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AULA 02 - SISTEMAS CONSTRUTIVOS

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TÉCNICAS ESPECIAIS EM CONSTRUÇÃO CIVIL 
EGC004 e ENL804 
• Sistemas construtivos: 
 Convencional 
 Racionalizado 
 Industrializado 
CONVENCIONAL 
• A maioria das edificações executadas pelo sistema construtivo convencional consiste em uma 
estrutura reticulada de concreto armado moldada no local, utilizando alvenaria para o fechamento 
externo e vãos internos. 
• O sistema construtivo convencional de edificações, na maioria das empresas, é caracterizado por 
uma atividade de projeto também tradicional, isto é, o projeto é voltado apenas ao produto e não à 
produção. 
• Nesse sistema não há coordenação de projetos, ou quando existe, não passa de compatibilização e 
decisões de grande repercussão técnica e econômica, que são tomadas de maneira subjetiva, no 
momento da produção, perdendo-se praticamente todo o potencial de racionalização que poderia 
ser implantado à produção do edifício (Barros, 1996). 
• Aspectos de um sistema construtivo convencional: 
• mão de obra pouco qualificada; 
• produção quase artesanal; 
• retrabalhos constantes; 
• desperdício de materiais; 
• inexiste integração entre os sistemas; 
• consumo excessivo de materiais decorrente da falta de qualidade de produtos e mão de 
obra; 
• falta de controle nas etapas de trabalho; 
• baixo nível organizacional; 
• gerenciamento de bombeiro; 
• falta de planejamento; 
• maior índice de patologias; 
• maior índice de acidentes; 
• trabalhadores não registrados (trabalho informal); ...... 
RACIONALIZADO 
sistema construtivo convencional + organização = sistema construtivo racionalizado 
• Um sistema construtivo racionalizado é um processo composto pelo conjunto de todas as ações 
que tenham por objetivo otimizar o uso de recursos materiais, humanos, organizacionais, 
tecnológicos, temporais e financeiros disponíveis na construção, em toda as suas fases. 
• A racionalização construtiva é uma das diretrizes mais recomendadas, por diversos autores, para a 
melhoria da qualidade na construção de edifícios. 
• Melhado (1994) destaca a importância da racionalização como um princípio que pode ser utilizado 
em qualquer processo construtivo, proporcionando considerável redução de custo, a partir da 
implantação de ações de padronização de componentes, simplificação de operações e aumento de 
produtividade que podem trazer grandes reduções de custo. Porém, salienta que a maior parte 
destas medidas deve ser admitida ainda na etapa de projeto, devido às suas implicações quanto a 
dimensões, especificações e detalhes que são incorporados ao mesmo. 
• Segundo Souza (1998) todas as fases de execução da obra, os números de operações do processo 
de execução, os tipos de serviços, as dependências entre as atividades, o movimento, transporte e 
circulação de materiais no canteiro de obras, a quantidade e habilidade necessária de mão-de-obra 
devem ser pensadas nas fases de projeto quanto ao seu grau de repetição de tarefas, formas e 
dimensões, disposição de maquinas e equipamentos e grau de complexidade, objetivando a 
continuidade da execução. 
• No que consiste? 
• na introdução de um novo equipamento; 
• na introdução de uma nova técnica de execução; 
• na otimização de um subsistema (vedações, instalações prediais, revestimentos, 
esquadrias, ......). 
• Algumas vantagens de um sistema construtivo racionalizado: 
• pode ser aplicado por iniciativa da própria empresa; 
• tem efeito imediato; 
• abre caminho ao processo de industrialização; 
• tem grande sinergia com iniciativas que buscam organizar o processo, como os sistemas de 
gestão da qualidade, gestão ambiental, gestão de risco, gestão de segurança ...... 
• Objetivos do sistema racionalizado: 
• melhorar a atividade do projeto; 
• dar treinamento, qualificar e motivar a mão de obra; 
• organizar a produção; 
• padronizar as técnicas construtivas; 
• controle de aceitação e produção. 
• Apesar de todo o desenvolvimento e disponibilidade das atuais tecnologias de apoio à concepção 
do projeto, esses são entregues à obra repletos de erros e lacunas, levando a grandes perdas de 
eficiência nas etapas de execução, bem como a prejuízo de determinadas características do 
produto que foram desenvolvidas antes da sua execução (Melhado, 2000). 
• O estágio inicial do processo de projeto, onde os clientes informam suas expectativas e suas 
percepções de necessidades é um dos estágios mais críticos do ciclo de vida de um projeto 
(Gamerson, 1996). 
• Conceitos a serem entendidos nesse sistema: 
• construtibilidade 
• desempenho 
• garantia de qualidade 
 
• Segundo o Construction Industry Institute, construtibilidade é definido como "o uso ótimo do 
conhecimento das técnicas construtivas e da experiência nas áreas de planejamento, projeto, 
contratação e operação em campo, para se atingir os objetivos globais do empreendimento" (CII, 
1987). 
• Esta definição, adotada por diversos autores, ressalta a importância da participação de todos os 
profissionais envolvidos e, em particular, aqueles envolvidos com a execução e com a elaboração 
dos projetos. 
• A incorporação de princípios de racionalização construtiva e construtibilidade de projetos 
salientam a necessidade de que seja reformulada a maneira atual de gerenciamento dos mesmos. 
• O principio básico da construtibilidade na gestão de projeto é procurar adequar o projeto à 
realidade da sua futura construção, envolvendo todas as etapas do processo construtivo 
(concepção, construção e uso). 
• Desempenho (conceito): 
• quanto ao comportamento do empreendimento em utilização; 
• quanto ao cumprimento das funções pré estabelecidas ao empreendimento durante a vida 
útil, inserido no meio ambiente; 
• observações só em situações reais, podendo ser simulado 
• através de ensaios 
• modelos matemáticos e físicos 
 
• Desempenho (requisitos): 
• qualitativo em função da resposta que um elemento ou componente fornece à necessidade 
de atendimento as exigências dos usuários (p.e. uma parede de alvenaria) 
• resistência a fixação de cargas suspensas 
• resistência ao impacto 
 
• Desempenho (exigências): 
• necessidades a serem satisfeitas pelo empreendimento para cumprir suas funções pré 
estabelecidas; 
• considerar as peculiaridades e limitações regionais e da população; 
• podem ser de caráter absoluto ou relativo. 
SEGURANÇA ESTRUTURAL 
• estabilidade e resistência 
2. SEGURANÇA AO FOGO 
• risco de início e propagação de incêndios, segurança do usuário 
3. SEGURANÇA DE UTILIZAÇÃO 
• segurança do usuário e contra intrusão 
4. ESTANQUEIDADE 
• aos gases líquidos e sólidos 
5. CONFORTO HIGRO-TÉRMICO 
• temperatura e umidade do ar e das paredes 
6. EXIGÊNCIAS ATMOSFÉRICAS 
• pureza do ar, limitação de odores 
7. CONFORTO VISUAL 
• aclaramento, aspecto dos espaços, vista para o exterior 
8. CONFORTO ACÚSTICO 
• isolação acústica e níveis de ruído 
9. CONFORTO TÁTIL 
• eletricidade estática, rugosidade, umidade, temperatura da superfície 
10. CONFORTO ANTROPODINÂMICO 
• acelerações, vibração e esforços de manobra 
11. EXIGÊNCIAS DE HIGIENE 
• cuidados corporais, abastecimento de água 
• eliminação de matérias usadas 
12. ADAPTAÇÃO À UTILIZAÇÃO 
• número, dimensões, geometria e relações dos espaços e de equipamentos necessários 
13. DURABILIDADE 
• conservação e desempenho ao longo do tempo 
14. EXIGÊNCIAS DE ECONOMIA 
• custo inicial e custo de operação, manutenção e reposição durante o uso 
 
INDUSTRIALIZADO 
sistema construtivo racionalizado + mecanização = sistema construtivo industrializado 
• A norma brasileira NBR 9062 - Projetos e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado, de 
1985, distingue em sua definição conceitual os elementos pré-moldados dos elementos pré-
fabricados. 
• Os conceitos, a seguir descritos, transformam a mentalidade de artesã para industrial sendo esse o 
primeiro grande passo para o desenvolvimento tecnológico. 
• Elementos “pré-moldados” são executados fora do localdefinitivo de utilização, podendo ser 
produzido no próprio canteiro, sob condições menos rigorosas de controle de qualidade, sem 
laboratório. 
• Elementos “pré-fabricados” são aqueles executados fora do local definitivo da estrutura, de forma 
industrial, em usinas ou instalações análogas, sob rigoroso controle de qualidade, com laboratório. 
• A História da Industrialização se identifica, num primeiro tempo, com a história da mecanização, 
isto é, com a evolução das ferramentas e máquinas para a produção de bens. Caracteriza-se por 
três grandes fases: 
1) PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1760): ERA INDUSTRIAL 
Nascimento das máquinas genéricas ou polivalentes que reproduzem de certa maneira as mesmas ações 
artesanais anteriormente executadas. 
2) SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1860): PRINCÍPIO DA ORGANIZAÇÃO 
A máquina "motorizada e regulada" substitui o homem na capacidade de repetir um ciclo sempre igual. O 
operário é treinado para repetir determinados movimentos (estudo do método) no menor tempo (estudo 
do tempo) com o objetivo de obter os melhores resultados econômicos e qualitativos. 
3) SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1942) 
A evolução dos sistemas industrializados na Europa apresenta três fases sucessivas: 
- a primeira fase ocorre depois da Segunda Guerra Mundial até o início dos anos cinquenta, caracteriza-se 
pela complementação dos métodos tradicionais, procurando-se o aumento do nível tecnológico e da escala 
de produção. Nesta época, os governos locais asseguravam a demanda, possibilitando a produção. 
- a segunda fase se situa entre o fim dos anos cinqüenta e o início dos anos sessenta, e é marcada pela 
consolidação dos sistemas mais adequados e eliminação dos que não eram competitivos nem aceitáveis 
para os consumidores. 
- a terceira fase acontece no final dos anos sessenta, com a introdução de métodos científicos aplicados aos 
empreendimentos com o objetivo de diminuição dos custos finais, frente aos sistemas tradicionais. 
Ocorre uma forma gradual de substituição das atividades que o homem exercia sobre e com a máquina, por 
mecanismos: a diligência, a avaliação, a memória, o raciocínio, a concepção, a vontade, etc., estão sendo 
substituídos por aparelhos mecânicos ou eletrônicos ou, genericamente, por automatismos. 
INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO FECHADO 
A fase que se desenvolveu nos fins dos anos sessenta caracteriza-se pela chamada Industrialização de Ciclo 
Fechado, onde uma mesma empresa ou grupo de empresas coligadas, executam inteiramente com seus 
próprios meios e em suas próprias usinas o produto final, isto é, o edifício completo. 
“a viabilidade da Industrialização de Ciclo Fechado está vinculada à produção em grande série, distribuída 
uniformemente por um longo período de tempo”. 
• Algumas dificuldades para a implantação da industrialização em ciclo fechado: 
• investimento fixo inicial em equipamentos e instalações; 
• treinamento da mão-de-obra; 
• “vender” a idéia de produto padronizado; 
• industrializar todos os subsistemas do edifício; 
• garantia de continuidade da produção para compensar investimento; 
• garantia de volume de produção; 
• garantia de manutenção de prazos de liberação de recursos e conclusão das obras. 
INDUSTRIALIZAÇÃO DE CICLO ABERTO 
Refere-se a industrialização de componentes destinados ao mercado, e não exclusivamente às 
necessidades de uma só empresa, que consiste em pré-fabricar elementos em função do próprio consumo 
nas próprias obras. 
Os elementos assim produzidos poderão ser combinados entre si numa grande variedade de modos, 
gerando os mais diversos edifícios e satisfazendo uma larga escala de exigências funcionais e estéticas. 
Surge o “catálogo”. 
• Algumas dificuldades para a implantação da industrialização em ciclo aberto: 
• normatização de todo o mercado; 
• eliminação da concorrência desleal; 
• o sistema de qualificação da mão-de-obra fica “institucionalizado”; 
• formação de fornecedores de materiais e serviços como “sistemas de produção”; 
• estabelecimento e definição das responsabilidades por toda a cadeia produtiva. 
• "Industrialização da Construção é o emprego de forma racional e mecanizada de materiais, meios de 
transporte e técnicas construtivas para conseguir uma maior produtividade“ (Ordonez et all, 1974). 
• Segundo Bruna (1976) " a industrialização da construção está essencialmente associada aos conceitos de 
organização e de produção em série, os quais deverão ser entendidos, analisando-se de forma mais 
ampla, as relações de produção envolvidas e mecanização dos meios de produção". 
• Conclui-se assim que, a Industrialização da Construção não é um fim em si mesma, mas somente um 
meio de obter determinados objetivos que são basicamente os mesmos de outras áreas da indústria, ou 
seja: 
 Produzir : 
• em maior quantidade; 
• com melhor qualidade; 
• a um custo menor; 
• em um tempo menor. 
• Lembramos que o concreto armado começou com a execução de elementos pré-moldados, em 1848 
com Lambot (França) e 1850 com Hyatt (USA). 
• No Brasil o início do uso da pré-moldagem em canteiro de obras, foi desenvolvido pela necessidade de 
fabricação de estacas para as fundações do Jockey Clube do Rio de Janeiro, em 1925. 
• A pré-fabricação de estacas, postes e tubos antecedem à pré-fabricação de estruturas. O início do uso 
da pré-tração no Brasil deu-se em 1956, na fabricação de placas com espessuras de 12 mm, pelo sistema 
Hoyer. 
• Logo surgiram as “pistas de protensão” com 120,00 m (para postes, Murilo Villaça Maringoni), com 
100,00 m (para estacas, Sobraf, de Paulo Lorena) e com 80,00 m (para estruturas, Protendit, professor 
Augusto Carlos Vasconcellos). 
• O desenvolvimento específico para utilização em escala pública, para pontes, foi em 1961, através da 
Construtora Marna, processo desenvolvido pelo engº Renê. 
• O pré-fabricado tem como objetivo maior, desenvolver normas para uma construção de alta qualidade, 
com o intuito de minimizar os custos de manutenção e proporcionar maior durabilidade à estrutura. 
• A verdadeira qualidade inicia-se nos procedimentos de contratação, de elaboração de orçamentos, no 
acompanhamento dos custos e na execução do que está realmente projetado; e estes procedimentos 
exigem esforços múltiplos desde a concepção do projeto, análise do subsolo com técnicas adequadas 
para uma definição do tipo correto de fundação; compra, controle e aplicação da matéria prima até sua 
entrega na obra como produto acabado e aceito pelo cliente, eliminando a tendência dos ajustes e 
acertos de última hora, tão conhecidos em nossa engenharia. 
• A visão moderna do conceito de industrialização 
• Processo evolutivo calcado em ações organizacionais e inovação tecnológica, identificado com o 
período da mecanização, ganhando projeção mundial no pós guerra. 
• Segundo ROSSO (1980), “a industrialização é a utilização de tecnologias que substituem a 
habilidade do artesanato pelo uso da máquina”. 
 
• Ênfases do processo de produção industrializado: 
• alto nível de organização; 
• tecnologicamente aprimorado; 
• padronização dos métodos e não dos produtos; 
• evolução constante. 
• Objetivos do processo industrializado: 
• conseguir maior eficiência e 
• maior produtividade 
 
• Ações gerenciais: 
• administração de interfaces; 
• recursos humanos; 
• suprimentos. 
• Ações no projeto: 
• construtibilidade; 
• coordenação de projeto; 
• coordenação modular e dimensional; 
• detalhamento técnico; 
• decisões antecipadas; 
• projeto para a produção. 
• Ações na execução: 
• planejamento; 
• treinamento; 
• controle. 
• Conclusão: qualquer processo que tenha alto nível organizacional possui alto grau de industrialização. 
• A essência da industrialização é produzir um objeto sem mão de obra artesanal, com máquinas 
utilizadas por operários especializados, diminuindo assim o tempo despendido em cada etapa 
construtiva, reduzindo os custos e aumentando a produtividade, garantindoa qualidade do produto 
final. 
• Não existe um único sistema construtivo ideal. Um sistema será mais indicado que os demais, à medida 
que para determinadas condições existentes estiver mais adequado, ou seja, apresentar um melhor 
desempenho. 
• Responsabilidade Legal: 
• O fabricante da estrutura pré-moldada é contratualmente responsável pelo fornecimento e pela 
montagem da edificação (as equipes a desenvolverem o trabalho podem ser mistas). 
• O fabricante é responsável pelo fornecimento do produto pré-fabricado (a montagem é realizada 
por uma equipe independente, assim como o transporte e o manuseio dos produtos). 
• O fabricante é responsável pelo fornecimento do produto pré-fabricado para um contratante que 
guarda o comprometimento de manter o contato com o cliente. 
É importante a definição correta das responsabilidades!!! 
• Planejamento da construção (responsabilidades do engenheiro): 
 coordenar todas as informações necessárias para produzir os projetos finais e complementares 
para a obra. Quaisquer alterações de caráter técnico devem ser devidamente comunicadas para as 
modificações que se fizerem necessárias. 
 revisar e aprovar todas as esquematizações necessárias para o transporte, manuseio e montagem 
da estrutura, além dos planos de contraventamento e escoramento provisório. 
 cuidar da interface entre os elementos estruturais e os demais equipamentos a serem instalados. 
 manter fiscalização baseada nas tolerâncias aceitáveis acordadas em contrato durante a 
montagem, principalmente quando comparadas com o especificado em contrato. 
• Aspectos a serem considerados: 
• detalhes de carregamento; 
• seqüência de entrega; 
• cronogramas; 
• tipos de transporte; 
• rotas de caminhões para a entrega das peças no canteiro; 
• posicionamento de guindastes e de gruas (se necessário); 
• técnicas e equipamento de montagem; 
• organização do canteiro. 
• Montagem de edifícios: 
• A qualidade da montagem é essencial; 
• O trabalho da equipe de montagem é a parte mais visível do projeto de construção; 
• Transporte eficiente e econômico é fator importante no sucesso da operação de montagem da 
edificação; 
• No planejamento deve-se analisar as condições de acessibilidade do canteiro às peças, bem como a 
sua organização; 
• Cronogramas devem ser feitos para definir o comportamento da operação. 
• Transporte (pontos a serem focados): 
• Antes da fabricação das peças na fábrica a seqüência de montagem da construção deve ser 
definida; 
• O fabricante deve prever a produção de peças, próximas à ordem de uso das mesmas pela equipe 
de montagem; 
• Flexibilidades exigidas na seqüência da manufatura das peças: 
• cargas na capacidade máxima dos veículos de transporte; 
• controle de posição da peça na carreta para permitir mais segurança e economia no manuseio e 
descarga; 
• aviso ou requisição de peças adequado ao cronograma pré-determinado; 
• rapidez de descarga. 
• Transporte (pontos a serem focados na entrega): 
• Os elementos pré-moldados devem ser carregados e entregues: 
• assegurando transporte seguro; 
• satisfazendo as leis vigentes; 
• usando suportes e enrijecedores próprios para evitar danos; 
• permitindo fácil descarga para montagem. 
• tipo, tamanho, forma e peso das peças; 
• tipos de acabamento; 
• condições climáticas; 
• condições das estradas; 
• método de transporte; 
• tipo de veículo; 
• distância entre a fábrica e a obra, horários, ...... 
• deve-se estudar rotas de transporte para se evitar atrasos ou aumentar a possibilidade de 
acidentes; 
• casos específicos devem ser estudados sob a forma de projetos de montagem próprios; 
• cuidar com esforços adicionais aplicados à peça devido ao processo de transporte. 
• Transporte (acessos): 
• Atrasos podem ser evitados quando o acesso adequado existe; 
• Os equipamentos de descarga e montagem devem poder trafegar pelo canteiro em leitos 
adequados; 
• Cuidar com a logística do canteiro e a proteção dos operários e demais elementos. 
• Transporte (armazenamento): 
• Para o caso de entregas de peças acima da capacidade diária de montagem dos equipamentos 
disponíveis uma área apropriada deve ser disponibilizada no canteiro; 
• Área relativamente firme e nivelada, e com uma drenagem adequada; 
• As unidades temporariamente armazenadas devem estar estabelecidas em cima de suportes, fora 
de contato com o solo e distribuídos de acordo com as indicações de projeto; 
• Criar marcas de identificação bem visíveis; 
• Manter inventário contínuo. 
• Tolerâncias: 
• Tolerância é a quantidade admissível de variação de uma dimensão especificada em projeto, 
podendo ser expressa como uma variação aditiva ou subtrativa de uma dimensão, ou mesmo como 
uma variação absoluta. 
• Tolerância de Produto 
• Tolerância de Montagem 
• Tolerância de Interfaces 
• Estruturais: para assegurar que o projeto estrutural leva em conta fatores de sensibilidade no 
controle das dimensões. Como exemplo cita-se excentricidade de condições de carga, apoios, 
ancoragens e posicionamentos de armaduras. 
• Execução: para assegurar uma performance aceitável dos nós e dos materiais das interfaces na 
estrutura terminadas. 
• Visual: para assegurar que as variações serão controláveis e resultarão em uma estrutura com boa 
aparência. 
• Economia: para assegurar fácil e veloz produção e montagem pelo reconhecimento da variação das 
dimensões dos produtos a serem aplicados no arcabouço. 
• Legal: para estabelecer parâmetros de comparação para efeitos de entrega e aceite de obra. 
• Tolerâncias (aceitabilidade): 
• as “não conformidades” não afetam a integridade estrutural e performance arquitetônica; 
• podem ser corrigidos os erros locais; 
• podem ser corrigidos os erros globais. 
• exceder a tolerância recomendada não afeta a integridade estrutural ou arquitetônica do conjunto. 
• o produto pode ser trazido novamente aos limites da tolerância através de operações simples. 
• a montagem pode ser alterada de maneira a acompanhar as condições estabelecidas na situação 
de tolerância desejada. 
• Tolerâncias do produto: 
• São relativas às dimensões e às relações dimensionais das peças pré-fabricadas individuais; 
• Estabelecidas de acordo com considerações práticas e econômicas, e necessidades funcionais e de 
boa aparência; 
• Devem ser relacionadas com a quantidade de repetição, o tamanho e outras características da 
unidade a ser pré-fabricada; 
• O custo de fabricação atendendo a tolerâncias rigorosas decresce com o aumento da produção; 
• A equipe de montagem deve notificar imediatamente o fabricante quando peças fora da tolerância 
não permitam a conclusão da montagem da estrutura, seja não cabendo nos vãos relativos, seja 
não permitindo que as conexões sejam construídas. 
• Tolerâncias de montagem: 
• São aquelas requeridas para que o “casamento” das peças com o conjunto global da estrutura seja 
eficiente e aceitável; 
• Esta relação permitirá a montagem da estrutura dentro dos aspectos de padronização preconizados 
na escolha da solução estrutural. 
• São aquelas necessárias para juntar os diferentes tipos de materiais a serem colocados na 
edificação, em contato direto ou indireto com a peça de concreto, ante e depois da montagem do 
arcabouço; 
• Absorvem e acomodam os movimentos relativos entre esses materiais. 
• Folgas: 
• Com as tolerâncias estabelecidas deve-se providenciar as folgas próprias (espaços entre peças 
adjacentes). 
• Esta medida trará as folgas aonde as tolerâncias de montagem e de produto poderão ser 
absorvidas. 
 
• Folgas (considerações básicas): 
• tolerância de produto; 
• tipo, tamanho, localização da peça; 
• movimento e função da peça; 
• tolerância de montagem; 
• proteções e segurança contra fogo; 
• espessuras de placas, parafusos,... 
• Garantia de folgas mínimas: 
• determinar o tamanho máximo das peças envolvidas na montagem (tolerâncias dimensionais 
nominais); 
• adicionara este tamanho máximo o menor espaço requerido para o movimento da peça; 
• checar para reiterar que com a folga dimensionada a peça pode ser montada no arcabouço sem 
quebrar alguma das tolerâncias indicadas nos demais casos; 
• checar se a peça pode ser movimentada fisicamente e montada com a folga especificada; 
• considerar a economia, pois as variações volumétricas requeridas pelas folgas devem ter seu custo 
absorvido na maior rapidez e facilidade de montagem; 
• revisar as considerações e hipóteses estruturais; 
• checar o projeto para garantir que caso os valores mínimos venham a ocorrer, isto não acarrete 
infrações à segurança da edificação; 
• selecionar a folga que satisfaça as condições citadas. 
• Reparos: 
• Reparos em estruturas é uma atividade extremamente especializada, exigindo equipe especial, 
principalmente se o resultado final deve ser além de seguro, agradável ao aspecto visual, e à 
padronização. 
• Os reparos devem ser feitos antes da fase de selamento dos nós e juntas. 
• Deve ser encerrado antes da etapa de acabamento final. 
• Realizado quando as condições permitam que a área reparada volte a ter a homogeneidade e 
padrão do restante da edificação. 
• A seleção das técnicas e materiais depende das seguinte condições: 
• extensão do dano 
• função da peça pré-moldada 
• disponibilidade de equipamento e mão-de-obra 
• considerações econômicas 
• rapidez necessária 
• importância da aparência 
• Edificações pré-fabricadas (características): 
• facilidades de supervisão 
• tempo de construção curto 
• qualidade do concreto 
• baixa sensibilidade ao clima 
• equipes de tamanho reduzido 
• Edificações pré-fabricadas (princípios gerais): 
• Metodologia construtiva influi na velocidade da construção 
• Projeto com detalhamento completo executivo 
• Detalhes simples 
• Tipos de estrutura: 
• Estruturas Contraventadas: composta de elementos lineares, e lajes. 
• A estabilidade desse sistema é conseguida através de núcleos de resistência, shear-walls, 
estruturas de contraventamento ou sistemas similares de estabilização dos elementos. 
• Estruturas Aporticadas: composta de elementos lineares, e lajes. 
• A estabilidade desse sistema vem da ação cantilever das colunas fixas na fundação, ou pela 
ação de pórticos quando da ativação das ligações momento-resistente entre colunas e vigas. 
• Estruturas de Paredes Estruturais: no caso de estruturas compostas por paredes estruturais (para 
absorção de cargas) e lajes. 
• Estruturas Celulares: compostas de unidades celulares interconectadas. 
• Estruturas Combinadas: é a combinação dos quatro casos anteriores, que inclui o sistema de 
fachadas portantes, aonde tais elementos estruturais contribuem para a estabilidade do sistema. 
• O projeto executivo de uma construção pré-fabricada deve ser detalhado à exaustão. 
• Os defeitos de detalhamento certamente acarretarão comprometimento da vida útil e da servicibilidade 
da edificação.

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