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Doença de Chargas

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LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MEDUEMA XVI | @LIFESTYLEMEDICINA 
 
Doença de Chagas 
AGENTE ETIOLOGICO 
 Trypanosoma cruzi 
 Pertencente a ordem kinetoplastida 
o Tem uma única e longa mitocôndria que 
percorre quase todo o citoplasma de sua 
única célula 
o O material genético se concentra em uma 
organela denominada cinetoplasto (ou k-
DNA) 
 Forma intracelular do hospedeiro vertebrado: 
amastigota 
 Forma dos líquidos intersticiais: epimastigota 
 Forma no sangue de vertebrados: tripomastigota 
sanguícola 
 Estomago do inseto: esferomastigotas 
o Tem tendência de se juntar e formar 
massas de parasitas 
 No intestino médio de invertebrado processa-se a 
multiplicação do parasita sob forma de 
epimastigota 
 Reto do invertebrado: tripomastigotas 
metacíclicas (infectantes) + epimastigotas 
 
 Região anterior corresponde a porção livre o 
flagelo 
 Flagelo quase sempre tem sua origem próxima ao 
cinetoblasmo, pois há uma pequena organela 
denominada blefaropasto de onde parte o 
flagelo 
 Forma tripomastigota: sanguínea 
o Sangue do hospedeiro infectado 
o Morfologicamente semelhante a 
metacíclica, só que com flagelo maior 
o A forma fina não é encontrada em 
hospedeiros recentes e dificilmente se 
desenvolvem no mosquito, enquanto a 
larga movimenta-se lentamente, persistem 
por mais tempo no sangue do hospedeiro 
e são menos sensíveis ao sistema imune 
 Forma tripomastigota: metacíclica 
o Fezes do barbeiro infectado 
o Flagelo menor 
LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MEDUEMA XVI | @LIFESTYLEMEDICINA 
 
VETOR 
 Barbeiro, chupança, bicho-barbeiro, bicho-
parede, bicudo, cascudo, fincão, percevejo, 
procotó, vunvum 
 Hábitos noturnos 
 Ciclo silvestre: tatu gambas e roedores 
 Ciclo doméstico: homem e cachorros 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
 Ciclo heteroxênico 
 Hospedeiro vertebrado: homem e outros 
mamíferos) 
 Hospedeiro invertebrado: inseto vetor 
01) Vetor, ao fazer o repasto sanguíneo, defeca e 
lança na pele lesada a forma tripomastigota 
metacíclica 
02) A forma tripomastigota penetram e invadem 
células do hospedeiro 
o Interação com as células do hospedeiro: 
adesão (contato íntimo membrana-
membrana), interiorização (formação de 
pseudópodes e vacúolo fagocitário) e 
fenômenos intracelulares (formas 
epimastigotas são destruídas no vacúolo e 
as tripomastigotas sobrevivem e se 
transformam em epimastigotas 
03) Tripomastigota se converte em amastigota, que se 
multiplica por divisão binaria na célula 
o Só de desenvolve em macrófagos 
04) O rompimento da célula parasitaria causa a 
liberação de tripomastigotas sanguíneas 
05) A forma tripomastigota no sangue pode penetrar 
em outra célula e refazer o ciclo, atacar músculos 
e outros tecidos ou ser ingerida pelo triatomíneo 
06) No estômago do inseto, ocorre a transformação 
para epimastigota 
07) Epimastigota começa a fazer divisão binária no 
intestino do inseto 
08) Forma epimastigota transforma-se em 
tripomastigota metacíclica no reto do inseto e são 
eliminados nas fezes 
TRANSMISSÃO 
 Vetor hemíptera Triatominae (panstrongylus, 
triatoma ou rhodnius) 
o Triatoma infestans 
 Transfusão sanguínea 
 Congênita (ninhos de amastigotas na placenta) 
 Acidentes de laboratório (sangue de animais, 
pessoas infectadas, meios de cultura ou vetor) 
LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MEDUEMA XVI | @LIFESTYLEMEDICINA 
 
 Transmissão oral (amamentação (fase aguda), 
animais infectados, alimentos com fezes ou urina 
de triatomíneos infectados 
 Transplantes 
 Amamentação 
 Coito 
PATOGENIA 
 Resposta inflamatória ao rompimento das células, 
podendo gerar fibrose e perda da função 
o Tecido digestivo 
o Tecido cardíaco 
o Sistema nervoso simpático e 
parassimpático 
 
FASE AGUDA 
 5-14 dias após picada do inseto vetor 
 Sintomática ou assintomática (estado imunológico 
do hospedeiro) 
 Sinal de romanã: reação inflamatória 
acompanhada de conjuntivite e edema 
bipalpebral geralmente unilateral que impede a 
abertura dos olhos 
 Charcoma de inoculação: formação de 
tumoração cutânea com hiperemia e ligeira dor 
local 
 Febre pouco elevada 
 Mal-estar 
 Cefaleia 
 Edema localizado ou generalizado 
 Poliadenia 
 Hepatomegalia 
 Esplenomegalia 
 Miocardite aguda 
 Insuficiência cardíaca 
 Crianças: meningoencefalite 
FASE CRONICA ASSINTOMATICA 
 Forma indeterminada 
 10 a 30 anos depois 
 Exames parasitológicos podem ou não ser 
positivos enquanto os exames imunológicos são 
positivos 
 Ausência de sintomas 
 ECG normal 
 Órgãos radiologicamente normais 
 Intensa atividade imunológica com presença de 
anticorpos líticos 
FASE CRONICA SINTOMATICA 
 Mais de 10 anos após infecção inicial 
 Pacientes permanecem assintomáticos por vários 
anos e depois apresentam sintomas 
 Reativação intensa do processo inflamatório com 
danos nesses órgãos 
 Baixa parasitemia com lesões típicas no coração 
e tubo digestivo 
 Forma cardíaca: ninhos de amastigotas grande e 
de formato alongado no interior das fibras 
musculares 
o Palpitação, dispneia, edema, dor 
precordial, tosse, tontura, desmaios 
o Edema intersticial 
o Comprometimento do sistema nervoso 
cardíaco (disritmia) 
o ICC: dispneia de esforço, anasarca e 
morte 
o Cardiomegalia 
 Forma digestiva: incoordenação motora 
(aperistalse, discinesia) 
o Megaesôfago: disfagia, odinofagia, dor 
retroesternal, regurgitação, pirose, soluço, 
tosse e siallose 
o Megacólon (sigmoide e reto): obstipação, 
fecaloma, obstrução intestinal e 
perfuração 
o As lesões se devem a destruição dos 
neurônios formadores dos estímulos 
cardíacos e peristálticos por um processo 
imunoinflamatório 
 Forma nervosa: denervação causada por 
agregado de células gliais e linfoides 
DIAGNOSTICO 
 Fase aguda: parasitemia elevada- métodos 
parasitologicos 
o Pesquisa do protozoário 
o Técnicas imunológicas 
 Fase crônica: parasitemia baixa ou nula 
o Técnicas imunológicas 
 Diagnostico clinico: 
o Local de origem, sinais de porta de 
entrada 
o Febre irregular ou ausente 
o Adenopatia-satelite ou generalizada 
o Hepatoesplenomegalia 
o Taquicardia 
o Edema generalizado ou nos pés 
o Insuficiêcia cardíaca 
o Alterações digestivas 
LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MEDUEMA XVI | @LIFESTYLEMEDICINA 
 
 Diagnostico laboratorial: 
o Parasitológico: encontrar tripomastigota 
sanguíneo 
▪ Método direto (sangue a fresco) 
▪ Gota espessa (mais chances de 
achar) 
▪ Esfregaço sanguíneo corado com 
Giemsa 
▪ Cultura de sangue 
▪ Biopsia 
▪ Inoculação em camundongos 
▪ Xenodiagnóstico: coleta do sangue 
do hospedeiro com as formas 
tripomastigotas sanguíneas por 
meio do replasto sanguíneo do 
próprio barbeiro. Por meio de uma 
tela contendo triatomíneos, aplica-
se sobre o membro do paciente e 
permite-se o replasto. 30 dias 
depois, faz-se a pesquisa 
parasitológica nas fezes do 
barbeiro + hemocultura (fase 
crônica) 
o Sorológicos: 
▪ RIFI 
▪ ELISA 
▪ Hemaglutinação indireta 
OBS: reação cruzada com Leishmania! 
PROFILAXIA 
 Melhorar habitações rurais 
 Controle do doador de sangue 
 Combate ao barbeiro (inseticida) 
 Levantamento de espécies implicadas 
 Controle da transmissão congênita 
TRATAMENTO 
 Nifurtimox 
 Benzonidazol 
 Formas cardíacas: cardiotônicos, diuréticos, 
antiarrítmicos, vasodilatadores, marcapasso... 
 Formas digestivas: dietas, laxativos ou lavagens 
 Contraindicado para gestantes, pois não impede 
infecção congênita e não impede de causar 
danos ao feto

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