Buscar

Estudo dirigido - lesão e adaptação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Estudo dirigido PATOLOGIA – Revisão para 1ªVA
Adaptação Celular
1) Quais são os tipos de adaptações que a célula pode alcançar para sobreviver a estímulos nocivos?
Atrofia, hipertrofia, hiperplasia e metaplasia.
2) O que é hipertrofia? Diferencie Hipertrofia Fisiológica e Patológica.
É o aumento do volume celular, 
A hipertrofia refere-se ao aumento do tamanho das células que resulta no aumento do tamanho do órgão afetado. O órgão hipertrofiado não possui novas células, apenas células maiores. O tamanho aumentado das células é devido à síntese e à incorporação de novos componentes estruturais intracelulares. Células com capacidade de divisão podem responder aos estímulos sofrendo tanto hiperplasia quanto hipertrofia, porém em tecidos com células que não se dividem (p. ex., células miocárdicas), o aumento da massa tecidual é devido apenas à hipertrofia. Em muitos órgãos, hipertrofia e hiperplasia coexistem, contribuindo para o seu aumento de tamanho. A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da demanda funcional ou por estimulação de hormônios e fatores de crescimento. A hipertrofia fisiologia é um fenômeno programado com a gravidez, e a hipertrofia patológica não é programada é consequência de estímulos variados. Um exemplo é a hipertrofia do miocárdio.
3) Descreva o mecanismo da hipertrofia
• As ações integradas de sensores mecânicos (que são iniciadas por aumento da carga de trabalho), fatores de crescimento (incluindo TGF-β, fator de crescimento semelhante à insulina 1 [IGF-1], fator de crescimento fibroblástico) e agentes vasoativos (p. ex., agonistas α-adrenérgicos, endotelina-1 e angiotensina II). De fato, os próprios sensores mecânicos induzem a produção de fatores de crescimento e agonistas.
• Esses sinais originários da membrana celular ativam uma rede complexa de vias de transdução de sinal. Duas dessas vias bioquímicas envolvidas na hipertrofia muscular são a via do fosfoinositídio 3-cinase (PI3K)/Akt (considerada a mais importante na hipertrofia fisiológica, p. ex., a induzida por exercício) e a via de sinalização em cascata da proteína G ligada a receptores (induzida por muitos fatores de crescimento e agentes vasoativos e considerada como sendo mais importante na hipertrofia patológica). • Essas vias de sinalização ativam um conjunto de fatores de transcrição como GATA4, fator nuclear de células T ativadas (NFAT), e fator estimulador do miócito 2 (MEF2). Esses fatores de transcrição trabalham coordenadamente para aumentar a síntese das proteínas musculares que são responsáveis pela hipertrofia. Ahipertrofia pode também estar associada com uma troca de proteínas contráteis do tipo adultas para uma forma fetal ou neonatal. Por exemplo, durante a hipertrofia muscular, a isoforma α da cadeia pesada da miosina é substituída pela isoforma β, a qual promove uma contração mais lenta e energeticamente mais econômica. Além disso, alguns genes, que são expressos apenas durante o desenvolvimento inicial, são reexpressos em células hipertróficas, e os produtos desses genes participam na resposta celular ao estresse. Por exemplo, o gene para o fator natriurético atrial é expresso tanto no átrio quanto no ventrículo do coração embrionário, mas reduz sua expressão após o nascimento. Ahipertrofia cardíaca está associada com o aumento da expressão do gene do fator natriurético atrial. O fator natriurético atrial é um hormônio peptídico que promove excreção de sal pelo rim, diminui o volume e a pressão sanguínea e, em consequência, reduz a carga hemodinâmica. Seja qual for a causa ou o mecanismo exato da hipertrofia cardíaca, ela, eventualmente, atinge um limite depois do qual o aumento da massa muscular deixa de ser capaz de compensar a sobrecarga. Nesse estágio, ocorrem várias alterações regressivas nas fibras miocárdicas, das quais as mais importantes são lise e perda de elementos contráteis miofibrilares. Em casos extremos, pode ocorrer morte dos miócitos. O resultado final dessas alterações é a insuficiência cardíaca, uma sequência de eventos que ilustra como uma adaptação ao estresse pode progredir para lesão celular funcionalmente significativa, se o estresse não for aliviado. Para evitar tais consequências, vários fármacos que inibem as vias de sinalização importantes que envolvem os genes NFAT, GATA4 e MEF2 estão em ensaios clínicos nas fases 1 ou 2.
4) O que é hiperplasia? Diferencie Hiperplasia Fisiológica e Patológica.
A hiperplasia é definida como um aumento no número de células em um órgão ou tecido em resposta a um estímulo. Embora hiperplasia e hipertrofia sejam processos diferentes, frequentemente elas ocorrem juntas e podem ser induzidas pelos mesmos estímulos externos. Ahiperplasia somente ocorre em tecidos que contêm células capazes de se dividir, aumentando, portanto, o número de suas células. Ela pode ser fisiológica ou patológica. Hiperplasia Fisiológica A hiperplasia fisiológica devido à ação de hormônios ou fatores do crescimento ocorre em várias circunstâncias: quando há necessidade de aumentar a capacidade funcional dos órgãos hormôniosensíveis; quando há necessidade de aumento compensatório após lesão ou ressecção.
A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada pela ação excessiva ou inapropriada de hormônios ou fatores de crescimento sobre suas células-alvo.
5) O que é Atrofia e quais são as causas mais comuns?
Atrofia é definida como a redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição do tamanho e do número de células.
As causas mais com uns são:
 • Redução da carga de trabalho (atrofia de desuso).
 • Perda da inervação (atrofia por denervação)
• Diminuição do suprimento sanguíneo.
• Nutrição inadequada.
• Perda da estimulação endócrina
• Compressão
6) Descreva os mecanismos da metaplasia?
A metaplasia não resulta de uma alteração no fenótipo de um tipo celular já diferenciado; ao contrário, ela é o resultado de uma reprogramação de células-tronco que sabidamente existem nos tecidos normais ou de células mesenquimais indiferenciadas presentes no tecido conjuntivo. Em uma alteração metaplásica, essas células precursoras diferenciam-se ao longo de um novo caminho. Adiferenciação de célulastronco para uma linhagem particular é provocada por sinais gerados por citocinas, fatores de crescimento e componentes da matriz extracelular presentes no ambiente celular. Esses estímulos externos promovem a expressão de genes que dirigem as células para uma via de diferenciação específica. Arelação direta entre a desregulação de um fator de transcrição e a metaplasia é vista em caso de deficiência ou excesso de vitamina A (ácido retinoico), que podem, ambos, causar metaplasia. O ácido retinoico regula a transcrição do gene diretamente através de receptores retinoides nucleares, que podem influenciar a diferenciação de células progenitoras derivadas de células-tronco teciduais. Desconhece-se como outros estímulos externos causam metaplasia, mas é claro que, de algum modo, eles também alteram a atividade dos fatores de transcrição que regulam a diferenciação.
Lesão Celular e Morte Celular
1) Descreva sucintamente quais são as principais causas da Lesão Celular.
Alterações genéticas, deficiências nutricionais, distúrbios endócrinos, doenças imunológicas, agentes físicos e químicos, infecções, anóxia. 
2)Quais são os dois tipos de consequências das lesões celulares reversíveis? Descreva cada uma delas. 
Necrose e apoptose.
3)Cite os quatro sistemas principais da célula, que quando alterados podem levar à morte celular (lesão irreversível).
 1- membranas - que mantém a homeostasia iônica e osmótica da célula e das organelas. 2- respiração aeróbica - fosforilação oxidativa com produção de ATP (mitocôndrias). 3- síntese de proteínas e manutenção do citoesqueleto. 4- DNA.
4) Esquematize e explique os efeitos da hipóxia na célula.
5) Explique a participação do Ca na lesão celular.
Os íons cálcio são importantes mediadores da lesão celular. De acordo com isto, a diminuição do cálcio protege as células de lesões induzidas por umavariedade de estímulos nocivos. O cálcio livre no citosol é normalmente mantido em concentrações muito baixas (≈ 0,1 µmol) em comparação com os níveis extracelulares de 1,3 mmol, e a maior parte do cálcio intracelular fica sequestrada na mitocôndria e no RE. A isquemia e certas substâncias tóxicas causam um aumento da concentração do cálcio citosólico, inicialmente pela liberação do Ca 2+ dos estoques intracelulares e, posteriormente, pelo aumento do influxo através da membrana plasmática (Fig. 2-19). O aumento do Ca 2+ intracelular causa lesão celular por vários mecanismos.
6)Conceitue radical livre.
 Os radicais livres são espécies químicas que têm um único elétron não emparelhado em um orbital externo. Os elétrons não emparelhados são altamente reativos e “atacam” e modificam moléculas adjacentes, tanto substâncias inorgânicas quanto orgânicas — proteínas, lipídios, carboidratos, ácidos nucleicos —, muitas delas componentes essenciais do núcleo e das membranas celulares.
7) Quais são os radicais livres derivados do oxigênio?
As espécies reativas de oxigênio (ERO) são um tipo de radical livre derivado do oxigênio, cujo papel na lesão celular está bem estabelecido. Normalmente, ERO são produzidas nas células durante a respiração mitocondrial e geração de energia, mas são degradadas e removidas pelos sistemas de defesa celulares.
8) Quais as diferenças fundamentais existentes entre necrose e apoptose?
Enquanto a necrose é sempre um processo patológico, a apoptose auxilia muitas funções normais e não é, necessariamente, associada à lesão celular.
9) Descreva as alterações celulares seguintes à morte celular provocada.
A resposta celular depende do tipo da agressão, sua duração e sua intensidade,
As consequências da agressão a célula dependem do tipo celular, estado e adaptabilidade da célula agredida.
Em resposta a um estresse persistente a célula morre ou se adapta.
As lesões celulares causam alterações bioquímicas e funcionais em um ou mais componentes celulares, levando a alteração de uma ou mais funções celulares,
10) Quais os tipos de necrose e suas características?
Anecrose coagulativa é a forma de necrose tecidual na qual a arquitetura básica dos tecidos mortos é preservada por um intervalo de alguns dias. Os tecidos afetados exibem uma consistência firme. Supostamente, a lesão desnatura não apenas as proteínas estruturais, mas também as enzimas, bloqueando, assim, a proteólise das células mortas; como resultado, células anucleadas e eosinófilas persistem por dias ou semanas. Finalmente, as células necróticas são removidas por fagocitose dos restos celulares por leucócitos infiltrados e pela digestão das células mortas através da ação das enzimas lisossômicas dos leucócitos. A isquemia causada por obstrução de um vaso provoca necrose de coagulação dos tecidos em todos os órgãos, exceto no cérebro. Uma área localizada de necrose de coagulação é chamada de infarto.
A necrose liquefativa, ao contrário da necrose de coagulação, é caracterizada pela digestão das células mortas, resultando na transformação do tecido em uma massa viscosa líquida. É observada em infecções bacterianas focais ou, ocasionalmente, nas infecções fúngicas, porque os micróbios estimulam o acúmulo de leucócitos e a liberação de suas enzimas. O material necrótico é frequentemente amarelo-cremoso devido à presença de leucócitos mortos e é chamado de pus. Por razões desconhecidas, a morte por hipoxia de células dentro do sistema nervoso central com frequência se manifesta como necrose liquefativa.
Anecrose gangrenosa não é um padrão específico de morte celular, mas o termo é usado comumente na prática clínica. Em geral é aplicado a um membro, geralmente a perna, que tenha perdido seu suprimento sanguíneo e que tenha sofrido necrose (tipicamente necrose de coagulação), envolvendo seus diversos planos teciduais. Quando uma infecção bacteriana se superpõe, ocorre ainda necrose liquefativa devido à ação de enzimas degradativas das bactérias e dos leucócitos atraídos (originando a chamada gangrena úmida) 5 . Anecrose caseosa é encontrada mais frequentemente em focos de infecção tuberculosa (Cap. 8). O termo “caseoso” (semelhante a queijo) é derivado da aparência friável esbranquiçada da área de necrose (Fig. 2-13). Ao exame microscópico, a área necrótica exibe uma coleção de células rompidas ou fragmentadas e restos granulares amorfos delimitados por uma borda inflamatória distinta; essa aparência é característica de um foco de inflamação conhecido como granuloma.
Anecrose gordurosa 6 é um termo bem estabelecido no vocabulário médico, mas que, na verdade, não denota um padrão específico de necrose. De fato, ela se refere a áreas focais de destruição adiposa, tipicamente resultantes da liberação de lipases pancreáticas ativadas na intimidade do pâncreas e na cavidade peritoneal. Isto ocorre na emergência abdominal calamitosa, conhecida como pancreatite aguda (Cap. 19). Nesse distúrbio, as enzimas pancreáticas escapam das células acinares e liquefazem as membranas dos adipócitos do peritônio. As enzimas liberadas quebram os triacilgliceróis contidos dentro dessas células. Os ácidos graxos liberados combinam-se com o cálcio, produzindo áreas calcárias brancas macroscopicamente visíveis (saponificação da gordura), que permitem ao cirurgião e ao patologista identificarem as lesões. Ao exame histológico, os focos de necrose exibem contornos indistintos de adipócitos necróticos, com depósitos de cálcio basófilos, circundados por uma reação inflamatória.
11) Qual o destino dos tecidos necróticos?
Os fragmentos celulares são fagocitados pelas células da inflamação. Necrose desencadeia uma reação inflamatória, pois houve a ruptura da membrana plasmática. Se o tecido necrótico permanece, ocorre a infecção, pois as células mortas são quimiotáticas para agentes infecciosos. O reparo da necrose se dá pela substituição do tecido necrótico por tecido novo (pode ser por um processo de regeneração, que mantém sua função, ou por cicatrização, que faz um preenchimento com colágeno).

Outros materiais