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Estudo de casos 06 04 20

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PAGE 
2
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI
Curso
 direito/itajaí
Disciplina
 direito Bancário
Período
 09º noturno
Professor
 Dr. Valdir Francisco Colzani
Acadêmico(s) Almirando de nantes
 06/04/2020
INSTRUÇÕES/INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS
1. Você tem até o 6º encontro para entregar ao Professor a solução de quatro dos casos abaixo indicados, sendo os dois primeiros obrigatórios e os outros dois de livre escolha dentre os demais. 
2. Como vantagem adicional, você pode escolher três casos dentre os opcionais, mas serão considerados apenas dois. 
3. Entrega com uma semana de atraso perde 2 pontos (entregar antes do início do 7º encontro). Depois de uma semana não mais será aceito o trabalho.
4. Os dois primeiros casos valem 3 pontos cada e ou outros 2 pontos cada.
5. Cada caso pode ter mais de uma solução. Escolha uma e a fundamente.
6. Transcreva apenas os casos que você vai responder e, após, a resposta.
7. Pode ser utilizada, em média, uma folha de papel para cada resposta.
8. Na avaliação de cada resposta serão considerados cinco aspectos:
a) a metodologia adotada;
b) a capacidade de argumentação; 
c) a fundamentação legal;
d) a pertinência da doutrina utilizada e
e) a pertinência da jurisprudência utilizada.
9. Estas instruções/informações são obrigatórias, devem constar do seu trabalho como aqui estão e seguidas rigorosamente, sob pena de perda de um ponto.
RELATO DOS CASOS
1. Em 01/06/2010 Paulo vendeu para João a Fazenda Almas Perdidas, de 250 hectares, pelo valor de R$ 2.000.000,00 sendo R$ 500.000,00 de entrada e o saldo em três parcelas iguais e anuais de R$ 500.000,00 cada, sem correção e sem juros (01/06/2011 e 01/06/2012 e 01/06/2013). 
- O Comprador/João tomou posse da Fazenda na assinatura do contrato.
- Como somente a entrada foi paga e já transcorrido o prazo pactuado para pagamento das parcelas anuais, Paulo e João resolveram desfazer o trato por meio de um distrato, com duas testemunhas, no qual ajustaram:
a) que Paulo devolveria para João os R$ 500.000,00 em três parcelas trimestrais (R$ 200.000,00 + R$ 150.000,00 + R$ 150.000,00), sem juros e sem correção;
b) como perdas e danos, Paulo pagaria para João R$ 300.000,00 com juros de 1% ao mês, sendo 180.000,00 em 01/12/2013 e R$ 170.000,00 em 01/12/2014.
c) que “o não pagamento de uma das parcelas contratadas caracteriza a imediata rescisão deste distrato, voltando a ter eficácia o contrato ora rescindido e autoriza o distratante comprador (João) a entrar novamente na posse da área e explorá-la imediatamente, sendo que as importâncias pagas pelo distratante vendedor (Paulo), ficam retidas com os distra-tantes vendedores para serem compensadas em perdas e danos” (cláusula sexta).
- Paulo não pagou os R$ 300.000,00 e foi executado por João em 2015, que não pediu a nulidade de qualquer cláusula do referido distrato. 
- Nos embargos à execução, Paulo alegou que João não tem título executivo pois a cláusula sexta do distrato previa sua própria rescisão na hipótese de inadimplemento.
- A sentença de primeiro grau afirma que não há lógica naquela cláusula sexta e julgou improcedentes os embargos, condenando o embargante em honorários de 10% sobre o valor da causa.
- Você foi contratado por Paulo para recorrer: que recurso você interporia? Em qual prazo? Com quais fundamentos fáticos e jurídicos?
Resposta 1)
O Recurso a ser interposto, é o recurso de apelação, no prazo de 15 dias,com objetivo de que a sentença seja anulada , pois viola o Código de processo civil, uma ação executória , sem que haja uma obrigação , certa ,líquida e exigível , vejamos:
 Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível. 
Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul 20 de fevereiro de 2018
1ª Câmara Cível
Apelação - Nº 0816207-43.2014.8.12.0001 - Campo Grande
Relator – Exmo. Sr. Des. Sérgio Fernandes Martins
Apelante: Ernestino Antônio de Oliveira
Advogado: Jader Evaristo Tonelli Peixer (OAB: 8586/MS) 
Apelado: Banco Pan S.A. 
Advogada: Cristiane Belinati Garcia Lopes (OAB: 19937/PR)
Advogada: Patrícia Pontarolli Jansen (OAB: 33825/PR) 
Advogado: Pio Carlos Freiria Junior (OAB: 18242AM/S) 
Advogado: Virginia Neusa Costa Mazzucco (OAB: 43943/PR)
E M E N T A – APELAÇÃO CÍVEL. CUMPRIMENTO DESENTENÇA. COBRANÇA DE VALORES PAGOS A MAIS NO CONTRATO DEEMPRÉSTIMO. REVISIONAL JULGADA IMPROCEDENTE. AUSÊNCIA DETÍTULO CERTO, LÍQUIDO E EXIGÍVEL. ART. 783 E 786 DO CÓDIGO DEPROCESSO CIVIL. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. SENTENÇAMANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO.Mantém-se a sentença que
extinguiu a execução sem resolução do mérito com fundamento no art. 485, incisos IV e VI do Código de Processo Civil,porquanto ausente título certo, liquido e exigível, requisito necessário para realizar qualquer execução. PR) 
2. Em 17/10/2017 o Município executou a empresa Império de Brusque Ltda em razão de suposta dívida de Imposto Sobre Serviço (ISS) de anos anteriores, no valor total de R$ 2.300.000,00 – atualizado até 30/09/2017.
- Você como Advogado da empresa interpôs exceção de pré-excutividade, sob vários fundamentos.
- Depois de devidamente instruído o feito, sobreveio a sentença em 10/03/2019, julgando integralmente procedente a exceção, extinguindo a execução e fixando os honorários advocatícios do Advogado da empresa em R$ 30.000,00, com fulcro no § 8º, do artigo 85, do CPC/2015.
- Em relação aos honorários: Quem pode recorrer? (justifique com fundamento legal). Qual tido de recurso pode ser interposto e em que prazo? Quais os fundamentos legais, doutrinários e jurisprudenciais para reformar a sentença?
Resposta. Ambas as partes poderão interpor recursos.
Fazenda publica : Art. 183 do CPC, cujo prazo para todas as manifestações será em dobro. 
Recurso especial
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
Supremo Tribunal Federal STF - AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO : AgR ARE 0792098-09.2012.8.13.0000 MG - MINAS GERAIS 0792098-09.2012.8.13.0000
Empresa Império de Brusque Ltda : Artigo 85 caput Codigo de Processo civil
De acordo com o artigo exposto abaixo , não há que se falar em apreciação equitativa, pois não se trata de requisição de pequeno valor , dessa forma há um nítido erro no percentual de honorários sucumbenciais sentenciado. Vejamos:
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2º.
Embargos de declaração 
Tribunal de Justiça do Maranhão TJ-MA - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO : ED 12852009 MA
3. Almirando e Isabela aforaram em 1997 ação de revisão de três contratos de financiamentos imobiliários contra Bradesco e obtiveram êxito em vários de seus pedidos. Iniciada a liquidação da sentença em dezembro/2010, o Bradesco apresentou seus cálculos dizendo que tinha crédito de R$ 4,5 milhões de reais.
- Os Autores impugnaram aqueles cálculos, dizendo-se credores de R$ 950 mil reais, como base em laudo particular.
- Depois de dois cálculos elaborados pelo Perito Judicial, rechaçados pelos Autores, restaram novos, apontando-os os como credores de R$ 1.500.000,00 em 31/12/2017, quando o saldo atualizado até aquela data, postulado pelo Banco Bradesco, seria de R$ 9.500.000,00.
- Em agosto/2018 a Juíza homologou os cálculos do Perito Judicial e face a “ampla discussão e litigiosidade” e com fulcro no § 2º do artigo 85, do CPC/2015, fixou os honorários advocatícios do Patrono dos Autores “em 10% (dez por cento) sobre opro-veito econômico obtido, equivalente ao valor definido na presente liquidação” (1,5 milhão). 
- Você, como Advogado dos Autores, deve entrar com o devido recurso, dizen-do qual e em que prazo, defendendo a elevação do percentual fixado a título de honorários e sustentado que houve equívoco da Magistrada, que deve ser corrigido, pois se enganou acerca do proveito econômico obtido pelos Autores.
4. A empresa André Felipe Ltda captou R$ 500.000,00 em 20/07/2009 junto ao Banco Bradesco, dando em alienação fiduciária um terreno com 2.500 m2, localizado em Itajaí, o que foi devidamente averbado na matrí-cula nº 40.270, do Cartório de Registro de Imóveis do 1º Ofício de Itajaí.
- Como não houve a quitação do empréstimo, a empresa foi devida-mente notificada para purgar a mora e não o fez, razão pela qual houve a consolidação da propriedade a favor do Bradesco em 25/03/2010.
 - Após dois leilões negativos, realizados em 19 e 28 de abril de 2016, o Bradesco vendeu o imóvel por R$ 1.050.000,00 – conforme recibo de arrematação de imóvel datado de 20/07/2016, quando o saldo devedor do empréstimo estava em R$ 1.970.000,00.
- Com a consolidação da propriedade a favor do Bradesco e sua venda após o segundo leilão, pergunta-se se empresa teve sua dívida quitada ou Bradesco ainda pode cobrar algo (saldo, aluguéis, etc).
5. A empresa Bruno Ferreira e Ulysses Ltda aforou em 10/07/2012 ação de prestação de contas contra Banco da Lua, exigindo os comprovantes de 187 lançamentos de débitos efetuados em sua conta corrente no período de 10/12/2000 a 27/08/2004, todos devidamente identificados e que somados representavam R$ 980.000,00. 
- Condenado a prestar as contas, o Banco simplesmente juntou, em 15/08/2015, 307 boletos em nome da Empresa, todos devidamente autenticados pelos Caixas de sua agência em Itajaí, mas nenhum correspondente a qualquer valor dos débitos questionados.
- Designada a prova pericial, o senhor Perito conseguiu, com a soma de 147 dos 307 boletos de certos dias, justificar 68 lançamentos, e não encontrou justificativa alguma para os outros 119 débitos, no valor total de R$ 712.000,00 (valor da época).
- O Banco alega que os outros 160 boletos juntados devem ser considerados, até porque, se efetuada busca na contabilidade da Empresa, o que o senhor Perito Judicial deveria ter feito, certamente seria constatado que eles são mesmo da referida empresa.
- Instado, o Perito Judicial informou que a ação de prestação de contas foi exigida pela Empresa, parece, que nela não cabe inversão do ônus da prova e que, pelo decurso de prazo, não está mais a Autora obrigada a guardar os documentos contábeis daquela época. 
- Em 22/02/2017 a Juíza condutora do feito determinou a realização de nova perícia e a intimação da Empresa para “em 30 dias, juntar aos autos seus livros contábeis, nos termos do art. 396 do CPC, sob a pena prevista no art. 400 do CPC”.
- Você, como advogado da Empresa deve apresentar o recurso cabível contra tal decisão, dirigindo-a à autoridade competente, com as devidas justificativas e fundamentações.
6. Em 10/02/2002 o Banco do Céu executou a empresa Gabriel Scheidt Ltda em razão da Cédula de Crédito Industrial nº 2001/01172. No processo constam as seguintes movimentações:
	Data
	Histórico
	10/09/03
	Juiz fulmina a exceção de pré-executividade da Empresa e determina ao credor que “apresente novo cálculo” da operação executada.
	18/02/04
	Nova intimação para o Banco apresentar seus cálculos.
	12/04/04
	Esgotado prazo para o Banco apresentar seus cálculos.
	14/04/04
	Juiz manda intimar “pessoalmente o credor”.
	02/08/04
	Novo advogado do Banco junta substabelecimento.
	06/10/04
	Intimação pessoal do Banco para apresentar cálculos.
	14/10/04
	Banco pede mais 30 dias para apresentar.
	25/11/04
	Juiz suspende o processo por 30 dias.
	10/05/05
	Esgotado prazo para o Banco.
	17/08/05
	Juiz manda Contador fazer cálculos e ele diz que não tem meio de fazê-lo.
	12/04/06
	Banco pede nomeação de Perito.
	09/05/06
	Juiz nomeia Perito e que o Banco pague seus honorários.
	06/03/07
	Perito apresenta proposta e Banco não deposita.
	22/06/07
	Arquivados definitivamente os autos.
	14/06/11
	Banco pede desarquivamento.
	19/07/11
	Advogado do Banco toma em carga.
	21/05/15
	Depois de várias petições, o Banco junta seus novos cálculos.
A Empresa contratou novos advogados para conduzir o feito e em 26/04/2016 requereu que fosse decretada a prescrição intercorrente, pela prescrição de direito material ocorrida entre 22/06/2007 a 14/06/2011, período em que o feito ficou arquivado. O Juiz negou o pedido, aplicando o artigo 1.056 do CPC/2015 e dizendo que o Banco não foi intimado pessoalmente para dar andamento ao feito.
- Você é advogado da Empresa e deve entrar com recurso próprio para tentar reverter a decisão e afastar os dois argumentos do Juízo.
- Qual recurso você interporia (enquadramento)? Em qual prazo (enquadra-mento)? Alegando o quê? (fundamentos do recurso).
7. O Banco de Boston promoveu em 1997 a execução do Contrato de Câmbio nº CCE 001515 e a devedora Guilherme & Gustavo Ltda apresentou embargos juntando 20 comprovantes de pagamento, dizendo que nada mais deve daquele contrato e requerendo a extinção da ação.
- Os embargos foram julgados improcedentes porque aqueles 20 comprovantes seriam de outra operação bancária. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina deu provimento ao recurso da Empresa mandando abater da dívida original aqueles 20 pagamentos efetuados. Com o recurso do Banco ao STJ, a decisão transitou em 20/10/2015.
- Considerando o valor original da dívida, acrescendo correção pelo INPC/IBGE e juros simples de 1% ao mês, como contratado, e abatendo os 20 pagamentos efetuados, você, como advogado da Empresa, constatou que restou saldo de dois milhões a favor dela.
 - Você como advogado da Empresa deve requerer o que entender de direito, apresentando seus fundamentos legais e argumentos.
Resposta ;
Nesse caso, ação de reintegração de pagamento 
O Artigo 876 do código civil , que prediz a seguinte redação: 
Artigo 876 C.C : “ Todo aquele que recebeu o que não lhe era devido fica obrigado a restituir,obrigação que imcumbe àquele que recebe divida condicional antes de cumprida a decisão”.
Artigo 884 do C.C: “ Aquele que sem justa causa, se enriquecer as custas de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários”.
Ademais tendo como base a decisão TJ-MS, é direito de quem foi lesado rever a cerca da inexistência do pagamento indevido e do suposto enriquecimento sem causa
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES. REVISIONAL JULGADA PROCEDENTE NO JUIZADO ESPECIAL. PEDIDO DE RESSARCIMENTO DE VALORES PAGOS A MAIOR PELO CONSUMIDOR. JUSTIÇA COMUM. POSSIBILIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO. Diante do reconhecimento da ilegalidade de cláusulas contratuais, com a procedência de sua pretensão revisional, o consumidor tem o direito de obter a devolução dos valores que eventualmente tenha pago a maior, sendo o banco obrigado a restituir o que recebeu indevidamente, sob pena de caracterização de enriquecimento sem causa.
(TJ-MS - APL: 08001618120118120001 MS 0800161-81.2011.8.12.0001, Relator: Des. Sérgio Fernandes Martins, Data de Julgamento: 27/10/2015, 1ª Câmara Cível, Data de Publicação: 28/10/2015)
8. Juliana e seus filhos Tiago e Victor outorgaram procuração às Advo-gadas Liz & Luara para que promovessem a devida ação de cobrança de seguro pelo falecimento de Martinho (marido dela e pai deles). 
- Na ocasião assinaram também contrato estabelecendo honorários advocatícios de 20% do que os Beneficiários viessem a receber da Seguradora Futuro Garantido.
- Antes da sentença, os Autores revogaram a procuração.
- Sete anos depois, com a confirmação da sentença pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, os Autores receberam R$ 950.000,00.
- Antes de qualquer saque, as advogadas Liz & Luara aforaram ação de execu-ção do contrato de honorários, cobrando os 20% pactuados sobre R$ 950.000,00.
- A Juíza acatou os embargosofertados pelos Executados e fulminou a execução por falta de liquidez.
- Você foi contratado pelos Advogados para apelar. Quais os argumentos/ fundamentos que você DEVE utilizar para desconstituir a sentença?
Resposta :
Deve ser proposta ação de cobrança de honorários advocaticios
Ora, a revogação imotivada por cliente, dos poderes de advogado ,não retira do profissional o direito aos honorários sucumbenciais , contratuais ou fixados por arbitramento, observa-se pela decisão .
Processo nº 70009554031
AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CASO CONCRETO. MATÉRIA DE FATO. ARBITRAMENTO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. A previsão contratual de que os honorários a serem percebidos decorreriam da sucumbência não impede o advogado, em face do rompimento do contrato pelo banco mandante, de pleitear o arbitramento da verba devida pela atividade profissional até então desenvolvida. Frente a um trabalho repetitivo e sem complexidade, para se chegar ao valor dos honorários devidos, deve se levar em consideração a atividade desenvolvida em cada demanda. Apelo provido em parte.
Apelação Cível
Décima Quinta Câmara Cível
Nº 70009554031
Comarca de Porto Alegre
JOSÉ ALDROVANDO MACHADO RODRIGUES
APELANTE
BANCO SANTANDER MERIDIONAL S/A
APELADO
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos.
Acordam os Desembargadores integrantes da Décima Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em dar provimento em parte ao apelo.
Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento, além do signatário (Presidente), os eminentes Senhores DES. RICARDO RAUPP RUSCHEL E DES. ANGELO MARANINCHI GIANNAKOS.
Porto Alegre, 22 de setembro de 2004.
Em 14/05/1987 Luciana comprou um terreno em Itajaí, com 300 m2 (12 x 25). Em 12/11/1997 um casal de falsários que, passando-se pelo proprietário e sua esposa, vendeu referido terreno para Maria Claro, que sobre ele construiu, em 4 meses, uma casa com 126 m2 e em 24/07/1998 vendeu (o terreno com a casa) para Sílvio Jovita, que pagou com financiamento obtido no Banco do Brasil.
- Ciente de que falsários transferiram seu terreno para terceiro, o Proprietário aforou em 20/04/1998 ação de reintegração de posse contra Compradores. A ação foi julgada procedente e condicionada a reintegração de posse à indenização da casa construída de boa fé em valor correspondente a um CUB/SC por metro quadrado. A sentença transitou em julgado em 25/11/2003.
- Em 10/09/1999 o Proprietário aforou contra o Comprador ação para anular a escritura pública de compra e venda de 12/11/1997 e, consequentemente, anular seu registro no Cartório Imobiliário, bem como os registros/averbações subsequentes. A ação foi julgada procedente e transitou em julgado em 01/10/2010.
- Sílvio/esposa continuam morando na casa até hoje, pois o Proprietário jamais pagou a indenização pela benfeitoria feita de boa fé (1 CUB p/m2).
- Luciana pretende retomar seu imóvel e você foi contratado para tanto. Que tipo de ação você proporia e contra quem, justificando a escolha de uma das opções abaixo e a recusa das demais:
d) manutenção de posse;
e) reintegração de posse;
f) reivindicatória;
g) usucapião;
h) outra (dizendo qual, no caso de ser a sua opção).
9. Jéssica aforou contra Banco do Brasil ação para cobrança das diferen-ças entre o valor que lhe foi creditado e o que deveria ser pago em razão dos expurgos inflacionários promovidos pelos Planos Bresser, Verão, Collor I e Collor II.
- Como a sentença foi-lhe favorável, apresentou seus cálculos para liquidação, chegando ao saldo de R$ 100.000,00 em 31/12/2014. O Banco impugnou a liquidação, dizendo-se devedor de R$ 60.000,00 naquela data. Face à divergência de valores, foi nomeado Perito que apontou a Autora como credora de R$ 20.000,00 também em 31/12/2014. Analisando os autos, você, como Juiz, observou que os cálculos elaborados pelo Perito estão corretos. 
a) como você decidiria a questão, sabendo que a Autora ainda não levantou a parte incontroversa que foi depositada pelo Banco?
b) como você decidiria a questão se a Autora já tivesse levantado a parte incontroversa depositada (R$ 60.000,00)?
10. Em sede de liquidação de sentença o Juiz determinou a produção de prova pericial e nomeou expert para apurar o efetivo saldo do contrato imobiliário firmado entre as partes. 
a) o perito entregou o laudo, apontando que o Autor restou credor do Banco da importância de R$ 72.230,00 – atualizada até 30/06/2015;
b) o Juiz mandou intimar as partes a respeito do laudo para que, no prazo de quinze dias, pudessem se manifestar e oferecer pareceres técnicos dos seus assistentes, nos termos do § 1º, do art. 477 do CPC/2015;
c) o Autor manifestou-se, no prazo, dizendo que concorda com o laudo;
d) o Banco, alegando que os cálculos são complexos e demandam maior prazo para análise, pediu mais vinte dias de prazo.
- Você é o Juiz do feito e deve decidir se concede ou não o prazo, considerando duas hipóteses: primeira, a dilatação foi requerida dentro do prazo inicialmente concedido; segunda, a dilatação foi requerida quando já esgotado o prazo de quinze dias para falar sobre o laudo pericial.
11. Em 20/01/2007 Liz Patrícia protocolizou execução de sentença contra Banco de Boston (ou seja, antes da Lei 11.232), postulando a verba honorária de R$ 300.000,00 a qual o Banco foi condenado em ação de revisão de contrato bancário.
a) o Juiz ao receber a inicial, determinou a citação do Executado e fixou os honorários em R$ 5.000,00 para pronto pagamento;
b) o Exeqüente formulou pedido de reconsideração daquele despacho por entender irrisória a verba fixada. O pedido deixou de ser analisado porque o Executado não efetuou “pronto pagamento”;
c) o Banco embargou a execução dizendo-se devedor de apenas trinta mil reais, valor que atribuiu aos seus embargos;
d) o Juiz julgou totalmente improcedente os embargos e fixou os honorários advocatícios em dez por cento sobre o valor da execução;
e) o Banco apelou ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina tentando reverter a decisão judicial e postulando dez por cento de honorários em razão da isonomia/igualdade entre as partes;
f) o Tribunal, por unanimidade, manteve a decisão de primeiro grau e fixou os honorários em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), “apenas para os embargos”.
Pergunta-se:
a) em relação à verba honorária, poderia o Tribunal ter alterado a sentença sem a devida impugnação das partes? 
b) o que você, Exeqüente/Apelado, pode fazer para manter a verba honorária inicialmente fixada nos embargos?
c) se os honorários de R$ 5.000,00 valem apenas para os embargos, o que você pode fazer para que sejam arbitrados honorários na execução? 
12. Em 08/05/2007 Shayanne aforou ação ordinária contra Banco de Brusque, objetivando dele cobrar as diferenças entre o que lhe foi creditado e o que lhe era devido em razão dos Planos Bresser (ju/87) e Verão (jan/1989).
- O Banco não forneceu à Autora qualquer extrato da sua conta-poupança e, em Juízo, disse que ela não tinha aplicações àquelas épocas. 
- Na ausência de extrato, o Juiz julgou a Autora carecedora de ação e julgou extinto o feito, sem apreciação do mérito (CPC/1973, art. 267, IV). Tal decisão transitou em julgado em 10/09/2009.
- Após insistentes apelos, em janeiro de 2014 a Autora conseguiu vários extratos do Banco de Brusque, comprovando que efetivamente mantinha com ele várias contas de poupança naquelas épocas.
- Apresente uma solução para sua cliente, considerando, inclusive, que a pretensão dela prescrevia, à época, em vinte anos, contados da violação do direito. 
15. 
 A empresa Gama Filho Ltda contraiu em 10/08/2005 um empréstimo de R$ 500.000,00 com o Banco do Céu.
a) depois de ter pago sete das dez prestações pactuadas, a Gama Filho ingressou em juízo com pedido de revisão do contrato, requerendo a redução dos juros de 5,00% para 1,90% ao mês (taxa média do mercado), alegando que, havendo tal redução, a empresa nada mais devia ao Banco, naquela data, isto é, em 31/08/2007;
b) no mesmo dia, o Banco protocolizou o devido processo de execução, atribuindo-lheo valor de R$ 400.000,00;
c) a execução foi devida​mente embargada, sob alegação de excesso de execução;
d) o Magistrado nomeou Perito para o feito e determinou que apurasse o saldo do empréstimo em 31/08/2007, com INPC + 1,90% de juros ao mês;
e) a perícia apurou saldo devedor de R$ 100.000,00 naquela data;
f) o Juiz ao sentenciar os autos reunidos, aplicou o Código de Defesa do Consumidor para determinar a revisão do contrato em razão da abusividade da cláusula de juros, limitando-os em 1,90% ao mês. Fixou os honorários em 10% sobre a parte que cada um sucumbiu e deter​minou "prossiga-se com a execução, devendo o Banco apresentar planilha de cálculos respeitando o comando desta sentença";
g) o Advogado da Gama Filho ingressou com execução da sentença para cobrar os R$ 30.000,00 de honorários (10% sobre os R$ 300.000,00 que o Banco sucumbiu), mais correção e juros desde 31/08/2007;
h) o Banco, ao prosseguir na execução, ignorou a sentença e atualizou sua planilha de cálculo partindo de R$ 400.000,00 (valor original da cau-sa), chegando a R$ 2.000.000,00 + 10% de honorários em 31/03/2015;
i) a Gama Filho impugnou os cálculos, apresentando outros que chega-ram ao montante de R$ 300.000,00;
j) o Juiz homologou os cálculos da Executada, determinando a conti​nuação da execução por R$ 300.000,00 + 10% de honorários fixados na sentença, e não falou dos honorários da “nova sucumbência”;
k) interpostos embargos declaratórios os mesmos foram rejeitados sob funda-mento de que não são devidos honorários em incidente processual;
l) você foi contratado pelo Advogado da Empresa para ingressar com recurso insistindo na verba de 10% sobre a nova sucumbência sofrida pelo Banco (R$ 2.000.000 - R$ 300.000 = R$ 1.700.000 x 10% = R$ 170.000). São devidos honorários? Que recurso você proporia? Fundamente.
16. 
Através de uma Nota de Crédito Comercial (NCC), a empresa Alfa Ltda contraiu em 10/12/2002 um empréstimo com o Banco da Praça, no valor de R$ 50.000,00 - para pagá-lo de uma só vez em 10/12/2004.
a) Sílvio, casado em comunhão parcial de bens com a cunhada do sócio-gerente da empresa é que garantiu a dívida com seu aval;
b) como nada foi pago, o Credor aforou em 25/02/2006 a competente execução contra Alfa Ltda, Sílvio e sua mulher Sharon;
c) você foi contratado para defender os interesses de Sílvio e Sharon;
d) o que você faria por um e outro (ver o artigo 2035 do CC/2002).

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