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Larissa Stephany Barcelos – Fisioterapia 3º período Tipos de Fibras Musculares Os diferentes tipos de fibras musculares podem ser agrupados em três grandes grupos: fibras musculares lentas, fibras musculares intermediárias e fibras musculares rápidas ou então: Tipo 1: são referidos como contração lenta oxidativa; Tipo 2A: contração rápida oxidativa; Tipo 2B: contração rápida glicolítica. Fibras musculares lentas ou do tipo I São fibras musculares vermelhas, aeróbicas ou ainda oxidativas, denominações referentes ao seu metabolismo, morfologia e funcionamento. Seu metabolismo energético é caracterizado pela respiração celular (ou aeróbica), principalmente, a respiração aeróbica pode ser dividida em três etapas básicas: glicólise, ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa, onde essa última é responsável pela maior parte do ATP produzido pela célula. Vale lembrar que para obtenção de energia pelas células musculares, o metabolismo aeróbico e anaeróbico, usa como principal substrato a glicose proveniente da dieta, que chega até as fibras musculares pela corrente sanguínea e, devido sua importância, é armazenada nos músculos (e no fígado) na forma de glicogênio. Por serem dependentes da disponibilidade oxigênio para geração de energia possuem maior vascularização (maior presença de capilares sanguíneos), maior quantidade de mitocôndrias (organelas da respiração celular) e maior quantidade de proteínas globulares denominadas mioglobinas, que tem como função transportar e estocar oxigênio aumentando a disponibilidade de oxigênio para as mitocôndrias durante o processo de respiração. As mioglobinas possuem ferro em sua estrutura conferindo às fibras musculares lentas aspecto mais avermelhado (por isso também são chamadas de fibras musculares vermelhas). Apresentam pequeno diâmetro e são menores se comparadas às fibras musculares rápidas. Os neurônios (ou motoneurônios) que inervam essas fibras, também se caracterizam pelo menor calibre. Isso quer dizer que: conduzem "menos" estímulos por unidade de tempo, ou seja, a velocidade do impulso nervoso que chega e estimula essas células musculares é menor. São denominados motoneurônios alfa-2 ou α-2. Esse tipo de fibra possui menor potência máxima de contração, baixa capacidade de gerar força e maior resistência à fadiga. essas células apresentam grande RESISTÊNCIA à fadiga possibilitando maior duração da ação muscular. São, então, adaptadas para a resistência de contração, vantagem para atividades prolongadas e contínuas, esforços duradouros de minutos a horas. Está presentes em grande quantidade nos músculos responsáveis por sustentação e resistência, cuja resposta aos estímulos ocorre lentamente, o que fornece maior quantidade de energia, e por mais tempo. Atividades como a Maratona (corrida), natação, caminhada, ciclismo e ginástica (exercício de intensidade moderada ou baixa e geralmente de longa duração) são predominantemente aeróbias. Além dessas, a própria sustentação do corpo contra a gravidade, a manutenção e correção da postura (pelos chamados músculos posturais), evitando-se posições desconfortáveis, deve ser de ação de fibras resistentes como as do tipo I, senão, não ficaríamos de pé por muito tempo. Fibras musculares rápidas ou do tipo II Esse grupo de células se subdivide em dois principais tipos: fibras musculares do tipo IIa e do tipo IIb. As fibras musculares rápidas propriamente ditas são as do tipo IIb; as do tipo IIa são as consideradas fibras musculares intermediárias. As fibras musculares rápidas são também conhecidas como fibras musculares brancas, anaeróbicas ou glicolíticas. As fibras musculares do tipo IIb caracterizam-se por um metabolismo não dependente de oxigênio denominado fermentação lática que segue a via glicolítica. Basicamente, as moléculas de glicose são metabolizadas rapidamente, porém de forma incompleta gerando além de ATP, moléculas orgânicas como o ácido lático cujo acúmulo é uma das razões que levam o músculo à fadiga. Assim, a produção de energia por essas fibras é rápida por ser um processo mais simples, porém é também limitada porque não há resistência à fadiga e produz ATP em menor quantidade. Seu tipo de inervação é por motoneurônios do tipo alfa-1 ou α-1, diâmetro é maior o que possibilita maior velocidade de condução de impulsos nervosos para as fibras musculares, ou seja, mais impulsos nervosos por unidade de tempo. Esse tipo de fibra possui alta atividade da miosina ATPase e alta liberação e captação de Ca2+, ou seja, alta velocidade de contração e maior potência máxima de contração; Maior capacidade de gerar força; Fadiga alta ou moderada, sendo menos resistente e mais enzimas glicolíticas (glicólise e fermentação), que intensificam metabolismo de carboidratos. Em relação ao funcionamento dessas fibras musculares no exercício, sua principal característica é a VELOCIDADE e FORÇA. Exercício com alta intensidade e pouca duração é o cenário no qual as fibras do tipo IIb estão atuando como protagonistas. Essas são capazes de fornecer grande quantidade de potência, mas suportam apenas alguns segundos ou poucos minutos de trabalho, porque não são resistentes à fadiga. São usadas, por exemplo, em corridas curtas (100m) e saltos (em altura ou distância), levantamento de peso, e qualquer outro exercício intenso e curto. Compõem músculos com prioridade de contração muito rápida e forte. Fibras musculares intermediárias As fibras musculares intermediárias (tipo IIa) são também conhecidas como fibras musculares rápidas resistentes à fadiga e possuem característica intermediárias entres fibras do tipo I e IIb, características transicionais. Apresentam além de metabolismo glicolítico, capacidade oxidativa desenvolvida e resistência à fadiga. Apresentam morfologia e propriedades semelhante às fibras musculares IIb com acréscimo de que possuem compostos fosfagênios, como a fosfocreatina, e enzima creatina fosfoquinase (CPK), que participam do sistema do fosfato e garante, de modo limitado, rápida ressíntese de moléculas de ATP. Em exercício de segundos, o sistema fosfato é o principal fornecedor de energia à célula muscular, porque é imediato. Quando a duração da atividade física aumenta para alguns minutos, o sistema fosfato já está esgotado e o sistema de fermentação lática ganha importância. Nesse estado, não só fibras musculares rápidas, mas também as intermediárias estão atuando no músculo, por exemplo, na musculação e também natação. Sua unidade motora é intermediária com limiar de excitabilidade médio e motoneurônios médios. Referência: https://museuescola.ibb.unesp.br/subtopico.php?id=2&pag=2&num=3&sub=40 https://museuescola.ibb.unesp.br/subtopico.php?id=2&pag=2&num=3&sub=40
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