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SINOPSE DO CASE TOPO

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SINOPSE DO CASE:[footnoteRef:1] [1: Case apresentado à disciplina Topografia e Geoprocessamento, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.] 
Nathalia Rodrigues Martins[footnoteRef:2] [2: Aluna do 2° período do curso Arquitetura e Urbanismo, da UNDB.] 
Ynaê[footnoteRef:3] [3: Aluna do 1° período do curso de Arquitetura e Urbanismo, da UNDB.] 
Márcio Jansen[footnoteRef:4] [4: Professor Mestre, orientador.] 
1 DESCRIÇÃO DO CASO
São Luís, capital do estado do Maranhão, possui um clima tropical, apresentando maiores taxas pluviométricas (chuva) nos primeiros meses do ano, e em decorrência dessa época de chuva torrencial, há várias ocorrências de alagamentos principalmente na região do centro da cidade.
O Centro de São Luís foi onde a cidade surgiu, e para a sua formação e consolidação, passou por dois períodos de planejamento territorial, primeiro pelos franceses (séc. XVII), e logo depois pelos portugueses, que permaneceram por um bom tempo. Dessas ocupações resultaram configurações espaciais de ruas, quadras, implantação das edificações nos lotes e atribuição de usos que se alteraram com o tempo, de acordo com a necessidade que ia-se criando, até se formar o que temos hoje.
E pode ser dito, que em consequência da forma que a cidade, principalmente o centro foi se urbanizando, e a forma topográfica, são contribuintes para o grande número de alagamentos.
2 INDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO
2.1 Formação e evolução urbana
Capital do Estado do Maranhão, São Luís foi fundada, em 1612, pelos franceses, e tomada pelos portugueses após três anos. No início, a cidade ocupada apenas a extremidade da chapada, no encontro dos rios Bacanga e Anil. Formou-se procurando se desviar das barreiras naturais do terreno, por isso, as demais áreas – formadas por declives, elevações, mangues ou alagadiços – ocupadas somente no decorrer dos anos seguintes. 
A construção da Fortaleza de São Luís, foi o marco da ocupação francesa. Foi decisiva no processo de ocupação e desenvolvimento da cidade, permitindo a formação do mais antigo espaço urbanizado de São Luís.
Em 1615, com a retirada das tropas francesas pelos portugueses, foi estipulado um novo modelo de urbanização da cidade, a partir de um plano de arruamento, concebido pelo engenheiro-mor Francisco Frias de Mesquita, para garantir e formalizar o domínio do território. O plano que “refletia as noções renascentistas de beleza de simetria e ordenação dos espaços” (SÃO LUIS – SEVILLA,2008, p.14), deveria orientar o crescimento da futura cidade. Através do plano, Frias buscou adaptar o núcleo urbano existente aos padrões estabelecidos pelas ‘Leis das Índias’[footnoteRef:5]. [5: Conforme Burnett “O domínio da Espanha sobre Portugal, através da União Ibérica, parece explicar o critério adotado na traça de São Luís, distinto da malha concêntrica tradicional da colonização lusitana, substituída pelo padrão regular, levando alguns autores a discordar desta adequação à topografia do sítio. Quando a Coroa portuguesa ficou sob domínio de Felipe II, o urbanismo passou a ser orientado pelas normas de regularidade formal contidas na Legislação Filipina para as colônias. Isto explica o fato de cidades como João Pessoa e São Luís do Maranhão apresentarem traços muito formais, semelhantes a um tabuleiro de xadrez.” Cf. REIS FILHO, Quadro da arquitetura no Brasil. 2001, p. 58-61. Apud: BURNETT, Frederico Lago. Urbanização e desenvolvimento sustentável: a sustentabilidade dos tipos de urbanização em São Luís do Maranhão. São Luís: Uema, 2008, p. 111.] 
É possível identificar a aplicação do traçado ortogonal[footnoteRef:6], atípico nas colônias fundadas por Portugal, que usualmente respeitava a topografia e elementos naturais da região que estava sob seu domínio, para composição das estruturas urbanas. [6: De acordo com Zenker e Pontual: “Não se sabe a data precisa da elaboração dessa traça, nem quando começou a ser implantada. Porém, o primeiro registro cartográfico que mostra a efetivação dessa traça é o mapa elaborado quando da ocupação holandesa, entre 1641-1644, daí a hipótese de ter sido nesse período a sua implantação.” Cf. ZENKNER, Thaís; PONTUAL, Virgínia. A cultura urbanística e a formação de cidades: estudo comparativo entre São Luís, Belém e Damão. Olinda: Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada, 2007, p.7.] 
Por volta de 1627, iniciou-se a ocupação fora dos limites da Fortaleza de São Luís, marcado pelo traçado ortogonal que se conectou com o tecido urbano existente. A conexão entre a Fortaleza e o recente plano fez com que a antiga configuração urbana perdesse força, e o traçado da cidade, aos poucos, fosse assumindo uma nova forma.
Cidade São Luís do Maranhão. Planta anterior a 1647, ano em que foi publicada.
Fonte: http://diariodoandre.com/2011/01/21/mapa-do-seculo-xvii-retrata-sao-luis/
Mapa de São Luís em 1660, "Maragnon In Zuid América van west van Brasil”.
Fonte: http://sema2009.webfau.com.ar/; In: Reis Filho, 2000.
Até aproximadamente 1700, a cidade ficou estabelecida no traçado ortogonal desenhado por Frias de Mesquita, respeitando a divisão de lotes e a implantação das edificações, porém, a partir de 1750, é iniciado o processo de consolidação da ocupação da cidade de São Luís.
2.2 Características
A cidade histórica segue o traçado surgido no séc. XVII e ruas retas, longas, de largura estreita e constante, mas com presenças também de ruas mais tortuosas que assim se constituíram devido à topografia irregular do terreno. Seus lotes possuem um formato uniforme e de tamanhos quase constantes, com construções que possuem uma tipologia com plantas, normalmente, em “U”. Entre as ruas e quadras percebemos alguns espaços vazios, os quais, muitas vezes, se configuram como praças. 
Vista aérea do Centro Histórico de São Luís.
Disponível em: < http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/06/lugar-com-uma-luz-magica-o-ano-todo-diz-fotografo-sobre-sao-luis.html>
Em uma visão mais detalhista percebemos que a topografia do centro histórico se compõe pela formação de altiplanos e messias, ou seja, alguns pontos se encontram em níveis mais altos do que outros. Um exemplo claro são as localidades do Palácio dos Leões e do Convento das Mercês, que pontuam as extremidades da Rua da Estrela, em um plano mais elevado. No percorrer da Rua da Estrela e de outras ruas, observamos sua construção em pedra e com calçadas estreitas de paralelepípedo, além do grande uso de escadarias e ladeiras.
Rua da Estrela, Centro de São Luís do Maranhão.
Disponível em: < https://mapio.net/pic/p-14328397/>
Junto a essa paisagem urbana temos as construções em que maioria dos residenciais unifamiliares, sobrados antigos, e casas coloniais se encontram rentes à rua, o que estabelece um alinhamento regular sobre as calçadas.
A topografia assimétrica, combinada à ruptura com o estilo arquitetônico seguido em todo o centro histórico, que se expressa nas edificações mais recentes da capital ludoviscense, prejudica a paisagem histórica. Tais edificações seguem um modelo mais moderno, com linhas retas, cores uniformes e verticalizadas, muitas vezes em pontos mais altos, como, por exemplo, o Grand São Luís Hotel e o Edifício João Goulart, que encobrem os monumentos tombados, se destacando na paisagem. 
2.3 Identificação do problema
A maior parte do problema do centro de São Luís, vem desde o processo de urbanização da cidade, onde foi projetado com sistemas de drenagens deficientes, que por fortes precipitações pluviométricas, acaba que acumulando água no leito das ruas e nos perímetros urbanos.
Mas também há outros fatores além da dificuldade da vazão da água acumulada, que contribuem para que esse tipo de situação ocorra, como: Compactação e impermeabilização do solo; pavimentação de ruas e construção de calçadas, reduzindo a superfície de infiltração; construção adensada de edificações, que contribuem para reduzir o solo exposto e concentrar o escoamento das águas; acumulação de detritos em galerias pluviais, canais de drenagem e cursosd’água; e principalmente a insuficiência da rede de galerias pluviais como é o caso do Mercado Central; e também pela topografia irregular da área do centro, no qual se tem pontos com níveis bem mais altos que os outros, causando o encontro da água que deveria ser escoada, nas áreas mais baixas.
2.4 Decisões possíveis 
A - Elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal, onde serão identificadas as áreas de risco e estabelecidas as regras de assentamento da população. Pela Constituição Federal (art.138), esse Plano é obrigatório para municípios com mais de 20 mil habitantes.
B - Fiscalizar as áreas de risco, evitando o assentamento perigoso em ÁREAS INUNDÁVEIS.
C - Implantar o esgotamento de águas servidas e a coleta do lixo domiciliar.
Disponível em: <http://aguasdejoinville.blogspot.com/2012/10/nao-confunda-rede-de-drenagem-com-de.html>
REFERÊNCIAS
WALL, Marluce. INDICADOR PARA AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DE SÍTIOS URBANOS PATRIMONIAIS: O CASO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO.
Disponível em: <https://www.anparq.org.br/dvd-enanparq-3/htm/Artigos/ST/ST-PCI-003-04-WALL-BRAGA.pdf>. Visitado em 10 de maio de 2019.
PACHECO, Ellis. O PAPEL DAS NORMATIVAS NA PRESERVAÇÃO E OCUPAÇÃO DO CONJUNTO ARQUITETÔNICO E PAISAGÍSTICO DE SÃO LUÍS – MA.
Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Dissertacao_Ellis_Pacheco.pdf>. Visitado em 10 de maio de 2019.
MA10. CHUVA PROVOCA ALAGAMENTO NO MERCADO CENTRAL.
Disponível em: <http://www.ma10.com.br/2018/12/11/chuva-provoca-alagamento-no-mercado-central/>. Visitado em 10 de maio de 2019.
ATAÍDE, Ruth. ANÁLISE MORFOLÓGICA E OS ELEMENTOS ORDENADORES DO TECIDO URBANO.
Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/105864826/Analise-morfologica-Centro-Historico-de-Sao-Luis>. Visitado em 11 de maio de 2019.
FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. ASPECTOS NATURAIS DO MARANHÃO.
Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/brasil/aspectos-naturais-maranhao.htm>. Visitado em 11 de maio de 2019.

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