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Fibras musculares

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FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS 
 
O tecido muscular esquelético possui uma heterogeneidade quanto as fibras e, com 
propriedades metabólicas e contráteis distintas. Desta forma, pesquisadores comprovaram 
que existem dois tipos de fibras musculares que se diferem em suas características, como 
mecanismos primários que usam para produção de ATP, nos tipos de ativações de 
neurônios motores e na cadeia pesada de miosina expressada. De músculo para músculo, 
pessoa para pessoa, essas diferenças podem variar. 
Algumas técnicas são empregadas para estabelecer o tipo de fibra muscular, 
dentre, são avaliados a cadeia pesada de moléculas de miosina, que existe em três 
formatos diferentes. Através da sensibilidade da fibra há um tipo de pH alterado da 
enzima miosina ATPase, é feita a análise. Diante disso, a hidrólise do ATP na região de 
cadeia pesada de miosina, quem irá determinar a velocidade de encurtamento do 
sarcômero e assim diferenciar as fibras. Mais especificamente, ocorre a supressão da 
atividade da ATPase através do pH ácido, fato que ocorre em fibras de contração rápida 
e que em contrapartida se mantém estáveis em pH alcalino, além disso, essas fibras 
adquirem uma coloração escura na presença dessa enzima. Em contraponto, a atividade 
enzimática continua sendo alta em pH ácido nas fibras de contração lenta, e em pH 
alcalino é inativada, adquirem coloração clara pra miosina ATPase. A seguir, quadro 18.2 
esquematicamente classificando os tipos de fibras musculares esqueléticas de acordo com 
sua morfologia, histoquímica, bioquímica, função e contratilidade. 
Fonte: Livro de Fisiologia do Exercício:Nutrição, Energia e Desempenho Humano, 7º ed. 
Neste trabalho, serão priorizadas as fibras tipo I, IIa e IIb. 
FIBRAS DE CONTRAÇÃO LENTA (Tipo I) 
 As fibras contráteis lentas geram energia para que a ressíntese de ATP seja 
realizada predominantemente pelo sistema aeróbico de transferência de energia. Elas 
possuem quatro características específicas: 
1. Baixa atividade de miosina ATPase; 
2. Capacidade de manipular cálcio e velocidade de encurtamento; 
3. Capacidade glicolítica pouco desenvolvida quando comparada as fibras de 
contração rápida; 
4. Mitocôndrias grandes e volumosas; 
Devido a sua riqueza em mitocôndrias, dos correspondentes citocromos que 
possuem ferro em combinação aos altos indicies de mioglobina, as fibras de contração 
lenta possuem pigmentação vermelha. Os altos níveis de enzimas mitocondriais estão 
intimamente relacionados ao maquinismo metabólico aeróbico. Devido a essas 
características, as fibras de contração lenta se tornam mais resistentes a fadiga e adaptadas 
a atividades aeróbicas prolongadas. Essas fibras podem ser denominadas de fibras LO 
(lentas-oxidativas) para indagar sobre sua velocidade lenta e seu metabolismo oxidativo. 
Ao contrário das fibras de contração rápida que fadigam rapidamente, as fibras LO são 
recrutadas em atividades aeróbicas. 
 A redução de glicogênio muscular supõe que a demanda do exercício prolongado 
de alta intensidade é feito pelas fibras musculares lentas. A capacidade oxidativa dos dois 
tipos de fibras determinam a expansão do fluxo sanguíneo a partir dos músculos, com a 
fibras LO recebendo a maior quantidade. 
 As fibras musculares esqueléticas em animais adultos são reguladas por vias de 
sinalização independente. Dentre essas vias, incluem a ras/mitógeno-proteinoquinase 
ativada (MAPK), a calcineurina, proteinoquinase IV dependente de cálcio/calmodulina e 
proliferador de peroxissomo y coativador 1 (PGC-1a), coativador provedor de biogênese 
mitocondrial, oxidação mitocondrial dos ácidos graxos e a glicogênese hepática. A 
ras/MAPK conecta neurônios motores e os sistemas de sinalização, englobando a 
regulação de excitação e transcrição de modo que promova a indução da regeneração 
muscular dependente de nervos. 
 Os pesquisadores de modo geral classificam as fibras de contração lenta como tipo 
I, e as de contração rápida tipo II. Tantos as fibras lentas como as rápidas contribuem para 
exercícios aeróbicos e anaeróbicos quase máximo, como ocorre na natação, corrida, 
basquete, hóquei de campo ou futebol, que compilam os altos níveis de transferência 
energética aeróbica e anaeróbica. 
 
FIBRAS DE CONTRAÇÃO RÁPIDA (Tipo II) 
As fibras de contração rápida possuem as seguintes características: 
1. Grande capacidade para a transmissão eletroquímica dos potenciais de ação; 
2. Grande atividade de miosina ATPase; 
3. Liberação e captação rápida de Ca2+ por retículo sarcoplasmático eficiente; 
4. Alta taxa de renovação (turnover) das pontes cruzadas. 
Esses quatro fatores são responsáveis pela geração rápida de energia por essas 
fibras rápidas e poderosas. A velocidade de encurtamento e tensão nas fibras rápidas 
são de três a cinco vezes maiores quando comparadas às de contração lenta. As fibras 
de contração rápida utilizam um sistema glicolítico a curto prazo extremamente 
desenvolvido para transferir energia. As fibras tipos II predominam nas atividades de 
alta velocidade do tipo anaeróbica, assim como outras atividades que exigem 
contração muscular a partir de metabolismo energético anaeróbico. As fibras de 
contração rápida são recrutadas principalmente em esportes que mudam de ritmo, 
possuem arranques e paradas, como futebol, basquete, lacrosse ou hóquei de campo. 
Essas atividades por sua vez, necessitam de uma fonte de energia rápida, que será 
gerada somente pelas vias anaeróbicas. 
 As fibras do tipo II são classificadas ainda, em: tipo IIa, IIx e IIb. Essas fibras são 
encontradas no sistema musculoesquelético humano e ainda em outros mamíferos, 
como roedores e gatos. As fibras do tipo IIa possuem uma velocidade rápida de 
encurtamento e uma capacidade bem desenvolvida para transferência de energia 
através de fontes aeróbicas e anaeróbicas. Portanto, essas fibras representam as fibras 
rápidas-oxidativas-glicolíticas (ROG). Já as fibras do tipo IIb possuem um maior 
potencial anaeróbico e a velocidade de encurtamento é mais rápida, ela representa a 
verdadeira fibra rápida glicolítica (RG) 
 
Referência bibliográfica 
MCARDLE, Willian D.. Fisiologia do Exercício: nutrição, energia e desempenho 
humano. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda., 2011. 2578 p.

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