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Apresentação SOBRE ESTE MATERIAL Esta apostila é um material exclusivo do Blog Direito Exemplar [www.direitoexemplar.blogspot.com] elaborado com muito carinho e com o objetivo de auxiliar os seus estudos em Direito Administrativo, trata-se de um resumo esquematizado, destacando os principais entendimentos doutrinários, artigos, súmulas, OJ’s... além de Esquemas e Gráficos para ajudar na memorização de alguns pontos. Ao final de cada assunto você encontrará frases retiradas de questões das principais bancas de concursos públicos da atualidade. ATENÇÃO: Essa versão é apenas uma amostra - contém apenas o assunto: Atos Administrativos. SOBRE MIM Me chamo Nathalia Carmo Rodrigues, sou Editora do Blog Direito Exemplar e a pessoa por trás do perfil @amy_exemplar no instagram, onde eu compartilho dicas de estudos para concursos públicos, pós-graduações e Doutorado. Eu sou Doutoranda em Ciências Jurídicas pela UMSA [Universidad del Museo Social Argentino], pós-graduada em Direito do Trabalho; Direito Processual do Trabalho e Direito Previdenciário pela Faculdade Estácio de Sá, já atuei no serviço público como Conselheira Tutelar e atualmente me dedico aos estudos para Concursos de Magistratura Estadual. CONTATO E-mail: nathaliacarmorod@gmail.com Instagram: @amy_exemplar Boa leitura, bons estudos e muito sucesso na sua jornada! mailto:nathaliacarmorod@gmail.com Direito Administrativo Atos Administrativos Conceito: “ato administrativo é a declaração unilateral do Estado no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante comandos concretos complementares da lei (ou excepcionalmente, da própria Constituição, aí de modo plenamente vinculado) expedidos a título de lhe dar cumprimento e sujeitos a controle de legitimidade por órgão jurisdicional” (MELLO, 2004) A prática dos atos administrativos não se encontra restrita às medidas exaradas pela Administração pública, uma vez que até mesmo os particulares concessionários e permissionários de serviço público poderão editar atos administrativos, quando se tratar de medida editada no exercício da função pública/prestação de serviços públicos. Atos da Administração Conceito: englobam todos os atos praticados pela administração pública, que nem sempre serão atos administrativos. Dentre os Atos da Administração é possível destacar: Os atos de direito privado realizados por ela como doação, permuta, compra, venda, locação; Os atos materiais da Administração (procedimentos administrativos) que não contêm uma manifestação de vontade, mas que envolvem apenas execução, como por exemplo a abertura de um envelope contendo propostas de uma licitação. Os atos enunciativos (atos de conhecimento) que não expressam uma vontade e que, portanto, não produzem efeitos jurídicos, como os atestados, certidões, pareceres, votos. Os atos políticos, que estão sujeitos ao regime jurídico constitucional; Os contratos administrativos; Os atos administrativos em espécie (os atos administrativos propriamente ditos). Nem todo ato jurídico praticado pelo poder público é um ato administrativo. Ato da Administração = Gênero Ato Administrativo = Espécie Diferença entre Fato e Ato jurídico Fato jurídico: todo e qualquer acontecimento considerado relevante para o Direito, podendo ser um evento da natureza (ex: morte de servidor público) ou comportamento voluntário que deriva de atos administrativos, atividade pública material de cumprimento de uma decisão administrativa. Atos jurídicos: decorrem de uma manifestação de vontade humana, podem ser lícitos, caso tenham sido praticados em conformidade com os padrões legais estipulados, ou ilícitos, caso tenham sido conduzidos fora dos limites da lei. Diferença entre Processo e Procedimento Procedimento administrativo É uma sequência ou sucessão de atos e formalidades. Não expressa qualquer poder decisório (Ex.: abertura do envelope contendo os documentos de habilitação em processo de licitação) Processo administrativo É um conjunto ordenado e materializado de documentos, atos e procedimentos (Ex.: o processo licitatório) Atos Políticos: São os atos praticados no exercício da função política de alta gestão do Estado, nos quais o poder público detém de uma margem ampla de discricionariedade. Ex.: anistia presidencial, o veto de lei ou a declaração de guerra. Os atos políticos podem ser exercidos por membros do Legislativo, Executivo e Judiciário. Discricionariedade = margem de liberdade conferida pela lei ao administrador a fim de que este cumpra o dever de integrar com sua vontade ou juízo a norma jurídica, diante do caso concreto, segundo critérios subjetivos próprios, a fim de dar satisfação aos objetivos consagrados no sistema legal. Atos Privados: São os atos editados pela Administração Pública que serão regidos pelo regime de direito privado, ou seja, são atos em que a Administração atua sem as prerrogativas públicas, “em pé de igualdade” com o particular. Ex.: atos ligados à exploração de atividade econômica por empresas públicas e sociedades de economia mista e atos de doação sem encargos. Atos Legislativos: São atos praticados pelo Poder Executivo no exercício de sua função atípica correlata à função desempenhada pelo Poder legislativo. Ex: Edição de Medida Provisória do Presidente da República. Ato Administrativo: Declaração do Estado ou de quem represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeito ao controle pelo Poder Judiciário. (PIETRO, 2019) Manifestação da vontade expedida pelo ente estatal: Os atos poderão ser editados pelo Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário e pelas concessionárias e permissionárias de serviço público quando estiverem no exercício da função administrativa. Regra: o ato administrativo deve ser escrito, registrado e publicado. Excepcionalmente serão admitidas formas alternativas de manifestação de vontade. Ex.: Semáforo, ordem emitida por guarda de trânsito, etc. Requisitos ou Elementos do Ato Administrativo A edição dos atos administrativos deve respeitar os seguintes requisitos: Competência Finalidade Forma Motivo Objeto Competência: É a prerrogativa para a edição de um ato. Refere-se às atribuições, deveres e poderes do agente público definidos em lei ou em atos administrativos gerais e na própria Constituição Federal. Trata-se de um elemento VINCULADO, não podendo ser alterado por vontade das partes, mesmo que seja atribuída certa discricionariedade ao agente público, a competência para edição de ato administrativo será sempre vinculada. Atenção! A figura do agente público aqui é tratada de forma ampla, logo, a edição desses atos não se restringe aos servidores públicos, mas a toda e qualquer pessoa que atue em nome do Estado, sob regime jurídico de Direito Público, a qualquer título e ainda sem remuneração. Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. (9.784/99) Excesso de Poder Situação em que o servidor excede os limites de sua competência. Funcionário de Fato Situação em que o servidor encontra-se irregularmente investido no cargo, emprego ou função pública, mas age com aparência de legalidade. Forma: Para que um ato administrativo seja válido devem ser atendidos os critérios formais previamente definidos em lei. A forma é o aspecto exterior do ato administrativo, e na maioria das vezes prevalece a forma escrita, seguindo o que se estabelece no princípio da publicidade, permite o controle e a transparência das medidas da Administração. Trata-se de um mero instrumento, necessário para que a conduta administrativa alcance os seus objetivos,porém, a forma não é essencial à prática do ato, logo, em uma dada situação em que o ato apresenta um mero vício de forma e encontra-se apto para alcançar a sua finalidade legal e atender ao interesse público, o ato não será anulado, podendo operar-se a convalidação dos vícios. Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. (9.784/99) São passíveis de convalidação os vícios sanáveis nos elementos FORMA e COMPETÊNCIA. Finalidade: A finalidade pública refere-se ao objetivo que se pretende alcançar com a prática do ato administrativo. Desvio de Poder = vício de finalidade – o agente pratica o ato administrativo para o qual tem competência, porém, com objetivo de alcançar finalidade diversa do interesse público. Excesso de Poder = vício de competência – o agente extrapola os limites de sua competência. Motivo: Razões que justificam a edição do ato. É um elemento discricionário que refere-se ao fundamento jurídico que autoriza a prática do ato. Teoria dos Motivos Determinantes: os motivos apresentados como justificativa da prática do ato administrativo são vinculados, em caso de razões viciadas o ato será nulo. Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. (9.784/99) Súmula 684 - STF É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público. Objeto: É o efeito causado pelo ato administrativo, a conduta estatal, o resultado da prática do ato. O objeto deverá ser: LÍCITO, POSSÍVEL, DETERMINADO OU DETERMINÁVEL. Vício material = ocorre quando o ato prevê o impossível. Vício jurídico = ocorre quando o resultado do ato viola a lei. Mérito do ato administrativo = Soma do motivo e do objeto. Características ou atributos do ato administrativo Presunção de Legitimidade e de Veracidade: Neste sentindo presume-se que os atos administrativos são verídicos e foram praticados em conformidade com a ordem jurídica, assim, terão capacidade de produção de efeitos enquanto não for decretada a sua invalidade pela própria Administração ou pelo Judiciário. Essa presunção é relativa e poderá ser afastada diante de prova de ilegalidade do ato. Imperatividade: Essa característica demonstra que por ser uma manifestação unilateral de vontade, o ato é imposto pela administração, independente de vontade do particular, dentro dos limites da lei. Também é denominado como Poder Extroverso do Estado, uma capacidade de vincular terceiros aos deveres jurídicos impostos pela Administração. Atenção! Apenas os atos que impõem obrigações gozam de imperatividade. Ex.: Concessão de Licença. Autoexecutoriedade ou executoriedade: Essa característica demonstra que a administração executa os atos por conta própria, sem necessidade de indução judicial, em uma determinada situação de emergência ou em razão de expressa previsão legal. Ex.: Apreensão de mercadorias contrabandeadas. Tipicidade: Este atribulo revela que o ato administrativo deve corresponder à figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados efeitos. “Trata-se do atributo que estabelece que para cada finalidade a ser alcançada, a lei prevê a figura/espécie de ato administrativo determinado. Ou seja, esse atributo está ligado ao respeito a cada espécie de ato administrativo”. (PIETRO, 2019) Constituição do Ato Administrativo Existência: O ato se tornará existente e perfeito quando editado por agente público no exercício da função pública e preencher os requisitos de conteúdo, forma e objeto. Validade: Trata-se da regularidade do ato, que decorre da conduta dos agentes estatais em conformidade com os requisitos estabelecidos no ordenamento jurídico. Eficácia: Trata-se da aptidão do ato para produzir os efeitos desejados. Os atos administrativos possuem efeitos próprios e impróprios. Efeitos próprios = são os efeitos típicos do ato. Efeitos impróprios = são efeitos que atingem pessoas ou situações alheias àquela inicial. O ato administrativo pode ser: Existente, válido e eficaz. Existente, inválido e ineficaz. Existente, válido e ineficaz. Inexistente = quando não produzem efeitos jurídicos na esfera de interesse do administrado, sendo juridicamente ineficaz. (Xavier, 2019) Espécies de Atos administrativos 1- Atos Normativos: contêm comando geral do Poder Executivo, visando a correta aplicação da lei. Detalhar melhor o que a lei previamente estabeleceu. Ex. decretos, regulamentos, regimentos, resoluções, deliberações. Decreto → atos normativos exclusivo do chefe do executivo; Regulamento → visa especificar mandamentos previstos ou não em leis – É um ato normativo privativo do chefe do Poder Executivo. Regimento → tem força normativa interna e visa reger o funcionamento de órgãos; Resolução → expedidos pelas altas autoridades do executivo para regulamentar matéria exclusiva. Deliberação → decisões tomadas por órgãos colegiados. 2- Atos ordinatórios: visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional dos seus agentes (fundamento do poder hierárquico). Ex. instruções, circulares, avisos, portarias, ofícios, despachos administrativos. Instruções → orientação do subalterno pelo superior hierárquico de como desempenhar certa função; Circulares → ordem escrita e uniforme expedida para determinados funcionários ou agentes; Avisos →atos de titularidade de Ministros em relação ao Ministério; Portarias → atos emanados por chefes de órgãos públicos aos seus subalternos determinando a realização de atos gerais ou especiais; Ofícios → Comunicações oficiais realizadas pela Administração a terceiros; Despachos administrativos → decisões tomadas pela Administração. 3- Atos negociais: contém uma declaração de vontade da Administração para concretizar negócios com particulares, nas condições previamente impostas pela Administração Pública. Ex. licenças, autorizações, permissões, aprovações, vistos, homologações, dispensas, renúncias. Licença → ato vinculado e definitivo (não precário) em que a Administração concede ao Administrado a faculdade de realizar uma atividade. Autorização → ato discricionário e precário em que a Administração concede ao administrado a faculdade de exercer uma atividade. Permissão → ato discricionário e precário em que a Administração concede ao administrado a faculdade de exercer certa atividade nas condições estabelecidas por ela; Aprovação → análise pela própria administração de atividades prestadas por seus órgãos; Visto → é a declaração de legitimidade de certo ato praticado pela própria Administração como forma de exequibilidade; Homologação → análise da conveniência e legalidade de ato praticado pelos seus órgãos como forma de lhe dar eficácia; Dispensa → ato administrativo que exime o particular do cumprimento de determinada obrigação até então exigida por lei. Ex. Dispensa de prestação do serviço militar; Renúncia→ ato administrativo pelo qual o poder Público extingue unilateralmente um direito próprio, liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração Pública. A sua principal característica é a irreversibilidade depois de consumada. 4- Atos enunciativos: são todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou atestar um fato, ou então a emitir uma opinião acerca de um determinado tema. Ex. certidões, atestados, pareceres. Atestado → são atos pelos quais a Administração Pública comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes; Certidão → são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes em processo, livros ou documentos que se encontrem na repartição pública; Pareceres → são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração. 5- Atos Punitivos: são aqueles que contém uma sanção imposta pelo poder público em razão da prática de uma infração de natureza funcional, imposta de forma unilateral. Multa → toda imposição pecuniária a que se sujeita o ato administrativo a título de compensação em razão do dano presumido da infração. Interdição administrativa → punição que se funda no poder de polícia administrativa. Ex.: proibição do exercício de determinada atividade. Destruição de coisas → é o ato sumário da Administração pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias, objetos ou instrumentos imprestáveis ou nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei. Classificações do Ato administrativo Quanto ao seu alcance: Atos Internos: Atos destinados a produzir efeitos internos na repartição administrativa. Incide unicamente sobre os órgãos e agentes da administração que os expediu. Atos Externos: Alcançam os administrados, os contratantes e em certos casos, os próprios servidores. Quanto aos seus destinatários: Atos normativos ou regulamentares: São atos normativos gerais e abstratos expedidos sem destinatários determinados, alcançando todos os sujeitos. Atos individuais ou especiais: São atos que se dirigem a destinatários certos, podendo abranger um ou vários sujeitos, desde que sejam individualizados. Os atos individuais normalmente geram direitos subjetivos para os destinatários. Quanto ao seu objeto: Atos de império ou de autoridade: atos praticados pela administração usando de sua supremacia sobre o administrado, impondo o seu obrigatório entendimento. Atos de gestão: Atos que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre destinatários. São as medidas de administração dos bens e serviços públicos e nos atos negociais que exigem o cumprimento de obrigações pelos interessados. Atos de mero expediente: São os atos responsáveis pelo andamento dos processos e papéis que tramitam pelas repartições públicas. Quanto ao seu regramento: Atos vinculados ou regrados: São aqueles para os quais a lei estabelece requisitos e condições para a sua realização. Atos discricionários: Atos nos quais a Administração possui certa margem de escolha quanto ao seu conteúdo, motivo, destinatário, convivência, oportunidade e modo de realização. Quanto à formação do ato: Ato simples: atos que resultam da manifestação de vontade de um único órgão, unipessoal ou colegiado. Ato complexo: Ato que depende da conjugação de vontades independentes de mais de um órgão administrativo. Ato composto: Resulta da manifestação de vontade de um único órgão, mas depende da verificação por parte de outro órgão. Quanto ao conteúdo: Ato Constitutivo: Cria uma nova situação jurídica para seus destinatários em relação à Administração. Ato extintivo: Ato que põe termo situações jurídicas. Ato declaratório: ato que visa preservar direitos, reconhecer situações preexistentes, ou possibilitar o seu exercício. Ato alienativo: Opera a transferência de bens e direitos de um titular para outro. Ato modificativo: ato que possui a finalidade de alterar situações preexistentes, sem suprimir direitos ou obrigações. Ato abdicativo: Ato pelo qual o titular abre mão de um direito. Quanto à eficácia: Ato válido: Provém de autoridade competente para praticá-lo e reúne todos os requisitos necessários à sua validade. Ato nulo: Ato que nasceu afetado por vício insanável ou defeito substancial em seus elementos constitutivos ou no procedimento formativo. Ato inexistente: Atos que têm aparência de manifestação regular porém não se aperfeiçoam como ato administrativo por possuir vício grave. Quanto à exequibilidade Ato perfeito: Reúne todos os elementos necessários, sendo apto e disponível para produzir os seus efeitos. Ato imperfeito: Apresenta-se incompleto na sua formação ou carece de algum ato complementar para tornar-se exequível. Ato pendente: embora perfeito, por reunir todos os elementos da sua formação, não produz efeitos, haja vista que depende de condição suspensiva ou termo inicial para a sua exequibilidade. Ato consumado: Produziu todos os seus efeitos, tornando-se irretratável ou imodificável. Quanto ao modo de Execução: Ato autoexecutório: Traz em si a possibilidade de ser executado pela Administração sem precisar de ordem judicial. Ato não autoexecutório: Depende de pronunciamento judicial para a produção dos seus efeitos. Quanto aos resultados: Atos ampliativos: Conferem prerrogativas aos destinatários, ampliando a sua esfera jurídica. Atos restritivos: Restringem a esfera jurídica do destinatário. Extinção do Ato Administrativo Ocorrerá nas seguintes situações: 1- Cumprimento de seus efeitos. 2- Advento do termo final ou da condição resolutiva. 3- Renúncia. 4- Desaparecimento do efeito ou do objeto. 5- Retirada – Ocorrerá nas seguintes hipóteses: Anulação/invalidação; Revogação; Cassação; Caducidade; Contraposição. Mnemônicos Requisitos do Ato = Co-Fi-Fo-Mo-Ob Competência Finalidade Forma Motivo Objeto Atributos do Ato = PATI Presunção de Legitimidade Autoexecutoriedade Tipicidade Imperatividade Atos que NÃO podem ser objeto de delegação = Ce – No- Ra -Matérias de Competência Exclusiva -Edição de atos de caráter Normativo -Decisão de Recursos Administrativos Atos Punitivos = MAID Multa Administrativa Atos de atuação interna Interdição de Atividade Destruição de Coisas Resumo de Questões Banca FCC No tocante ao exercício do poder de autotutela pela Administração Pública, é correto afirmar: É vedada a aplicação retroativa de nova orientação geral, para invalidação de situações plenamente constituídas com base em orientação geral vigente à época do aperfeiçoamento do ato administrativo que as gerou. Considerando a natureza do ato de registro de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria, a negativa do Tribunal de Contas em fazê-lo, Impede a formação do ato, em razão de sua natureza complexa, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, não se iniciando prazo para invalidação da concessão. Em matéria de anulação de atos administrativos: O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má- fé. * Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. No tocante às várias espécies de ato administrativo, é correto afirmar: A permissão de uso qualificada é ato unilateral e discricionário que faculta a utilização privativa de bem público, no qual a Administração autolimita o seupoder de revogar unilateralmente o ato. Dentre os princípios que norteiam a produção de atos administrativos, está o princípio da motivação. NÃO configura violação desse princípio a edição de ato administrativo imotivado que Cesse a designação de servidor para exercício de função temporária. Considere a seguinte afirmação quanto a um ato administrativo: “Nada impede a autoridade competente para a prática de um ato de motivá-lo mediante remissão aos fundamentos de parecer ou relatório conclusivo elaborado por autoridade de menor hierarquia. Indiferente que o parecer a que se remete a decisão também se reporte a outro parecer: o que importa é que haja a motivação eficiente, controlável a posteriori.” Tal afirmação, no contexto do Direito brasileiro, é Correta, compreendendo a motivação como elemento necessário ao controle do ato administrativo, porém sem exageros de mera formalidade. Banca FGV João estacionou seu carro em plena via pública, em local onde era proibido parar e estacionar. Horas depois, quando retornou ao local, foi informado de que agentes públicos guincharam seu veículo, que foi levado ao depósito público, haja vista que estava impedindo a regular circulação de outros carros, inclusive de ambulâncias que por ali precisam passar para chegar a hospital próximo. No caso em tela, o atributo do ato administrativo que autoriza os agentes públicos a praticarem o ato com aplicação de meio direto para sua concretização, na hipótese em que os meios indiretos de coerção não atenderiam ao interesse público, é a: Autoexecutoriedade, sem necessidade de prévia intervenção do Poder Judiciário, mas se admitindo o contraditório diferido pelo administrado; No bojo de um processo judicial, o Magistrado determinou ao servidor público João, ocupante do cargo efetivo de Técnico Judiciário lotado no cartório daquele juízo, que certificasse acerca da data de protocolo de certo recurso apresentado pelo réu, para fins de aferição de sua tempestividade. Atendendo à ordem do Juiz de Direito, João subscreveu a certidão. De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, levando em conta a classificação do ato administrativo quanto ao grau de liberdade do agente e quanto aos seus efeitos, o ato administrativo praticado por João é chamado, respectivamente, de: Vinculado e declaratório; A doutrina de Direito Administrativo ensina que, caso vise ao interesse público a manutenção de determinado ato administrativo, pode ocorrer a correção de um vício sanável do ato, mediante a chamada: Convalidação, desde que não cause prejuízos a terceiros e que se trate de vício nos elementos forma ou competência; Banca CESPE A administração pública poderá revogar atos administrativos que possuam vício que os torne ilegais, ainda que o ato revogatório não tenha sido determinado pelo Poder Judiciário. ERRADO Ato administrativo vinculado que tenha vício de competência poderá ser convalidado por meio de ratificação, desde que não seja de competência exclusiva. CERTO O próximo item apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca de atos administrativos. Em um único ato administrativo, foram concedidas férias e licença a um servidor público da Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal. Na semana seguinte, publicou-se outro ato, que ratificava as férias desse servidor e retirava-lhe a licença concedida, por ter sido constatado que ele não fazia jus à licença. Nessa situação, realizou-se a convalidação do ato administrativo, por meio de reforma. CERTO A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a posteriori, pelo qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato jurídico, tal como ocorre na homologação de procedimento licitatório. CERTO De acordo com a teoria dos motivos determinantes, a validade de um ato administrativo vincula-se aos motivos indicados como seus fundamentos, de modo que, se inexistentes ou falsos os motivos, o ato torna-se nulo. CERTO As certidões emitidas pela administração pública possuem fé pública, pois um dos atributos dos atos administrativos é a sua presunção de veracidade. CERTO A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a posteriori, pelo qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato jurídico, tal como ocorre na homologação de procedimento licitatório. CERTO As certidões emitidas pela administração pública possuem fé pública, pois um dos atributos dos atos administrativos é a sua presunção de veracidade. CERTO São irrevogáveis os atos administrativos que, instituídos por lei, confiram direito adquirido. CERTO
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