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Aula 01
História e Geografia de São Gonçalo-RJ
p/ Câmara de São Gonçalo-RJ -
Pós-Edital
Autor:
Sergio Henrique
Aula 01
10 de Fevereiro de 2021
10515338729 - MARIANNA DA ROCHA VIANA SANTOS
 
 
 
 
Geografia do Rio de Janeiro. 
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SUMÁRIO 
00. Bate Papo Inicial ....................................................................................................... 2 
01. Como estudar? ......................................................................................................... 4 
1.1. Ler, Ler e Ler. Qual o Limite? “Calo nos olhos” ........................................................................ 4 
1.2. Estratégia ............................................................................................................................... 5 
1.3. Posso pular a teoria e ir direto para os Exercícios? ................................................................. 5 
1.4. Identificar as palavras chaves e pontos fundamentais do conteúdo ....................................... 6 
1.5. Pensar em movimento e usando o máximo da imaginação .................................................... 6 
1.6. Tentar Conectar as Informações ............................................................................................. 7 
1.7. Procure disciplinar-se ao máximo e ser persistente ................................................................ 7 
2. Características e Desafios dos Concursos Municipais na Nossa Disciplina...................... 8 
2.1. A Importância do Seu Olhar.................................................................................................... 8 
2.2. A Banca: Instituto SELECON .................................................................................................... 9 
2.3. O Edital ................................................................................................................................ 10 
2.4. Estrutura do Curso ............................................................................................................... 10 
3. Características Gerais do Estado do Rio de Janeiro......................................................12 
3.1. Localização........................................................................................................................... 12 
3.2. População ............................................................................................................................ 12 
4. A Geografia do Município do Rio de Janeiro ...............................................................15 
5. Breve Panorama Histórico da Ocupação Humana no Território Fluminense .................19 
6. Impactos Ambientais .................................................................................................21 
6.1. Reservas Ambientais ............................................................................................................ 22 
7. A Urbanização da Cidade do Rio de Janeiro ................................................................24 
7.1. A População ......................................................................................................................... 27 
8. Exercícios ..................................................................................................................31 
9. Considerações Finais .................................................................................................46 
 
 
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00. BATE PAPO INICIAL 
Olá, querido aluno! Eu sei que você quer mudar de vida e adquirir estabilidade como servidor, 
e sei também como é exigente a jornada. É com muita alegria que o recebo para discutirmos a 
História Recente do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro nesta jornada em busca de um excelente 
resultado no concurso da Câmara Municipal de São Gonçalo-RJ. 
Sou o professor Sérgio Henrique, Historiador, licenciado em geografia e professor de Ciências 
Humanas no Estratégia Concursos e cursos presenciais. Sou professor há mais de 15 anos e já 
ministrei várias disciplinas, do ensino fundamental ao superior, como servidor público e na rede 
privada. Nos primeiros anos de carreira fui focado em ensino e aprendizado para jovens e também 
incursionei pelo empreendedorismo. Na última década dedico-me a preparação para exames de alta 
complexidade e exigência. Para falar comigo, me siga no Instagram @professorsergiohenrique, que 
sempre é um prazer o contato direto com nossos alunos. 
Você já deve estar cansado de passar meses estudando todas as disciplinas tradicionais em 
todos os concursos, tirar excelentes notas nelas, no entanto ter um resultado baixo na disciplina de 
História e Geografia do estado. Cada exame é uma realidade diferente, mas há variações de 
concursos que podem cobrar 3 ou até 10 questões específicas, e chega a 10% da prova em muitos 
casos, o que torna a disciplina de alta incidência. É frequente o relato dos alunos que me dizem que 
só depois do primeiro, ou outros concursos estaduais, que atentaram para a relevância da disciplina, 
para sua aprovação. 
Entendo perfeitamente o pensamento do concurseiro, e é comum que imaginemos ser mais 
fácil e simples aprender História e Geografia, dado que são disciplinas estudadas ao longo da 
trajetória escolar. Daí muitos deixam para a reta final da preparação, ou até mesmo negligenciam 
um conteúdo que pode ser a diferença na conquista de sua vaga. Sou obrigado a concordar que é 
mais fácil aprender rapidamente conteúdos de História e Geografia voltados para concursos 
públicos, e nestas aulas do curso, a ideia é trabalharmos todos os principais tópicos e raciocínios 
tipicamente cobrados, de modo que consiga gabaritar a sua prova. Certamente seus concorrentes 
estão estudando todas as disciplinas tradicionais, mas poucos vão gabaritar História e Geografia. 
Seu curso procura solucionar este desafio e o candidato que se estudar em ritmo médio 
(estudando com calma), consegue matar cada aula em 3 ou 4 horas de leitura e anotação. Faça neste 
tempo os exercícios propostos. Os vídeos são mais demorados para serem todos assistidos, e são 
muito completos, então a recomendação é sempre priorizar o livro digital e os exercícios primeiro, 
e nos temas que tiver maior dificuldade, assista os vídeos. Primeiro as vídeo aulas de teoria, mas 
tem também a opção de assistir as resoluções das questões, em que dou uma mini aula ao resolvê-
las. Não há receita de bolo, então você deve se planejar dentro da sua disponibilidade e interesse na 
disciplina. priorize o livro digital, e resolva os exercícios. Os resumos são para orientá-los no que é 
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mais importante memorizar e para tentar organizar seu aprendizado, que deve se consolidar através 
de constantes resumos e resolução de exercícios. 
 Motivação, Disciplina e Estratégia. É o tripé do sucesso e estou aqui com a equipe Estratégia 
Concursos para levá-lo a alcançar seus objetivos. Vamos logo, pois não temos tempo a perder. Nosso 
tempo é valioso! 
 Leia e releia suas aulas. Faça e refaça seus exercícios. A repetição é a mãe do aprendizado. 
A memorização deve vir da repetição dos exercícios e do acúmulo das leituras e anotações. É a 
melhor forma de gravar na memória o conteúdo: Aos poucos e através da repetição.Vamos ao 
trabalho! É um convite aos estudos, então venha comigo! O primeiro passo é sabermos com 
caminhar, então fique de olho nas dicas de estudo. Se você já é concurseiro experiente, pode pular 
as dicas, mas eu sempre sugiro que leia, pois é importante reendossar coisas que já sabemos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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01. COMO ESTUDAR? 
Darei aqui algumas dicas que servem para que você reflita sobre como pode melhorar seu 
desempenho. É importante lembrar, que estudar não é uma receita de bolo e cada um encontrará a 
forma mais adequada para sua aprendizagem. Estas dicas ajudam a todos, e servem para outras 
disciplinas, então vale a pena conhecê-las e praticá-las. Se encontrar dificuldades, não se preocupe: 
Estudar dá muito trabalho. Quanto mais estudar, mais fácil o processo. Se está começando agora a 
uma rotina mais pesada persista, pois aos poucos perceberá o seu desenvolvimento. Costumo dizer 
que poucas pessoas (quase ninguém) gostam de estudar, mas todos gostam de aprender e conhecer. 
Aristóteles dizia que a educação tem raízes amargas, mas seus frutos são doces. Desde a 
antiguidade e os primeiros relatos humanos, os grandes pensadores relatam o quanto é trabalhoso 
adquirir conhecimento, então encare as dificuldades como normais. Sei que é difícil se organizar e 
conseguir o tempo que julga necessário, sei também que é difícil pegar ritmo e manter a constância, 
mas lembre-se: é possível e uma hora você consegue, mas para isso, deve começar. 
 
1.1. LER, LER E LER. QUAL O LIMITE? “CALO NOS OLHOS” 
A essa altura do campeonato já deve ter estudado tanto que já deve sentir seus calos. A prova 
está próxima, mas a dica vale para a construção de seus hábitos de concurseiro. Todo estudante 
deve buscar desenvolver seus hábitos de leitura. Isso mesmo, hábito. A leitura é uma habilidade que 
se desenvolve com o treino. Nossa! Então é possível desenvolver a leitura? Claro que sim. A prática 
diária leva ao domínio. A leitura é uma habilidade, mas também uma competência, ou seja, pode ser 
trabalhada e desenvolvida. Competência é mais que conhecimento: Podemos traduzi-la como um 
saber que te permite a tomada de decisões e está ligada a capacidade de julgar e de avaliar. Por que 
nos inspirarmos na teoria da educação? Para sabermos que de acordo com os estudos acadêmicos 
específicos e as histórias de superação que conhecemos, é importante te lembrar que você é capaz, 
e terá melhores resultados seguindo o lema do Estratégia Concursos “O segredo do sucesso é a 
constância no objetivo”, pois a cada dia você subirá um degrau no caminho da aprovação e da 
realização dos seus sonhos. Pode ser que você nunca se torne um grande leitor por prazer, mas deve 
dominar ao menos a leitura objetiva. Refiro-me a ler conteúdos para captar as ideias centrais, mas 
daí voltamos ao início, pois esta habilidade só se desenvolve com leitura. Podemos começar com 
uma pequena meta diária de 30 minutos e aos poucos aumentamos. Cada um deve adequar a sua 
disponibilidade ao tempo que possui e está acostumado a estudar, então se já estuda uma hora, 
aumente aos poucos até chegar a duas, assim por diante. Não demora tanto tempo assim para 
engatar a primeira marcha e é essencial para todas as disciplinas. Então organize sua rotina de modo 
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a aproveitar da melhor forma possível cada raro momento disponível. Terá que fazer escolhas. 
Priorize estudar! 
 
1.2. ESTRATÉGIA 
Não são raras as questões que você consegue resolver com a leitura atenta do enunciado e 
das alternativas. Quando é um tema que o seu domínio é falho, podemos excluir as alternativas 
erradas encontrando erros teóricos, anacronismos, incongruências com a pergunta. Podemos 
acertar a questão ou ao menos aumentar muito suas chances de sucesso. Como sua preparação 
envolve muita dedicação e estudos isso exigirá muito de seu corpo e então fique de olho na sua 
saúde. Os gregos antigos tinham o ideal do “men sana in copore sano”, ou seja, mente sã em um 
corpo são. Tem que pensar na sua saúde e seu sono para poder encarar numa boa o exame e 
conseguir se manter concentrado e ativo por horas seguidas. Outro elemento que não podemos 
esquecer é: cuidado com o orgulho do concurseiro. O que quero dizer com isso? Alguns assuntos são 
difíceis e são cobrados em questões fáceis e rápidas, e outros assuntos muito simples são abordados 
de modo complicado e vão exigir um longo tempo. O que fazer? Pule! Se gastou seus minutos e não 
saiu do lugar, abandone a questão. É comum querer resolver até chegar na resposta um conteúdo 
que você estudou muito, mas caiu uma questão demorada. O que fazer? Pule! Se gastou seus 3 
minutos e não saiu do lugar, abandone a questão. Cuidado para não deixar em branco. Marque logo 
e passe adiante. Voltar depois para marcar outra é a pior saída. Ponto é ponto, adiante você pode 
encontrar várias questões fáceis e empacou em uma. 
 
1.3. POSSO PULAR A TEORIA E IR DIRETO PARA OS EXERCÍCIOS? 
Se tiver algum domínio da matéria sim, mas é muito importante ler toda a teoria. Em geral os 
candidatos aprovados em concursos conseguiram desenvolver o hábito de leitura. As vídeo aulas 
são muito importantes, mas não substituem a leitura e resolução de exercícios. O ideal é PDF + Vídeo 
aulas + Exercícios. Mas eu sei que seu tempo é escasso, então eu sugiro que priorize sempre a leitura 
do PDF e resolução de exercícios, de todo o tipo e claro da banca. Aqueles assuntos que tiver maior 
dificuldade assistam as suas videoaulas, mas se já possui algum conhecimento, ou se deixou para 
começar estudar em cima da hora, vá direto aos exercícios, pois são a melhor forma de conseguir 
assimilar grande quantidade de conteúdo em pouco tempo. Como o tempo é escasso e o conteúdo 
grande, sugiro que tente ir direto para os exercícios nas matérias que sente que conseguirá 
acompanhar. 
 
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1.4. IDENTIFICAR AS PALAVRAS CHAVES E PONTOS FUNDAMENTAIS DO CONTEÚDO 
Imaginar que você está explicando para uma criança é muito bom. Ela vai precisar de muitos 
detalhes, mas o essencial não são nomes e números. Eles devem estar lá, mas não são o principal, 
pois o são os raciocínios e conceitos. Datas e nomes você deve esquematizar no papel à parte, para 
ter uma anotação de lembrete, mas gaste seu tempo e energia aprendendo os conceitos e o 
máximo de informações aplicadas nos exercícios. Decore ao longo do tempo de estudo e através da 
repetição. Eu por exemplo anoto nomes e datas importantes, esquematizo com cores e coloco na 
parede, para ler quando eu estiver passando. Faço sempre isso e quem faz relata que costuma 
funcional. Se não tem restrições às anotações em papeis na parede, vale a pena. 
 
1.5. PENSAR EM MOVIMENTO E USANDO O MÁXIMO DA IMAGINAÇÃO 
Tente pensar nos assuntos como se um filme estivesse passando. Quanto mais dinamismo 
você usar melhor. Cores são essenciais para usar todas as habilidades deaprendizagem do seu 
cérebro. Assuntos mais complicados, por exemplo, você deve fazer uma anotação toda colorida, 
com desenhos e esquemas, mas fique de olho, pois aqueles que são feitos por você tem uma grande 
eficácia e é melhor que sejam feitos à mão, pois isso vai ajudar muito na memorização do conteúdo. 
Isso ajuda sua criatividade como um todo aproveite para se imaginar tomando posse ou trabalhando 
no seu cargo, pois geralmente é o que dá muita motivação para buscar forças na hora do cansaço. E 
ele virá, mas leve na boa. Enfrente! 
Ao usar também este recurso de pensar em movimento, desenvolva seus macetes engraçados 
ou frases e contextos absurdos, que vão ajudar. Tente sempre fazer isso, pois além de muitos 
acharem uma ação mental divertida, quanto mais você exercitar, mais facilmente fará conexões 
entre os temas para memorizá-los. Invente os seus! 
 
Anotar com esquemas, desenhos ou fazer músicas são métodos muito mais eficientes do que 
longas anotações no caderno. As anotações escritas devem ser curtas, objetivas e de preferência no 
formato de mapas mentais. 
 
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1.6. TENTAR CONECTAR AS INFORMAÇÕES 
Associações é fundamental para o aprendizado e desenvolvimento. No nosso caso é tranquilo, 
pois não se tratam de conexões muito complexas, mas do tipo associar que somos um dos mais 
importantes produtores agrícolas mundiais e ligar isso com o passado agroexportador, os principais 
produtos que cultivamos, associar o cultivo ao lugar, clima e os impactos no meio ambiente. 
 
1.7. PROCURE DISCIPLINAR-SE AO MÁXIMO E SER PERSISTENTE 
Tenha uma boa alimentação, uma boa noite de sono e mantenha seus hábitos saudáveis, pois 
são importantes para o seu desempenho, e de preferência, tenha um horário fixo de estudos. A 
persistência nos objetivos é a chave do sucesso. Mas cuidado e não mude radicalmente seus hábitos 
dias antes da prova, pois há pessoas que resolvem de repente entrar na academia e radicalizar na 
mudança alimentar, mas a essa altura, sem mudanças bruscas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. CARACTERÍSTICAS E DESAFIOS DOS CONCURSOS MUNICIPAIS NA NOSSA 
DISCIPLINA 
 Primeiramente é importante explicar para você como são produzidos os materiais para seu 
concurso. Geralmente nos concursos municipais que são cobrados conteúdos históricos e 
geográficos, estas matérias são abordadas de formas simples e direta. Cada banca adota um perfil 
claro, mas geralmente as principais informações que são cobradas são somente aquelas que existem 
publicadas e de acesso geral ao público. Procuro fazer o mesmo caminho que o professor contratado 
pela banca terá que percorrer para fazer sua prova. Primeiro uma consulta rápida aos sites oficiais 
do município que normalmente trazem dados básicos, mas vale ficarmos de olho, pois apesar de 
conteúdos simples, são estes mesmos que são cobrados. Depois uma visita pelos principais estudos 
que são oficialmente feitos por todos os municípios como o plano diretor e dados das secretarias de 
planejamento. 
 Os cursos municipais são feitos num prazo bem apertado de tempo e sempre o trabalho 
começa a partir do zero o que faz com que a nossa abordagem tenha um caráter de síntese voltada 
para a resolução de suas questões, percorrendo os principais temas que podem ser cobrados, 
focando nos exercícios quando eles existem. A maior parte dos municípios possuem poucos dados 
históricos e geográficos e é a sorte do destino que permite termos mais ou menos fontes de 
pesquisa, pois há localidades em que personalidades locais pesquisaram por longos anos e 
publicaram estudos históricos de grande qualidade e abrangência de temas enquanto outros não 
possuem nada mais que poucas linhas no site oficial, por isso não há no curso abordagens 
acadêmicas ou muito teóricas, somente as sínteses, até porque normalmente é isso que há 
disponível e a carência de fontes é sempre um desafio para os formuladores das questões e nós 
formuladores de cursos. Pesquisando assim, identifico o universo das possibilidades que o professor 
contratado pela banca terá, e é por aí que traçamos nossas apostas e nos preparamos. Muitos 
alunos, principalmente os mais estudiosos possuem uma expectativa de encontrar muitas vezes um 
curso de história e geografia completo de sua cidade, mas isso não é tarefa de uma pesquisa para 
seu concurso e sim o resultado de muitos anos de estudos de pessoas especializadas, então desde 
já adianto que a ideia central é de um curso direto, simples e objetivo. 
 
2.1. A IMPORTÂNCIA DO SEU OLHAR 
 Há concursos que seu olhar pesa muito, pois acompanhando as realidades locais podemos 
identificar algum assunto que eventualmente não seja destacado por nós. Já preparei candidatos 
para concursos municipais de alto nível, em que desenvolvemos um material bem completo sobre 
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tudo que encontramos de disponível e foram cobradas três questões somente. Duas delas não 
referiam-se ao município, e sim sobre políticas que a Universidade Local realizava na comunidade e 
ela mesma que formulou a prova. Muitas pessoas criticam as bancas pelo demasiado regionalismo, 
no entanto é uma situação que mesmo os melhores candidatos que não tivessem contato com a dita 
universidade e fossem naturais do município, não teriam instrumentos para responder à questão. 
Situação terrível para o candidato, pois a banca não aceitou os recursos cujo argumento central 
usado neles foi à fuga do edital. Fique atento nas notícias, no site da prefeitura e as notícias que 
aparecem por lá. Ao longo do curso, podemos tirar as dúvidas sobre a relevância dos temas 
levantados. 
 
2.2. A BANCA: INSTITUTO SELECON 
 O Instituto Selecon foi criado com uma proposta inovadora na área de desenvolvimento 
institucional, por meio da prestação de serviços diferenciados em concursos públicos, processos 
seletivos em geral, pesquisas e capacitação. Coordenado por profissionais experientes e com 
capacidade técnica comprovada, atua com eficiência e dinamismo para selecionar os melhores 
candidatos, que apresentem o perfil desejado para a ocupação de cargos, empregos e funções nos 
certames públicos e privados. 
Siga as sugestões de estudo que é uma disciplina que é diferencial para todos que a sabem, 
pois só estudamos história municipal, na grande maioria das vezes, depois que sai o edital. Saia na 
frente da concorrência. 
Exigirá de você os conceitos básicos da geografia e dos principais conhecimentos regionais. A 
banca fez um edital enxuto e objetivo. Já estou analisando todas e selecionando os principais dados 
para a memorização. 
1. Exigirá certamente a leitura de gráficos e tabelas para interpretar os principais dados 
municipais. 
2. Não há dados suficientes para afirmar, mas aposto que exigirá a memorização de alguns 
dados. Tudo que tiver que ser decorado, por segurança, vou avisar. Não é o principal na 
preparação, mas é fundamental. Eventualmente podem perguntar os nomesde todos os 
municípios limítrofes, por exemplo, ou os feriados municipais e os símbolos. Quando isso está 
no edital é quase certo que será cobrado, então vale a pena o esforço. 
 
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2.3. O EDITAL 
História e Geografia de São Gonçalo-RJ 
1. Histórico municipal. 
2. Aspectos geográficos. 
3. Potencialidades do Município. 
4. Atividades econômicas. 
5. Patrimônio histórico, arte e cultura. 
6. Símbolos do Município. 
 
2.4. ESTRUTURA DO CURSO 
 
 Este curso é um curso exclusivo. O foco do nosso material é o livro escrito, que organizei da 
seguinte forma: 
1. Serão duas aulas bem completas em que na primeira farei a contextualização econômica do 
estado do Rio de Janeiro e na segunda uma análise de cada tópico específico do conteúdo. 
2. Na segunda aula, só análises dos dados e principais informações de atualidades sobre o 
município, em que vou indicar os principais pontos em que devemos ficar atentos e quais 
devemos memorizar. 
3. O curso é feito com exclusividade para atendê-lo, então ao longo da preparação, podemos 
atualizá-lo constantemente, e você pode enviar seu feedback. Inclusive sugerindo temas que 
você acha importantes e não foram abordados. Mesmo que não caiam, você saberá que não 
precisam se preocupar com aquele assunto. 
4. Teremos também quatro videoaulas em que vou destrinchar o máximo de detalhes 
importantes para você. Sempre entre em contato através do fórum de dúvidas, pois é parte 
essencial do seu processo de preparação. 
5. No dia da prova, se puder sair com o caderno, envie logo para o meu e-mail para que eu possa 
analisá-las e verificar possíveis recursos. A banca somente libera os cadernos de provas para 
os inscritos, então é importante que você me envie, para que possa ser analisada a 
possibilidade de interposição de recurso. 
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Favor nos envie as questões da prova através do e-mail: professorsergiohenrique@yahoo.com.br 
 
 Você já leu minhas dicas de estudo no início do material. São importantíssimas e irão 
colaborar em sua caminhada de concurseiro. Fique de olho: 
✓ Leia e releia até não aguentar mais. 
✓ Se você imprimir, destaque os pontos mais importantes. Vou ajudar grifando alguns trechos, 
mas a sua seleção é fundamental, pois seu cérebro gravará mais conteúdos assim. 
✓ Assista as videoaulas, mas a prioridade é o livro digital. Então se estiver apertado e será 
obrigado a escolher, foque com certeza no livro. 
✓ Para decorar alguns dados vale de tudo: imprimir os mapas e gráficos, escrever na janela, 
gravar sua voz e ouvir. Neste processo não tem muito segredo: árvores mentais e muito 
estudo. Muitos alunos usam o tempo do ônibus ou de volante para escutar as aulas. Vou 
sintetizar ao máximo o conteúdo e você irá a poucos dias dominar o essencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
3.1. LOCALIZAÇÃO 
 O estado do Rio de Janeiro está localizado na região Sudeste do Brasil, fazendo divisa 
territorial com: São Paulo (sul); Minas Gerais e com o Espirito Santo (ao norte), banhado pelo oceano 
Atlântico (leste). Apresenta a menor extensão territorial entre os estados da região sudeste, com 
uma área de 43.781.588 km² (IBGE, 2018). No entanto, possui a terceira maior população do país, 
estimada em 2018 de 17.159.960 habitantes, distribuído em 92 municípios, refletindo diretamente 
na sua densidade demográfica, de 365,23 hab/km² (2010), sendo a segunda maior do Brasil, atrás 
apenas do Distrito Federal. 
 
Fonte: http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/info_territorios/divis_politico_administrativo.html 
 
Sua capital é o Rio de Janeiro, importante cidade brasileira no quadro turístico, econômico e 
cultural no cenário nacional, com uma população estimada em 6.688.927 habitantes em 2018. 
Sediou importantes eventos mundiais, tais como Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016). Outras 
cidades importantes são: São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Niterói, Petrópolis Volta 
Redonda. 
 
3.2. POPULAÇÃO 
 Com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,761 (IBGE, 2018), o Rio de Janeiro ocupa 
o 4° lugar no ranking nacional de IDH. A taxa de alfabetização é a terceira maior do país (96%), atrás 
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somente do Amapá (97,2%) e do Distrito Federal (96,6%). O Rio de Janeiro apresenta a segunda 
melhor média de escolaridade do Brasil: 45,6% de sua população têm oito anos ou mais de estudos. 
 
Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/panorama 
 
 Observe atentamente a pirâmide etária acima: 
✓ A taxa de natalidade está em declínio (base estreita). 
✓ O topo está se alargando (aumento da expectativa de vida). 
✓ A população hoje é predominantemente adulta. 
✓ Como temos uma maior população adulta, temos também uma maior PEA (população 
economicamente ativa), ou seja, número de trabalhadores entre 15 e 65 anos. 
✓ A população está em processo de transição demográfica (está envelhecendo). 
 
 O estado do Rio de Janeiro possui a terceira maior população do Brasil, com uma população 
estimada em 2018 de 17.159.960 habitantes, atrás apenas de São Paulo e de Minas Gerais. A 
população fluminense, assim como nos outros estados do Brasil, é bastante heterogênea. O 
território que atualmente corresponde ao Rio de Janeiro foi habitado por diferentes tribos indígenas. 
E, além disso, posteriormente vieram os portugueses, franceses, e muitos africanos escravizados. E 
ainda, outros fluxos migratórios como de italianos, alemães, entre outros. Conforme tendência 
nacional, o Rio de janeiro enfrenta um processo de transição demográfica, conforme se observa na 
pirâmide etária abaixo da população, evidenciando o envelhecimento da população fluminense. 
Muito importante para entender o uso e ocupação feita pela população no território no Rio 
de Janeiro, é o seu relevo. Basicamente, o Estado do Rio de Janeiro é constituído por três unidades: 
a Serra Fluminense, a Baixada fluminense e a Região Litorânea. 
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A Serra Fluminense, localizada no interior do estado, conhecida como as terras altas, 
apresenta as maiores elevações do Rio de Janeiro: a Serra do Mar, o Planalto de Itatiaia e parte do 
Vale do Paraíba do Sul. A Serra do Mar, que também recebe o nome de Serra dos Órgãos em 
Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, e em outras regiões recebe diversas denominações. A 
altitude média da região serrana varia entre 300m a quase 2.800 metros de altitude, com o seu 
ponto culminante o Pico das Agulhas Negras, no município de Itatiaia, com cerca de 2.791 metros. 
Já a Baixada Fluminense (abaixo de 200 metros de altitude), importante área de 
concentração e ocupação da população do estado, está localizada entre o planalto serrado e o 
oceano Atlântico, permeada por colinas e maciços costeiros. Os maciços costeiros são elevações que 
surgem nas áreas de baixadas, desde Cabo Frio até o município do Rio de Janeiro. E por fim a região 
litorânea que incorpora baias, blocos rochosos conhecidos como morros testemunhos, tais como o 
Corcovado, lagos, várzeas, dunas e praias, e ainda um número considerável de ilhas. Possui um litoral 
relativamente extenso, com 636 km, se estendendo desde a barra do Rio Itabapoana, fazendo limite 
com o Espirito Santo, até a Ponta da Trindade, limite com São Paulo. 
Nesse cenário, o quadro natural do Rio de Janeiro foi, em grande medida, um norteador da 
ocupação humana no território. Embora a Serra do Mar tenha sido um obstáculo no processo de 
interiorização a ocupação durante o período de exploração colonial, com muitos caminhos já 
dispostos com trilhas pelos indígenas que ali habitavam, deram um sentido próprio de estruturação 
na configuração do Estado. 
 
Fonte: http://www.sinageo.org.br/2012/trabalhos/9/9-300- 
 
 
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4. A GEOGRAFIA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 
Devido a vários fatores, e em especial ao processo histórico de ocupação do município do Rio 
de Janeiro, a cidade possui centralidade no cenário estadual e nacional no que tange aos fluxos 
econômicos, culturais e sociais. Com uma população estimada em 2018 de 6.688.927 habitantes e 
com uma densidade demográfica de 5.265,82 hab/km², ocupa a 2ª posição no país. 
Com um cenário paisagístico de caráter único, a cidade é banhada pelo Oceano Atlântico, pela 
Baía de Guanabara a leste e pela Baía de Sepetiba a oeste, definindo suas divisas marítimas, sendo 
mais extensas que as terrestres, limitando-se com vários municípios do estado do Rio de Janeiro. A 
área do seu município é de 1.255,3 km², incluindo também suas ilhas. 
É importante destacar que, em razão da capital e o estado possuírem o mesmo nome, há uma 
diferenciação com relação à denominação de naturalidade. Quando se faz referência a alguém do 
estado do Rio de Janeiro, utiliza-se o adjetivo pátrio fluminense, e com relação aos nascidos na 
cidade do Rio de Janeiro, o termo correto é carioca. 
A ocupação da cidade se deu de forma particular, numa intima relação com os processos 
socioespaciais e as formas naturais de relevo presente no território carioca. Com a presença de 
grandes maciços, conhecidos também como morros testemunhas, a expansão urbana teve que se 
adaptar ao relevo característico do Rio de Janeiro. O seu núcleo urbano desenvolveu-se ao pé do 
maciço da Tijuca, chamado pelos locais de Serra da Carioca. Ocuparam-se inicialmente as pequenas 
planícies de brejo, e alguns poucos morros na estreita faixa de terra entre as encostas e o mar. Aos 
poucos, com o desenvolvimento urbano, a cidade foi expandindo na direção norte e sul, com divisão 
nesses dois setores ao longo do sopé do maciço rochoso e pelos vales, como por exemplo nas 
Laranjeiras, no Rio Comprido e na Tijuca. O centro localiza-se entre a extremidade do esporão 
montanhoso e o mar (na zona leste da metrópole), de travessia obrigatória nas ligações entre as 
zonas norte e sul, a não ser que atravesse a montanha. Devido a esse fator, a cidade possui diversos 
túneis, com mais de sessenta, sendo o maior deles o túnel dos Dois Irmãos, entre a Gávea e São 
Conrado. 
Após esse processo primeiro de ocupação urbana, as pequenas baixadas, quase sempre 
pantanosas, foram sendo ocupadas sucessivamente. Sendo tal área cortada por vários rios que 
deságuam na Baía de Guanabara, a presença dos brejos, pântanos ou áreas alagadiças localizados 
nos terrenos as margens de importantes rios como Inhomirim, Iguaçu, Magé, entre outros, surgem 
em decorrência do encontro das marés com as águas regulares ou das cheias dos rios. 
Posteriormente, as áreas de manguezais que circundam a baia, foram incorporadas à área urbana. 
Na imagem abaixo, observamos de que maneira a cidade se expandiu e qual sua configuração atual, 
com um grande destaque para a área verde do Parque Nacional da Tijuca. 
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Fonte: Google Maps, 2019. 
 
Embora a cidade tenha se tornando uma das maiores áreas urbanas do mundo, cresceu em 
torno da mancha verde de remanescente de Mata Atlântica. Aos poucos os ecossistemas foram 
sendo protegidos pela legislação ambiental e uma grande quantidade de parques, reservas e área 
de proteção ambiental foram sendo criados para garantir sua conservação. Pelo seu grande valor 
patrimonial, o Parque Nacional da Tijuca atualmente é tombado pelo patrimônio público. De acordo 
com o site oficial do órgão responsável pela gestão do parque, o ICMBio, o Parque Nacional da tijuca 
(Parna Tijuca ou PNT) protege a maior floresta urbana do mundo replantada pelo homem, com 
espécies próprias da Mata Atlântica, com uma extensão de 3.953ha de mata. É o parque nacional 
mais visitado do Brasil. Nesse cenário, destaca-se alguns maciços, entre eles: o Pico da Pedra Branca, 
(1.024m); o pico da Tijuca (1.021m); o Bico do Papagaio (975m); Andaraí (900m); o maior monólito 
a beira do mar do mundo, a Pedra da Gávea (844m); o Corcovado (704m) que abriga o cartão postal 
da cidade, o Cristo Redentor de 38m; Dois Irmãos (533m) e o famoso Pão de Açúcar (395m). A 
maioria dos maciços é gnaisse, uma rocha metamórfica resultantes de forças geológicas no interior 
da terra que atuam no soerguimento por meio de tectônica, há milhões de anos atrás. 
 
Fonte: Relatório ICMBio, 2017. http://parquenacionaldatijuca.rio/files/report_anual_2017.pdf 
 
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Fonte: http://www.icmbio.gov.br/parnatijuca/guia-do-visitante.html 
 
 O clima da cidade é o Tropical Atlântico, quente e úmido, Pela análise da precipitação, há duas 
épocas bem definidas na cidade: uma estação chuvosa de Dezembro a Abril, com chuvas severas; e 
uma estação mais seca, de maio a novembro; com variação de temperatura em torno de 24ºC, 
chegando ao verão (época mais quente e também a mais chuvosa) com temperaturas médias em 
30ºC. 
 Conforme observado, a posição estratégica da cidade do Rio de Janeiro possibilitou seu 
desenvolvimento econômico, integrando-se ao eixo de maior expressão econômica nacional entre 
São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O fato de ter sido durante muitos anos a capital do país 
explica o seu potencial e desenvolvimento industrial. 
 Foi também, durante muito tempo, a maior do Brasil com o maior porto até então. É superado 
em importância apenas para o complexo industrial paulista, tendo o segundo maior polo de riqueza 
no país, com um PIB em 2017 (IBGE) de $26.018.740.000,00. E ainda integra, junto com São Paulo, 
a maior megalópole de faixa continua da América Latina. Outro fator importante no 
desenvolvimento industrial é a grande disponibilidade hídrica, importante para o desenvolvimento 
econômico de uma região/país, despontando o potencial hidrelétrico que favorece as indústrias. 
Concentra 70% da força econômica do estado e 8,04% de todos os bens e serviços produzidos no 
país. 
 A capital fluminense abriga ainda sedes de importantes empresas brasileiras e multinacionais, 
tal como a Petrobrás, o BNDEs, a Vale, a Rede Globo, empresas de telefonia como a OI, entre tantas 
outras. Possui uma diversificação no setor, com uma forte vocação para indústria naval e refinarias 
de petróleo; conta também com metalúrgicas, indústrias petroquímicas, têxteis, farmacêuticas, de 
bebidas, entre outras. 
 Pela forte atração turística, a cidade conta também com um mercado voltado para atender a 
demanda cada vez maior de consumidores e turistas, como o comércio e bens e serviços. Segundo 
dados do IBGE, em 2016, 40,8% da população estava economicamente ocupada. 
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 Outro setor grande é a economia informal, repensada pelos famosos vendedores ambulantes 
que circulam nas praias e feiras, sem o registro legal de trabalho. Por conta da crise financeira que 
o Brasil vem enfrentando nos últimos anos, com um agrave especial no Estado, a cidade acumula 
um percentual significativo de desempregados que, muitas vezes, não encontra outra alternativa de 
trabalho e provento de renda para sustentar suas famílias, tendo que trabalhar na informalidade. 
Conforme visto anteriormente, uma das características marcantes na cidade é a segregação 
socioespacial. É visível a materialidade de diferenciação entre os bairros da cidade, observado no 
perfil social da população, nas características urbanísticas, de infraestrutura, de conservação, dos 
espaços e equipamentos públicos, no oferecimento dos serviços, entre tantas outras características 
que configura o espaço urbano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. BREVE PANORAMA HISTÓRICO DA OCUPAÇÃO HUMANA NO TERRITÓRIO 
FLUMINENSE 
 Para entender a configuração atual do estado, e também no panorama geral de ocupação do 
território nacional, é necessário, pois, observar de que maneira os portugueses, com os interesses 
específicos aqui na então metrópole, se estabeleceram e fixaram suas moradias. Não por acaso, a 
organização espacial desse período terá um traço fortemente marcado por cidades e portuárias, 
dentre os motivos, a facilidade de estabelecimento e escoamento da exploração das terras 
portuguesas, de forma que, no Rio de janeiro, surgiram as primeiras cidades fluminenses, Rio de 
Janeiro e Cabo Frio, como também as vilas e freguesias, como Angra dos Reis. 
 Conforme verificado anteriormente, a configuração de caráter periférico e litorâneo no Rio 
de Janeiro é explicado a priori também pela existência da Serra do Mar, entre o litoral e o interior. 
Outro fator que evidente é a questão da precariedade das técnicas dos europeus, que dificultava o 
processo de ocupação, naquele momento, rumo ao interior, sem contar com as questões de 
confrontos indígenas, a exuberância e imponente Mata Atlântica, importante elemento como 
obstáculo a ser vencido. Como exemplo, tem-se o litoral sul do estado. Se no primeiro momento a 
travessia da Serra do Mar foi tida como um obstáculo, como resultado, tem-se a concentração 
populacional junto ao litoral nas vilas de Angra dos Reis e Paraty. Posteriormente, com a então 
descoberta do ouro nas minas gerais, houve a necessidade de abrir caminhos para escoamento do 
ouro, utilizando, conforme verificado anteriormente, rotas e caminho indígena, fornecendo rota de 
escoamento, conforme figura ao lado. Além dos acessos facilitados pelo quadro natural, os 
portugueses se beneficiaram dos caminhos e trilhas indígenas já encontrados no território. Dentre 
os grupos indígenas que ocupavam as terras fluminenses destacavam-se os tupis, os jês e os goitacás. 
 
 Contudo, o quadro natural do Rio de janeiro não era visto apenas como um obstáculo. Se por 
um lado tem-se a Serra do Mar, por outro, há a presença de um importante litoral com feições que 
eram favoráveis aos interesses da colonização/ocupação do território. A presença de baías, como a 
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de Guanabara e Ilha Grande, dava um aporte seguro para os navios, possibilitando a instalação de 
portos, que facilitavam o desenvolvimento de núcleos populacionais. E ainda, a questão 
hidrográfica, somando-se como elemento importante no processo de interiorização:como exemplo, 
os rios que banham de Guanabara, como o Iguaçu e Inhomirim, entre tantos outros. 
 A atual configuração da paisagem do Rio de Janeiro é resultado de múltiplos elementos 
transformadores da paisagem: como o clima, a água, a vegetação, o vento, e claro a ação humana. 
Nascido assim, em meio ao cenário natural, entre mar e a serra, sua beleza pode ser vista ao 
caminhar pela cidade, com presenças de áreas verdes como parques, reservas ecológicas, e jardins. 
Entretanto, a cidade, como a maioria das grandes metrópoles enfrenta sérios problemas ligados às 
questões ambientais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. IMPACTOS AMBIENTAIS 
 O homem é um importante elemento da paisagem natural e também responde por sua 
transformação, modificando a paisagem e produzindo o espaço. Tais alterações tem-se acelerado 
nos últimos anos para o uso e ocupação do território. E os processos são variados: escavação de 
solos e rochas para construções civis, recortes em relevos para construções de estradas e rodovias, 
construções de pontes, barragens, aterros de terrenos, e ainda, ocupações de formas irregulares 
como em morros e encostas íngremes, colocando em risco a vida de muitos. Encontramos todo esse 
cenário no Rio de Janeiro, em especial em sua capital. Tal dinâmica superficial é de forma continua 
pela ação humana na paisagem, sendo cada vez mais intensa com o uso e ocupação tanto ordenada, 
quanto desordenada do território. São situações que atingem diversas regiões da cidade do Rio. 
 Dentro desse contexto, esses exemplos acima citados, são agravados pelo arranjo geográfico 
dos bairros e pela aglomeração populacional. Boa parte dessas situações interliga-se não apenas o 
caráter ambiental, mas às condições sociais que incluem a questões das favelas, que se especializam 
em áreas irregulares como encostas e morros, acelerando o desmatamento e colocando em risco a 
vida, com o perigo de deslizamentos. 
 Segundo os estudiosos, um dos maiores problemas atuais da cidade do Rio de Janeiro é a Baia 
de Guanabara, que vem sofrendo impactos significativos com os resíduos provenientes de esgotos 
domiciliares e indústrias, além dos derrames de óleo e presença de metais pesados conforme aponta 
estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro feita em 2016, tendo como consequência direta, 
a perda de grande parte das suas áreas de mangue. Mais de 14 mil estabelecimentos industriais e 
quatorze terminais marítimos de carga e descarga de produtos oleosos estão entre os principais 
causadores da poluição. Os níveis de material particulado no ar também se encontram duas vezes 
acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, em parte devido à numerosa frota de 
veículos em circulação, conforme aponta a mesma pesquisa feita pela universidade. Em uma outra 
pesquisa divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo (2014), o Rio de Janeiro foi apontado como a 
quinta capital mais poluída do Brasil, atrás apenas de São Paulo, Porto Alegre, Belo 
Horizonte e Curitiba. 
 Ações das administrações caminham implementando políticas públicas por meio de projetos 
que buscam solucionar os problemas urbanos, promovendo maior consciência no que tange ao meio 
ambiente. 
 Um dos grandes desafios atuais é como combater os impactos ambientais produzidos pela 
ação antrópica (ação humana) e entre eles podemos citar principalmente políticas de compensação 
ambiental, taxando com impostos às indústrias que não respeitarem a legislação, e através de 
estímulos ao cidadão através de educação ambiental. A atividade mineradora do Petróleo é uma das 
principais responsáveis pela degradação ambiental, porque o fluxo de navios petroleiros e as 
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indústrias poluem as águas com óleos que vazaram das embarcações e efluentes sólidos lançados 
pelas fábricas (principalmente partículas poluentes de metais pesados). Além disso, as indústrias 
metalúrgica, siderúrgica e petroquímica, somadas ao grande número de automóveis, emitem uma 
grande quantidade de gases tóxicos como o monóxido de carbono (CO), gases estufa como o dióxido 
de carbono (CO2) e materiais particulados (partículas sólidas que ficam suspensas no ar). Nas grandes 
cidades industriais do estado do Rio de Janeiro, principalmente na capital, ocorrem frequente 
fenômenos como a chuva ácida, a inversão térmica e ilhas de calor. Importante destacarmos a 
destruição dos mangues, que são ecossistemas fluvio-marinhos muito frágeis, e profundamente 
impactados pela proximidade dos aglomerados urbanos e industriais. 
 A água é sem dúvida um dos elementos mais sensíveis quanto aos impactos ambientais e é 
um recurso escasso (há pouca disponibilidade de água potável). O grande aumento populacional nas 
últimas décadas pressiona os recursos hídricos, que podem tornar-se insuficientes. Esse panorama 
é agravado pelo desperdício da população (que apesar de não ser o maior uso, tem um grande 
impacto na água tratada, que é escassa), a ocupação desordenada nas margens dos rios e inclusive 
o desmatamento nas cabeceiras dos rios, que podem provocar o assoreamento (quanto o leito do 
rio perde profundidade devido a erosão das margens) dos rios e diminuir a vazão da água. 
 
6.1. RESERVAS AMBIENTAIS 
 Há várias formas de manutenção dos ecossistemas, e as Unidades de Conservação são a mais 
importante. As UCs (Unidades de Conservação) podem ser de Proteção Integral e de Uso 
Sustentável, administradas pelo estado ou por órgãos federais. Os parques estaduais são unidades 
de conservação de uso sustentável, ou seja, só é permitido atividades educacionais e de turismo. 
 Para nosso concurso fique ligado principalmente nas reservas estaduais abaixo: 
1. Parque Estadual do Desengano. 
2. Parque Estadual da Ilha Grande. 
3. Parque Estadual de Pedra Grande. 
4. Parque Estadual da Serra da Tiririca. 
5. Parque Estadual dos Três Picos. 
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7. A URBANIZAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 
 A cidade do Rio de Janeiro é uma metrópole global. Uma metrópole é um conjunto de 
municípios que passou pelo processo de conurbação, ou seja, ocorreu o crescimento das áreas 
urbanas dos diferentes municípios que se juntaram: 
 
 
Uma região metropolitana tem um documento aprovado pela assembleia legislativa estadual 
que é o Estatuto Metropolitano, que prevê a gestão compartilhada dos recursos e dos problemas da 
metrópole. 
A cidade do Rio de Janeiro polariza toda a metrópole, ou seja, exerce uma influência direta 
sobre toda a região. Concentra as atividades econômicas e os problemas sociais. Também podemos 
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citar como destaques os municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Niterói. A cidade do Rio de 
Janeiro ocupa importante posição, seja na hierarquia da rede urbana brasileira, seja na polarização 
de população e de atividades econômicas. Essa posição certamente tem relação com a função de 
capital que exerceu, sobretudo ao longo dos séculos XIX e XX. A cidade foi capital do Brasil durante 
quase dois séculos (1763-1960), quando garantiu quatro modelos de capitalidade: Capital da 
Colônia, Capital do Reino Unido, Capital Imperial e Capital Republicana, vivenciando nesses 
momentos transformações urbanas, umas mais, outras menos, significativas. (FREITAG, 2009). 
Em 1808, como resultados políticos na Europa envolvendo Portugal, a cidade se tornaria Corte 
e Capital da monarquia e do império português com a vinda da Família Real nesse mesmo ano, 
trazendo-lhe visibilidade decorrente da súbita importância política que adquiriu. Como 
consequência desse ato real, a cidade assumiu a condição de capital. 
Desde sua fundação em 1565, a cidade do Rio de Janeiro passou por diferentes processos de 
intervenção em seu espaço físico. Particularmente, o governo Pereira Passos, no início do século XX 
(1901 a 1906), e como presidente do país Rodrigues Alves (1902-1906) deu início a grandes reformas 
urbanísticas que marcam o seu ingresso na modernidade. O projeto de governo foi pensando a partir 
de três linhas de trabalhos: a modernização do porto da cidade, a reforma urbana e o saneamento 
básico. O projeto fazia parte da reurbanização da cidade, inserida numa política de transformação 
da então capital federal, na tentativa de erradicar as epidemias que assolavam a população, e da 
construção de uma cidade voltada como um melhor cartão de visitas para os estrangeiros e futuros 
investidores no Brasil, tendo como referência a cidade de Paris, destino da recente viagem feita pelo 
então presidente. Uma gestão polêmica que redefine o sentido de capital exercido pela cidade, 
provocando grandes transformações no espaço urbano de então. 
Com Pereira Passos, a cidade absorveu a lógica da reforma urbana, paradigma da 
modernidade, com consequências sobre a dinâmica territorial da cidade. Entretanto, a 
modernização da cidade teve como consequência prática, a expulsão de boa parte da população 
pobre e trabalhadora que morava na região central da capital, na tentativa de “embelezamento da 
cidade”. Foram construídas, no lugar das casas demolidas, grandes avenidas e prédios. Assim, o 
núcleo urbano, iniciou-se nas áreas planas aos pés dos morros. Ocupou-se as pequenas planícies de 
brejo e uns poucos morros da estreita faixa localizada entre as encostas e o mar (Faixa litorânea). As 
planícies mais baixas, bem como os manguezais que circundam a baía, foram mais tarde anexados à 
área urbanizada. As montanhas e o mar sempre dificultaram o crescimento do Rio de Janeiro e 
deram-lhe uma forma longitudinal. 
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Assim, seja na produção do território pelo aterramento de mangues e faixas litorâneas para 
abertura de avenidas, seja pela derrubada de morros ampliando territórios urbanizáveis, ou a 
abertura de túneis, construção de pontes e grandes estruturas para dar lugar a grandes avenidas, o 
fato é que a cidade sempre foi alvo de grandes obras urbanísticas, mesmo com suas dificuldades, a 
cidade sempre enfrentou desafios em sua urbanização. 
 
 
Fonte: http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/info_territorios/divis_politico_administrativo.html 
 
A inauguração de Brasília, em 1961, encerrou a fase do Rio de Janeiro enquanto capital do 
Brasil, transformado em estado (ou cidade-estado) da Guanabara, até 1975, quando seu território 
foi integrado ao estado do Rio de Janeiro. Várias obras foram feitas desde então, dentre elas: os 
túneis Dois Irmãos, Pepino e Joá, o alargamento da praia de Copacabana e a remodelação da Avenida 
Atlântica, o metrô, cuja primeira linha foi aberta em 1979, a estrada Lagoa-Barra, de 1982, dezenas 
de viadutos, a ponte Rio-Niterói e a Linha Vermelha, que em 1994 ligou São Cristóvão à rodovia 
Presidente Dutra, em São João do Meriti, num percurso de mais de 21 km. 
 
 
 
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7.1. A POPULAÇÃO 
 
Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/panoramaComo reflexo do movimento de êxodo rural ocorrido principalmente a partir das 
décadas de 1970 e 1980, pode-se observar a prevalência da população urbana em relação à 
rural, onde em 2010 a população de urbana do município correspondia a 100% da 
população. Já no estado de Rio de Janeiro esse percentual é menor correspondente a 96,7% 
no mesmo ano, segundo dados do Datasus, sendo atualmente o estado mais urbanizado do 
Brasil, com uma população rural de apenas 3,3%. 
 
Recentemente, a cidade passou por diversas intervenções para atender os grandes eventos 
que ali passaram: Jornada da Juventude da Igreja Católica em 2013, a Copa do mundo em 2014, e os 
Jogos Olímpicos em 2016, entre outros. Além disso, a cidade polariza a região onde ocorrem 
fenômenos com fortes impactos econômicos, tais como a descoberta de novas reservas petrolíferas 
na sua costa marítima e investimentos industriais em municípios de sua Região. 
Entretanto, uma das características marcantes na cidade é a segregação socioespacial. É 
visível a materialidade de diferenciação entre os bairros da cidade, observado no perfil social da 
população, nas características urbanísticas, de infraestrutura, de conservação, dos espaços e 
equipamentos públicos, no oferecimento dos serviços, entre tantas outras características que 
configura o espaço urbano. 
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Segundo Abreu (1988, p. 35) a partir da segunda metade do século XIX e início do século XX a 
cidade passou por um processo de transformação em sua forma urbana, apresentando pela primeira 
vez uma estrutura de classes espacial marcada pela estratificação em termos de classes sociais. A 
abolição da escravatura, o surgimento da indústria e o incremento do comércio e serviços na área 
central da cidade fazem com que se solidifiquem as classes sociais e se inicie uma luta pelo espaço, 
gerando conflitos que vão se refletir claramente no espaço urbano da cidade. 
A questão mais difundida a respeito do processo de formação das favelas é a de que a 
primeira favela surgiu com a chegada dos soldados que combateram em Canudos e ocuparam as 
encostas do Morro da Providência (que ficou conhecido como Morro da Favela, dando origem a 
denominação) e de Santo Antônio a partir de 1897, ainda na área central, revelando-se a primeira 
contradição, que é a falta de moradias suficientes para atender a população que chegava à capital 
do país. Inicia-se assim, segundo Abreu (1988, p 36) uma separação dos usos e das classes na cidade. 
A Reforma de Pereira Passos, falado anteriormente, foi fundamental para determinar a 
expulsão dos pobres do centro da cidade. Ao abrir grandes espaços, alargar ruas e destruir cortiços 
que ainda restavam, a administração Passos levou o movimento da população para áreas periféricas 
da cidade. Outro fator importante para se destacar foi o fato de que a cidade atraiu grande 
contingente de migrantes portugueses, tendo o Rio de Janeiro o principal destino. Já na segunda 
metade do século XX o fluxo de imigrantes diminui, ganhando força outro fluxo migratório para a 
cidade: de pessoas vindo de outras regiões do país, principalmente do Nordeste. Essas levas de 
migração, principalmente do segundo grupo, vão dar origem a novos pontos de concentração de 
população pobre e, consequentemente a novas favelas. 
No início do processo de favelização da cidade, fica claro que a população pobre vai procurar 
se localizar à retaguarda das classes sociais com maior poder aquisitivo e vai subsistir como mão-de-
obra de diferentes atividades para os grupos sociais abastados3, fato que permanece até hoje, com 
a permanência dos moradores de favelas essencialmente como trabalhadores de serviços. 
 
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Fonte: Arquivo Pessoal, 2016. 
Em contrapartida no processo de segregação socioespacial com a expulsão dos pobres nas 
áreas centrais da cidade, O Estado sempre esteve presente no processo de urbanização da Zona Sul, 
dotando da infraestrutura necessária para a ocupação das classes altas, conforme abordado 
anteriormente. Pode-se perceber a maneira pela qual a cidade do Rio de Janeiro se expandiu, a partir 
de duas vertentes e projetos diferentes: as classes alta e média ocuparam a Zona Sul e a Zona Norte, 
tendo o Estado e nas companhias concessionárias de serviços públicos seus maiores aliados; e por 
outro lado, os subúrbios cariocas caracterizaram-se como locais de residência dos trabalhadores, 
sem apoio, a priori, do Estado. Dessa forma, logo se percebe a desigualdade socioeconômica 
refletida na espacialidade da cidade. 
A relação das favelas e dos bairros hoje continua delicada. As favelas se multiplicam por todos 
os bairros da cidade, sem distinção. Segundo dados do Instituto Pereira Passos (IPP), atualmente a 
cidade do Rio de Janeiro possui 162 bairros e em 139 deles existem favelas, ou seja, quase 86% dos 
bairros. Segundo aponta especialistas, isso é reflexo ainda da falta de infraestrutura e de ações do 
poder público. Em 2017, as comunidades tiveram o maior crescimento territorial desde 2012, 
conforme aponta estudos do IPP. Existem 1018 favelas espalhadas por toda a cidade, e a população 
residindo em favelas em 2017 são de 1.434.975 habitantes, representando cerca de 22% da 
população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências de Pesquisa 
 
Sites: 
http://www.rio.rj.gov.br/web/ipp/exibeconteudo?id=4477445 
http://www.data.rio/pages/rio-em-sntese-2 
http://pcrj.maps.arcgis.com/apps/webappviewer/index 
http://prefeitura.rio/web/arquivogeral 
http://prefeitura.rio/web/riotur/pesquisas 
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/panorama 
http://www.rio.rj.gov.br/web/ipp 
http://www.sinageo.org.br/2012/trabalhos 
http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/info_territorios 
https://igeo.ufrj.br/departamentos/geografia/ 
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ (biblioteca de teses e dissertações da PUCRIO) 
 
Arquivos: 
http://www.scielo.br/pdf/rbh/2018nahead/1806-9347-rbh-1806-93472018v38n78-
11.pdf 
https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/6033/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20An%C3%A1
dia%20Oliveira%20da%20Silva.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. EXERCÍCIOS 
 
1. (AVR - PM-RJ - SOLDADO / 2014) 
Segundo dados do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), a população residente em aglomerados subnormais (popularmente conhecidos por 
comunidades ou favelas) representava 23% do total da população carioca. 
E contextualizando os aglomerados subnormais no território do município do Rio de Janeiro 
(RJ) é correto afirmar que:A) Nos últimos cinquenta anos, a cidade do Rio de Janeiro tem apresentado uma forte dinâmica 
de mudança de localização das favelas, dirigindo-se das áreas mais centrais, na porção leste da 
cidade, para as mais periféricas, na porção oeste. 
B) As regiões conhecidas como Complexo do Alemão, Santa Cruz, Méier, Barra da Tijuca, Ramos 
e Madureira abrigam, em conjunto, mais de oitenta por cento de todo o contingente de 
população moradora em favelas da cidade do Rio de Janeiro (RJ). 
C) As maiores proporções de habitantes em favelas se localizam nas zonas leste e norte da 
cidade do Rio de Janeiro, sendo que a explicação territorial para tal aglomeração é a expressiva 
presença de equipamentos sociais e de serviços nestas regiões. 
D) Os aglomerados subnormais cariocas são reconhecidamente áreas de ocupação das áreas 
mais planas e péssimas condições de infraestrutura urbana. 
Comentários 
É sabido que trabalhadores e trabalhadoras sempre procuraram residir próximos aos seus postos de 
trabalho. Este fator, no entanto, em uma cidade como o Rio de Janeiro tem empecilhos como a 
supervalorização imobiliária no centro da cidade, próxima ao litoral, impulsionada, entre outros 
fatores, pela acumulação do centro financeiro da cidade nessa área, e pelo turismo. Isso levou e 
ainda leva a uma política de remoção das favelas do centro da cidade para as áreas periféricas ao 
redor da cidade, ou em direção aos morros, ocupando estas áreas de forma precária. Esta política 
ainda persiste, com a valorização de locais específicos para construção de obras, o que se observou, 
por exemplo, durante a preparação para a Copa do Mundo de 2014, que implicou na remoção de 
famílias que residiam em locais que foram demolidos. Esta dinâmica urbana causa a mobilidade 
destas comunidades marginalizadas conforme as demandas do capital, como expressa na alternativa 
correta, em que se demonstra a mudança de localização de favelas de uma área a outra da cidade. 
B – Incorreto. As regiões apontadas na alternativa não representam a maior parte da população 
marginalizada do Rio de Janeiro. 
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C – Incorreto. Ao contrário do afirmado na alternativa, a explicação para uma concentração de 
favelas em determinadas áreas da cidade não é uma presença de equipamentos sociais e serviços 
nestas regiões, e sim a marginalização destas populações, que muitas vezes não tem acesso a tais 
recursos. 
D – Incorreto. Embora de fato seja marcante as péssimas condições de infraestrutura urbana para 
essas comunidades, elas NÃO estão localizadas em áreas mais planas, e sim, pelo contrário, estão 
espalhadas precariamente pelos morros do município. 
Gabarito: A 
2. (AVR - PM-RJ - SOLDADO / 2014) 
Segundo estimativas oficiais, o setor industrial como um todo responde por um terço das 
emissões de gases de efeito estufa do Estado do Rio de Janeiro. 
De tal forma, afirma-se como estratégia adequada para ajudar a diminuir emissões de carbono 
no Estado: 
A) Atingir metas pactuadas pela Certificação ISO 9001:2008, junto ao Painel 
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e o governo brasileiro. 
B) Tolher processos produtivos eficientes combinados com menor emissão de carbono, através 
de incrementos tributários e de instrumentos de apoio à produção mais limpa. 
C) A captação direta ao consumo de água bruta e ao lançamento de efluentes nos corpos 
hídrico. 
D) O incremento da política de compensação ambiental para os casos irreversíveis de emissão 
de carbono. 
Comentários 
Entendendo-se que não se pretende impedir o crescimento econômico e da industrialização no 
estado, o incremento da política de compensação ambiental para os casos irreversíveis de emissão 
de carbono, aliada ao incentivo à atividades produtivas não poluidoras são duas estratégias adotadas 
pela Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro, vinculada a Subsecretaria de Economia Verde, para 
a redução da emissão de gases de efeito estufa, principalmente por parte do setor industrial, que é 
um dos principais emissores. 
A – Incorreto. A alternativa A NÃO apresenta estratégias traçadas para diminuir emissões de carbono 
no Rio de Janeiro, não sendo exatamente esta a proposta da Certificação ISO 9001. 
B – Incorreto. A estratégia do estado NÃO é tolher processos produtivos eficientes, e sim incentivar 
que estes assumam políticas de menor emissão de carbono, através de incentivos tributários entre 
outras formas. 
C – Incorreto. A captação direta ao consumo de água bruta e lançamento de efluentes nos corpos 
hídricos NÃO é uma estratégia adotada para diminuição da emissão de carbono. 
Gabarito: D 
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3. (PM-RJ - SOLDADO / 2011) 
O Estado do Rio de Janeiro se caracteriza por apresentar macrocefalia urbana, ou seja, a cidade 
do Rio de Janeiro é muito maior do que as outras, abrigando quase metade da população do 
Estado. Além disso, cidades importantes e populosas como Duque de Caxias, Nova Iguaçu e 
São Gonçalo localizam-se no seu entorno, estabelecendo uma grande Região Metropolitana. 
Sobre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, podemos afirmar que ela 
A) apresenta pequena relevância econômica em relação à Região Serrana. 
B) se destaca pela concentração de atividades econômicas e de problemas sociais. 
C) gera pequena influência nas atividades econômicas do interior do Estado. 
D) se destaca por apresentar poucos problemas sociais e ambientais. 
Comentários 
A região Metropolitana, sendo a mais industrializada do estado e marcada por uma intensa 
conurbação urbana, concentra importante polo econômico e financeiro do estado, sendo também 
marcada pelo intenso turismo (principalmente ligado à capital). Estando ligada aos grandes centros 
urbanos, ela está envolta também pelos problemas sociais ligados a grande desigualdade 
representada pela ocupação irregular dos morros pelas populações marginalizadas, que dada a 
geografia do estado, acaba ficando muitas vezes em meio ao grande centro, em morros que se 
destacam nas paisagens das belas praias turísticas. Essa desigualdade estrutural está ligada à história 
de ocupação da região, e acaba gerando a violência pela qual o estado do Rio de Janeiro também 
acaba se destacando. 
 
Mapa da população da Região Metropolitana, 2017. 
Fonte: http://www.rj.gov.br/web/internacional/exibeconteudo?article-id=3805269 
 
Sergio Henrique
Aula 01
História e Geografia de São Gonçalo-RJ p/ Câmara de São Gonçalo-RJ - Pós-Edital
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10515338729 - MARIANNA DA ROCHA VIANA SANTOS
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