionados (nervo 
laríngeo recorrente esquerdo). 
 Ducto torácico e troncos linfáticos. 
 
Para resumir ordenadamente, as principais estruturas do 
mediastino superior, em sentido ântero-posterior, são timo, 
veias, artérias, via aérea, canal alimentar e troncos linfáticos. 
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VERSÃO – UNIDADE 1 
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Timo 
O timo, um órgão linfóide primário, está localizado na 
parte inferior do pescoço e na parte anterior do mediastino 
superior. Situa-se posteriormente ao manúbrio e estende-se 
para o mediastino anterior, anteriormente ao pericárdio fibroso. 
Após a puberdade, o timo sofre involução gradual e é 
amplamente substituído por gordura. O rico suprimento arterial 
do timo provém principalmente dos ramos intercostais 
anteriores e mediastinais anteriores das artérias torácicas 
internas. As veias do timo terminam nas veias braquiocefálica 
esquerda, torácica interna e tireóidea inferior. Os vasos 
linfáticos do timo terminam nos linfonodos paraesternais, 
braquiocefálicos e traqueobrônquicos. 
Grandes Vasos 
As veias braquiocefálicas são formadas posteriormente às 
articulações esternoclaviculares (EC) pela união das veias jugular 
interna e subclávia. No nível da margem inferior da 1ª 
cartilagem costal direita, as veias braquiocéfalicas unem-se para 
formar a VCS. A veia braquiocefálica esquerda tem 
comprimento maior que o dobro da veia direita, porque passa 
do lado esquerdo para o lado direito; passando sobre as faces 
anteriores das raízes dos três principais ramos do arco da aorta. 
Desvia sangue da cabeça, do pescoço e membro superior 
esquerdo para o átrio direito. 
A veia cava superior, ilustrada na Figura 12, reconduz o 
sangue de todas as estruturas superiores ao diafragma, exceto 
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os pulmões e o coração. Segue inferiormente e termina no nível 
3ª cartilagem costal, aonde entra no átrio direito do coração. A 
VCS situa-se no lado direito mediastino superior, ântero-lateral 
à traquéia e póstero-lateral à parte ascendente da aorta. O 
nervo frênico direito situa-se entre a VCS e a pleura mediastinal. 
A metade terminal da VCS situa-se no mediastino médio, aonde 
será ao lado da parte ascendente da aorta e forma o limite 
posterior do seio transverso do pericárdico. 
 
Figura 12 Veia cava superior 
A parte ascendente da aorta, observada na Figura 13, 
com aproximadamente 2,5cm de diâmetro, começa no óstio da 
aorta. Seus únicos ramos são as artérias coronárias, que tem 
origem nos seios da aorta (discutindo em “Valvas do tronco 
Pulmonar e da Aorta”).A parte ascendente da aorta é 
intrapericárdica; por essa razão e como está situada inferior ao 
plano transverso do tórax, é considerada pertencente ao 
mediastino médio (parte do mediastino inferior). 
 
Figura 13 Artéria aorta 
O arco da aorta (arco aórtico), a continuação curva da 
parte ascendente da aorta, começa posterior à 2ª articulação 
esternocostal (EC) direita no nível do ângulo do esterno, curva-
se superior e posteriormente para a esquerda, e depois 
inferiormente. O arco da aorta ascende anterior à artéria 
pulmonar direita e à bifurcação da traquéia, atingindo seu ápice 
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no lado esquerdo da traquéia e do esôfago, enquanto passa 
sobre a raiz do pulmão esquerdo. O arco desce posterior à raiz 
do pulmão no lado esquerdo do corpo da vértebra T4. O arco da 
aorta termina tornando-se a parte torácica da aorta posterior à 
2ª articulação esternocostal esquerda. O arco da veia ázigo 
ocupa uma posição correspondente no lado direito da traquéia 
sobre a raiz do pulmão direito, embora seu conteúdo esteja 
fluindo na direção oposta. O ligamento arterial, o 
remanescente do ducto arterial fetal, segue da raiz da artéria 
pulmonar esquerda até a superfície inferior do arco da aorta. Os 
ramos habituais do arco da aorta são o tronco braquiocefálico, a 
artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. 
O tronco braquiocefálico, o primeiro e maior ramo do 
arco da aorta, origina-se posterior ao manúbrio, onde é anterior 
à traquéia e posterior à veia braquiocefálica esquerda. Ascende 
súpero-lateralmente para atingir o lado direito da traquéia e a 
articulação EC direita, aonde se divide nas artérias carótida 
comum direita e subclávia direita. 
A artéria carótida comum esquerda, o segundo ramo do 
arco da aorta, origina-se posterior ao manúbrio, ligeiramente 
posterior e à esquerda do tronco braquiocefálico. Ascende 
anterior à artéria subclávia esquerda e inicialmente situa-se 
anterior à traquéia e depois à sua esquerda. Entra no pescoço 
seguindo posterior à articulação EC esquerda. 
A artéria subclávia esquerda, o terceiro ramo do arco, 
origina-se da parte posterior do arco da aorta, imediatamente 
posterior à artéria carótida comum esquerda. Ascende lateral à 
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traquéia e à artéria carótida comum esquerda através do 
mediastino superior; não emite ramos no mediastino. Quando 
sai do tórax e entra na raiz do pescoço, passa posterior à 
articulação EC esquerda. 
Nervos do mediastino superior 
Os nervos vagos saem do crânio e descem através do 
pescoço póstero-laterais às artérias carótidas comuns. Cada 
nervo entra no mediastino superior posterior à respectiva 
articulação EC e veia braquiocefálica. O nervo vago direito entra 
no tórax anterior à artéria subclávia direita, onde dá origem ao 
nervo laríngeo recorrente direito. Este nervo passa ao redor da 
artéria subclávia direita e ascende entre a traquéia e o esôfago 
para suprir a laringe. O nervo vago direito segue póstero-
inferiormente através do mediastino superior no lado direito da 
traquéia. Em seguida, passa posterior à veia braquiocefálica 
direita, VCS e raiz do pulmão direito. Aqui, divide-se em muitos 
ramos, que contribuem para o plexo pulmonar direito. Em 
geral, o nervo vago direito deixa este plexo como um único 
nervo e segue até o esôfago, onde se divide novamente e envia 
fibras para o plexo nervoso esofágico. O nervo vago direito 
também dá origem a nervos que contribuem para o plexo 
cardíaco. 
O nervo vago esquerdo desce no pescoço posterior à 
artéria carótida comum esquerda. Entra no mediastino entre a 
artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. 
Quando chega ao lado esquerdo do arco da aorta, o nervo 
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diverge posteriormente do nervo frênico esquerdo. É separado 
lateralmente do nervo frênico pela veia intercostal superior 
esquerda. Quando o nervo vago esquerdo curva-se 
medialmente na margem inferior do arco da aorta emite o 
nervo laríngeo recorrente esquerdo. Este nervo segue inferior 
ao arco da aorta, imediatamente lateral ao ligamento arterial, e 
ascende até a laringe no sulco entre a traquéia e o esôfago. O 
nervo vago esquerdo segue posterior à raiz do pulmão 
esquerdo, onde se divide em muitos ramos que contribuem 
para o plexo pulmonar esquerdo. O nervo deixa este plexo 
como um único tronco e segue até o esôfago, onde se junta às 
fibras do nervo vago direito no plexo nervoso esofágico. 
Os nervos frênicos suprem o diafragma com fibras 
motoras e sensitivas, e estas últimas contribuem para 
aproximadamente um terço das fibras nervosas. Os nervos 
frênicos também enviam fibras sensitivas para o pericárdio e a 
pleura mediastinal. Cada nervo entra no mediastino superior 
entre as artéria subclávia e a origem da veia braquiocefálica. O 
fato de que os nervos frênicos seguem anteriores às raízes dos 
pulmões é uma forma importante de distingui-los dos nervos 
vagos, que seguem posteriores às raízes. O nervo frênico direito 
segue ao longo do lado direito da veia braquiocefálica direita, 
da VCS e do pericárdio sobre o átrio direito. Também segue 
anterior à raiz do pulmão direito e desce no lado direito da VCI 
até o diafragma, que perfura perto da abertura da cava. O nervo 
frênico esquerdo desce entre as artérias subclávia e carótida 
comum esquerdas. Cruza a superfície esquerda do arco da aorta 
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anterior ao nervo vago esquerdo e passa sobre a veia intercostal 
superior esquerda. Depois, desce anterior à raiz do pulmão 
esquerdo e segue ao longo do pericárdio fibroso, superficial ao 
átrio e ventrículo esquerdo do coração, onde perfura o 
diafragma à esquerda do pericárdio. A maior parte da 
ramificação dos nervos frênicos distribuída para o diafragma 
ocorre na sua face inferior (abdominal). 
Traqueia 
A traqueia desce anterior ao esôfago e entra no 
mediastino superior, inclinando-se um pouco para a direita do 
plano mediano. A face posterior da traquéia é plana no local 
onde se está em contanto com o esôfago. A traquéia termina no 
nível do ângulo do esterno, dividindo-se nos brônquios 
principais direito e esquerdo. A traquéia termina acima do nível 
do coração e não é um componente do mediastino posterior. 
Esôfago 
O esôfago é um tubo fibromuscular que se estende da 
faringe até o estômago. Entra no mediastino superior entre a 
traquéia e a coluna vertebral, onde situa-se anterior aos corpos 
das vértebras T1-T4. Geralmente é achatado ântero-
posteriormente. Inicialmente, inclina-se para a esquerda, mas é 
empurrada de volta para o plano mediano pelo arco da orta. Em 
seguida, é comprimindo anteriormente pela raiz do pulmão 
esquerdo. No mediastino superior, o ducto torácico geralmente 
se situa no lado esquerdo do esôfago, profundamente (medial) 
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ao arco da aorta. Inferior ao arco, o esôfago inclina-se 
novamente para a esquerda, enquanto se aproxima e atravessa 
o hiato esofágico no diafragma. 
Mediastino posterior 
O mediastino posterior (a parte posterior do mediastino 
inferior) está localizado inferior ao plano transverso do tórax, 
anterior às vértebras T5-T12, posterior ao pericárdico e ao 
diafragma e entre a pleura parietal dos dois pulmões. O 
mediastino posterior contém a parte torácica da aorta, o ducto 
torácico e troncos linfáticos, linfonodos mediastinais 
posteriores, as veias ázigo e hemiázigo, o esôfago e plexo 
nervoso esofágico. Alguns autores também incluem os troncos 
simpáticos torácicos e os nervos esplâncnicos torácicos; 
entretanto, essas estruturas situam-se laterais aos corpos 
vertebrais e não estão dentro do compartimento ou espaço 
mediastinal posterior propriamente dito. 
Parte torácica da aorta 
A parte da aorta é a continuação do arco da aorta. 
Começa no lado esquerdo da margem inferior do corpo da 
vértebra T4 e desce no mediastino posterior nos lados 
esquerdos das vértebras T5-T12. Enquanto desce, aproxima-se 
do plano mediano e desloca o esôfago para a direita. O plexo 
aórtico torácico, uma rede nervosa autônoma, a circunda. A 
parte torácica da aorta situa-se posterior à raiz do pulmão 
esquerdo, pericárdico e esôfago. A parte torácica da aorta 
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VERSÃO – UNIDADE 1 
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termina (com uma mudança de nome para parte abdominal da 
aorta) anterior à margem inferior da vértebra T12 e entra no 
abdome através do hiato aórtico no diafragma. O ducto 
torácico e a veia ázigo ascendem em seu lado direito e a 
acompanham através desse hiato. 
Em um padrão que será mais evidente no abdome, os 
ramos da parte descendente da aorta se originam e seguem 
dentro dos três “planos vasculares”. 
 Um plano mediano anterior de ramos viscerais 
ímpares para o intestino e seus derivados. 
 Planos laterais de ramos viscerais pares que 
servem outras vísceras, além do intestino e de seus 
derivados. 
 Plano póstero-laterias de ramos parietais, 
segmentos, pares, da parede do corpo. 
 
No tórax, os ramos viscerais ímpares do plano vascular 
anterior são as artérias esofágicas – geralmente duas, mas até 
cinco. Os ramos viscerais pares do plano lateral são 
representados no tórax pelas artérias brônquicas. Embora as 
artérias brônquicas direita e esquerda possam originar-se 
diretamente da aorta, na maioria das vezes apenas as artérias 
brônquicas esquerdas pares o fazem, as direitas originando-se 
indiretamente como ramos de uma artéria intercostal posterior 
direita (geralmente a 3). Os ramos parietais pares da parte 
torácica da aorta que se originam póstero-lateralmente são as 
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nove artérias intercostais superiores e as artérias subcostais. 
Estes últimos vasos originam-se da parte torácica da aorta, mas 
seguem abaixo do diafragma. Apresentam-se em série com as 
artérias intercostais posteriores. 
As exceções a este padrão incluem 
 Artérias frênicas superiores, ramos parietais pares 
que seguem ântero-lateralmente até a face 
superior do diafragma (que, na verdade, estão 
voltadas posteriormente nesse nível devido à 
convexidade do diafragma), onde se anastomosam 
com os ramos musculofrênico e pericardiofrênico 
da artéria torácica interna. 
 Ramos pericárdicos, ramos ímpares que se 
originam anteriormente, mas, em vez de seguirem 
para o intestino, enviam ramos para o pericárdio. 
O linfonodos e outros tecidos do mediastino 
posterior. 
Esôfago 
O esôfago desde do mediastino superior para o 
mediastino posterior, seguindo posterior e depois à direita do 
arco da aorta, e posterior ao pericárdio e átrio esquerdo. O 
esôfago é a relação posterior primária da base do coração. Em 
seguida, desvia-se para a esquerda e atravessa o hiato esofágico 
no diafragma no nível da vértebra T10, anterior à aorta. O 
esôfago pode ter três impressões, ou “contrições”, em sua partetorácica. Estas podem ser observadas como estreitamentos da 
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luz em radiografias de tórax oblíquas feitas durante a deglutição 
de bário. O esôfago é comprimido por três estruturas: (1) o arco 
da aorta, (2) o brônquio principal esquerdo e (3) o diafragma. As 
duas primeiras são muito próximas; a primeira é mais evidente 
em uma radiografia póstero-anterior (PA) após ingestão de 
bário, e a última é mais evidente em vistas laterais. Não há 
constrições visíveis no esôfago vazio; entretanto, ao se expandir 
durante o enchimento, as estruturas observadas comprimem 
suas paredes. 
Ducto torácico e troncos linfáticos 
No mediastino posterior, o ducto torácico situa-se na face 
anterior dos corpos torácico conduz a maior parte da linfa do 
corpo para o sistema venoso, aquele dos membros superior 
esquerdo; e lado esquerdo do tórax, da cabeça e do pescoço – 
isto é, com exceção do quadrante superior direito. O ducto 
torácico origina-se da cisterna do quilo (L., cisterna chyli) no 
abdome e ascende através do hiato aórtico do diafragma. O 
ducto torácico geralmente tem paredes finas e é branco fosco; 
freqüentemente é semelhante a um colar de contas, devido às 
suas muitas válvulas. Ascende no mediastino posterior entre a 
parte torácica da aorta à sua esquerda, a veia ázigo à sua 
direita, o esôfago anteriormente e os corpos vertebrais 
posteriormente. No nível da vértebra T4, T5 ou T6, o ducto 
torácico cruza para o lado esquerdo, posterior ao esôfago, e 
ascende até o mediastino superior. O ducto torácico recebe 
ramos dos espaços intercostais médios e superiores de ambos 
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os lados, através de vários troncos coletores. Também recebe 
ramos das estruturas do mediastino posterior. Próximo de sua 
extremidade, frequentemente recebe os troncos linfáticos 
jugular, subclávio e broncomediastinal (emmbora qualquer um 
desses vasos ou todos eles possam terminar 
independentemente). O ducto torácico geralmente drena para o 
sistema venoso perto da união das veias jugular interna e 
subclávia esquerdas – o ângulo venoso esquerdo ou a origem da 
veia braquiocefálica esquerda –, mas pode se abrir na veia 
subclávia esquerda. 
Vasos e linfonodos do mediastino posterior 
A parte torácica da aorta e seus ramos foram discutidos 
anteriormente neste capitulo. Os linfonodos mediastinais 
posteriores situam-se posteriores ao pericárdico, onde estão 
relacionados ao esôfago e à parte torácica da aorta. Existem 
vários linfonodos posteriores à parte torácica da aorta. Existem 
vários linfonodos posteriores à parte inferior do esôfago e mais 
(até oito) anteriores e laterais a ele. Os linfonodos mediastinais 
posteriores recebem linfa do esôfago, da face posterior do 
pericárdio e do diafragma, e dos espaços intercostais 
posteriores médios. Eles drenam para os ângulos venosos 
direito ou esquerdo, través do ducto linfático direito ou do 
ducto torácico. 
O sistema venoso ázigo, de cada lado da coluna vertebral, 
drena as paredes do dorso e tóraco-abdominais, bem como as 
vísceras do mediastino. O sistema ázigo apresenta grande 
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variação em relação a origem, trajeto, tributárias e 
anastomoses. A veia ázigo (G., azygos, ímpar) e sua principal 
tributária, a veia hemiázigo, geralmente se originam nas “raízes” 
oriundas da face posterior da VCI e/ou veia renal, 
respectivamente, que se fundem com as veias lombares 
ascendentes. 
A veia ázigo forma uma via colateral entre a VCS e a VCI e 
drena sangue das paredes posteriores do tórax e abdome. 
Ascende no mediastino posterior, passando perto das faces 
direitas dos corpos das 8 vértebras torácicas inferiores. Curva-se 
sobre a face superior da raiz do pulmão direito para se unir à 
VCS, semelhante à forma como o arco da aorta passa sobre a 
raiz do pulmão esquerdo. Além das veias intercostais 
posteriores, a veia ázigo comunica-se com os plexos venosos 
vertebrais que drenam o dorso, as vértebras e as estruturas no 
canal vertebral. A veia ázigo também recebe as veias 
mediastinais, esofágicas e brônquicas. 
A veia hemiázigo origina-se no lado esquerdo pelas junção 
das veia subcostal esquerda e lombar ascendente. Ascende no 
lado esquerdo da coluna vertebral, posterior à parte torácica da 
aorta, até a vértebra T9. Aqui, cruza para a direita, posterior à 
aorta, ao ducto torácico e esôfago, e se une à veia ázigo. A veia 
hemiázigo recebe as três veias intercostais posteriores 
inferiores, as veias esofágicas inferiores e várias pequenas veias 
mediastinais. 
A veia hemiázigo acessória começa na extremidade 
medial do 4º ou 5º espaço intercostal e desce no lado esquerdo 
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da coluna vertebral de T5 e T8. Recebe tributárias das veias nos 
4º-8º espaços intercostais e de algumas vezes as veias 
brônquicas esquerdas. Cruza sobre a vértebra T7 ou T8, 
posterior à parte torácica da aorta e ao ducto torácico, unindo-
se à veia hemiázigo e drena com ela na veia ázigo. A veia 
hemiázigo acessória freqüentemente está ligada à veia 
intercostal superior esquerda. A veia intercostal superior 
esquerda, que drena os 1º-3º espaços intercostais, pode 
comunicar-se com a veia hemiázigo acessória; entretanto, drena 
principalmente para a veia braquiocefálica esquerda. 
Nervos do mediastino posterior 
Os troncos simpáticos e seus gânglios associados formam 
uma importante parte da divisão autônoma do sistema nervoso. 
Os troncos simpáticos torácicos estão em continuidade com os 
troncos simpáticos cervicais e lombares. Os troncos torácicos 
estão situados contra as cabeças das costelas na parte superior 
do tórax, as articulações costovertebrais no nível torácico médio 
e as laterais dos corpos vertebrais na parte inferior do tórax. Os 
nervos esplâncnicos torácicos inferiores – também conhecidos 
como nervos esplâncnicos maior, menor e imo – são parte dos 
nervos esplâncnicos abdominopélvicos, porque suprem vísceras 
inferiores ao diafragma. Consistem em fibras pré-sinápticas do 
5º ao 12º gânglios simpáticos, que atravessam o diafragma e 
fazem sinapse nos gânglios pré-vertebrais do abdome. São 
responsáveis pela inervação simpática da maior parte das 
vísceras abdominais. 
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Mediastino anterior 
O mediastino anterior, a menor subdivisão do mediastino, 
situa-se entre o corpo do esterno e os músculos transversos do 
tórax e o posteriormente. É contínuo com o mediastino superior 
no ângulo do esterno e é limitado inferiormente pelo diafragma. 
O mediastino anterior é formado por tecido conjuntivo frouxo 
(ligamento esternopericárdicos), gordura, vasos linfáticos, 
alguns linfonodos e ramos dos vasos torácicos internos. Em 
lactentes e crianças, o mediastino anterior contém a parte 
inferior do timo. Em casos incomuns, este órgão linfóide pode 
estender-se até o nível das 4ª cartilagens costais. 
RadiografiaO estudo radiológico mais comum do tórax é a projeção 
póstero-anterior (PA), que produz uma radiografia PA. O 
radiologista ou técnico coloca a face anterior do tórax do 
paciente encostada no detector de raios X ou chassi e roda os 
ombros anteriormente para afastar as escápulas das partes 
superiores dos pulmões. A pessoa inspira profundamente e 
prende a respiração. A inspiração profunda causa descida das 
cúpulas diafragmáticas, enchendo os pulmões de ar 
(aumentando sua radiotransparência) e levando as partes 
costodiafragmáticas dos pulmões para os recessos 
costodiafragmáticos. 
Uma radiografia PA, que é examinada como se você 
estivesse de frente para o paciente (uma vista Antero-posterior 
[AP]), é uma combinação das imagens produzidas pelos tecidos 
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moles e ossos da parede torácica. Os tecidos moles, incluindo as 
mamas, formam sombras de densidades variáveis dependendo 
da sua composição e espessura. Paralelas às margens superiores 
das clavículas há sombras lançadas pela pele e pelos tecidos 
subcutâneos que cobrem estes ossos. As clavículas, costelas e 
vértebras cervicais inferiores e torácicas superiores são visíveis. 
Em radiografias PA, a maioria das costelas é claramente visível 
contra o fundo dos pulmões relativamente transparentes. As 
costelas inferiores tendem a ser encobertas pelo diafragma e 
pelo conteúdo superior do abdome, dependendo da fase da 
respiração em que foi feita a radiografia. Em geral, apenas as 
margens laterais do manúbrio são visíveis nessas projeções. As 
vértebras torácicas inferiores são mais encobertas pelo esterno 
e mediastino. Raramente, podem ser vistas costelas cervicais, 
costelas ausentes, costelas bifurcadas e costelas fundidas. 
Algumas vezes, as cartilagens costais estão calcificadas em 
pessoas idosas (principalmente as cartilagens inferiores). 
Nas projeções PA, as cúpulas direita e esquerda do 
diafragma são separadas pelo centro tendíneo, que é encoberto 
pelo coração. A cúpula direita do diafragma, formada pelo 
fígado subjacente, geralmente é meio espaço intercostal mais 
alta do que a cúpula esquerda. Os pulmões, devido à sua baixa 
densidade, são relativamente transparentes em comparação 
com as estruturas adjacentes. Os pulmões apresentam uma 
radiodensidade semelhante àquela do ar e, portanto, produzem 
um par de áreas radiotransparentes. Nas projeções PA, os 
pulmões são obscurecidos inferiormente às cúpulas do 
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diafragma e anterior e posteriormente ao mediastino. As 
artérias pulmonares são visíveis no hilo de cada pulmão. Os 
vasos intrapulmonares têm calibres ligeiramente maiores nos 
lobos inferiores. Cortes transparentes e paredes finas. 
As áreas encobertas em projeções PA geralmente são 
visíveis em radiografia laterais. Em projeções laterais, as 
vértebras torácicas médias inferiores são visíveis, embora sejam 
parcialmente encobertas pelas costelas. As três do esterno 
também são visíveis. As radiografias laterais permitem melhor 
visualização de uma lesão ou anomalia limitada a um lado do 
tórax. Em uma projeção lateral, as duas cúpulas do diafragma 
freqüentemente são visíveis quando se curvam superiormente a 
partir do esterno. A radiografia lateral é feita usando-se uma 
projeção lateral, com face do tórax no chassi ou detector de 
raios X e os membros superiores elevados sobre a cabeça. 
O coração forma a maior parte da sombra radiopaca 
central em projeções PA, mas não é possível distinguir as 
câmaras cardíacas individualmente. É importante conhecer as 
estruturas que formam a silhueta cardiovascular, porque 
alterações nesta silhueta podem indicar anomalias ou doença 
funcional. Em radiografias PA (vista AP), as margens da silhueta 
cardiovascular são: 
 Margem direita, veia braquiocefálica direita, VCS, 
átrio direito e VCI 
 Margem esquerda, parte terminal do arco da aorta 
(botão aórtico), tronco pulmonar, aurícula 
esquerda e ventrículo esquerdo. 
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A parte inferior esquerda da silhueta cardiovascular 
representa a região do ápice. O ápice anatômico típico, se 
presente, a frequentemente situa-se inferior à imagem do 
diafragma. Existem três tipos principais de silhuetas 
cardiovasculares, que dependem basicamente do biótipo: 
 Tipo oblíquo, característico da maioria das pessoas. 
 Tipo vertical, presente em pessoas com tórax 
estreito. 
Artérias 
As artérias conduzem o sangue que sai do coração e 
distribuem-no para o corpo. O sangue atravessa artérias de 
calibre decrescente. Os vários tipos de artérias são 
diferenciados com base no tamanho geral, na quantidade 
relativa de tecido elástico ou muscular na túnica média, na 
espessura da parede em relação à luz, e na função. O tamanho e 
o tipo da artéria formam um continuum – isto é, há mudança 
gradual das características morfológicas de um tipo para o 
outro. Existem três tipos de artérias. 
 As grandes artérias elásticas (artérias condutoras) 
possuem muitas camadas elásticas (lâminas de 
fibras elásticas) em suas paredes. Inicialmente, 
essas grandes artérias recebem o débito cardíaco. 
Sua elasticidade permite que se expandam quando 
o coração contrai (quando recebem o débito 
cardíaco), minimizando a mudança de pressão, e 
retornem ao tamanho normal entre as contrações 
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cardíacas, empurrando o sangue para as médias 
artérias a jusante. Isso mantém a pressão arterial 
no sistema arterial entre as contrações cardíacas 
(no momento em que a pressão ventricular cai e 
zero). Em geral, isso minimiza o declínio da pressão 
arterial quando o coração contrai e relaxa. 
Exemplos de grandes artérias elásticas são a aorta, 
as artérias que se originam no arco da aorta 
(tronco braquiocefálico, artéria subclávia e artéria 
carótida), e tronco e artérias pulmonares 
 As artérias musculares médias (artérias 
distribuidoras) têm paredes constituídas 
principalmente por fibras musculares lisas 
dispostas de forma circular. Sua capacidade de 
reduzir seu diâmetro (vasoconstrição) controla o 
fluxo sanguíneo para diferentes partes do corpo, 
conforme exigido pela circunstância (por ex., 
atividade, termorregulação). As contrações 
pulsáteis de suas paredes musculares 
(independentemente do diâmetro atual) contraem 
suas luzes de forma temporária e rítmica em 
seqüência progressiva, propelindo e distribuindo o 
sangue para várias partes do corpo. A maioria das 
artérias que recebem nomes, incluindo aquelas 
observadas na parede do corpo e nos membros 
durante a dissecção, como as artérias braquial ou 
femoral, consiste em artérias musculares médias. 
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 As pequenas artérias e arteríolas possuem luzes 
relativamente estreitas e paredes musculares 
espessas. O grau de enchimento dos leitos 
capilares e o nível da pressão arterial no sistema 
vascular são controlados principalmente pelo 
tônusdo músculo lido das paredes arteríolas. Se o 
tônus for maior que o normal, ocorre hipertensão 
(aumento da pressão arterial). As pequenas 
artérias geralmente não possuem nomes nem 
identificação especial durante a dissecação, e as 
arteríolas só podem ser observadas sob ampliação. 
 
As anastomoses (comunicações) entre os múltiplos ramos 
de uma artéria oferecem vários possíveis desvios para o fluxo 
sanguíneo em caso de obstrução do trajeto habitual por 
compressão, pela posição de uma articulação, patologia ou 
ligadura cirúrgica. Se um canal principal for ocluído, os canais 
opcionais menores geralmente podem aumentar de tamanho 
em um período relativamente curto, proporcionando uma 
circulação colateral que garante o suprimento sanguíneo para 
estruturas distais à obstrução. Entretanto, as vias colaterais 
exigem tempo para se abrirem adequadamente; geralmente são 
insuficientes para compensar a súbita oclusão ou ligadura. 
Porém, há áreas em que não há circulação colateral, ou 
em que esta é inadequada para substituir o canal principal. As 
artérias que não se anastomosam com as artérias adjacentes 
são artérias anatômicas ou terminais verdadeiras. A oclusão de 
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uma artéria terminal interrompe o suprimento sanguíneo para a 
estrutura ou segmento de um órgão que supre. As artérias 
terminais verdadeiras suprem a retina, por exemplo, na qual a 
oclusão resultará em cegueira. Embora não sejam artérias 
terminais verdadeiras, as artérias terminais funcionais (artérias 
com anastomoses ineficazes) suprem segmentos do encéfalo, 
do fígado, dos rins, do baço e dos intestinos; também podem 
ser encontradas no coração. 
Veias 
As veias geralmente reconduzem o sangue desoxigenado 
(venoso) dos leitores capilares para o coração, o que confere às 
veias uma aparência azul-escura. As grandes veias pulmonares 
são atípicas porque conduzem sangue bem oxigenado 
(comumente denominado “sangue arterial”) dos pulmões para 
o coração. Devido à menor pressão sanguínea no sistema 
venoso, as paredes (especificamente, a túnica média) das veias 
são mais finas que as das artérias acompanhantes. 
Normalmente, as veias não pulsam e não ejetam nem jorram 
sangue quando seccionadas. Existem três tamanhos de veias: 
 As vênulas são as menores veias. As vênulas 
drenam os leitos capilares e se unem a vasos 
semelhantes par formar pequenas veias. É 
necessário ampliação para observar as vênulas. As 
pequenas veias são tributárias de veias maiores 
que se unem para formar plexos venosos, como o 
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arco venoso dorsal do pé. As pequenas veias não 
recebem nome. 
 As veias médias drenam plexos venosos e 
acompanham as artérias médias. Nos membros e 
em alguns outros locais onde a força da gravidade 
se opõe ao fluxo sanguíneo em direção ao coração, 
mas não na direção inversa. Os exemplos de veias 
médias incluem as veias superficiais que recebem 
nomes (veias cefálicas e basílica do membro 
superior e as veias safenas magna e parva do 
membro inferior) e as veias acompanhantes que 
recebem o mesmo nome da artéria que 
acompanham. 
 As grandes veias são caracterizadas por largos 
feixes de músculo liso longitudinal e uma túnica 
adventícia bem desenvolvida. Um exemplo é a veia 
cava superior. 
 
As veias são mais abundantes do que as artérias. Embora 
suas paredes sejam mais finas, seus diâmetros geralmente são 
maiores que aqueles da artéria correspondente. As paredes 
finas permitem que as veias tenham uma grande capacidade de 
expansão, e se expandem quando o retorno do sangue para o 
coração é impedido por compressão ou pressões internas (por 
ex., após inspirar profundamente e prender a respiração; isto é 
a manobra de valsalva). Como as artérias e veias formam um 
circuito, poder-se-ia esperar que metade do volume sanguíneo 
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estivesse nas artérias e metade nas veias, mas devido ao maior 
diâmetro e à capacidade de expansão das veias, habitualmente 
apenas 20% do sangue ocupam as artérias, enquanto 80% se 
encontram nas veias. 
Embora frequentemente sejam representadas nas 
ilustrações como veias isoladas para simplificar, as veias tendem 
a ser duplas ou múltiplas. Aquelas que acompanham as artérias 
profundas – veias acompanhantes (L., venae comitantes) – 
circundam-nas em uma rede com ramificações irregulares. Esta 
disposição serve como trocador de calor em contracorrente, 
com o sangue arterial morno aquecendo o sangue venoso mais 
frio em seu retorno de uma extremidade fria para o coração. As 
veias acompanhantes ocupam uma bainha vascular fascial 
relativamente rígida com a artéria que acompanham. 
Consequentemente, são distendidas e achatadas quando a 
artéria se expande durante a contração do coração, o que ajuda 
a conduzir o sangue venoso para o coração – uma bomba 
arteriovenosa. 
As veias sistêmicas são mais variáveis do que as artérias, e 
as anastomoses venosas – comunicações naturais, diretas ou 
indiretas, entre duas veias – são mais freqüentes entre elas. A 
expansão externa dos ventres musculosos esqueléticos que se 
contraem nos membros, limitada pela fáscia muscular, 
comprime as veias, “ordenhando” o sangue para cima em 
direção ao coração; outro tipo (músculo-venoso) de bomba 
venosa. As válvulas das veias interrompem as colunas de 
sangue, assim aliviando a pressão nas partes mais baixas, 
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permitindo que o sangue venoso flua apenas em direção ao 
coração. A congestão venosa presente nos pés quentes e 
cansados no fim de um dia de trabalho é aliviada repousando-se 
os pés sobre um banco mais alto que o tronco. Essa posição dos 
pés também ajuda no retorno venoso dos sangue para o 
coração. 
Capilares sanguíneos 
Para o oxigênio e os nutrientes conduzidos pelas artérias 
beneficiem as células que formam os tecidos do corpo, devem 
deixar os vasos transportadores e entrar no espaço 
extravascular entre as células, o espaço extracelular 
(intercelular) no qual vivem as células. Os capilares são tubos 
endoteliais simples que unem os lados arterial e venoso da 
circulação e permitem a troca de materiais com o líquido 
extracelular (LEC) ou intersticial. Os capilares geralmente são 
organizados em leitos capilares, redes que unem as arteríolas e 
as vênulas. O sangue entra nos leitos capilares através das 
arteríolas que controlam o fluxo e é drenado pelas vênulas. À 
medida que a pressão hidrostática nas arteríolas força a entrada 
e a passagem do sangue no leito capilar, também força a saída 
de líquido contendo oxigênio, nutrientes e outros materiais do 
sangue na extremidade arterial do leito capilar (a montante) 
para os espaços extracelulares, permitindo a troca com células 
do tecido adjacente. Porém, as paredes capilares são 
relativamente impermeáveis às proteínas plasmáticas. A 
jusante, na extremidade venosa do leito, a maior parte desse 
CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
COORDENADOR: PROF. MS.EURÍPEDES BARSANULFO GONÇALVES GOMIDE 
DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA GERAL 
AUTOR: PROF. MS. EDSON DONIZETTI VERRI 
VERSÃO – UNIDADE 1 
PREPARAÇÃO:

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