Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
04/04/2019 1 Dia Assunto Temas de aula 21/03 Materiais Metálicos 1)Sistemas cristalinos, soluções e misturas (diagramas de fase) 28/03 2)Ligas metálicas e sua microestrutura: transformações de fase em aços 4/4 3)Comportamento mecânico de materiais metálicos: mecanismos de endurecimento 11/4 4) Comportamento mecânico de materiais metálicos: mecanismos de deformação plástica 18/04 5) Comportamento mecânico de materiais metálicos: efeitos da temperatura 25/4 Processos de Conformação 6) Entendendo a compressão simples Interação ferramenta/ material 2/5 7) Forjamento 9/5 8) Laminação 16/5 9) Extrusão 23/5 Processos de Corte e Desgaste 10)Ruptura por cisalhamento: o corte e interação ferramenta /material 30/5 11) Torneamento 6/6/ 12) Fresamento 13/6 13) Conceitos de desgaste/ Retificação 27/6 Prova 4/7 Seminários Programação- Fundamentos de Metais e de Processos de Fabricação Materiais Metálicos 04/04/2019 2 LIGAÇÃO METÁLICA • envolve compartilhamento de elétrons • não direcional • metais possuem de um a três elétrons de valência • os elétrons de valência passam a ser elétrons “livres”, que (i) apresentam a mesma probabilidade de se associar a um grande número de átomos vizinhos e (ii) formam uma nuvem eletrônica • formam sólidos cristalinos Metais: •Podem ser deformados mecanicamente •São opacos, refletem a luz quando a sua superfície está polida. •Oferecem boa condutividade ao calor e a eletricidade •Formam estruturas cristalinas compactas (empilhamento de esferas). A A A A A A A A A A A A B B B B B B ABABAB hexagonal ABCABCABC cúbico de face centrada ABABAB cúbico de corpo centrado ou 74% do espaço útil 68% do espaço útil 04/04/2019 3 Descontinuidades da ordem cristalina (“defeitos”) •Contornos de grão (tridimensionais) •Discordâncias (bidimensionais) 1 2 3 4 Defeitos puntiformes presentes na estrutura cristalina: 1- Lacuna, 2- átomo intersticial, 3- átomo substitucional de maior raio, 4- átomo substitucional de menor raio. 04/04/2019 4 Materias Metálicos π τ 230 G a G teórico = material Módulo de Cisalhamento (MPa) Tensão de cisalhamento teórica (MPa) Tensão de cisalhamento real (MPa) Aço 75.800 2.500 – 12.000 150 – 750 Ligas de alumínio 27.500 900-4.400 50 - 150 Ligas de cobre 41.400 1.400 – 6.600 100 – 250 Ligas de titânio 44.800 1.500 – 7.100 350 - 800 Discordâncias e limite de escoamento: antes que seja atingida a tensão teórica de escorregamento discordâncias são geradas e se multiplicam no material. São elas que tornam a deformação plástica possível a tensões muito menores do que a tensão de cisalhamento teórica para um determinado sólido cristalino. 04/04/2019 5 Von Misses: materiais dúcteis tendem ao escoamento ou à ruptura quando o estado de tensões se afasta do hidrostático ])()()[(5,0 232 2 31 2 21 σσσσσσσ −+−+−=v σσσσt, limt, limt, limt, lim σσσσt, limt, limt, limt, lim σσσσc, limc, limc, limc, lim σσσσc, limc, limc, limc, lim Nunca ourviram falar de critério resistência de Huber-Mises- Henky? Critérios de Escoamento Metais 1ª hipótese de deformação plástica: o encruamento é linear e isotrópico 04/04/2019 6 Número atômico M ó d u lo d e el as ti ci d ad e E (1 06 M P a) Propriedades CLASSE PROPRIEDADE � Independentes da estrutura Coeficiente de expansão térmica; condutividade térmica; módulo elástico, calor específico; densidade. � Dependentes da estrutura Resistência mecânica; tenacidade; ductilidade; resistência à corrosão; limite de resistência à fadiga; dureza; resistividade elétrica; coeficiente de perda (atenuação de vibrações) e fluência; Influência da microestrutura na curva tensão-deformação do aço AISI 1040 Requisitos de projeto mecânico e propriedade relevante em cada caso. Requisito Propriedade correspondente Resistência mecânica Tensão de escoamento (σy; tensão de cisalhamento (τ) Rigidez Módulo de elasticidade [E] Estabilidade dimensional Coeficiente de expansão térmica (α); temperatura homóloga (T/Tf); condutividade térmica (λ) Segurança Tenacidade à fratura (KIC); Limite de resistência à fadiga (LRF); resistência à corrosão; Resistência ao desgaste Dureza*; viabilidade de tratamentos superficiais (anodização, cementação, nitretação) Facilidade de fabricação Usinabilidade; dureza; temperabilidade; conformabilidade; soldabilidade; fluidez do metal líquido; Durabilidade Limite de resistência à fadiga; características gerais de resistência à corrosão, dureza, efeitos de temperatura; efeitos de radiação ultravioleta (polímeros e compósitos); possibilidade de tratamentos superficiais; adesão de tintas. 04/04/2019 7 A Formação de Ligas Metálicas • Em ligações iônicas e covalentes, as características das ligações obrigam os átomos a assumirem posições e proporções definidas. •A ligação metálica é indiferente à posição relativa entre os átomos e, portanto favorece a formação de distribuições aleatórias. • Liga é uma substância macroscopicamente homogênea que possui propriedades metálicas e é composta de duas ou mais espécies químicas. • Qualquer espécie química pode servir como elemento de liga, embora apenas os elementos metálicos sejam adicionados em maior quantidade. • O elemento de maior proporção é chamado de solvente e o de menor proporção de soluto. • Uma liga pode ser constituída por uma solução sólida, isto é, o segundo elemento se incorpora na rede cristalina do primeiro, ou de uma mistura de fases, quando o segundo elemento se separa do primeiro formando cristais de natureza diferente. 04/04/2019 8 aleatória ordenada Mistura de fases Solução sólida intersticial Solução sólida substitucional Possíveis combinações de átomos em uma estrutura metálica Existem condições que determinam a extensão em que metais podem dissolver outros metais, formando soluções sólidas primárias substitucionais; Hume-Rothery (1930) postulou as seguintes regras gerais: •O tamanho relativo dos átomos: O aumento da diferença de diâmetros atômicos entre solvente e soluto substitucional diminui o campo de solução primária. Se a diferença entre soluto e solvente é maior que 15% a solubilidade é baixa. •O fator eletroquímico: Quanto mais eletropositivo for um dos componentes e mais eletronegativo o outro maior a tendência à formação de intermetálicos em detrimento de uma solução sólida, e esta, se existir, será pequena. (Ex: Au4Al ) •A valência relativa: Mantendo outros parâmetros iguais, um metal de valência baixa é mais receptivo à dissolução de um metal de valência mais alta do que vice- versa. (Ex: dissolução de Zn+2, Al+3 , Ga+3, Si+4 e Ge+4 em Cu+1 guarda relação com as suas valências) 04/04/2019 9 Li 1,55 Be 0,89 B 0,80 Na 1,90 Mg 1,36 Al 1,25 K 2,35 Ca 1,74 Sc 1,44 Ti 1,32 V 1,22 Cr 1,17 Mn 1,17 Fe 1,16 Co 1,16 Ni 1,15 Cu 1,17 Zn 1,25 Ga 1,25 Rb 2,48 Sr 1,91 Y - Zr 1,45 Nb 1,34 Mo 1,29 Te - Ru 1,24 Rh 1,25 Pd 1,28 Ag 1,34 Cd 1,41 In 1,50 Cs 2,67 Ba 1,98 La 1,69 Hf 1,44 Ta 1,34 W 1,30 Re 1,28 Os 1,26 Ir 1,26 Pt 1,29 Au 1,34 Hg 1,44 Tl 1,55 Raios atômicos dos elementos metálicos em Angstrons (10-10m), obtidos em reticulados metálicos puros. Li ccc Be hc B - ccc- cúbico de corpo centrado hc - hexagonal cfc-cúbico de face centradaNa ccc Mg hc Al cfc K ccc Ca ccc,cfc Sc cfc Ti hc,ccc V ccc Cr ccc Mn ccc Fe ccc,cfc Co hc Ni cfc Cu cfc Zn hc Rb ccc Sr cfc Y hc Zr hc Nb ccc Mo ccc Te hc Ru hc Rh cfc Pd cfc Ag cfc Cd hc Cs ccc Ba ccc La hc Hf hc Ta ccc W ccc Re hc Os hc Ir cfc Pt cfc Au cfc Hg - •Os que se encontram próximos uns dos outros na Tabela Periódica na maioria das vezes se misturam facilmente formando ligas. Os mais distantes são na maioria das vezes incompatíveis. 04/04/2019 10 •Uma solução sólida pode existir dentro de um intervalo de composição. • Na maioria das vezes, a miscibilidade é limitada, ou seja, existeum limite de solubilidade para o soluto. •Quando o intervalo de solubilidade de uma fase inclui a composição do metal puro a solução é descrita como primária baseada naquele componente. •Muitas soluções sólidas não incluem a composição do metal puro e são chamadas de secundárias. (normalmente com estrutura cristalina diferente das de seus componentes). • Soluções sólidas secundárias e intermetálicos são parecidas sob o ponto de vista de não possuírem um intervalo de homogeneidade que se estenda até o componente puro. Assim, os dois tipos de solução são denominados de fases intermediárias. O calor de solução e os diagramas de fase •A temperatura de um material pode ser entendida como a energia de vibração presente em seu interior e que cada elemento metálico possui capacidades distintas de absorver calor (calor específico). •A medida de temperatura pode ser feita por termopares: dois fios de ligas diferentes (Pt-Rh) são soldados em uma extremidade. Quando se aquece a extremidade soldada aparece na outra ponta dos fios uma tensão elétrica, o efeito termo-elétrico, que pode ser medida com um voltímetro. Quanto maior a temperatura, maior a tensão medida. •Como o calor específico e os calores latentes de transformação podem ser facilmente quantificados eles são utilizados para calcular e prever o sentido de reações químicas, assim como as mudanças de fase no estado sólido. •A formação de ligas normalmente passa por um processo de fusão, pois no estado líquido os átomos têm maior mobilidade e podem se misturar facilmente. 04/04/2019 11 Tempo, t Composição Te m p e ra tu ra , T Te m p e ra tu ra , T •diagrama de equilíbrio ou diagrama de fases. onde M é a massa atômica do átomo A e N é a massa atômica do átomo B. 100 N%)at100(M%at M%at %peso ∗ ∗−+∗ ∗= Solução sólida aleatória Líquido Solido + Líquido Te m p e ra tu ra (o C ) Diagrama de Equilíbrio Ag-Au Diagrama de Equilíbrio Cu-Ni 04/04/2019 12 Campo Bifásico α α α α (Au) + αααα’ (Ni) Líquido Soluç ão Sólida α α α α (Au,Ni) L + sol . sol. L + sol. sol. T em pe ra tu ra ( o C ) Separação de fases no estado sólido Diagrama Au-Ni apresenta um campo de solubilidade total logo abaixo da linha sólidus, em temperaturas mais baixas ocorre uma separação de fases. Au e Ni tem diferença de raio atômico de 15%. Em temperaturas mais altas a solução sólida é ordenada. No campo bifásico a separação não ocorre por nucleação e crescimento – mas por separação pro difusão em regiões ricas em Ni e ricas em Cu. α1 e α2 tem mesma estrutura cristalina (cfc) mas com parâmetros de rede, densidade e cor diferentes estas fases se separam ou de forma descontinua, ou de forma espinoidal em temperaturas mais baixas (ambiente) Ni3Au, NiAu e NiAu3, 779oC 88 920275 940oC 1084.87oC 0 200 400 600 800 1000 1200 0 200 400 600 800 1000 T em pe ra tu ra ( o C ) 1000 Ag Cu Cu 800 600 400 200 0 Ag Ag 925 Ag 800 Líquido Mistura de fases α+βα+βα+βα+β αααα ββββL+αααα L+ββββ Ligas de Prata – Diagrama Ag-Cu 04/04/2019 13 Ag500 Ag920 Ag785 Ag715 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 5 10 15 20 25 30 % volumétrica de fase β H B / A lo ng am en to % / LR x1 0M P a Dureza HB Alongamento (%) LR x 10 MPa Liga Composição (‰) fase ββββ (%) Intervalo de solidificação (oC) ρρρρ (g/cm 3) Dureza Brinell LR (MPa) Alonga- mento (%)Prata Cobre Ag970 970 30 2,0 900...950 10,45 50...60 200...250 45 Ag950 950 50 4,0 880…940 10,42 55…65 230…280 30 Ag925 925 75 6,5 800…900 10,38 64…76 270…300 28 Ag800 800 200 19,2 779...820 10,18 80…92 310…340 23 Ag720 720 280 27,3 779...820 10,06 85…95 340…370 23 04/04/2019 14 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 8008258508759009259509751000 Teor de Prata D ur ez a H B Ag950. tem cor da prata pura e é muito resistente à oxidação. Com seu ponto de fusão igual a 880oC, é adequada para trabalhos de esmaltação e pode ser brasada com ligas de ponto de fusão mais altos. É duas vezes mais dura do que a prata pura, mas ainda é passível de trabalho mecânico, podendo ser deformada 75% antes do recozimento. Endurece durante o resfriamento lento devido à precipitação de finíssimas partículas de fase β quando o teor de cobre ultrapassa o campo de solubilidade da fase α (cerca de 600oC) e entra no campo bifásico α+β. A dureza neste caso pode chegar a 120 HB Ligas Eutéticas Al-Si Material : A356 04/04/2019 15 A – austenita, CI, CII, CIII – cementita primária, secundária e terciária, F – ferrita, Fδ – ferrita δ, L – líquido, Ld- ledeburita, Ldt – ledeburita transformada, P – perlita aços Ferros fundidos 0,6 -1,5 % Mn Microligados % elementos de liga <8% Mn, Si, Al, Cr, Ni, Mo, V, B, Nb Aços Ferramenta 1-2 % Mn, 0- 2%Si 0,5 – 12 %Cr, 0,5 – 20 %W 0,2 – 5% V 0 – 12 % Co C<0,03% 18%Ni 8-12% Co 3-5% Mo 0,1 %Al C<0,1% 70%Fe 12 – 25% Cr 0 – 20%Ni 1-2% Mn Mn - utilizado para controle da % de enxofre, estabiliza a austenita. Si e Al – são desoxidadntes, ajudam a refinar o tamanho de grão. Estabilizadores da Austenita: C, N, Mn, Ni, Cu, Zn Estabilizadores da Ferrita: Zr,Ti, Sn, P , V, Nb, W. Mo, Al, Be, Si, Cr Formadores de Carbonetos, Nitretos: Cr, Mo, W, Ti, Nb, Zr, Aços classificados por composição química 11- 14% Mn0,6 -1,5 % Mn 0,6 -1,5 % Mn 04/04/2019 16 FERROS FUNDIDOS FERROS FUNDIDOS Utilização do Ferro Fundido Cinzento 04/04/2019 17 Utilização do Ferro Fundido Maleável Indústrias mecânica, elétrica, de veículos, de materiais construção, de tratores, em peças tais como: conexões para tubulações hidráulicas, conexões em linhas de transmissão elétrica, correntes, suportes de molas, caixas de direção e de diferencial, cubos de rodas, sapatas de freios, pedais de freios e de embreagem, colares de tratores, caixas de engrenagens etc. Várias dessas peças são galvanizadas. Utilização do Ferro Fundido Nodular As aplicações gerais compreendem peças sujeitas a pressão, como compressores, lingoteiras, bielas e outros tipos de peças que exijam maior resistência ao choque, como virabrequins, matrizes, mancais, polias, rodas dentadas, engates, sapatas, tambores de freio etc.
Compartilhar