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Universidade Anhaguera-Uniderp Agrárias Curso: Medicina Veterinária Vithoria Eduarda Barboza Silva Parasitologia Veterinária Geral Revisão de literatura dos parasitas: Trichodectes canis e Felicola subrostratus Campo Grande- MS Abril, 2020 Trichodectes canis È um ectoparasita que causa pediculose e pode transmitir Dipylidum caninum. Infesta principalmente a cabeça, o pescoço, as orelhas e o lombo dos cães e canídeos. Considerado um dos piolhos mastigadores. Classificação: · Reino: Animalia · Filo: Arthropoda · Classe: Insecta · Ordem: Phthiraptera · Subordem: Ischnocera · Família: Trichodectidae · Gênero: Trichodectes · Espécies: T. canis Morfologia É um piolho pequeno, largo, de coloração amarelada e não têm asas, apresentando 1 a 2 mm de comprimento e com marcas escuras sobre o corpo. A cabeça é mais larga e apresentam antenas com três segmentos, são curtas e visíveis. As pernas são vigorosas e seus tarsos apresentam apenas uma garra, com a qual eles se agarram aos pelos do hospedeiro. O abdome apresenta seis pares de espiráculos nos segmentos 2 a 6, e muitas fileiras de cerdas grandes e grossas. Como em todos os ischnoceranos, T. canis tem um par de mandíbulas, mas perdeu os palpos maxilares. Ciclo de vida As fêmeas realizam postura de vários ovos por dia por, aproximadamente, 30 dias. Os ovos eclodem em 1 a 2 semanas e dão origem a três estágios ninfais. As ninfas amadurecem em adultos reprodutores, em média, dentro de duas semanas. O ciclo completo de ovo a adulto requer, em geral, 30 a 40 dias. Área geográfica Sabe-se que o Trichodectes canis habita muitas regiões do mundo e é capaz de tolerar extremos variáveis de temperatura. Foi observada que T.canis não é uma espécie nativa da Austrália, mas foi trazida com animais domesticados. Em áreas do norte como a Escandinávia, acredita-se que essa espécie seja um dos principais ectoparasitas de cães, porque o clima é muito frio para abrigar a presença de outros ectoparasitas, como pulgas ou carrapatos. Detectou-se também o parasitismo por piolhos da espécie Trichodectes canis em raposinha (Cerdocyon thous) e em quati (Nasua nasua) na região do Maranhão. Resultados semelhantes a pesquisas realizadas na Espanha que identificaram em canídeos silvestres de vida livre esta espécie de piolho. Felicola subrostratus Ectoparasita que causa pediculose especificamente em felinos e, apesar de ter distribuição mundial, sua ocorrência é incomum e pouco relatada. Infesta principalmente a pele, face, orelhas e costas. Classificação: · Reino: Animalia · Filo: Arthropoda · Classe: Insecta · Ordem: Phthiraptera · Subordem: Ischnocera · Família: Trichodectidae · Gênero: Felicola · Espécie: F. subrostratus Morfologia Esse piolho apresenta coloração bege à amarela, com bandas castanhas transversais. Os adultos medem, aproximadamente, 1 a 1,5 mm de comprimento. O formato da cabeça é muito característico, sendo triangular e pontiagudo. Em sua cabeça apresenta um sulco longitudinal mediano, que se encaixa ao redor dos pelos do hospedeiro. As antenas apresentam três segmentos, são completamente expostas e são similares em ambos os sexos. As pernas são pequenas, delgadas e terminam em uma única garra. O abdome apresenta apenas três pares de espiráculos e é liso, com poucas cerdas. Possui aparelho bucal mastigador, faz parte da família Trichodectidae e são cosmopolitas. Ciclo evolutivo São hemimetábolos. A oviposição é realizada na pele dos gatos e os ovos eclodem em 10 a 20 dias. Em 2 a 3 semanas, eles chegam ao estágio adulto e o ciclo completo de ovo a adulto requer, aproximadamente, 30 a 40 dias. Área geográfica Embora tenha distribuição mundial, a infestação por F. subrostratus ocorre com pouca frequência na rotina da medicina veterinária, isso pode acontecer por não ser percebida pelos tutores quando em casos assintomáticos ou quando os animais apresentam sinais clínicos mais leves. Há relatos de infestação por tal espécie em felinos em Igarassu, Pernambuco, Rio de Janeiro e Joinville. REFERÊNCIAS https://animaldiversity.org/accounts/Trichodectes_canis/#lifespan_longevity https://docplayer.com.br/10007245-Parasitologia-zootecnica.html http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/98/ENTOMOLOGIA/aula%20artropoda_PIOLHOS209.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4544634/mod_resource/content/1/Piolhos_resumo.pdf http://ucbweb.castelobranco.br/webcaf/arquivos/12787/1233/Malophaga___Anoplura.doc TAYLOR, M.A; COOP, R.L; WALL, R.L. Parasitologia Veterinária. ED: 4. EDITORA: Guanabara Koogan, 2016. COSTA, Heni Falcão da. Parasitologia veterinária geral / Heni Falcão da Costa. Londrina. Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. BOWMAN, Dwight D; HENDRIX, Charles M; Lindsay, David S; BARR, Stephen C. Feline Clinical Parasitology. ED: 2002 ZAJAC, A. CONBOY, G. Veterinary Clinical Parasitology. EDITORA: John Wiley & Son, Inc. 2012. file:///C:/Users/USER/Downloads/Parasitologia/LIVRO%20de%20PARASITO.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2010001100013 http://200.19.146.79/index.php/vetnot/article/view/22974 file:///C:/Users/USER/Downloads/28673-101039-1-PB.pdf http://www.cbpv.org.br/congressos/parasitologia_2014_anais_online/trabalhos/trabalho_1302.html https://www.pubvet.com.br/uploads/d94f15606c8ebb2beabd7c97cf655d60.pdf https://www.pubvet.com.br/uploads/68fdfb2544533f30a6247deba5ac3280.pdf http://eventos.ifc.edu.br/sepe/wpcontent/uploads/sites/22/2016/08/PRESEN%C3%87A-DE-FELICOLA-SUBROSTRATUS-EM-FELIS-CATUS-NO-MUNIC%C3%8DPIO-DE-JOINVILLE-SC.pdf
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