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CC'S PRÁTICA IV

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CC’S PRÁTICA PROCESSUAL IV
CASO CONCRETO 1 
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA DE NATUREZA CAUTELAR As tutelas de urgência estão disciplinadas no Livro V, Da Tutela Provisória, em seu Título II, Capítulos I, II e III do Código de Processo Civil, Lei n. 13.105 de 16 de março de 2015. De acordo com a regra disciplinada no caput do artigo 294 do CPC, existem duas tutelas provisórias, quais sejam: a tutela provisória de urgência, que irá se estudar neste capítulo, e a tutela provisória de evidência. No que tange a Tutela provisória de urgência cautelar, conforme determina a redação do artigo 305 do CPC, a petição inicial desta ação, em caráter antecedente, indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir, artigo 306, caput do CPC, e, não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias, artigo 307, caput do CPC. Agora, contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum, parágrafo único do artigo 307 do CPC. Pela regra descrita no artigo 300 do CPC, a tutela de urgência, tanto cautelar quanto antecipada, será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. São requisitos da tutela cautelar o fumus boni iuris e o periculum in mora. A tutela de urgência de natureza cautelar, art. 301 do CPC, poderá ser efetivada mediante sequestro, arrolamento de bens, arresto, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito da parte. 
MODELO: PEÇA PROCESSUAL - TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE
(fonte no mínimo 12, Times New Roman, espaçamento entre linhas 1,5) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ..... Ou
AO JUÍZO DA VARA .... (juízo a qual será distribuída) (espaço de aproximadamente10 linhas entre o endereçamento e o preâmbulo) 
AUTOR (NOME COMPLETO), nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade n°..., inscrito no CPF n °..., endereço eletrônico , domiciliado ..., residente (endereço completo) (respeitar esta ordem de qualificação completa conforme art. 319, inc. II CPC),vem por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 77, inciso V do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor: (espaço de uma linha) AÇÃO... COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR (espaço de uma linha) Pelo rito comum, em face do REÚ (NOME COMPLETO), nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., endereço eletrônico , domiciliado ..., residente (endereço completo) , pela lide e fundamentos a seguir: 
(espaço de duas linhas) 
PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO (QUANDO COUBER) (espaço de uma linha) 
GRATUIDADE DE JUSTIÇA (QUANDO COUBER) (espaço de uma linha) 
DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU PELA NÃO REALIZAÇÃODA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO (QUANDO COUBER) (espaço de uma linha) DA LIDE (espaço de uma linha para iniciar a narrativa da lide)
(espaço de duas linhas para iniciar o capítulo da fundamentação) 
DOS FUNDAMENTOS (espaço de uma linha para iniciar a narrativa da fundamentação) Narrar a fundamentação jurídica pertinente ao caso concreto (dispositivo legal). Nesse sentido é a doutrina: (inserir a doutrina, usar recuo de margem (esquerda) por se tratar de citação, identificar o doutrinador e sua obra) Nesse sentido é a jurisprudência do Egrégio Tribunal: (inserir a jurisprudência, usar recuo de margem (esquerda) por se tratar de citação, identificar o julgado) (espaço de duas linhas ) 
DA TUTELA DE URGÊNCIA (Exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano/ou risco ao resultado útil do processo ou se preferir, fumus boni iuris e periculum in mora) (espaço de duas linhas para iniciar os pedidos) 
DOS PEDIDOS (espaço de uma linha) Diante do exposto, requer: 
a) Prioridade na tramitação (QUANDO COUBER) 
b) Gratuidade de justiça (QUANDO COUBER) 
c) Que seja concedida liminarmente a tutela provisória de urgência cautelar para.... 
d) Citação do réu para contestar a demanda no prazo de 5 dias. 
e) Julgar procedente o pedido para.... f) Condenação do réu em custas processuais e nos honorários advocatícios. (espaço de duas linhas para iniciar a narrativa das provas) 
DAS PROVAS (espaço de uma linha) Requer a produção de provas, conforme artigo 369 do CPC, especialmente
documental. (espaço de duas linhas) 
DO VALOR DA CAUSA (espaço de uma linha) Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso) (espaço de duas linhas) Espera deferimento. (espaço de uma linha) Local e data. (espaço de duas linhas) Advogado (nome completo do advogado e sua assinatura). OAB/UF n.º... (sigla do Estado da Federação e número da OAB)
		
CASO CONCRETO 2 
Antônia Moreira Soares, portuguesa, médica, é casada há 30 anos com Pedro Soares, brasileiro, dentista. Na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes, também constituíram um vasto patrimônio, fruto do esforço comum do casal. Ocorre que Antônia descobriu que Pedro está com um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu se divorciar. Pedro, após saber da vontade da mulher em não manter o casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos saques em uma das contas conjuntas do casal. Antônia, após ouvir a conversa de Pedro com Isabel, comprova junto ao banco ao qual possuem conta os saques de Pedro. Diante da hipótese, como advogado de Antônia, elabore a peça processual cabível a defesa dos seus interesses, ciente que esta desconhece todos os bens a que tem direito.
	
CASO CONCRETO 3
Carlos, Gustavo e Pedro, residentes na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, decidiram constituir a companhia XYZ Viagens S.A., de capital fechado, com sede naquela cidade. No estatuto social, foi estipulado que o capital social de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais) seria dividido em 900 (novecentas) ações, sendo 300 (trezentas) preferenciais sem direito de voto e 600 (seiscentas) ordinárias, todas a serem subscritas em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) cada. A Administração da companhia incumbirá os acionistas Carlos e Gustavo, podendo cada um representá-la alternativamente. Cada um dos três acionistas subscreveu a quantidade total de 300 (trezentas) ações (200 ordinárias e 100 preferenciais), tendo havido a realização, como entrada, de 10% (dez por cento) do preço de emissão. Em relação ao restante, os acionistas comprometeram-se a integralizá-lo até o dia 23.07.2015, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente assinados. No entanto, Pedro não integralizou o preço de emissão de suas ações. Carlos e Gustavo optaram por exigir a prestação de Pedro, pois não desejavam promover a redução do capital social da companhia, nem excluir Pedro para admitir novo sócio. A sociedade não publicou aviso de chamada aos subscritores por ser desnecessário. Carlos e Gustavo, munidos dos respectivos boletins de subscrição, o procuraram para demandar em Juízo contra Pedro. Elabore a peça processual adequada na defesa dos direitos da companhia para receber as importâncias devidas por Pedro
CASO CONCRETO 4
Pedro de Castro, residente em Florianópolis, Santa Catarina, o procura em seu escritório, narrando os seguintes fatos: Em agosto de 2015, assinou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de Janeiro, RJ, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas. Em março de 2016, foi informado pelo Banco queLaura havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2015. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, Pedro quitou a dívida em 03/04/2016 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado. Para seu espanto, há poucos dias, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, Pedro descobriu que o Banco Quero Seu Dinheiro havia ajuizado Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e de Laura, que tramita perante o MM. Juízo da 02ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis. Acreditando tratar-se de um equívoco, Pedro compareceu no dia seguinte ao Cartório da 02ª Vara Cível para consultar os autos do processo, tendo verificado o seguinte: a) O Banco estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o mesmo não possuí qualquer garantia. b) Apesar da nota promissória assinada por Pedro estar vinculada ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda o incluído no pólo passivo. c) O Banco requereu a penhora do consultório de Pedro, situado na rua Nóbrega n. 36, sala 801, Centro, Florianópolis, o que foi deferido pelo juiz. Aproveitando a ida de Pedro ao cartório, o Oficial de Justiça o intimou da penhora que incide sobre seu imóvel. Diante dos fatos narrados, promova a peça processual cabível à defesa dos interesses de Pedro, esclarecendo que ele apresentou toda a documentação comprobatória de suas alegações
CASO CONCRETO 5
Exame 130 Ponto 1 OAB/SP Deustêmio, de posse de uma sentença estrangeira condenatória contra Zílio, devidamente homologada perante o Superior Tribunal de Justiça, propõe a competente execução perante uma das Varas Cíveis da Comarca de São Paulo, local onde reside o devedor, tendo sido distribuída para a 30ª. Vara Cível. Ocorre que o bem penhorado não é da propriedade de Zílio, pois trata-se de veículo de propriedade da empresa em que ele trabalha, estando na sua posse para exercício da profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo credor estão em desconformidade com o disposto na sentença. Como advogado de Zílio, elabore a defesa cabível.
CASO CONCRETO 6
Exame 130 Ponto 1 OAB/SP Deustêmio, de posse de uma sentença estrangeira condenatória contra Zílio, devidamente homologada perante o Superior Tribunal de Justiça, propõe a competente execução perante uma das Varas Cíveis da Comarca de São Paulo, local onde reside o devedor, tendo sido distribuída para a 30ª. Vara Cível. Ocorre que o bem penhorado não é da propriedade de Zílio, pois trata-se de veículo de propriedade da empresa em que ele trabalha, estando na sua posse para exercício da profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo credor estão em desconformidade com o disposto na sentença. Como advogado de Zílio, elabore a defesa cabível.
CASO CONCRETO 7
XXI Exame da OAB – Direito Empresarial. Adaptada. Em 31/10/2012, quarta-feira, Peçanha, domiciliado e residente na Rua X, casa Y, nº 1, na cidade de São Lourenço/MG, adquiriu eletrodomésticos no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), do Lojão Chalé Ltda., EPP, tendo sido emitida, na mesma data, uma nota promissória em caráter pro solvendo no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com vencimento para o dia 25/01/2013, sexta-feira, dia útil no lugar do pagamento. Em 05/01/2017, quinta-feira, o Sr. Fabriciano Murta, administrador e representante legal da credora, procura você munido de toda a documentação pertinente ao negócio jurídico mencionado. A cliente pretende a cobrança judicial do valor atualizado e com consectários legais de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais) por não ter sido adimplida a obrigação no vencimento pelo devedor e restadas infrutíferas as tentativas de cobrança amigável. Elabore a peça adequada, eficaz e pertinente para a defesa do interesse da cliente e considere que a Comarca de São Lourenço/MG tem duas varas com competência concorrente para julgamento de matérias cíveis. Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
CASO CONCRETO 8
X Exame da OAB D. Civil adaptado José Afonso, engenheiro, solteiro, adquiriu de Lúcia Maria, enfermeira, solteira, residente na Avenida dos Bandeirantes, 555, São Paulo/SP, pelo valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), uma casa para sua moradia, situada na cidade de Mucurici/ES, Rua Central, nº 123, bairro Funcionários. O instrumento particular de compromisso de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, foi assinado pelas partes em 10/01/2015. O valor ajustado foi quitado por meio de depósito bancário em uma única parcela. Sete meses após a aquisição do imóvel onde passou a residir, ao fazer o levantamento de certidões necessárias à lavratura de escritura pública de compra e venda e respectivo registro, José Afonso toma ciência da existência de penhora sobre o imóvel, determinada pelo Juízo da 4ª Vara Cível de Itaperuna / RJ, nos autos da execução de título extrajudicial nº 6002/2015, ajuizada por Carlos Batista, contador, solteiro, residente à Rua Rio Branco, 600, Itaperuna/RJ, em face de Lúcia Maria, visando receber valor representado por cheque emitido e vencido três meses após a venda do imóvel. A determinação de penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso requerimento formulado na inicial da execução por Carlos Batista, tendo o credor desprezado a existência de outros imóveis livres e desimpedidos de titularidade de Lúcia Maria, cidadã de posses na cidade onde reside. Elabore a peça processual prevista pela legislação processual, apta a afastar a constrição judicial invasiva sobre o imóvel adquirido por José Afonso.
CASO CONCRETO 9
32º Exame da OAB. Direito Civil. Adaptado. Paulo Castro e Sílvia Brandão mantiveram união estável entre janeiro de 2007 e dezembro de 2014, quando decidiram separar-se. O período de convivência não foi antecedido de qualquer convenção sobre o regime de bens dos companheiros. Como não haviam adquirido quaisquer bens durante aquele período, e como Sílvia, ao tempo da separação, se achava desempregada, Paulo anuiu à permanência de Sílvia, por tempo indeterminado, no imóvel que até então servira de residência aos companheiros, situado no Rio de Janeiro. Tal imóvel fora adquirido por Paulo, mediante pagamento integral do preço, no ano de 1997. Paulo retirou-se do imóvel, passando a morar em outro, tomado por ele em locação. Passados mais de dois anos do fim da união estável, Paulo promoveu a notificação extrajudicial de sua ex-companheira, exigindo-lhe a desocupação, no prazo de quinze dias, do imóvel situado no Rio de Janeiro. A notificação foi efetivamente recebida por Sílvia e o prazo concedido na notificação extrajudicial já se expirou, sem que Sílvia tenha deixado o imóvel. Diante do narrado, Paulo deseja propor a ação judicial cabível para reaver o bem. Na qualidade de advogado constituído por Paulo, redija a petição inicial da ação a ser ajuizada pelo seu cliente..
CASO CONCRETO 10
RECURSOS 
Daniel Assumpção (2013) afirma que "o conceito de recurso deve ser construído partindo-se de cinco características essenciais a esse meio de impugnação", quais sejam:
 "voluntariedade; expressa previsão em lei federal; desenvolvimento no próprio processo ao qual a decisão impugnada foi proferida; manejável pelas partes, terceiros prejudicados e Ministério Público; e com o objetivo de reformar, anular, integrar ou esclarecer decisão judicial." 
Dessas características, a voluntariedade e a taxatividade tratam-se de princípios recursais. Os princípios recursais são: 
1. Princípio da Taxatividade, que se caracteriza pelo fato dos recursos estarem expressamente previstos em lei. Assim, só pode ser considerado recurso o meio de impugnação que estiver categoricamente previsto em lei.2. Princípio da Voluntariedade, por este princípio condiciona-se, exclusivamente, a existência do recurso à vontade da parte de recorrer com o ato de interposição do recurso. 
3. Princípio do duplo grau de jurisdição, este princípio está ligado ao controle da atividade estatal por meio dos recursos. Está relacionado ao princípio do devido processo legal. A possibilidade de reexame da decisão da causa constitui o elemento básico deste princípio. 
4. Princípio da singularidade, este princípio admite apenas uma espécie recursal como forma de impugnação de cada decisão judicial. 
5. Princípio da dialeticidade, ?constuma-se afirmar que o recurso é composto por dois elementos: o volitivo (referente à vontade da parte em recorrer) e o descritivo (consubstanciado nos fundamentos e pedido constantes do recurso). Este princípio está ligado ao elemento descritivo, ?exigindo do recorrente a exposição da fundamentação recursal (causa de pedir: error in judicando e error in procedendo) e do pedido (que poderá ser de anulação, reforma, esclarecimento ou integração) (Neves. 2013). 
6. Princípio da proibição da reformatio in pejus, por este princípio, "na pior das hipóteses para o recorrente a decisão recorrida é mantida, não podendo ser alterada para piorar sua situação" (Neves. 2013). Assim, para o recorrente, o que de pior pode ocorrer é tudo ficar como antes da interposição do recurso. 
7. Princípio da fungibilidade, o termo fungibilidade significa troca, substituição, em sede recursal significa receber um recurso pelo outro. Este princípio tem como requisitos a dúvida objetiva, a ausência de erro grosseiro e a inexistência de má-fe. Sobre a má-fé o Superior Tribunal de Justiça aplica a teoria do menor prazo recursal, para este tribunal, "considera-se recorrente de má-fé aquele que na dúvida entre dois recursos ou mais, escolhe o que tem o maior prazo e recorre neste prazo e recorre neste prazo, o que demonstraria, na visão do tribunal, sua malícia em aproveitar de mais tempo para a interposição de recurso" (Neves. 2013). 
8. Princípio da complementariedade, pelo sistema do CPC as razões recursais devem ser apresentadas no momento da interposição do recurso, não se admite que o recurso seja interposto em um momento procedimental e em outro sejam apresentadas as razões. 
9. Princípio da consumação, o fundamento deste princípio é a preclusão consumativa, que ocorre no ato da interposição do recurso. Por este princípio, se proíbe que um recurso seja substituído por outro, interposto posteriormente. 
Requisitos de admissibilidade recursal: 
Os requisitos de admissibilidade dos recursos podem classificar-se em: Intrínsecos e extrínsecos. Os requisitos intrínsecos são concernentes à própria existência do poder de recorrer e os extrínsecos estão ligados ao modo de exercer o direito de recorrer. 
São considerados requisitos intrínsecos: o cabimento; o interesse recursal, a legitimidade recursal e a inexistência de ato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer. E são considerados requisitos extrínsecos: a tempestividade; o preparo e a regularidade formal. 
Efeitos dos recursos: 
Tradicionalmente os efeitos dos recursos se limitam em ser: Efeito suspensivo e efeito devolutivo. O Efeito suspensivo, suspende os efeitos da decisão impedindo a sua consumação até o julgamento do recurso. O efeito devolutivo é o efeito comum a todos os recursos, ele adia a formação da coisa julgada e propicia o exame do mérito do recurso. Permite ao órgão ad quem o conhecimento da matéria impugnada. O Código de Processo Civil, disciplina no seu Livro III, Título II, Capítulo I, Das Disposições Gerias, artigo 994, os recursos cabíveis dentro do ordenamento pátrio nacional, são eles: 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: 
I - apelação; 
II - agravo de instrumento; 
III - agravo interno; 
IV - embargos de declaração; 
V - recurso ordinário; 
VI - recurso especial; 
VII - recurso extraordinário; 
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; 
IX - embargos de divergência. 
Dentre os recursos relacionados acima, estão o recurso de Apelação e o recurso de Agravo de Instrumento, estes dois recursos são tema deste livro e objeto de estudo da disciplina. Apelação 
O recurso de Apelação está disciplinado no artigo 1.009 a 1.014 do CPC. Dispõe o artigo 1.009 do CPC que da sentença caberá recurso de Apelação, in verbis: Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. 
Isto é, tanto da sentença que extinguir o processo sem resolução do mérito, sentenças denominadas terminativas, quando da sentença que extinguir o processo com resolução do mérito, sentenças denominadas definitivas, caberá recurso de Apelação. 
Será caso de extinção do processo sem resolução do mérito, artigo 485 do CPC: O indeferimento da petição inicial; o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; quando por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; quando reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; se verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; quando acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; quando homologar a desistência da ação; em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e nos demais casos prescritos no CPC. 
Resta consagrado nos incisos do artigo 487 do CPC as causas de extinção do processo com resolução do mérito, são elas: quando acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; quando decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; quando homologar o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; quando homologar a transação; quando homologar a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. 
Conforme dispõe o artigo 1.003, §5° do CPC, salvo o recurso de embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. Assim, o prazo para interpor o recurso de Apelação será de 15 dias. 
-Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. [...] 
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. 
Para a elaboração a peça prático profissional do recurso de Apelação, deve-se ficar atento a regra contida no artigo 1.010 do CPC que disciplina que o recurso será ao próprio juízo que proferiu a decisão em primeiro grau de jurisdição contendo os nomes e a qualificação das partes; a exposição do fato e do direito; as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade e o pedido de nova decisão. 
-Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
 I - os nomes e a qualificação das partes;
 II - a exposição do fato e do direito;
 III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
 IV - o pedido de nova decisão. 
A regra do recurso de apelação é que ele será recebido no duplo efeito, isto é, devolutivo, artigo 1013, caput do CPC, e suspensivo, artigo 1.012, caput do CPC. Contudo, o artigo 1.012, § 1o do CPC enumera as hipóteses em que o recurso será recebido apenas no efeito devolutivo. A redação deste parágrafo afirma que, além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: homologar a divisão ou demarcação de terras; condenar a pagar alimentos; extinguir sem resolução do mérito ou julgar improcedentes os embargos do executado; julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem; confirmar, conceder ou revogar tutela provisória; ou decretar a interdição. 
Agravo de Instrumento 
O recurso de Agravo de Instrumento estadisciplinado no artigo 1.015 a 1.020 do CPC. Dispõe o artigo 1.015 do CPC que cabe Agravo de Instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: as tutelas provisórias; o mérito do processo; a rejeição da alegação de convenção de arbitragem; incidente de desconsideração da personalidade jurídica; rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; exibição ou posse de documento ou coisa; exclusão de litisconsorte; rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; e nos outros casos expressamente referidos em lei. 
Dispõe o parágrafo único do artigo 1.015 do CPC, que também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 
Conforme dispõe o artigo 1.003, §5° do CPC, salvo o recurso de embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para respondê-los é de 15 (quinze) dias. Assim, o prazo para o agravante interpor o recurso de Agravo de Instrumento será de 15 dias e para o agravado oferecer as suas contrarrazões também será de 15 dias. 
O recurso será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição que deverá conter os seguintes requisitos: os nomes das partes; a exposição do fato e do direito; as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido; o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo, artigo 1.016 e incisos do Novo CPC. 
Ao interpor o recurso, deverá o agravante instruí-lo com os seguintes documentos, obrigatoriamente, art. 1.017, inciso I do CPC: cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. 
Caso o agravante não possua qualquer dos documentos enumerados acima, o advogado deverá declarar a inexistência deste, conforme determinado no inciso II do artigo 1.017 do CPC. Poderá o agravante ainda anexar, facultativamente, outras peças que entender úteis.
CASO CONCRETO 11
XIX Exame da OAB – Direito Civil. Antônio Augusto, ao se mudar para seu novo apartamento, recém-comprado, adquiriu, em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos de última geração, dentre os quais uma TV de LED com sessenta polegadas, acesso à Internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 25/11/2015, tanto o fabricante (MaxTV S.A.) quanto o comerciante de quem o produto fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes, deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2016, Antônio Augusto propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que o adquiriu, requerendo: (i) a substituição do televisor por outro do mesmo modelo ou superior, em perfeito estado; (ii) indenização de aproximadamente trinta e cinco mil reais, correspondente ao valor dos demais aparelhos danificados; e (iii) indenização por danos morais, em virtude de a situação não ter sido solucionada em tempo razoável, motivo pelo qual a família ficou, durante algum tempo, sem usar a TV. O juiz, porém, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguída, em contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, inciso II, do CDC, considerando que decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação. A sentença não transitou em julgado. Na qualidade de advogado(a) do autor da ação, indique o meio processual adequado à tutela do seu direito, elaborando a peça processual cabível no caso, excluindo-se a hipótese de embargos de declaração, indicando os seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente.
CASO CONCRETO 12
37 ° Exame da OAB ? Direito Civil. Adaptado. Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal de Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento hospitalar e R$ 2 mil em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais emitidas pelo hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando terse esquecido de pegá-los na farmácia. Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o valor gasto com medicamentos. Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas declararam que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo. O juiz da 40.ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o autor alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. A sentença foi publicada e, após uma semana, Leonardo, não se conformando com a sentença, procurou advogado
CASO CONCRETO 13
XIV Exame da OAB - Unificado - Prova D. Civil Pedro, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, residente no Rio de Janeiro/RJ, legítimo proprietário de um imóvel situado em Juiz de Fora/MG, celebrou, em 1º de outubro de 2012, contrato por escrito de locação com João, brasileiro, solteiro, professor, pelo prazo de 48 (quarenta e oito) meses, ficando acordado que o valor do aluguel seria de R$ 3.000,00 (três mil reais) e que, dentre outras obrigações, João não poderia lhe dar destinação diversa da residencial. Ofertou fiador idôneo. Após um ano de regular cumprimento da avença, o locatário passou a enfrentar dificuldades financeiras. Pedro, depois de quatro meses sem receber o que lhe era devido, ajuizou ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, requerendo, ainda, antecipação de tutela para que o réu/locatário fosse despejado liminarmente, uma vez que desejava alugar o mesmo imóvel para Francisco. O magistrado recebe a petição inicial, regularmente instruída e distribuída, e defere a medida liminar pleiteada, concedendo o prazo de 72 (setenta e duas) horas para João desocupar o imóvel, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Desesperado, João o procura para que, na qualidade de seu advogado, interponha o recurso adequado (excluídos os embargos declaratórios) para se manter no imóvel, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes
CASO CONCRETO 14
XX Exame da OAB – Direito Civil. Adaptada Em 2015, Rafaela, menor impúbere, representada por sua mãe Melina, ajuizou Ação de Alimentos em Comarca ondenão foi implantado o processo judicial eletrônico, em face de Emerson, suposto pai. Apesar de o nome de Emerson não constar da Certidão de Nascimento de Rafaela, ele realizou, em 2014, voluntária e extrajudicialmente, a pedido de sua ex-esposa Melina, exame de DNA, no qual foi apontada a existência de paternidade de Emerson em relação a Rafaela. Na petição inicial, a autora informou ao juízo que sua genitora encontrava-se desempregada e que o réu, por seu turno, não exercia emprego formal, mas vivia de “bicos” e serviços prestados autônoma e informalmente, razão pela qual pediu a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) de 01 (um) salário mínimo. A Ação de Alimentos foi instruída com os seguintes documentos: cópias do laudo do exame de DNA, da certidão de nascimento de Rafaela, da identidade, do CPF e do comprovante de residência de Melina, além de procuração e declaração de hipossuficiência para fins de gratuidade. Recebida a inicial, o juízo da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y indeferiu o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação de alimentos provisórios com base em dois fundamentos: (i) inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson não constava da certidão de nascimento e que o exame de DNA juntado era uma prova extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e (ii) inexistência de “possibilidade” por parte do réu, que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora. A referida decisão, que negou o pedido de tutela antecipada para fixação de alimentos provisórios, já foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico. Considere-se que não há feriados no período. Na qualidade de advogado(a) de Rafaela, elabore a peça processual cabível para a defesa imediata dos interesses de sua cliente, indicando seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente.
CASO CONCRETO 15
Virgínia Lopez, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, ajuizou perante o V Juizado Especial Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, em outubro de 2014, Ação de obrigação de fazer cumulada com dano moral e pedido de tutela antecipada, em face de Usuracard S.A. Administradora de Cartão de Crédito, estabelecida em São Paulo capital. Na inicial informou que era usuária titular do cartão de crédito n° 1234. 9909. 3322. 1100, emitido e administrado pelo réu. Este, em virtude do atraso da autora nos pagamentos das faturas dos meses de abril e maio de 2014 colocou o nome da mesma no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Ocorre que Virgínia quitou as parcelas que estavam vencidas e não pagas, em 26 de junho de 2014, para que pudesse assinar contrato de financiamento habitacional, mas até a data de distribuição da demanda a Usuracard não havia retirado o seu nome do SPC o que a levou a perder o contrato para aquisição da sua casa própria. Em decisão interlocutória o magistrado determinou que o réu retirasse o nome da autora do cadastro de restrição do crédito. Em contestação o réu sustentou a inexistência de dano moral. Finda a fase instrutória foi proferida sentença confirmando em definitivo a tutela antecipada anteriormente deferida, mas julgou improcedente o pedido de dano moral requerido pela autora por entender incabível. Diante da situação hipotética, elabore o recurso adequado aos interesses de Virgínia.
CASO CONCRETO 16
Maria Cândida propôs ação de anulação em face de Energia's sob o argumento de que foi coagida a assinar confissão de dívida no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), pois a concessionária de serviço público alegou que, quando da visita de inspeção do medidor em sua residência, constatou irregularidade no medidor, conhecido popularmente como "gato", e que se não assinasse seria interrompida a prestação de serviços. Maria informou que mesmo com o valor parcelado em 5 prestações mensais e sucessivas não tem condições financeiras de arcar com este pagamento mais os valores referentes ao seu consumo mensal, o que certamente resultará na interrupção na prestação de serviço de energia elétrica, uma vez que os dois valores juntos são superiores ao seu salário. A ré em contestação alegou a validade da confissão de dívida, por ser a autora maior, o objeto lícito e a forma prescrita em lei. Afirmou ainda em preliminar, a incompetência do juizado para julgamento da demanda face à necessidade de perícia para saber se o medidor de energia elétrica havia sido alterado ou não. O magistrado acolheu a preliminar de incompetência e julgou extinto o processo sem resolução do mérito. Elabore a peça processual cabível para defender os interesses de Maria.

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